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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15926-2
Primeira edição
25.02.2011

Válida a partir de
25.03.2011

Versão corrigida
15.06.2011
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Equipamentos de parques de diversão


Parte 2: Requisitos de segurança do projeto
e de instalação
Equipment amusement park
Part 2: Safety requirements project

ICS 97.200.40 ISBN 978-85-07-02623-5

Número de referência
ABNT NBR 15926-2:2011
157 páginas

© ABNT 2011
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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Requisitos comuns para análise e inspeção de projetos...............................................2
3.1 Documentos de projeto .....................................................................................................2
3.1.1 Geral ....................................................................................................................................2
3.1.2 Descrição do projeto e da operação ................................................................................2
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3.1.3 Projetos e desenhos de manufatura.................................................................................2


3.1.4 Princípios de análise..........................................................................................................3
3.2 Seleção de materiais ..........................................................................................................3
3.2.1 Geral ....................................................................................................................................3
3.2.2 Aços recomendados ..........................................................................................................4
3.2.3 Ligas de alumínio ...............................................................................................................4
3.2.4 Madeira ................................................................................................................................4
3.2.5 Compostos plásticos .........................................................................................................4
3.2.6 Fibras de vidro ....................................................................................................................4
3.2.7 Concreto..............................................................................................................................5
3.2.8 Elementos de fixação.........................................................................................................5
3.3 Cargas de projetos .............................................................................................................5
3.3.1 Geral ....................................................................................................................................5
3.3.2 Cargas permanentes ..........................................................................................................5
3.3.3 Ações variáveis ..................................................................................................................5
3.3.4 Forças sísmicas ...............................................................................................................11
3.3.5 Coeficientes aplicáveis aos impactos, vibração de componentes estruturais
vindas diretamente e colisões ........................................................................................11
3.3.6 Combinações de carga ....................................................................................................11
3.4 Análise estrutural – Princípios........................................................................................12
3.4.1 Geral ..................................................................................................................................12
3.4.2 Princípios de análise para vários tipos de equipamento .............................................13
3.4.3 Montanhas-russas com veículos presos aos trilhos ....................................................19
3.4.4 Outros trilhos com veículos presos a eles ....................................................................26
3.4.5 Tendas de eventos ...........................................................................................................27
3.5 Verificação de estabilidade ............................................................................................27
3.5.1 Segurança contra capotagem, deslizamento e erguimento .........................................27
3.5.2 Ancoragem no solo ..........................................................................................................29
3.5.3 Requisitos aprofundados ................................................................................................33
3.5.4 Suporte no solo para flange ............................................................................................33
3.6 Verificação de força..........................................................................................................34
3.6.1 Geral ..................................................................................................................................34
3.6.2 Esforço predominantemente estático ............................................................................35
3.6.3 Esforços variáveis ............................................................................................................35

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3.6.4 Parafusos ..........................................................................................................................39


3.6.5 Cordas, correntes, equipamentos de segurança, conectores e adaptadores ............41
3.7 Projeto estrutural e construção artesanal .....................................................................44
3.7.1 Posicionamento ................................................................................................................44
3.7.2 Travas e dispositivos de segurança para conexões .....................................................44
3.7.3 Juntas que serão desmontadas ......................................................................................44
3.7.4 Projeto de componentes sujeitos a cargas variáveis ...................................................45
3.7.5 Suportes ............................................................................................................................45
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3.7.6 Coluna central ou de sustentação ..................................................................................45


3.7.7 Prevenção contra corrosão e decomposição ................................................................45
4 Requisitos de projeto e fabricação de equipamentos e estruturas.............................45
4.1 Redução de riscos no projeto e medidas de segurança ..............................................45
4.1.1 Geral ..................................................................................................................................45
4.1.2 Análise de risco ................................................................................................................45
4.1.3 Redução de riscos para plataformas, rampas, pisos, escadas e passarelas .............46
4.1.4 Redução de risco utilizando grades e cercas ...............................................................48
4.1.5 Redução de riscos nas entradas e saídas .....................................................................52
4.1.6 Redução de riscos para lugares de usuários ................................................................53
4.1.7 Prevenções especiais para a redução de riscos ...........................................................62
4.2 Requisitos adicionais de segurança para diversos tipos de equipamentos .............62
4.2.1 Carrosséis com movimentos horizontais e/ou verticais ..............................................62
4.2.2 Rodas gigantes, balanços (com ou sem motor)............................................................65
4.2.3 Montanhas-russas, equipamentos com água, escuros ou outros equipamentos
guiados por trilhos ou por canais ..................................................................................67
4.2.4 Desaceleração máxima ....................................................................................................70
4.2.5 Shows, estandes de vendas e jogos, labirintos, casa de espelhos,
casa de diversões, martelos, pesca e similares ............................................................80
4.2.6 Arquibancadas temporárias, picadeiros etc. .................................................................82
4.2.7 Tiro ao alvo .......................................................................................................................82
4.3 Sistemas mecânicos ........................................................................................................84
4.3.1 Dispositivos hidráulicos e pneumáticos ........................................................................84
4.3.2 Equipamentos de subida e descida sendo parte integral de um equipamento de
diversão .............................................................................................................................86
4.4 Montagem e fornecimento ...............................................................................................89
4.4.1 Geral ..................................................................................................................................89
4.4.2 Montagem .........................................................................................................................89
4.4.3 Suprimentos .....................................................................................................................92
4.5 Aprovação inicial, inspeção e aceitação – Procedimentos recomendados ...............94
4.5.1 Geral ..................................................................................................................................94
4.5.2 Aprovação inicial dos equipamentos de diversão ........................................................95
4.5.3 Revisão dos documentos de projeto..............................................................................95
4.6 Livro de registro (logbook) ..............................................................................................98
4.6.1 Geral ..................................................................................................................................98

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4.6.2 Conteúdo...........................................................................................................................98
4.6.3 Dossiê técnico oficial.......................................................................................................99
4.6.4 Marcas de identificação .................................................................................................100
Anexo A (informativo) Inspeções.....................................................................................................101
A.1 Balanços .........................................................................................................................101
A.1.1 Geral ................................................................................................................................101
A.1.2 Forças nos suportes ......................................................................................................103
A.1.3 Prevenção do balanço para que não vire de cabeça para baixo ...............................104
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A.1.4 Balanços motorizados ...................................................................................................106


A.2 Rodas gigantes...............................................................................................................106
A.2.1 Cargas .............................................................................................................................106
A.2.2 Casos de carregamento dominante .............................................................................108
A.2.3 Cálculos ..........................................................................................................................108
A.2.4 Montagem .......................................................................................................................113
A.2.5 Indicações gerais ...........................................................................................................113
A.3 Chapéu mexicano e carrosséis aéreos ........................................................................113
A.4 Carrossel com piso (piso suspenso e plataformas) ...................................................119
A.5 Atrações com veículos motorizados ............................................................................119
A.5.1 Atrações com veículos motorizados e pistas unidirecionais
(por exemplo, pistas de corridas, de kart, de motos) .................................................119
A.5.1.1 Pistas ...............................................................................................................................119
A.5.1.2 Barreiras de proteção ....................................................................................................119
A.5.1.3 Suportes da pista ...........................................................................................................119
A.5.1.4 Veículos ...........................................................................................................................120
A.5.1.5 Cargas impostas ............................................................................................................120
A.5.2 Pistas multidirecionais (bate-bate) ...............................................................................120
A.5.2.1 Estrutura do teto ............................................................................................................120
A.5.2.2 Superfície da pista .........................................................................................................120
A.5.2.3 Barreiras..........................................................................................................................120
A.5.2.4 Veículos ...........................................................................................................................120
A.6 Pistas para percursos íngremes ...................................................................................121
A.7 Globos .............................................................................................................................121
A.8 Instalação de displays artísticos aéreos......................................................................121
A.9 Rotores ............................................................................................................................122
A.10 Tobogãs ...........................................................................................................................122
A.11 Plataformas móveis........................................................................................................122
Anexo B (informativo) Análise de fadiga.........................................................................................123
B.1 Geral ................................................................................................................................123
B.2 Símbolos e definições ...................................................................................................123
B.3 Requisitos para a avaliação da fadiga..........................................................................124
B.4 Esforços de fadiga em estruturas de aço ....................................................................125
B.4.1 Amplitude constante de variação de esforço (regra de Palmgreen-Miner) ..............125
B.4.2 Amplitude constante da variação equivalente em Newtons ......................................125

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B.4.3 Amplitude constante da variação equivalente em Nc = 2 x 106 .................................126


B.5 Avaliação de dano por esforços combinados .............................................................127
B.6 Equações para previsão do tempo de vida .................................................................127
B.6.1 Geral ................................................................................................................................127
B.6.2 Procedimento básico .....................................................................................................127
B.6.3 Cálculo da vida de fadiga ..............................................................................................128
Anexo C (informativo) Lista de riscos .............................................................................................130
Anexo D (informativo) Sistemas de contenções de usuários .......................................................131
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Anexo E (informativo) Restrições médicas.....................................................................................135


E.1 Geral ................................................................................................................................135
E.2 Critérios para restrições ao uso dos equipamentos ou atrações do parque
de diversões ...................................................................................................................135
E.2.1 Geral ................................................................................................................................135
E.2.2 Pessoas portadoras de deficiências ............................................................................136
E.2.3 Gravidez ..........................................................................................................................138
E.2.4 Problemas cardíacos .....................................................................................................138
E.2.5 Epilepsias........................................................................................................................139
E.2.6 Problemas do labirinto...................................................................................................140
E.2.7 Fobias e transtornos da ansiedade ..............................................................................140
E.2.8 Problemas de coluna vertebral .....................................................................................141
E.2.9 Cirurgias recentes ..........................................................................................................142
Anexo F (informativo) Livro ou sistema de registro de um equipamento de diversão...............143
Anexo G (informativo) Efeitos da aceleração nos usuários ..........................................................144
G.1 Tolerância médica – Geral .............................................................................................144
G.2 Equipamentos.................................................................................................................144
G.2.1 Geral ................................................................................................................................144
G.2.2 Aceleração lateral (direção y) .......................................................................................144
G.2.3 Aceleração vertical (direção z)......................................................................................144
G.2.4 Combinação ....................................................................................................................144
Anexo H (normativo) Equipamentos elétricos e sistemas de controle........................................148
H.1 Equipamento elétrico .....................................................................................................148
H.1.1 Geral ................................................................................................................................148
H.1.2 Classe de proteção de equipamento ............................................................................148
H.1.3 Contatos deslizantes .....................................................................................................148
H.1.4 Sistemas de aterramento...............................................................................................148
H.1.5 Proteção contra choques elétricos...............................................................................148
H.1.6 Medidas de proteção contra raios ................................................................................149
H.1.7 Iluminação e iluminação de emergência......................................................................149
H.1.8 Proteção contra sobrecarga e curto-circuito...............................................................149
H.1.9 Requisitos adicionais para atrações aquáticas ..........................................................150
H.2 Sistemas de controle .....................................................................................................150
H.2.1 Geral ................................................................................................................................150
H.2.2 Elementos de sistemas de controle relacionados à segurança ................................150

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H.2.2.1 Requisitos gerais ...........................................................................................................150


H.2.2.2 Interruptores e controles de baixa voltagem ...............................................................150
H.2.2.3 Equipamento de proteção eletrossensível ..................................................................150
H.2.3 Funções de parada.........................................................................................................151
H.2.4 Parâmetros relacionados à segurança.........................................................................151
H.2.5 Status das restrições de usuários ................................................................................152
H.2.6 Inibir funções de segurança..........................................................................................153
H.2.7 Modos de controle .........................................................................................................153
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H.2.7.1 Geral ................................................................................................................................153


H.2.7.2 Mudança de modo de controle .....................................................................................153
H.2.7.3 Modo de teste .................................................................................................................153
H.2.7.4 Modos de operação........................................................................................................153
H.2.7.5 Modo não operante ........................................................................................................154
H.2.8 Prevenção de colisão por sistemas de controle .........................................................155
H.2.8.1 Geral ................................................................................................................................155
H.2.8.2 Sistema de controle de zona de bloqueio ....................................................................155
H.2.8.3 Requisitos para o posicionamento de sensores e dispositivos de parada ..............156
H.2.8.4 Requisitos para parada de unidade do equipamento .................................................156
Anexo I (informativo) Sugestão de documentos para liberação da instalação de parques.......157

Figuras
Figura 1 – Coeficientes aerodinâmicos para estruturas de formatos convencionais ................10
Figura 2 – Exemplo para determinação do momento do corpo rígido e sua influência
em um câmbio de curva com 12 pranchas, rodando em uma velocidade angular ω,
e um ângulo de curva α ..................................................................................................15
Figura 3 – Velocidades e acelerações do ponto de massa m .......................................................16
Figura 4 – Resolução da velocidade v.............................................................................................17
Figura 5 – Direção da aceleração b .................................................................................................17
Figura 6 – Elevação e vista plana do trilho .....................................................................................20
Figura 7 – Corte lateral do trilho demonstrando carga e rodas guia ...........................................20
Figura 8 – Fator de impacto/elevação da volta de ré .....................................................................26
Figura 9 – Âncora de vara.................................................................................................................31
Figura 10 – Fatores para determinar a capacidade de carga de âncoras de vara.......................32
Figura 11 – Carregando âncoras......................................................................................................33
Figura 12 – Diagrama do esforço da fadiga de acordo com Smith, para esforços
dependentes do formato ..............................................................................................39
Figura 13 – Dimensões para escadas espiraladas ou curvadas...................................................47
Figura 14 – Zona de perigo ...............................................................................................................49
Figura 15 – Exemplos de cercas com elementos internos predominantemente verticais.........51
Figura 16 – Exemplos de cercas com malha ou painéis como elemento interno .......................51
Figura 17 – Exemplos de cercas com elementos internos decorativos.......................................52
Figura 18 – Espaço vertical livre a partir do chão e espaço lateral livre para usuários .............54

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Figura 19 – Espaço vertical livre a partir do assento e espaço lateral livre para usuários .......55
Figura 20 – Distância segura para veículos livres .........................................................................55
Figura 21 – Posição relativa dos espaços livres ............................................................................56
Figura 22 – Sistemas de coordenadas para as acelerações .........................................................59
Figura 23 – Diagrama de restrição (acelerações no estágio de projeto)......................................59
Figura 24 – Eixo vertical, um grau de liberdade .............................................................................63
Figura 25 – Eixos vertical e horizontal, mais do que um grau de liberdade ................................63
Figura 26 – Eixo inclinado variável, mais do que um grau de liberdade ......................................63
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Figura 27 – Eixo inclinado variável ..................................................................................................63


Figura 28 – Eixos horizontais principais, gôndolas fixas ou rotatórias .......................................65
Figura 29 – Barco de eixo horizontal conectado rigidamente ao braço, com motor ..................66
Figura 30 – Um eixo horizontal sem motor .....................................................................................66
Figura 31 – Equipamentos guiados por trilhos ..............................................................................68
Figura 32 – Equipamentos guiados por canais ou valas ...............................................................68
Figura 33 – Carro bate-bate ..............................................................................................................71
Figura 34 – Carro bate-bate ..............................................................................................................72
Figura 35 – Exemplo de um coletor de corrente normal ...............................................................74
Figura 36 – Força de contato de uma escova de chão ..................................................................75
Figura 37 – Distância mínima das paredes do canal .....................................................................78
Figura 38 – Alturas mínimas e máximas da plataforma e da parede lateral ................................78
Figura A.1 – Barco viking ...............................................................................................................102
Figura A.2 – Roda gigante com n = 8 setores ...............................................................................107
Figura A.3 – Sistema básico estaticamente determinado de uma roda-gigante com n = 8
setores (arranjo poligonal) .......................................................................................111
Figura A.4 – Gráfico para a determinação do ângulo de oscilação α ........................................115
Figura A.5a – Carrossel aéreo (vista lateral).................................................................................117
Figura A.5b – Carrossel aéreo (vista superior).............................................................................117
Figura G.1 – Sistema de coordenação de corpo ..........................................................................145
Figura G.2 – Aceleração permissível do assento |ay| como uma função da duração de pulso ..145
Figura G.3 – Aceleração permissível az relacionada ao tempo de duração ..............................146
Figura G.4 – Combinação de acelerações |ay| e |az| ....................................................................146
Figura G.5 – Acelerações permissíveis ay e az quando combinadas.........................................147

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Tabelas
Tabela 1 – Pressão do vento para equipamentos de diversão........................................................9
Tabela 2 – Fator de segurança contra capotamento, deslizamento e elevação ..........................28
Tabela 3 – Coeficientes de fricção μ ................................................................................................28
Tabela 4 – Capacidade do projeto de âncoras ................................................................................30
Tabela 5 – Fatores parciais de segurança para resistência à fadiga ............................................35
Tabela 6 – Requisitos mínimos para o ciclo de carga (Nmín) a serem utilizados no cálculo......37
Tabela 7 – Esforços de cisalhamento projetados tm para um esforço predominantemente
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estático por parafuso e para uma área de cisalhamento perpendicular ao eixo


do parafuso......................................................................................................................40
Tabela 8 – Torques para apertar e forças pré-tensionais para parafusos ....................................40
Tabela 9 – Força de tensão projetada NR,d na direção do eixo do parafuso, por parafuso
pré-tensionado.................................................................................................................41
Tabela 10 – Esforços projetados para cabos de aço utilizados na suspensão de componentes
estruturais feitos de fios cujos esforços nominais valem 1 570 N/mm2,
com o intuito de verificação de esforços de fadiga ...................................................43
Tabela 11 – Fatores parciais de segurança para cordas de fibras naturais ou sintéticas .........43
Tabela 12 – Menor distância entre a demarcação da zona e a fonte de perigo ...........................49
Tabela 13 – Largura da saída ............................................................................................................53
Tabela 14 – Distâncias de segurança para autopistas ...................................................................70
Tabela A.1 – Forças máximas para diferentes ângulos ...............................................................104
Tabela A.2 – Máximas velocidades de rotação permissíveis para atender às condições
Qr ≤ Q/5 .......................................................................................................................109
Tabela A.3 – Distância mínima permissível de frenagem (ou aceleração), ou seja,
um ângulo de rotação para atender às condições Qt ≤ Q/10 ................................109
Tabela A.4 – Forças máximas nos aros e nas barras periféricas ...............................................112
Tabela A.5 – Coeficientes c1 e c2 para o caso de carregamento unilateral ...............................118
Tabela A.6 – Coeficientes c3 e c4 para o caso de carregamento unilateral ...............................118
Tabela B.1 – Variações no ciclo de carga ......................................................................................129
Tabela C.1 – Riscos consideráveis nos equipamentos de diversão ..........................................130
Tabela D.1 – Componentes do sistema de contenção .................................................................132
Tabela D.2 – Dimensões do corpo- ................................................................................................133

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15926-2 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Parques de Diversão
(ABNT/CEE-117). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 22.10.2010 a
20.12.2010, com o número de Projeto 117:000.00-001/2.

Esta Norma é baseada nas ASTM F 2376:2008, ASTM F 2461:2009 e EN 13814:2004.

A ABNT NBR 15926, sob o título geral “Equipamentos de parques de diversão”, tem previsão de conter
as seguintes partes:

— Parte 1: Terminologia;

— Parte 2: Requisitos de segurança do projeto e de instalação;

— Parte 3: Inspeção e manutenção;

— Parte 4: Operação;

— Parte 5: Parques aquáticos.

Esta versão corrigida da ABNT NBR 15926-2:2011 incorpora a Errata 1 de 15.06.2011.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR 15926 specifies the safety requirements for design and installation of
equipments for amusement parks.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15926-2:2011

Equipamentos de parques de diversão


Parte 2: Requisitos de segurança do projeto e de instalação

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 15926 especifica os requisitos de segurança do projeto e de instalação
de equipamentos de parques de diversão.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 15926-4, Equipamentos de parques de diversão – Parte 4: Operação

ISO 898-1, Mechanical properties of fasteners made of carbon steel and alloy steel – Part 1: Bolts,
screws and studs with specified property classes – Coarse thread and fine pitch thread

ISO 4014, Hexagon head bolts – Product grades A and B

ISO 4016, Hexagon head bolts – Product grade C

ISO 4017, Hexagon head screws – Product grades A and B

ISO 4018, Hexagon head screws – Product grade C

ISO 4032, Hexagon nuts, style 1 – Product grades A and B

ISO 4034, Hexagon nuts – Product grade C

ISO 5817, Welding – Fusion-welded joints in steel, nickel, titanium and their alloys (beam welding
excluded) – Quality levels for imperfections

ISO 7090, Plain washers, chamfered – Normal series – Product grade A

ISO 12100-1, Safety of machinery – Basic concepts, general principles for design – Part 1: Basic
terminology, methodology

ISO 12100-2, Safety of machinery – Basic concepts, general principles for design – Part 2: Technical
principles

ISO 12944 (todas as partes), Paints and varnishes – Corrosion protection of steel structures by
protective paint systems

ENV 1993-1-1:1992, Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-1: General rules and rules for
buildings

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3 Requisitos comuns para análise e inspeção de projetos


3.1 Documentos de projeto

3.1.1 Geral

Os documentos de projeto incluem todos os documentos requeridos para a avaliação da estabilidade


e da segurança operacional de um equipamento de diversão. Eles devem ser fornecidos para qualquer
aprovação subsequente pelos órgãos de inspeção. Esses documentos devem traçar todas as condi-
ções de projeto pertinentes à operação dos equipamentos de diversão ou estruturas. Uma descrição
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da construção, operação e segurança operacional, desenhos de projeto e uma análise de estresse,


fadiga e estabilidade, como especificado em 3.1.4, são requeridos para este propósito.

3.1.2 Descrição do projeto e da operação

O equipamento de diversão, particularmente seu projeto, modo de utilização e sua estrutura devem ser
explicados nesta descrição. Detalhes adequados de mecânica (hidráulica e pneumática) do equipa-
mento elétrico e eletrônico, incluindo sistemas de controle, devem ser listados. A descrição deve incluir
detalhes das características particulares do equipamento de diversão e de qualquer modo alternativo
de instalação que possa existir. Também devem ser descritos detalhes da dimensão e dos espaços
para movimentação que possam se estender além dessas dimensões, limitações, projetos particula-
res e materiais, sistemas motores, tipos de direção, velocidades, acelerações, equipamento elétrico,
ciclo de trabalho e sequência de operação e qualquer restrição de usuários que possam existir.

3.1.3 Projetos e desenhos de manufatura

Estes são requeridos para todos os conjuntos, subconjuntos e componentes individuais, os quais fra-
turados ou com falhas podem colocar em perigo a estabilidade ou operação segura do equipamento.
Os desenhos devem mostrar todas as dimensões e valores requeridos para ensaio e aprovação, in-
cluindo detalhes de materiais, componentes estruturais, prendedores, conectores e também velocida-
des relevantes. Os desenhos devem no mínimo incluir:

— desenhos gerais em vista planificada, elevações e seções, em uma escala legível, independente-
mente do tamanho do equipamento de diversão;

— indicação do espaço para movimentação do equipamento necessário ao redor das partes móveis;

— desenhos detalhados mostrando todos os subconjuntos estruturais que não estejam claramente
discerníveis no desenho geral, assim como desenhos detalhados das conexões e itens individu-
ais de uma natureza mecânica ou elétrica, os quais poderiam afetar a segurança do equipamento
de diversão e sua operação, devendo, portanto, ser desenhados em maior escala;

— ilustrações dos seguintes itens podem ser necessárias para este propósito:

— equipamento de controle de direção, mecanismos de elevação e guindastes, incluindo seus supor-


tes, motores e controles e áreas para o erguimento;

— carros, gôndolas e similares ilustrados em todas as vistas necessárias e seus cortes laterais, com
detalhes de suas dimensões completas e dimensões internas de importância para os usuários
(assentos, apoios para braços e costas, espaço disponível para pés e pernas), apoios para mão
e pés e dispositivos de segurança e travas;

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— equipamento de movimentação com detalhes de carga, guia e rodas de parada, eixos, vãos e
seus anexos, liberdade de movimento em relação ao veículo, direção e controle, dispositivos
antirretorno (anti roll back), dispositivos de segurança contra descarrilamento e capotagem, dis-
positivos de proteção, trilhos, motores e breques e fundação de ancoragem;

— circuitos pneumáticos, hidráulicos e diagramas de fiação elétrica e eletrônica.

3.1.4 Princípios de análise

3.1.4.1 As análises devem compreender os seguintes pontos:


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— análise de estado-limite último;

— análise de estado-limite de fadiga;

— análise de estado-limite de estabilidade, por exemplo, quebra ou dobra de barras, placas etc.;

— se requerida, análise do estado-limite de deformação;

— análise de segurança contra capotagem, deslizamentos e elevações;

— análise dinâmica.

3.1.4.2 As análises mencionadas em 3.1.4.1 devem incluir no mínimo os seguintes detalhes:

— cargas permitidas no projeto, levando em consideração as possíveis condições de operação ou


alternativas de instalação. No caso de partes móveis, a velocidade ou a velocidade de rotação e
aceleração devem estar explicitadas. Cargas especiais impostas durante a montagem (por exem-
plo, partes onde alguém caminhe, mesmo que esse não seja o propósito da parte) devem estar
especificadas e listadas para demarcação;

— valores das dimensões principais e cortes de todos os componentes estruturais de carga e deta-
lhes relacionados à avaliação da força de fadiga;

— detalhes de materiais e componentes (memorial descritivo);

— determinações dos piores estresses (estresse máximo/mínimo e alcance do estresse) e detalhes


relacionados à força dos componentes estruturais de carga e cintas. Se os cálculos parecerem
insuficientes para avaliar o estado-limite das partes, a análise pode ser trocada por ensaios nos
componentes relevantes. O laboratório de ensaios deve conduzir o número apropriado de ensaios,
amostras, procedimentos de ensaios, relatórios etc., de acordo com Normas Brasileiras ou,
na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas;

— detalhes de deformações elásticas (flexões, torções), se esses detalhes afetarem a estabilidade


ou a segurança do equipamento;

— detalhes dos componentes estruturais que requerem exame especial e inspeção de acordo
com 3.4.3.2.

3.2 Seleção de materiais

3.2.1 Geral

Apenas materiais que respeitem o projeto e que atendam às Normas Brasileiras ou, na sua ausência,
normas internacionalmente aceitas para construções podem ser usados para componentes estruturais.

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Outros materiais podem ser usados apenas sob a condição de serem comprovadamente utilizáveis
para o fim requerido. O projeto deve prover considerações especiais para juntas estruturais soldadas,
onde os coeficientes de solda dos materiais selecionados estiverem de acordo com as Normas Brasi-
leiras ou, na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.

Para situações ou soluções construtivas não cobertas pelas Normas Brasileiras ou, na sua ausência,
normas internacionalmente aceitas, o responsável técnico pelo projeto deve usar um procedimento
aceito pela comunidade técnico-científica, acompanhado de estudos para manter o nível de segurança
previsto por esta. Para situações ou soluções construtivas cobertas de maneira simplificada, o respon-
sável técnico pelo projeto pode usar um procedimento mais preciso com os requisitos mencionados.
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3.2.2 Aços recomendados

Recomenda-se que sejam utilizados aços para componentes e aços para componentes de máquinas
estruturais de acordo com Normas Brasileiras ou, na sua ausência, de acordo com normas interna-
cionalmente aceitas.

3.2.3 Ligas de alumínio

Ligas de alumínio devem ser selecionadas de acordo com Normas Brasileiras ou, na sua ausência, de
acordo com normas internacionalmente aceitas.

Componentes e travas de segurança de liga de alumínio com razão f0,2 % / fu > 0,85 e alongamento
(ruptura) menor que ε ≤ 8 % não podem ser usados.

3.2.4 Madeira

A madeira utilizada nos equipamentos para escoramentos ou nivelamento, bem como com finalidade
estrutural intrínseca do próprio equipamento, deve estar de acordo com as Normas Brasileiras ou na
sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.

3.2.5 Compostos plásticos

A seleção dos compostos plásticos deve ocorrer de acordo com Normas Brasileiras ou, na sua
ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas para compostos plásticos que satisfaçam
o uso estrutural.

3.2.6 Fibras de vidro

Os compostos de segurança que suportam cargas críticas (plásticos reforçados com fibras) devem
ser produzidos apenas por fabricantes que tenham as instalações e pessoal para manter a qualidade
necessária.

Em todos os casos, informações adequadas sobre os plásticos, aditivos e reforços específicos, con-
forme especificados no projeto, e que serão usados na fabricação, devem ser fornecidas. O processo
de fabricação deve ser adequadamente especificado e controlado para garantir a consistência das
propriedades do produto final. Deve ser mantido um registro permanente de todos os dados essenciais
referentes à produção de compostos que suportem cargas, como:

— material de reforço, fibras, aditivos e resinas,

— temperatura, umidade, condições ambientais,

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— tipo de processo de fabricação, número de camadas, tipos de fibras etc.,

— amostras do composto de cada material específico fornecidas para ensaios.

3.2.7 Concreto

A seleção do tipo de concreto deve estar de acordo com Normas Brasileiras específicas ou, na sua
ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas e memorial de cálculo para uso estrutu-
ral do concreto.
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3.2.8 Elementos de fixação

Os parafusos e as porcas devem ser selecionados para suas aplicações específicas entre as classes
de propriedade de acordo com as Normas Brasileiras ou, na sua ausência, de acordo com normas
internacionalmente aceitas.

Os rebites devem ser selecionados de acordo com Normas Brasileiras ou, na sua ausência, de acordo
com normas internacionalmente aceitas.

3.3 Cargas de projetos

3.3.1 Geral

Todas as ações aplicáveis devem ser escolhidas de acordo com Normas Brasileiras ou, na sua ausên-
cia, de acordo com normas internacionalmente aceitas. Devido à natureza especial dos equipamentos
de diversão, as adaptações devem ser explicitadas.

3.3.2 Cargas permanentes

Para equipamentos de diversão pode-se pressupor com bastante precisão as cargas permanentes.
Onde puderem ocorrer variações, o valor característico superior (Gkh) e o valor característico inferior
(Gkl) devem ser considerados no cálculo da resposta estrutural mais provável. Em outros locais, um
valor característico único de uma ação permanente (Gκ) é suficiente.

Estão incluídos nos valores de Gκ, Gkh e Gkl, a carga da estrutura suportadora de carga, os acessórios
e o equipamento técnico necessário para a operação, incluindo tecidos e outros elementos decorativos.
As condições do material em situações normais ou com chuva são consideradas em Gkh e Gkl.

As cargas permanentes devem ser determinadas de acordo com as Normas Brasileiras ou, na sua
ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas. Os pesos dos componentes da máquina,
equipamento elétrico, gôndolas, carrinhos e similares devem ser considerados.

3.3.3 Ações variáveis

3.3.3.1 Cargas impostas

3.3.3.1.1 Geral

Essas consistem em cargas externas e deformações impostas (por exemplo, cargas impostas, cargas
giroscópicas, cargas dinâmicas, cargas de vento e neve, temperatura ou local de instalação), agindo
em um componente estrutural, que pode variar em magnitude, direção e ponto de aplicação (variações
de tempo e espaço) durante a operação normal.

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3.3.3.1.2 Cargas impostas verticais

3.3.3.1.2.1 Em unidades de carregamento de usuários (veículos, carros e gôndolas), as seguintes


cargas devem ser admitidas:

— para cada pessoa acima de 1,30 m:

Qk = 0,75 kN para todos os cálculos de fadiga e para as unidades com dois ou mais usuários;

Qk = 1,0 kN para as unidades com um usuário (para cálculos de estresse estático apenas);
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— para cada pessoa com 1,30 m ou menos:

Qk = 0,40 kN em ambos os casos.

3.3.3.1.2.2 As seguintes cargas verticais impostas devem ser aplicadas para qualquer área designa-
da para acesso a pé.

Acesso público universal:

qk = 3,5 kN/m2

para pisos, escadas, andares, rampas, entradas, saídas e similares em aparelhos e instalações.

qk = 5,0 kN/m2

para estandes, suas escadas e andares; e como um valor superior, se for esperada uma grande quan-
tidade de pessoas nas categorias mencionadas anteriormente.

qk = 2 kN/m2

para a área de entrada e saída percorrida pelo público durante a operação (carga e descarga); ou o
dobro da carga total de usuários de todos os veículos do equipamento, de acordo com 3.3.3.1.2.1,
qualquer que seja menos favorável, para que seja possível fazer a troca de usuários.

Qk = 1 kN por degrau

para escadas; de modo alternativo, uma área de carga de acordo com os requisitos anteriores, qual-
quer que seja menos favorável.

qk = 1,5 kN/m

para tábuas de fileiras de assentos e para pisos fixados entre fileiras (corredores) e assentos, a não
ser que cargas maiores resultem da aplicação de cargas de área qk = 3,5 kN/m2

Não aberto ao público:

qk = 1,5 kN/m2

para todos os pisos, plataformas, rampas, escadas, andaimes, palcos e similares que sejam percorri-
dos por uma pessoa por vez ou uma carga individual, Qk = 1,5 kN, qualquer que seja menos favorável.

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3.3.3.1.3 Cargas horizontais impostas

As cargas horizontais impostas a seguir devem ser aplicadas para cercas, parapeitos, trilhos, painéis
de parede e similares.

Quando andares destinados ao acesso do público: qk = 3,5 kN/m2:

— pk = 0,5 kN/m,

— na altura do corrimão;
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— pk = 0,1 kN/m

— na metade da altura.

Quando andares destinados ao acesso do público: qk = 5,0 kN/m2:

— pk = 1kN/m

— na altura do corrimão;

— pk = 0,15kN/m

— na metade da altura.

Quando andares não forem destinados ao acesso do público: qk = 1,50 kN/m2:

— pk = 0,30 kN/m

— na altura do corrimão;

— pk = 0,10 kN/m

— na metade da altura.

Para painéis de parede onde não exista um corrimão, os valores anteriores devem ser aplicados na
altura do corrimão; mas, onde for apropriado, não mais alto que 1,2 m.

Para conseguir uma dureza adequada longitudinalmente e transversalmente no caso de estandes ou


instalações similares com assentos ou em pé, uma carga horizontal agindo no nível do solo e na dire-
ção menos favorável deve ser considerada nos cálculos em adição a qualquer eventual força do vento
de acordo com 3.3.3.4. Esta carga componente horizontal deve ter 1/10 da carga vertical imposta de
acordo com 3.3.3.1.2.2.

3.3.3.2 Forças motrizes e forças de frenagem

Forças motrizes e de frenagem que devem ser calculadas para equipamentos com as opções de
movimentação e de parada (por exemplo, motor d.c., motor a.c. trifásico, movimentação hidráulica etc.),
e devem ser inseridos no cálculo com esses valores. No caso de cilindros hidráulicos, as eventuais
influências do início à parada devem ser mantidas dentro de limites gerenciáveis adequados às medi-
das do projeto, e devem ser consideradas nos cálculos.

Em geral, as forças de frenagem e de partida devem ser calculadas de acordo com o desempenho
individual do motor e do freio (aceleração/desaceleração).

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B = ab × (mv + mp) (1)

onde

B é a força de partida ou frenagem;

ab é a aceleração de partida ou frenagem;

mv é a massa das partes se movendo sem usuários;

mp é a massa total dos usuários de acordo com 3.3.3.1.2.1.


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No caso de movimentos circulares, os parâmetros apropriados devem ser aplicados na equação. Deve-se
ter cuidado para permitir unidades redutoras de velocidade (por exemplo, transmissão, marcha e caixa
de câmbio). Um fator de impacto eventual deve ser considerado (ver 3.3.5.1).

No caso de velocidades não excedendo 3 m/s, as forças motrizes e de frenagem podem ser derivadas
com ab = 0,7 m/s2, se não for feita uma avaliação mais precisa.

3.3.3.3 Cargas de restrição e travamento

Tais cargas devem ser consideradas ao projetar as travas e as restrições de usuários, trilhos e dispo-
sitivos de segurança dentro da unidade de usuários. Todas as situações significativas durante o ciclo,
incluindo carga e descarga e situações de emergência, devem ser consideradas. Concessões devem
ser feitas para as forças causadas pelos usuários ao se comprimirem contra as restrições e travas
(por exemplo, descanso para pés). A magnitude máxima das forças de restrição depende do projeto
detalhado da contenção. Em todo caso, forças usadas em quaisquer cálculos nunca podem ser menores
que 500 N por pessoa.

3.3.3.4 Cargas do vento

3.3.3.4.1 Cargas do vento em geral

As cargas do vento são baseadas em Normas Brasileiras ou, na sua ausência, em normas interna-
cionalmente aceitas, adaptadas para a natureza especial dos equipamentos de diversão com obser-
vações sobre:

— local;

— duração e período da instalação;

— uso sob a supervisão de um operador;

— possibilidade de proteção e reforço.

Os valores da Tabela 1 podem ser aplicados para o equipamento ou estrutura “mediano” usados em
áreas onde a velocidade de referência do vento for de νref,0 ≤ 28 m/s (condições “em operação”ou “fora
de operação” do equipamento ou da estrutura) e quando a operação do equipamento for desligada
com uma velocidade do vento de νref ≥ 15 m/s (em operação).

O equipamento ou estrutura precisa ser abrigado ou reforçado quando o vento atingir νreal ≥ 25 m/s
em uma altitude de 10 m.

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No cálculo dos valores da Tabela 1, foram feitas as seguintes deduções:

— νref (p) = 0,85 νref, 0 para “situações sem vento” (aproximadamente período de retorno de
cinco anos);

— Cterm = 0,80 (para altitudes de 0 a 20 m para cargas estáticas), que intencionalmente são apli-
cadas para que proteção, reforço e abrigo sejam possíveis de serem instalados (o projeto deve
especificar os meios de abrigo e reforço).

O equipamento ou estrutura não pode ser suscetível à resposta dinâmica, já que o fator dinâmico de
cd = 0,90 (não suscetível a resposta dinâmica) foi usado para estabelecer os valores da Tabela 1.
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As deduções a seguir foram usadas para estabelecer os valores da Tabela 1 (cdir = 1,0, calt = 1,0,
ct = 1) para terrenos planos ou ondulados com obstáculos, como muros, poucos quebra-ventos de
árvores, edificações baixas e esparsas (categoria de terreno III).

Para qualquer outra localização, onde νref,0 > 28 m/s, os cálculos devem ser feitos para o equipamento
ou estrutura confirmando a estabilidade sob condições locais. Os cálculos do projeto devem confirmar
que métodos adequados foram adotados de acordo com cada situação em particular.

Tabela 1 – Pressão do vento para equipamentos de diversão

Pressão
qeq = qref × ce(ze) × cd
Altura da estrutura kN/m2
m para referência de velocidade do vento
νref ≤ 15 m/s νref,0 ≤ 28 m/s
em funcionamento desligado
0≤8 0,20 0,35
8 ≤ 20 0,30 0,50
20 ≤ 35 0,35 0,90
35 ≤ 50 0,40 1,00

A carga do vento em dada superfície pode ser avaliada pela aplicação dos valores anteriores na
seguinte equação:

Fw = qeq × cf × Aref

Para espaços abertos (por exemplo, para áreas costeiras ou alpinas, que não são da categoria de
terreno III, há diferentes topografias e asperezas) as cargas de vento devem ser aplicadas usando os
coeficientes adequados de aspereza e topografia do local (ver Figura 1).

Em geral, os fatores do formato de várias estruturas e membros estruturais devem ser tomados de
Normas Brasileiras ou na, sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.

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q
,4) 0,4
)q
-0 -
nα nα
-0,
i -0,4 q si 4q
s 2
(1,2 (1,
W W W
-0,4 q
+0,8 q -0,4 q +0,8 q +0,8 q -0,4 q

a b
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-0,4 q

+0,8 q -0,4 q

-0,4 q
c

Legenda

“c” deve ser aplicado para “a” e “b”

Figura 1 – Coeficientes aerodinâmicos para estruturas de formatos convencionais

3.3.3.4.2 Cargas de vento em serviço

A carga de vento para condições de operação pode ser calculada usando a pressão dada na coluna 2
da Tabela 1. A operação deve cessar se a velocidade do vento exceder ν10 = 15 m/s (medida em uma
altura de 10 m). A área da carga do vento da carga imposta (por exemplo, invólucro do usuário) deve
ser considerada no cálculo.

3.3.3.5 Forças de inércia (força centrífuga, força giroscópica e força Coriolis)

As forças de inércia devem ser determinadas de acordo com as circunstâncias predominantes em cada
caso; ver, por exemplo, o Anexo B para os cálculos dessas forças em diferentes tipos de equipamentos.

3.3.3.6 Colisão intencional durante operação

Os efeitos de cargas de colisão devem ser considerados apenas com respeito aos componentes estru-
turais diretamente afetados e aos seus pontos associados.

A colisão deve ser prevista para ocorrer no ponto menos favorável do componente estrutural e o cálculo
deve ser baseado na massa do veículo completamente ocupado (mtot em quilogramas).

Se a colisão só puder acontecer em ângulos α ≤ 90°, a força de colisão F (em N) deve ser notada como
F = 9,81 × mtot × sen α (mtot em quilogramas), mas, em qualquer caso, o valor para o cálculo não pode
ser menor do que 0,3 × 9,81 × mtot.

Onde uma colisão seja intencional ou não, deve-se assumir que ela seja uma ação acidental (ver 3.3.6.3).

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3.3.4 Forças sísmicas

As forças sísmicas apenas devem ser consideradas em caso de uma solicitação especial; elas não
precisam ser combinadas com os casos de carga de vento.

