You are on page 1of 10

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTÓRIA – 1º SEMESTRE

AMANDA SHAMIA ALVES MOREIRA


CLEDIANE LISBOA DE SOUSA
DEBORA MARCIA DOS SANTOS ALVES
GILEANE BRANDÃO
HÁVILA KELLY DOS SANTOS ALVES
NILSON OLIVEIRA DOS SANTOS
VALDENICE LIMA DE SOUZA

INCLUSÃO NA ESCOLA

Itapetinga-BA
AMANDA SHAMIA ALVES MOREIRA
CLEDIANE LISBOA DE SOUSA
DEBORA MARCIA DOS SANTOS ALVES
GILEANE BRANDÃO
HÁVILA KELLY DOS SANTOS ALVES
NILSON OLIVEIRA DOS SANTOS
VALDENICE LIMA DE SOUZA

INCLUSÃO NA ESCOLA

Trabalho apresentado ao curso História da UNOPAR -


Universidade Norte do Paraná, para a disciplina:
Educação à Distância, Sociedade Educação e Cultura,
Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais – Libras
- 1º semestre. Orientador: prof. Juliana Chueire Lyra
Tutor eletrônico: Isabel Christina Picanco Montenegro
Tutor de sala: Sílvio Márcio Costa de Jesus

Itapetinga -BA
2016
INTRODUÇÃO

Conceitua-se a inclusão como o processo pelo qual a sociedade se


adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com
necessidades especiais e, simultaneamente estas se preparam para assumir seus
papéis na sociedade. É fundamental proporcionar oportunidades para todas as
pessoas, inclusive às com necessidades especiais independentemente qual seja sua
deficiência para que, possam ter acesso a todos os serviços, ambientes construídos
adequadamente na busca de seus ideais e suas realizações. A escola, ao
desenvolver a pedagogia da inclusão passa a formar os alunos considerados
diferentes, não só de modo sistemático, mas também para a cidadania, tornando-as
pessoas aptas para convivências com outras pessoas, sem que sejam excluídas.
Essa tarefa estava, antes, restrita à família ou a alguma pessoa que, por alguma
razão, assumisse esse papel, bem como as instituições públicas (hospitais, asilos,
escolas especiais), especialmente dedicadas ao problema. sob a inspiração de
novos princípios que começam na escola.

[...] o conceito de tolerância pode trazer a idéia de que, apesar de sua


superioridade, o tolerante faz um favor ao tolerado. Este, por sua, vez,
diante da tamanha bondade, mostra-se humilde e grato: Não é desta
tolerância nem deste tolerante nem tampouco deste tolerado que falo. Falo
da tolerância como virtude da convivência humana. Falo [...] da qualidade
de conviver com o diferente. Com o diferente, não com o inferior.
(CAVALCANTE, 2006, p. 13).

Portanto, caberá a cada escola se preparar para incluir nela o


aluno com necessidades especiais sem se preocupar com sua deficiência. Deverá
ocorrer essa preparação em sala de aula, em setores operacionais da escola e na
comunidade, promovendo os desenvolvimentos afetivos, cognitivos, morais, sociais
e físicos dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais.
A LUTA PELA INCLUSÃO ESCOLAR

A defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas com


deficiência é atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando-se através de
medidas isoladas, de indivíduos ou grupos, a conquista e o reconhecimento de
alguns direitos dos portadores de deficiência podem ser identificados como
elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados deste século.
Buscando na história da educação, constata-se que até o século
XVIII, grande parte das noções a respeito da deficiência eram basicamente ligadas a
misticismo e ocultismo, havendo pouca base científica para o desenvolvimento de
noções realísticas (MAZZOTA 2005, p.16). A falta de conhecimento sobre as
deficiências fazia com que essas pessoas fossem marginalizadas, ignoradas. A
própria religião, ao afirmar ser o homem feito à “imagem e semelhança de Deus”,
sendo assim um ser perfeito, levava à crença de que as pessoas com deficiência por
não se adequarem a essa “perfeição” eram postas à margem da condição humana.
Por outro lado, o consenso social pessimista que acreditava ser a condição de
“incapacitado”, “deficiente”, “inválido” da pessoa com deficiência como algo imutável,
levava à omissão da sociedade em relação à organização de serviços para atender
as necessidades individuais dessa população.
Para Paulo Freire (2005, p.41) Uma das tarefas mais importantes
da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educando, nas
relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora, ensaiam a
experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico como
ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos capaz de
ter raiva porque é capaz de amar. A assunção de nós mesmos não significa a
exclusão dos outros.
Na história do atendimento às pessoas com deficiência especiais,
constata-se que a preocupação com o ensino de conteúdos escolares ainda é
recente. Na perspectiva da inclusão, a escola tem que se preocupar não apenas
com a convivência, com as trocas de experiências, mas também e, primordialmente,
com o aprendizado dos conteúdos científicos necessários e valorizados pela
sociedade atual, que trabalha o tempo todo com informação e requer, cada vez mais
conhecimento.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Vivenciamos um momento em que mundialmente se fala na


inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede
regular de ensino. A legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e
matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças.
Entretanto, não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com
necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e
desenvolvimento de suas potencialidades. A importância da escola e o papel do
professor no processo de inclusão. Amparando-se nos pressupostos da concepção
histórico-crítica, trazendo a importância da relação entre professor/aluno para o
sucesso na aprendizagem. É necessário que seja feito adaptações no currículo, na
escola ou na própria sociedade para que alunos que apresentem necessidades
educacionais especiais sejam visto como uma pessoa capaz, produtiva, eficiente e
com capacidade para aprender. Considerando o movimento da inclusão, a
diversidade e a igualdade de oportunidades, é necessário que o professor tenha as
oportunidades de revisão da sua atuação, em sala de aula e reformulação de sua
opinião.
A sociedade atravessou diversas fases no que se refere às práticas
sociais em toda sua cultura, e em uma construção inclusiva se é obrigada a rupturas
de velhos paradigmas. Quando se pensa em um progresso na historia da educação
brasileira precisa-se pensar na inclusão como uma possibilidade de construção de
uma escola melhor, de uma sala de aula que realmente mantenha professores e
alunos motivados a se respeitar e aprender nas suas individualidades. A educação
para todos envolve, portanto, em uma escola e em uma sala de aula que seja para
todos independentes de suas características próprias de aprendizagem e de
desenvolvimento. Entende-se assim, que a escola inclusiva conta com a educação
especial para poder receber a todos, caso contrário ela deixa de ser inclusiva. É bom
ressaltar que em algumas ocasiões pessoas com necessidades educacionais
especiais precisam de apoio físico ou médico, porém é importante que isto atenda as
suas expectativas e lhe de maior segurança sobre sua vida. O ano de 1981 foi o ano
Internacional das Pessoas Deficientes: começam as mudanças com relação ao
Portador de Necessidades Especiais. Seguem-se algumas das possíveis
adaptações conforme Sassaki (1997, p. 126):
1. Alunos com deficiência visual - Sentar-se na frente da sala; - Escrever na lousa
em letras grandes; - Repetir conceitos para o estudante gravar e ouvir em casa.
2. Alunos com deficiência mental - Contar histórias para ensinar conceitos
abstratos; - Usar o sistema de companheirismo.
3. Alunos com deficiência auditiva - Usar recursos visuais; - Professor deve falar
claramente; - Saber usar a língua de sinais, aprender os sinais e estimular outros
estudantes a aprendê-los também.
Sabemos que ensinar é uma tarefa que envolve principalmente:
conhecimento acerca de como se dá o processo de ensino/aprendizagem; domínio
do conhecimento a ser socializado; competência técnico-pedagógica; planejamento;
intencionalidade pedagógica; competência para perceber e atender às
especificidades educacionais dos alunos. Incluir pessoas com necessidades
educacionais especiais na escola regular pressupõe uma grande reforma no sistema
educacional. Isto implica na flexibilização ou adequação do currículo, com
modificação das formas de ensino, metodologias e avaliação; implica também no
desenvolvimento de trabalhos em grupos na sala de aula e na criação e adequação
de estruturas físicas que facilitem o ingresso e a movimentação de todas as
pessoas.
Devemos garantir não só o desenvolvimento da aprendizagem,
bem como, o desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais
especiais. Estamos conscientes de que o desafio colocado aos professores é grande
e que parte significativa continua “não preparada” para desenvolver estratégias de
ensino diversificado, mas, o aluno com necessidades especiais está na escola,
então cabe a cada um, encarar esse desafio de forma a contribuir para que no
espaço escolar, aconteçam avanços e transformações, ainda que pequenas, mas
que possam propiciar o início de uma inclusão escolar possível. Nesse sentido,
direcionamos nossa atenção para as ações que cabem aos professores realizar na
prática pedagógica no intuito de favorecer a aprendizagem de todos os alunos
envolvidos no processo. De acordo com o MEC as adaptações curriculares são:

Respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema


educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e dentre estes,
os que apresentam necessidades educacionais especiais: a) de
acesso ao currículo; b)de participação integral, efetiva e bemsucedida
em uma programação escolar tão comum quanto possível; (BRASIL,
2000, p. 7)

Essas adaptações são assim chamadas, justamente por não


exigirem autorização de instâncias superiores e terem sua implementação
totalmente realizada através do trabalho docente. De modo geral dentre essas
adaptações que fazem parte do currículo, para garantir a inclusão e a permanência
do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino regular, estão:
 A criação de condições físicas, materiais e ambientais na sala de aula;
Favorecer o melhor nível possível de comunicação e interação do aluno com
toda a comunidade escolar;
 Permitir e favorecer a participação do aluno em toda e qualquer atividade
escolar;
 Lutar pela aquisição de equipamentos e materiais específicos necessários;
 Realizar adaptações em materiais de uso comum em sala de aula;
 Permitir sistemas alternativos de comunicação, tanto no decorrer das aulas
como nas avaliações, para alunos que não utilizam a comunicação oral;
 Colaborar na eliminação de sentimentos de baixa auto-estima, inferioridade,
menos valia ou fracasso.
As adaptações de pequeno porte (não significativas) constituem
pequenos ajustes nas ações planejadas a serem desenvolvidas no contexto da sala
de aula. Além dessas adaptações gerais, é importante refletir também nas
adaptações mais específicas de acordo com cada necessidade. É importante
ressaltar ainda, que antes de se iniciar um trabalho com alunos com necessidades
educacionais especiais, no ensino regular, é necessário que se faça um preparo dos
demais alunos, no sentido de conscientização da importância da convivência na
diversidade e no respeito às diferenças.
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA INCLUSÃO ESCOLAR

