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Os limites da resiliência do Planeta

e o decrescimento demoeconômico

José Eustáquio Diniz Alves, ENCE/IBGE


Poços de Caldas, 25/09/2018
Sumário da tese, antítese e síntese
• Tese: O crescimento demoeconômico nos últimos 250 anos (Antropoceno) possibilitou
uma grande acumulação de capital e riqueza, gerando concentração de renda, mas
redução da pobreza e da fome, predomínio dos regimes democráticos, aumento do IDH
e da esperança de vida da humanidade (a antropolatria de Rosling e Pinker)

• Antítese: O enriquecimento humano (via capitalismo ou socialismo) ocorreu às custas


do empobrecimento do meio ambiente e do desequilíbrio climático. O aumento das
atividades antrópicas ultrapassou os limites da resiliência da Terra. Houve um
decrescimento da vida natural e selvagem e uma alteração da química da biosfera, o que
pode provocar um colapso ambiental global. O ecocídio leva ao suicídio da humanidade
e ao colapso civilizacional (Heinberg e Luiz Marques)

• Síntese: Somente o decrescimento demoeconômico pode colocar a Pegada Ecológica em


equilíbrio com a Biocapacidade até se chegar ao Estado Estacionário, ecologicamente
sustentável, com regeneração ecológica e aumento da resiliência (Daly, Alcott e Wahl)
O grande crescimento demoeconômico
e crescimento da energia per capita
James Watt patenteou a máquina
a vapor em 1768

https://undark.org/article/ted-nordhaus-carrying-capacity-ecology/
Progresso humano: redução da pobreza e da fome
Houve aumento do poder de compra da população mundial e maior disponibilidade de calorias
Extrema pobreza no mundo entre 1820 e 2015 “De pé ó vítimas da fome; De pé famélicos da terra”
Caiu de 94% para 10% Hino da Internacional Socialista (1871)

Our World in Data https://ourworldindata.org/extreme-poverty/


Acumulação da riqueza e crescimento das desigualdades
Patrimônio de 1% = de 99% da população
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160118_riqueza_estudo_oxfam_fn

Taça da desigualdade
A renda global
cresceu e a
desigualdade
mundial diminuiu,
entre 1975-2015,
devido à ascensão
da China e da Índia Houve aumento da
desigualdade
interna nos países,
como nos EUA

https://ourworldindata.org/income-inequality
Esperança de vida, IDH e Pegada Ecológica
Expectativa de vida no mundo entre 1770 e 2015
Subiu de menos de 30 anos para mais de 70 anos

Our World in Data https://ourworldindata.org/extreme-poverty/


Grande aceleração do Antropoceno
A explosão de consumo no mundo no século XX

Fonte: New Scientist, October 18, 2008, p. 40; Disponível em: http://dowbor.org/ar/ns.doc
Antítese

Indicadores da ultrapassagem dos


limites da resiliência, do colapso
ambiental e do Ecocídio

24/07/2018
https://www.theguardian.com/environment/2018/jul/24/voracious-consumption-x-rising-population-planetary-crisis
Resiliência diz respeito à capacidade de um sistema
recuperar seu equilíbrio após ter sofrido uma perturbação
Objetivo # 8.1 dos ODS:
“Sustentar o crescimento econômico per capita, de acordo com as circunstâncias nacionais e, em
particular, pelo menos um crescimento anual de 7% do PIB nos países menos desenvolvidos”.

“Acreditar que o crescimento (demo)econômico exponencial pode continuar


infinitamente num mundo finito é coisa de louco ou de economista” (1966)
Kenneth Boulding (1910-1993)
A humanidade já ultrapassou os limites da resiliência do Planeta
A sobrecarga e o déficit ambiental crescem de maneira insustentável a partir de 1970
Em 2014 a Pegada Ecológica per capita global foi de 2,84 gha e a Biocapacidade per capita de 1,68 gha

Déficit ambiental
crescente
A Pegada ecológica per capita global está estável desde 1973, após a crise do petróleo.
Mas a pegada total sobe por conta do crescimento populacional.

