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Bons estudos!
Herlan Fellini
hexag
SISTEMA DE ENSINO
Autores
Antonio Romualdo de Lorena Neto (Física)
Gabriel Henrique de Moraes (Química)
Giulia Brolacci Pinheiro (Biologia)
Larissa Beatriz Torres Ferreira (Biologia)
Pâmella Simões (Biologia)
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Editora
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisor
Arthur Tahan Miguel Torres
Pesquisa iconográfica
Camila Dalafina Coelho
Programação visual
Hexag Editora
Editoração eletrônica
Camila Dalafina Coelho
Eder Carlos Bastos de Lima
Raphael Campos Silva
Raphael de Souza Motta
Capa
Hexag Editora
Fotos da capa (de cima para baixo)
http://www.fcm.unicamp.br
Acervo digital da USP (versão beta)
http://www.baia-turismo.com
Impressão e acabamento
Meta Solutions
ISBN: 978-85-68999-00-4
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
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2016
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CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
BIOLOGIA
Biologia 1 4
Biologia 2 34
Biologia 3 58
FÍSICA
Física 1 86
Física 2 104
Física 3 136
QUÍMICA
Química 1 166
Química 2 194
Química 3 218
U.T.I. - 5, 6 e 7
Biologia 1
Gimnospermas
Evolutivamente, a principal novidade que surgiu no grupo das gimnospermas é a produção de sementes. Dessa
característica decorre o nome do grupo (do grego, gymnos, nu), pois suas sementes não são protegidas por frutos.
Fanerógamas – refere-se aos vegetais superiores que possuem órgãos de reprodução nitidamente visíveis,
destacando-se de outras traqueófitas, como as pteridófitas. Também são denominadas espermatófitas, pois
produzem sementes, são representadas pelas gimnospermas e angiospermas — que, além de sementes, ainda
produzem fruto.
O surgimento das sementes foi acompanhado, em geral, pela independência da água para fecundação.
Reprodução
Os cones ou estróbilos das gimnospermas são unissexuados e reúnem os esporófilos. As espécies deste grupo
podem dividir-se em monoicas e dioicas. Observe as estruturas associadas aos estróbilos masculinos e femininos.
microsporófilo
Cone feminino
Microsporângios com
Células-mãe de micrósporos
MEIOSE
cone
masculino
Meiose Células
micrósporos (n) Haplóides
Célula-mãe de
Diferenciação megásporos (2n)
Tegumento Micrópila
Megásporo
grãos de pólen
3 células degenaram
1 célula forma o
Megásporo
núcleo reprodutivo (n) núcleo vegetativo (n) Saco embrionário Arquegônio
ou megaprotalo
(gametófito feminino) Oosfera
Óvulo maduro
Cone masculino com destaque para a formação dos micrósporos Cone feminino com destaque para a formação do óvulo, do megásporo
e da oosfera
No interior do microstróbilo são produzidos os grãos de pólen ou gametófitos masculinos jovens, cujo trans-
porte até a estrutura feminina chama-se polinização. Em geral nas gimnospermas a dispersão dos grãos de pólen
se dá pelo vento (anemofilia), mas há casos de dispersão por insetos (entomofilia).
Havendo a polinização o grão de pólen chegará à micrópila do óvulo e desenvolverá o tubo polínico ou
gametófito masculino adulto. No seu interior há dois núcleos gaméticos haploides (gametas masculinos). No óvulo,
um megásporo origina o saco embrionário (gametófito feminino), onde está o gameta feminino, a oosfera.
Um núcleo gamético fecunda a oosfera, gerando o zigoto, enquanto o outro núcleo gamético degenera. O
zigoto dá origem a um embrião que fica imerso no endosperma primário, tecido originado a partir do gametófito
feminino, e, portanto, haploide, que tem por função nutrir o embrião. O gametófito feminino, agora contendo o
embrião, se transformará na semente, que fornece proteção e nutrição ao embrião. A dispersão das sementes por
animais, por exemplo, permite a conquista de diversos ambientes.
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As gimnospermas apresentam ciclo haplodiplobionte, com alternância de gerações. Comparadas a reprodu-
ção das coníferas com a das pteridófitas, notam-se algumas novidades evolutivas. Acompanhe na figura a seguir.
germinação
cones
dispersão masculinos
pelo vento
corte
longitudinal
semente óvulo
alada contendo
embrião
megasporângio
zigoto
microsporângio
com células-mãe
de micrósporos
célula-mãe (2n)
de micrósporos
DIPLOIDE
(2n)
HAPLOIDE
(n)
micrósporos
megásporo
funcional (n)
no megasporângio
oosfera
grão de pólen
(gametófito
masculino
jovem)
núcleos
polinização
gaméticos megaprotalo
pelo vento
arquegônio contendo
a oosfera
oosfera
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Angiospermas
Cada flor é um sistema reprodutor, formado pela reunião de folhas modificadas presas ao receptáculo floral, que
possui formato de um disco achatado.
estigma
antera
estame filete
estilete carpelo
pétala
óvulo ovário
receptáculo floral
sépala
pedúnculo floral
© BlueRingMedia/Shutterstock
Há muitas angiospermas em que as flores aparecem isoladas, como na laranja, na rosa, entre outras; bem
como flores que formam conjuntos, unidas em diferentes tipos de inflorescências, regiões onde ficam as flores. A
margarida é um caso típico de inflorescência.
Partindo da região mais externa, os grupos de folhas modificadas que compõem a flor são as sépalas,
pétalas, estames e carpelos (também chamados pistilos). As sépalas têm função protetora no botão floral – de-
nominação da flor ainda não aberta. O conjunto de sépalas forma o cálice da flor. A reunião de pétalas chama-se
corola. São de extrema importância, pois atraem os agentes polinizadores – animais, predominantemente insetos.