3.3.5 Coeficientes aplicáveis aos impactos, vibração de componentes estruturais vindas


diretamente e colisões

3.3.5.1 Impactos
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Se as forças de impacto se mostrarem propensas a surgir na estrutura ou em partes individuais dela


durante o trajeto (por exemplo, das juntas do trilho), então as cargas em movimento sob consideração
(carga permanente e carga imposta) devem ser multiplicadas por um fator de impacto não menor que
ϕ1 = 1,2, a não ser que o tipo de estrutura requeira um valor ainda mais alto. Se as forças de impacto
substancialmente maiores (por exemplo, devido a juntas do trilho) ocorrerem durante testes na estru-
tura completa e essas forças de impacto não puderem ser reduzidas para o valor do projeto pela cons-
trução, então o fator de impacto deve crescer de acordo com um cálculo revisado. As forças iniciadas
na partida e frenagem, por exemplo, no caso de cilindros hidráulicos, não são consideradas forças de
impacto, mas sim cargas impostas normais.

3.3.5.2 Vibração de componentes estruturais da pista

Em geral, como um resultado da vibração dos componentes estruturais da pista (por exemplo, a pista
de uma montanha-russa), todos os estresses resultantes devem ser multiplicados pelo coeficiente de
vibração ϕ2 = 1,2.

Se provas puderem ser providenciadas, um coeficiente menor 1,0 ≤ ϕ2 ≤ 1,2 pode ser adotado.
Os itens a seguir podem ser calculados sem levar em consideração o coeficiente de vibração.

— suportes ou suspensões dos componentes estruturais percorridos diretamente sobre a movimen-


tação do equipamento;

— pressões do solo;

— instalação;

— estabilidade e resistência a deslizamento.

Medidas estruturais adicionais para certas estruturas podem ser requeridas para reduzir ou atenuar
vibrações inadmissíveis (por exemplo, ressonância).

3.3.6 Combinações de carga

3.3.6.1 Geral

A avaliação dos estados-limites para equipamentos de diversão deve ser feita usando as combinações
de 3.3.6.2 a 3.3.6.4 e os fatores de segurança parcial.

3.3.6.2 Combinações fundamentais

Os valores do projeto das ações devem ser combinados da seguinte maneira:

Σ γG Gκ (= Σ 1,35 Gκ) (3)

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Σ γG Gκ + Σ γQ Qk,i (= Σ 1,1 Gκ + Σ 1,35 Qk,i) (4)

Ambos os casos devem ser checados, onde

γG = 1,1 ou 1,35 fator de segurança parcial para ações permanentes;

γQ = 1,35 fator de segurança parcial para ações variáveis;

Gκ valor característico de ações permanentes;


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Qk,i valor característico de uma das ações variáveis.

3.3.6.3 Combinação acidental

1,0 × Gκ + Ad + Σ 1,0 × Qk,i (5)

onde

Qk,i valor característico das ações variáveis.

Ad valor designado das ações acidentais.

Ações acidentais (por exemplo, forças sísmicas) necessitam ser consideradas apenas no caso de se-
rem especialmente solicitadas para o cálculo. Nesses casos, a Equação (5) deve ser aplicada.

3.3.6.4 Combinações de fadiga

Cada possibilidade de fadiga de um dispositivo deve ser analisada individualmente por componente.
Em nenhuma hipótese o fator parcial de segurança deve ser menor do que γFf = 1,00.

γFf Fator parcial de segurança para ações de fadiga

3.4 Análise estrutural – Princípios

3.4.1 Geral

Os estados-limites resultantes de várias ações diferentes devem ser determinados separadamente


para as ações individuais dadas em 3.3. Deve-se verificar que nenhum estado-limite relevante exceda
as propriedades do projeto. Os estados-limites devem ser calculados devido a uma combinação de
ações. Deve ser verificado se os valores das forças internas do projeto ou momentos não excedem
a resistência correspondente da parte respectiva e se os limites máximos dos estados-limites não são
excedidos.

Considerações especiais devem ser dadas para a verificação dos estados-limites sobre deformação
e estabilidade para estruturas, onde o limite de deformação possa ser um valor decisivo. Qualquer
efeito favorável usando métodos da teoria de segunda ordem pode ser levado em consideração.

Todas as verificações devem ser feitas para a carga menos favorável. A esse respeito, as ações
permanentes, variáveis e acidentais, assim como forças dinâmicas devem sempre ser presumidas
como tendo uma posição e magnitude que resulte no estado-limite menos favorável para componentes
estruturais e mecânicos a serem analisados. Para componentes estruturais, mecânicos e itens de
equipamento que não são permanentes, também deve ser acertado como as condições menos favo-
ráveis podem aparecer quando tais itens estiverem fora do lugar ou removidos.

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Equações fora de Normas Brasileiras devem ser escritas com os símbolos de acordo com Normas
Brasileiras existentes ou, na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.
As fontes de tais equações devem ser explicitadas, se essa fonte for acessível publicamente. Em
outros casos, as derivações das equações devem ser apresentadas de tal maneira que sua viabilidade
possa ser comprovada.

Se um processo computadorizado for usado para os cálculos, considerações especiais devem ser
dadas para o requisito de cálculos revisados pelo computador durante a aprovação. Devem ser ofere-
cidas informações claras sobre o software, equação, unidade etc. Dados de importância para o projeto
devem ser impressos em sua integridade. A revisão de tais cálculos deve ser feita por um software
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independente. Os dados devem ser revisados durante a aprovação do projeto.

A resistência do projeto deve ser avaliada de acordo com a Equação (6):

Rd = Rk / γM (6)

onde

Rd é o valor do projeto das propriedades do material;

Rk é o valor característico das propriedades do material;

γM = 1,1 é o fator de segurança parcial para propriedade de materiais em combinação de cargas


estáticas;

γMf é o fator de segurança parcial para propriedade de materiais em combinação de cargas


de fadiga (ver Tabela 5).

Para outros materiais que não aço, γM, devem ser usados valores declarados em Normas Brasileiras
existentes ou, na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.

3.4.2 Princípios de análise para vários tipos de equipamento

3.4.2.1 Condições para calcular dispositivos do tipo rotatório

Equipamentos de diversão devem ser calculados como em operação, fora de operação, cheio, parcial-
mente cheio e em condições não balanceadas. As cargas em apenas um lado devem ser considera-
das como quando apenas ¼ ou ¾ do perímetro estiver ocupado. A verificação do limite máximo deve
ser usada nestas condições de carga em apenas um lado.

O momento de virada causado pela carga em apenas um lado, quando assentos em pelo menos
1/6 do perímetro estiverem ocupados, não pode exceder a estabilidade do momento existente, sem
considerar a ancoragem. A força de fadiga deve ser verificada nesse caso. Isso também deve ser feito
para uma carga de apenas um lado de 5/6 do perímetro. As porções do setor correspondente devem
ser selecionadas para o caso menos favorável e os assentos situados na ponta do setor em questão
devem ser incluídos na contagem.

Um procedimento análogo deve ser adotado para gôndolas com múltiplos assentos em uma única
linha. Se houver 18 ou mais assentos uniformemente distribuídos ao redor do perímetro, uma maior
carga de apenas um lado pode ser o fator determinante para a existência de uma segurança adequada
contra capotagem em alguns casos. Neste caso, deve-se assumir que a proporção entre MSt (momento
estabilizante) e Mkγ (momento da curvatura) considera os fatores de segurança parcial de acordo com
a Tabela 2.

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Se um equipamento de diversão também for feito para girar reversamente, então ambas as direções
de movimentação devem ser consideradas ao dimensionar os componentes do equipamento.

3.4.2.2 Projetos e princípios de análises para unidades portadoras de usuários

Os assentos e gôndolas devem ser medidos considerando-se as forças resultantes de cargas perma-
nentes, cargas impostas e movimentação. Se os assentos forem montados em junções de pino, eles
devem ser organizados de maneira que nenhuma trava possa subir. O trancamento dos assentos em
encaixes elevados também deve ser feito usando essas forças.
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Os apoios de braços, encostos, tiras de segurança, correntes, cordas e dispositivos de travamento


associados devem ser capazes de absorver as forças mencionadas anteriormente, advindas da carga
de usuários. A estrutura dos assentos e gôndolas deve ser feita e analisada de tal maneira que as for-
ças (como forças de partida e frenagem, forças de impacto, forças fora de equilíbrio e forças exercidas
pelos usuários nas travas e trilhos) sejam seguramente transmitidas para a estrutura e problemas de
fadiga sejam excluídos.

3.4.2.3 Carrosséis com vários movimentos

3.4.2.3.1 Geral

Para carrosséis nos quais as partes móveis sofram rotação em vários eixos em diferentes planos,
todas as forças que aparecerem devem ser determinadas. Isso deve ser feito considerando, no mínimo,
as velocidades angulares, força centrífuga, forças Coriolis, forças devidas a mudança de direção de
um ou mais dos eixos de rotação, forças giroscópicas, forças de partida e frenagem e qualquer força
de impacto que possa surgir. Em tais carrosséis, quando não há aceleração angular e o rotor é bem
próximo do topo de seu eixo de giro, o momento do corpo rígido é:

Mkr = sin α ⎡⎣I3 ω ωp + (I3 − I2 ) ωp2 cos α ⎤⎦ (7)

onde

a é o ângulo entre eixos de giro e de precessão;

I3 é o momento da inércia do rotor sobre seu eixo de giro;

I2 é o momento da inércia do rotor sobre seu eixo ortogonal.

Notar também que ω e ωp podem ser positivos ou negativos (de acordo com a regra do parafuso da
mão direita).

No caso de um rotor com formato chato e α = 90° a seguinte equação simplificada resulta:

Momento do corpo rígido: Mkr = I3 × ω × ωp (8)

A carga resultante por trava do momento do corpo rígido é:


Ri
Fi = Mkr (9)
∑ i Ri2

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M Kr dD
R
D

α
ωρ
1
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F7
6 8

F8
F6
F5
5 9

F9
M Kr
30°

r
MK
10
4
M
2
ω
R3

F3
R2

F11
R1
3 11

F2

F12
2 12
3
F1
1

Legenda

1 Vista de frente R¡ Raio


2 Vista lateral ω velocidade angular em torno do eixo de rotação
3 Vista de cima ωp velocidade angular de precessão
D torsão
dD variação da torsão
Mkr momento do corpo rígido

Figura 2 – Exemplo para determinação do momento do corpo rígido e sua influência


em um câmbio de curva com 12 pranchas, rodando em uma velocidade angular ω,
e um ângulo de curva α

3.4.2.3.2 Carrossel com movimentação apenas planar

Onde o carrossel sofrer uma movimentação planar com velocidade de rotação constante e dois eixos
paralelos apenas, as velocidades absolutas e as acelerações (considerando os movimentos relativos
e aceleração Coriolis) podem ser calculadas usando a Figura 3.

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bc
Vf

a
m
ϕ

Vr

br
ψ
M

n1

f
b
ω1

R
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e
n2

γ
0
ω2

Legenda

M o ponto central da rotação em um círculo;


O o ponto estacionário central de rotação;
Sem subscrição − valor absoluto
Significado das subscrições: f guiado; r relativo; c aceleração Coriolis.
Velocidades:
ν = νf + νr (22)

ν = R ω2

ν = a ω1

R=e+a

⎡⎣e + a − (a − co ϕ )⎤⎦ +
2 2
R= in ϕ

= +2 cos ϕ +

ϕ0 =− sin ϕ

⊥ ϕ0 =+ cos ϕ

ϕ0 =± sin γ
νf ⊥ ϕ0 = − νf cos ϕ
∂ sin ϕ
sin γ =
2 + 2 ∂ cos ϕ + ∂2
e + ∂ cos ϕ
cos γ =
e2 + 2e∂ cos f + ∂2

( ∑ f ) + ( ∑ ν⊥ f )
2 2
= 0 0

Direção do ν:
ν f0
cot δ =
ν⊥ f0

Figura 3 – Velocidades e acelerações do ponto de massa m

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ϕ°
+V
V

δ
M m +V
ϕ ϕ°

Acelerações:
b = bf + br + bc (23)
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bf = R ω 22
(24)
br = a ω12
(25)
bc = 2 ω 2 νr (26)
bn = br − bc + bf cos ψ (normal) (27)
bt = bf sin ψ (tangencial) (28)
R sin ψ = e sin ϕ (29)
e (30)
sin ψ = sin ϕ
R
R cos ψ = e cos ϕ + a (31)

e cos ϕ + a
cos ψ = (32)
R

b = bn2 + bt2 (33)

As derivações acima apenas são válidas quando ω1 está na direção oposta a ω2.
Se ω1 tiver a mesma direção de rotação que ω2 na Figura 3, a direção de bc será inversa.

Figura 4 – Resolução da velocidade v

bt m
b

bn
δ

bt
tan δ =
bn

Figura 5 – Direção da aceleração b

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3.4.2.3.3 Carrosséis com roldanas correndo nos trilhos

3.4.2.3.3.1 Carrosséis com braços guiados centralmente, com unidade de direção externa
ou interna

Em tais carrosséis, deve ser dada atenção às possíveis constrições e momentos de dobra ou torções
nos braços que possam surgir da maneira como as gôndolas ou assentos são presos. Os trilhos
ou pistas devem ser medidos de tal maneira que a deflexão devido à carga das rodas não exceda
1/5 000 da distância entre os suportes do trilho.
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3.4.2.3.3.2 Carrosséis sem guia central

Segurança contra capotagem dos carros deve ser assegurada por abancamento dos trilhos ou por
rolamentos de segurança ou, se necessário, por ambas as precauções. No primeiro passo do cálculo de
segurança contra capotagem da subestrutura com fatores parciais de segurança totais de pelo menos
γ = 1,0, a ancoragem do solo de fundação não pode ser considerada. Para se obter segurança contra
capotagem com fatores parciais de segurança, a ancoragem pode ser considerada no cálculo.

3.4.2.3.3.3 Carrosséis com pista ondulada

Neste tipo de instalação, as forças de inércia surgidas do movimento das gôndolas devem ser
consideradas.

3.4.2.3.3.4 Carrosséis com várias mudanças de rotação

Neste tipo de instalação, uma atenção particular deve ser prestada nos efeitos das forças Coriolis na
estrutura.

No caso de movimentos rotacionais que não atuam com certeza (por exemplo, giro e/ou atuação do
usuário), os efeitos da rotação individual das mudanças de rotação devem ser investigados. Para
carrosséis com movimento vertical (por exemplo, gira-gira, twisters, hully-gullies), as gôndolas que
podem ser erguidas, os efeitos das forças surgidas durante o movimento vertical, partida e frenagem
devem ser levados em conta, com a devida consideração por qualquer efeito não favorável de forças
de impacto e forças centrífugas.

Neste contexto, os efeitos das forças anteriormente mencionadas em cada ativador no carrossel com-
pleto e em segurança contra capotagem devem ser investigados para as posições menos favoráveis
em cada caso, sob combinações de carga estática. As hipóteses sobre cargas desequilibradas devem
ser consideradas. Cálculos de fadiga devem ser feitos. Os plugues telescópicos devem ser equilibra-
dos sem constrições e devem ter o tamanho adequado para o conector. O mesmo se aplica, se apro-
priado, para carrosséis que erguem cargas. As acelerações inevitáveis no plugue telescópico no início
e no fim de um “tranco” inicial e final devem ser consideradas para que as medidas necessárias sejam
tomadas para a carga aumentada quando os componentes do carrossel são medidos, a não ser que
essa aceleração seja atenuada com algum elemento.

Se as linhas de pressão dos cilindros de erguimento falharem, a velocidade na diminuição não pode
exceder duas vezes a da operação normal e em nenhuma hipótese mais que 1,0 m/s.

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3.4.3 Montanhas-russas com veículos presos aos trilhos

3.4.3.1 Trilho

A inclinação longitudinal do trilho deve ser limitada de tal maneira que a força resultante em ângulos
perpendiculares não caia abaixo de 0,2 g, no caso menos favorável. Esse valor também se aplica às
unidades de usuários com a velocidade mais alta no caso de trens. Se a força resultante cair abaixo
de 0,2 g, os usuários devem ser impedidos de iniciar o passeio.

A equação a seguir pode ser usada para determinar a inclinação transversal teórica α do trilho (o que
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faz a força transversal no carro zero para uma velocidade particular):

ν2 cos2 γ (34)
tan α =
⎛ Y2⎞
Rh ⎜ g cos γ +
⎝ Rν ⎟⎠

onde

ν é a velocidade do carro;

γ é a inclinação longitudinal do trilho;

Rh é o raio horizontal;

Rν é o raio vertical; (+ através; − pico).

O ângulo α deve ser medido em ângulos certos para Rh e para o trilho.

Use “+” se Cν for direcionado de maneira que comprima o carro ao trilho e “−“ se Cν for direcionado
de maneira que eleve o carro do trilho.

A máxima inclinação transversal do trilho em pontos em que o carro tenha a possibilidade de parar
por completo por razões operacionais (por exemplo, freios de segurança) deve ser limitada a um valor
máximo de 25°. O caminho do trilho deve ser desenhado de tal maneira que os passos teóricos em
aceleração instantânea não excedam 2 g. Isso é relacionado ao centro de massa e não exclui a
necessidade de outros cálculos serem feitos para a aceleração nos corpos dos usuários. A velocidade, a
aceleração e as forças podem ser determinadas para o centro de massa de acordo com a Equação 47.
Onde houver vários carros atrelados uns aos outros, o centro de massa geral pode ser usado.

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4
Rv
+
γ
1

v
-R
2 T
v1
m

γ
v2

h1

N
h2
Q

v
C
Z
3
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Ch 2
v2
X 2 m
Y
v1

+ Rh
1

Legenda

1 Vista plana
2 Eixo do trilho
3 Elevação
4 Eixo do trilho
Figura 6 – Elevação e vista plana do trilho
F

v
Rv

m
Rv

H
δ

H
a
α
β

Rh

Rh

Figura 7 – Corte lateral do trilho demonstrando carga e rodas guia

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Símbolos usados nas Equações 34 a 46:

a medidor da roda;

e distância do centro de gravidade;

g aceleração gravitacional;

α inclinação transversal teórica do trilho;

β inclinação transversal real do trilho;


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γ inclinação longitudinal do trilho;

δ ângulo do rolamento-guia;

Rν raio vertical do eixo do trilho;

Rh raio horizontal do eixo do trilho;

± Rν raio vertical do centro gravitacional de massa (+ através; − pico); usar +, se Cν for direcionado
de maneira a comprimir o carro contra o trilho; e –, se Cν for direcionado de maneira a erguer
o carro do trilho. Rh raio horizontal do centro de massa gravitacional;

Cν força centrífuga vertical;

Ch força centrífuga horizontal;

Fres carga resultante;

V carga de R perpendicular ao trilho;

H carga de R no plano do trilho;

μ1 coeficiente de fricção entre carga das rodas e trilho;

μ1 coeficiente de fricção entre rodas guia e trilho;

ƒ fricção de alavanca;

μ2 coeficiente de fricção dos rolamentos;

A área da superfície projetada onde o carro sofre com o vento;

cf coeficiente de formato;

h (= h1 − h2) altura diferencial;

Q carga do carro incluindo carga de usuários;

m massa;

D1 diâmetro da roda de carga;

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D2 diâmetro da roda-guia;

d1 diâmetro do eixo da roda de carga;

d2 diâmetro do eixo da roda-guia;

ν1 velocidade no ponto 1;

ν2 velocidade no ponto 2;

l altura real do trilho do ponto 1 ao 2;


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h1 elevação no ponto 1;

h2 elevação no ponto 2;

ρ densidade do ar.

Equações:
Rh = Rh − e sin β (35)

Rν = Rh − e cos β (36)

Em regiões onde os trilhos rolam rapidamente, as equações para Rh e Rν podem se tornar imprecisas;
nesse caso uma apuração mais cuidadosa será necessária.
Q
m= (37)
g
ν2
Cν = m m (38)

ν2 cos2 γ
Ch = m m (39)
Rh
ν + ν2
νm = 1 (40)
2

F= (Q cos γ + Cν )2 + Ch2 (41)

V = F cos (α − β) (42)

H = F sin (α − β) (43)
νm
2 cos2 γ
tan α = (44)
⎛ ν2 ⎞
Rh ⎜ g cos γ + m ⎟
⎝ Rν ⎠

Coeficientes de fricção:
2f
μ1 = (45)
D1

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2f
μ1 =
D2 (46)

Todas as forças são relacionadas com o centro do intervalo, e o tamanho do intervalo não pode ser
maior que 5 m.

2 1 − ⎛ μ + μ d1 ⎞ 2l V + H tan δ − ⎛ d 2 ⎞ 2l
H
ν22 = ν12 + 2gh − cf Aρνm
m ⎝ ⎜ 1 2 ⎟
D1 ⎠ m
( ) cos δ ⎜⎝ μ1 + μ 2 D ⎟⎠ m
(47)
2

Se todos os valores forem inseridos:


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⎛ 2 ⎞2 ⎛
νm ν2 × cos2 γ⎞
2 (48)
ν22 = ν12 + 2g × h − cf × A × ρ × νm
2 −
⎜ Q × cos γ + m ⎟ + ⎜m m ⎟
⎝ Rν ⎠ ⎝ Rh ⎠

⎡ ⎤
⎢ ⎥
⎢ 2 × cos2 γ
νm ⎥ ⎛ d ⎞ 2×l
× cos ⎢arctan − β ⎥ × ⎜ μ1 + μ 2 1 ⎟
⎛ 2 ⎞
νm ⎝ D1 ⎠ m
⎢ Rh g × cos γ + ⎥
⎢⎣ ⎜ Rν ⎟⎠
⎝ ⎦⎥
⎡ ⎤
2 2 ⎢ ⎥
1 ⎛ 2 ⎞
νm ⎛ νm2 × cos2 γ⎞ ⎢ νm
2 × cos2 γ

− ⎜ Q × cos γ + m + ⎜ m ⎟ × sin ⎢arctan − β⎥
cos δ ⎝ Rν ⎟⎠ ⎝ Rh ⎠ ⎛ νm ⎞
2
⎢ ⎥
Rh ⎜ g × cos γ + R ⎟
⎣⎢ ⎝ ν ⎠ ⎥⎦

⎛ d ⎞ 2×l ⎛ 2 ⎞2 ⎛
νm 2 × cos2 γ ⎞ 2
νm
× ⎜ μ1 + μ 2 2 ⎟ ta δ ⎜ Q × os γ + m + ⎜m ⎟
⎝ D2 ⎠ m ⎝ Rν ⎟⎠ ⎝ Rh ⎠

⎡ ⎤
⎢ ⎥
⎢ νm
2 × cos2 γ
⎥ ⎛ d ⎞ 2×l
× sin ⎢arctan − β ⎥ × ⎜ μ1 + μ 2 1 ⎟
⎛ νm ⎞
2 ⎝ D1 ⎠ m
⎢ ⎥
⎢⎣
Rh ⎜ g × cos γ + R ⎟ ⎥⎦
⎝ ν⎠

A equação deve ser avaliada pela interação com

ν + ν2 (49)
νm = 1
2

Na primeira interação (νm) pode ser deixado igual a ν1.

Devido aos coeficientes de fricção serem suscetíveis a consideráveis variações em magnitude como
resultado do tempo de percurso, o projeto, o acabamento da superfície do trilho e o tempo, após
a fabricação e montagem do equipamento, será necessário medir a velocidade real e as acelerações.
Não pode haver discrepâncias significativas quando comparadas com os valores calculados. Para
determinar as forças individuais da roda, cálculos adicionais são necessários. Para pistas de alta
velocidade com loops apertados ou espirais, a dinâmica de corpos rígidos deve ser considerada.

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3.4.3.2 Estrutura de suporte

Se os cálculos forem baseados em um trilho contínuo acima das colunas de suporte, devem ser
assumidos um assentamento de coluna, em virtude da redução de 50 % do momento do suporte, e
um aumento de altura da coluna, em virtude do aumento de 25 % do momento no suporte. O aumento
ou redução desses momentos não precisa ser considerado para a verificação da fadiga em vista dos
números baixos de ciclos antecipados.

Para colunas de suporte expostas sem ancoragem pelo trilho contínuo na estrutura toda, a avaliação da
carga de vento pode ser ignorada para a verificação de estabilidade e segurança contra deslizamento.
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A segurança da instalação contra capotagem, quando estiver sujeita à carga do vento, não precisa
ser verificada como regra geral, a não ser que forças horizontais excepcionalmente grandes possam
surgir como resultado de um formato particularmente desfavorável, áreas de cargas de vento
excepcionalmente grandes dos componentes da estrutura (decoração, faixas de iluminação), ou como
resultado de um revestimento total ou parcial da estrutura ou trilho.

3.4.3.3 Unidades de usuários

Todas as forças que aparecerem no chassi e nas superestruturas devem ser inseridas nos cálculos
de seu ponto de origem até seu suporte. No caso de unidades de usuários com um eixo oscilando
e outro rígido, os momentos das forças transversais ao carro acima do eixo de oscilação podem ser
absorvidos apenas pelo eixo rígido.

Forças transversais ao carro podem ser transmitidas apenas através das rodas que correm pelos
lados do trilho.

Se as rodas de carga não forem projetadas de maneira que elas sejam capazes de absorver forças
laterais, guias especiais de rolagem devem ser providenciadas para tal propósito.

As unidades de usuários devem ser equipadas com dispositivos para prevenção de descarrilamento
ou elevação. Dispositivos de segurança contra elevação (elementos de rolagem e garras) devem, em
qualquer caso, ser calculados para as forças reais atuando neles. No mínimo, elas devem ser medidas
para 50 % do peso da unidade de usuários completamente cheia, mesmo quando não houver elevação.

3.4.3.4 Freios

Cada freio de parada ou regulagem de velocidade (no fim de uma descida, parado ao fim de cada
jornada) deve ser projetado de tal maneira que a desaceleração de frenagem não exceda um valor
máximo de 5 m/s2, como uma regra geral.

Freios de segurança devem ser colocados para que haja uma distância mínima entre carros ou trens
sucessivos, de tal maneira que sempre haja um freio entre dois carros.

Cada freio de segurança deve ser projetado de maneira que a desaceleração de frenagem não exceda
um valor máximo de 7 m/s2.

NOTA Maior desaceleração é permitida na condição de dispositivos especiais para proteção do usuário
(barras de colo, travas etc.).

Fadiga não precisa ser considerada para freios de segurança, que são operados apenas em casos de
emergência. A desaceleração máxima deve ser avaliada usando o maior coeficiente de fricção atingí-
vel para o material da superfície de frenagem selecionada.

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Tendo em vista a medição da distância de desaceleração efetiva, deve-se assumir que o carro ainda
possa parar completamente, quando aplicado o fator de segurança 1,2 (relacionado ao coeficiente de
fricção), para o coeficiente de fricção mínimo experimentado devido à influência do tempo e desgaste.
Se a força atuante tiver de ser aumentada para compensar coeficientes variantes de fricção (igno-
rando pequenas mudanças como um resultado de desgaste) isso deve ser considerado. Os valores
limítrofes devem ser checados na instalação já terminada. Durante tais ensaios, a fricção mínima deve
ser produzida o máximo possível com os trilhos molhados. As superfícies de frenagem devem ser
ensaiadas de todas as maneiras.

Freios de regulagem de velocidade devem ser calculados usando cargas de fadiga.


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3.4.3.5 Dispositivo anti-roll-back

Instalações onde os carros ou trens sejam atrelados na rampa de ascensão por meio de correntes,
cordas, rodas de fricção ou por autopropulsão devem ser providas com dispositivos de segurança que
os impeçam de descer de volta ou com freios que ajam automaticamente para prevenir isso.

Se for planejado que vários carros ou trens devam ser mostrados ao mesmo tempo na seção do trilho
situada entre o fim da subida e a estação ou o freio situado antes da estação, então dispositivos de
segurança para prevenir deslizamentos para trás também devem ser colocados nas rampas de ascen-
são após os vales.

Entretanto, se uma unidade de usuários ou trem for capaz de percorrer os trilhos ao contrário,
os dispositivos de segurança podem ser omitidos das rampas de ascensão.

Havendo vários carros ou trens nos trilhos, os dispositivos de antirrolagem no topo de todas as ele-
vações podem ser dispensados, desde que exista um sistema de controle automático dos freios por
zona ao longo do trilho.

A elevação vertical H até o início dos dispositivos de anti-roll-back, ou a velocidade máxima que pode
surgir durante a volta, não pode exceder os valores-limites a seguir. Pelo menos um dos seguintes
valores-limites deve ser usado:

H = 7 m, ν = 42 km/h para uma linha reta de corrida de ré sem inclinação transversal dos trilhos,
quando vista de cima;

H = 5 m, ν = 35 km/h para uma corrida de ré em uma grande curva com inclinação transversal de
até 20°;

H = 3,5 m, ν = 30 km/h para uma corrida de ré em uma curva acentuada, com uma inclinação trans-
versal excedendo 20°.

Dois valores devem ser especificados, porque H é a função da elevação do centro de gravidade do
trem e essa elevação não precisa necessariamente ser a mesma. Além do mais, a localização do
dispositivo de segurança antirrolagem no trem é de grande importância para os valores-limites ante-
riormente mencionados.

Se, por projeto, entender-se que não há mais do que um único carro ou trem por vez na pista, dispo-
sitivos de segurança antirrolagem podem ser omitidos para as subidas após vales.

A força de fadiga não precisa ser verificada para os dispositivos anti-roll-back. Se o carro for parado
por esses dispositivos com um impacto repentino, então um fator de impacto deve ser utilizado para
propósito de dimensionamento. Esse valor deve ser pelo menos metade da altura vertical máxima

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da volta de ré (h em centímetros). Se nenhuma verificação exata for feita, em nenhum caso deve ser
menor que 2,0. Uma carga ϕ x Q deve ser usada para propósitos de dimensionamento.

ϕ ≥ 0,5 × h (50)

2,0 ≤ ϕ (51)

As duas condições anteriores devem ser satisfeitas.

Se houver apenas um dispositivo anti-roll-back sem redundância em um carro ou trem, a equação


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a seguir deve ser aplicada:

2h
ϕ ≥ 1+ 1+ (52)
δ 0 sin α
onde

δ0 é a deflexão total do centro de massa durante a descida.

h
α

Figura 8 – Fator de impacto/elevação da volta de ré

3.4.4 Outros trilhos com veículos presos a eles

3.4.4.1 Trilhos convencionais (por exemplo, trilhos de trem infantil, trens fantasma e instalações
similares, tanto com veículos suspensos ou convencionais)

Os requisitos de 3.4.3 devem ser aplicados para dimensionamento e operação segura, contanto que
aplicáveis.

Se as vigas e os suportes do trilho formarem uma parte integral da estrutura do teto, cargas de fadiga
devido às cargas oscilantes devem ser usadas durante o projeto.

3.4.4.2 Trilhos suspensos ou montanhas-russas

Deve ser conduzida uma análise do comportamento dinâmico de equipamentos onde haja trilhos com
carros suspensos com um ou mais grau(s) com liberdade de balanço ou rotação.

Para trilhos suspensos, espaços livres de uma ordem de magnitude do movimento de balanço calcu-
lado, com uma margem de segurança adicionada, devem ser providenciados para ambos os lados da
excursão e para o lado oposto, em adição ao afastamento dos trilhos presos ao veículo.

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A margem de segurança adicionada não pode ser menor que 20 % do ângulo do balanço calculado,
com um valor mínimo de 10°. O comportamento de oscilações deve ser mantido em mente ao calcular
o ângulo do balanço. As acelerações surgidas do movimento de oscilação da gôndola devem ser con-
sideradas nos cálculos para o veículo, trilho e seus suportes.

No caso de gôndolas tipo pêndulo necessitarem de restrição no movimento de oscilação e a folga


apresentada ser insuficiente para esta condição, as limitações para o movimento do pêndulo devem
ser providenciadas. Essa limitação do movimento do pêndulo pode ser provida por projetos e docu-
mentos complementares (sistemas amortecedores).
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No início das seções da rota na qual as gôndolas tipo pêndulo forem guiadas (por exemplo, na região
de transferência de usuários) devem ser providenciadas guias capazes de agarrar as gôndolas pelo
menos duas vezes o valor do ângulo de balanço calculado e de guiá-las da maneira mais suave pos-
sível, enquanto leva em consideração a velocidade do percurso.

O travamento das gôndolas tipo pêndulo para o propósito de transferência de usuários pode apenas
ser dispensado na condição de não haver perigo ou inconveniência aos usuários no caso de outros
meios serem adotados (por exemplo, amortecedores).

3.4.5 Tendas de eventos

As tendas de eventos devem ser sujeitadas à verificação dos estados-limites de acordo com 3.1.4.
Atenção especial deve ser dada à verificação de segurança contra capotagem, se a tenda for, por
exemplo, com telhado, ou revestimento, ou se inúmeras bandeiras e banners estiverem presos a ela.

3.5 Verificação de estabilidade

3.5.1 Segurança contra capotagem, deslizamento e erguimento

Devem ser providenciadas provas para segurança contra capotagem, deslizamento e erguimento de
equipamentos de diversão e seus componentes. As cargas impostas agindo favoravelmente e as
cargas permanentes de componentes e acessórios que não estão sempre presentes não podem ser
consideradas quando essas provas forem dadas.

Para fundações, também devem ser aplicadas Normas Brasileiras ou, na sua ausência, normas
internacionalmente aceitas em adição a essa subseção. Uma fundação anticongelamento para
equipamentos de diversão é apenas requerida nos casos onde erguimento ou abaixamento devido ao
gelo possa causar dano ou falha.

Apenas o valor mais baixo de influências agindo continuamente a favor deve ser considerado.

Se um grau adequado de segurança não puder ser alcançado em virtude da carga permanente da
estrutura apenas, então passos adicionais devem ser dados para garantir a segurança, assim como
contrapesos, âncoras e contrafortes.

Como o peso de equipamentos de diversão pode ser medido corretamente, isso permite determinar
com mais precisão os fatores de segurança a serem feitos (ver Tabela 2).

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Tabela 2 – Fator de segurança contra capotamento, deslizamento e elevação

Carga γ

1 Proporções da carga permanente agindo favoravelmente 1

2 Proporções da carga permanente agindo desfavoravelmente 1,1

3 Cargas de vento agindo desfavoravelmente 1,2

4 Proporções de cargas agindo desfavoravelmente que não as cargas listadas nos itens 2 e 3 1,3
a Se as cargas forem separadas em componentes, elas devem ser multiplicadas pelo mesmo valor de γ.
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A segurança contra capotamento deve ser calculada a partir de:

∑ Mst,k ≥ ∑ γMK,k
onde

γ é o fator de segurança de acordo com a Tabela 2;

Mst,k representa os valores do momento de estabilização;

MK,k representa os valores do momento de capotagem.

Cuidado deve ser tomado para certificar que as cargas colocadas nos cálculos possam ser acomoda-
das pela dureza da estrutura.

A segurança contra deslizamento deve ser calculada a partir de:

∑ γμNk ≥ ∑ γHk (54)

onde

γ é o fator de segurança de acordo com a Tabela 2;

Nk é a carga componente vertical;

Hk é a carga componente horizontal;

μ é o coeficiente de fricção de acordo com a Tabela 3.

Os coeficientes de fricção da Tabela 3 podem ser assumidos para determinar forças friccionais, a não
ser que valores mais altos determinados por ensaios estejam disponíveis em casos individuais, ou a
não ser que o efeito de umidade requeira a adoção de valores mais baixos.

Tabela 3 – Coeficientes de fricção μ

Madeira Aço Concreto


Madeira 0,4 0,4 0,6
Aço 0,4 0,1 0,2
Concreto 0,6 0,2 0,5
Argila a 0,25 0,2 0,25

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Tabela 3 (continuação)

Madeira Aço Concreto


Marga a 0,4 0,2 0,4
Areia e cascalho 0,65 0,2 0,65
a Que tenham consistência suficiente de acordo com Normas Brasileiras
ou, na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.
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Deve ser mantido em mente que o afrouxamento por vibração ocorre no caso de suportes sujeitos a
estresse por vibração.

Se a estabilidade não for obtida apenas por fricção estática, então a estrutura deve ser ancorada ao
solo. Em tais casos, a segurança contra deslizamento deve ser calculada em conjunto com a ação das
âncoras de solo. Sob essas condições, o coeficiente de fricção de acordo com a Tabela 3 deve ser
usado no cálculo apenas a 70 % dos valores listados.

∑ γ μ Nk + ≥ Zh,d ∑ γ × Hk (55)
μ = 0, 7 μ (56)

onde

Zh,d é a capacidade horizontal do projeto da âncora;

μ é o coeficiente de fricção de acordo com a Tabela 3.

A segurança contra elevação deve ser calculada a partir de:

∑ γ NSt,k ≥ ∑ γ Na,k (57)

onde

γ é o fator de segurança de acordo com a Tabela 2;

NSt,k representa os componentes estabilizadores de carga verticais;

Na,k representa os componentes içadores de cargas verticais.

Em amarras de âncoras, o seguinte relacionamento deve ser aplicado:

∑ γ NSt,k + Zν,d ≥ ∑ γ Na,k (58)

onde

Zν,d é a capacidade vertical do projeto da âncora.

3.5.2 Ancoragem no solo

3.5.2.1 Geral

As condições incertas do solo e o tipo de carga fazem com que seja extremamente difícil avaliar a
capacidade de carga de algumas amarras de âncoras corretamente. Portanto, o método de aproximação
a seguir deve ser usado. Essa seção está restrita, portanto a:

a) âncoras de peso, por exemplo, corpos balísticos colocados na superfície do chão ou enterrados;

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b) âncoras de vara, por exemplo, varas de metal com ilhoses ou com uma cabeça de “flecha”, não
permitidas em instalações de longo prazo.

Sobre âncoras especiais como as âncoras-asa, âncoras dobráveis, âncoras-parafuso e âncoras sec-
cionais de aço, a determinação da sua capacidade de carga requer ensaios.

Onde âncoras de varas menores que 80 cm forem aplicadas para dispositivos subordinados (por exem-
plo, dispositivos infláveis etc.) não requeridos de resultados de um cálculo, devem ser providenciados
ensaios de carga ou outras evidências aceitáveis.
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3.5.2.2 Capacidade de carga e âncoras de peso

Ao calcular a capacidade de carga de âncoras completas ou parcialmente enterradas devem ser con-
sideradas as características do solo a partir de uma sondagem com a devida documentação técnica,
realizada por profissional capacitado.

3.5.2.3 Capacidade de carga das âncoras de vara

A capacidade de carga de âncoras de vara simples com uma seção de cruz circular com um mínimo
de profundidade de 80 cm deve ser determinada de acordo com a equação empírica dada na Tabela 4.

Tabela 4 – Capacidade do projeto de âncoras

Ângulo do puxão Capacidade do projeto


Zd = fload d l' = 6,5 d l' (59)
Para solos duros coesivos e solos densos sem coesão
β = 0°
Zd = fload d l' = 8 d l' (60)
Para solos coesivos muito duros
Zd = fload d l' = 10 d l' (61)
Para solos coesivos de consistência média a dura
β ≥ 45°
Zd = fload d l' = 17 d l' (62)
Para solos densos sem coesão
A capacidade para os tipos de solo deve ser determinada por interpolação
0 < β < 45°
(ver Figura 10)

Nas Equações 63 a 66 e nas Figuras 9 e 10 as seguintes abreviações são usadas:

Zd = Zu l γM = 1,5 é a capacidade do projeto da âncora, em Newtons;

Zh,d é a capacidade horizontal do projeto da âncora, em Newtons;

Zv,d é a capacidade vertical do projeto da âncora, em Newtons;

d é o diâmetro da âncora, em centímetros;

l' é a profundidade de penetração (mínimo de 80 cm);

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α é o ângulo da penetração;

β é o ângulo da força de tensão para a vertical.

As Equações 63 a 66 são válidas apenas na condição de que a âncora “puxe” quando inserida. Para
β = 0°, a fricção deve ser efetiva juntamente com o comprimento da vara toda; para β ≥ 45°, o ângulo
de penetração α deve ser de 90°. Neste ângulo de inserção, a âncora obliquamente carregada irá atin-
gir sua capacidade máxima de carga, como mostrado pela experiência. Para prevenir qualquer dobra
da âncora sujeita à carga, o seguinte diâmetro mínimo deve ser respeitado, para âncoras de esfera
de aço simples:
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dmín = 0,025 l' + 0,5 (com l' em centímetros) (63)

O ponto de aplicação da força nas âncoras de vara sujeitas a dobra deve ser situado o mais próximo
possível da superfície do solo ou sob ele.

β
Zd
Zd Z v,d

Z h,d
°
90
α=
≥ 80 cm

Ød

Figura 9 – Âncora de vara

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20

f load

15

10
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0
0 10° 20° 30° 40°
β

Legenda

____ Solos densos sem coesão


––– Solos muito duros com coesão
---- Solos duros com coesão
β Ângulo de puxão

Figura 10 – Fatores para determinar a capacidade de carga de âncoras de vara

3.5.2.4 Teste de âncoras

Quando for feito um ensaio de carga em uma âncora, pelo menos três ensaios devem ser realizados
com esforços diferentes, utilizando o fator de segurança de γ = 1,5 para o valor mais baixo (Zu) na
ordem para determinar a capacidade do projeto (Zd) em cálculos subsequentes. A capacidade de
carga determinada dessa maneira não pode resultar em movimentação da âncora, o que iria resultar
em deformações ou instabilidade que não podem ser acomodadas pela estrutura.

Se as condições de fundação forem comparáveis, ensaios de carga feitos em outra localidade podem
ser adotados para propósitos substanciais.

Os coeficientes de segurança da Tabela 2 devem ser considerados ao determinar a carga permitida.

3.5.2.5 Cálculos de cargas em âncoras

A carga resultante Zres agindo na ancoragem deve ser determinada pela soma vetorial, considerando-
se os fatores parciais de segurança da Tabela 2. Esta carga Zres deve ser menor que a carga permitida
da ancoragem.

Zres = ∑ γZ ≤ Zd (64)

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γ ×Z W

β Σγ ×Z = Z res

γ × ZG
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Legenda

ZG é a ação resultante favorável das ações permanentes;


ZW é a porção ativa das ações variáveis desfavoráveis;
γ é o fator de segurança de acordo com a Tabela 2.