O que diminuiu muito foi a biocapacidade per capita, pois, mesmo que a biocapacidade total
tenha subido, o aumento populacional reduz a biocapacidade per capita.
A civilização já ultrapassou quatro das nove Fronteiras Planetárias
A Lei de Liebig ou Elo Fraco da corrente
Duas fronteiras são limites
fundamentais que podem levar ao
colapso ambiental

Planetary Boundaries 2.0 http://www.stockholmresilience.org/21/research/research-news/1-15-2015-planetary-boundaries-2.0---new-and-improved.html


A ocupação humana do Planeta Pequena área anecúmena
no mundo

“Há 10.000 anos os seres humanos e


seus animais representavam menos
de um décimo de um por cento da
biomassa dos vertebrados da terra.
Agora, eles são 97%”
PERDA DE BIODIVERSIDADE

A quantidade de vertebrados
diminuiu 52% entre 1970 e 2010
A SEXTA EXTINÇÃO
• A revista PLoS Biology publicou, em
agosto de 2011, o resultado do censo da
biodiversidade, mostrando que existem
cerca de 8,7 milhões de espécies vivas
no Planeta Terra.

• - Animais: 7,7 milhões de espécies


(953.434 descritas e catalogadas)
• - Plantas: 298 mil espécies (215.644
descritas e catalogadas)
• - Fungos: 611 mil espécies (43.271
descritas e catalogadas)
• - Protozoários: 36,400 espécies (8.118
descritas e catalogadas)
• - Cromistas: 27,500 espécies (13.033
descritas e catalogadas)

• 30 mil espécies estão desaparecendo a


cada ano
Emissões de GEE e Aquecimento global
O aumento da concentração de
GEE pode provocar o fenômeno
“Terra estufa”

http://www.esrl.noaa.gov/gmd/ccgg/trends/gr.html
http://www.esrl.noaa.gov/gmd/ccgg/trends/graph.html
O maior aquecimento global em 5 milhões de anos

- Ondas de calor e aumento dos furacões;


- Acidificação dos solos, água doce e oceanos;
- Aumento das queimadas e incêndios;
- Aumento do degelo dos polos e glaciares;
- Elevação do nível dos mares – naufrágio dos
deltas dos rios, desaparecimento da praias, etc.
As mudanças climáticas podem atingir
o ponto de não retorno em 2035

O mundo já perdeu a chance de alcançar a meta de 1,5º C

O G7 emitia 54% das


emissões globais em
1960 e caiu para 25%
em 2016

http://www.globalcarbonatlas.org/en/CO2-emissions
Custos das mudanças climáticas e catástrofe à vista
Tufão Jebi deixa onze mortos e 300 feridos no Japão – 5/09/18

Tufão Mangkhut, Filipinas e China,


14 a 17/09/18

Furacão Florence, EUA, 13 a 17/09/18


Sobrecarga: superconsumo e superpopulação
consumo multiplicado pela população
“O impacto ambiental é o produto do número
de pessoas vezes que o uso de recursos per
capita. Em outras palavras, você tem dois
números multiplicados um pelo outro - qual é
o mais importante?
Se você mantiver uma constante e deixar a
outra variar, você ainda está multiplicando.
Não faz sentido para mim dizer que apenas
um número é importante. No entanto, ainda
é muito comumente dito.
Suponho que faria algum sentido se
pudéssemos nos diferenciar histórica e
geograficamente - para determinar em que
ponto da história, ou em que país, qual fator
merecia maior atenção” Earth Overshoot Day: 01/08/2018
HERMAN DALY. Ecologies of Scale, Interview by Benjamin Kunkel. New Left Review 109, https://www.overshootday.org/
2018 https://newleftreview.org/II/109/herman-daly-benjamin-kunkel-ecologies-of-scale
Déficit ambiental dos EUA e Superávit do Canadá
Pegada Ecológica (PE) e Biocapacidade, per capita: 1961-2014

Estados Unidos 2014: 320 milhões hab e PE de 2,7 bilhões de gha Canadá 2014: 36 milhões hab e PE de 286 milhões de gha