Os estames formam o aparelho reprodutor masculino. O conjunto de estames forma o androceu. Carpelos formam
o aparelho reprodutor feminino. E o conjunto de carpelos forma o gineceu.
Polinização
Polinização é o processo de transporte do pólen da antera ao estigma do gineceu. Pode ser direta (autopolinização)
e indireta (cruzada). A autopolinização não é vantajosa para o organismo, por isso as plantas têm mecanismos que
evitam esse processo.
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Tipos de polinização
A produção de néctar (solução açucarada) e as flores hermafroditas (monoicas) contribuíram evolutivamente para
a ocorrência de fecundação cruzada de plantas dependentes de insetos para sua dispersão.
São tipos de mecanismos de polinização:
§§ pelo vento – polinização anemófila;
§§ por insetos – polinização entomófila;
§§ por pássaros – polinização ornitófila, e
§§ por morcegos – polinização quiropterófila.
Para atrair um animal, as flores têm suas estratégias, como pétalas coloridas, odores e disponibilidade de
alimento.
Aquelas que dependem de entomofilia produzem grãos de pólen leves e em grandes quantidades.
Reprodução
Androceu
No aparelho reprodutor masculino a antera é a onde são produzidos os grãos de pólen, o gametófito masculino jovem.
Flor de lírio
No interior do grão de pólen há dois núcleos, um vegetativo e outro germinativo ou reprodutor. Quando o
grão de pólen germina, origina o tubo polínico (microprótalo ou gametófito masculino adulto). O núcleo germi-
nativo divide-se por mitose e origina os dois núcleos espermáticos (gametas masculinos).
meiose I meiose II
saco
polínico
célula-mãe de
micrósporos (2n)
ruptura de antera com 4 micrósporos (n)
liberação dos grãos de pólen
8
Gineceu
No ovário está o óvulo, dentro do qual será formada a oosfera (gameta feminino). Nele é formado o megáspo-
ro funcional, cujo núcleo se divide por mitoses resultando na formação de oito células, organizadoras do saco
embrionário (gametófito feminino). Este possui a oosfera ladeada por duas células chamadas sinérgides. No
lado oposto à oosfera, existem três células denominadas antípodas e, no centro dois núcleos chamados núcleos
polares.
núcleo haploide
ovário óvulo
meiose
estas células
degeneram
mitose mitose
sinérgides micrópila
Ao cair no estigma de uma flor o grão de pólen forma o tubo polínico, que cresce ao longo do estilete, no
interior do qual estão os dois núcleos espermáticos ou gaméticos. Após o penetrar do tubo polínico no óvulo, atra-
vés da micrópila, ocorre uma dupla fecundação. A primeira fecundação origina o zigoto (2n) a partir da fusão de um
núcleo espermático e da oosfera. Este núcleo 2n crescerá e formará o embrião. A segunda fecundação origina um
núcleo (3n) a partir da fusão do outro núcleo espermático e dos dois núcleos polares. Este núcleo 3n dará origem
a um tecido de reserva chamado endosperma secundário ou albúmen, que nutrirá o embrião até que germine
e possa fotossintetizar.
semente
(óvulo com embrião
e endosperma)
óvulo semente
zigoto embrião
(2n) (2n)
fruto (ovário)
Pós fecundação, há murchamento e queda das pétalas, sépalas e estames. O óvulo fecundado desenvolve-se
e forma a semente, produtora de hormônios vegetais que promoverão o desenvolvimento e crescimento do ovário
para a formação do fruto. Acompanhe a representação do ciclo reprodutivo de uma angiosperma.
9
o
ent
vo lvim
desen
germinação
2n
tegumento (casca)
embrião
endosperma (3n) ESPORÓFITO óvulo
semente secção
ovario
antera
semente
célula-mãe de
fruto micrósporos
(2n) pistilo
DIPLOIDE
(2n)
HAPLOIDE
(n)
tubo polinico
micrósporos
GAMETÓFITO (n)
saco
embrionário oosfera megasporo
núcleos
gaméticos funcional
(n)
O pericarpo pode acumular substâncias de reserva, são os frutos carnosos (baga ou drupa). Porém, há os
que não apresentam substâncias acumuladas, são os frutos secos (deiscentes ou indeiscentes).
Pseudofrutos
Representados por aqueles em que a parte que se desenvolve tornando-se comestível não é o ovário, mas sim outra
parte da flor. Assim, temos:
§§ Caju – a parte suculenta é o pedúnculo floral e o fruto verdadeiro é a castanha-de-caju;
§§ Maçã e pera – a parte comestível é o receptáculo floral que envolve o fruto verdadeiro.
Fruto múltiplo
Morango – existe um único receptáculo desenvolvido, no qual encontramos grande número de frutículos.
Infrutescência
Origina-se do desenvolvimento de uma inflorescência, ou seja, várias flores reunidas, como é o observado em cacho
de uvas, amora, jaca e espiga de milho.
O abacaxi, por sua vez, é um caso de pseudoinfrutescência partenocárpica: comem-se dele os receptáculos
hipertrofiados das diversas flores reunidas.
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Classificação das angiospermas
As angiospermas estão divididas em duas subclasses, cuja principal diferença está nos cotilédones dos embriões.
Cotilédone é a folha primordial do embrião, que pode ou não apresentar as reservas do endosperma da
semente.
Monocotiledôneas
Raiz Flores Caule Folha Semente Exemplos
Arroz, orquí-
dea, palmei-
ra, coqueiro,
trigo, abacaxi,
banana, cana-
Em geral, não forma - d e - a ç ú c a r,
tronco e não cresce em milho, grama.