A família do aluno com necessidades educativas especiais é a


principal responsável pelas ações do seu filho com necessidades especiais, visto
que é ela quem lhe oferece a primeira formação. Na integração/inclusão escolar, o
aluno com apoio dos profissionais e da família, poderá adquirir competências ainda
maiores, se tiver um envolvimento como a "parceria".
É preciso que todos (família/sociedade/escola) tenham consciência
de que alunos da Educação Especial: são vivos, sentem, observam, têm as mesmas
necessidades que outros alunos e não se pode confiná-los num mundo à parte.
Infelizmente, o deficiente, o diferente é produzido pelo ambiente de carências
afetivas, sociais, econômicas... "Nem um louco, nem um bobo"... Mas um ser
humano que requer talvez mais carinho/ atenção que outros "ditos normais".
Daí a conscientização da família se faz necessária, no sentido de
que ela faz parte de um contexto e exerce influências sobre o "indivíduo",
preparando-o para o mundo escolar, sendo também essencial à conscientização dos
educadores, não só para saber trabalhar com o "aluno", mas também para promover
o desenvolvimento familiar, de forma que a família se torne um "agente" processo de
integração/inclusão.
A Família é o primeiro e talvez o principal grupo social em que
vivemos. É nela que aprendemos a construir nossa individualidade e independência.
Por isso, é muito importante o convívio com outras famílias que enfrentam, ou não,
problemas com necessidades especiais.
Pais precisam estar conscientes e mobilizados para participar,
apoiar , trabalhar com união e harmonia. Devem também cuidar para que não haja,
em relação ao filho com necessidades especiais, superproteção, posto que esta em
pouco contribui para o desenvolvimento da autonomia da pessoa. Há muito que
fazer, uma vez que a escola brasileira ainda não está suficientemente pronta para
atuar com alunos da classe especial. Cada caso é um caso diferente. Para o
professor é um "grande desafio", mas com competência e boa vontade da família,
muito se fará pela Educação Especial. Na certeza de que todos precisam de apoio,
compreensão e amadurecimento, principalmente pessoas especiais, é que a
comunidade deve mudar seu pensamento e ajudar os mais necessitados.
CONCLUSÃO

Diante do exposto, avaliamos a importancia da escola na vida de


um aluno com necessidades especiais, e o quanto é fundamental frequentar a
escola comum e conviver com outras pessoas. Para que se torne alguém com
chances de ser incluído socialmente, é preciso que a escola lhe transmita o
conhecimento historicamente produzido e que deve ser apropriado por todos os
alunos de forma indiferenciada. Assim, tem-se a clareza de que o aprendizado é o
elemento essencial para garantir a inclusão social.
A escola deve ser um lugar onde haja aprendizagem indiferente de
quais tipos de alunos que ela possui, destacando-se a importância do professor na
vivencia do aluno, pois ele precisa ter consciência de seu papel no processo de
formação, conhecer quais as suas necessidades, tornando-os cada vez mais
independentes e autoconfiantes. O relacionamento entre o professor e os alunos
será mais rico e ambos aprenderão juntos.
Numa escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição
que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. E o desafio para essa escola
é o de desenvolver uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos,
incluindo aqueles com deficiência, sendo assim o primeiro passo para construir uma
sociedade mais justa. Enfrentar o desafio de se ter uma educação inclusiva é
condição essencial para atender as expectativas de toda uma sociedade que espera
que isso aconteça já a um grande tempo, pois essa é uma tarefa difícil, e se a escola
puser em pratica sua função social dentro da perspectiva de educação para pessoas
portadoras de necessidades educacionais especiais e os professores cumprirem
realmente seu papel como educador, será possível cumpri-la.
Ressaltando que a "participação" da família do filho com
necessidades especiais é decisiva no processo de inclusão e indispensável para que
ele possa construir-se pessoalmente e participante da sociedade. As relações entre
famílias e filhos com necessidades especiais oportunizam suporte recíproco para o
fortalecimento necessário para uma convivência saudável entre seus membros. A
escola, em conjunto com a família, quer implementar as melhores estratégias de
ensino- aprendizagem para que o aluno portador de necessidades especiais dela se
beneficie e nela permaneça.
REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola


Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos
com necessidades educacionais especiais, Brasília: MEC/SEESP, 2000, vol. 6.

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola


Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: Alunos com
necessidades educacionais especiais - Adaptações Curriculares de Grande Porte,
Brasília: MEC/SEESP, 2005, vol. 5.

CAVALCANTE, M. Caminhos da inclusão. Nova Escola. São Paulo, Abril, ano XXI,
ed. Especial, p.15, 56 e 58, out. 2006.

SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de


Janeiro: WVA, 1997.

BERTUOL, C.L Sala de Recursos Multifuncionais: apoios especializados à


inclusão escolar de alunos com deficiência/necessidades educacionais especiais no
município de Cascavel- PR”(2010).

MANTOAN,M.T.E. A Integração de pessoas com deficiência: contribuições para


uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memmon, Editora SENAC, 1997

You might also like