8,37 gha

15,3 gha
Déficit 134%
Superávit ambiental 90%

3,58 gha 8,05 gha


http://data.footprintnetwork.org/#/countryTrends?type=BCpc,EFCpc&cn=5001

Densidade demográfica e área em 2014


Mundo = 419 milhões km2 e 57 hab/km2
EUA = 9,8 milhões km2 e 35 hab/km2
Canadá = 10 milhões km2 e 4 hab/km2
Déficit ambiental da África e Superávit da Oceania
África 2014: 1,1 bilhão hab e PE de 1,46 bilhão de gha Oceania 2014: 25 milhões hab e PE de 166,1 milhões de gha

Déficit 8%

Densidade demográfica e área em 2014


Mundo = 419 milhões km2 e 57 hab/km2
África = 30,4 milhões km2 e 40 hab/km2
Oceania = 8,6 milhões km2 e 4,6 hab/km2
O sucesso econômico da China tem ocorrido às custas de um grande déficit ambiental

O déficit ambiental da
China é 3,5 vezes maior
do que todo o superávit
do Brasil
Armadilha da Pobreza no Burundi
colapso demográfico, econômico, social e ambiental

Déficit = -28%

Área do Burundi = 27,8 mil km2


1961 = 2,8 milhões hab e 111 hab/km2
2014 = 9,9 milhões hab e 385 hab/km2
Do déficit para o superávit ambiental
Decrescimento demoeconômico da Bulgária

4,51 gha

Área da Bulgária = 111 mil km2


1961 = 8,0 milhões hab e 73,3 hab/km2
2014 = 7,2 milhões hab e 66,5 hab/km2
• A sobrecarga da Terra e o déficit ambiental crescem de maneira
insustentável, a partir de 1970. Em 1961, a humanidade tinha uma pegada
ecológica total de 7 bilhões de hectares globais (gha), passando para 20,7
bilhões de gha em 2014. Ou seja, o crescimento da população e do
consumo fez o déficit ambiental chegar a 70% (1,7 planeta) em 2014;
• Os EUA e o Canadá são dois países com uma área territorial e um padrão
de consumo semelhantes. Mas o que faz a diferença entre o superávit
ambiental do Canadá e o déficit ambiental dos EUA é o tamanho da
população.
• A Oceania tem área e biocapacidade menores do que as do continente
africano. Mas a África, mesmo com um padrão de consumo muito baixo,
possui déficit ambiental devido ao crescimento da população.
• A China – o país mais populoso do mundo – passou a ter o maior déficit
ambiental global em função do crescimento da renda e do consumo. O
déficit da China é mais de 3,5 vezes maior do que o superávit do Brasil.
• O Burundi está na armadilha da pobreza e devido ao alto crescimento
demográfico, o déficit ambiental cresce mesmo com redução do consumo.
• A Bulgária é um exemplo de decrescimento demoeconômico com transição
do déficit para o superávit ambiental.
Síntese: decrescimento demoeconômico até atingir o
Estado Estacionário ambientalmente sustentável

A economia é um
subsistema da
sociedade, que é
um subsistema
da ecologia
DECRESCIMENTO
“Sua recessão não é o meu decrescimento”
• Decrescer a produção e o consumo de combustíveis fósseis e crescer a produção de
energias renováveis para descarbonizar a economia;
• Decrescer os gastos militares e os instrumentos de guerra e aumentar os
investimentos em atividades de engrandecimento da solidariedade nacional e
internacional;
• Decrescer a produção e o consumo de fertilizantes químicos e agrotóxicos e aumentar
os investimentos na agricultura orgânica;
• Decrescer as áreas de pastagem e a produção e o consumo de proteína animal,
promovendo a transição para uma dieta vegetariana e vegana;
• Decrescer a produção e o uso de carros particulares e aumentar os investimentos em
transporte coletivo e no compartilhamento de automóveis elétricos;
• Decrescer as desigualdades, o consumo conspícuo, os bens de luxo e investir em bens
e serviços que permitam a universalização do bem-estar;
• Decrescer as áreas ecúmenas e aumentar as áreas verdes, etc.
• Decrescer a economia material e aumentar a economia imaterial, a produção de bens
intangíveis e a sociedade do conhecimento, da solidariedade e do compartilhamento.
ALVES, JED. O decrescimento demoeconômico e o trilema da sustentabilidade. COFECON, Ano VIII, N o 26, outubro-dezembro 2017
http://www.cofecon.gov.br/revista-digital/
https://www.ecodebate.com.br/2018/06/20/o-decrescimento-demoeconomico-e-o-trilema-da-sustentabilidade-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
Estado estacionário ambientalmente sustentável
A ideia de uma economia de estado estacionário vem da economia clássica,
e foi mais desenvolvida por John Stuart Mill (1848). Nesse estado, a
população e o estoque de capital não crescem, embora a qualidade de vida
possa melhorar. As taxas de natalidade seriam iguais às taxas de mortalidade
e as taxas de produção iguais às taxas de depreciação. A Pegada ecológica
das atividades antrópicas fica igual ou abaixo da biocapacidade do Planeta.