Apresenta estrutu- Costuma ser estrei-
Fasciculada; os espessura. Apresenta
ra trimera, isto é, os ta, com nervuras
ramos radiculares caules herbáceos, col- Um cotilédone reduzi-
elementos florais paralelas e bainha
são equivalentes mos, bulbos e rizomas. do, sem reserva.
são três ou múlti- geralmente desen-
em tamanho. Os feixes vasculares
plos de três. volvida.
são dispostos irregu-
larmente.
Eudicotiledôneas
Raiz Flores Caule Folha Semente Exemplos
Beterraba, fei-
jão, café, soja,
alface, amen-
doim, eucalipto
Têm estrutura te- Normalmente com cres-
trâmera ou pen- cimento em espessura.
Geralmente é lar-
tâmera, isto é, os São comuns caules le-
Pivotante ou axial. ga, com nervuras
elementos florais nhosos. Dois cotilédones
Têm raiz em eixo reticuladas e bai-
são em número Os feixes vasculares dis- com ou sem reserva
principal. nha quase sempre
de quatro ou cin- postos em círculo.
reduzida.
co, ou múltiplos Em muitas espécies for-
desses números. mam-se troncos.
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Morfofisiologia vegetal
Tecidos vegetais
Meristema
O tecido meristemático é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento de um vegetal. As células desse tecido
são vivas, indiferenciadas, pequenas, de parede fina, contêm vários vacúolos pequenos pelo citoplasma e apresen-
tam capacidade de sofrer divisões sucessivas.
Os meristemas são responsáveis pela formação dos diversos tecidos que formam o corpo de um vegetal.
Há dois tipos deles:
§§ meristemas primários ou apicais, responsáveis pelo crescimento em comprimento e representados pela
protoderme, pelo procâmbio e pelo meristema fundamental; e
§§ meristemas secundários ou laterais, responsáveis pelo crescimento em espessura e representados pelo
câmbio e pelo felogênio.
Meristema apical
Meristemas primários:
Protoderma
Meristema fundamental
Procâmbio
Líber
Lenho
Epiderme
Parênquima
Feixe liberolenhoso
Câmbio
vascular }
Meristemas
Felogênio secundários
Caule Caule
estrutura
estrutura secundária
primária
Epiderme
É o tecido mais externo dos órgãos vegetais em estrutura primária, sendo substituída pela periderme em órgãos
com crescimento secundário. Geralmente é composta por uma única camada de células vivas, vacuoladas, perfeita-
mente justapostas e sem espaços intercelulares.
Suas funções incluem revestimento, proteção, restrição contra perda de água, trocas gasosas pelos estôma-
tos e absorção de água e sais minerais através de pelos radiculares ou pelos absorventes.
Solo
Pelos
radiculares
Epiderme
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Os tricomas são tipos especiais de células epidérmicas com estrutura e funções diversas. Algumas de suas
funções: evitar a perda de água por transpiração, auxiliar na defesa contra predadores, redução da incidência lumi-
nosa e produção de substâncias para prender insetos ou atrair polinizadores.
Tricomas
Súber ou cortiça
É um tecido formado por células justapostas e mortas devido a suberificação (deposição de suberina) de suas pare-
des celulares. O súber exerce proteção e substitui a epiderme no caule e na raiz, quando do crescimento secundário.
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Raiz
Raiz, caule e folha são os órgãos vegetativos de uma planta.
A principal função da raiz é a absorção dos nutrientes minerais, sendo que, no solo, também é responsável
pela fixação do vegetal ao substrato.
Uma raiz padrão possui partes bem definidas:
zona
pilífera
zona de
alongamento celular
ou de distensão
região meristemática
ou zona de
multiplicação celular
coifa
O sistema radicular pode se apresentar basicamente em dois tipos: pivotante, com uma raiz principal, ou
fasciculado, sem raiz principal, que tem seus ramos equivalentes em tamanho e crescendo em todas as direções.
As raízes distribuem-se amplamente pelo solo, mas há algumas plantas que possuem raízes aéreas e outras
que possuem raízes submersas. Alguns tipos de raízes também desempenham outras funções:
§§ raízes tuberosas
§§ raízes respiratórias ou pneumatóforos
§§ raízes sugadoras ou haustórios
Anatomia interna
Em corte transversal, é possível observar em raízes jovens a sua estrutura primária, uma vez que ainda não cresce-
ram em diâmetro, somente em comprimento.
A estrutura primária da raiz, esquematizada a seguir, é constituída por epiderme, córtex, endoderme e
um cilindro central formado pelo periciclo e pelos vasos de xilema e floema.
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Os vasos floemáticos e xilemáticos alternam-se e, em muitas raízes de eudicotiledôneas, dispõem-se em
estrela ou em cruz. Em monocotiledôneas, os vasos de xilema espalham-se na periferia e os de floema alternam-se
entre eles; o centro radicular é ocupado por uma medula parenquimática.
a b
eudicotiledônea monocotiledônea
medula
floema floema
xilema
xilema
O córtex radicular possui proeminentes espaços intercelulares para facilitar a entrada de água e nutrientes.
No entanto, na endoderme se nota o oposto, dada sua função de desviar o fluxo de solutos do apoplasto para o
simplasto. As paredes das células da endoderme possuem as estrias de Caspary, reforço de suberina em forma de
fita, impermeável.
estria de Caspary
endoderme
floema
A periciclo xilema
x
rte
có
epiderme
B
O movimento de água através da raiz é resultante de um mecanismo osmótico. A água pode seguir via simplasto (trajeto A) ou via apoplasto (trajeto B).
A estrutura secundária é representada pelo crescimento diametral ou em espessura do órgão. Nas eu-
dicotiledôneas, esse crescimento deve-se à ação dos meristemas secundários, o câmbio vascular e o felogênio.