Figura 11 – Carregando âncoras

3.5.3 Requisitos aprofundados

Se ocorrerem deslocamentos superiores a 2 cm em âncoras de vara com carga ou dispositivos simi-


lares, então a capacidade de carga da âncora não está completamente segura. Um aumento da resis-
tência contra o desencaixe da âncora pode ser alcançado por meio de âncoras adicionais ou inserção
de cunhas de madeira. No caso de estresse por tensão na direção do eixo da âncora de vara, o perigo
de uma completa falha da âncora surge quando pequenos movimentos ocorrem.

O pé da âncora (ponta perfurante) não pode exibir qualquer aumento da seção da cruz no caso de
âncoras de vara para prevenir qualquer infiltração de água da superfície.

Se forem usados grupos de âncora, cada âncora individual pode ser utilizada nos cálculos apenas
integralmente com a sua capacidade de carga calculada em condições de espaçamento entre as
âncoras, na condição de não ser menor que cinco vezes o diâmetro da âncora. As cargas dinâmicas
podem levar ao afrouxamento da ancoragem; consequentemente, é fundamental que haja checagens
repetidas nas âncoras.

3.5.4 Suporte no solo para flange

Apenas pequenos estresses de contato são permitidos para flanges por não serem presos ao solo e
também devido à largura relativamente pequena usada. Os flanges podem afundar no solo e causar
assentamentos consideráveis. Os flanges devem ser mantidos sob observação quando colocadas em
solos particularmente frágeis. No caso de afundamento ou afrouxamento, uma camada inferior deve
ser providenciada e as superfícies de assentamento devem ser aumentadas conforme o necessário.

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Para um solo de fundação com uma capacidade de carga pequena, medidas adicionais devem ser
adotadas. Se vários elementos forem colocados lado a lado sem espaços para aumentar as larguras
de carga, uma interconexão deve ser criada, como, por exemplo, empilhamento em cruz.

Para um solo de fundação que possa ter trânsito sobre ele (por exemplo, caminhões), as seguintes
permissões de pressão do solo podem ser usadas no cálculo para coberturas retangulares e quadra-
das, com as seguintes dimensões:

1≤l/b≤3
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onde

l é o comprimento; e

b é a largura da cobertura e contato com o chão:

b = 20 cm: p = 100 kN/m2;

b = 30 cm: p = 150 kN/m2;

b = 40 cm: p = 200 kN/m2;

p é a pressão do solo permissível. Interpolação deve ser conduzida para valores intermediários.

Para instalação em locais duros (pavimentados), pressões permissíveis de solo maiores podem ser
consideradas.

3.6 Verificação de força

3.6.1 Geral

Deve-se reparar na diferença entre esforço predominantemente estático e esforço predominantemente


variável. O esforço variável ocorre sob as formas de esforço pulsante (aquele que varia entre dois
valores limitantes sem alteração do sinal, ou seja, mínσ/máxσ ≥ 0) e esforço alternado (aquele que
varia entre dois valores limitantes com alteração do sinal). Em ambos os casos, a variação do esforço
Δσ = máxσ − mínσ é significativa para efeitos de cálculo.

Os cálculos da fadiga de estruturas soldadas também podem ser efetuados e atingir padrões relevan-
tes baseados no conceito de mínσ/máxσ, se os requisitos necessários para uma vida mínima ou uma
vida ilimitada poderem ser demonstrados.

As estruturas sujeitas a esforços variáveis que possam resultar em mais do que n = 104 ciclos desses
esforços durante sua vida útil devem ser dimensionadas a partir dos cálculos das fadigas. Com isso,
a variação dos esforços ΔσD é interpretada como sendo o limite constante da amplitude da fadiga.
Quando não houver variações de esforços maiores do que ΔσD para a respectiva categoria, pode-se
assumir uma vida ilimitada com relação às fadigas.

As Normas Brasileiras ou, na sua ausência, as normas internacionalmente aceitas escolhidas para a
análise completa de um equipamento devem ser claramente especificadas.

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3.6.2 Esforço predominantemente estático

Os possíveis esforços dos materiais utilizados nas estruturas devem ser obtidos em Normas Brasilei-
ras existentes ou, na sua ausência, em normas internacionalmente aceitas. Em relação às análises
gerais dos equipamentos feitos de aço, incluindo aqueles que trabalham simultaneamente como com-
ponentes estruturais, a seguinte relação deve ser aplicada:

Rd ≤ fy / γMy e Rd ≤ fu / γMu (66)

onde
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Rd é a resistência do material do projeto;

fy é a força de escoamento de acordo com Normas Brasileiras existentes ou na, sua ausência,
de acordo com normas internacionalmente aceitas;

fu é a máxima força na curva de ensaio de tração de acordo com Normas Brasileiras existentes
ou na, sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas;

γMy = 1,1 é o fator de segurança parcial (escoamento);

γMu = 1,35 é o fator de segurança parcial (força de tensão máxima).

Deve ser usado o menor valor entre os Rd acima. Para rompimentos resultantes de forças transversais
ou torções, o valor de Rd deve ser multiplicado por α = 0,58.

3.6.3 Esforços variáveis

3.6.3.1 Avaliação de fadiga em componentes de estruturas

Além de garantir que cada componente satisfaça os limites provenientes dos esforços não variáveis,
deve ser feita uma avaliação da influência da fadiga na vida útil da estrutura em decorrência da varia-
ção dos esforços. As Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, normas internacionalmente
aceitas devem ser aplicadas (ver Anexo B).

3.6.3.2 Fatores parciais de segurança com a fadiga

Para cargas que resultem em fadiga, um fator parcial de segurança deve ser aplicado, conforme
a seguir:

γFf = 1,0 (67)

Os valores da Tabela 5 devem ser aplicados.

Tabela 5 – Fatores parciais de segurança para resistência à fadiga

Ruptura não afetará Ruptura afetará


Inspeção e acesso
o colapso o colapso
Parte estrutural acessível durante
γMf = 1,0 γMf = 1,1
inspeção regular
Parte estrutural não acessível durante
γMf = 1,05 γMf = 1,15
inspeção regular

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3.6.3.3 Cargas resultantes em fadiga

No caso do vento induzir a oscilação, a pressão do vento pode ser considerada como 50 % dos
valores da coluna 2 da Tabela 1, caso não haja outro valor crítico já calculado para a pressão do vento
devido à sua velocidade, quando nas frequências naturais. Para uma avaliação mais precisa sobre a
necessidade de se estudar a fadiga devida às oscilações induzidas pelo vento, ver Normas Brasileiras
existentes ou, na sua ausência, normas internacionalmente aceitas.

Para os cálculos de Δσi ou Δτi, deve-se adotar as seguintes ações como base:
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— cargas permanentes com alteração de posição;

— cargas impostas móveis;

— forças de aceleração e desaceleração de acordo com 3.3.3.2;

— coeficientes de carga para impactos e vibrações nas partes percorridas durante a volta;

— forças de colisões intencionais;

— forças centrífugas e de Coriolis.

Havendo movimento das cargas permanentes, quando os valores de Δσi ou Δτi forem avaliados
(por exemplo, em plataformas de elevação), os esforços máximo e mínimo devem ser calculados con-
siderando as seguintes cargas permanentes:

Δσi = máx. σ − mín. σ

Δτi = máx.τ − mín.τ

3.6.3.4 Número de ciclos de esforços

Caso uma avaliação aprofundada do número de ciclos de esforços causados por variações das cargas
não seja possível, os valores a seguir devem ser utilizados como base.

Os equipamentos devem suportar no mínimo 35 000 h de operação para o cálculo da fadiga, sem incluir
o tempo de embarque e desembarque. Os componentes de segurança substituíveis produzidos em
série e utilizados como componentes estruturais (como mancais e dobradiças móveis), cujos padrões
da empresa são conhecidos, são excluídos. Esses devem ser dimensionados para no mínimo 5 000 h
de operação. Um cálculo teórico para o tempo de vida deve ser feito. Apesar da proporção do tempo de
carga/descarga com relação ao tempo de operação variar entre os equipamentos, deve ser adotado
um valor genérico de carga/descarga de 30 % do tempo total de operação. Caso sejam encontrados
outros valores desfavoráveis durante a concepção do projeto, esses devem ser considerados.

Quando forem usados os valores anteriores como base, os ciclos de carga (dados na Tabela 6)
devem ser considerados como base se não forem encontrados valores superiores provenientes da
configuração do equipamento.

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Tabela 6 – Requisitos mínimos para o ciclo de carga (Nmín) a serem utilizados no cálculo

Para todos os detalhes das estruturas submetidos à fadiga sendo que


– o número de
Tipo de equipamento – o número de ciclos de voltas (embarque/
rotações é decisivo
desembarque mais uma volta) é decisivo
para o número de
para o número de ciclos de carga
ciclos de carga
Montanhas-russas ou Não aplicável Nmin ≥ x1 × 5 × 106 ciclos de carga
similares (tempo de volta
onde x1 é um fator multiplicativo para o
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de aproximadamente
número de vezes que o carro cruza o detalhe
Δt = 30 s) para suas
da estrutura ou uma estrutura de suporte
estruturas e trilhos etc.
(exemplo, x1 = 1 para um cruzamento / x1 = n
para n cruzamentos)
Montanhas-russas ou Não aplicável Nmin ≥ x2 × 5 × 106 / x3 ciclos de carga
similares: para os veículos
onde x2 é um fator multiplicativo para o número
máximo de variações de esforços durante uma
volta (exemplo, x2 = 1 se a variação de um
esforço aparece uma vez durante uma volta
completa)
x3 é um fator multiplicativo devido ao número
de carros em um trilho.
Equipamentos rotacionais Nmin ≥ 5 × 106
n ≈ 8 a 20 rpm: para o braço Variações dos
central ou o centro etc. esforços menores
que ΔσD
Equipamentos rotacionais Nmin ≥ 2 × 106
n ≈ 8 a 20 rpm: para os variação equivalente dos esforços ΔσE.2 menor
braços ou cabines etc. do que ΔσC

3.6.3.5 Padrões de carga

3.6.3.5.1 Equipamentos giratórios

Para carregamentos assimétricos, as variações dos esforços devido a 1/6 e 5/6 de carregamentos
unilaterais de acordo com 3.4.2.1 podem ser consideradas para uma vida de fadiga de 100 %.

3.6.3.5.2 Equipamentos de trilho

Os veículos e carros devem ser analisados, considerando um carregamento máximo (6/6) para a vida
de fadiga total.

3.6.3.6 Esforço de fadiga de componentes usinados

3.6.3.6.1 Determinação de esforços no projeto

Para os materiais que não estão listados em Normas Brasileiras (por exemplo, componentes usinados),
a determinação dos esforços no projeto em casos de esforços variáveis deve ser feita de acordo com
um dos métodos para o cálculo apresentados em Normas Internacionais ou em literatura apropriada.

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Com isso, as seguintes influências devem ser consideradas:

— fator de fadiga de corte;

— influência do tamanho;

— influência da superfície;

— formato do perfil;

— fator de corrosão;
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— se aplicável, o coeficiente anisotrópico.

3.6.3.6.2 Determinação de esforços resultantes

Os esforços resultantes em componentes usinados (esforços nominais) devem ser determinados


de acordo com os princípios gerais da análise de esforços.

3.6.3.6.3 Fator de segurança γ

O fator usado para componentes usinados contra falha por fadiga é:

— para esforços puramente de tensão, torção ou entortamento:

γ = σAG / σa ou τAG / τa (68)

— para esforços combinados:

γ = σAG / σAV (69)

— para não ultrapassar o ponto de escoamento ou limite elástico

γ = σSG / (σa + σm) ou γ = σSG / (σav + σmv) (70)

onde

σAG é a amplitude dos esforços do componente usinado dependente do formato;

σSG é o ponto de escoamento (limite elástico) dos esforços dependentes do formato;

σa é a amplitude variável dos esforços;

σm é o esforço médio;

σav é a combinação das amplitudes variáveis dos esforços;

σmv é a combinação da média dos esforços;

Fatores de segurança suficientes (min γ) devem ser aplicados para cálculos na usinagem em se tra-
tando de esforços de fadiga, ao serem utilizados os parâmetros σEnd do material, tomando como base
uma probabilidade de sobrevivência de 90 %, onde σEnd é o fator de resistência.

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Além do padrão calculado para o componente usinado, um fator de segurança mínimo de γMf ≥ 1,2
deve ser aplicado no lado resistente. Qualquer outro fator maior obtido através dos cálculos deve ser
utilizado. Esse fator existe, pois é assumido que no lado da carga um fator de importância adicional
de ao menos γ1 ≥ 1,1 a 1,5 para as diferente aplicações (não críticas até perda de vida) é utilizado
nos cálculos. Os cálculos efetuados com esses fatores necessitam de uma suposição conservadora
para que as cargas representem as situações reais de operação (por exemplo, fatores de impacto)
e a consideração do uso limitado e degradação da parte durante sua vida.

Para todos os casos, a seguinte relação deve ser seguida: mín γ ≥ γ M,f . γ1 . γu . ϕ
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Os seguintes fatores devem ser aplicados:

γM,f = fator mínimo de segurança de 1,2 – 2,5 no lado resistente;

γ1 = fator de importância de 1,1 – 1,5 no lado da carga;

γu = fator de incerteza de 1,0 – 1,5 no lado da carga;

ϕ = fator de impacto ou vibração (ver 3.3.5).

σG
σAG

σ SG
σAG

σMG

Figura 12 – Diagrama do esforço da fadiga de acordo com Smith,


para esforços dependentes do formato

3.6.4 Parafusos

Devem ser utilizados parafusos em conformidade com as ISO 898-1, ISO 4014, ISO 4016, ISO 4017
ou ISO 4018, porcas conforme as ISO 4032 ou ISO 4034, designadas às classes 4.6, 5.6 e 8.8.
O cálculo para situações de limite deve ser feito de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na
sua ausência, normas internacionalmente aceitas. A análise dos parafusos sob esforços variáveis
deve ser feita de acordo com a literatura adequada. As Normas Brasileiras existentes ou, na sua
ausência, Normas Internacionais também devem ser aplicadas para parafusos, porcas e arruelas de
alto esforço e ISO 7090 designados à classe 10.9.

Quando não for possível aplicar Normas Brasileiras existentes ou Normas Internacionais, devem ser
utilizadas, para os parafusos designados, as seguintes classes:

a) junções parafusadas com parafusos sujeitos a tensões podem ser projetadas com parafusos com
folga de 1,0 mm mesmo na presença de esforços vibratórios, contanto que as forças normais ao
eixo do parafuso sejam absorvidas por pinos, pinos ramificadores, buchas etc. (com folga menor
que 1,0 mm), ou se o cálculo com respeito ao atrito for feito utilizando um coeficiente de atrito de
2/3 × mín μ;

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b) o valor adotado para mín μ deve ser o menor coeficiente de atrito, que pode ocorrer durante
a operação em condições extremamente desfavoráveis;

c) no caso de junções únicas, a excentricidade deve ser considerada.

Deve ser aplicado para parafusos designados às classes 6.8, 8.8 e 10.9 o seguinte:

1) tensão de cisalhamento permissível de acordo com a Tabela 7;

2) pressão permissível calculada na face inferior da cabeça do parafuso para forças de


cisalhamento sustentáveis de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência,
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Normas Internacionais para parafusos ainda não submetidos a esforços;

3) transmissão adicional permissível de forças tensoras na direção do eixo do parafuso por


parafuso já submetido a um esforço ou ajustados de acordo com a Tabela 9; com Fv de acordo
com a Tabela 8;

4) forças pré-tensionais e torques para apertar de acordo com a Tabela 8;

5) parafusos em conexões projetados para o transporte ou desmonte podem ser reutilizados sob
a condição de não terem sido tracionados além do ponto de escoamento. Os valores listados
são válidos para um coeficiente de atrito geral de 0,14 (seco a levemente lubrificado), fazendo
uso de 90 % do ponto de escoamento mínimo.

Para juntas removíveis de equipamentos estruturais, podem ser usados outros parafusos com as
mesmas propriedades materiais.

Tabela 7 – Esforços de cisalhamento projetados tm para um esforço predominantemente


estático por parafuso e para uma área de cisalhamento perpendicular ao eixo do parafuso

Classe 6.8 8.8 10.9


Esforço de cisalhamento projetado
210 300 360
τm N/mm2

Tabela 8 – Torques para apertar e forças pré-tensionais para parafusos

Força pré-tensional Fv (kN) Torque para apertar Ma (Nm)


Tamanho para a classe para a classe
da rosca
6.8 8.8 10.9 6.8 8.8 10.9
M8 14 16 23 21 25 35
M 10 22 26 37 41 49 69
M 12 31 37 50 70 84 120
M 16 60 71 100 176 206 350
M 20 94 111 160 338 402 600
M 22 116 138 190 456 539 900
M 24 135 160 220 588 696 1 100

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Tabela 8 (continuação)

Força pré-tensional Fv (kN) Torque para apertar Ma (Nm)


Tamanho para a classe para a classe
da rosca
6.8 8.8 10.9 6.8 8.8 10.9
M 27 177 210 290 873 1 030 1 650
M 30 216 257 350 1 177 1 422 2 200
M 33 275 326 459 1 668 1 977 2 784
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M 36 323 382 510 2 134 2 524 3 340

Tabela 9 – Força de tensão projetada NR,d na direção do eixo do parafuso,


por parafuso pré-tensionado

Esforço estático predominante com carga Esforço vibratório com carga


Apenas ações Ações permanentes Apenas ações Ações permanentes
permanentes e variáveis permanentes e variáveis
0,7 Fv 0,8 Fv 0,6 Fv 0,7 Fv
Fv de acordo com a Tabela 8.
Os valores apresentados nesta Tabela podem ser aplicados com um fator de carga parcial de no caso de
γF,f = 1,0 esforços vibratórios.

3.6.5 Cordas, correntes, equipamentos de segurança, conectores e adaptadores

3.6.5.1 Normas relacionadas a cordas, correntes, equipamentos de segurança, conectores


e adaptadores

Além do cálculo da capacidade de carga de materiais e acessórios, relacionados diretamente à segu-


rança dos usuários ou do público, os ensaios e observações do fornecedor também estão disponíveis.
Quando cordas, correntes, equipamentos de segurança, conectores e adaptadores forem utilizados,
eles devem atender às Normas Brasileiras ou, na sua ausência, normas internacionalmente aceitas
que tratam, por exemplo de:

— cabos de aço:

— cabos de aço;

— segurança da terminação das cordas de aço;

— cordas de fibra:

— cordas de fibra para serviços em geral;

— cordas de fibra sintética:

— cordas de fibra para serviços em geral – poliamida;

— cordas de fibra para serviços em geral – poliéster;

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— cordas de fibra para serviços em geral – polipropileno;

— cordas de fibra para serviços em geral – polietileno;

— cordas de fibra natural:

— cordas de fibra para serviços em geral – manilha e sisal;

— cordas de fibra para serviços em geral – cânhamo;

— correntes:
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— segurança de correntes com elos pequenos para elevações;

— garras para cabos de aço;

— componentes para içamento;

— algemas.

3.6.5.2 Cordas, correntes, cintos e correias

3.6.5.2.1 Cálculo do fator de segurança

O fator de segurança depende da aplicação. A seguinte relação deve ser aplicada:

— carga mínima para rompimento ≥ carga máxima × fator de segurança

Outras situações limitantes também devem ser observadas.

Cabos de aço com diâmetro inferior a 4 mm devem ser evitados em equipamentos de diversão.
As garras de cordas não podem ser utilizadas para prender mecanismos motores ou dispositivos de
segurança de impacto.

3.6.5.2.2 Suspensão de equipamentos carregando usuários (exemplo, cadeiras, gôndolas)

Para correntes de aço, um fator de segurança de γ = 6 deve ser usado. Para cabos de aço, deve-se
aplicar os valores dados na Tabela 10.

A extrapolação dos valores de esforços permissíveis da Tabela 10 para valores maiores de outra cate-
goria é proibida. Se forem utilizados cabos individuais com uma classe de esforço nominal excedendo
1 570 N/mm2, o esforço permissível deve ser avaliado independentemente.

A utilização de cordas, correntes, cintos ou correias feitas de cânhamo, plásticos ou couro não é per-
mitida para esse tipo de aplicação. Contudo, isto não se aplica aos equipamentos de segurança de
acordo com 3.6.5.3.

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Tabela 10 – Esforços projetados para cabos de aço utilizados na suspensão de componentes


estruturais feitos de fios cujos esforços nominais valem 1 570 N/mm2, com o intuito
de verificação de esforços de fadiga

Diâmetro do cabo de aço Esforço permitido σf para cabos de aço


mm N/mm2
4a5a 540 + 67 k
Acima de 5 a 20 337 + 270 k
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Acima de 20 a 30 270 + 337 k


Acima de 30 a 40 202 + 405 k

a mi n σ
Por razões de projeto, cabos de aço com diâmetros menores que 4 mm devem ser evitados k =
ma x σ

3.6.5.2.3 Cordas e correntes

Para correntes que sustentam cargas predominantemente invariáveis, deve ser usado um fator de
segurança de γ = 4.

Para cabos de aço feitos de fios individuais com uma classe de esforço nominal de 1 570 N/mm2, deve
ser utilizado na análise dos esforços gerais um fator de segurança de γ = 3. Com respeito às cordas
feitas de fibras naturais e/ou sintéticas, devem ser usados os valores dados na Tabela 11.

Tabela 11 – Fatores parciais de segurança para cordas de fibras naturais ou sintéticas

Diâmetro da corda
Fator de segurança
mm
12 4,0
14 3,3
16 3,3
18 2,7
20 e maior 2,7

Cabos de aço feitos de fios individuais com uma classe de esforço nominal de 1 570 N/mm2 e seus
respectivos conectores, que estão sujeitos a esforços predominantemente variáveis devem ser veri-
ficados de acordo com Normas Brasileira específicas ou, na ausência destas, normas internacional-
mente aceitas. Neste caso, devem ser usados no mínimo dois cabos independentes para segurança
do equipamento. Para correntes de aço, deve ser usado um fator de segurança de γ = 6.

3.6.5.3 Dispositivos de segurança que prendem os usuários

Deve ser adotado um fator de segurança de γ = 6 para tais dispositivos, como, por exemplo, travas
de gôndolas ou cadeiras, cintos de segurança e outros dispositivos em loops. As forças resultantes
a serem multiplicadas por esse fator devem ser calculadas utilizando a massa e levando em conside-
ração qualquer aceleração aplicada.

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Os dispositivos de destravamento não podem estar ao alcance do usuário.

Para travas de pés em equipamentos com loop, os seguintes tamanhos devem ser adotados para
as travas de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, normas internacional-
mente aceitas:

— travas de aço: largura do cinto maior que 25 mm;

— travas de liga de alumínio: largura do cinto maior que 30 mm.


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3.6.5.4 Conexões e adaptadores

Devem ser usados ganchos e ilhós de tensores de acordo com Normas Brasileiras existentes ou,
na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas. As cargas permissíveis devem
ser determinadas com a ajuda dos fatores de segurança para correntes de aço (4 ou 6) de acordo
com 3.6.5.2.1. Os pinos das conexões devem estar seguros para que não se soltem dos componentes
plásticos e compósitos.

Deve-se prestar atenção especial aos detalhes do projeto durante sua revisão, pois as propriedades dos
plásticos e dos compósitos diferem significativamente das propriedades dos metais em diversos pontos.

3.7 Projeto estrutural e construção artesanal

3.7.1 Posicionamento

Os componentes estruturais dimensionados com um fator parcial de segurança de γMf = 1,1 ou 1,0,
devem estar acessíveis, onde necessário, para inspeção na condição desmontado.

3.7.2 Travas e dispositivos de segurança para conexões

Parafusos, porcas, arruelas e outros conectores, que podem ficar folgados devido a esforços variáveis,
podendo resultar em situações perigosas, devem ser colocados utilizando métodos seguros conhecidos.

Em parafusos pré-tensionados (de acordo com a Tabela 8), a pré-tensão é considerada segura contra
afrouxamento.

Contudo, mesmo que esses parafusos pré-tensionados sejam passíveis de ficarem frouxos,
principalmente nos estágios iniciais até os dispositivos encontrarem um equilíbrio, por exemplo, em
rodas dentadas com roletes, devem ser feitas referências nos manuais de montagem e operação às
checagens necessárias com utilização de torquímetro.

3.7.3 Juntas que serão desmontadas

Arruelas de pressão e de travamento, travas dentadas, travas do tipo serrilhado e outros dispositivos
semelhantes de conexão não são permitidos em junções ajustadas para parafusos designados às
classes 8.8 e 10.9.

Se forem usados ganchos abertos, deve ser avaliada a possibilidade de soltura. Ganchos com travas
de segurança não são considerados ganchos abertos.

Como regra geral, deve-se ter em mente que deve ser evitada qualquer modificação nos componentes
de madeira que resultem no enfraquecimento dos componentes. Essa regra é aplicada principalmente
aos dispositivos expostos a impactos ou sujeitos à ação de esforços alternados ou pulsantes. Furos

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feitos na madeira para a colocação de parafusos sujeitos a cargas alternadas e pulsantes, ou no caso
do parafuso ser retirado regularmente durante a montagem e desmontagem, devem ter os esforços
aliviados através de placas de distribuição de carga ou cavilhas.

As forças tensoras em perfurações que agem perpendicularmente ou obliquamente em relação ao eixo


das fibras, podendo resultar na destruição da madeira, devem ser absorvidas por placas de distribuição
de cargas (envolventes) em ambos os lados do furo, ou através de outros métodos apropriados.
As conexões com parafusos que não estiverem protegidas de tal modo devem conter arruelas. Medidas
apropriadas para as placas de aço ou arruelas devem ser usadas para prevenir estragos na madeira
devido à compressão pelas cabeças dos parafusos ou porcas. Arruelas dentadas e dispositivos
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semelhantes (cavilhas) não podem ser utilizados em junções que sofram desmontagem.

As conexões dos cabos devem ser feitas de modo a excluir a possibilidade de entrelaçamento ou nó,
assim como o esforço excessivo de fios individuais.

Não pode ser utilizado qualquer tipo de cabo próximo a superfícies afiadas.

3.7.4 Projeto de componentes sujeitos a cargas variáveis

Transições abruptas do perfil (mudança radical de dureza, dimensão, composição etc.) devem ser
evitadas em componentes sujeitos a esforços variáveis.

3.7.5 Suportes

Colunas expansíveis e macacos de parafusos e similares que transmitem cargas para o chão devem,
se necessário, ser fixos transversalmente ou de qualquer outro modo seguro para aguentar as forças
aplicadas na horizontal.

3.7.6 Coluna central ou de sustentação

Colunas centrais ou de sustentação sujeitas a esforços variáveis não podem ser feitas de madeira.

3.7.7 Prevenção contra corrosão e decomposição

Utilizar Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, normas internacionalmente aceitas para
componentes de aço, de ligas leves e de madeira.

4 Requisitos de projeto e fabricação de equipamentos e estruturas


4.1 Redução de riscos no projeto e medidas de segurança

4.1.1 Geral

Nesta Seção, a maioria dos equipamentos foi dividida em ordem para facilitar a aprovação do projeto,
inspeção e precauções de segurança. Os grupos estão dispostos de forma a realçar as precauções
adicionais relevantes. Qualquer equipamento de diversão pode estar em mais de uma categoria, como
passeios escuros que incluam equipamentos de trilho que passem na água.

4.1.2 Análise de risco

Para uma orientação em pontos gerais, ver Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, nor-
mas internacionalmente aceitas e comparar os principais riscos presentes em equipamentos de diver-
são listados no Anexo C.

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4.1.3 Redução de riscos para plataformas, rampas, pisos, escadas e passarelas

4.1.3.1 Geral

Todas as superfícies de plataformas, passarelas, rampas e escadas acessíveis ao público devem ser
antiderrapantes, independentemente do clima. Não pode haver pontos que possam provocar tropeços,
buracos que permitam a passagem de objetos esféricos com diâmetro maior do que 12 mm e lugares
abertos ao público que possam resultar em esmagamento ou beliscões. Qualquer alteração na altura
das plataformas deve ser avisada para evitar qualquer risco ao público. As mesmas regras básicas
para degraus apresentadas em 4.1.3.3 devem ser seguidas. Estas instruções não são aplicadas aos
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itens intencionalmente projetados com o intuito de entreter em salas de diversão que não estão de
acordo com os requisitos da Seção 6, mas que possuem cuidados especiais de acordo com 4.2.5.1.1.

4.1.3.2 Plataformas

A inclinação das plataformas não pode exceder a proporção de 1 para 8.

As rampas de entrada e saída para o público não podem ter inclinações com proporção maior do
que 1 para 6.

Quando vigas de sustentação transversais forem colocadas preenchendo completamente a largura da


rampa, com distâncias entre seus centros menores que 0,40 m, a inclinação pode ser aumentada para
1 para 4. As vigas devem ter ao menos 5 mm de espessura e no máximo 50 mm de largura.

Na ausência de rampas e escadas, a mudança de altura entre plataformas deve ficar entre 0,10 m
e 0,24 m.

Em caso de o equipamento poder ser utilizado por cadeirantes, as rampas devem estar adequadas
à legislação vigente.

4.1.3.3 Escadas

As escadas e passarelas de entrada e saída do equipamento que são projetadas para um número
limitado de usuários devem ter ao menos 0,60 m de largura.

A distância mínima entre pares de corrimãos ou entre estes e as quinas internas da escada deve ser
de no máximo 1,20 m ou de acordo com a largura mínima do tipo da escada. Nos lugares em que a
escada tiver largura maior do que 0,90 m deve haver corrimão em ambos os lados. O degrau deve ter
uma profundidade mínima de 0,24 m, exceto para escadas espiraladas ou curvadas.

A altura de um degrau deve ser entre 0,14 m e 0,24 m.

A profundidade dos degraus em escadas espiraladas ou curvadas deve ser no mínimo:

a) para escadas que dão acesso entre dois níveis ou que são utilizadas na ajuda para evacuação,
de acordo com a Figura 13a);

b) quando a escada for especificada como sendo rota de uma saída de emergência de acordo com
a Figura 13 b) (ver 4.1.5.2).

Não são permitidos degraus inclinados.

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Dimensões em milímetros

130

250
200
200
600
900
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Figura 13a) Figura 13b)

Figura 13 – Dimensões para escadas espiraladas ou curvadas

A profundidade e a altura de cada degrau ao longo da escada devem ser uniformes por toda a exten-
são da escada. A inclinação máxima de qualquer escada medida a partir da linha central não pode
exceder 45°.

Os lances de escadas de acesso ao público e as rampas de acesso não podem exceder 15 degraus.
Plataformas com profundidade maior do que 0,80 m devem ser colocadas entre lances consecutivos.
As escadas de evacuação não precisam ter essas plataformas se não for fisicamente possível
(por exemplo, em elevadores de montanhas-russas).

4.1.3.4 Esteiras rolantes e similares

As esteiras rolantes não podem ter costuras ou emendas que se sobressaiam.

Corrimãos, grades e assoalhos de acordo com 4.1.4.1.2 devem estar presentes em ambos os lados
das esteiras rolantes. Um corrimão em apenas um lado é permitido se a esteira rolante for usada para
acessar os lugares dos usuários de acordo com 4.1.5.1.1. O tamanho máximo para o vão entre a
esteira e o assoalho deve ser de 4 mm.

A inclinação de uma esteira rolante não pode exceder a proporção de 1 para 6, a menos que corrimãos
móveis sejam fornecidos. Neste caso, a inclinação não pode passar de 1 para 4.

Deve haver um botão de emergência ou sistema equivalente que possa interromper a energia no
caso de um usuário ser empurrado ou outro incidente. O acesso à esteira rolante deve ser controlado
automática ou manualmente para prevenir problemas com congestionamentos.

Devem-se tomar precauções para proteger o final das esteiras rolantes, para evitar que os usuários
fiquem presos ou espremidos. Os rolamentos devem ser devidamente protegidos. Caso tais proteções
não sejam possíveis por causa do tipo de superfície, regressores devem estar presentes.

A velocidade relativa máxima não pode exceder 0,7 m/s com regressor frontal da plataforma estacio-
nária e 0,5 m/s com regressores laterais. Se a esteira rolante for parte da atração, são admissíveis
velocidades maiores.

Um botão de parada de emergência deve estar presente no final e no começo da esteira, bem como
um sensor para parada automática no caso do usuário ultrapassar o ponto-limite.

Os freios devem parar e segurar a esteira rolante em caso de qualquer corte de energia.

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4.1.4 Redução de risco utilizando grades e cercas

4.1.4.1 Proteção contra quedas entre níveis por grades e cercas

Cercas ou grades devem estar presentes em lugares em que uma pessoa possa sofrer uma queda
maior que 0,40 m devido a uma diferença de altura entre níveis adjacentes. As cercas que podem ser
utilizadas para esse propósito estão em 4.1.4.5. As barras devem ser no mínimo duas (uma em cima
e outra intermediária).

São permitidas cercas para prevenir quedas de uma altura superior a 1 m e outras convencionais
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de acordo com 4.1.4.5.

Nos lugares com pequena probabilidade de um ferimento sério (onde não há acesso direto ao maquinário
móvel ou queda de mais de 1 m), cercas decorativas de acordo com 4.1.4.5 também são permitidas.
Neste caso, correntes e cordas em cima e barras intermediárias também são permitidas, apenas se
aguentarem as forças definidas em 4.3.3.1.3 com uma deflexão máxima de 30 mm. Correntes, cordas
ou outros materiais não rígidos não são permitidos.

As beiradas das plataformas, passarelas, rampas e escadas acima de 0,40 m do chão, acessíveis ao
público, devem ter no mínimo barras, sendo um corrimão na parte de cima com no mínimo 1 m de
altura e uma barra intermediária na metade da altura.

Além disso, plataformas, rampas e escadas com mais de 1 m de altura e uso predominantemente
público devem ter rodapés de no mínimo 0,25 m de altura ou uma barra inferior a não mais do que
0,12 m de altura.

Se essas plataformas, rampas e escadas, assim como passarelas e outras passagens, forem de uso
predominante para operação ou manutenção, elas devem ter um rodapé com 0,10 m de altura.

Cercas de acordo com 4.1.4.5 também podem ser consideradas proteções confiáveis contra quedas
se tiverem rodapés ou barras inferiores como descrito acima.

4.1.4.2 Proteção contra esmagamento, impacto ou obstáculos

O projeto de equipamentos de diversão deve ser feito visando reduzir os riscos dos usuários se
machucarem por obstáculos, esmagamento ou impacto com qualquer parte do equipamento. Quando
isso não for possível, deve haver uma demarcação de zona para prevenir o acesso dos usuários às
partes do equipamento enquanto este está em operação.

Onde houver a necessidade de demarcação de uma zona dentro ou fora do equipamento (ver 5.2),
esta deve ser projetada e posicionada de modo a manter os usuários que não estiverem dentro da
zona fora do alcance de qualquer parte móvel. A localização (distância) de tal cerca perimetral ou
demarcação interna da zona depende de:

a) altura em relação do solo de uma fonte de perigo;

b) altura da demarcação da zona;

c) menor distância entre a demarcação da zona e a fonte de perigo. A menor distância de segurança
deve ser de 0,50 m. Quando a probabilidade de um ferimento sério for significante, a menor dis-
tância da Tabela 12 deve ser usada.

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Tabela 12 – Menor distância entre a demarcação da zona e a fonte de perigo


Dimensões em milímetros

Altura da estrutura de proteção b a


Altura
da zona 1 000 1 200 1 400 1 600 1 800 2 000 2 200 2 400 2 500
de perigo a
Distância horizontal da zona de perigo c
2 500 b − − − − − − − − −
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2 400 100 100 100 100 100 100 100 100 −


2 200 600 600 500 500 400 350 250 − −
2 000 1 100 900 700 600 500 350 − − −
1 800 1 100 1 000 900 900 600 − − − −
1 600 1 300 1 000 900 900 500 − − − −
1 400 1 300 1 000 900 800 100 − − − −
1 200 1 400 1 000 900 500 − − − − −
1 000 1 400 1 000 900 300 − − − − −
800 1 300 900 600 − − − − − −
600 1 200 500 − − − − − − −
400 1 200 300 − − − − − − −
200 1 100 200 − − − − − − −
0 1 100 200 − − − − − − −
a Estruturas de proteção menores que 1 000 mm não estão incluídas, pois elas não restringem o movimento
do corpo.
b Para zonas de perigo acima de 2 500 mm (ver Figura 14):
— se houver um baixo risco na zona de perigo, a altura da zona de perigo h deve ser 2 500 mm ou mais.
— se houver um alto risco na zona de perigo, a altura da zona de perigo h deve ser 2 700 mm ou mais,
ou deve ser utilizada outra medida de segurança.

Zona de perigo
h

Plano de
referência

Figura 14 – Zona de perigo

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4.1.4.3 Classificação de sistemas de demarcação de zonas

Os sistemas de demarcação de zonas são classificados em:

J1 – sistemas de demarcação de zona predominantemente visuais: faixas coloridas no chão ou fixa-


das nos degraus, postes, cones ou equivalentes.

J2 – sistemas físicos de demarcação de zona: dispositivos flexíveis, como cordas, correntes etc., que
não precisem suportar forças horizontais.

J3 – sistemas físicos de demarcação de zona: – dispositivos rígidos – como cercas ou corrimãos, que
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possam suportar forças horizontais.

4.1.4.4 Classificação de aberturas de entrada e saída em cercas e corrimãos

O número de aberturas em cercas e corrimãos deve ser limitado pelo número e largura necessários
para uma entrada e saída seguras. Cada abertura não pode ter mais do que 2,5 m de comprimento.
As aberturas de entrada e saída são classificadas da seguinte forma:

K1 – aberturas sem nenhum controle direto;

K2 – aberturas controladas por assistentes;

K3 – aberturas feitas com barreiras ou grades indicando acesso a áreas restritas, limitando o fluxo
de pessoas (por exemplo, portas mecânicas, catracas etc.);

K4 – aberturas feitas com barreiras ou grades nas quais a trava é acionada pelo operador ou assistente;

K5 – aberturas feitas com barreiras ou grades cujo fechamento possibilita a operação do equipamento.

Para cada categoria de equipamentos, ou para cada grupo ou equipamento único na mesma cate-
goria e possuindo as mesmas características específicas, os requisitos mínimos para as aberturas
de entrada e saída são expressas pela classificação acima.

4.1.4.5 Tipos de cercas

As cercas devem ser projetadas utilizando as suposições de cargas de 4.3.3.1.3.1. As cercas devem
ter no mínimo 1 m de altura acima de qualquer posição em pé e devem ser construídas de modo a não
permitir que adultos ou crianças consigam atravessá-las ou passar por baixo delas. Elas também
devem ser feitas, onde estiverem servindo como proteção de perigos significantes, de modo que as
pessoas não fiquem com a cabeça presa na cerca. Para isso, são permitidas duas categorias de cercas:

a) cercas convencionais:

— cercas com elementos predominantemente verticais (Figura 15). A distância entre dois ele-
mentos adjacentes não pode ser maior do que 0,12 m;

— cercas com malha interna (Figura 16). O tamanho da malha deve estar de acordo com a
Figura 16;

b) cercas decorativas:

— cercas com elementos internos decorativos (ver Figura 17). A distância entre dois elementos
adjacentes deve ser como aquele mostrado na Figura 17.

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Os elementos não podem ter quinas afiadas ou pontiagudas.

Para equipamentos de diversão dedicados somente às crianças com menos de 1,30 m, a demarcação
da zona pode ter uma altura reduzida para 0,85 m, para ambos os tipos de cerca.

Dimensões em milímetros
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100 mín.
100 máx.
x.

100

Figura 15 – Exemplos de cercas com elementos internos predominantemente verticais

Dimensões em milímetros
100 máx.

60 máx.
100 mín.
100 máx.

60 máx.

100 máx.

Figura 16 – Exemplos de cercas com malha ou painéis como elemento interno

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Dimensões em milímetros

100 máx.
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1000 mín.

100 máx.
100 máx. 100 máx.

Figura 17 – Exemplos de cercas com elementos internos decorativos

4.1.4.6 Proteção de partes perigosas do equipamento

Qualquer parte perigosa construída em um equipamento de diversão à qual os usuários ou a equipe


do parque possam ter acesso deve ser protegida de acordo com as ISO 12100-1 e ISO 12100-2.

4.1.5 Redução de riscos nas entradas e saídas

4.1.5.1 Entradas e saídas dos lugares dos usuários

4.1.5.1.1 Geral

Os equipamentos de diversão que transportam usuários devem ser projetados de modo a minimizar
a possibilidade de ocorrerem ferimentos por quedas na entrada ou na saída. A entrada e a saída dos
lugares dos usuários são em geral feitas por plataformas e rampas de acordo com 4.1.3. As escadas
são aceitas somente se sua posição e tamanho, em relação às características dos lugares dos usuários,
forem projetados de modo que o usuário não consiga escorregar ou cair conscientemente durante a
entrada ou a saída. A entrada aos lugares dos usuários, como carros e gôndolas, deve estar no
máximo 0,40 m acima ou abaixo da plataforma ou rampa de entrada. Quando o movimento dos lugares
dos usuários durante a entrada ou a saída for perigoso, deve haver algum método que mantenha os
lugares estacionários. Esse método não pode parar de funcionar mesmo se a energia acabar.

Se a entrada ou saída dos lugares dos usuários for feita enquanto os lugares estão em movimento,
a máxima velocidade relativa entre os lugares e a entrada deve ser de 0,7 m/s com a entrada paralela
à direção de movimento e 0,5 m/s para a saída lateral.

