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OPERAÇÕES

OPERAÇÕES UNITÁRIAS
UNITÁRIAS 1I

Sólidos
SÓLIDOS PARTICULADOS 1:

Particulados
- PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS PARTICULADOS
- PENEIRAÇÃO

Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira


PROF. DR. FÉLIX MONTEIRO PEREIRA

1
O que é um sólido particulado?
Um material composto de
materiais sólidos de tamanho
reduzido (partículas).

O tamanho pequeno das


partículas pode ser uma
característica natural do
material ou pode ser devido
a um processo prévio de
fragmentação.
2
Importância
Redução de
tamanho

Fluidização
O conhecimento das
propriedades dos sólidos Transporte
Pneumático
particulados é fundamental
para o estudo de muitas
operações unitárias como: Centrifugação

Decantação
Sedimentação

Filtração

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PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS PARTICULADOS

A) Propriedades que dependem da natureza das


partículas: o tamanho, a forma, a dureza, a
densidade, o calor específico e a condutividade.
B) Propriedades que dependem do sistema (leito
poroso): a densidade aparente, a área específica,
a porosidade, entre outras. Neste caso, a
propriedade passa a ser uma característica do
conjunto de partículas (leito) e não mais do sólido
em si.

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Tamanho de Partículas
Granulometria é o termo usado para
caracterizar o tamanho das partículas de um
material.

Pós 1 μm até 0,5 mm

Sólidos Granulares 0,5 a 10 mm


Distinguem-se pelo
tamanho cinco tipos de Blocos Pequenos 1 a 5 cm
sólidos particulados:

Blocos Médios 5 a 15 cm

Blocos Grandes > 15 cm 5


FORMA E COMPOSIÇÃO DAS PARTÍCULAS
A forma e composição das partículas é determinada pelo
sistema cristalino dos sólidos naturais e no caso dos
produtos industriais pelo processo de fabricação. A forma
é uma variável importante. A) Fatores de Forma,
Esfericidade e Diâmetro
Equivalente
B) Densidade

C) Dureza
Os parâmetros mais utilizados
são os seguintes:
D) Fragilidade

E) Aspereza

F) Porosidade (ε)

G) Densidade Aparente 6
A) Fatores de Forma, Esfericidade e
Diâmetro Equivalente

A forma de uma partícula pode ser expressa pelos fatores de forma


relacionados com a área superficial e volume da partícula.

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A) Fatores de Forma, Esfericidade e
Diâmetro Equivalente

A forma de uma partícula pode ser expressa pelos fatores de forma


relacionados com a área superficial e volume da partícula.

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A) Fatores de Forma, Esfericidade e
Diâmetro Equivalente

A forma de uma partícula pode ser expressa pelos fatores de forma


relacionados com a área superficial e volume da partícula.

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A) Fatores de Forma, Esfericidade e
Diâmetro Equivalente

A forma de uma partícula também pode ser expressa pela


esfericidade (φ), que mede o afastamento da forma esférica.

Superfície da esfera de igual volume da partícula


φ=
Superfície externa da partícula real

Logo φ= 1 para uma partícula esférica


φ< 1 para qualquer outra forma

0 ≤ φ ≤1
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A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

Seja uma partícula de volume Vp e área Ap:

Volume da esfera

2
Ap = π ⋅ d eq

Por definição:

π ⋅ d eq2
φ=
Ap
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A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

π ⋅ d eq2
φ=
Ap

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A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

2
π ⋅ d eq
φ=
Ap
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A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

Número de partículas
Dada uma massa (m) de partículas, de densidade ρs e Volume
Vp, o número total de partículas (N) pode ser calculado como:

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A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

Se todas as partículas têm o mesmo volume (Vp) e a mesma forma,


a área total das partículas = número de partículas x área da partícula

Pode ser calculada a área por unidade de massa (área específica)


se conhecemos o diâmetro equivalente para uma partícula i:

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B) Densidade

Permite classificar os sólidos nas seguintes classes:


- Leves (ρ<500 kg/m3) = serragem, turfa, coque
- Médios (1000 ≦ ρ ≦ 2000 kg/m3) = areia, minérios leves
- Muito Pesados (ρ > 2000 kg/m3) = minérios pesados
- Intermediários (550< ρ <1100 kg/m3) = produtos agrícolas

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C) Dureza

Esta propriedade costuma ter dois significados. Nos plásticos e metais


corresponde a resistência ao corte, enquanto que no caso dos minerais
é a resistência que eles oferecem ao serem riscados por outros
minerais.
A escala de dureza que se emprega nos minerais a Escala de Mohr,
que vai de um a dez e cujos minerais representativos são:

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D) Fragilidade
Mede-se pela facilidade à fratura por torção ou impacto. Muitas vezes
não tem relação com a dureza. Os plásticos podem ser pouco duros
(moles) mas não são frágeis.