Observe, na sequência das figuras, a ação do câmbio vascular no crescimento em espessura das raízes de eudico-
tiledôneas lenhosas, que permite a formação progressiva de novas camadas de xilema, internamente ao câmbio, e
de floema, externamente a ele.
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Estrutura secundária de raiz
Caule
O caule é um órgão responsável por conectar as raízes, folhas e quando presentes, as flores. A característica exclusi-
va dos caules é a existência de gemas laterais (ou axilares), compostas de tecido embrionário (meristema), capazes
de originar os demais tecidos componentes da planta.
Se apresenta em formatos e tamanhos muito variados, de maneira geral, pode ser aéreo ou subterrâneo.
Caules aéreos
§§ Troncos, muito espessos e com ramificações variadas, os galhos;
§§ Estipes, característicos de palmeiras e coqueiros, normalmente sem ramificações;
§§ Colmos, dotados de nós, típicos do bambu e da cana-de-açúcar;
§§ Hastes, caules bastante delgados, de hortaliças.
Caules subterrâneos
§§ Rizomas
§§ Tubérculos
§§ Bulbos
Modificações caulinares
As modificações caulinares mais conhecidas são gavinhas, espinhos, cladódios e filocládios.
§§ Gavinhas são ramos finos, que se enrolam em espiral com a função de fixação, encontrado em plantas como
a videira e o maracujazeiro.
§§ Espinhos são ramos curtos e pontiagudos com função protetora, encontrados em algumas plantas com o
juazeiro e a laranjeira.
§§ Cladódios são os caules suculentos, achatados e clorofilados dos cactos, que assumindo a função de folha,
realizam a fotossíntese.
§§ Filocládios são ramos curtos, laminares com aspecto de folhas.
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Classificação dos caules
Tronco – caule das árvores, lenhoso, robusto
Haste – caule das ervas, verde, flexível e fino
Eretos
Estipe – caule das palmeiras, cilíndrico sem meristemas secundárias
Aéreos Colmo – caule das gramíneas, dividido em “gomos”
Estolão – rastejante, que se alastra pelo solo
Rastejantes
Sarmentoso – rastejante com um ponto de fixação ao solo
Trepadores Que se enrola em um suporte
Rizoma – cresce horizontalmente ao solo. Ex.: bananeiras e samambaias
Tubérculo – ramo de caule que intumesce para armazenar reservas
Subterrâneos
Bulbo – “sistema caulinar” modificado. Ex.: cebola
Xilopódio – caule subterrâneo típico de plantas do cerrado
Aquáticos Com parênquimas aeríferos que servem para respiração e flutuação
Tecidos de proteção
Os tecidos protetores, ou de revestimento, de uma traqueófita são o súber e a epiderme.
Nas eudicotiledôneas, os feixes dispõem-se regularmente no interior do caule como se estivessem ao longo
de uma circunferência e rodeiam uma medula parenquimática.
Nas monocotiledôneas, eles dispõem-se desorganizadamente no interior do parênquima, não existindo
córtex nem medula definidos.
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A estrutura secundária do caule
O caule de muitas eudicotiledôneas é capaz de crescer em espessura, o que é possível pela ação de dois tecidos
meristemáticos, o câmbio vascular e o felogênio. O primeiro é responsável pela elaboração de novos vasos de xi-
lema e de floema. O segundo é responsável pela elaboração anual do novo revestimento da árvore (do caule e da
raiz), ou seja, da casca suberosa.
Folha
A realização da fotossíntese, transpiração, a eliminação e a absorção dos gases atmosféricos através dos estô-
matos, além da condução e distribuição da seiva e reserva de nutrientes são fenômenos fisiológicos de grande
importância realizados pela folha.
Morfologia interna
Plastideos Cuticula
São pequenas estruturas contidas nas A superfície da folha contém uma camada de
folhas que dão as cores às folhas. cera para evitar a perda de água
Plastideos com clorofila verde é Epiderme
chamado cloroplasto É uma camada de células especializadas que
aparece em toda a superfície da planta
Parênquima paliçádico
Células ricas em cloroplastos e é o
primeiro lugar que ocorre a fotossíntese
Mesófilo lacunoso
As células são fotossintéticas e os
grandes espaços entre as células
permitem a difusão do dióxido de
carbono
Xilema e floema
Estômatos
O xilema transporta água e minerais
Abertura nas folhas controlada
das raízes e o floema transporta os
pelas células guarda e permitem a
produtos da fotossíntese para toda a
troca de gases com a atmosfera
planta.
São especializações da epiderme foliar: cutícula, acúleos, pelos, hidatódios e estômatos (imagem).
Vista
externa
Em
corte
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A ação dos estômatos na regulação hídrica
O principal papel dos estômatos relaciona-se às trocas gasosas entre a planta e o meio. Mas estômatos abertos
permitem a perda de água na forma de vapor: transpiração estomática. A água também é perdida por transpiração
cuticular. Portanto, a transpiração total é a soma das duas transpirações.
Curva de fechamento
DIFERENÇA
DE
PESO (g)
TEMPO (Min)
Estabilização: fechamento dos estômatos
ESTABILIZAÇÃO:
Antes FECHAMENTO
da estabilização: transpiração DOSe cuticular
estomática ESTÔMATOS
ANTES DA ESTABILIZAÇÃO: TRANSPIRAÇÃO ESTOMÁTICA
Após estabilização: Transpiração cuticular E CUTICULAR
APÓS ESTABILIZAÇÃO: TRANSPIRAÇÃO CUTICULAR
A abertura e o fechamento dos estômatos são influenciados pela umidade do ar e pela luz.