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A entrada para qualquer lugar de usuários de uma esteira e a saída do lugar para uma esteira são
admissíveis sob as seguintes condições:

— a velocidade relativa entre o lugar e a esteira não excede 0,7 m/s para saída frontal e 0,5 m/s para
saída lateral, sendo em condições normais de operação ou na falta de energia ou outra situação
de emergência;

— o piso da esteira suporta forças transversais provenientes de movimentos de entrada e de saída;

— a largura mínima de uma esteira não é menor do que 0,80 m.


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4.1.5.1.2 Entradas e saídas de emergência

Deve haver métodos apropriados para a remoção segura dos usuários que possam ter ficado presos.
Esses métodos devem incluir a possibilidade da equipe de resgate entrar com segurança no equipamento.

4.1.5.2 Entradas e saídas de salas, shows e semelhantes

Todas as salas ou estruturas semelhantes fechadas devem ter saídas proporcionais ao número de
ocupantes em relação à sua largura, número e lugares. As saídas de emergência devem ter uma altura
de no mínimo 2 m. Nenhuma saída pode ter menos do que 1 m de largura. A largura de cada saída em
relação ao número de pessoas que possam usá-la deve ser determinada pela Tabela 13. As saídas
devem ter barras antipânico e abertura da porta para fora com luminária ou placa fosforescente de
identificação.

Tabela 13 – Largura da saída

Largura mínima efetiva Largura efetiva adicional


Apropriado para
da saída da saída
1,0 m 0m No máximo 150 pessoas
1,0 m 1,0 m Para cada 150 pessoas

O número de pessoas deve ser calculado com duas pessoas por metro quadrado, sem contar as áreas
não abertas ao público, se não houver nenhum outro critério limitante. Deve haver pelo menos uma
entrada e uma saída apropriadas para cadeira de rodas.

As saídas exigidas devem estar igualmente distribuídas ao redor da estrutura, em lugares opostos,
de modo que existam rotas alternativas e sinalizadas de todas as partes. Para qualquer parte da sala
que possua mais do que uma saída, a distância percorrida (aquela medida entre qualquer ponto da
estrutura e uma saída, seguindo o caminho que é percorrido por uma pessoa dirigindo-se à saída) até
a saída mais próxima deve ser menor do que 35 m, sendo que, após 6,5 m percorridos, outras saídas
devem poder ser alcançadas. Em salas que possuam apenas uma saída, a distância percorrida não
pode ser maior do que 24 m. Se o número de pessoas exceder 150, duas saídas são necessárias.

4.1.6 Redução de riscos para lugares de usuários

4.1.6.1 Distâncias seguras dos lugares dos usuários

4.1.6.1.1 Além da restrição de limite de altura, são necessários avisos para informar aos usuários que
mantenham todas as partes do corpo dentro dos carros e que mantenham uma posição apropriada.

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4.1.6.1.2 Para prevenir que os usuários se machuquem com objetos estacionários ou em movimento
ou objetos pertencentes aos lugares próximos, e na ausência de outras medidas que reduzam o
alcance dos usuários, as seguintes distâncias mínimas de segurança devem ser seguidas:

a) 0,50 m da parte interna do assento, 0,70 m se a velocidade relativa for superior a 20 m/s
(ver Figuras 18 e 19);

b) 2 m acima do chão dos lugares dos usuários (ver Figura 18);

c) 1,50 m acima do assento, se o usuário for fisicamente impedido de se levantar (ver Figura 19);
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d) 0,30 m da parte interna do assento, se a velocidade relativa for menor do que 3 m/s e se não
houver perigo de enganchamento.

Dimensões em milímetros

(> 1700)
> 2000
0
> R 50

1 2

Legenda

1 Superfície do assento
2 Superfície do chão
3 Limite de altura
NOTA Valores para crianças de até 1,30 m estão em parênteses.

Figura 18 – Espaço vertical livre a partir do chão e espaço lateral livre para usuários

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Dimensões em milímetros

(> 1300)
> 1500
0
> R 50
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1 2

Legenda

1 Superfície do assento
2 Superfície do chão
3 Limite de altura
NOTA Valores para crianças de até 1,30 m estão entre parênteses.

Figura 19 – Espaço vertical livre a partir do assento e espaço lateral livre para usuários

4.1.6.1.3 Se os lugares dos usuários forem livres e controlados pelos usuários, a distância de
4.1.6.1.2a) é aplicada somente aos objetos fixos.

4.1.6.1.4 Além das distâncias já mencionadas, deve ser mantida uma distância de 0,12 m do exterior
da unidade, com os lugares até qualquer parte dos assentos de outra unidade nas condições de ope-
ração mais desfavoráveis possíveis (ver Figura 20).

Dimensões em milímetros

> 120

Figura 20 – Distância segura para veículos livres

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4.1.6.1.5 Se os lugares dos usuários não forem livres, os espaços livres não podem se cruzar
(ver Figura 20).
1

1
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0
50
≥ R 500 ≥R

Legenda

1 Espaço livre

Figura 21 – Posição relativa dos espaços livres

4.1.6.1.6 Todas as distâncias listadas anteriormente podem ser reduzidas se precauções especiais
como grades ou outros dispositivos forem colocadas para limitar o movimento dos usuários.

4.1.6.1.7 Os limites de altura (espaço livre) das Figuras 18 a 21 não garantem que os usuários não
consigam tocar objetos estacionários ou em movimento.

4.1.6.2 Dispositivos de contenção para limitar os movimentos dos usuários

4.1.6.2.1 Geral

Os dispositivos de contenção e as trava dos usuários devem ser projetados de modo a prevenir que
partes do corpo fiquem presas ou esmagadas. Além disso, eles não podem agir sobre partes sensíveis
ou frágeis do corpo do usuário.

Os dispositivos de contenção automáticos podem criar perigos adicionais. Seus movimentos devem
ser devagar e a força máxima exercida deve ser de 0,15 kN (0,08 kN, se crianças puderem utilizar
o equipamento), medida na borda ativa do dispositivo.

Os dispositivos de trava devem ser projetados de modo a não permitir o destrave sem que haja uma
ação deliberada e intencional. Mesmo que a situação de trava seja avisada por luz e/ou som, deve ser
permitida uma verificação visual direta.

Os dispositivos de trava não podem ser destravados em caso de mau funcionamento ou paradas
de emergência, a não ser que existam meios imediatos de evacuação dos usuários.

4.1.6.2.2 Contenção dos usuários

Cada elemento do equipamento, projetado para acomodar usuários (unidade de usuários como carros
e gôndolas), deve possuir meios de conter os usuários dentro dos limites do equipamento e, se neces-
sário, nos seus assentos, dependendo do tipo de equipamento.

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O projeto de dispositivos para contenção deve minimizar os seguintes riscos para os usuários:

— batidas em certas partes quando em movimento relativo ou ficar preso entre elas;

— machucar-se com movimentos bruscos;

— ser atingido por pedaços da estrutura que leva os usuários;

— ser atingido por outros usuários em resultado do tipo de movimento induzido pelo equipamento;

— cair ou ser ejetado da unidade dos usuários.


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Os riscos mencionados anteriormente podem ser agravados por comportamentos perigosos e inten-
cionais dos usuários.

No caso de um mau funcionamento ou parada de emergência, quando os usuários permanecerem


com os dispositivos de contenção, o pessoal autorizado deve dispor da possibilidade de destravar
os dispositivos, quando esse destrave for seguro.

4.1.6.2.3 Classificação de dispositivos de contenção de usuários

Os requisitos mínimos para os dispositivos de contenção são os seguintes:

a) Considerando o número de usuários contidos por um único dispositivo, eles podem ser:

a1) um dispositivo coletivo para dois ou mais usuários;

a2) um dispositivo individual para cada usuário.

b) Considerando a posição final de travamento em relação ao usuário, eles podem ser:

b1) uma posição não ajustável (barras, grades);

b2) uma posição individualmente ajustável;

b3) uma posição mínima controlada automaticamente.

c) Considerando o tipo de travamento, eles podem ser:

c1) sem travamento;

c2) travamento manual feito pelo usuário;

c3) travamento manual feito pelo operador ou assistente;

c4) travamento automático na posição de operação;

c5) travamento automático na posição de operação e com a posição de travamento controlada.

NOTA A verificação do travamento é realizada pelo operador do equipamento.

d) Considerando o tipo de destrave, eles podem ser:

d1) destrave manual feito pelo usuário;

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d2) destrave manual feito pelo operador ou assistente;

d3) destrave feito pelo operador ou assistente por meio de um sistema centralizado.

Em todos os casos, recomenda-se que o usuário seja alertado do momento correto de destrave (com
equipamento parado ou área de embarque/desembarque).

e) Considerando os avisos de travamento correto/incorreto, eles podem ser:

e1) sem nenhum aviso;


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e2) aviso luminoso e/ou acústico;

e3) aviso luminoso e/ou acústico com inibição de operação ou parada na operação.

f) Considerando os tipos de movimento, eles podem ser:

f1) manual;

f2) motorizado.

g) Considerando o tipo de construção do dispositivo de restrição e de sua trava:

g1) redundância não obrigatória;

g2) redundância apenas para o dispositivo de travamento (funcional);

g3) redundância (funcional e de construção);

h) Considerando o tipo de restrição de segurança eles podem ser:

h1) sem restrição, mas podendo ter apoios para os pés e para as mãos etc. para neutralizar
forças;

h2) uma restrição para o usuário (por exemplo, quadril ou ombros);

h3) uma restrição (individual ou coletiva) e uma gaiola coletiva ou compartimento enclausurado
para todos os usuários;

h4) duas restrições redundantes (por exemplo, quadris e ombros) ou uma restrição com dupla
função.

Dois dispositivos de contenção são restrições independentes, de modo que o dispositivo secundá-
rio (por exemplo, barra para o colo, dispositivo de cerco etc.) seja capaz de prender o usuário sem
machucá-lo (durante um ciclo de operação), caso o primário falhe.

Com base na classificação anterior, o dispositivo de contenção de cada usuário pode ser determinado
de acordo com 4.1.6.2.4. Para cada tipo de equipamento ou para cada grupo ou equipamento singular
que possuir as mesmas características particulares em uma categoria, são dados os requisitos míni-
mos para cada uma das características básicas dos sistemas de contenção dos usuários.

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4.1.6.2.4 Critério de aplicação dos dispositivos de contenção resultante da avaliação de risco

Como principal requisito para o critério a seguir, os dispositivos de restrição devem estar presentes
onde os usuários puderem ser levantados e ejetados de seus assentos ou de suas posições pela ação
de forças dinâmicas ou inclinação. Quando os seguintes métodos de restrição forem aplicados de
acordo com a Figura 23, para as direções das acelerações mostradas na Figura 22, uma interpolação
razoável deve ser feita para os diferentes casos análogos.

+ ay
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+ ax

+ az

Figura 22 – Sistemas de coordenadas para as acelerações

-a z (g)
-1,2
-0,7

- az
b
-0,2

5 5

-1,8 -1,2 -0,7 -0,2 +0,2 +0,7 +1,2 +1,8


-a x (g) +ax (g) - ax + ax
4 3 3
+0,2

5 4 3ª 2 1
+0,7

+ az
+1,2

+az (g)

Legenda

a Apoios para os pés e para as mãos são necessários


b Área na categoria 4, se não houver forças laterais projetadas e se a duração da aceleração az for menor
do que 0,2 s.
Em casos extremos, pode-se escolher a categoria inferior.

Figura 23 – Diagrama de restrição (acelerações no estágio de projeto)

Área 1: Não é necessária restrição devido à aceleração atuante (outros critérios ainda podem
necessitar de alguma restrição)

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Área 2: No mínimo, os seguintes tipos de restrição são necessários:

A1 − dispositivos coletivos para dois ou mais usuários


B1 − posições de trava não ajustáveis (barras, grades)
C1 − travamento manual pelo usuário
D1 − destrave manual pelo usuário
E1 − nenhum tipo de aviso
F1 − manual
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G1 − redundância não obrigatória


H1/H2 − uma fixação, ou nenhuma fixação é necessária, caso os usuários consigam reagir suficien-
temente às forças utilizando os apoios para mãos e pés etc., e se não forem capazes de cair ou ser
ejetados do compartimento devido às forças atuantes

Área 3: No mínimo, os seguintes tipos de restrição são necessários:

A1 − dispositivos coletivos para dois ou mais usuários


B2 − posições de trava ajustáveis individualmente
C3 − travamento manual pelo operador ou assistente
D1 − destrave manual pelo usuário
E1 − nenhum tipo de aviso
F1 − manual
G2 − redundância apenas para o dispositivo de trava (funcional)
H2 − uma restrição para cada usuário

Área 4: No mínimo, os seguintes tipos de restrição são necessários:

A2 − dispositivos individuais para cada usuário


B2 − posições de travamento ajustáveis individualmente
C4 − travamento automático na posição de operação
D2 − destrave manual pelo operador ou assistentes
E1 − nenhum tipo de aviso
F1 − manual
G2 − redundância apenas para o dispositivo de trava (funcional)
H2 − uma fixação para cada usuário

Área 5: No mínimo, os seguintes tipos de restrição são necessários:

A2 − dispositivos individuais para cada usuário


B3 − posições de trava mínima automaticamente controladas
C5 − travamento automático na posição de operação e posições da trava controladas
D3 − destrave manual pelo operador ou assistentes utilizando um sistema centralizado

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E3 − aviso luminoso e/ou sonoro com inibição de operação


F1 − manual
G3 − redundância (funcional e de construção)
H3/H4 − duas restrições redundantes ou uma restrição com dupla função

A aplicação da Figura 23 (diagrama de restrição) tem com finalidade ser um guia. Qualquer situação
especial deve ser considerada durante o projeto do sistema de restrição, como, por exemplo, a dura-
ção da aceleração. Em particular, quando ocorrerem acelerações laterais maiores do que ay ≥ ± 0,5 g,
os assentos, apoios para as costas e restrições devem ser projetados de acordo. Posições estáticas
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inesperadas das unidades dos usuários também devem ser consideradas (por exemplo, de cabeça
para baixo). Na Figura 23 não há informações a respeito dos limites absolutos de aceleração (ver
Anexo G).

Outros perigos (ver 4.1.2) podem precisar de classes de restrição diferentes.

4.1.6.2.5 Caso haja e seja necessário um dispositivo secundário, além do primário, de acordo
com os requisitos mencionados anteriormente, o dispositivo secundário deve ter no mínimo as seguin-
tes características:

— A1 coletivo;

— B1 não ajustável;

— C2 travamento manual pelo usuário;

— D2 destrave manual pelo operador ou assistente;

— E1 não há nenhum aviso;

— G2 redundância apenas para o dispositivo de travamento (funcional),

ou o dispositivo secundário pode ser a grade de restrição ou o dispositivo de gaiola de acordo com H3.

4.1.6.3 Portas

Quando houver portas nas unidades dos usuários, deve haver sistemas que evitem que as portas
abram durante a operação, ou em caso de emergência ou falha. Elas devem ser trancadas com dispo-
sitivos que impeçam a abertura não intencional durante a operação (por exemplo, ganchos de segu-
rança). Em geral, as portas devem ter dispositivos de trava que só podem ser abertos por fora.

Portas automáticas não podem provocar nenhum tipo de ferimento aos usuários. Seus movimentos
devem ser lentos e a força exercida deve ser no máximo de 150 N, medida no limite externo da porta.

4.1.6.4 Assentos

Os assentos devem ser fixados à unidade dos usuários, oferecendo segurança mesmo que subme-
tidos ao esforço máximo possível no equipamento. Suas fixações devem ser dimensionadas para
suportar estes esforços. Os usuários ficam limitados ao projeto ergonômico do equipamento.

Os assentos devem ter encosto para as costas, quando necessário, de no mínimo 0,4 m de altura e
com uma declividade no assento em direção ao encosto. A altura do encosto pode ser diminuída para
0,25 m em equipamento destinado apenas a crianças de até 1,30 m. Em todos os casos, os usuários

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devem ter assentos, apoios para os braços, costas e pés adequados para que consigam reagir às
forças exercidas durante a operação. Ao projetar e dimensionar os assentos e partes adjacentes,
deve-se ter a devida atenção em relação à altura e ao formato dos apoios para as costas, braços, pés
e eventualmente para a cabeça.

Características como o formato, tamanho e atrito entre o assento e as roupas dos usuários e a even-
tual presença de um estofamento total ou parcial podem afetar diretamente a qualidade do sistema
de contenção.

Os assentos suspensos por cabos de aço ou correntes com elos devem ter um sistema adicional de
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suspensão que, na falha de um dos elementos de suspensão, não resulte em situações perigosas.

4.1.6.5 Contenção de usuários

Um guia para a contenção de usuários pode ser encontrado no Anexo D.

4.1.7 Prevenções especiais para a redução de riscos

4.1.7.1 Critérios relativos às características dos usuários

Alguns usuários, devido à sua idade ou características físicas, podem correr riscos em alguns equipa-
mentos de diversão por causa do tipo de operação do equipamento.

4.1.7.2 Usuários com deficiência

Os equipamentos de diversão projetados também para deficientes devem ter meios de contenção
e os dispositivos para limitar seus movimentos, quando presentes no equipamento, devem atender
aos requisitos mínimos de A1, B1, C3, D2, como definidos em 4.1.6.2.3, para garantir sua segurança
física (ver Anexo E).

4.1.7.3 Dispositivos para medição do vento

Onde existirem riscos inaceitáveis associados com a operação de um equipamento de diversão


durante ventanias que ultrapassem certas velocidades, um dispositivo de medição de vento (ou outro
indicador confiável) deve ser incorporado ao projeto e instruções apropriadas para seu uso incluídas
no manual de operação.

4.2 Requisitos adicionais de segurança para diversos tipos de equipamentos

4.2.1 Carrosséis com movimentos horizontais e/ou verticais

4.2.1.1 Geral

Estes dispositivos movem-se em torno de eixos de rotação verticais e/ou inclinados, com um ou mais
graus de liberdade da estrutura e das gôndolas em movimento. Mecanismos de direcionamento permi-
tem a variação da inclinação dos eixos de rotação até um plano vertical de movimento (ver Figuras 24
a 27).

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Figura 24 – Eixo vertical, um grau de liberdade

Figura 25 – Eixos vertical e horizontal, mais do que um grau de liberdade

Figura 26 – Eixo inclinado variável, mais do que um grau de liberdade

Figura 27 – Eixo inclinado variável

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Se, além dos movimentos horizontais, forem possíveis movimentos verticais ou outras rotações (em
torno de outro eixo), o equipamento deve ter uma cerca perimetral para o público em geral, de acordo
com os requisitos de J3 (ver 4.1.4.3). Caso seja necessária uma área intermediária para os usuários
aguardarem sua entrada na unidade de usuários, ela deve ser separada da área de perigo utilizando
um sistema de acordo com no mínimo os requisitos da Tabela H.1. As aberturas para entrada e saída
para o público devem estar de acordo com os requisitos de K2, a não ser que uma área intermediária
como a mencionada anteriormente esteja presente, caso em que os requisitos de K1 são suficientes.

Para equipamentos de diversão com uma plataforma redonda sem elementos que ultrapassem a área
da plataforma, cujo único movimento seja a rotação em torno do eixo vertical com uma velocidade
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vertical menor que 8 rpm ou uma velocidade periférica que não exceda 3,0 m/s e capacidade de até
três usuários, não é necessário o sistema de delimitação de área.

Se o equipamento consistir em uma plataforma redonda, mas algumas partes ou as unidades dos usu-
ários excederem a área da plataforma, e a velocidade estiver dentro dos limites especificados anterior-
mente, o sistema de delimitação de área deve estar de acordo com os requisitos de J1. Os mesmos
requisitos devem ser atendidos se, além das características mencionadas anteriormente, existirem
movimentos lentos, paralelos ao eixo de rotação, cuja velocidade vertical não exceda 0,5 m/s.

Nos equipamentos tipo chapéus mexicanos e nos equipamentos similares, a distância vertical mínima
entre a parte inferior do assento e as áreas acessíveis ao público deve ser de 2,7 m durante a rotação.
A área com menos do que 2,7 m de altura livre deve ser delimitada de acordo com os requisitos de J1.
Se a altura máxima do assento for de 2,7 m, um sistema de delimitação de área deve estar presente de
acordo com os requisitos de J3, posicionado a uma distância horizontal de 0,5 m a partir dos assentos,
e as aberturas para entrada e saída devem estar de acordo com os requisitos de K1.

O contorno externo dos assentos ou gôndolas durante a rotação deve estar a pelo menos 1,0 m de
distância dos objetos fixos.

4.2.1.2 Unidades de usuários

Os equipamentos infantis, com rotação circular, devem ter uma plataforma sólida de baixo das unida-
des dos usuários, a não ser que os usuários sejam contidos de modo a delimitar seus movimentos.
As portas das unidades dos usuários em carrosséis infantis que servem como contenção, ou que,
quando abertas, possam resultar na projeção do usuário para fora da plataforma, devem ter travas que
possam ser abertas apenas pelo lado de fora.

As portas de entrada em tambores de rotação devem fornecer um cerco completo e devem abrir ape-
nas para dentro, sendo que sua trava deve poder apenas ser operada do lado de fora.

As gôndolas ou carros suspensos por cabos de aço ou correntes com elos devem ter um sistema
adicional de suspensão que, na falha de um dos elementos de suspensão, não resulte em situações
perigosas.

4.2.1.3 Contenções

As limitações para os equipamentos de diversão desta categoria com velocidade angular acima de
8 rpm e uma velocidade maior de que v = 3 m/s devem ter as seguintes características mínimas:

— A1 coletiva;

— B2 ajustáveis;

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— C2 travamento manual feito pelo usuário;

— D2 destrave manual feito pelo operador ou assistente;

— E1 sem nenhum aviso;

— G1 redundância não obrigatória.

As limitações para equipamentos infantis desta categoria devem ter no mínimo:

— A1 coletiva;
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— B2 ajustáveis;

— C3 travamento manual pelo operador ou assistente;

— D2 destrave manual pelo operador ou assistente;

— E1 sem nenhum aviso;

— G1 redundância não obrigatória.

Os equipamentos mencionados são de uso infantil e devem ser monitorados por responsáveis.

4.2.2 Rodas gigantes, balanços (com ou sem motor)

4.2.2.1 Geral

Para equipamentos cujo movimento seja ao redor de apenas um eixo horizontal principal, com ou sem
motor, ver Figuras 28 a 30.

Figura 28 – Eixos horizontais principais, gôndolas fixas ou rotatórias

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Figura 29 – Barco de eixo horizontal conectado rigidamente ao braço, com motor

Figura 30 – Um eixo horizontal sem motor

4.2.2.2 Sistemas de demarcação de área e aberturas de entrada e saída

Os sistemas de delimitação de área para o público devem estar de acordo com os requisitos de J3.
As aberturas devem estar de acordo com os requisitos de K2, além de ser possível fechar fisicamente
as entradas durante a operação (por exemplo, com grades ou correntes).

Os sistemas de delimitação de área para balanços não elétricos devem estar de acordo com os requi-
sitos de J3, mas o tipo de cerca pode ser um corrimão de 1 m de altura e uma barra intermediária na
metade da altura. A distância do espaço percorrido pela balança ou gôndola deve estar de acordo com
4.1.6.1. Dentro da cerca, deve haver espaço suficiente para o operador. O espaço entre os balanços
deve estar protegido por uma cerca.

4.2.2.3 Unidades de usuários

As gôndolas dos barcos devem ter corrimãos a mais de 1 m do chão da gôndola. Caso a distância
entre a borda superior da parede lateral e o corrimão seja maior do que 0,4 m, devem ser colocadas
barras adicionais intermediárias. As gôndolas infantis devem ter essas dimensões reduzidas para
0,7 m e 0,25 m, respectivamente.

As gôndolas de rodas-gigantes que não forem projetadas como cabines fechadas ou que não esti-
verem de acordo com as distâncias de segurança mencionadas em 4.1.6.1.2 d) devem ter proteções
para evitar o contato com objetos em movimento relativo com os usuários (deve-se tomar cuidados
especiais com cabelos longos, para que estes não fiquem presos). As cercas para as aberturas de
entrada etc. das gôndolas devem ter uma altura mínima de 1 m, e de 1,1 m se as gôndolas estiverem
a mais do que 12 m do chão. Em minirrodas-gigantes com altura máxima de até 4 m, para crianças
com até 1,30 m, as portas podem ser substituídas por travas individuais.

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4.2.2.4 Contenção

Cintos de contenção, fitas para fixação dos pés ou meios equivalentes devem estar presentes em
gôndolas não elétricas nas quais os usuários, durante a operação, viram de cabeça para baixo. Para
gôndolas elétricas nas quais os usuários ficam de cabeça para baixo durante a operação e onde
a aceleração vertical, da cabeça aos pés, for menor que 0,2 g, dispositivos redundantes de contenção
devem estar presentes de acordo com H3.

4.2.2.5 Outras informações

Os balanços do tipo barco devem possuir freios que não parem as gôndolas abruptamente ou
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que travem.

Os balanços para crianças menores do que 1,30 m não podem ter mais do que 3 m entre o chão da
gôndola e o eixo de suspensão; deve-se prevenir a rotação do assento além da linha horizontal central.
Os freios não são necessários, caso o operador consiga parar a gôndola com as mãos.

4.2.3 Montanhas-russas, equipamentos com água, escuros ou outros equipamentos guiados


por trilhos ou por canais

4.2.3.1 Sistemas de delimitação de área e aberturas para entrada e saída

Para esses equipamentos, ver Figuras 31 e 32.

Os sistemas de delimitação de área para o público devem estar de acordo com os requisitos de J3.

As aberturas para entrada nas zonas de embarque devem estar de acordo com os requisitos de K3,
para impedir o acesso dos usuários até que o equipamento pare. As aberturas de saída devem estar
de acordo com os requisitos de K3.

Os equipamentos infantis de trilho operados eletricamente cuja velocidade seja menor que 2,0 m/s
e que podem ser parados em até 2 m pelo operador, devem possuir um sistema de demarcação de
área de acordo com os requisitos de K1.

Os equipamentos de trilho em miniatura não precisam de um sistema de delimitação de área sob


as seguintes circunstâncias:

a) a rota do equipamento está claramente isolada de outros equipamentos, lojas e ruas;

b) o trem é guiado por um operador;

c) a velocidade do trem não excede 5 m/s;

d) avisos acústicos estão presentes no trem;

e) avisos visuais e acústicos estão presentes nos cruzamentos.

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Figura 31a Figura 31b

Figura 31 – Equipamentos guiados por trilhos

Figura 32 – Equipamentos guiados por canais ou valas

4.2.3.2 Unidades dos usuários

As unidades devem ser projetadas de modo que:

a) os usuários dentro e fora não consigam encostar nas partes móveis;

b) as mãos ou braços dos usuários não sejam esmagados ou feridos com o contato com outras uni-
dades na frente ou atrás da unidade em que se encontram;

c) o chassis e a carenagem dos veículos possuam graus de liberdade suficientes para aguentar
mudanças na inclinação, curvas e imperfeições na pista, ao mesmo tempo permitindo o desgaste
natural.

Onde houver contatos entre os carros ou qualquer outro elemento, eles devem ter para-choques na
parte frontal e/ou traseira, os quais devem estar dispostos a uma mesma altura. Se houver a possibi-
lidade de desnivelação no contato, por exemplo, como resultado de um balanço longitudinal ou trans-
versal, os para-choques devem ter altura suficiente para garantir o contato. Deve existir ao menos um
para-choque com molas, com o intuito de absorver os choques, sendo que o amortecimento deve ser
projetado em função da velocidade nominal.

4.2.3.3 Contenção

Os dispositivos de contenção devem existir, onde necessário, de acordo com as unidades de usuários
de 4.1.6.2.4.1.

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4.2.3.4 Informações gerais

Os elementos que guiam os carros devem assegurar que seja mantido o contato entre os carros e
o trilho sob qualquer circunstância, através de rolamentos laterais, rolamentos-guia ou outros sistemas
adequados. Deve-se tomar cuidado especial no projeto dos elementos que irão guiar os carros para
que, mesmo no caso de perda de uma das rodas de carga, roda lateral ou roda de freio, o carro ou
o trem não saia dos trilhos. Os pneus, rodas-guia e rodas de frenagem estão sujeitos ao desgaste.
Os níveis de desgaste devem ser especificados por limites precisos.

Os movimentos laterais de carros e gôndolas devem ser restringidos para evitar colisões com carros
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ou gôndolas em pistas adjacentes ou objetos fixos. Devem ser consideradas distâncias seguras
a partir das posições extremas dos carros e das gôndolas.

As gôndolas pendulares ou unidades de usuários semelhantes devem ter dispositivos que limitem
oscilações laterais ou longitudinais da gôndola, durante a carga e descarga dos usuários (ver 3.4.4.2).

4.2.3.5 Trilhos

4.2.3.5.1 Sistemas de bloqueio de áreas

No caso de vários carros ou trens operarem no mesmo sistema ao mesmo tempo, um sistema de con-
trole automático à prova de falhas deve ser implementado para evitar colisões entre eles. Ver Anexo H
para mais informações sobre sistemas de controle.

O sistema deve ser baseado no controle completo do trilho, sendo este dividido em zonas de bloqueio
que não podem ser ocupadas por mais do que um carro ou trem ao mesmo tempo. Os bloqueios
devem ser separados entre si por meio de freios de emergência.

O lift pode ser considerado um sistema de zona de bloqueio que não necessita de freios de segurança
em seu final, caso o carro ou o trem possa ser parado com segurança antes de entrar no próximo bloco.

Os sistemas dos bloqueios não precisam ser à prova de falhas nas zonas de carga e descarga, se a
velocidade máxima do carro ou trem nessas zonas for de 1,0 m/s e se eles possuírem para-choques
adequados.

4.2.3.5.2 Dispositivos de segurança do trilho, freios

Os carros devem ser parados após cada operação utilizando os freios. Caso ocorra demora durante
o embarque dos usuários, devem ser utilizados meios adequados para evitar qualquer risco de colisão
com o carro seguinte.

Os freios de segurança para as descidas devem atender à distância mínima entre dois carros ou trens
consecutivos, de modo que haja sempre um freio entre dois carros ou trens.

Os freios de segurança devem ser à prova de falhas e projetados para parar o carro ou trem nas
condições mais favoráveis.

Os freios operacionais devem conseguir parar os carros ou trens automaticamente na menor distância
de frenagem, considerando a máxima desaceleração permissível (ver 3.4.3.4).

Consequentemente, os freios não podem travar e devem ser aplicados de maneira controlada e pro-
gressiva. Podem ser considerados dois tipos diferentes de freios:

a) freios acionados (fechados) por molas ou dispositivos semelhantes e desativados (abertos), utili-
zando um dispositivo pneumático ou semelhante;

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b) freios acionados utilizando um dispositivo pneumático ou semelhante e desativados por molas


ou dispositivos semelhantes.

O primeiro tipo de freio mencionado na alínea a) em certas condições é à prova de falhas, a não ser
que haja um problema intrínseco.

Os freios que não são à prova de falhas, mencionados na alínea b), podem ser utilizados como freios
de segurança nas seguintes condições:

1) há redundância adequada para unidades independentes de freios para as condições menos


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favoráveis e para que os freios continuem operantes para ao menos mais três paradas depois
de uma queda de pressão no sistema de freios;

2) as partes mecânicas para as unidades dos freios são projetadas e calculadas a partir dos
fatores de segurança especificados em 3.3;

3) todos os estados de operação e função do sistema de freios são controlados e monitorados


por um sistema de controle à prova de falhas;

4) a pressão de operação do fluido é controlada automaticamente pelo sistema principal e, em


cada unidade, a queda de pressão é indicada como um caso de emergência para todo o sistema.

4.2.4 Desaceleração máxima

4.2.4.1 Geral

A desaceleração máxima não pode exceder 0,7 g nos freios de emergência e 0,5 g nos freios normais
(freios de serviço), a menos que sejam instalados equipamentos especiais para os usuários (barras
de colo etc.).

4.2.4.2 Autopista (carros bate-bate)

4.2.4.2.1 Geral

Para autopistas deve haver as distâncias mínimas de segurança da Tabela 14 (ver Figuras 33 e 34).

Tabela 14 – Distâncias de segurança para autopistas

Classes definidas pela


X Y S R1 R2 C1a C2a C3a C4a
altura dos usuários

mín. 70 320 25 175 400


Usuários de até 1,10 m 70 45 90 100
máx. 85 400 30 230 515

mín. 85 400 30 230 515


Usuários de até 1,30 m 85 60 120 150
máx. 100 435 35 275 620

Usuários mín. 100 435 35 275 620


100 85 140 200
(e crianças acompanhadas) máx. 120 550 50 310 725
a C 1, C 2, C 3 e C 4 são espaços mínimos livres entre as partes rígidas do corpo do equipamento (excluindo
as proteções de borracha e semelhantes que não causam danos) em posição estática.

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C3
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C4

C1 1

2
C2

Legenda

1 Zona 1
2 Zona 2

Figura 33 – Carro bate-bate

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60

S
°

°
30

R1
1

Y
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S
R1

R2
2


60
°

≥ 30°

Legenda

1 Zona 1
2 Zona 2
Figura 34 – Carro bate-bate

4.2.4.2.2 Sistema de delimitação de área e aberturas de entrada e saída

Os sistemas de delimitação de área para o público na área dirigível devem estar de acordo com os
requisitos de I1. As entradas e saídas devem estar de acordo com os requisitos de K1.

A área dirigível deve ser rodeada por rodapés altos o suficiente para prevenir que os carros subam
neles. Rodapés com molas não são permitidos. Eles devem ser fortes o suficiente para aguentar
o impacto dos carros em velocidade máxima.

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4.2.4.2.3 Unidades dos usuários

Os carros bate-bate devem ser projetados de modo que os usuários não caiam deles. Os veículos
devem ser cercados por proteções feitas de um material mole ou pneus infláveis, os quais não podem
projetar-se para que possam existir as áreas livres mostradas em 4.2.4.2.2. As proteções de todos os
veículos utilizados durante uma mesma operação devem estar na mesma altura entre eles e também
da borda do rodapé ou da barreira.

Todas as partes móveis ou que forem perigosas dos veículos que possam resultar em ferimentos
devem ser:
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a) projetadas para que não existam riscos de ferimentos, ou

b) protegidas de modo a minimizar os ferimentos causados por impactos.

4.2.4.2.4 Contenção

Os carros bate-bate devem possuir cintos de segurança ou outros dispositivos igualmente efetivos que
impeçam as crianças de se machucarem com o impacto de outros veículos. Os cintos de segurança
devem ter no mínimo 25 mm de largura.

4.2.4.2.5 Informações gerais

A área dirigível deve ser nivelada e livre de descontinuidades, para impedir a obstrução do movimento
dos carros.

Os carros bate-bate devem ser projetados de modo a evitar o risco de capotagem.

A velocidade dos carros não pode exceder 12 km/h. Os minicarros usados por crianças menores que
1,10 m e desacompanhadas devem ter velocidade máxima de 4 km/h.

Onde houver sistemas eficazes na absorção de impactos, a velocidade pode ser aumentada para
14 km/h, caso as forças do impacto não ultrapassem aquelas suportadas por um carro bate-bate nor-
mal movendo-se a 12 km/h.

A diferença das velocidades máximas dos carros em uma mesma área durante operação não pode
ser maior do que 15 %. A diferença de massa entre os carros carregados (ver 3.3.3.1.2.1) não pode
exceder 30 %.

O equipamento deve possuir uma chave e um dispositivo de parada de emergência para que o opera-
dor possa desligar todos os veículos de sua posição.

4.2.4.2.6 Requisitos eletromecânicos para carros bate-bate

As partes condutoras dos carros que não estiverem isoladas devem ter uma tensão máxima de 25 VAC
ou 60 VDC (máximo 10 % de ripple), fornecida por um transformador seguramente isolado de acordo
com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, de acordo com Normas Internacionais ou um
gerador equivalente.

Para os condutores fora do alcance normal, com alturas maiores do que 2,5 m acima do chão dos car-
ros, a tensão máxima deve ser de 50 VAC ou 120 VDC ou ainda um ripple máximo de 10 %, fornecida
por um transformador seguramente isolado de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua
ausência, de acordo com Normas Internacionais ou um gerador AC ou DC equivalente.

Os condutores elétricos expostos devem estar a mais do que 2,5 m de altura acima do chão dos carros.

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A rede ou placa superior fornecedora de corrente, os coletores nos veículos e a pista devem ser
projetados e construídos de modo a minimizar os ferimentos, com atenção especial aos olhos como
resultado de partículas e faíscas.

Para áreas de até 200 m2, a rede ou placa superior fornecedora de corrente deve estar presa ao dis-
positivo de alimentação em pelo menos dois pontos. Para áreas maiores do que 200 m2, deve haver
no mínimo três pontos.

Qualquer rede de alimentação de corrente deve ser composta por uma malha de fios, de preferência
hexagonal, com um fio de diâmetro entre 1,2 mm e 1,4 mm. A largura da malha não pode ultrapassar
40 mm.
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Assim como o aço, outros materiais apropriados, como, por exemplo, cobre, bronze e alumínio podem
ser usados.

As redes devem ser presas com placas fixadas de tal maneira que não ocorram deformações ou
movimentos devido à pressão dos coletores.

Os fios de aço devem ser galvanizados antes de serem encapados. A rede de fornecimento de corrente
deve ser instalada a uma altura mínima uniforme de 2,5 m acima do chão do veículo.

Qualquer rede de fornecimento de corrente deve ser feita com fios de aço galvanizados ou com outro
material adequado, como, por exemplo, cobre, bronze e alumínio.

Os veículos devem possuir escovas de contato feitas de aço ou bronze, que são mantidas em contato
com o solo através de molas com uma força mínima de 10 N (ver Figura 35).

O coletor de corrente (ver Figura 34) deve ser feito de aço e com o maior raio possível, para que ele
encoste na rede em no mínimo três pontos. Ele deve girar facilmente e exercer uma força constante Z
na rede de fornecimento maior que 10 N. O aço ou outros materiais apropriados, como, por exemplo,
cobre, bronze e alumínio podem ser usados.

As conexões devem ser igualmente espaçadas no perímetro da rede ou placa.


2

F
1

Legenda

1 Área de contato
2 Rede
3 Mola
F Força de contato

Figura 35 – Exemplo de um coletor de corrente normal

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F
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Legenda

F Força de contato

Figura 36 – Força de contato de uma escova de chão

As placas que formam a pista devem ser lisas; os painéis devem ter um bom contato elétrico através
das extremidades ou por outros meios. Eles devem ser conectados aos polos de energia negativos em
dois pontos opostos para evitar diferenças de potencial perigosas.

As placas da pista devem estar conectadas em todas as estruturas metálicas ao redor delas.

4.2.4.3 Corridas e karts

4.2.4.3.1 Sistema de delimitação de área e aberturas de entrada e saída

Para impedir que o público ande na pista, esta deve ser protegida por guard-rails que estejam a
no mínimo 0,5 m acima do peitoril da pista, mas em geral no mínimo 1,0 m acima do nível do chão
acessível ao público (sistemas de delimitação de área de acordo com os requisitos em I3). As entradas
e saídas devem estar de acordo com os requisitos de K2. A área dirigível deve ser cercada por uma
barreira suficientemente alta para impedir que os carros passem por cima delas. Barreiras com molas
não são permitidas. O peitoril deve ser forte o suficiente para aguentar o impacto dos carros em
velocidade máxima.

4.2.4.3.2 Unidades de usuários

A pista e os carros devem ser projetados de modo a minimizar o risco de capotagem. Devem ser
considerados fatores como velocidade, inclinação, raios de curvatura e largura da pista. Em pontos de
ultrapassagem, a pista deve ser no mínimo três vezes maior do que a largura máxima do carro.

Carros de corrida devem ser cercados por para-choques para impedir qualquer contato entre as rodas
e/ou as carcaças dos carros.

4.2.4.3.3 Contenção

Os carros de corrida devem ter cintos diagonais ajustáveis na altura dos ombros em cada assento dos
usuários, com ao menos 25 mm de largura, respeitando os seguintes requisitos mínimos:

— A2 individual;

— B2 ajustável;

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— C2 travamento manual pelos usuários;

— D1 destrave manual pelos usuários;

— E1 sem avisos;

— F1 manual;

— G1 redundância não obrigatória.

4.2.4.3.4 Informações gerais


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A velocidade dos carros correndo nas pistas não pode exceder 30 km/h.

Os carros destinados às crianças de até 8 anos e desacompanhadas não podem ultrapassar 4 km/h.

Os carros movidos a motores de combustão interna devem possuir uma bandeja debaixo do motor e
dos tubos de combustível.

O motor deve estar posicionado de modo a não resultar em perigo em caso de fogo. As Normas Bra-
sileiras para motores a combustível devem ser seguidas ou, na sua ausência, normas internacional-
mente aceitas.

A área dirigível deve ser lisa e nivelada e deve ser construída com materiais apropriados para o uso.

A instalação deve constar de um dispositivo que permita ao operador parar todos os veículos.

4.2.4.4 Minimotos para crianças

4.2.4.4.1 Sistemas de delimitação de áreas e aberturas de entrada e saída

Para impedir que o público ande na pista, o sistema de delimitação de área deve estar de acordo com
os requisitos de J3. As entradas e saídas devem estar de acordo com os requisitos de K1. A área
dirigível deve ser cercada por uma barreira ou peitoril alto o suficiente para impedir que os veículos
passem por cima deles. Barreiras com molas não são permitidas. O peitoril deve ser forte o suficiente
para aguentar o impacto dos carros em velocidade máxima.

4.2.4.4.2 Unidades de usuários

As minimotos devem ser projetadas de modo a minimizar ao máximo os riscos de capotagem.

As minimotos devem ter para-choques adequados, que se projetem a até 10 cm além da parte mais
extrema do veículo. Os para-choques de todos os veículos utilizados durante uma mesma operação
devem estar na mesma altura entre eles e também da borda do peitoril ou da barreira.