https://www.postgrowth2018.eu/

Com base em: Steady state economy, Herman Daly


http://steadystate.org/discover/definition/

Herman Daly, Economics for a full world, 2014


http://1962.dartmouth.org/s/1353/images/gid315/editor_
documents/herman_daly_gti_revision.pdf
Estado estacionário com regeneração ecológica
Na passagem do estágio reconciliatório
(“reconciliatory”), para o último o regenerativo
(“regenerative”) o desenvolvimento revela o
total potencial ecocêntrico. A reconciliação entre
natureza e cultura permitiria reconciliar a
jornada evolutiva da vida e iniciando uma nova
trilha de atuação de forma regenerativa.
Regeneração de ecossistemas em grande escala
para reverter o aquecimento global, estabilizar o
clima, recuperar a biodiversidade e permitir a
transição para uma economia baseada em
biomateriais de padrões ecológicos de produção
e consumo descentralizados biorregionalmente e
orientados para a regeneração social e
econômica, a resiliência e a colaboração global
na aprendizagem de como viver bem e
conjuntamente na mesma nave viva que é a
Terra (WAHL, 18/04/2018)

Daniel Christian Wahl. Beyond Sustainability? — We are Living in the Century of Regeneration, Resilience, 18/04/2018
http://www.resilience.org/stories/2018-04-18/beyond-sustainability%E2%80%8A-%E2%80%8Awe-are-living-in-the-century-of-regeneration/
Celso Furtado e a autocrítica de Paul Singer
• Celso Furtado, no livro “O mito do desenvolvimento econômico”, de 1974:
• (...) “que acontecerá se o desenvolvimento econômico se universalizar”? “A
resposta a essa pergunta é clara, sem ambiguidades: se tal acontecesse, a
pressão sobre os recursos não renováveis e a poluição do meio ambiente
seriam de tal ordem (ou alternativamente, o custo do controle da poluição
seria tão elevado) que o sistema econômico mundial entraria necessariamente
em colapso” (p. 19).
• Ulrich Beck, Na Sociedade de Risco, “O que está em jogo são negatividades:
perdas, devastação, ameaças” (2010, p. 3)