Ambos têm como base o mecanismo osmótico. Pode ocorrer por dois modos:
§§ Concentração de amido-glicose
§§ Íons potássio
Na prática, ambos os mecanismos ocorrem. De qualquer modo, a possibilidade de reposição da água per-
dida por transpiração tem grande impacto, ou seja, solo com disponibilidade de água indica estômatos abertos, e
o contrário também é valido.
§§ claro: fotossíntese → solução vacuolar básica (entra k+) → ganha água → estômatos abertos.
§§ escuro: sem fotossíntese → solução vacuolar ácida (sai k+) → perde água → estômatos fechados.
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Adaptações da folha aos diferentes ambientes
As folhas das angiospermas apresentam grande variação de estrutura, devido à disponibilidade ou não de água.
§§ Caracteres hidrofíticos
§§ Caracteres mesofíticos
§§ Caracteres xerofíticos – geralmente, são folhas pequenas e compactadas. As folhas de xerófitas são, fre-
quentemente, espessas e coriáceas, com cutícula bem desenvolvida e grande quantidade de tricomas.
Condução de nutrientes
Tecidos condutores
O xilema (lenho) conduz seiva bruta (inorgânica) da raiz às folhas, enquanto o floema (líber) conduz seiva elaborada
(orgânica) da folha aos órgãos consumidores ou armazenadores de reserva. No caule, o floema fica disposto mais
externamente que o xilema, praticamente colado à casca.
Xilema
Os vasos condutores de seiva inorgânica são formados por células mortas – devido à impregnação por lignina – e
ocas. Por ser constituído de células com paredes rígidas, o xilema também participa da sustentação do vegetal.
Existem dois tipos de células condutoras no xilema: traqueídes e elementos de vaso.
Floema
Os vasos do floema são formados por células vivas. A passagem da seiva orgânica se dá célula a célula – há placas
crivadas nas paredes terminais de células que se tocam.
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A condução da seiva elaborada
De modo geral, os materiais orgânicos são translocados para órgãos consumidores e de reserva, podendo haver
inversão do movimento (isto é, dos órgãos de reserva para região em crescimento), quando necessário.
A hipótese de Münch
A hipótese mais aceita atualmente para a condução da seiva elaborada é a que foi formulada por Münch e se
baseia na movimentação de toda a solução do floema, incluindo água e solutos. É a hipótese do arrastamento
mecânico da solução, também chamada de hipótese do fluxo por pressão. O transporte de compostos orgânicos
seria devido a um deslocamento rápido de moléculas de água que arrastariam, no seu movimento, as moléculas
em solução.
Acompanhe no esquema a seguir as etapas envolvidas nesse mecanismo:
Anel de Malpighi
A retirada de um anel de casca do tronco principal leva a árvore à morte, pois, devido à morte de suas
raízes, não recebe mais suprimento de água e sais minerais, essenciais para a fotossíntese. O espessamento do
tronco acima do anel é relacionado ao aumento da atividade meristemática nessa região, graças ao acúmulo de
composto orgânico.
Hormônios vegetais
Assim como em animais nos vegetais também há uma série de fatores que controlam fisiologicamente seu funcio-
namento. Os hormônios vegetais ou fitormônios – substâncias orgânicas reguladoras de processos vitais, como o
crescimento, a germinação de sementes e amadurecimento de frutos – são importantes no controle do metabolis-
mo das plantas.
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Auxinas
O AIA tem a capacidade de estimular ou inibir o crescimento, em razão disso sua ação depende da sua concentra-
ção e também da região onde se encontra. Observe o gráfico abaixo.
Giberelinas
§§ Estimulam o crescimento de caules e folhas, através da ação na divisão e no alongamento celular.
§§ Estimulam a quebra de dormência em sementes, para a germinação.
§§ Quando aplicadas a determinadas plantas podem estimular a floração e o desenvolvimento de frutos par-
tenocárpicos, como as auxinas.
Citocininas
§§ Em conjunto com as auxinas, estimulam a ocorrência de divisão celular.
§§ Esse hormônio junto à auxina ainda influencia a dominância apical, mas de modo oposto à auxina.
§§ Atrasam a senescência das folhas, ou seja, têm ação antienvelhecimento em folhas.
Etileno
É o único fitormônio gasoso.
§§ Estimula o amadurecimento em frutos.
§§ Também está envolvido na abscisão ou queda foliar e de frutos.
Ácido abscísico
A principal função do ácido abscísico (ABA) é impedir a germinação prematura de sementes, mantendo-as dor-
mentes. Além disso também tem importante papel no estímulo ao fechamento estomatar, quando em ocasiões de
carência de água, que estimula sua síntese.
As giberelinas quebram a dormência de sementes, enquanto o ácido abscísico as mantém dormentes.
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Movimentos vegetais
Em resposta a estímulos, os vegetais apresentam movimentos, que, de modo geral podem ser classificados em
tactismo, tipo de movimento com deslocamento, tropismo e nastismo, ambos movimentos sem deslocamento.
Tactismos
Movimento no qual há deslocamento, o qual acontece em gametas vegetais, como os anterozoides de briófitas e
pteridófitas, denominado quimiotactismo.
As euglenas, algas unicelulares, apresentam fototactismo positivo, se movendo em direção à luz.
O aerotactismo é o movimento de organismos em relação ao gás oxigênio, que pode ser observado em
bactérias.
Tropismos
São movimentos de curvatura – por crescimento – em resposta a estímulos ambientais. Quando a região da planta
– como caule ou raiz – se aproxima do estímulo, tem-se o tropismo positivo; e, quando acontece o contrário – o
afastamento – tem-se o tropismo negativo.