E) Aspereza
Determina a maior ou menor dificuldade de escorregamento das partículas.

F) Porosidade (e)
É a propriedade da partícula que mais influencia as propriedades do
conjunto (leito poroso)

É a proporção de espaços vazios. Quanto mais a partícula se afastar


da forma esférica, mais poroso será o leito. 18
F) Porosidade (e)
Quanto maior a esfericidade menor a
porosidade do leito.

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G) Densidade Aparente (ρ
ρ a)

É a densidade do leito poroso, ou seja, a massa total do leito poroso


dividida pelo volume total do leito poroso.

Pode-se calcular por meio de um balanço de massa a


partir das densidades do sólido e do fluido, que muitas
vezes é o ar.
Densidade do
Proporção de
Sólido Porosidade
Sólido
Densidade
do Fluido

ρa = (1- ε).ρp + ε.ρf

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O tamanho da partícula de materiais homogêneos
(com partículas uniformes) pode ser obtido:

1. Com o auxílio de um microscópio


2. Por peneiramento: fazer passar por
malhas progressivamente menores, até
que fique retida a maior porção. O
tamanho corresponde ao tamanho da
peneira o a média das peneiras.
3. Decantação: o material é posto numa
suspensão que se deixa em repouso
durante um certo tempo, findo o qual o
nível dos sólidos decantados terá descido.
A partir das frações de massa separadas,
calcula-se o tamanho da partícula.
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4. Elutriação:
O princípio empregado é o mesmo, porém a
suspensão é mantida em escoamento ascendente
através de um tubo. Variando-se a velocidade de
escoamento, descobre-se o valor necessário para
evitar a decantação das partículas. Esta será a
velocidade de decantação do material.

5. Centrifugação:
A força gravitacional é substituída por uma força
centrífuga cujo valor pode ser bastante grande. É útil
principalmente quando as partículas são muito
pequenas e, por conseqüência, têm uma decantação
natural muito lenta.

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MATERIAIS HETEROGÊNEOS
Neste caso o material terá que ser separado em frações
com partículas uniformes por qualquer um dos
métodos de decantação, elutriação ou centrifugação
anteriormente citados.
O meio mais prático, no entanto, é a peneiração, que
consiste em passar o material através de uma série de
peneiras com malhas progressivamente menores, cada
uma das quais retém uma parte da amostra.
Esta operação, conhecida como análise granulométrica,
é aplicável a partículas de diâmetros compreendidos
entre 7 cm e 40 µm.
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PENEIRAÇÃO

A análise granulométrica é realizada com


peneiras padronizadas quanto à abertura das
malhas e à espessura dos fios de que são
feitas.
Séries de Peneiras mais Importantes
British Standard (BS)
Institute of Mining and Metallurgy (IMM)
National Bureau of Standards - Washington
Tyler (Série Tyler) – A mais usada no Brasil

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PENEIRAÇÃO
O sistema Tyler é constituído de quatorze
peneiras e tem como base uma peneira de
200 fios por polegada (200 mesh), feita
com fios de 0,053 mm de espessura, o que
dá uma abertura livre de 0,074 mm.
As demais peneiras, apresentam 150, 100,
65, 48, 35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh.

Quando se passa de uma peneira para a


imediatamente superior (por exemplo da
de 200 mesh para a de 150 mesh), a área da
abertura é multiplicada por dois e,
portanto, o lado da malha é multiplicado
por
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PENEIRAÇÃO
O ensaio consiste em colocar a amostra
sobre a peneira mais grossa a ser
utilizada e agitar em ensaio padronizado
o conjunto de peneiras colocadas umas
sobre as outras na ordem decrescente da
abertura das malhas.
Abaixo da última peneira há uma panela
que recolhe a fração mais fina que
consegue passar através de todas as
peneiras da série.