Deve-se prestar atenção especial para que seja assegurada a estabilidade da moto, durante seu movi-
mento e em casos de impacto.

Devem-se tomar precauções especiais para garantir uma proteção e acomodamento seguros aos
usuários.

A sela deve possuir um apoio estofado para as costas e uma grade adequada ou equivalente. Um
apoio para os pés deve estar presente para proteger as pernas dos usuários contra impactos e para
impedir que os usuários caiam.

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4.2.4.4.3 Contenção

Não há requisitos especiais.

4.2.4.4.4 Informações gerais

A velocidade das minimotos não pode exceder 3,5 km/h.

4.2.4.5 Barcos

4.2.4.5.1 Geral
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Esportes aquáticos e transporte público não fazem parte desta Norma.

4.2.4.5.2 Sistemas de delimitação de área e entradas e saídas

Nas laterais do caminho d’água deve haver uma entrada de no mínimo 0,5 m de largura.

As áreas para embarque e desembarque devem ser claramente identificadas e facilitar a entrada
e saída dos barcos.

4.2.4.5.3 Unidades de usuários

Ver os requisitos de 4.1.6.

4.2.4.5.4 Contenção

Ver os requisitos gerais de 4.1.6.2.

4.2.4.5.5 Informações gerais

A profundidade das águas não pode ser maior do que o necessário tecnologicamente. Nos lugares
cuja profundidade seja maior do que 0,7 m, medidas de segurança adequadas devem ser tomadas
para impedir que os usuários se afoguem em caso de entrar água no barco ou de sua capotagem.

Nos equipamentos cujos barcos sejam operados eletricamente em um canal com apenas uma dire-
ção, a velocidade não pode exceder 15 km/h. Nos lugares onde o barco opera livremente, a velocidade
não pode ultrapassar 8 km/h.

O número de barcos que podem ser operados de uma só vez depende da área com água disponível,
para assegurar uma operação segura. Deve haver no mínimo as seguintes áreas:

— 15 m2/barco com velocidade máxima de 8 km/h;

— 30 m2/barco com velocidade máxima maior do que 8 km/h.

Os barcos movidos a motores de combustão interna devem ter uma bandeja embaixo do motor e dos
tubos de combustível. O motor deve estar posicionado de modo a não resultar em nenhum perigo em
caso de fogo.

Em caso de emergência, deve haver meios para que todos os barcos sejam recuperados.

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4.2.4.6 Equipamentos que espirram água

4.2.4.6.1 Sistemas de delimitação de área de entradas e saídas

Durante o embarque e desembarque dos usuários, a velocidade relativa entre o barco e a plataforma
de acesso não pode exceder 0,5 m/s.

A distância mínima entre a parede do barco e a parede do canal deve ser de 0,12 m, em condições
normais de flutuação (ver Figura 37). Nas áreas de embarque e desembarque, distância entre a parede
do barco e as plataformas deve ser reduzida para 0,05 m. Devem ser considerados os possíveis
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afastamentos.

Dimensões em milímetros
≥120

Figura 37 – Distância mínima das paredes do canal

4.2.4.6.2 Unidades de usuários

O barco deve possuir corrimãos e apoios para os pés adequados, para permitir que os usuários se
protejam contra as forças durante a desaceleração do barco.

Alguns pedaços devem ser estofados para proteger os usuários do banco da frente, caso eles possam
ser jogados contra o painel frontal.

A estrutura para a altura do assento é mostrada na Figura 38.

Dimensões em milímetros
≥ 400

≥ 300

Figura 38 – Alturas mínimas e máximas da plataforma e da parede lateral

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4.2.4.6.3 Contenção

Dispositivos de contenção não são necessários em equipamentos que espirram água se a desacelera-
ção longitudinal média não exceder 0,7 g, a inclinação da queda não ultrapassar 35° e se a aceleração
da cabeça aos pés for maior do que + 0,2 g em todos os lugares. O diagrama de restrição (ver Figura 23)
não precisa ser aplicado nesse caso.

4.2.4.6.4 Informações gerais

Sistemas de proteção à prova de falhas devem estar presentes nos lugares em que, por causa da
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velocidade, a colisão entre os barcos possa causar ferimentos.

Consequentemente, métodos para separar os barcos nos elevadores ou em zonas anteriores às incli-
nações são necessários, e a zona de inclinação deve ser considerada zona de bloqueio.

São necessários métodos à prova de falha que previnam que qualquer barco entre na zona de bloqueio,
caso não haja a quantidade de água necessária para provocar sua desaceleração, após a queda.

Para requisitos gerais em sistemas de zonas de bloqueio, ver 4.2.3.5.1 e 4.2.3.5.2. Para sistemas de
controle nas zonas de bloqueio, ver Anexo H.

4.2.4.7 Tobogãs, escorregadores etc.

4.2.4.7.1 Geral

Os requisitos a seguir, além daqueles apresentados nas Normas Brasileiras para equipamentos em
playgrounds, devem ser considerados.

4.2.4.7.2 Sistemas de delimitação de área e entradas e saídas

Onde os usuários puderem andar nas áreas próximas ao escorregador ou nas áreas ao final do escor-
regador, os sistemas de delimitação de área devem estar no mínimo de acordo com os requisitos da
Tabela H.1. As aberturas de entrada e as zonas no final do escorregador devem estar de acordo com
os requisitos de K2, para prevenir o esmagamento de usuários. As aberturas para a saída devem estar
de acordo com os requisitos de K1.

4.2.4.7.3 Unidades de usuários

Equipamentos (sacos, tapetes, sleds etc.) devem ser disponibilizados aos usuários para que eles pos-
sam sentar durante a descida, nos lugares em que for necessária proteção adicional contra queimaduras.

4.2.4.7.4 Contenção

Não são necessários requisitos especiais.

4.2.4.7.5 Informações gerais

As calhas devem ser lisas em todo o seu percurso. Sobreposição é permitida apenas na direção do
escorregador. As paredes laterais das calhas individuais devem ter no mínimo 0,45 m de altura com
quinas bem arredondadas.

O final do escorregador deve ser projetado de tal modo que o usuário consiga terminar o trajeto sem
auxílio.

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A configuração longitudinal da calha deve evitar velocidades excessivas e considerar a aceleração


imposta sobre o usuário, além da distância necessária para que o usuário consiga parar. O risco de
o usuário ser erguido da superfície deve ser reduzido ao mínimo.

Nos casos de escorregadores coletivos, a divisão interna entre as calhas deve ser maior do que 0,10 m.

4.2.5 Shows, estandes de vendas e jogos, labirintos, casa de espelhos, casa de diversões,
martelos, pesca e similares

4.2.5.1 Casa de diversões, casa de espelhos


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4.2.5.1.1 Casas de diversões

Os equipamentos nos quais os usuários possam escalar devem estar posicionados de forma a consi-
derar esse tipo de risco. Onde for possível prever quedas, como, por exemplo, de grades ou paredes
de escalada, devem ser providenciados equipamentos de aventura apropriados e uma superfície de
absorção de impacto adequada sobre uma área suficiente, além de eliminar qualquer parte da estru-
tura que ofereça algum risco de provocar ferimentos.

Nos equipamentos em que a queda faça parte do projeto, como, por exemplo, com escadas de corda
inclinadas, especialmente com dobradiças móveis, é necessário um material para absorção de impacto
de alta eficiência, como espuma, borracha ou colchões infláveis.

As superfícies devem ser lisas, sem farpas e cobertas de areia, se forem de madeira, para minimizar
o risco de ferimentos. Deve-se escolher o material mais apropriado para evitar superfícies perigosas,
como, por exemplo, evitar matérias que possam gerar farpas, especialmente quando o corpo puder
ter contato direto com o material, como em escorregadores ou nas junções entre os escorregadores.

Todos os pregos, parafusos e conectores pontudos devem ficar afundados ou protegidos. Os grampos
que seguram sacos de pancada, cordas para escalada e redes devem estar protegidos.

Não é permitido que objetos afiados ou pontos de esmagamento fiquem expostos. Superfícies lisas
devem estar presentes sempre que possível.

Alguns mecanismos giratórios, elétricos ou não, devem estar regulados para que não excedam a ve-
locidade máxima permitida. Eles devem ter superfícies lisas e um material adequado para absorver
impactos no ponto de deslocamento máximo, como, por exemplo, em gaiolas e rodas que giram hori-
zontalmente, assim como rodas com eixos inclinados.

Nos lugares em que os usuários deixam de ficar em pé para sentarem-se de modo a descer por um
tubo ou escorregador, alças de apoio ou plataformas devem ser instaladas em posições adequadas,
de modo a não permitir a possibilidade de qualquer ferimento. Devem ser instaladas plataformas de
embarque, se o dispositivo for destinado apenas às crianças, com dimensões mínimas compatíveis
com as necessidades do equipamento, fluxo de usuários etc.

Todas as partes motorizadas dos equipamentos devem ser analisadas para que não ocorram esmaga-
mentos. São necessários dispositivos de parada de emergência e supervisão do operador. Os riscos
nas transições ao mover-se para superfícies paradas devem ser minimizados usando, por exemplo,
técnicas de pente.

Os equipamentos que não possuírem motores, como passarelas, passagens em camadas múltiplas,
pirâmides e superfícies que sobem e descem com molas para retornar ao equilíbrio, devem possuir
suportes adicionais, como barras paralelas, para que os participantes se apoiem. Eles devem possuir

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proteções adicionais para que uma pessoa não consiga cair em aberturas no chão, de escadas
ou embaixo de trilhos. Qualquer objeto que leve os usuários a tropeçarem deve ser eliminado,
principalmente nos equipamentos cujo movimento depende da carga do usuário.

Equipamentos como plataformas que balançam, gangorras etc. devem estar protegidos (cercas, deli-
mitação de área) para prevenir o acesso às áreas ocupadas durante seu funcionamento. O abuso de
tais medidas deve ser considerado. Pode ser necessário limitar o arco de deslocamento, assim como
o estofamento das pontas.

Trampolins e outros equipamentos de pulo devem ser colocados em lugares onde as áreas ao redor
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não ofereçam riscos de ferimentos.

Equipamentos com plataformas articuladas, incluindo as que operam a partir do peso dos usuários,
requerem atenção especial aos espaços entre as partes móveis e as paredes, considerando a segu-
rança de uma pessoa caída, especialmente uma criança.

É necessário considerar o risco de sufocamento, especialmente de crianças pequenas que podem


ficar presas nos equipamentos infláveis, como a beira do chão e a parede.

Piscina de bolinhas e outros equipamentos similares nos quais uma criança pode ficar enterrada pre-
cisam de atenção especial para evitar ferimentos. Deve haver supervisão quando houver uma criança
no equipamento.

Os avisos de segurança devem indicar claramente a necessidade do uso de calçados em passarelas,


pontes, caminhos de pedras e patins para evitar ferimentos com farpas etc.

Os avisos de segurança devem indicar claramente os equipamentos nos quais calçados são proibidos,
como escorregadores, tubos etc., já que os calçados podem machucar outros usuários.

Um elemento essencial do aproveitamento seguro das casas de diversão é uma supervisão adequada.
Os supervisores devem tomar ações imediatas para evitar ferimentos, como, por exemplo, parando
o equipamento. Ele deve controlar comportamentos perigosos e avisar os usuários cujas ações não
são seguras. A supervisão pode contar ainda com circuitos de televisão ou espelhos. Os pontos de
observação devem estar posicionados em lugares adequados, resultando em uma visão geral das
atividades no equipamento.

4.2.5.1.2 Casa de espelhos

Não são permitidos degraus na casa de espelhos.

Os painéis de vidro devem ser feitos com vidros de segurança.

Itens com projeção ou pontiagudos não são permitidos. Deve haver superfícies lisas onde for possível.
Para outros requisitos, ver 4.2.5.1.1.

4.2.5.2 Estandes de vendas e de jogos

Um estande cuja área da superfície ocupe mais do que 50 m2 deve ter ao menos duas saídas diferen-
tes de ao menos 1,0 m de largura. Para uma área maior do que 100 m2, são necessárias no mínimo
duas saídas opostas.

Os equipamentos de “jogue a bola” e similares devem ter redes ou paredes de proteção suficiente-
mente fortes para proteger o público de ferimentos durante a operação. A posição do operador deve
estar protegida do mesmo modo.

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4.2.5.3 Martelo, “toque o sino” e instalações semelhantes

A instalação deve estar ancorada com segurança no chão (ver 3.5).

O ponto de impacto (bigorna etc.) deve estar fixo de modo que impossibilite que ele se solte.

Todo o equipamento deve ter uma cerca perimetral. A distância segura a partir da bigorna deve estar
de acordo com 4.1.4.2.2 (distâncias seguras gerais). Os espectadores devem ficar a uma distância
mínima de 3 m da bigorna, para evitar o perigo do balanço do martelo.

Nos lugares em que são utilizados dispositivos de explosão, é necessária uma proteção ao redor do
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ponto de impacto contra farpas e fragmentos.

4.2.6 Arquibancadas temporárias, picadeiros etc.

4.2.6.1 Arquibancadas temporárias

Em arquibancadas temporárias ao ar livre com um corredor no final na fileira de assentos, o número


de assentos não pode ser maior do que 16. Quando houver um corredor em ambos os lados da fileira,
o número não pode passar de 32. Quando a diferença de altura entre as fileiras for maior do que
0,32 m, são permitidos 11 e 22 lugares, respectivamente.

As rotas de emergência devem ter uma largura mínima de 1 m para cada 450 pessoas ao ar livre e
1 m para cada 150 pessoas em tendas. Em ambos os casos, a largura mínima é de 1 m. O corredor
de cada fileira deve estar nivelado com o degrau correspondente.

Onde não houver lugares para sentar, a largura mínima por pessoa deve ser de 0,50 m e a profundidade
máxima da fileira de 0,45 m. O número de pessoas (por exemplo, para a largura das saídas) neste
caso deve ser calculado de acordo com a área disponível.

O piso das arquibancadas deve estar firmemente preso à estrutura de sustentação, para prevenir
escorregões (ver 3.5).

Nos lugares com acesso debaixo das arquibancadas, é necessária uma proteção contra objetos que
possam cair.

O projeto da estrutura deve prevenir o acúmulo de sujeira.

Os assentos devem ter no mínimo 0,44 m de largura, estando fixos na estrutura. Os assentos de cada
fileira devem estar presos uns aos outros ou ao chão. A distância mínima entre as fileiras deve ser
de 0,45 m.

4.2.6.2 Picadeiros

O picadeiro em tendas de circos deve estar separado da área com os assentos por uma barreira sólida
com no mínimo 0,40 m de altura. Em circos, ao contrário de 4.1.5.2, o número de pessoas admissíveis
deve ser baseado no número de assentos (por exemplo, nas arquibancadas).

4.2.7 Tiro ao alvo

4.2.7.1 Sistema de delimitação de área e aberturas de entrada e saída

As galerias de tiro ao alvo devem ser fechadas nos lados e na parte superior, assim como na direção
dos disparos. Deve-se tomar cuidado ao projetar a estrutura para que ninguém fique ferido como
resultado de um tiro desviado.

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A parede de trás da galeria deve ser vertical e feita de aço com no mínimo 1,5 mm de espessura.

As paredes laterais e superiores da galeria devem ser feitas de um material que consiga manter as
balas dentro da galeria.

As placas de aço devem ser fixadas com firmeza, sem mostrar sinal de que é possível movê-las
para frente ou para trás; parafusos e pregos com cabeças arredondadas não podem ser usados.
As cabeças dos parafusos e pregos utilizados na fixação da cobertura de aço devem ser chanfradas.
Havendo qualquer ângulo nas placas, não é permitido utilizar os parafusos apontando para aqueles
que estão atirando.
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Para cada atirador, deve haver uma largura de ao menos 80 cm. Não são necessários outros tipos de
delimitação de área se as cabines estiverem de acordo com os requisitos mencionados anteriormente.

Qualquer porta de entrada e saída nas paredes laterais deve ser projetada com travas com os mesmos
requisitos das portas e das paredes laterais. O ângulo máximo de abertura deve ser de 90°.

4.2.7.2 Informações gerais

A iluminação deve ser devidamente protegida contra balas ricocheteadas.

Se houver algum dispositivo para fixar os alvos na parede posterior, deve haver um modo de impedir
que as balas ricocheteiem (como, por exemplo, camadas suspensas de lã, sarja ou juto).

No entanto, se os alvos estiverem fixados diretamente na parede ou se por alguma outra razão não for
possível suspender algum material entre o alvo e a parede, a parede deve ser construída de tal maneira
a evitar qualquer ricochete das balas (por exemplo, utilizando folhas grossas de aço estofadas).

Qualquer objeto suspenso como decoração entre o lugar de tiro e o alvo deve ser projetado e instalado
de modo a não resultar em ricochetes; eles devem estar a no mínimo 2,5 m do lado da cabine de tiro
virado para o atirador.

4.2.7.3 Armas

Somente os seguintes tipos de armas, que não são nem semiautomáticas ou totalmente automáticas,
devem ser usadas:

— Armas com calibre de até 5,5 mm, cuja energia na saída seja inferior a 7,5 Nm. O gatilho não
pode possuir molas em espiral e deve ser projetado de modo que a arma não dispare em caso de
impacto ou vibração. Nos casos em que as armas não precisam ser recarregadas manualmente
entre cada tiro, deve haver um dispositivo para que o operador interrompa seu uso.

— Rifles projetados para uso interno que utilizam cartuchos encapsulados de até 4,5 mm.

— Pistolas e outras armas com comprimento de até 60 cm podem ser usadas apenas quando res-
tringidas a alguns campos de fogo.

— Bestas cujas flechas possuam uma energia cinética de no máximo 2 Nm.

As armas podem estar sujeitas às leis nacionais.

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4.2.7.4 Munição

Somente as seguintes munições são permitidas:

— bala comercial de cabeça macia, bala redonda ou chumbinho tipo diabolo;

— cartucho de 4,5 mm encapsulado com uma carga média como sendo a máxima;

— munição de rifle de pressão;

— flechas com penas para as bestas.


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As munições podem estar sujeitas à legislação.

4.2.7.5 Alvos

Nos estandes com câmera e flash para fotos durante o tiro, os equipamentos devem ser colocados
de modo que não possam estourar e que os fragmentos não consigam ricochetear.

Os alvos devem estar a uma distância mínima de 2,8 m quando forem utilizadas armas de ar comprimido
e 5,5 mm com munição real.

Os encaixes para tubos para a inserção de flores ou similares devem ser montados de modo que a
superfície horizontal superior esteja na horizontal ou inclinada para trás. O lado vertical da frente deve
ser inclinado em um ângulo mínimo de 20° entre a vertical e a parte de trás e, quando o encaixe não
for feito de aço, deve ser coberto com uma camada de aço de 2 mm no mínimo. Os suportes devem
estar dispostos de modo que, caso sejam atingidos por um tiro, não haja vibrações.

Os encaixes para os alvos e o indicador de acerto devem ser projetados e instalados de modo que
possam ser acionados apenas na cabine de tiro. Os suportes dos alvos devem ser devidamente pro-
tegidos dos tiros. O funil deve ser projetado de modo que, caso seja acertado por um tiro, este não
ricocheteie em nenhuma direção, mesmo se atingir em ângulo. Os discos e outros alvos móveis devem
ser projetados e fabricados de modo que os tiros não sejam ricocheteados, mesmo se atingirem em
ângulo. Os alvos para as flechas de pena devem ser feitos de madeira sem nós ou de outro material
com efeito equivalente.

Os estandes de tiro que utilizam flechas de pena, assim como armas com munição leve, devem ter
as áreas de tiro separadas por paredes.

4.3 Sistemas mecânicos

4.3.1 Dispositivos hidráulicos e pneumáticos

4.3.1.1 Requisitos gerais

A segurança adequada dos equipamentos hidráulicos e pneumáticos deve ser demonstrada através
de desenhos da construção, cálculos, diagrama do circuito relevante e uma descrição funcional do
equipamento.

Em caso de falha, os dispositivos devem assumir uma posição de segurança. O sistema deve parar
assim que a primeira falha for detectada.

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4.3.1.2 Projeto

Para absorver os golpes de aríete, cilindros e as partes associadas ao encanamento, assim como
os encaixes, sujeitos à pressão, devem ser projetados para suportar o dobro da pressão máxima de
operação em equipamentos hidráulicos e 1,5 vez a pressão máxima em equipamentos pneumáticos
sem sofrer danos graves. Materiais frágeis não podem ser usados em cilindros ou junções. Para
suportar o golpe de aríete, os cilindros devem ser instalados de modo que fiquem sujeitos apenas às
forças axiais.

4.3.1.3 Limites de posição


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Devem-se tomar medidas para prevenir que os golpes de aríete escapem dos cilindros.

4.3.1.4 Encanamento

O encanamento deve ser instalado de modo a eliminar qualquer esforço indevido. Deve-se prestar
atenção nas junções, cotovelos e encaixes, além de qualquer seção sujeita a vibrações.

A instalação do encanamento deve ser feita de modo que possibilite sua inspeção ao longo de toda a
sua extensão.

4.3.1.5 Mangueiras

As mangueiras de pressão devem aguentar cinco vezes a máxima pressão permissível na operação.
As mangueiras hidráulicas devem ser adequadas ao tipo de fluido utilizado no sistema.

As mangueiras devem ser instaladas de modo a evitar dobras fechadas e atrito, ou que a mangueira
fique enroscada devido às partes móveis do equipamento. O fabricante deve especificar a periodici-
dade da troca das mangueiras.

4.3.1.6 Reservatório

Os reservatórios para fluidos hidráulicos devem ser construções rígidas com ventilação adequada.
O revestimento do reservatório deve suportar as características químicas e a variação de temperatura
do fluido.

Um filtro de ar, outro de fluido e um indicador de nível devem estar presentes. O reservatório, durante
operação normal, deve ter no mínimo 10 % a mais do que a capacidade necessária para um forneci-
mento ininterrupto para a bomba. Um letreiro mostrando o tipo correto do fluido deve ser visto clara-
mente no sistema.

4.3.1.7 Ventilação

Os circuitos hidráulicos devem possuir um sistema de descarga para permitir a liberação do ar.

4.3.1.8 Limites de pressão

O sistema hidráulico ou pneumático deve ter uma válvula de alívio entre a bomba e a válvula antirretorno.
A válvula de alívio deve suportar mais do que 10 % (pneumático) ou 20 % (hidráulico) da pressão
máxima normal de operação, mas ainda sim maior do que a pressão necessária para prevenir que
a válvula estoure durante operação normal. A estabilidade dos cilindros deve ser calculada usando
1,4 vez a carga de operação. Deve ser feito um cálculo de fadiga para os cilindros.

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4.3.1.9 Falha de segurança

Se devido à falha de encanamentos ou mangueiras uma situação perigosa acontecer, uma válvula de
não retorno, uma válvula de controle de fluxo ou uma válvula “quebra de cano” pode ser encaixada
diretamente ao cilindro.

4.3.1.10 Inspeção

Deve haver no sistema hidráulico um medidor de pressão para facilitar a inspeção da pressão de ope-
ração, além de uma válvula para liberar a pressão.
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4.3.1.11 Descida

Em caso de falha ou mau funcionamento do sistema hidráulico ou pneumático, a velocidade máxima


de descida de qualquer equipamento que carregue usuários não pode exceder 0,5 m/s, a menos que
dispositivos de absorção de choque sejam instalados para prevenir choques indevidos.

4.3.1.12 Proteção

Todas as válvulas devem ser protegidas contra qualquer restauração não autorizada.

4.3.1.13 Emergência

Onde necessário, um sistema manual de emergência deve ser instalado, para facilitar o acesso aos
usuários em caso de falta de energia.

4.3.1.14 Limpeza

Todos os filtros devem ter um grau suficiente de filtragem e devem ser instalados no lado pressurizado
da bomba. A instalação de um filtro no encanamento que retorna ao reservatório deve ser evitada,
quando uma posição de segurança do sistema depender de um fluxo ininterrupto para dentro do
reservatório. Todos os fluidos devem ser filtrados quando adentram o sistema. Cada sistema operante
deve ter uma limpeza condizente com os componentes utilizados.

4.3.2 Equipamentos de subida e descida sendo parte integral de um equipamento de diversão

Estes elevadores são parte integral de equipamentos de diversão e não podem ser usados para
levantamentos em geral.

4.3.2.1 Elevadores

4.3.2.1.1 Freio dos elevadores

Os dispositivos utilizados como elevadores (cordas e correntes) devem possuir freios ou outros dispo-
sitivos semelhantes, capazes de parar o movimento do equipamento e de sua carga com segurança
e mantê-los parados.

Os freios devem ser acionados automaticamente se houver queda de energia.

O dispositivo do elevador deve ser instalado de tal modo que a conexão entre o freio e a engrenagem
não quebre.

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4.3.2.1.2 Limitações do movimento de subida e descida

Para prevenir o mau funcionamento do sistema de controle, deve haver dispositivos de acordo com
Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, de acordo com Normas Internacionais, além de ter:

— chaves preliminares para iniciar uma parada controlada na subida ou na descida;

— chaves de limite operacional que impeçam que o equipamento vá para a direção errada nos limi-
tes do movimento;
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— chaves de limites máximos com atuação mecânica direta, que desconectam a principal alimenta-
ção do elevador. Os atuadores dessas chaves devem ser independentes das outras chaves;

— freios mecânicos nos limites superior e inferior.

4.3.2.1.3 Proteção contra sobrecarga

Caso haja perigo devido à sobrecarga, os equipamentos devem possuir um sistema de proteção apro-
priado para sobrecargas. Ele não é aplicado em casos nos quais o número de pessoas é limitado ou
fixo pelo número de assentos ou poltronas.

4.3.2.1.4 Sistema de proteção contra cabos de aço ou correntes frouxas

O equipamento deve possuir um sistema de detecção de cabos de aço ou correntes frouxas que,
quando iniciado, corta todos os movimentos operacionais, com exceção das elevações a velocidades
muito baixas.

4.3.2.1.5 Sistema de segurança

As máquinas com elevadores que levam pessoa(s) e que são erguidos a mais do que 1,5 m devem
estar equipadas com um sistema de segurança.

A engrenagem de segurança deve operar, através de um controlador de velocidades altas, a uma


velocidade menor do que 1,4 vez a velocidade calculada.

Onde houver mais do que um sistema de segurança, seus atuadores devem ser conectados mecani-
camente para assegurar que eles operem simultaneamente.

A operação do sistema de segurança deve interromper a alimentação dos dispositivos de elevação.

Caso o cabo de aço ou corrente que trabalha velocidades muito altas se rompa ou fique frouxo, a ali-
mentação do dispositivo de elevação deve ser cortada.

Para os dispositivos de elevação que utilizam parafusos do tipo fuso, cremalheiras e pinhões ou dispo-
sitivos hidráulicos, deve haver um sistema de segurança equivalente.

4.3.2.1.6 Elementos de suspensão

Os elevadores que utilizam cabos de aço ou correntes devem ser dimensionados em função do espec-
tro da carga e da classe de operação. A razão entre a carga mínima de rompimento de um cabo de aço
ou corrente e a força máxima no cabo de aço ou corrente deve ser no mínimo seis para as unidades
que transportam usuários e no mínimo cinco para outras unidades.

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Se um cálculo detalhado de fadiga for feito considerando os parâmetros reais do cabo de aço/corrente
e for alcançado um fator de segurança contra o período de descarte mínimo sendo de um ano, o fator
de segurança do parágrafo anterior não precisa ser considerado. A aplicação deste método requer
uma inspeção visual e não destrutiva como determinada no cálculo da vida útil.

Todos os cabos de aço ou correntes de uma mesma unidade devem ter o mesmo tamanho, qualidade
e construção.

A força de tração dos fios dos cabos de aço de suspensão não pode ser menor do que a força nominal
de 1 570 N/mm2.
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Os tambores dos cabos de aço devem possuir ranhuras. Pelo menos duas voltas do cabo de aço ainda
devem estar no tambor quando o elevador estiver na posição mais baixa.

A razão entre o diâmetro de polias e tambores medido a partir da linha central do cabo de aço e o diâ-
metro nominal de um cabo de aço é expressa como (D/d).

Os padrões existentes para cabos de aço de fios devem ser considerados apenas se as condições de
aplicação forem válidas para a aplicação em questão. Para todos os outros casos, deve ser feito o cál-
culo da fadiga para justificar (D/d), levando em consideração fatores como: velocidade do cabo de aço,
tipo de cabo de aço, desempenho, dinâmica, banda no espectro de força e número de ciclos de carga.

(D/d) pode ser determinada para os seguintes casos:

Categoria A: elevadores em que usuários e pessoas não ficam expostos;

Categoria B: elevadores com usuários, com velocidade ν ≤ 1 m/s e altura de elevação menor que 2 m;

Categoria C: elevadores em que usuários e pessoas ficam expostos, com velocidade ν ≥ 1 m/s ou
altura de elevação maior do que 2 m.

Para as categorias A e B, (D/d) deve ser calculada considerando padrões adequados e os parâmetros
relevantes.

Para a categoria C deve-se fazer um cálculo detalhado da fadiga e uma razão (D/d) maior do que 30
deve ser considerada.

A tensão de vários cabos de aço ou correntes fixas em um mesmo ponto de suspensão deve ser
equalizada.

Apenas correntes do tipo folha ou tipo rolo podem ser usadas na suspensão.

Roldanas com cabo de aço, rodas de corrente ou rodas dentadas devem oferecer proteção para impe-
dir que os cabos ou correntes saiam dos sulcos.

As extremidades do cabo ou da corrente devem ter uma resistência de rompimento mínima de pelo
menos 80 % da resistência do cabo ou da corrente.

4.3.2.1.7 Geradores hidráulicos

Para estes tipos de unidades de elevação, ver 4.3.1. As unidades de elevação devem ter um projeto
para que, no caso de vazamentos, não ocorra nenhuma situação perigosa.

Para unidades de içamento operadas por cilindros, as válvulas devem ser encaixadas de modo a
impedir o abaixamento descontrolado no caso de falhas na mangueira ou no cano.

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4.3.2.1.8 Chave de parafuso automática

Para avaliar a tensão em porcas e parafusos, deve ser realizado um cálculo de fadiga e estática nos
materiais usados, de acordo com 3.6.

O mecanismo de chave de parafuso automática deve ser de tal forma que impeça a separação do
assento do mecanismo durante uso normal.

Cada parafuso deve ter uma porca de segurança de material e tamanho equivalentes. A porca de
segurança só deve ser utilizada se o parafuso sob pressão falhar. Não pode ser possível erguer o
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assento de sua posição de acesso quando a porca de segurança estiver sob o efeito de alguma carga.
O parafuso deve possuir uma resistência ao desgaste maior que a porca.

A inspeção do desgaste dos parafusos sob pressão deve ser feita sem que haja necessidade de gran-
des desmontagens.

Dispositivos devem estar presentes nas extremidades do parafuso para impedir que os parafusos sob
pressão e porcas de segurança ultrapassem a extremidade.

4.3.2.1.9 Engrenagem de cremalheira

Para avaliar a tensão na engrenagem de cremalheira, deve ser realizado um cálculo de fadiga e está-
tica nos materiais usados, de acordo com 3.6.

Qualquer tipo de pinhão deve estar conectado ao trilho com no mínimo 2/3 da largura do dente e 1/3
da profundidade do dente.

A inspeção visual dos pinhões deve ser possível sem que seja necessária a remoção dos pinhões ou
grandes desmontagens.

4.4 Montagem e fornecimento

4.4.1 Geral

O fabricante deve assegurar que todos os requisitos do projeto estejam presentes no equipamento já
montado e que a qualidade da construção atenda às especificações do projeto. Uma pessoa capaci-
tada deve confirmar tudo.

4.4.2 Montagem

4.4.2.1 Equipe

O fabricante deve assegurar que as pessoas selecionadas para a montagem do equipamento sejam
capacitadas para toda a montagem e que os soldadores sejam qualificados e aceitos, de acordo com
Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, de acordo com Normas Internacionais. Qualquer
montagem, modificação, ajuste ou alteração de partes deve ser feita por pessoas com experiências
apropriadas.

4.4.2.2 Terceirização e fornecimento

Qualquer tipo de material, partes ou componentes de segurança devem ser feitos de acordo com as
especificações do projeto e com os requisitos das Normas Brasileiras, quando aplicáveis. Tais partes
devem ser marcadas claramente pelo fabricante, terceiros e fornecedores, para assegurar que sejam
identificadas.

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4.4.2.3 Qualidade

4.4.2.3.1 Geral

Somente pessoas capacitadas devem fazer parte da equipe de montagem de equipamentos de


diversão. Deve-se prestar atenção principalmente na inspeção dos componentes e dos materiais,
incluindo consumíveis, produzidos tanto internamente quanto por terceiros. Quando o resumo do
projeto ou suas especificações (ver 4.5.2 e 3.4) indicar que certas partes são críticas para a segurança
e que necessitam de certos ensaios, o fabricante deve assegurar que haja a possibilidade de realizar
ensaio para aprovação inicial. Métodos de ensaio não destrutivos (END) são necessários para certos
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aspectos da montagem. O fabricante deve alcançar os níveis de qualidade especificados para cada
componente do equipamento e determinar o padrão de montagem para alcançá-los, de acordo com
as especificações do projeto.

4.4.2.3.2 Requisitos mínimos

Como requisitos mínimos, Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, normas internacional-
mente aceitas devem ser aplicadas para os seguintes diferentes processos:

— teste ultrassônico de produtos de chapas de aço com espessura maior ou igual a 6 mm (método
da reflexão), partícula magnética e líquido penetrante;

— produtos de aço com propriedades de deformação melhoradas perpendiculares à superfície do


produto; condições técnicas de entrega;

— produtos metálicos – documentos de tipo de inspeção.

4.4.2.3.3 Certificados

São necessários certificados de materiais e componentes de acordo com Normas Brasileiras exis-
tentes ou, na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas para ao menos os
seguintes itens:

— aço para membros sob efeitos de cargas;

— componentes mecânicos padrões, se não houver nenhum método geral ou acordado de cálculo.

Mangueiras hidráulicas ou pneumáticas, cilindros, ganchos, grilhões, travas de rolamento ou outros


acessórios devem ser aceitos, se marcados pelo fabricante, de acordo com Normas Brasileiras exis-
tentes ou, na sua ausência, de acordo com normas internacionalmente aceitas.

Os vasos sob pressão devem estar de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua au-
sência, de acordo com normas internacionalmente aceitas. Qualquer outro requisito deve estar de
acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, de acordo com normas internacio-
nalmente aceitas.

Cabos de aço, correntes etc. devem ser fornecidos com certificados mostrando o mínimo de ruptura
(máximo de carga), seu tipo e tamanho.

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4.4.2.4 Processo de montagem

4.4.2.4.1 Geral

Os montadores não podem se desviar dos requisitos especificados pelo projetista ou pelo pessoal
de inspeção. Caso haja dificuldades na montagem devido a circunstâncias não previstas pelo proje-
tista, o montador não pode fazer nenhuma modificação sem antes consultar e obter a permissão do
projetista ou do pessoal de inspeção.

4.4.2.4.2 Durabilidade
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O projetista deve especificar o método de proteção ou a frequência das inspeções. Todos os compo-
nentes devem estar protegidos contra degradação causada por ferrugem e apodrecimento utilizando
métodos aprovados (para o aço, ver todas as partes da ISO 12944). As estruturas de aço que forem
ocas devem estar protegidas contra corrosão interna.

4.4.2.4.3 Soldagem

4.4.2.4.3.1 Geral

O procedimento de soldagem adequado para o material utilizado deve ser aprovado se não estiver
especificado em Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, em normas internacionalmente
aceitas.

4.4.2.4.3.2 Aço

Procedimentos de soldagem devem respeitar as Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência,
normas internacionalmente aceitas, e os soldadores devem ser capacitados.

A soldagem em equipamentos de diversão, especialmente aqueles que sofram fadiga, só pode ser
efetuada por profissionais capacitados para a soldagem de partes que sofrerão fadiga, de acordo com
as Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, normas internacionalmente aceitas.

Soldagens sujeitas a estresses flutuantes, como, por exemplo, condições de fadiga, estão sujeitas à
categoria de qualidade “B” da ISO 5817. Inspeção e aprovação especiais são efetuadas quando uma
mudança no procedimento de soldagem puder afetar as propriedades de estresse e fadiga.

4.4.2.4.3.3 Alumínio

Procedimentos de soldagem devem respeitar as Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência,
normas internacionalmente aceitas, e os soldadores devem ser capacitados.

A soldagem de partes de alumínio em dispositivos de diversão, especialmente aqueles que sofram


fadiga, só pode ser efetuada por fabricantes capacitados para a soldagem de partes que sofrerão
fadiga, de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, normas internacionalmente
aceitas.

4.4.2.4.3.4 Compostos plásticos

Compostos de segurança que suportem cargas críticas (plásticos reforçados com fibras) devem ser
produzidos apenas por fabricantes que tenham as instalações e pessoal para manter a qualidade
necessária.

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Em todos os casos, informações adequadas sobre os plásticos, aditivos e reforços específicos, con-
forme especificados no projeto, e que serão usados na fabricação, devem ser fornecidas. O processo
de fabricação deve ser adequadamente especificado e controlado para garantir a consistência das
propriedades do produto final. Deve ser mantido um registro permanente de todos os dados essenciais
referentes à produção de compostos que suportem cargas, tais como:

— material de reforço, fibras, aditivos e resinas;

— temperatura, umidade, condições ambientais;

— tipo de processo de fabricação, número de camadas, tipos de fibras etc.;


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— amostras do composto de cada material específico, fornecidas para ensaios.

4.4.2.5 Precauções de segurança a serem tomadas pelo fabricante

4.4.2.5.1 Geral

O fabricante de dispositivos de diversão deve incluir todas as medidas de segurança, como proteções
necessárias nas partes perigosas dos maquinários, incluindo unidades de força e transmissão.

A posição do operador deve permitir o controle fácil e seguro do equipamento.

O fabricante deve considerar a necessidade de o operador ter uma visão clara e desobstruída de todas
as áreas de operação. A posição do operador deve permitir o meio de acesso fácil e seguro, além de
ser iluminada de forma adequada.

Todas as partes do equipamento de diversão que necessitem de manutenção e/ou inspeção devem
ser de acesso e posição de trabalho seguros e fáceis.

4.4.2.5.2 Instalações elétricas

As instalações elétricas e seus componentes devem estar de acordo com Normas Brasileiras existen-
tes ou, na sua ausência, com normas internacionalmente aceitas e com o Anexo H.

4.4.3 Suprimentos

4.4.3.1 Manuais

4.4.3.1.1 Geral

Instruções abrangentes sobre montagem, operação e manutenção devem ser fornecidas pelo fabri-
cante. Devem ser fornecidos detalhes e recomendações especiais à equipe de montagem, operação
e manutenção. Estas instruções devem estar escritas na linguagem do usuário e devem ser adiciona-
das aos arquivos. Se o equipamento for revendido, o manual original do fabricante e o livro de regis-
tros (logbook) deve estar disponível ao novo proprietário. Como um mínimo, o manual deve oferecer
as instruções de 4.4.3.1.2 a 4.4.3.1.6.

4.4.3.1.2 Instruções de montagem e desmontagem

Essas instruções compreendem:

— especificação do equipamento especial, ferramentas, materiais ou partes que devem ser usadas
com segurança na montagem ou desmontagem do equipamento de diversão;

— recomendações quanto ao preparo das fundações (se fixado em caráter permanente);

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— sequência de construção para garantir estabilidade;

— procedimentos com macaco hidráulico ou calços para garantir nivelamento, tolerâncias de des-
nivelamento, instruções para calçamento adequado e suas limitações, distribuição de carga
e qualquer lastro necessário;

— métodos corretos para conexão de sistemas elétricos à fonte de energia e métodos para interco-
nectar dispositivos sobressalentes, quando necessário;

— níveis de torque para parafusos e rebites críticos à segurança da estrutura;


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— programas de ensaios e inspeções para assegurar um funcionamento correto;

— detalhes de conexão-terra para proteção contra raios;

— planos do equipamento, mostrando pontos de envase recomendados e detalhes de cargas


máximas que podem ser aplicadas a tais pontos. Todas as preparações de solo também devem
ser mostradas no plano.

4.4.3.1.3 Instruções de operação

Essas instruções compreendem:

— uma explicação detalhada dos controles e suas funções;

— procedimentos recomendados para entrada e saída de usuários e quaisquer limitações necessá-


rias para evitar sobrecarga de estática no equipamento;

— as condições recomendadas com detalhes de limitações para usuários, se houver, limites de


velocidade de operação, o tempo de ciclo e o número máximo de usuários;

— quaisquer limitações para lotação parcial ou assimétrica do equipamento;

— detalhes do sistema de retenção do usuário e orientação sobre seu uso;

— procedimentos de evacuação de emergência, incluindo evacuação após falta de energia;

— quaisquer limitações ambientais, como condições de vento ou chuva, durante as quais o equipa-
mento não pode ser operado.

4.4.3.1.4 Instruções de manutenção

Essas instruções compreendem:

— lista dos componentes que necessitam de lubrificação regular, tipos de lubrificantes apropriados
e frequência de lubrificação;

— explicação detalhada dos controles e suas funções quanto à inspeção e manutenção;

— lista dos componentes que necessitam de substituição regular, indicando a periodicidade da troca,
se possível indicando o tempo de vida em horas de operação;

— lista de componentes que necessitam de inspeção regular, a frequência recomendada de inspe-


ção (se possível expressa em horas de operação) e método de inspeção, como, por exemplo,
visual ou ensaio não destrutivo; componentes com tempo de vida segura limitado devem merecer
indicações mais específicas;

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— lista de ensaios específicos a serem realizados;

— recomendações quanto a ensaios elétricos, que devem incluir o ensaio da resistência de isola-
mento, continuidade de condutor, continuidade de condutor protetor e comprovação da eficácia
dos interruptores de circuito de corrente residual, onde existentes;

— métodos para comprovação da eficácia de circuitos ou controles interligados;

— recomendações quanto à manutenção elétrica;

— procedimentos seguros de isolamento elétrico, de acordo com Normas Brasileiras existentes ou,
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na sua ausência, com normas internacionalmente aceitas.