Os principais tipos de tropismo são: fototropismo, geotropismo (gravitropismo), quimiotropismo e tigmo-
tropismo.
Fototropismo
A luz é o estímulo ambiental. De modo geral, as raízes têm fototropismo negativo e os caules fototropismo positivo.
Geotropismo
A força da gravidade é o estímulo por trás desse movimento. De modo geral os caules apresentam geotropismo
negativo, enquanto a raiz apresenta geotropismo positivo.
Quimiotropismo
Ocorre em decorrência de um estímulo químico. Um exemplo de quimiotropismo é o que ocorre no crescimento do
tubo polínico em direção ao óvulo.
Tigmotropismo
Neste movimento o estímulo é mecânico. É observado em gavinhas que se enrolam ao redor de suportes.
24
Nastismos
São movimentos não orientados, apesar de também serem desencadeados por estímulos ambientais, assim inde-
pendem da direção ou origem do estímulo.
Fotonastismo
Nesse tipo de movimento, observado na abertura e fechamento de flores, a luz age como agente estimulador.
Termonastismo
Nesse tipo de movimento a temperatura age com estimulante.
Fotoperiodismo
A resposta dos seres vivos à periodicidade luminosa diária é denominada fotoperiodismo, e demonstra influência
sobre processos fisiológicos dos vegetais, como a floração e a queda de folhas. No entanto, atualmente sabe-se
que o período de duração contínua de escuro exerce maior influência na floração.
Tomando como exemplo a floração, vamos distinguir como podem ser classificadas as plantas de acordo
com a influência do fotoperiodismo sobre elas.
§§ Plantas indiferentes
§§ Plantas de dia curto e de dia longo
Planta de dia curto (PDC) (planta de noite longa) Planta de dia longo (PDL) (planta de noite curta)
25
Fitocromos
A percepção da duração do dia ou da noite nos vegetais depende da existência de pigmentos proteicos fotorrecep-
tores, os fitocromos, produzidos nas folhas ou em sementes e responsáveis por captar específicos comprimentos
de onda. Assim, além da floração os períodos de luminosidade influenciam – estimulando ou inibindo – também
a germinação de sementes. Por exemplo, numa planta de dia curto, um dos tipos de fitocromo atua inibindo a flo-
ração em períodos de escuridão particularmente curtos; e em uma planta de dia longo, sob as mesmas condições,
o mesmo fitocromo que agia inibindo a floração naquelas plantas, age de maneira oposta, induzindo a floração.
26
U.T.I. - Sala
1. (Uerj) O padrão de movimentação das plantas é influenciado por diferentes estímulos, de nature-
za química ou física. Considere as plantas como a dama-da-noite, que abrem suas flores apenas no
período noturno.
Identifique o tipo de movimento vegetal que promove a abertura noturna das flores da dama-da-
-noite e indique o estímulo responsável por esse movimento.
Em relação às flores que se abrem à noite, apresente duas características morfológicas típicas res-
ponsáveis pela atração de polinizadores noturnos.
3. (Uftm) Foram retirados dois anéis em torno do caule de duas plantas (cana-de-açúcar e laranjei-
ra), como ilustra o esquema.
a) Após a análise do gráfico, associe cada curva (A, B e C) à sua respectiva condição de suprimento de
água (I, II e III).
b) Compare a abertura dos estômatos das plantas submetidas às condições I e III, ao meio-dia.
c) Explique, de acordo com a teoria de Dixon, como a transpiração atua no mecanismo de transporte da
seiva bruta, em árvores de grande porte.
6. (Ufc) Atualmente é comum haver, em muitos supermercados da cidade, verduras que foram culti-
vadas através da técnica da hidroponia, ou seja, do cultivo em soluções de nutrientes inorgânicos
e não no solo.
Pergunta-se:
a) Como são classificados os nutrientes inorgânicos essenciais adicionados à solução? Cite 2 (dois) exem-
plos de cada grupo.
b) Por que a solução de nutrientes utilizada na hidroponia deve ser continuamente aerada?
28
U.T.I. - E.O.
1. (Unisa – Medicina) A figura 1 mostra uma abelha na flor de uma laranjeira e a figura 2 indica o
local em que foi removido um anel completo de um ramo (cintamento ou anel de Malpighi) dessa
planta.
a) Cite o nome do processo realizado pela abelha que garante a reprodução da planta. Que benefício a
abelha obtém ao realizar tal processo?
b) Considere que a laranjeira possua todos os ramos repletos de flores e que o cintamento tenha sido
feito no local apontado pela figura 2. Qual será o tamanho dos frutos formados acima do cintamento
em comparação ao tamanho dos frutos dos demais ramos? Justifique sua resposta.
2. (Unesp) “Fruto ou Fruta? Qual a diferença, 3. (Ufu) A ilustração a seguir representa, com
se é que existe alguma, entre ‘fruto’ e ‘fru- um esquema tridimensional, a morfologia
ta’?” interna de uma folha. Analise-a e responda
A questão tem uma resposta simples: fruta as questões que seguem.
é o fruto comestível. O que equivale a dizer
que toda fruta é um fruto, mas nem todo
fruto é uma fruta. A mamona, por exemplo,
é o fruto da mamoneira. Não é uma fruta,
pois não se pode comê-la. Já o mamão, fruto
do mamoeiro, é obviamente uma fruta.
(Veja, 04.02.2015. Adaptado.)
29
4. (Ufrj) A soma da área superficial de todas 8. (Uerj) Experimentos envolvendo a clonagem
as folhas encontradas em 1m2 de terreno é de animais foram recentemente divulgados.
denominada SF. O gráfico a seguir apresenta No entanto, ainda há uma grande dificulda-
a SF de 3 ecossistemas distintos (A, B e C). de de obtenção de clones a partir, exclusi-
Nesses três ambientes, a disponibilidade de vamente, do cultivo de células somáticas de
luz não é um fator limitante para a fotossín- um organismo animal, embora estas células
tese. possuam o potencial genético para tal.