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PENEIRAÇÃO

27
PENEIRAÇÃO

As quantidades retidas nas


peneiras e na panela são pesadas.

A fração de cada tamanho se


calcula dividindo a massa pela
massa total da amostra.

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PENEIRAÇÃO
PENEIRAÇÃO
PENEIRAÇÃO
PENEIRAÇÃO
PENEIRAÇÃO
PENEIRAÇÃO
BALANÇO MATERIAL

F, D e B  SÃO OS FLUXOS (OU MASSA) DE MATERIAL QUE ALIMENTA A PENEIRA, QUE SAI
PELA FRAÇÃO GROSSA E QUE SAI PELA FRAÇÃO FINA.

xF, xD e xB  SÃO AS FRAÇÕES MÁSSICAS DE PARTÍCULAS MAIORES QUE A ABERTURA DA


PENEIRA EM F, D E B.

GLOBAL
F=D+B

EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE MATERIAL COM TAMANHO MAIOR QUE A ABERTURA DA


PENEIRA:
F xF, =D xD+B xB
PENEIRAÇÃO
BALANÇO MATERIAL

GLOBAL
F=D+B

EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE MATERIAL COM TAMANHO MAIOR QUE A ABERTURA DA


PENEIRA:
F xF, =D xD+B xB

EFICIÊNCIA DA PENEIRA (FRAÇÃO GROSSA)  ED = DxD/(FxF)


EFICIÊNCIA DA PENEIRA (FRAÇÃO FINA)  EB = B (1-xB)/[F(1-xF)]

EFICIÊNCIA GLOBAL  E = ED EB = ... = (xF-xB) (xD-xF) xD (1-xB)


(xD-xB)² (1-xF) xF
PENEIRAÇÃO
Exercício: Considere a operação de redução de tamanho em um britador intermediário de rolos lisos operando
no processo apresentado na figura:

Fração
grossa

Alimentação
(peneira)

Peneira
Fração fina

A peneira utilizada no processo é de 14 mesh, o tamanho médio das partículas na alimentação do britador é
igual a 1 cm e o fluxo total de material na alimentação do britador é de 10 ton/h. As análises granulométricas da
alimentação da peneira, da fração grossa e da fração fina são apresentadas na tabela.
a) Considerado que as partículas que alimentam o britador sejam homogêneas (D= 1 cm), calcule o número de
partículas por grama e a superfície específica do material presente no fluxo de entrada do britador (considere
a=7, b=0,7 e ρ=2,6 g/cm3).
b) Calcule o número de partículas por grama e a superfície específica para o produto do processo de britamento.
Utilize o método diferencial (considere a=7, b=0,7 e ρ=2,6 g/cm3).
c) Estime os fluxos das frações grossa e fina do processo de britamento;
d) Estime a eficiência da peneira utilizada no processo de britamento;
e) Explique o procedimento a ser adotado para aumentar a eficiência da peneira do processo, considerando que
não seja possível alterar sua velocidade de agitação;
f) Quais seriam os fluxos das frações grossa e fina caso a eficiência das peneiras fosse de 100%.
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39
Dados:
F=10 ton/h
BALANÇO MATERIAL xF=0,08+0,05=0,13
xD=0,10+0,16=0,26
xB=0+0=0
Respostas:
c) D=5 ton/h e) Diminuir o fluxo
B=5 ton/h de alimentação do
britador (ou da
d) ED=1=100% peneira)
EB=0,575=57,5%
GLOBAL E=0,575=57,5% f) B=8,7 ton/h
F=D+B
D=1,3 ton/h
EM RELAÇÃO À QUANTIDADE DE MATERIAL COM TAMANHO MAIOR QUE A ABERTURA DA
PENEIRA:
F xF, =D xD+B xB

EFICIÊNCIA DA PENEIRA (FRAÇÃO GROSSA)  ED = DxD/(FxF)


EFICIÊNCIA DA PENEIRA (FRAÇÃO FINA)  EB = B (1-xB)/[F(1-xF)]

EFICIÊNCIA GLOBAL  E = ED EB = ... = (xF-xB) (xD-xF) xD (1-xB)


(xD-xB)² (1-xF) xF

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