4.4.3.1.5 Informações especiais

Estas instruções devem incluir:

— recomendação para que as peças não sejam substituídas, a menos que estejam de acordo com
a especificação original. Para qualquer adaptação é necessária aprovação prévia do fabricante;

— condições necessárias para a preparação do equipamento, incluindo o método a ser adotado


para sua inspeção;

— detalhes de manutenção, serviços ou reparos, que podem ser realizados por pessoal capacitado.

4.4.3.1.6 Desenhos e diagramas

Estes itens devem incluir:

— desenho técnico do equipamento mostrando as dimensões principais após a montagem e distân-


cia segura recomendada para o equipamento em movimento;

— diagramas de todos os sistemas de controle (hidráulico, pneumático, elétrico/eletrônico) com sím-


bolos padronizados;

— desenhos das peças intercambiáveis.

4.5 Aprovação inicial, inspeção e aceitação – Procedimentos recomendados


4.5.1 Geral

Uma clara distinção, sem interdependência econômica deve ser feita por profissional capacitado.
Como regra geral, todos os documentos de projeto relevantes, assim como o equipamento de diver-
são completo, devem passar por revisão e inspeção. Os resultados das diversas inspeções devem ser
anotados nos registros.

A: Procedimento de aprovação pré-entrega

A1 Aprovação do projeto

A2 Verificação do projeto e cálculos

A3 Verificação do material do produto fabricado

— procedimentos do fabricante

— montagem dos componentes

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— A4 Teste de aprovação

Grupo de inspeção emite ou nega confirmação de aprovação

B: Inspeções periódicas

B1 Inspeção minuciosa independente

B2 Checagem de área

C: Inspeção após modificações, reparos e acidentes (ver diferentes passos em A)


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Para detalhes adicionais quanto aos diferentes estágios, ver a ABNT NBR 15926-4.

4.5.2 Aprovação inicial dos equipamentos de diversão

4.5.2.1 Geral

A aprovação inicial dos equipamentos de diversão compreende:

— revisão do projeto (ver 4.5.2.2);

— inspeção inicial (ver 4.5.2.3).

NOTA Inspeção de processos de fabricação (ver 4.5.2.3) pode ser efetuada.

4.5.3 Revisão dos documentos de projeto

4.5.3.1 Geral

Os documentos de projeto devem ser revisados, checados e aprovados para:

— estado completo de componentes;

— precisão de todos os detalhes de cálculo;

— precisão de todas as suposições referentes aos valores que servem como base para a análise de
estática;

— consistência com normas, orientações e especificações atuais e quaisquer outros aplicáveis, com
comprovação de sua modernidade.

Para revisão de análise de estresse e fadiga realizada por computador, ver 3.4.1.

Os documentos de projeto referentes a:

— equipamento hidráulico/pneumático;

— equipamento elétrico/eletrônico, incluindo software;

— equipamento mecânico/estrutural

devem ser revisados e aprovados.

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Como um mínimo, os documentos técnicos devem compreender os itens mencionados em 3.1. Para
a verificação na aprovação inicial, os documentos submetidos devem pelo menos conter evidências
dos detalhes mencionados a seguir.

4.5.3.2 Descrição da instalação e procedimentos de operação

A descrição deve

— conter informações sobre a instalação e procedimentos de operação;

— descrever os estágios de instalações complexas e seus processos de operação;


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— indicar o tipo de equipamento de diversão, as principais características de projeto, possíveis ins-


talações variáveis, as principais dimensões e distâncias necessárias; se necessário, as proteções
de perímetro ou cerca, as dimensões de entradas e saídas, os processos de trabalho e operação,
os sistemas de movimento, modos de operação, velocidades, acelerações e possíveis restrições
quanto ao uso do equipamento.

A função do equipamento hidráulico/pneumático e seu efeito combinado com o sistema elétrico deve
estar descrita, a menos que seja evidente no diagrama de conexão.

O diagrama de fiação elétrica ou descrições suplementares devem mostrar claramente:

— tipo de corrente elétrica, voltagem nominal, corrente de carga, tipo e carga do transformador de
voltagem, conversor ou gerador, e iluminação;

— o tipo e método de medidas de segurança para impedir contatos acidentais e/ou indiretos.

Os dispositivos de segurança que entram em operação em situações excepcionais (por exemplo, ilu-
minação de emergência ou medidas que permitam a paralisação segura do equipamento no caso de
falha) e métodos de proteção contra incêndio devem ser claramente indicados ou descritos.

4.5.3.3 Desenhos

Os desenhos estruturais devem mostrar todos os componentes da estrutura e adjacentes, cuja que-
bra ou falha possa colocar em perigo a capacidade de carga, a estabilidade e a operação segura do
equipamento. Os desenhos devem conter todas as indicações necessárias para permitir inspeção
e aprovação, isto é, dimensões, vista lateral, especificação de materiais, partes estruturais e meios de
conexão, velocidades e acelerações. Os desenhos devem ser dos seguintes tipos:

— Desenhos gerais em projeção horizontal, plano vertical e desenhos seccionais, em escala, onde
todos os detalhes possam ser vistos claramente. O espaço para as partes móveis deve ser indicado.

— Desenhos detalhados para todos os componentes estruturais que não possam ser claramente
identificados nos desenhos gerais, para as conexões, e todos os detalhes estruturais, mecânicos
ou elétricos, relevantes à operação segura do dispositivo em escala maior.

4.5.3.4 Análise

A análise de estresse e fadiga de todos os componentes essenciais e críticos relacionados à segu-


rança deve estar disponível e deve compreender pelo menos a análise e o cálculo dos seguintes itens
principais:

— partes estruturais e mecânicas;

— partes hidráulicas e pneumáticas;

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— unidades de potência, rolamentos;

— dispositivos de frenagem e segurança.

4.5.3.5 Processo de inspeção de fabricação

4.5.3.5.1 Descrição

A inspeção de acordo com os requisitos indicados a seguir deve ser realizada durante o processo de
fabricação. Como requisito geral, deve ser confirmada a adequação das partes, componentes e sua
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montagem e efeitos combinados em toda a instalação de acordo com os documentos de projeto apro-
vados. Isso deve ser indicado em relatório, que deve confirmar de forma responsável a adequação dos
materiais empregados e correção da montagem.

4.5.3.5.2 Requisitos de inspeção

A inspeção deve constatar no mínimo:

a) conformidade das dimensões principais, limites de distâncias e dimensões, operação correta das
partes móveis;

b) existência de todos os componentes estruturais indicados nos documentos de construção;

c) respeito às principais dimensões dos componentes estruturais de carga e suas conexões.


Componentes estruturais inacessíveis ou grupos de componentes só devem ser desmontados
quando houver dúvidas quanto às dimensões ou quanto à correção da montagem;

d) respeito ao peso no qual os cálculos são baseados para partes cujo excesso de peso possa ultra-
passar o limite de estresse permissível em conexões ou componentes estruturais ou cuja falta de
peso possa afetar a segurança do equipamento, seja ele de elevação, deslizamento ou inclinação;

e) conformidade em relação à especificação e qualidade do material, como força, durabilidade


e resistência ao fogo;

f) conformidade do equipamento elétrico, eletrônico, hidráulico/pneumático, com diagramas de fiação


e circuito, incluindo software e respeito às Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, às
normas internacionalmente aceitas e regulamentos aplicáveis;

g) inspeção de rolamentos, motores, unidades fechadas de força, unidades de ativação e controle


e componentes similares, que é necessária e limitada somente nos casos em que sua falha possa
representar risco às pessoas.

4.5.3.6 Inspeção e ensaios iniciais independentes

Inspeção e ensaios iniciais devem, em conjunto, ser formulados para demonstrar que o equipamento
de diversão tem um desempenho de acordo com os documentos aprovados. São necessários ensaios
funcionais tanto para os movimentos sem carga como para com carga total. São realizados ensaios
para cargas com desequilíbrio, e os padrões de carga de 3.4.2.1 devem ser usados. Durante o ensaio,
devem ser verificadas as seguintes funções e condições:

a) espaço sobre os usuários e quaisquer partes móveis em relação a outros objetos;

b) funcionamento correto de sistemas de controle sequenciais, forçados e interligados;

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c) velocidades, acelerações e pesos relevantes relacionados à segurança conforme especificações;

d) pressões de funcionamento de sistemas hidráulicos/pneumáticos;

e) funcionamento correto de controles de inclinação, terminais interruptores e outros dispositivos de


controle, bem como proteções contra sobrecarga (por exemplo, válvulas de liberação de pressão);

f) dispositivos de segurança (por exemplo, dispositivos antirretorno para veículos e no trilho);

g) eficiência dos freios e desaceleração aceitável para usuários;


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h) desempenhos operacionais quanto à inclinação ou elevação;

i) operação do equipamento e acelerações e desacelerações em condições normais de funciona-


mento, e em casos de emergência.

4.6 Livro de registro (logbook)

4.6.1 Geral

O livro de registro para cada equipamento de diversão deve identificar o dispositivo e conter um
resumo dos dados técnicos e operacionais, registro de todos os reparos, modificações, inspeções,
ensaios, verificações e seus respectivos relatórios detalhados, incluindo um extrato dos documentos
de projeto, com informações para identificação e inspeção para grupos de inspeção independentes.
O livro de registro deve estar disponível como documento no local de instalação para manutenção,
ensaios, inspeções e verificações. Todos os relatórios de inspeção devem ser anotados.

4.6.2 Conteúdo

O livro de registro deve conter no mínimo os seguintes documentos:

— descrição do projeto e operação do equipamento de diversão;

— desenhos para identificação de dimensões importantes do equipamento;

— marcas de identificação;

— identificação do fabricante;

— lista de proprietários;

— resumo e extrato dos principais dados técnicos e documentação;

— condições e requisitos para operação e uso, por exemplo:

— limites de velocidade;

— limite geral de uso por usuários;

— limite geral de idade e/ou tamanho de usuários;

— velocidade de referência para vento específica para o equipamento (ver 3.3.3.4);

— quaisquer restrições à operação com neve;

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— quaisquer restrições à operação com atividade sísmica;

— quaisquer restrições à operação com chuva e descarga atmosférica;

— outras restrições aplicáveis;

— desenhos e gráficos de montagem, mostrando as dimensões importantes para inspeções e exames;

— resumo (principais resultados e abstratos) da análise de estresse, indicando principais forças,


massas e cargas, quaisquer áreas de estresse importantes etc., para auxiliar nas inspeções;
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— relatórios de inspeção e aprovação e quaisquer outros relatórios;

— diagramas básicos do circuito do conjunto para componentes ou equipamentos elétricos, hidráu-


licos ou pneumáticos;

— diagramas das rotas de fuga e suas dimensões, e instruções especiais em casos de fogo;

— lista de documentos do equipamento de diversão;

— relatórios de inspeções e ensaios regulares;

— relatórios de manutenções efetuadas;

— lista de inspeções com ensaios não destrutivos;

— registro de ocorrências perigosas e acidentes;

— todos os relatórios de inspeção e aprovação, incluindo aqueles referentes às inspeções iniciais


e ensaios de fabricação;

— uma declaração de autorização ou licença de operação (se necessário, de acordo com a


legislação);

— uma extensão da autorização ou licença de operação (se necessário, de acordo com a legislação).

Um exemplo detalhado de um livro de registro é dado no Anexo F.

4.6.3 Dossiê técnico oficial

4.6.3.1 Geral

Para cada equipamento de diversão, deve ser estabelecido um dossiê oficial abrangendo os docu-
mentos de projeto, com informações detalhadas quanto a projeto, cálculos, métodos de construção,
instruções e informações relativas à operação e manutenção, e para a revisão por grupos de inspeção
independentes. O dossiê oficial deve estar disponível para uso como fonte integrante e documentação,
de acordo com os requisitos da legislação. Todos os relatórios de exames e aprovação iniciais devem
estar incluídos no dossiê.

4.6.3.2 Conteúdo

O dossiê técnico oficial deve compreender no mínimo o seguinte:

— descrições de projeto e operação;

— desenhos/plantas, com apresentação das dimensões importantes à segurança de toda a unidade,


em formato e escala adequados e legíveis;

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— desenhos detalhados com as dimensões e materiais de todos os componentes, suas conexões


e partes adjacentes em formato e escala adequados e legíveis;

— análise de estresse, incluindo análise de fadiga, com documentos contendo os cálculos


abrangentes;

— avaliação de risco do equipamento em operação;

— relatórios de inspeção e aprovação, e quaisquer outros exames;


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— todos os diagramas de circuitos para os componentes ou equipamentos elétricos, de controle


e hidráulicos/pneumáticos;

— diagramas das rotas de fuga e suas dimensões, e instruções especiais em casos de fogo;

— todos os certificados para materiais, componentes e classificações de risco de incêndio;

— um manual de operação ou instruções na linguagem do usuário e do fabricante, detalhando mon-


tagem e desmontagem, manutenção, operação e uma lista de todas as peças que exijam substi-
tuição periódica;

— todos os relatórios de ensaios e aprovação iniciais, além de outros exames ou inspeções durante
a fabricação.

4.6.4 Marcas de identificação

Cada equipamento de diversão deve conter uma placa de identificação com as seguintes informações:

a) nome e endereço do fabricante e/ou importador/fornecedor;

b) número do tipo/modelo;

c) número do fabricante;

d) mês e ano de fabricação;

e) data de aprovação inicial;

f) número/peso seguro de pessoas a serem transportadas.

As unidades fechadas devem levar as seguintes marcações:

1) nome e endereço do fabricante/fornecedor/importador;

2) mês e ano de fabricação.

As inspeções periódicas devem ser feitas no máximo semestralmente, conforme legislação vigente, ou
em periodicidade menor por determinação do fabricante. Deve ser gerada documentação adequada
que deve permanecer no prontuário do equipamento.

Em caso de eventos itinerantes, a inspeção deve ser feita a cada instalação.

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Anexo A
(informativo)

Inspeções

A.1 Balanços
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A.1.1 Geral

As especificações a seguir devem ser aplicadas a balanços sem motor.

Os balanços devem ser calculados para uma deflexão máxima de θ = 120° em relação à posição de
repouso. Para balanços para usuários com até 1,30 m, onde a distância entre o fundo da gôndola e
o eixo de suspensão não for maior do que 2 m, o ângulo máximo passa a ser de θ = 90°.

Para balanços que executam giros de 360° (loops), deve ser usada no cálculo a deflexão máxima de
θ = 180°.

Para balanços que executam loops com contrapeso, a massa da gôndola deve ser considerada em
cada caso como sobrecarga de um dos lados, além da massa dos usuários.

Todo o insumo de cargas deve ser multiplicado pelo fator de segurança apropriado como definido
em 3.3.6.2, com exceção dos cálculos envolvendo posições de cabeça para baixo, deslizamentos
e levantamento.

Assumindo que as bases das estruturas estão situadas no mesmo plano horizontal e que o ângulo de
inclinação das estruturas é o mesmo, o método de cálculo simplificado a seguir pode ser adotado para
barcos vikings convencionais.

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G
H

θm
V W
ax

h
. θ α

hw
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D
a-a S

l
Z

Legenda

G carga dos componentes fixos (suportes do balanço, vigas e sustentadores) (o próprio peso da plataforma
pode ser incluído em G apenas se a plataforma estiver presa com firmeza à estrutura e estiver erguida
junto com ela)
Q próprio peso e cargas impostas das partes móveis (conectores, gôndola e usuários)
W carga do vento
S força radial do pêndulo equivalente à gôndola
H componentes horizontais da força radial S
V componentes verticais da força radial S
l vão do balanço
h altura do balanço
hW altura do ponto de ação do vento acima do eixo a-a
α inclinação dos suportes em relação à vertical
θ ângulo de deflexão em relação à vertical
max θ ângulo máximo de deflexão em relação à vertical
D força de compressão no suporte do balanço
Z força de ancoragem
a-a eixo inclinado
r distância radial do pivô do centro de massa de toda a estrutura
k comprimento do pêndulo reduzido do pêndulo físico

Figura A.1 – Barco viking

As forças que aparecem durante a operação são as seguintes:

H = Q (3 cos ϑ − 2 max ϑ) sin ϑ (r / k)2 (A.1)

V = Q [(3 cos ϑ − 2 max ϑ) cos ϑ (r / k)2 + {1 − (r / k)2}] (A.2)

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Quando não houver contrapeso e o balanço for aproximado a um ponto de massa, então (r/k) = 1 e
as forças passam a ser:

S = Q (3 cos ϑ − 2 cos max ϑ) (A.3a)

H = S × sin ϑ (A.4b)

V = S × cos ϑ (A.5c)

Na Tabela A.1, as forças presentes para os vários ângulos de deflexão são listadas para as máximas
deflexões da gôndola θmáx = 90°, 120° e 180° em relação ao repouso, tomando como base a equação
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anterior, assumindo o ponto de massa.

A.1.2 Forças nos suportes

Forças nos suportes devido ao próprio peso G:


G
Dg − (A.4)
2 cos α

Força nos suportes devido à força centrífuga:

1 ⎛ H H ⎞ (A.5)
Df − ×⎜ +
2 ⎝ cos α sin α ⎟⎠

A força máxima no suporte Df deve ser determinada pela relação Df/Q para várias variações dos
ângulos de deflexão, usando os valores de V/Q e H/Q de acordo com a Tabela A.1.

O uso da Equação A.5 pressupõe que exista uma ancoragem rígida nas bases dos suportes.
Caso contrário, o valor para Df deve ser multiplicado por um fator igual a dois.

Força nos suportes devido ao vento:

(A.6)
Dw =
∑ W × hw
l cos α

A área da gôndola e dos usuários sob o efeito do vento pode ser estimada como 1,2 m2 de área per-
pendicular ao vento para posições entre θ = 0° e θ = 60°.

O ponto de aplicação da força do vento deve ser considerado no mesmo nível do eixo de suspensão.
A ação dos ventos em placas, telhados e semelhantes deve ser considerada, se necessário.

Deve-se investigar se esforços maiores ocorrerão sob o efeito de vento direto e quando o equipamento
estiver em repouso.

A força total nos suportes é, portanto:

∑ D = Dg + maxDf + Dw (A.7)

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A.1.3 Prevenção do balanço para que não vire de cabeça para baixo

O momento do looping incluindo o fator de segurança γ (ver Tabela 2), em relação ao eixo inclinado
a-a, é:

⎛ 1⎞
Mkγ = 1, 3 × ⎜ H × h − V × ⎟ + 1, 2 × ∑ W × hw (A.8)
⎝ 2⎠

Os valores de V e H devem ser obtidos da Tabela B.1 para o ângulo máximo de balanço q. O momento
de estabilidade, em relação ao eixo inclinado a-a, é:
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G×l (A.9)
MSt =
2

Com relação à G, apenas a massa máxima, cuja existência possa ser admitida com segurança em
todos os momentos, deve entrar na equação (madeira totalmente seca). A relação MSt ≥ MKγ deve
ser seguida.

Para MSt/MKγ < 1, será necessário colocar uma ancoragem adicional nos suportes de acordo com
a equação:
Mkγ × Mkγ
Zγ = (A.10)
l

A relação Z ≥ Zγ deve ser seguida. Ver 3.5.2.3 para Z.

A haste de suspensão da gôndola deve ser verificada através de cálculos da tensão, além das dobras
para ângulos de deflexão maiores do que 120°.

Se os rolamentos da suspensão das gôndolas forem instalados excentricamente em relação à viga


superior, então as vigas também estarão sujeitas aos esforços de torção e, consequentemente,
os suportes da estrutura ficarão sujeitos a esforços de flexão. Isto deve ser considerado nos cálculos,
assim como a influência da excentricidade nos rolamentos e nas juntas do suporte.

Tabela A.1 – Forças máximas para diferentes ângulos

Máx θ = 90°
S/Q V/Q H/Q
90° 0 0 0
80° + 0,52 + 0,09 + 0,51
70° + 1,03 + 0,35 + 0,96
60° + 1,50 + 0,75 + 1,30
50° + 1,93 + 1,24 + 1,48
45° + 2,12 + 1,50 + 1,50
40° + 2,30 + 1,76 + 1,48
30° + 2,60 + 2,25 + 1,30

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Tabela A.1 (continuação)

Máx θ = 90°
S/Q V/Q H/Q
20° + 2,82 + 2,65 + 0,97
10° + 2,96 + 2,91 + 0,51
0° + 3,00 + 3,00 0
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Máx θ = 120°
S/Q V/Q H/Q
120° − 0,50 + 0,25 − 0,43
110° − 0,3 + 0,01 − 0,02
100° + 0,48 − 0,09 + 0,47
90° + 1,00 0 1,00
80° + 1,52 + 0,27 + 1,50
70° + 2,03 + 0,69 + 1,90
60° + 2,50 + 1,25 + 2,16
50° + 2,93 + 1,88 + 2,24
40° + 3,30 + 2,53 + 2,12
30° + 3,60 + 3,11 + 1,80
20° + 3,82 + 3,59 + 1,31
10° + 3,96 + 3,90 + 0,69
0° + 4,00 + 4,00 0
Máx θ = 180°
S/Q V/Q H/Q
180° − 1,00 + 1,00 0
170° − 0,96 + 0,94 − 0,17
160° − 0,82 + 0,77 − 0,28
150° − 0,60 + 0,52 − 0,30
140° − 0,30 + 0,23 − 0,19
130° + 0,07 − 0,05 + 0,05
120° + 0,50 − 0,25 + 0,43
110° + 0,97 − 0,33 + 0,92
100° + 1,48 − 0,26 + 1,46
90° + 2,00 0 + 2,00

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Tabela A.1 (continuação)

Máx θ = 180°
S/Q V/Q H/Q
80° + 2,52 + 0,44 + 2,48
70° + 3,03 +1,04 + 2,84
60° + 3,50 + 1,75 + 3,03
+ 3,93 + 2,53 + 3,01
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50°
40° + 4,30 + 3,29 + 2,76
30° + 4,60 + 3,98 + 2,30
20° + 4,82 + 4,53 + 1,65
10° + 4,96 + 4,88 + 0,86
0° + 5,00 + 5,00 0

A.1.4 Balanços motorizados

Para balanços motorizados, deve-se utilizar uma forma diferente para os cálculos das forças dinâmicas
(por exemplo, forças de aceleração, de frenagem, velocidades angulares e acelerações angulares).

A.2 Rodas gigantes

A.2.1 Cargas
O raio da roda gigante consistindo em n setores deve ser calculado em função das cargas mostradas
na Figura A.2.

As Equações A.11 a A.14 são aplicadas apenas aos equipamentos lentos com pequenos ângulos de
balanço da gôndola. A confirmação deve ser feita através de cálculos (resolvendo a equação diferen-
cial do movimento de balanço das gôndolas) ou verificando na operação.

Qϕ = ϕ (Gg + P) + GR (A.11)

Q = Gg + P + GR (A.12)

Q 2
Qr = ω R (A.13)
g

Q
Qr = cR (A.14)
g
onde

f é igual a 1,2 (fator de impacto);

Gg é a carga inativa de uma gôndola incluindo a suspensão;

P é a carga imposta por uma gôndola totalmente ocupada.

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W ta
4 5

Qt
W ra
ω Qr
3 6

W ti
W ri Qϕ
α M f
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2 7
Qi

1
n=1 8 R

2 3

Legenda

1 Força motriz
2 Barra periférica
3 Aro
Carga ilustrada somente no ponto i = 6
GR é a carga pro rata da roda atribuível a uma gôndola;
Qi é a carga pro rata interna do aro no eixo;
g é a constante gravitacional;
ω é a velocidade angular da roda;
R é o raio da roda;
ω
ε = (aceleração angular da roda)
t
t é o tempo de iniciação do movimento ou de frenagem da roda, que deve ser calculado em função do motor e
do freio usados;
Wta é a ação do vento na direção tangencial à roda, proveniente da gôndola e da parte externa do aro;
Wti é a ação do vento na direção tangencial à roda, proveniente parte interna do aro;
Wra é a ação do vento na direção radial, proveniente da gôndola, das barras periféricas e do aro;
Wri é a ação do vento na direção radial, proveniente do aro.

Figura A.2 – Roda gigante com n = 8 setores

As forças provenientes da aceleração ou da frenagem que estão em equilíbrio com a roda no ponto M
devem ser aplicadas e derivadas no ponto de origem, por exemplo, no caso de um motor conectado
ao eixo, o momento de flexão deve ser aplicado no aro e o momento de torção deve ser aplicado no
eixo, enquanto que no caso de um motor com atrito, a pressão de contato e a força de atrito tangencial
devem ser aplicadas nas barras periféricas.

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Todo o insumo de cargas deve ser multiplicado pelo fator de segurança apropriado definido em 3.3.6.2,
com exceção dos cálculos envolvendo loops, deslizamentos e levantamentos.

A.2.2 Casos de carregamento dominante

— Caso de carga a: carregamento total

Todas as gôndolas da roda gigante estão totalmente ocupadas. Isto resulta nos maiores esforços
nas barras periféricas.
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— Caso de carga b: carregamento parcial

b1: O carregamento de apenas um dos lados da roda gigante deve ser considerado consistindo
em apenas duas gôndolas adjacentes totalmente ocupadas.

b2: O carregamento de apenas um dos lados deve ser considerado consistindo em duas gôndolas
vazias e em sequência, sendo que todas as outras gôndolas devem estar ocupadas.

— Caso de carga c: força centrífuga Qr

— Caso de cargas d: Efeito da carga no início do movimento ou na frenagem de Qt

— Caso de carga e1: Efeito do vento paralelo à roda

— Caso de carga e2: Efeito de vento perpendicular à roda

A possibilidade de que duas gôndolas sejam totalmente ocupadas em um lado da roda deve ser pre-
vista no projeto.

A.2.3 Cálculos

As forças nas barras periféricas e nos aros da roda-gigante devem ser determinadas, como regra
geral, de acordo com a teoria da elasticidade (treliça com um membro estaticamente indeterminado).
Para isso, deve-se admitir que os aros estejam conectados no centro do eixo. Para todos os casos de
carregamento, as ações resultantes do início do movimento, ou da frenagem, provenientes de avalia-
ções realistas dessas forças devem der adotadas.

As forças Qr, Qt, Wr e Wt podem ser consideradas significantes em relação a Q se

⎛ Q Q Q⎞
⎜⎝ Qr ≤ , Qt ≤ , Wta2 + Wra2 ≤ ⎟
5 10 4⎠

As primeiras duas condições podem ser consideradas satisfeitas se as Tabelas A.2 e A.3 forem segui-
das. Se todas as condições forem satisfeitas, as forças nos aros e nas barras periféricas podem ser
obtidas da Tabela A.4.

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Tabela A.2 – Máximas velocidades de rotação permissíveis para atender às condições Qr ≤ Q/5

Diâmetro da roda Velocidade máxima, nr*


m rpm
4 9,5
6 7,7
8 6,7
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10 6
12 5,5
14 5,1
16 4,7
18 4,5
20 4,2
25 3,8
30 3,5
35 3,2
40 3

Quando a roda operar na velocidade limite nr* da Tabela A.2, a menor distância permissível de frena-
gem, ou de aceleração, deve ser de um radiano para qualquer diâmetro da roda.

Tabela A.3 – Distância mínima permissível de frenagem (ou aceleração), ou seja,


um ângulo de rotação para atender às condições Qt ≤ Q/10

Razão da velocidade Distância de frenagem mínima


nr/nr* radianos
1,0 1,00
0,9 0,81
0,8 0,64
0,7 0,49
0,6 0,36
0,5 0,25
0,4 0,16
NOTA O termo nt é a velocidade máxima de operação.

Caso a tabela não seja utilizada, podem-se adotar as seguintes equações para o cálculo dos aros em
uma roda-gigante com n setores.

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Elas são válidas para cargas Q = 1.

Outros pré-requisitos: os módulos de elasticidade devem ser iguais para todas as barras.

Nas Equações A.15 a A.28,

As é a área da seção transversal do aro, que deve ser idêntica em todos os aros;

Ak é a área da seção transversal da barra periférica, que deve ser igual em todas
as barras;
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Ik é o segundo momento da área (momento de inércia) de um aro, que deve ser igual
em todos os aros;

(n) é o subscrito designando um ponto nodal arbitrário em uma roda-gigante com


n setores;

α é o ângulo interno entre dois aros consecutivos (deve ser igual para todos os aros);

SOS ou SOK são as forças nas barras do sistema estaticamente indeterminado nos aros ou nas
barras periféricas resultantes de Q1 = 1, Q2 = 2 ... Qn = 1;

S1S ou S1K são as forças nas barras no sistema estaticamente determinado nos aros ou nas
barras periféricas resultantes de X1 = 1.

⎛ α⎞
f = R ⎜ 1 − cos ⎟ (altura do arco acima da corda) (A.15)
⎝ 2⎠

As (A.16)
C' =
Ak

As (A.17)
C '' =
Ik
α (A.18)
S1s = − 2 sen
2
S1K = + 1 (A.19)
⎛ α⎞
máx M1K = R ⎜ 1 − cos ⎟ (A.20)
⎝ 2⎠

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4 5

1k

S
3 6

S 15

2 7

X1 =1
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1 8
X1 =1

4 5
0k

3 6

S 0s

2 7

Q2 ϕ
1 8

Q1 ϕ Q nϕ

Figura A.3 – Sistema básico estaticamente determinado de uma roda-gigante


com n = 8 setores (arranjo poligonal)

Para aros arranjados poligonalmente, tem-se M1K = 0. Para a roda com n setores, obtém-se a seguinte
relação para a condição X1 = 1.

Da força normal:

E As α ⎛ α ⎞ (A.21)
δ11 = 2 n sin 2 × ⎜⎝ 2 sin 2 + c ' ⎟⎠
N
R

e do momento:
E As ⎛α α α α⎞
δ11 = n c '' R 2 ⎜⎝ 2 + α cos2
M (A.22)
− 3 sin cos ⎟
R 2 2 2⎠

para barras em um arranjo poligonal tem-se:


E As
δ11 = 0
M (A.23)
R

E As α ⎛ n n ⎞ (A.24)
δ10 = 2 sin × ⎜ c ' ∑ SOK − ∑ SOS ⎟
R 2 ⎝ 1 1 ⎠

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A quantidade estaticamente indeterminada fica:

X1 de Q1 = 1, Q2 = 1 ... Qn = 1

E × As (A.25)
δ10
X1 = − R
E × As N E × As
R δ 11 δ11
M
+
R
Esforços finais no sistema estaticamente indeterminado para uma roda-gigante com n setores, com
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dois aros do carregamento Q:



aros:
SS = (SOS + X1 + S1S ) (A.26)
2

barras periféricas: SK = (SOK + X1 + S1SK ) (A.27)
2
⎛ α⎞
máx M1K: M1K = SK R ⎜ 1 − cos ⎟ (A.28)
⎝ 2⎠

Mk = 0 para o caso de aros com arranjo poligonal. As forças máximas das barras estão na Tabela A.4
para rodas-gigantes com arranjos poligonais, para c' = 0,2 a 3,0, para o caso de carregamento Qn = 1
e n = 6 a 36.

As forças nas barras de um dos dois planos dos aros e das barras periféricas devem ser calculadas
multiplicando-se os valores da Tabela A.4 por Qf/2.

Tabela A.4 – Forças máximas nos aros e nas barras periféricas

Número
de 6 8 10 12 14 16 18 20 24 28 32 36
setores, n

Aros ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00 ± 2,00

Barras
± 1,15 ± 1,41 ± 1,70 ± 2,00 ± 2,30 ± 2,61 ± 2,92 ± 3,24 ± 3,86 ± 4,49 ± 5,13 ± 5,76
periféricas

NOTA O sinal de + significa tensão e – significa compressão.

Em rodas-gigantes convencionais, as gôndolas são presas entre duas estruturas planas de aros e bar-
ras periféricas. Neste caso, pode-se assumir que as estruturas dividem as cargas da Tabela A.4 e que
as forças nos aros e nas barras periféricas individuais são cortadas pela metade.

A influência da ação perpendicular dos ventos nos aros e nas barras periféricas deve ser verificada
com cálculos (proporção de carga do vento proveniente das gôndolas, aro, barras periféricas ou simi-
lares por aro).

No caso dos aros e das barras periféricas, a influência da flexão resultante do próprio peso e de qual-
quer outra carga que possa estar presente deve ser considerada.

Caso apenas um aro seja movimentado ou freado, o resultado na roda deve ser averiguado.

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A.2.4 Montagem

O procedimento de montagem da roda deve ser verificado através de cálculos. Se, por exemplo, a roda
for montada de modo que a última barra periférica seja inserida embaixo, então os anéis das barras
periféricas devem ser separados para que fiquem sob a ação da força de compressão resultante dos
cálculos estaticamente indeterminados com a carga.

A.2.5 Indicações gerais

A soma de todas as forças externas deve ser feita através da estrutura de suporte e a verificação
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da segurança contra loops e da resistência ao deslizamento deve ser feita primeiramente sob condi-
ções de operação com vento de acordo com 3.3.3.4.2 (carga do vento durante operação), atuando na
área de aplicação do vento que pode, em alguns casos, ser estendida pela carga imposta, e depois
na condição não operante (em repouso, sem carga imposta), com a ação de ventos de acordo com a
coluna 2 da Tabela 1. Deve-se assumir que o vento age paralelamente aos aros em um primeiro cálculo
para o caso de carregamento e perpendicularmente aos aros em um segundo caso.

A segurança contra loop e a resistência contra deslizamento da estrutura devem ser verificadas para
ambos os casos de carga.

Se necessário, a segurança contra loop e a resistência contra deslizamento devem ser verificadas
também para a condição de montagem. Como os aros geralmente não podem ser conectados ao eixo
central (sendo a premissa dos cálculos), os aros representam um sistema instável, ou seja, o eixo é
capaz de realizar um movimento finito de torção contra a roda parada, até que uma posição estável
seja atingida.

Para prevenir este tipo de desgaste, os aros devem ser conectados ao eixo, de modo a evitar qualquer
torção relativa do eixo (por exemplo, travamento).

Caso sejam utilizados elementos de tensão como aros, deve-se avaliar sua influência na roda.

Ao calcular o efeito do vento incidindo perpendicularmente nos aros, deve-se lembrar que a carga total
do vento age em apenas um dos mancais, a não ser que a distribuição em ambos os mancais seja
totalmente assegurada no projeto do eixo e dos mancais. O loop de toda a estrutura deve ser calculado
apenas se houver a possibilidade de toda a estrutura girar em torno de um eixo ou uma articulação.
Se, por exemplo, os cavaletes de suporte penderem individualmente, deve-se verificar a possibilidade
de loop para cada cavalete.

Para o caso de suportes inclinados sujeitos a compressão, o momento proveniente da força de com-
pressão multiplicado pela inclinação deve ser considerado.

A influência da suspensão da gôndola, estando esta ocupada por usuários em apenas um lado, somada
com a ação do vento, deve ser considerada.

A.3 Chapéu mexicano e carrosséis aéreos


As forças centrífugas em carrosséis suspensos com um eixo de rotação vertical devem ser calculadas
do seguinte modo:

m v2 (A.29)
HFL = = Q ' × tan α
R+a

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Q'
m= (A.30)
g

π n (R + a ) (A.31)
ν=
30

onde a = l sen(α) como uma função da velocidade (ν) um valor desconhecido no momento. A equação
(A.32) deve ser usada para determinar α (ver Figura B.4):
R (A.32)
q = cos α + cot α
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onde
894
q= com l em metros e n em rotações por minuto (A.33)
l × n2

Nas Equações A.28 a A.33:

Q' é a carga permanente da gôndola, incluindo a carga imposta;

l é o comprimento do pêndulo;

R é o raio mostrado na Figura B.5 a, b;

n é a velocidade rotacional;

a é a amplitude de excursão do pêndulo;

α é o ângulo de oscilação em relação à vertical;

ν é a velocidade periférica da gôndola;

m é a massa da gôndola incluindo a carga imposta;

HFL é a força centrífuga criada na gôndola;

g é a constante gravitacional.

Todo insumo de cargas deve ser multiplicado pelo fator de segurança apropriado como definido em
3.3.6.2, com exceção dos cálculos envolvendo loops, deslizamentos e elevações.

Ao invés de aplicar a equação anterior, o ângulo de oscilação pode ser determinado a partir da velo-
cidade rotacional com a ajuda da Figura A.4.

Os componentes de suspensão (por exemplo, quatro correntes, quatro cordas, quatro cabos) para os
assentos das gôndolas e as travas desses assentos devem ser projetados de modo a absorver meta-
de da força resultante de HFL e Q'.

Os dispositivos de trava (cordas) também devem ser calculados em função de HFL e, para as corren-
tes, em função de Q', sendo que a força de tração da corrente deve ser considerada. O dispositivo de
trava não pode ser fixado nos componentes de suspensão.

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Para o caso de equipamentos menores, do tipo chapéu mexicano que utilizam corrente, pode-se as-
sumir um ângulo de oscilação α = 45° (HFL = Q’), desde que não seja assumido outro valor. Se dois
assentos estiverem presos um ao lado do outro na mesma viga, pode-se assumir um ângulo de osci-
lação α = 45° para efeitos de simplificação.

10

°
20
9,5

α=

°
25
lxn 2
894

α=
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q=

8,5

°
30
7,5

α=
7

6,5


=3
6
α
5,5 °
40
=

5
α
°

4,5
45
=
α

4 °
50
=
α
3,5
°
55
=
3 α

=6
2,5 α
°
65
2 α=
70°
α=
1,5

0,5

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
R
l

Figura A.4 – Gráfico para a determinação do ângulo de oscilação α

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Para carrosséis infantis com bonecos de animais suspensos e semelhantes, pode-se assumir um
ângulo de oscilação α = 30° (HFL = 0,5 Q'), desde que não seja assumido outro valor.

O momento das cargas horizontais e verticais em torno do ponto A (pé do mastro) é:

MA = c1P(R + h tan α) + (Hw hw − Vw x) (A.34)

Uma carga imposta em apenas um lado na velocidade de rotação máxima deve ser usada na deter-
minação da segurança contra loops durante operação. A ação do vento deve ser considerada como
a mais desfavorável possível.
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Os momentos em torno dos eixos inclinados k-k ou k'-k' estão a seguir.

Os momentos de loop, incluindo o fator de segurança γ (ver Tabela 2), são:

MKγ = 1,3 [P c1 (R + h tan α) − P c2 e] + 1,2 [Hw hw − Vw (x + e)] (A.35)


⎡ e ⎤ ⎡ ⎛ e ⎞⎤
MK ' γ = 1, 3 ⎢P c1 (R + h tan α ) − P c2 ⎥ + 1, 2 ⎢H w hw − Vw ⎜⎝ x + ⎟⎥ (A.36)
⎣ 2⎦ ⎣ 2⎠⎦

Momento de estabilidade:

MSt = ∑ G e (A.37)
e
M 'St = ∑ G (A.38)
2

Em relação à G, apenas a massa mínima que pode certamente ser considerada presente, sempre
deve ser colocada na equação (madeira totalmente seca).

Deve-se obedecer às relações MSt ≥ MKγ e M’St ≥ M’Kγ.

Havendo 18 lugares ou mais uniformemente distribuídos na periferia, uma segurança adequada contra
loops pode ser um fator determinante em certas condições.

Nesses casos, deve-se ainda fazer uma verificação a partir de:

máx MKγ = [P c3 (R + h tan α) − P c4 e] + 1,2 [Hw hw − Vw (x + e)] (A.39)


⎡ e ⎤ ⎡ ⎛ e ⎞⎤
máx MK ' γ = ⎢P c3 (R + h tan α ) − P c4 ⎥ + 1, 2 ⎢H w hw − Vw ⎜⎝ x + ⎟⎥ (A.40)
⎣ 2⎦ ⎣ 2⎠⎦

c3 e c4 são coeficientes análogos a c1 e c2, mas em relação a uma carga unilateral na metade
da periferia; qualquer lugar situado na beira do setor deve ser considerado como vazio.

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Deve-se obedecer às relações MSt ≥ MKγ e M'St ≥ M'Kγ se


MSt M 'St
ou <1 (A.41)
MKγ M 'Kγ

para 1/4 das ocupações periféricas unilaterais, é necessário tomar precauções adicionais, como, por
exemplo, deve haver contrapeso ou ancoragens. Se âncoras terrestres estiverem presentes no final da
base, a força tensora Z a ser absorvida será (ver Figura A.5):

MKγ − MSt (A.42)


Zv =
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z
ou
M 'Kγ − M 'St (A.43)
Zv =
2 z'

X A

C Vw C 4
H FL B Hw
l

Q’
α
h
hw

H FL 1 2
Q’

A Z
a R R
z

A
k

e
a

z
8 8
A

Legenda
8
k

A
1 90° de acordo com 5.4.2.1
k’

A
e 2 60° de acordo com 5.4.2.1
2
Z
3 Ângulo máximo de oscilação da gôndola
8

4 Suspensão

Figura A.5a – Carrossel aéreo (vista lateral) Figura A.5b – Carrossel aéreo (vista superior)

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A relação Zd ≥ Z deve ser seguida.