Por outro lado, a clonagem de plantas, a
partir de culturas adequadas “in vitro” de
células vegetais, já é executada com certa fa-
cilidade, permitindo a produção de grande
número de plantas geneticamente idênticas,
a partir de células somáticas de um só indi-
víduo original.
a) Indique o tipo de tecido vegetal que está em
permanente condição de originar os demais
tecidos vegetais e justifique sua resposta.
b) Estabeleça a diferença, quanto ao número
Identifique qual dos três ecossistemas cor- de cromossomas, entre células somáticas e
responde a um deserto, explicando a relação células germinativas da espécie humana.
entre a SF e as características ambientais
deste ecossistema. 9. (Unicamp) O texto a seguir se refere ao ciclo
de vida de uma planta vascular:
5. (Unesp) Um professor de biologia solicitou “Os esporos germinam para produzir a fase
a um aluno que separasse, junto com o téc- gametofítica. Os micrósporos se tornam
grãos polínicos e, depois do transporte para
nico de laboratório, algumas plantas mono-
a micrópila do óvulo, o microgametófito con-
cotiledôneas de um herbário (local onde se
tinua o seu desenvolvimento na forma de
guardam plantas secas e etiquetadas). O alu- um tubo, crescendo através do nucelo. Um
no, pretendendo auxiliar o técnico, deu-lhe megásporo produz um gametófito envolvido
as seguintes informações: pela parede do nucelo e por tegumento. Os
I. a semente de milho tem dois cotilédones gametófitos produzem gametas: duas células
e a semente de feijão, apenas um. espermáticas em cada tubo polínico e uma
II. as plantas com flores trímeras devem fi- oosfera em cada arquegônio”.
a) A que grupo de plantas se refere o texto?
car juntas com as de raízes axiais.
b) Que estrutura mencionada no texto permitiu
a) Após ouvir as informações, o técnico deve essa conclusão?
concordar com o aluno? Justifique. c) Quais são os outros grupos de plantas vascu-
b) Cite duas características e dê dois exemplos lares?
de plantas dicotiledôneas diferentes daque-
las informadas pelo aluno. 1
0. (Uflavras) A figura representa uma planta e
seus órgãos vegetativos 1, 2 e 3.
6. (Uerj) O controle da abertura dos estômatos
das folhas envolve o transporte ativo de íons
de potássio.
a) Descreva a importância do potássio no pro-
cesso de abertura dos estômatos.
b) Nomeie as células responsáveis pelo controle
dessa abertura.
31
1
8. (Ufu) A figura adiante refere-se a um processo ecológico muito importante para a manutenção dos
ecossistemas naturais e agrícolas. Analise essa figura e responda as questões a seguir.
22. (Unicamp) A transpiração é importante para o vegetal por auxiliar no movimento de ascensão da
água através do caule. A transpiração nas folhas cria uma força de sucção sobre a coluna contínua
de água do xilema: à medida que esta se eleva, mais água é fornecida à planta.
a) Indique a estrutura que permite a transpiração na folha e a que permite a entrada de água na raiz.
b) Mencione duas maneiras pelas quais as plantas evitam a transpiração.
c) Se a transpiração é importante, por que a planta apresenta mecanismos para evitá-la?
2
4. (Uel) Hormônios são substâncias produzidas por um determinado grupo de células ou tecidos e
estimularão, inibirão ou modificarão a resposta fisiológica e o desenvolvimento de outras regiões
do próprio organismo. Nas plantas, eles também são chamados de fitormônios e participam de
diferentes fases do desenvolvimento vegetal.
Sobre os fitormônios, responda aos itens a seguir.
a) Muitas espécies de plantas ornamentais e frutíferas são podadas entre as estações reprodutivas. Que
tipo de resposta fitormonal essa poda costuma desencadear e qual a sua consequência?
b) Quais são os efeitos do fitormônio etileno?
33
U.T.I. - 5, 6 e 7
Biologia 2
Sistema locomotor
Os componentes do sistema locomotor permitem a movimentação dos organismos através dos ossos, músculos e
articulações. Além de locomoção, outras funções importantes são o suporte, proteção, reserva de minerais e produ-
ção de células sanguíneas (medula óssea).
Sistema esquelético
O esqueleto humano é constituído, principalmente, pelo tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo rígido devido à
mineralização por cálcio e presença de fibras colágenas.
Os ossos podem ser classificados em
§§ longos (ex.: fêmur);
§§ curtos (ex.: patela);
§§ chatos ou achatados (ex.: escápula); e
§§ irregulares (ex.: vértebras).
Por ser um tecido vivo, os ossos apresentam metabolismo, sendo constituído por células que agem em seu
crescimento (osteoblastos), células maduras (osteócitos) e degradação (osteoclastos), além disso são extremamen-
te vascularizados, garantindo sua nutrição.
Sistema articular
Articulações ou juntas são os meios através dos quais os ossos se unem para formar o esqueleto. São formadas
por tecido conjuntivo e podem ser imóveis (com função de absorver impactos ou soldar ossos) ou permitirem
movimentos (permitindo a movimentação dos ossos).
Sistema muscular
Os músculos estão relacionados, basicamente, com as funções de movimento, manutenção da postura e produção
de calor (gerado pelo tremor).
Suas fibras são de cor avermelhada devido à presença de mioglobina.