• Autocrítica de Paul Singer: Em 1974, o Celso Furtado escreveu um livro onde


sustentava a tese de que o desenvolvimento não se poderia generalizar por
falta de recursos naturais ... Nessa época, eu li e achei que ele teve um ataque
de malthusianismo... Em 1974, nós acreditávamos que o Celso estava um
pouco pessimista demais porque, na medida em que os recursos naturais se
esgotavam, outros substitutos eram encontrados... Só que o Celso estava
certo e nós errados, isto é, ele não estava sendo excessivamente pessimista
(Entrevista IHU, 15/05/2008) http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/14026-duas-crises-e-o-limite-ecologico-do-mundo-onde-vamos-parar-entrevista-
especial-com-paul-singer
Considerações finais:
Entre 1768-2018, o capitalismo (e também o socialismo real), propiciou uma
insana acumulação de capital e riqueza, incentivando o crescimento da população
mundial (trabalhadores e consumidores) e o crescimento do consumo global,
provocando os fenômenos da superpopulação e do superconsumo;
O peso das atividades antrópicas já ultrapassou os limites da resiliência da Terra.
O crescimento do consumo é apenas um lado da equação. Não se pode ignorar o
outro lado da equação que é o crescimento populacional. O déficit ambiental
nacional ou global ocorre quando a multiplicação do padrão de consumo (pegada
ecológica) pelo volume da população excede a biocapacidade do país.
Globalmente o déficit estava em 70% em 2014 e crescendo. O sucesso do
progresso humano se deu às custas do retrocesso ambiental;
O aquecimento global está rompendo com a estabilidade climática do
Holoceno e está mudando radicalmente algumas forças naturais do Planeta,
provocando efeitos de retroalimentação e mudanças irreversíveis e sem
retorno – fenômeno “Terra estufa” – que pode levar ao colapso ambiental e
civilizacional;
• Síntese: Somente o decrescimento demoeconômico pode colocar a
Pegada Ecológica em equilíbrio com a Biocapacidade até se chegar ao
Estado Estacionário, ecologicamente sustentável, com regeneração
ecológica e aumento da resiliência, evitando um desastre global.
Bibliografia
Alcott, Blake. Population matters in ecological economics, Ecological Economics 80 (2012) 109–120
https://pdfs.semanticscholar.org/03f6/208ac95bc41edf5790989ffc23b6418f23ee.pdf
ALVES , J ED. População, desenvolvimento e sustentabilidade: perspectivas para a CIPD pós-2014. R. bras. Est. Pop., RJ, v. 31, n.1, p. 219-230, 2014
ALVES, JED. Sustentabilidade, aquecimento global e o decrescimento demoeconômico, Diamantina. UFVJM, Revista Espinhaço, v. 3, n. 1, 2014
ALVES, JED. Sobrecarga da Terra: superpopulação e superconsumo, Ecodebate, 01/08/2018 https://www.ecodebate.com.br/2018/08/01/sobrecarga-da-
terra-superpopulacao-e-superconsumo-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/comment-page-1/#comment-60899
HEINBERG,Richard. Ted Nordhaus Is Wrong: We Are Exceeding Earth’s Carrying Capacity, Undark, 26/07/2018 https://undark.org/article/ted-nordhaus-
carrying-capacity-ecology/
HERMAN DALY. Ecologies of Scale, Interview by Benjamin Kunkel. New Left Review 109, January-February 2018 https://newleftreview.org/II/109/herman-
daly-benjamin-kunkel-ecologies-of-scale
MARQUES, L. Capitalismo e colapso ambiental. Editora da Unicamp, Campinas, 2016
MARTINE, G. ALVES, JED. Economia, sociedade e meio ambiente no século 21: tripé ou trilema da sustentabilidade? R. bras. Est. Pop. Rebep, n. 32, v. 3, 2015
O’NEILL, D.W., Dietz, R., Jones, N. (Editors), Enough is Enough: Ideas for a sustainable economy in a world of finite resources. The report of the Steady State
Economy Conference. Center for the Advancement of the Steady State Economy and Economic Justice for All, UK, 2010. http://steadystate.org/wp-
content/uploads/EnoughIsEnough_FullReport.pdf
PINKER, Steven. Enlightenment Now: The Case for Reason, Science, Humanism and Progress. By Steven Pinker. Viking; 2018
ROSLING, et. al. Factfulness: Ten Reasons We're Wrong About the World--and Why Things Are Better Than You Think, Book Addict, 2018
Steffen et. al. Trajectories of the Earth System in the Anthropocene, PNAS August 6, 2018. 06/08/2018
http://www.pnas.org/content/early/2018/07/31/1810141115
WAHL, Daniel Christian. Beyond Sustainability? — We are Living in the Century of Regeneration, Resilience, 18/04/2018
http://www.resilience.org/stories/2018-04-18/beyond-sustainability%E2%80%8A-%E2%80%8Awe-are-living-in-the-century-of-regeneration/
Sites http://ambiental.net/ https://steadystate.org/herman-daly/ https://degrowth.org/
OBRIGADO!
Jed_Alves@yahoo.com.br

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