Nas Figuras A.5 a) e A.5 b) e Tabela A.5:

Zd (ver 3.5.2);

G' é a carga permanente da gôndola, incluindo a suspensão;

ΣG é a carga permanente de todos os componentes individuais presentes permanentemente,


agindo nos suportes;
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P é a carga imposta da gôndola;

Q' = G’ + P;

h é a distância do ponto de suspensão C da gôndola até o nível do chão;

c1 é o coeficiente que leva em consideração a posição das gôndolas ocupadas, para 1/4 ou 1/6
da periferia;

c2 é o coeficiente que leva em consideração a posição das gôndolas ocupadas (para


carregamentos unilaterais ocupando 1/4 ou 1/6 da periferia);

Hw é a soma das ações dos ventos horizontais;

hw é a distância de Hw do nível do chão;

Vw é a soma das ações dos ventos na vertical;

x é a distância de Vw ao centro do mastro;

Z é a força de tensão da âncora devido ao momento de loop, incluindo o fator de segurança


da Tabela 2, no ponto de ancoragem de maior esforço;

e é a distância do eixo inclinado até o centro do mastro.

Tabela A.5 – Coeficientes c1 e c2 para o caso de carregamento unilateral

Número total
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
de gôndolas

1/4 ou 3/4 c1 1,411 1,732 2,414 2,618 3,346 3,514 4,262 4,412 5,172 5,310 6,078
da periferia c2 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7

1/6 da c1 1,0 1,732 1,848 1,902 2,732 2,802 2,848 3,702 3,757 3,799 4,664
periferia c2 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5

Tabela A.6 – Coeficientes c3 e c4 para o caso de carregamento unilateral

Número total
18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
de gôndolas

1/2 da c3 5,76 6,39 7,03 7,66 8,30 8,93 9,57 10,20 10,84 11,47 12,11
periferia c4 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

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A.4 Carrossel com piso (piso suspenso e plataformas)


Estes carrosséis possuem um piso que gira junto com a superestrutura.

O piso rotativo (plataforma) pode ser suspenso por vigas ou colocado sobre engrenagens.

O carregamento de acordo com 3.3.3.1.2.2 deve ser incluído no cálculo para setores com pisos unila-
terais com um ângulo central de α = 90° ou 270°.

A distância do centro de gravidade até o eixo vertical de rotação, para um ângulo central de 90°, é de:
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Ra3 − Ri3 (A.44)


as = 0, 60
Ra2 − Ri2

Ra e Ri são os raios externo e interno do piso rotativo. Para os carrosséis, cujos assentos estão colo-
cados em vigas localizadas na parte mais baixa, os momentos de flexão provenientes de forças cen-
trífugas devem ser considerados não apenas nos mastros, mas também nas próprias vigas.

A.5 Atrações com veículos motorizados

A.5.1 Atrações com veículos motorizados e pistas unidirecionais (por exemplo, pistas
de corridas, de kart, de motos)

A.5.1.1 Pistas

As inclinações das pistas devem ser projetadas para que se ajustem aos raios de flexão e à velocidade
máxima do veículo. Gradientes longitudinais e transversais não podem ultrapassar os valores que
possam causar derrapagem de veículos em pista molhada.

A pista não pode exibir nenhuma imperfeição que possa fazer com que as rodas sejam erguidas do
chão.

Nas proximidades da estação, a pista não pode demonstrar qualquer inclinação. A superfície da pista
deve ser feita, assim como a própria pista deve ser projetada, de modo a não resultar em choques ou
vibrações inaceitáveis.

A depressão da pista não pode exceder 1/500 do vão.

A.5.1.2 Barreiras de proteção

A pista deve possuir barreiras de proteção em ambos os lados.

A carga de colisão deve ser determinada de acordo com 3.3.3.6 para um α maior do que 30°.

A.5.1.3 Suportes da pista

Ao projetar as estruturas de suporte, a força centrífuga deve ser considerada uma força horizontal
através de suportes apropriados. A menos que uma avaliação mais detalhada seja feita, deve-se con-
siderar 30 km/h como a velocidade máxima dos veículos para o cálculo da ação da força.

As estruturas de suporte da pista são estruturas sujeitas a esforços oscilantes. Portanto, deve-se ava-
liar o esforço por fadiga.

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A.5.1.4 Veículos

Os veículos devem ser projetados de modo que as forças presentes durante a operação (por exemplo,
freio), as forças resultantes de colisões ou batidas e a pressão por contato exercida pelo usuário no
veículo (banco, apoio para os braços, para as costas, painel frontal, volante) possam ser absorvidas.

As proteções com molas destinadas às colisões devem ser projetadas de modo que as forças atuantes
no usuário continuem aceitáveis.

As proteções em todos os veículos utilizados em uma pista devem ter a mesma altura, estando esta
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de acordo com a altura das barreiras de proteção.

A.5.1.5 Cargas impostas

As cargas impostas na pista devem consistir em todos os carros totalmente carregados e colocados
lado a lado na posição mais desfavorável possível. Sendo assim, nenhuma carga na roda que possa
resultar em um efeito de alívio de carga deve ser desconsiderada.

Todos os componentes estruturais devem ser calculados para um caso de carregamento adicional,
sendo este um carregamento imposto uniformemente distribuído p = 2 kN/m2 e 3,5 kN/m2 no centro
de gravidade.

O valor mais desfavorável dos dois apresentados acima deve ser utilizado para efeitos de projeto.

A.5.2 Pistas multidirecionais (bate-bate)

A.5.2.1 Estrutura do teto

Desconsiderando as cargas permanentes e do vento, a estrutura do teto dos carros bate-bate deve
absorver as forças do trabalho elétrico.

Caso não seja feita uma avaliação mais aprofundada, deve-se assumir uma força de 0,3 kN/m.

Os suportes da estrutura do teto podem ser encaixados na pista, sendo que estes podem ser usados
parcialmente na absorção de forças. Eles também devem estar protegidos contra colisões dos veículos.

A.5.2.2 Superfície da pista

A superfície da pista dos carros bate-bate não pode ter vãos ou imperfeições entre as placas.

As placas devem ser dimensionadas para um carregamento uniformemente distribuído de 3,5 kN/m2 e,
para um segundo procedimento de cálculo, para o carregamento de rodas mais desfavorável possível.

As placas devem ficar sobre suportes longitudinais e/ou transversais e não podem movimentar-se.

A depressão das placas não pode exceder 1/500 do vão.

A.5.2.3 Barreiras

A carga de colisão deve ser determinada de acordo com 3.3.3.6, para α = 90°.

A.5.2.4 Veículos

O descrito em B.5.1.4 deve ser aplicado apropriadamente.

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A.6 Pistas para percursos íngremes


As pistas dos percursos íngremes devem ser projetadas em função da carga de operação, assim
como as cargas especificadas em 3.3.

Levando em conta a carga operacional, a natureza do percurso, o número de usuários operando


ao mesmo tempo e a posição mais desfavorável em relação um ao outro devem ser considerados.
Não havendo nenhum valor de medição disponível, a força centrífuga pode ser considerada como
maior do que o quádruplo da massa do veículo (incluindo o peso do usuário), para veículos com duas
rodas; maior do que o triplo da massa do veículo (incluindo o usuário), para veículos com quatro rodas.
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As pistas devem ser cobertas adequadamente para proteger contra o tempo.

A margem superior da pista deve possuir cercas projetadas para impedir que os usuários batam contra os
espectadores (por exemplo, utilizando cordas de aço com diâmetro maior do que 13 mm percorrendo
toda a periferia).

A distância entre a superfície da pista e a corda mencionada deve ser maior do que 60 cm radialmente
para dentro.

A.7 Globos
Os globos devem ser erguidos em lugares totalmente cobertos para que fiquem protegidos do tempo
externo.

Os globos devem ser projetados para a carga operacional, além das cargas especificadas em 3.3,
sendo que, para o último caso, a combinação mais desfavorável quanto ao tipo, número e posição dos
veículos usados deve ser considerada. A cerca para os espectadores deve ter um diâmetro maior do
que 2 m a mais do que o diâmetro do globo.

A.8 Instalação de displays artísticos aéreos


Deve ser feita uma verificação de acordo com 3.1.4 para bordas, fios de sustentação, cordas e anco-
ragens de instalações com fios elevados, assim como para o mastro de sustentação dos mastros de
oscilação. Como as cordas móveis (como em trilhos) de instalações altas são frequentemente presas
em uma das pontas de uma estrutura já existente, ou algumas vezes até em ambas as pontas, as vá-
rias possibilidades de construção dos encaixes devem ser ilustradas e verificadas através de cálculos
em documentos técnicos, assim como a especificação da força de encaixe.

Toda a atração feita com displays deve estar descrita em documentos técnicos e o carregamento mais
desfavorável deve ser deduzido a partir desses documentos, dependendo da verificação do esforço
e da estabilidade.

Os chamados mastros oscilatórios instalados em mastros de suporte geralmente são mais finos do
que o permitido e, portanto, não podem ser calculados em relação à segurança contra empeno.

Para prevenir que o mastro oscilatório caia, um cabo de aço de no mínimo 6 mm de diâmetro deve ser
trançado através do interior oco do mastro oscilatório e amarrado nas extremidades superiores dos
mastros oscilatórios e de suporte.

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A.9 Rotores
Para os rotores, cargas uniformemente distribuídas e parciais devem ser consideradas.

O cilindro do rotor deve ser calculado para uma carga imposta unilateral em 1/4 ou 3/4 da periferia;
além do peso próprio do cilindro, uma carga imposta uniformemente distribuída de pV = 1,2 kN/m,
distribuída ao longo da periferia, deve ser considerada.

Além disso, deve-se calcular o caso de carregamento que envolve dois quadrantes carregados em
lados opostos e os quadrantes restantes descarregados.
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A força centrífuga gerada pelo usuário supostamente age a uma altura de 1,2 m acima da posição
mais alta do fundo do cilindro e deve ser incorporada no cálculo em função da velocidade de rotação
considerada. Se a simetria da parede de suporte for interrompida (por exemplo, portas) sua influência
deve ser analisada. De modo similar, a influência das rodas de suporte ou de orientação deve ser
analisada, se necessário.

O piso também deve ser projetado para um carregamento no qual o número total de usuários fique
concentrado em apenas um setor do piso com um ângulo central de α = 120°.

As travas e os cintos das portas dos cilindros também devem ser calculados.

A.10 Tobogãs
Além da carga inativa e do fator de vento, os tobogãs devem ser projetados para as seguintes cargas
impostas:

— área da esteira rolante inclinada do elevador, se tiver: 2,0 kN/m2

— inclinações, degraus e plataformas ascendentes: 5,0 kN/m2

— para cada tubo ou pista de descida: 1,5 kN/m2

— carregamento horizontal simultâneo na parte superior do tubo ou pista


(lado externo da curva): 0,25 kN/m2

A.11 Plataformas móveis


Plataformas móveis devem ser calculadas para uma carga imposta de 3,5 kN/m2.

Além da carga total, as plataformas devem ser analisadas em relação à carga na parte mais desfavo-
rável; em particular, as partes que se projetam além do suporte devem ser consideradas carregadas.
Sua estabilidade também deve ser analisada.

Os corrimãos e os parapeitos das plataformas móveis devem ser projetados para uma força horizontal
lateral de 1,5 kN/m2 na altura do corrimão.

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Anexo B
(informativo)

Análise de fadiga

B.1 Geral
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A maioria dos equipamentos de diversão possui componentes estruturais e mecânicos sujeitos a um


número significativo de ciclos de esforços variáveis. Isto obriga uma análise de fadiga, em vez de uma
simples análise de limite de ruptura. As decisões das inspeções necessárias e manutenção podem
então ser baseadas no resultado dos cálculos.

As equações deste Anexo podem ser aplicadas na avaliação dos estados-limites da fadiga nos equi-
pamentos de diversão.

B.2 Símbolos e definições


γFf × S ≤ Rk / γMf (B.1)

onde

S é o valor das ações, por exemplo:

Δσ é a variação do esforço normal nominal;

Δτ é a variação do esforço de cisalhamento nominal;

Md, Qd, Nd são as forças e momentos internos resultantes;

Rk é a resistência do material, por exemplo,

ΔσR é o esforço de fadiga (esforço normal);

ΔτR é o esforço de fadiga (esforço de cisalhamento);

Mk, Qk, Nk são as forças e momentos internos máximos;

γFf é o fator parcial de segurança para cargas de fadiga;

γMf é o fator parcial de segurança para esforços de fadiga;

ni é o número de ciclos de variações do esforço Δσi;

Ni é o número de ciclos de esforços Δσi ou Δτi que causem falha;

N é o número total de ciclos de variação N = Σi ni;

m é a inclinação constante da curva de esforço da fadiga;

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Δσc é o valor de referência do esforço normal da fadiga em Nc = 2 × 106 ciclos, que determina
a categoria do detalhe, expresso em Newtons por metro quadrado (N/mm2);

ΔσD é a amplitude constante do limite da fadiga em ND = 5 × 106 ciclos;

ΔσL é o limite de interrupção em NL = 106 ciclos;

Δτc é o valor de referência da força de cisalhamento por fadiga em Nc = 2 × 106 ciclos, que
determina a categoria do detalhe, expresso em Newtons por metro quadrado (N/mm2);

ΔτL é o limite de interrupção em NL = 108 ciclos;


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ΔσE é a amplitude equivalente constante da variação do esforço normal em relação ao espectro


do projeto;

ΔτE é a amplitude equivalente constante da variação do esforço de cisalhamento em relação


ao espectro do projeto;

ΔσE.2 é a amplitude equivalente constante da variação do esforço normal em relação a


Nc = 2 × 106 ciclos;

ΔτE.2 é a amplitude equivalente constante da variação do esforço de cisalhamento em relação


a Nc = 2 × 106 ciclos.

B.3 Requisitos para a avaliação da fadiga


A avaliação da fadiga não precisa ser feita sob as seguintes condições:

γFfΔσ ≤ 26 / γMf [N/mm2] (B.2)


3
⎡ 36 γM f ⎤ (B.3)
N≤ 2 × 106 ⎢ ⎥
Δσ
⎣ γM f E2 ⎦
γFfΔσ ≤ ΔσD / γMf [N/mm2] (B.4)

Se o número de ciclos de esforços N = Σi ni em relação ao tempo de vida da parte estrutural for


conhecido com certeza, pode-se admitir ΔσD → Δσ(N).

γFfΔτ ≤ 36 / γMf [N/mm2] (B.5)


5
⎡ 80 γM f ⎤ (B.6)
N≤ 2 × 106 ⎢ Δτ ⎥
⎣ γFf E2 ⎦
γFfΔτ ≤ ΔτL / γMf [N/mm2] (B.7)

Se o número de ciclos de esforços N = Σi ni em relação ao tempo de vida da parte estrutural for


conhecido com certeza, pode-se admitir ΔτL → Δτ(N). Para juntas em vigas estruturais tubulares como
em (B.5), (B.6) e (B.7), se Δτ for substituído por Δσ.

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B.4 Esforços de fadiga em estruturas de aço

B.4.1 Amplitude constante de variação de esforço (regra de Palmgreen-Miner)


n
∑ i Nii ≤ 1 (B.8)

γFfΔσi ≥ ΔσD / γMf (B.9)


3 (B.10)
⎡ Δσ γMf ⎤
Ni ≤ 5 × 106 ⎢ D
Δσ ⎥
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⎣ γFf 1 ⎦
ΔσD/γMf > γFfΔσi ≥ ΔσL/γMf (B.11)
5
⎡ ΔσD γM f ⎤ (B.12)
Ni ≤ 5 × 106 ⎢ ⎥
Δσ
⎣ γFf 1 ⎦
γFfΔσi ≥ ΔσL/γMf (B.13)

Ni = ∞ (B.14)

γFfΔτi ≥ ΔτL/γMf (B.15)


5
⎡ Δτ γM f ⎤ (B.16)
Ni ≤ 2 × 106 ⎢ C ⎥
Δτ
⎣ γFf 1 ⎦
γFfΔτi < ΔτL/γMf (B.17)

Ni = ∞ (B.18)

Para juntas em vigas estruturais tubulares:

γFfΔσi ≥ Δσl/γMf (B.19)


5
⎡ ΔσC γM f ⎤ (B.20)
Ni ≤ 2 × 106 ⎢ ⎥
Δσ
⎣ γFf 1 ⎦
γFfΔσi < ΔσL/gMf (B.21)

Ni = ∞ (B.22)

B.4.2 Amplitude constante da variação equivalente em Newtons

γFfΔσE ≤ ΔσR/γMf (B.23)


13
⎧ p − 1n ( Δσ )3 + ( Δσ )− 2 5⎫
⎪∑i = 1 i ∑ i = p ni ( Δσi )
r (B.24)
i ⎪
ΔσE = ⎨ ⎬
⎪ N ⎪
⎩ ⎭

onde

p é o primeiro passo com Δσi < ΔσD;

r é a soma de todos os passos com Δσi > ΔσL.

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Pode-se fazer uma suposição ao avaliar ΔσE e σR usando a curva de esforço da fadiga de inclinação
única e constante m = 3.
13
⎧ r n ( Δσ )3 ⎫
⎪∑i = 1 i i ⎪
(B.25)
ΔσE = ⎨ ⎬
⎪ N ⎪
⎩ ⎭

γFfΔτE ≤ ΔτR/γMf (B.26)


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15
⎧ r n ( Δτ )5 ⎫
⎪∑i = 1 i i ⎪
ΔτE = ⎨ ⎬ (B.27)
⎪ N ⎪
⎩ ⎭

Para juntas em vigas estruturais tubulares:

γFfΔσE ≤ ΔσR/γMf (B.28)

15
⎧ r n ( Δσ )5 ⎫
⎪∑i = 1 i i ⎪ (B.29)
ΔσE = ⎨ ⎬
⎪ N ⎪
⎩ ⎭

B.4.3 Amplitude constante da variação equivalente em Nc = 2 x 106

Alternativa para A.4.2

γFfΔσE.2 ≤ Δσc/γMf (B.30)


13
⎧ p − 1n ( Δσ )3 + ( Δσ )− 2 5⎫
⎪∑i = 1 i ∑ i = p ni ( Δσi )
r
i D ⎪ (B.31)
ΔσE⋅2 = ⎨ ⎬
⎪ NC ⎪
⎩ ⎭

onde

p é o primeiro passo com Δσi < ΔσD;

r é a soma de todos os passos com Δσi > ΔσL.

γFfΔτE.2 ≤ Δτc/γMf (B.32)

15
⎧ r n ( Δτ )5 ⎫
⎪∑i = 1 i i ⎪ (B.33)
ΔτE⋅2 = ⎨ ⎬
⎪ NC ⎪
⎩ ⎭
Para juntas em vigas estruturais tubulares:

γFfΔσE.2 ≤ Δσc/γMf (B.34)

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15
⎧ r n ( Δσ )5 ⎫
⎪∑i = 1 i i ⎪
ΔσE⋅2 = ⎨ ⎬ (B.35)
⎪ NC ⎪
⎩ ⎭

B.5 Avaliação de dano por esforços combinados


a) Para Δτi < 0,15 ΔσI sem cálculo.

b) Dd ≤ 1 com Dd = Dd.σ + Dd.τ


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ni
Dd ⋅ σ = ∑ para Δσi (B.36)
iN
i
ni
Dd ⋅ τ = ∑ para Δτ ι (B.37)
iN
i
3 5
c) ⎡ γ Ff ΔσE ⎤ ⎡ γ Ff ΔτE ⎤ (B.38)
⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ≤1
⎣ ΔσR γ Mf ⎦ ⎣ ΔτR γ Mf ⎦

d) alternativa para c)
3 5
⎡ γ Ff ΔσE ⋅ 2 ⎤ ⎡ γ Ff ΔτE ⋅ 2 ⎤ (B.39)
⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ≤1
⎣ ΔσC γ Mf ⎦ ⎣ ΔτC γ Mf ⎦
e) Para Δσx; Δσy; Δτ
3 2 2
⎡ γ Ff Δσ x ⎤ ⎡ γ Ff Δσ y ⎤ ⎡ γ Ff Δσ x γ Ff Δσ y ⎤ ⎡ γ Ff Δτ ⎤ (B.40)
⎢ ⎥ +⎢ ⎥ −⎢ × ⎥+⎢ ⎥ ≤ 1,1
⎣ σDx γ Mf ⎦ ⎣ σDx γ Mf ⎦ ⎢⎣ σDx γ Mf Dy Mf ⎥⎦ ⎣ f⎦

Na verificação do esforço de fadiga, todas as variações estão sujeitas à limitação dada pelo limite
elástico do material. A variação do esforço não pode exceder 1,5 fy para o esforço normal e 1,5 fy / 3
para o esforço de cisalhamento.

B.6 Equações para previsão do tempo de vida

B.6.1 Geral

O método a seguir pode ser utilizado para prever o número de ciclos que uma estrutura irá aguentar.
A vida calculada nas horas de operação pode ser usada para checar se as instruções de inspeção
são apropriadas. Pode-se também prever o número de ciclos restantes que uma peça usada resiste.

B.6.2 Procedimento básico

Para alguns componentes dos equipamentos de diversão, a análise pode ser baseada em uma volta
completa do equipamento carregado. Por exemplo, seriam considerados o processo de carga do equi-
pamento, uma volta completa e o processo de descarga em uma montanha-russa; ou todo o ciclo de
carga, operação completa e descarga em um equipamento rotacional. As cargas de usuários desba-
lanceadas, como em 3.6.3.5, devem ser utilizadas apropriadamente.

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Os esforços relevantes projetados que devem ser analisados podem ser tratados das seguintes formas:

a) determinar o histórico completo de esforços naquela região em particular, fazendo cálculos ou


medições, para uma operação com carga plena. Depois, calcular as variações dos esforços obtidos
durante o processo de carga a partir de um método apropriado de contagem de ciclos (como os
métodos reservoir ou rainflow). Usar a variação de esforços calculada para determinar o número
de processos de cargas até que o equipamento falhe. Converter o resultado em horas;

ou
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b) construir um espectro de variações de esforços simplificado ou da variação de esforços singular


equivalente para o processo de carga. O espectro deve ser pessimista. Usá-lo para determinar
o número de processos de cargas até que o equipamento falhe. Converter o resultado em horas.

B.6.3 Cálculo da vida de fadiga

Para calcular a vida de fadiga para variações múltiplas de esforços durante as operações com cargas,
basear-se na equação a seguir.

Em geral podem coexistir variações de esforços normal e de cisalhamento na região de interesse,


mesmo que ambos variem independentemente. Nestas circunstâncias, a vida de fadiga em função do
número de processos de carga NE é dada por:


NE = 1 ⎢
⎣ {∑ ( ) }
Ai
m
Nd ,σ + {∑ ( ) }
Bj
p ⎤
Nd ,τ ⎥

(B.41)

onde

Ai = {γFfΔσi} / {ΔσD / γMf} (B.42)

Bj = {γFfΔτj} / {ΔτD / γMf} (B.43)

Todas as variações apropriadas de esforços devem ser incluídas no somatório, por exemplo: se hou-
ver oito ocorrências idênticas de mesma magnitude durante um processo de carga, o valor deve ser
somado oito vezes. Os valores de Nd.σ, Nd.τ, m e p variam de acordo com a associação nas categorias
de detalhamento das figuras (e tabelas) 9.6.1, 9.6.2, 9.6.3 ou 9.7.1 do ENV 1993-1-1:1992 e de acordo
com a magnitude de Ai ou Bi. Em todos os casos, se o valor máximo de Ai ou Bi for menor do que uma
unidade, então NE = ∞, não sendo necessários outros cálculos. Caso contrário, a Tabela B.1 fornece
valores apropriados para os parâmetros.

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Tabela B.1 – Variações no ciclo de carga

Variação
Número da Tabela no ENV 1993-1-1:1992 Nd.s, Nd.t m ou p
da validade
3 Ai > 1
9.6.1 5× 106 5 1 ≥ Ai ≥ 0,549
∞ 0,549 > Ai
5 Bj ≥ 1
9.6.2 1 × 108
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∞ 1 > Bj
5 Ai ≥ 1
9.6.3 1 × 108
∞ 1 > Aj
3 Ai > 1
9.7.1 1× 107 5 1 ≥ Ai ≥ 0,631
∞ 0,631 > Ai

Para m = ∞ ou p = ∞ na Tabela B.1, fica claro que é o equivalente a ignorar os termos Ai ou Bi no


somatório da Equação B.41.

A Equação B.41 é a forma geral quando os esforços normais e de cisalhamento coexistem. Havendo
apenas esforços normais, o termo Bi desaparece; havendo apenas esforços de cisalhamento, o ter-
mo Ai desaparece. Em 9.5.2.4 (3) do ENV 1993-1-1:1992, onde são usados as principais variações
dos esforços, o termo Bi não é considerado.

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Anexo C
(informativo)

Lista de riscos

Os principais riscos, situações e eventos perigosos para os espectadores e usuários durante a opera-
ção e utilização dos equipamentos são listados na Tabela C.1.
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Tabela C.1 – Riscos consideráveis nos equipamentos de diversão

Riscos Seção
Riscos complementares devido ao movimento dos usuários nos equipamentos
Riscos provenientes da intensidade e duração de acelerações e arremessos 4.1.6.2.4, 4.2.3, Anexo G
Riscos provenientes da intensidade e duração das forças exercidas pelos
3.1.6.2, Anexo G
elementos de contenção dos usuários
Ejeção dos usuários 3.1.6.2
Riscos provenientes dos comportamentos previsíveis dos usuários 4.5, 4.6
4.4., 4.5, 4.6, H.2.7, H.2.8
Riscos provenientes dos erros previsíveis do operador
e H.2.9
Riscos complementares devido às condições do ambiente (em especial em equipamentos ao ar livre)
Riscos provenientes de ventos fortes 3.3.3.4, ABNT NBR 15926-4
Riscos provenientes de alagamentos
Riscos provenientes da neve 3.3.3.5
Raios ABNT NBR 15926-4, H.1.6
Riscos provenientes dos procedimentos de emergência
Riscos provenientes da necessidade da retirada dos usuários de lugares
ABNT NBR 15926-4
remotos (por exemplo, depois de uma parada de emergência)
Perigos provenientes da água (poças, piscinas, parques aquáticos, equipamentos com água)
4.2.4.5, 4.4.2
Afogamento
e ABNT NBR 15926-4
Riscos provenientes de inspeção e manutenção debaixo d’água ABNT NBR 15926-4, H.1.9
Riscos adicionais nos equipamentos de diversão
Ferimento por projéteis 4.2.7
Riscos adicionais em multidões
Esmagamento devido à pressão da multidão 4.1.4, 4.1.5
Problemas com saídas de emergência devido a pontos de esmagamento etc. 4.1.4, 4.1.5

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Anexo D
(informativo)

Sistemas de contenções de usuários

D.1 O sistema de contenção de usuários deve ser designado para conter em segurança todos
os usuários permitidos neste tipo de equipamento.
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D.2 Sistemas de contenção asseguram acomodações seguras para os usuários em todas as fases
durante o ciclo de operação e em situações operacionais especificadas nesta Norma. Por exemplo,
a aplicação de frenagem de emergência.

D.3 Acomodações seguras incluem prevenção de danos das seguintes causas, quando usadas
como especificado:

a) ejeção;

b) movimentação para uma posição perigosa, por exemplo, de onde usuários possam cair ou se ferir
com o contato com partes estáticas ou móveis;

c) dano físico dentro do confinamento da unidade de usuários;

d) ferimentos por contenções;

e) ferimentos ao embarcar ou desembarcar.

D.4 O sistema de contenção é projetado ao redor do usuário. O projetista deve:

a) especificar o tipo de pessoas para o equipamento, por exemplo, peso e altura máximos e mínimos;

b) identificar o tamanho e a direção das forças a serem exercidas nos usuários;

c) identificar as partes dos corpos dos usuários que requerem suporte para cada uma das forças
previstas;

d) usando os dados do tamanho do corpo apropriados ao público-alvo, identificar as dimensões


máximas e mínimas do sistema de contenção necessário para conter os usuários em segurança.
As Tabelas E.1 e E.2, em conjunto com a ABNT NBR ISO 7250, indicam algumas das dimensões
importantes. Para dimensões antropomórficas, ver os padrões brasileiros;

e) projetar o sistema para conter em segurança todos os usuários que estejam dentro dos padrões
de segurança do equipamento.

D.5 Qualquer componente que tenha um papel importante em proteger diretamente um usuário
dos riscos identificados em E.3 deve ser considerado parte do sistema de contenção.

D.6 Todos os usuários dentro dos limites de tamanho especificados no projeto devem estar aptos
a alcançar todas as partes do sistema de contenção necessário para sua segurança. Partes típicas
e seus requisitos são:

— assentos devem ser baseados em critérios ergonômicos e prover suporte para todas as partes
do corpo que possam sofrer dano;

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Tabela D.1 (continuação)


— apoios para os pés devem permitir que todos os usuários possam se preparar usando os pés
quando a análise de risco mostrar que isso é necessário;

— barras de suporte devem ter fácil alcance, ser fáceis de segurar e não ser uma fonte de perigo em,
por exemplo, uma parada de emergência;

— sistemas de restrição devem ser designados como parte integrante do sistema de contenção.
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Tabela D.1 – Componentes do sistema de contenção

Componente Figura Descrição

a Altura do apoio da cabeça


e
f
b Altura do encosto lombar
a

c Altura do assento
b
c

d Profundidade do assento
d
e Largura do encosto lombar
Assento
f Largura do encosto da cabeça

f g Altura do suporte lateral superior


h Altura do suporte lateral inferior
i Profundidade do suporte lateral
g

Distância entre os suportes laterais


j
i (por usuário)

Distância do encosto do assento


k
à parte traseira da trava
Trava na
l

altura do colo Distância do assento à parte inferior


l
k da trava

Distância do encosto até a frente


m
do corrimão

Corrimão
n

n Diâmetro do corrimão
m

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Tabela D.1 (continuação)

Componente Figura Descrição


Comprimento do piso horizontal do
o
assento até a frente do carro
p Comprimento do apoio para os pés

Apoio para Distância da parte traseira do assento


q
os pés até a ponta do apoio para os pés
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o p Largura do apoio para os pés


r r
q (por usuário)

w Distância do assento até os apoios


s
v
de ombros
x Distância da parte traseira do assento
t
até o suporte para tronco

Trava na u Tamanho do suporte para tronco


u

altura dos
Distância entre as pontas inferiores
s

ombros v
dos apoios para ombros
Distância entre as pontas exteriores
w
dos suportes para ombros
f
x Largura do suporte para ombros

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Tabela D.2 – Dimensões do corpo

Medidas Dimensões corporais


e.j
a Ombro – Topo da cabeça w
x
b Altura do ombro sentado f.v

c Joelho – Chão
d Nádegas – Parte de trás do joelho
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e Ombro – Ombro

1
f Profundidade da cabeça
g Deltóide
h g/2

q
i Nádegas – Parte de trás do joelho
j Ombro – ombro
k Profundidade abdominal
r
l Coxa – Cintura
m Alcance do braço
m
n Comprimento da mão f

o Altura do joelho
n
p Comprimento do pé
a

q Altura da cintura
r Quadril ou distância entre pés
b,s
g

s Assento – Ombro
t Profundidade do peito
k
o

u=b=l Costas
c

d,i
v Largura da cabeça
w Distância interclavicular p

x Tamanho do ombro

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Anexo E
(informativo)

Restrições médicas

E.1 Geral
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Em um parque de diversões o indivíduo tem a sensação do prazer de forma socialmente aceita, atra-
vés da vivência de emoções em grande intensidade, com rápida elevação dos níveis de tensão (pro-
movidos pela ansiedade, medo e euforia) e pelo imediato alívio dos níveis de tensão a cada atração
em que participa. O parque de diversões funciona como elemento catártico de emoções e tensões
reprimidas ou controladas no dia a dia.

No entanto não é só a sensação corporal que provoca o prazer e faz com que o usuário do parque
queira participar das atrações, mas também a descarga de energia acarretada pelo alívio da tensão
que foi bruscamente provocada e rapidamente aliviada, proporcionando a sensação de satisfação
e bem-estar ao final da atração.

O parque de diversões tem a capacidade de fornecer essa catarse emocional procurada pelas pes-
soas em um ambiente seguro. Portanto, a fim de proteger seus usuários e promover sua segurança,
assim como a do ambiente do parque, deve-se orientar os usuários com uma série de recomendações
e condições para utilização dos equipamentos e atrações.

Este anexo tem como objetivo fundamentar tecnicamente estas condições, através de uma avaliação
médica multidisciplinar.

Constata-se diversidade quanto à categorização do público. Devido a isto, há necessidade de em


alguns aspectos restritivos, haver generalizações, como no caso de gestantes, pessoas portadoras
de deficiência física, sensorial e mental, portadores de epilepsia e cardiopatias, o que pode tornar-se
fator polêmico (ou seja, pode ser entendido como discriminatório).

A fim de fundamentar os motivos pelos quais ocorreram as generalizações ao serem efetuadas as


restrições aos equipamentos, minimizando possíveis pontos polêmicos, a seguir estão os esclareci-
mentos acerca destas problemáticas e dos critérios para a restrição.

E.2 Critérios para restrições ao uso dos equipamentos ou atrações do parque


de diversões

E.2.1 Geral

O principal critério utilizado nesta avaliação para a liberação ou restrição ao uso de equipamentos ou
atrações do parque de diversões foi a observação de condições básicas de segurança oferecidas ao
usuário, em suas condições físicas, orgânicas, intelectuais e emocionais.

Para tanto, foram consideradas as condições ergonômicas dos equipamentos e atrações, sua opera-
cionalidade, nível de emoção e sensação, grau de dificuldade no acesso (embarque e desembarque
no equipamento), bem como condições de resgate no caso de interrupção de funcionamento.

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E.2.2 Pessoas portadoras de deficiências


Considera-se pessoa portadora de deficiência ou necessidades especiais as crianças, adolescentes
ou adultos que se desviem do padrão médio pelas suas características físicas, mentais, sensoriais ou
emocionais, exigindo, conforme o caso, modificações ou adaptações nos serviços de educação, for-
mação, colocação profissional, previdência social ou situação legal especial, notadamente nos setores
do trabalho e da vida civil.

Devido às especificidades no trato com as pessoas portadoras de deficiência, torna-se importantíssi-


mo compreender suas necessidades para que possa ser proporcionado, dentro do parque de diver-
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sões, direito ao lazer adequado. Por isso a necessidade de elucidar os seguintes aspectos informati-
vos básicos a respeito das deficiências:

— deficiência sensorial: nome genérico utilizado para a deficiência nos órgãos dos sentidos, tanto
na deficiência auditiva (acusia ou perda da acuidade auditiva parcial) como na deficiência visual
(amaurose ou acuidade visual parcial);

— a deficiência auditiva traz dificuldades na comunicação e na orientação do indivíduo que a apre-


senta e pode tornar-se fator de risco à sua segurança no parque de diversões, quando o indivíduo
é incapaz de compreender as normas de segurança comunicadas através de sistema de som
dos equipamentos (quando existentes) ou do parque em geral. Porém, a deficiência não é consi-
derada fator restritivo ao uso dos equipamentos, uma vez que estes tenham indicadores visuais
para regras de segurança. Em casos de equipamentos com alto grau de dificuldade de resgate,
as informações devem ser verbais e é obrigatória a presença de um acompanhante ao deficiente
auditivo no uso do equipamento.

Portanto, recomenda-se que crianças ou adolescentes com deficiência auditiva, sempre apre-
sentem-se nos equipamentos ou atrações acompanhadas de adulto que possa comunicar-lhes
as normas para sua segurança. O mesmo ocorre com crianças ou adolescentes com dificuldade
de comunicação;

— deficiência visual: a amaurose é considerada fator de maior risco à segurança do indivíduo, pois
limita a percepção direta do ambiente pela pessoa.

Para locomover-se, o deficiente visual faz uso de uma orientação mental, que é o reconhecimento
de uma área em termos de suas relações espaciais e temporais. Esse reconhecimento consiste
em um “mapa mental”, dentro do qual o deficiente visual se orienta. À medida que se locomove,
o deficiente visual capta sons, mudanças de nível do solo, correntes de ar e odores que confir-
mam ou lançam dúvidas sobre a exatidão de sua orientação mental, utilizando seus demais sen-
tidos, especialmente o da audição.

No ambiente do parque de diversões, a grande quantidade de estímulos, principalmente os auditivos,


provocam desorientação na pessoa deficiente visual, portanto, recomenda-se que ela seja guiada
por outra pessoa, preferencialmente um adulto, pois a pessoa deficiente visual terá muita dificuldade
em captar e compreender os obstáculos arquitetônicos. A desorientação mental provocada pelos
excessivos estímulos do parque, além de dificultar a locomoção independente, pode provocar
estado de certa confusão mental e desconforto emocional ao portador de deficiência visual.

Ressalta-se que o critério de maior restrição ao uso de equipamentos do parque de diversões por
deficientes visuais é o resgate em altura elevada ou condições desfavoráveis ao resgate, em caso
de interrupção do funcionamento do equipamento.

Recomenda-se que a pessoa portadora de deficiência visual utilize as atrações do parque sempre
acompanhada de um adulto que lhe forneça orientações e a auxilie em sua locomoção.

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— deficiência física ou motora: disfunção ou interrupção, aguda ou crônica, de um ou mais membros,


podendo ser originada por alteração no desenvolvimento motor, no controle dos movimentos ou
ainda na simetria física, modificando a atividade e a postura do indivíduo em seu cotidiano.

A deficiência física ou motora pode ser caracterizada por paralisia, perda de força motora, desco-
ordenação, desequilíbrio, presença de movimentos involuntários, deformidades ósteo-articulares
simples ou complexas. Portanto, a expressão deficiente físico designa uma categoria ampla de
indivíduos.

Há vários critérios que podem restringir o uso das atrações por pessoas com deficiências físicas
ou motoras. Os mais importantes são os esforços aos quais o usuário é submetido durante o uso
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normal do equipamento e o resgate em altura elevada ou em condições desfavoráveis, no caso


de interrupção do funcionamento do equipamento.

Ao afirmar que o deficiente físico pode utilizar algum equipamento, considera-se que o equipa-
mento está apto a recebê-lo, porém recomenda-se a presença de um adulto responsável que
auxilie o deficiente físico na sua locomoção, promovendo maior segurança.

Também considera-se como fator restritivo pessoas que utilizem aparelhos ortopédicos (próteses)
ou imobilizadas com gesso ou outro material (sendo consideradas deficientes físicos transitórios),
tanto em membros superiores como inferiores. Como já foi observado, o espectro desses indivíduos
é muito amplo e recomenda-se que situações de menor complexidade (por exemplo, gesso em
segmentos restritos, claudicações ou outras alterações com baixo impacto na movimentação
e mobilidade do usuário) sejam avaliadas caso a caso, podendo ou não constar na placa de
condição de uso.

— deficiência mental: estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente


inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo
(comunicação, cuidados pessoais, competência doméstica, habilidades sociais, utilização dos
recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho).

Ressalta-se que, quanto menor o potencial adaptativo desenvolvido pelo indivíduo, maiores serão
suas dificuldades de interação social.

Devido a esta grande diversidade, bem como à dificuldade do leigo (o operador do equipamento),
em categorizar o grau e a potencialidade de risco à segurança para determinada pessoa com
deficiência mental, torna-se necessário generalizar em termos de grau e etiologia à restrição.

Por possuir prejuízo nas capacidades intelectuais, o deficiente mental possui noção crítica e con-
trole diminuídas sobre suas atitudes e emoções, podendo, muitas vezes, comportar-se perigosa-
mente ou agressivamente no ambiente social, seja por estimulação externa ou não, independen-
temente do grau de acometimento de sua deficiência.

Essas alterações comportamentais vão desde a agitação e euforia excessiva, auto ou heteroa-
gressividade, até o isolamento e embotamento profundo, e podem ser promovidas por excesso
de estimulação ou por falta de compreensão das situações ou solicitações do ambiente.

Por todos estes fatores, mesmo a pessoa com deficiência mais adaptada ao ambiente social
necessita, quando em ambiente desconhecido ou com muitos estímulos externos (como é o
ambiente do parque de diversão de maneira proposital) de orientações e/ou supervisão específica.
Portanto, ao afirmar que uma pessoa com deficiência mental pode utilizar algum equipamento,
recomenda-se a presença de um adulto responsável, a fim de oferecer-lhe orientação, segurança
emocional e limites de comportamento, bem como ajudá-la a ter melhor consciência da experiên-
cia vivenciada.

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Ainda referentemente às pessoas com deficiências físicas, sensoriais ou mentais, além de con-
siderar suas limitações orgânicas e/ou cognitivas como fator restritivo à utilização dos equipa-
mentos do parque de diversões, recomenda-se também que o parque de diversões considere as
possíveis cadeias de reações emocionais do indivíduo e de seus familiares frente às restrições,
procurando compreendê-los em sua realidade, para melhor orientá-los.

E.2.3 Gravidez

A gravidez promove na mulher uma série de adaptações fisiológicas e bioquímicas que acontecem
logo após a fertilização e que continuam por toda a gravidez, sendo a maioria delas uma resposta a
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estímulos provenientes do feto e de tecidos fetais, assim como da sobrecarga hormonal ou da ação
mecânica exercida pelo útero gravídico, sendo inclusive observado o agravamento de algumas pato-
logias preexistentes.

Essas alterações envolvem todo o organismo materno e não é possível prever exatamente como os
agentes físicos (velocidade, rotação, impacto, mudanças bruscas de direção, quedas etc.) podem
atuar sobre o organismo da mulher e do feto durante seu estado de gravidez. Estudos revelam que o
desenvolvimento afetivo-emocional da criança se inicia desde a vida intrauterina, avaliando-se como
fator de risco ao desenvolvimento adequado do bebê possíveis traumas provocados por excesso de
estímulos da gestante ou alterações emocionais.

Sabe-se que o útero gravídico transpõe os limites da pelve e torna-se abdominal por volta de 12 sema-
nas de gestação. Assim, durante essa fase, em que poderia haver a presença de uma usuária grávida
sem saber disso no parque de diversão, os riscos são menores, uma vez que o próprio organismo
oferece condições mais sólidas de proteção ao feto nas paredes pélvicas.

É certo que muitas vezes a mulher já pode estar grávida e nem ela própria saber deste fato, mas entende-
se que dificilmente traumas físicos podem ser responsabilizados pelo abortamento espontâneo, uma
vez que o útero, no início da gestação, encontra sólida proteção nas paredes pélvicas.

Após esta fase, a mulher já terá conhecimento do seu estado de gravidez e, neste período, as restri-
ções ao uso dos equipamentos por gestantes se referem aos aspectos físicos que os equipamentos
exercem sobre o feto no interior do útero, bem como os aparatos de segurança que, dependendo do
estágio da gestação, não podem ser utilizados.

O uso inadvertido desses equipamentos pode levar a riscos maternos e fetais, como hemorragias,
ruptura de bolsa, descolamento de placenta, trabalho de parto prematuro, abortamentos etc.

Pelos aspectos apresentados até aqui, após a percepção pelo operador ou quando a própria usuária
informar a gravidez, ela não pode fazer uso de determinados equipamentos ou atrações.

E.2.4 Problemas cardíacos

A exposição do sistema cardiovascular a sensações fortes, estresse físico e/ou emocional acarreta
uma série de efeitos no corpo humano, como a estimulação do sistema nervoso autônomo com libe-
ração de hormônios e transmissores químicos, como adrenalina, dopamina e outros, que produzem
aumento substancial da frequência cardíaca, da contratilidade dos músculos cardíacos, do consumo
de oxigênio pelo coração e demais tecidos e redução do calibre da vasculatura periférica (vasocons-
tricção periférica).

Essas alterações em indivíduos saudáveis não acarretam maiores consequências, pois seus vasos
e coração trabalham normalmente consumindo e exigindo menos do que a capacidade total desses

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órgãos, para que em situações de estresse, luta, fuga e atividades físicas mais intensas eles possam
ser submetidos a essas sobrecargas.

Já indivíduos que possuem problemas cardíacos graves previamente, os quais o obrigam a funcionar
no limite superior de sua capacidade total cardiovascular ou muito próximo a ele, podem sofrer exacer-
bação e/ou descompensação de sua patologia de base, culminando em complicações graves.

O conceito de doença cardíaca grave engloba tanto doenças cardíacas crônicas como agudas. São
consideradas graves as cardiopatias agudas, habitualmente rápidas em sua evolução, que se tornam
crônicas, caracterizadas por perda da capacidade física e funcional do coração, e as cardiopatias crô-
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nicas, quando limitam, progressivamente, a capacidade física e funcional do coração (ultrapassando


os limites de eficiência dos mecanismos de compensação), não obstante o tratamento clínico e/ou
cirúrgico adequado.

Essa limitação da capacidade física e funcional do coração é definida pela presença de uma ou mais
das seguintes síndromes: insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, arritmias complexas, hipo-
xemia (falta de oxigênio nos tecidos) e manifestações de baixo débito cerebral, secundárias a uma car-
diopatia. Estão habitualmente relacionados às seguintes cardiopatias: cardiopatia isquêmica (infarto
agudo do miocárdio, angina instável e angina estável), cardiopatia hipertensiva (comprometimento do
coração pela hipertensão arterial), miocardiopatias (hipertróficas, dilatadas ou restritivas), valvopatias
(insuficiência mitral, estenose mitral, insuficiência aórtica, estenose aórtica, prolapso da valva mitral,
pacientes portadores de próteses cardíacas), cardiopatias congênitas (com repercussões hemodinâ-
micas), arritmias, pericardiopatias, aortopatias (aneurismas de aorta abdominal, aneurisma torácico,
dissecção de aorta e hematoma de aorta) e cor pulmonale crônico.

A sobrecarga hemodinâmica, levada pelo estresse emocional e/ou físico pode evoluir para infarto
agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico ou acidente vascular cerebral hemorrágico,
ruptura da aorta, arritmias complexas, edema agudo de pulmão, parada cardiorrespiratória e morte
súbita, ficando caracterizada a contraindicação para os portadores de cardiopatias graves: o estresse
físico e emocional, e as profundas forças dinâmicas que envolvem os equipamentos e atrações do
parque de diversões são, portanto, fatores proibitivos.

Pode-se citar também como fatores restritivos ao uso de alguns equipamentos ou atrações do parque
de diversões as patologias que favoreçam fenômenos tromboembólicos (obstrução/oclusão de vasos
por trombos) em vasos periféricos precipitando isquemia local (morte do tecido) em artérias previa-
mente obstruídas parcialmente como em portadores de insuficiência arterial grave, úlceras arteriais,
coagulopatias graves e diabetes descompensado.

E.2.5 Epilepsias
As crises convulsivas são alterações temporárias e reversíveis do funcionamento do cérebro. Durante
alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos (como uma descarga
elétrica) que podem ficar restritos a esse local do cérebro ou espalhar-se, sendo assim diferenciados
em parciais ou generalizados e simples ou complexos. Por isso, algumas pessoas podem ter sin-
tomas mais ou menos evidentes de epilepsia (como perda da consciência, corpo rígido, tremor das
extremidades do corpo e contraturas musculares ou sensações estranhas, distorções de percepção,
movimentos descontrolados de uma parte do corpo, como face, um membro ou cabeça, ou ainda
a pessoa pode apresentar-se como se estivesse “desligada” por alguns instantes), não significando
que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.

Quando essas crises duram mais de 5 min ou apresentam-se de forma recorrente por mais de 30 min
sem que a pessoa recupere a consciência, elas são perigosas e podem trazer prejuízo às funções
cerebrais.

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Epilepsia é quando essas crises se repetem no mesmo indivíduo, causadas por predisposição persis-
tente do cérebro a gerar essas crises. Predisposição essa que pode ter a causa desconhecida ou ter
origem em ferimentos sofridos na cabeça (recentemente ou não), falta de oxigênio na hora do parto,
abusos de álcool e drogas, tumores ou outras doenças neurológicas.

Existem, portanto, alguns fatores que são tidos como potencialmente desencadeantes de crises con-
vulsivas em indivíduos suscetíveis, como: período pré-menstrual e ovulatório em mulheres, privação
de sono, estresse físico, estresse psicológico, estimulação luminosa intermitente (luzes estroboscópi-
cas e as que oferecem mudança rápida dos padrões de estimulação visual), bebida alcoólica, fadiga
excessiva, uso inadequado de medicamentos, entre outros.
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Alguns desses fatores com potencial risco de desencadear uma crise convulsiva podem ser obser-
vados em diversas atrações do parque de diversões. Por existir o risco de lesões físicas decorrentes
de quedas, fraturas, queimaduras e o risco teórico de comprometimento cerebral e consequências
psicossociais, há um número elevado de restrições a usuários sabidamente epilépticos no uso dos
equipamentos e atrações.

Sabe-se que a pessoa com epilepsia sempre, na medida de suas possibilidades, é orientada a ter vida
normal, usufruindo dos serviços da comunidade, bem como do lazer, porém recomenda-se prudência,
responsabilidade e o afastamento de situações que possam colocar sua integridade física e sua vida
em risco devido à sua condição.

E.2.6 Problemas do labirinto

A orientação espacial do ser humano é dada pela interação de três sistemas básicos: o visual, o
proprioceptivo e o estatocinético. O estatocinético é comandado pelo labirinto e suas estruturas adja-
centes, e é o mais operacional dos três e, portanto, aquele cujas perturbações mais dramaticamente
comprometem o equilíbrio.

Os receptores que indicam a posição e o movimento das cabeças estão localizados no labirinto, que
encontra-se no osso do ouvido interno, e são de fundamental importância na manutenção do equilíbrio
corporal. Assim, a movimentação da cabeça em qualquer direção implica obrigatoriamente à estimu-
lação do labirinto.

Afecções comprometem a estrutura ou o adequado funcionamento do sistema do labirinto, como labi-


rintite idiopática, infecciosa, traumática ou vascular, hipersensibilidade labiríntica (cinetose), vertigem
posicional paroxística benigna, neuronite vestibular, doença de meniére, tumores de ouvido interno e
outras, quando submetidas a condições de mudanças bruscas de posição, como rotações rápidas,
quedas e desacelerações, podendo desencadear crises de desconforto e desequilíbrio importante,
com sensação rotatória, náuseas, vômitos, zumbido, perda da audição, plenitude aural, alteração da
marcha pelo desequilíbrio e quedas com riscos de lesões físicas.

Devido aos fatores acima expostos, há elevado número de restrições ao uso de equipamentos e atra-
ções do parque de diversões por pessoas com problemas do labirinto.

E.2.7 Fobias e transtornos da ansiedade

Estes problemas caracterizam-se por crises súbitas e imprevisíveis de elevada ansiedade e medo,
com aumento da frequência cardíaca, sudorese, dor no peito, falta de ar, desconforto e dor abdomi-
nal, sensação de formigamento, tonturas, desmaios, sensação de morte ou loucura iminente e perda
de controle.

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No transtorno do pânico essas alterações ocorrem de forma inesperada e não seguidas de situações
especiais que a justifiquem, como situações de perigo reais ou aparentemente reais (caracterizando
a fobia simples e não patológica). No transtorno do pânico essas alterações psíquicas e físicas ocor-
rem de forma recorrente e por períodos prolongados (mais de um mês). Na agorafobia essas sensa-
ções são desencadeadas diante de situações pré-conhecidas, como diante de multidões, vias públicas
(ruas, praças), ambientes públicos (cinemas, teatros, parques de diversões), transportes públicos etc.
Na fobia social esses fatores são desencadeados em situações em que o desempenho do indivíduo
é submetido a avaliação de outras pessoas, como ao falar em público, mesmo com um número bem
reduzido de ouvintes, comer ou beber em público, escrever ou assinar cheques.
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Além desses transtornos comentados acima, podem ser citadas formas de fobias mais específicas e
também aplicadas aos principais estímulos fóbicos encontrados dentro do parque de diversões como:
aerofobia (medo mórbido de correntes de ar), potamofobia (medo mórbido de correntes de água),
anemofobia (medo mórbido de rajada de ventos), acrofobia (medo mórbido de altitudes), cinetofo-
bia (medo mórbido dos movimentos), claustrofobia (medo mórbido de lugares fechados) e nictofobia
(medo mórbido do escuro).

O indivíduo fóbico pode colocar em risco a sua segurança e a dos demais usuários, em equipamen-
tos ou atrações do parque, devido à súbita necessidade e sensação de urgência de afastamento do
estímulo que lhe provocou o quadro fóbico, com agitação exacerbada e desfiguração da realidade
momentânea, levando-o a atitudes destemperadas e podendo culminar em acidentes com lesões físi-
cas e consequências psicossociais. Devido à imprevisibilidade do que, no parque de diversões, pode
provocar tal crise de pânico/fobia em indivíduos suscetíveis, recomenda-se restrições aos equipamen-
tos ou atrações cujo conjunto de emoções provocadas e características de operação (que não permita
resgate rápido) possam colocar em risco a segurança do usuário.

E.2.8 Problemas de coluna vertebral


A coluna vertebral é o eixo central do corpo. É uma estrutura bastante flexível que dá movimento e sus-
tentação ao corpo, está envolvida em quase todos os movimentos e é responsável pela sustentação
da cabeça, fixação das costelas e dos músculos do dorso.

A coluna vertebral é formada por ossos chamados vértebras e, entre as vértebras, há discos que
formam articulações que propiciam a movimentação da coluna e a absorção de impactos. Ela ainda
funciona como um canal de feixes nervosos, protegendo a delicada medula espinhal e ligando os
diversos órgãos e outras partes do corpo ao cérebro.

Tal estrutura, se danificada, implica prejuízos graves para o ser humano, prejudicando sua livre
movimentação e impedindo-o muitas vezes de realizar suas atividades rotineiras. Os principais proble-
mas que acometem a coluna vertebral são: cifose (desvio côncavo da coluna, onde as costas ficam
arqueadas, o tórax retraído e os ombros projetados para a frente); lordose (desvio convexo da coluna
característico na região da bacia, causando uma curvatura exagerada no local), escoliose (a coluna se
desvia lateralmente), hérnia do disco intervertebral (a parte mais central do disco, que se localiza entre
as vértebras,”escorrega” e “sai” da estrutura da coluna) e a artrose (conhecida como bico de papagaio
e causada pelo atrito entre as vértebras).

A dor ocasionada é forte e incapacitante, podendo estar associada a sensação de dormência ou


formigamento, ou irradiação da dor para braços ou pernas e até mesmo paralisação dos membros,
piorando com os mínimos movimentos realizados pela pessoa, na maioria das vezes precipitadas
pelas condições de determinadas atividades, que levam a pessoa a assumir posturas inadequadas.
É frequente associar as dores lombares e dorsais ao esforço em flexão e/ou em rotação do tronco,
resultando a intensidade da combinação do grau da flexão e/ou rotação do tronco, velocidade do
movimento, contração vigorosa de músculos antagonistas e o número de repetições do movimento.

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No parque de diversões existem equipamentos que envolvem profundas forças dinâmicas e de alto
impacto que desencadeiam movimentos bruscos de flexão, extensão e rotação do tronco, sendo estes
não recomendados às pessoas com patologias da coluna.

E.2.9 Cirurgias recentes

Toda cirurgia produz um trauma controlado em estruturas e tecidos do corpo humano no local onde o
procedimento foi realizado (uma vez que, para realizar a cirurgia, o cirurgião corta com bisturi e afasta
estruturas como pele, tecido subcutâneo, vasos e músculos). Nesta situação, o trauma causado pela
cirurgia será reparado pelo corpo humano e isto será feito pela produção de cicatrizes.
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A cicatrização é o mecanismo que o organismo humano utiliza para reparar estruturas, órgãos ou
tecidos lesados. Basicamente, a cicatrização tem por finalidade fechar e unir as partes remanescentes
de uma estrutura, órgão ou tecido lesados no corpo humano. Este fechamento se faz pela produção
de um tecido fibroso que preenche o espaço causado pela lesão e une as bordas lesadas, mantendo
o meio interno do corpo humano livre de contato com o meio externo.

O esforço físico é um aspecto que pode prejudicar a cicatrização e com isto comprometer o resultado
de uma cirurgia. A cicatriz somente torna-se resistente à tração após o terceiro mês de pós-operatório.
Se, durante este período, o paciente realizar esforço físico, a tração exercida pela ação dos músculos
sobre as bordas da ferida será transferida à cicatriz que ainda não tolera tensão e isto poderá ocasio-
nar a abertura da ferida ou causar o alargamento da cicatriz, resultando em uma cicatriz inestética ou
mesmo causar a perda da cirurgia, dependendo do tipo de procedimento realizado, se o esforço for
feito em uma fase mais tardia do pós-operatório.

Assim, evitar atividades que exijam esforço físico ou impacto no pós-operatório é algo importante
e isto deve ser feito desde o primeiro dia até o final do sexto mês de pós-operatório, sendo obrigatório
evitar qualquer tipo de esforço físico (de intensidade leve, moderada ou grande) nos primeiros 21 dias,
esforço físico de moderada e grande intensidade nos três primeiros meses, e esforço físico de grande
intensidade até o final do sexto mês de pós-operatório.

O período de recuperação é variável de acordo com o tipo de cirurgia realizada. Assim, o usuário que
realizou cirurgia recente deve estar atento às orientações específicas de seu cirurgião e seguir corre-
tamente as instruções de como proceder no pós-operatório, para evitar complicações.

Devido à exposição constante de forças dinâmicas com mudanças bruscas de direções, impactos
e desacelerações, em equipamentos do parque, recomenda-se restrições generalizadas ao seu uso
por pessoas que realizaram cirurgia recentemente.

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Anexo F
(informativo)

Livro ou sistema de registro de um equipamento de diversão

O livro ou sistema deve conter todas as informações de fabricação, utilização e manutenção do equi-
pamento, incluindo todo o seu histórico técnico-operacional. Deve haver um livro ou sistema por equi-
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pamento, que o acompanhará durante toda a sua vida útil, mesmo havendo mudança de proprietário.

O seguinte exemplo mostra o conteúdo mínimo de um livro ou sistema de registro:

— Título

— Índice

— Nome e identificação

— Descrição do equipamento

— Proprietários

— Dados técnicos e requisitos

— Relatórios de ensaios iniciais

— Inspeções requeridas (ensaios não destrutivos ou visuais)

— Relatórios e resultados de exames; ensaios e inspeções conduzidas por ou para propósito


de autoridades

— Relatório de manutenção preditiva/preventiva

— Relatório de falhas/acidentes

— Relatório de todas as instalações em feiras ou parques permanentes

— Relatório de operações de manutenção programadas

— No caso de livro: Utilizar com páginas numeradas

— Livro de registro: número

— Volume: número

Todos os eventos contidos nos relatórios devem ser datados.

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Anexo G
(informativo)

Efeitos da aceleração nos usuários

G.1 Tolerância médica – Geral


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As acelerações que agem nos usuários em equipamentos de diversão devem estar dentro de um limite
tolerável.

Neste momento, limites gerais para todos os tipos de equipamentos não podem ser definidos. Valores
limitantes são dados a seguir, os quais previnem danos às vértebras do pescoço em montanhas-rus-
sas com veículos guiados ou similares. Para as diferentes direções de aceleração, aplica-se o sistema
de coordenação dado na Figura G.1.

G.2 Equipamentos

G.2.1 Geral

Todos os veículos devem ser equipados com assentos apropriados (com apoios laterais, acolchoa-
mento, descanso de cabeça etc.) e dispositivos de restrição apropriados. Os valores dados não são
aplicáveis para pessoas com condições especiais de saúde.

O ponto de referência para acelerações calculadas ou medidas é 60 cm acima do nível de assento


do veículo.

Se gráficos de aceleração medida versus tempo forem usados, é permitido filtrar partes com alta fre-
quência, usando um low-pass de 10 Hz (profundidade da borda mínima de 6 dB por oitava).

No estágio de projeto, quando as forças de impacto forem envolvidas, é recomendado reduzir os valo-
res permitidos para um mínimo de 10 %.

G.2.2 Aceleração lateral (direção y)

Para aceleração lateral medida versus gráficos de tempo (direção y), os valores permissíveis de acor-
do com a Figura G.2 devem ser observados. O sinal medido de aceleração é gravado como uma con-
sequência de sinais triangulares, os quais devem ser avaliados de acordo com a Figura G.2.

G.2.3 Aceleração vertical (direção z)

Os valores de aceleração permissíveis dados na Figura G.3 devem ser seguidos.

G.2.4 Combinação

Quando houver valores de aceleração lateral e vertical simultâneos, as proporções |ay| / ayzul e
az/azzul de acordo com a Figura G.4 devem ser cumpridas adicionalmente.

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ay e az são os valores de aceleração máxima vista dentro de um período de 0,3 s, também valores
máximos ocorrendo dentro de uma diferença de tempo de 0,3 s ou menos devem ser sobrepostos.

Os valores permissíveis de aceleração ay e az resultando desta sobreposição são dados na Figura G.5;
devido à necessidade de observar o período de 0,3 s, os valores extremos permissíveis são az = − 1,7 g
e az = + 6,0 g.

-z
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-y
+x

+y
-x

+z

Figura G.1 – Sistema de coordenação de corpo

10

ay ay

3 Δt
1
2

1
0,01 0,05 0,1 1 2 3 4
Δt

Legenda

1 Área sobre a frequência de limite de 10 Hz


Δt Duração do impulso, em segundos
* A área > 4 s não é provada e requer mais exames.

Figura G.2 – Aceleração permissível do assento |ay| como uma função da duração de pulso

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az 5

2
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-1
-1,5
-1,7
-2
0 0,5 1 2 3 4
0,3
5

Legenda

* A área > 4 s não é provada e requer maiores exames


S Duração em s.

Figura G.3 – Aceleração permissível az relacionada ao tempo de duração

0,9
a y /a y zul

0,8

0,7

0,6
1
0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
a z /a z zul

Legenda

1 Área permissível

Figura G.4 – Combinação de acelerações |ay| e |az|

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zul a y , g
3

2,7

2,45
2,205
2
1,8
Δ t = 0,05 s Δ t = 0,05 s
Δ t = 0,1 s Δ t = 0,1 s
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Δ t > 0,2 s Δ t > 0,2 s

1
0,9
0,735
0,6

0
-2 -1,53 -1 -0,51 0 1 1,8 2 3 4 5 5,4 6
- 1,7
zul - a z, g zul + az, g

Figura G.5 – Acelerações permissíveis ay e az quando combinadas

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Anexo H
(normativo)

Equipamentos elétricos e sistemas de controle

H.1 Equipamento elétrico


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H.1.1 Geral

Os requisitos deste anexo são aqueles que minimizam o risco de choque elétrico, queimadura e
explosão.

A instalação elétrica deve compreender as Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, Normas
Internacionais, exceto onde estendida ou modificada pelas seções a seguir.

H.1.2 Classe de proteção de equipamento

A classe de proteção de equipamento, como caixas de tomadas, conectores de junção, disjuntores,


chaves seccionadoras, transformadores etc., deve seguir as classes de isolação conforme Norma
Brasileira, caso existente, ou Norma Internacional adequada, no mínimo grau IPX4 em salas fechadas
ou protegidas de precipitações atmosféricas diretas e a IP65 externamente.

H.1.3 Contatos deslizantes

Contatos deslizantes, como, por exemplo, trilhos, coletores giratórios etc., devem ser protegidos a um
mínimo de IP2X, com as seguintes exceções:

— trilhos, pisos condutivos e telhados conectados a um SELV/FELV ou a uma fonte PELV onde
a voltagem máxima seja de 25 V A.C. ou 60 V D.C., com um máximo de 10 % de ondulação sem
proteção contra contato direto;

— carros de bate-bate, se os requisitos de 3.2.4.1.6 forem cumpridos.

Onde for necessária proteção adicional, os trilhos devem ser posicionados de maneira que a entrada
seja pelo lado ou por baixo, para prevenir a entrada de pó ou água.

H.1.4 Sistemas de aterramento

O sistema de aterramento deve ser implantado de acordo com Normas Brasileiras existentes.

H.1.5 Proteção contra choques elétricos

Para equipamentos de diversão transportáveis, apenas as seguintes medidas de proteção contra con-
tato indireto, de acordo com Normas Brasileiras existentes, são obrigatórias:

— proteção pela desconexão automática do suprimento de energia por meio de disjuntores residuais
(DR) com um vazamento máximo de corrente ≤ 0,03 A e resistência de aterramento total de ≤ 30 Ω;

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— proteção através do uso de equipamento de segurança classe II ou de isolamento equivalente;

— proteção através de sistemas SELV ou PELV.

Condutores de ligação e condutores de ligação equipotencial devem ser projetados e instalados de


acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais.

Além disso, presilhas, parafusos, pinos e outros métodos mecânicos de fixação nos equipamentos
e/ou estruturas podem ser usados para dar continuidade à ligação de um condutor, desde que
esses conectores mecânicos não contenham material isolante. A condutividade dessas partes do
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equipamento e/ou estrutura deve ser verificada na manufatura inicial, e um condutor de conexão extra
deve ser incluído. Um rolamento não pode ser usado como método de ligação de partes condutivas
adjacentes do equipamento e/ou estrutura que roda. Onde coletores giratórios forem usados para dar
continuidade ao condutor de proteção, o equipamento e/ou estrutura deve ser ligado ao condutor em
ambas as pontas do coletor giratório.

H.1.6 Medidas de proteção contra raios

Medidas de segurança necessárias contra raios, por requisito local, devem cumprir as Normas
apropriadas.

H.1.7 Iluminação e iluminação de emergência

Quando dispositivos de iluminação estiverem dentro do alcance do usuário, proteções adicionais (por
exemplo, capas plásticas) devem ser aplicadas quando houver chance desses dispositivos contribuí-
rem para o aumento de um risco de choque elétrico, queimadura ou ruptura.

Todas as saídas e entradas de equipamento de diversão que possa ser utilizado a noite devem ter
iluminação capaz de prover luz suficiente para que os usuários e operadores possam sair do equipa-
mento em segurança.

No caso de dispositivos projetados para operar em estruturas fechadas, luzes de emergência devem
ser instaladas para sinalizar rotas de fuga e saídas de emergência, conforme legislação vigente.

Se a qualquer momento houver falha da iluminação normal, as partes afetadas da estrutura, incluindo
quaisquer sinalizações de saída, devem ser imediatamente iluminadas por outros meios que tornem
as saídas visíveis ao público.

As luzes de emergência podem ser supridas pela mesma fonte que as comuns, mas devem ter uma
fonte de energia secundária e independente por uma duração suficiente. O suprimento independente
deve ser colocado em ação imediatamente e automaticamente ao evento de uma falha do suprimento
normal para recintos fechados. Para saídas não fechadas e áreas de emergência, um número adequado
de luzes de emergência portáteis deve existir.

H.1.8 Proteção contra sobrecarga e curto-circuito

Os sistemas de proteção contra sobrecarga e curto-circuito devem estar sempre de acordo com as
Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais.

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H.1.9 Requisitos adicionais para atrações aquáticas

Para situações onde não for possível o uso de um disjuntor residual com Idn ≤ 0,030 A, por exemplo,
onde haja um motor grande, é aceitável uma unidade com Idn 0,5 A, desde que:

a) o equipamento (por exemplo, bomba) seja diretamente ligado à estrutura metálica e a qualquer
canal d’água por um condutor com um tamanho mínimo de acordo com as Normas Brasileiras
existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais; e

b) não seja possível o acesso do público à área ao redor do equipamento.


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H.2 Sistemas de controle

H.2.1 Geral

Essa seção se aplica ao projeto e manufatura de sistemas de controle relacionados à segurança. Apli-
ca-se a todos os sistemas de controle, por exemplo, manual, elétrico, eletrônico, hidráulico, pneumático
e mecânico, e inclui o dispositivo atuante.

Um sistema de controle relacionado à segurança é um sistema que:

— implementa as funções de segurança necessárias para alcançar ou manter a segurança do equi-


pamento de diversão;

— deve atingir, sozinho ou com outros sistemas relacionados, o nível necessário de segurança.

H.2.2 Elementos de sistemas de controle relacionados à segurança

H.2.2.1 Requisitos gerais

Os sistemas de controle incorporando elementos pneumáticos, hidráulicos e mecânicos devem estar


de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais.

Os sistemas incorporando elementos elétricos e eletrônicos devem atender às Normas Brasileiras


existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais.

H.2.2.2 Interruptores e controles de baixa voltagem

Os interruptores e controles de baixa voltagem devem atender às Normas Brasileiras existentes ou,
na sua ausência, Normas Internacionais.

Os controles de abertura positiva com função de segurança devem atender às Normas Brasileiras
existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais.

H.2.2.3 Equipamento de proteção eletrossensível

Equipamento de proteção eletrossensível usado para propósitos relacionados à segurança deve estar
de acordo com Normas Brasileiras existentes ou, na sua ausência, Normas Internacionais, ou ter um
nível de integridade adequado alcançado através de outros meios.

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H.2.3 Funções de parada

Se requerido, como um resultado da avaliação de risco, os sistemas de controle devem ter as


seguintes funções de parada: função de parada operacional, parada de emergência e desligamento
de emergência; elas devem ser redundantes ou diversas. Funções de parada devem ter prioridade
sobre a função de partida correspondente.

H.2.4 Parâmetros relacionados à segurança

Devem ser fornecidos meios para assegurar que os valores dos parâmetros relacionados à segurança
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mantenham-se dentro de níveis predeterminados, definidos pela avaliação de risco.

Velocidade é um parâmetro de segurança crítico para equipamentos de diversão onde acelerações


e consequentemente forças são dependentes da velocidade dos elementos do equipamento de
diversão. Portanto, controle de velocidade pode prevenir efeitos desastrosos em estruturas e usuários.

As seguintes velocidades devem ser consideradas:

— Velocidade operacional mínima:

A velocidade mínima necessária para assegurar, em uma condição operacional predeterminada,


a segurança de usuários e a integridade e a função corretamente exercida do equipamento
de diversão.

— Velocidade operacional máxima:

A velocidade máxima onde, em uma condição operacional predeterminada, a segurança dos usu-
ários, integridade do equipamento e função corretamente exercida estejam asseguradas durante
uso repetitivo.

— Máxima velocidade alcançada:

O valor máximo de velocidade alcançável por um elemento de um equipamento de diversão, sem


qualquer restrição ou controle.

Para uma parte em particular do ciclo do equipamento, pode haver velocidades diferentes de operação.
Em particular, os critérios a seguir devem ser aplicados para prevenir que o equipamento de diversão
opere fora de seus padrões de projeto.

— O sistema de controle deve controlar a velocidade entre as velocidades operacionais mínimas


e máximas durante o ciclo de operação.

— Se o equipamento falhar em obter uma velocidade mínima de operação após um tempo prede-
terminado ou a velocidade cair abaixo da velocidade mínima de operação, o sistema de controle
deve acionar a parada de segurança.

— Se a velocidade do equipamento subir acima de uma velocidade operacional máxima, o sistema


de controle deve fazer uma parada de emergência.

A avaliação de risco deve avaliar os efeitos no equipamento de diversão e nos usuários em qualquer
velocidade. Em geral, se a velocidade máxima alcançável for menor ou igual à velocidade operacional
máxima, o sistema de controle não requer circuitos de controle de velocidade, mas se a velocidade
máxima alcançável for maior que a velocidade operacional, meios adicionais podem ser necessários

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para assegurar que a velocidade máxima operacional não seja excedida. Se a máquina não alcançar
ou cair abaixo de uma velocidade operacional mínima, meios adicionais podem ser necessários para
assegurar que uma velocidade operacional mínima seja alcançada ou uma parada de segurança seja
feita. A necessidade e a integridade desses meios devem ser determinadas pela análise de risco.

Em alguns equipamentos de diversão (por exemplo, aqueles em que uma unidade de múltiplos usuá-
rios seja feita para balançar e/ou rodar sobre um ou mais eixos), as posições instantâneas, velocida-
des e acelerações são muito dependentes do projeto do sistema de controle. Detalhes completos do
sistema de controle, incluindo características, devem estar prontos para uso na análise de estabilidade.
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H.2.5 Status das restrições de usuários

Onde um sistema de controle estiver envolvido na operação, bloqueio ou monitoramento de restrições


de usuários, devem ser determinadas em uma análise de risco suas funções e integridade.

a) Posicionamento para partida

Deve haver confirmação do fechamento e travamento antes de iniciar o ciclo de operação: essa
confirmação não precisa ser automática.

b) Destravamento

Não pode ser possível destravar os dispositivos de travas de segurança até que um estado seguro
tenha sido obtido e o risco aos usuários seja minimizado.

c) Alarmes e avisos

Onde um equipamento de diversão for usado sob o controle final de um operador que deva confiar
em alarmes audíveis ou indicações visíveis como evidência de que os dispositivos de restrição
estejam travados e em posição fechada, tais alarmes ou indicações precisam ser à prova de
falhas (software/hardware) se a aplicação do critério especificado em 4.1.6.2.4 requisitar isso.
Por exemplo, em um dispositivo de alarme luminoso, a condição de liberação deve ser dada pela
lâmpada ou leds acesos e não o contrário para que no caso de uma queima de uma lâmpada,
o operador não seja induzido ao erro.

d) Falta de energia:

Falta de energia não pode:

i) Permitir que as travas sejam soltas ou desativadas, a não ser que tal destravamento não co-
loque em risco os usuários; ou um sistema adequado seja usado para assegurar a segurança
dos usuários.

ii) Prevenir o destravamento intencional dos dispositivos de travas quando requerido para garantir
a segurança de usuários ou para propósitos operacionais, por exemplo: destravamento
manual.

e) Monitoramento de posição

A necessidade do monitoramento da posição do sistema de posicionamento das travas de


usuários e seus bloqueios deve ser determinadas pela aplicação de critérios especificados
em 3.1.6.2.4.

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H.2.6 Inibir funções de segurança

A inibição de funções de segurança só pode ser utilizada por pessoas habilitadas e em casos de
necessidade emergencial, como resgate ou em ensaios operacionais. Em hipótese alguma o equipa-
mento pode operar com quaisquer das funções de segurança inibidas.

H.2.7 Modos de controle

H.2.7.1 Geral
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Sistemas de controle devem ter um ou mais modos de controle, relevantes para sua aplicação.

Modos de controle podem ser divididos em:

— Modos de teste (sem usuários) para ajustes, programação, testes, limpeza, manutenção, resolução
de problemas e reparos;

— Modos de operação como ciclo manual, semiautomático e automático, para operação com
usuários. Pode haver variações e combinações no ciclo de operação;

— Modos não operantes onde o modo pré-operante ou o modo normal de operação não seja possível
devido às circunstâncias anormais.

H.2.7.2 Mudança de modo de controle

Uma mudança no modo de controle não pode causar condições perigosas. Pode ser necessário:

— parar a atração, precisando assim de um comando de operador para reiniciá-la, seguido de uma
troca de modo de controle;

— sinalizar o operador para uma mudança do modo de controle.

O seletor de modos apropriado deve ser localizado de maneira que ele possa ser operado em segu-
rança, inibindo mudança inadvertida do modo de controle.

H.2.7.3 Modo de teste

No modo de teste as seguintes condições devem existir:

a) Uma pessoa autorizada deve estar no controle geral.

b) Dependendo da avaliação de risco, o controle de mais de um subsistema que possa causar


perigo deve ser prevenido por um sistema de controle relacionado à segurança ou estar sob o
controle de um único operador.

c) Dependendo da avaliação de risco, funções relacionadas à segurança devem continuar a operar


ou ficar sob o controle de um único operador.

d) Todas as paradas de emergência do sistema devem permanecer efetivas.

H.2.7.4 Modos de operação

Pode haver mais de um modo de operação. Esses modos de controle permitem que o equipamento de
diversão opere apenas depois de ser iniciado pelo operador ou sob sua supervisão.

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Esses modos são os únicos modos de controle que são permitidos para operação normal com usuá-
rios, e todas as funções de segurança devem estar em uso.

Em geral, modos de operação podem incluir:

— manual, se todos os ciclos de operação estiverem sob o controle do operador;

— semiautomático, se partes do ciclo de operação forem controladas por meio de um ou mais pro-
gramas automáticos;
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— automático, se todos os ciclos de operação forem controlados por meio de um ou mais programas
automáticos.

Em modos de operação, os seguintes requisitos devem ser atendidos:

— o ciclo deve ser iniciado pelo operador, a não ser em casos especiais (assim como carga contínua
e descarga), onde a avaliação de risco permitir;

— devem ser providenciadas formas para prevenir que o tempo limite não seja extrapolado (sendo
esse tempo baseado em um desconforto causado pelo tempo no usuário);

— a seleção de outros programas operacionais não pode causar perigo;

— para equipamentos nos quais carga e descarga ocorram sem que haja necessidade de sua para-
da, de maneira que não precise reiniciar o ciclo, deve existir um dispositivo interno e/ou procedi-
mentos que assegurem que o operador mantenha sua supervisão na atração.

H.2.7.5 Modo não operante

O equipamento é considerado em um estado não operante, se, por exemplo, um dos seguintes
fatos ocorrer:

— falta de energia;

— restauração da energia após uma falha de fornecimento;

— parada de emergência por necessidade técnica;

— parada de emergência por necessidade operacional.

O sistema de controle relacionado à segurança deve assegurar que:

a) em nenhum momento o estado não operante do equipamento leve a algum perigo;

b) após uma parada de segurança, uma parada de emergência ou um evento equivalente durante
a operação, todos os parâmetros e dados críticos do sistema de controle devem ser mantidos até
que seja retornado o modo de operação normal.

Durante a frenagem e parada do equipamento:

— uma sequência segura de eventos deve ser seguida;

— as restrições demarcadas pela velocidade mínima operacional, aplicável em momento distinto,


devem ser seguidas.

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Onde perda de energia possa resultar em uma condição perigosa, um gerador para o sistema de con-
trole e, se necessário, para os carros, deve estar presente para que o equipamento possa ser colocado
em posição segura.

Em modo não operacional, as seguintes condições devem ser atendidas além daquelas requeridas
para o modo de teste:

a) Operações cuja combinação possa simular o modo de operação ou possa levar a condições
perigosas devem ser permitidas apenas em passos discretos, confirmados pelo sistema de
controle relacionado à segurança. Meios viáveis devem ser providenciados para assegurar que
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cada operação separada seja deliberadamente atuada.

b) Contudo, as funções de segurança da alínea a) devem manter-se efetivas nas operações onde,
se sobrepostas, uma condição ainda mais perigosa possa ocorrer.

c) Se a única maneira de resgatar os usuários for cancelar uma função de segurança, esse procedi-
mento especial deve ser feito por um operador autorizado e ser visualmente monitorado por esse
operador ou por um subordinado que comunique-se com ele.

H.2.8 Prevenção de colisão por sistemas de controle


H.2.8.1 Geral

Onde for necessário, por uma avaliação de risco, um meio de prevenir colisões não intencionais,
deve ser providenciado um sistema de controle.

H.2.8.2 Sistema de controle de zona de bloqueio

Um sistema de controle de zona de bloqueio consiste em uma subdivisão parcial ou completa do trilho
ou canal em zonas de bloqueio, cada uma não podendo ser ocupada por mais de um usuário ou trem
ao mesmo tempo.

O número de zonas de bloqueio onde o trilho ou canal é subdividido deve ser suficiente para prevenir
colisões não seguras.

Em alguns equipamentos, dependendo da avaliação de risco, um espaçamento menor entre as uni-


dades de usuários pode ser permitido em uma ou mais áreas com a segurança mantida por outros
meios. Por exemplo, a velocidade pode ser restringida para permitir que unidades de usuários entrem
em contato uma com as outras em estações de embarque etc.

Um sistema de controle de zona de bloqueio deve ser baseado no mínimo nos seguintes elementos:

— meios de sinalizar que uma zona de bloqueio está ocupada. Por exemplo, sensores de ocupação;

— meios de sinalizar que uma zona de bloqueio foi desocupada. Por exemplo, sensores de liberação;

— lógica de controle;

— dispositivo que possa parar a unidade de usuários ou trem. Por exemplo, dispositivos de parada.

A parte da frente de cada unidade de usuários ou trem, entrando em uma zona de bloqueio, deve
sinalizar para a lógica de controle que a zona de bloqueio está ocupada.

Apenas quando a próxima zona de bloqueio estiver desocupada, uma unidade de usuários ou trem
poderá sair da zona de bloqueio que estiver no momento.

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Quando estiver saindo da zona de bloqueio, a parte traseira da unidade de usuários ou trem deve
sinalizar para a lógica de controle que a zona foi liberada.

O sistema de controle deve fazer uma parada de segurança no caso de qualquer falha que possa levar
a qualquer risco aos usuários.

Na restauração de força, incluindo elétrica, hidráulica ou pneumática, se não houver um sistema auto-
mático para assegurar um reinício seguro da operação da zona de bloqueio, o sistema deve prevenir
a liberação de freios, a não ser que eles sejam abertos manualmente. Se um reinício automático for
providenciado, ele deve ser iniciado manualmente.
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A função anticolisão do sistema de zona de bloqueio não pode ser desativada em momento algum.

H.2.8.3 Requisitos para o posicionamento de sensores e dispositivos de parada

Dispositivos de parada devem estar localizados de maneira que após a parada, a unidade de usuários
ou trem, em condições normais, possa reiniciar com segurança.

Em qualquer zona de bloqueio, sensores de liberação devem estar localizados de maneira que, se
a unidade de usuários ou trem parar por qualquer razão, assim que sair da zona de bloqueio, a próxima
unidade ou trem possa evitar colidir com ele mesmo que na condição mais desfavorável.

Os sensores de ocupação e liberação devem estar localizados de maneira que a zona de bloqueio
seja indicada como ocupada antes que a zona anterior seja liberada.

H.2.8.4 Requisitos para parada de unidade do equipamento

Parada de operação, içamento (lift) ou troca de unidade do equipamento são permitidos, desde que
os seguintes requisitos estejam de acordo:

— perda de energia de qualquer unidade não afete a operação de outras unidades;

— os circuitos de controle e comando elétricos, eletrônicos, pneumáticos ou hidráulicos operem,


em seu estado sem energia, a unidade de parada.

Dispositivos de içamento ou carregamento são permitidos como dispositivos de parada sob as seguin-
tes condições:

— o dispositivo deve ser desenergizado por meios aplicáveis, por exemplo, contatores e a unidade
de usuários efetivamente prevenindo uma reversão pelos dispositivos antirretorno.

Um dispositivo eletrônico pode ser usado para levar a velocidade do motor a zero. O motor deve ser
desconectado.

— os circuitos de controle e comando elétricos, eletrônicos, pneumáticos ou hidráulicos devem ser


projetados de maneira a desenergizar o dispositivo no caso de uma falha nos componentes.

Quando um dispositivo for usado para diminuir a velocidade da unidade de usuários ou trem e também
um dispositivo de parada e se a diminuição de velocidade puder influenciar na segurança, os sensores,
lógica de controle e os dispositivos devem ser considerados parte do sistema relacionado à segurança
e tratado de acordo com isso.

No caso onde a diminuição não tenha influência sobre a segurança, essa parte do controle não precisa
ser relacionada à segurança.

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Anexo I
(informativo)

Sugestão de documentos para liberação da instalação de parques

Este Anexo fornece uma relação de documentos sugeridos para o poder público solicitar quando da
instalação de parques fixos ou itinerantes.
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— Requerimento (com período de instalação, período de funcionamento, local de instalação etc.);

— Memorial descritivo;

— Autorização do proprietário do imóvel para os devidos fins;

— Contrato social da empresa;

— Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

— Permissão de funcionamento do parque emitida pelo Corpo de Bombeiros ou documento que


o venha substituir emitido por profissional habilitado;

NOTA 1 Atualmente essa permissão é denominada Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

NOTA 2 Este documento só pode ser entregue após o término da montagem do parque e da vistoria
do Corpo de Bombeiros.

— Responsabilidade técnica pela instalação e funcionamento do parque ou documento que o venha


substituir emitido por profissional habilitado.

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