35
Fisiologia e morfologia dos músculos
§§ Tecido muscular liso ou tecido muscular não estriado: músculos involuntários;
§§ Tecido muscular estriado esquelético: músculos voluntários;
§§ Tecido muscular estriado cardíaco: controlado pelo sistema nervoso autônomo, é o músculo que com-
põe a maior parte do coração dos vertebrados. É estimulado por células marca-passo.
Contração muscular
Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento dos sarcômeros (unidade contrátil das cé-
lulas musculares): os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina. Para esse deslizamento acontecer, há
a participação de grande quantidade de íons Ca2 + e ATP. O estímulo à contração muscular ocorre em cada ponto
de junção entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática da célula muscular corresponde a uma sinapse.
Dependendo do tipo de movimento, há diferentes grupos de músculos em cada lado de uma articulação. O
músculo que causa a ação desejada é chamado de antagonista. Assim, se o grupo agonista se contrai, o antago-
nista se relaxa e permite o movimento desejado.
Sistema cardiovascular
O sangue, principal componente do sistema cardiovascular circula através de vasos com diferentes calibres:
§§ Veias: vasos que chegam ao coração;
§§ Artérias: vasos que saem do coração;
§§ Capilares: vasos com paredes finas que permitem a troca gasosa.
Outro componente fundamental é o plasma, uma complexa mistura de substâncias químicas em água,
representa 55% do volume total do sangue. Este tecido apresenta muitas funções. São elas:
§§ Transporte de nutrientes às células;
§§ Remoção de resíduos metabólicos das células;
§§ Transporte de hormônios e de anticorpos;
36
§§ Distribuição de calor;
§§ Transporte de gases respiratórios;
§§ Coagulação;
§§ Defesa.
Os 45% restantes correspondem à parte figurada, formada por três tipos de elementos celulares:
§§ Glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos): transporte de gases respiratórios, O2 e CO2;
§§ Glóbulos brancos (leucócitos): defesa fagocitária (realizada pelos neutrófilos e monócitos) e defesa
imunitária (realizada pelos linfócitos) do organismo;
§§ Plaquetas (trombócitos, na verdade, fragmentos de células): atuam no processo de coagulação do
sangue.
Automatismo cardíaco
Algumas células cardíacas desenvolvem o potencial de ação que permite que o coração bata sem a influência do
sistema nervoso. Tais células podem ser encontradas no nodo sinusal, que acaba funcionando como um marca-
-passo. Porém, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsos reguladores do SNC (simpá-
tico e parassimpático).
37
Sistema linfático
O sistema linfático está ligado ao sistema cardiovascular e suas principais funções são:
§§ Coletar e fazer retornar ao sangue a linfa retida nos tecidos;
§§ Defender o organismo contra microrganismos patogênicos;
§§ Absorver lipídeos resultantes da digestão de gorduras, que ocorre no duodeno.
§§ Linfonodos (também chamados de nódulos ou gânglios linfáticos), são regiões onde há grupamentos de
linfócitos, estrategicamente situados no circuito linfático. Os linfonodos, resumidamente, possuem duas
importantes funções:
Filtrar a linfa que por eles passa lentamente;
Local de amadurecimento de linfócitos, importantes células de defesa do corpo.
Sistema respiratório
Para que o pulmão realize a hematose (trocas gasosas) necessária à sobrevivência dos organismos, o ar deve
percorrer todos os componentes do sistema respiratório:
§§ Nariz;
§§ Faringe;
§§ Laringe;
§§ Traqueia;
§§ Brônquios;
§§ Pulmões;
§§ Bronquíolos.
Ventilação pulmonar
§§ Na inspiração, ocorre a contração da musculatura respiratória, composta por:
Diafragma: se achata e desce.
Músculos intercostais: dirigem as costelas para cima e para a frente. Como consequência, amplia-se a
caixa torácica, aumentando o seu volume interno.
A pressão interna da caixa torácica se reduz e fica menor que a pressão atmosférica. O ar, então, penetra
nos pulmões.
§§ Na expiração:
Músculos respiratórios relaxam;
Diafragma sobe;
Músculos intercostais fazem com que as costelas voltem à posição original.
O volume da caixa torácica diminui e a pressão interna aumenta, forçando a saída do ar.
O bulbo (componente do sistema nervoso central) é altamente sensível ao aumento de CO2 no sangue e à
diminuição do pH sanguíneo decorrente do acúmulo desse gás, assim quando em situações de pouca oxigenação
o aumento da acidez e o próprio CO2 em solução física no plasma estimulam os neurônios do centro respiratório.
Consequentemente, impulsos nervosos seguem pelo nervo que está ligado, ao inervar o diafragma e a musculatura
intercostal, promovendo a sua contração e a realização involuntária dos movimentos respiratórios, na tentativa de
expulsar o CO2 e obtenção de O2.
38
Sistema digestório
Digestão é o processo de transformação de moléculas de grande tamanho, por hidrólise enzimática, em unidades
menores que possam ser absorvidas e utilizadas pelas células. De maneira geral, pode se dar em dois tipos: extra e
intracelular. No homem e em todos os vertebrados, a digestão é extracelular e ocorre inteiramente na cavidade do
tubo digestório composto por:
§§ Boca, língua e dentes: diz-se que a digestão se inicia na boca, pois é nesse local em que se iniciam os
movimentos mecânicos (mastigação) e processos químicos (ação da amilase/ptialina);
§§ Faringe: onde se iniciam os movimentos peristálticos que continuam pelo trato digestório com a fun-
ção de empurrar o bolo alimentar em direção ao ânus;
§§ Esôfago: através de movimentos peristálticos, o esôfago empurra o alimento para o estômago;
§§ Estômago: os movimentos peristálticos continuam, misturando o bolo alimentar no suco gástrico que
contém, principalmente pepsina, enzima com capacidade de quebrar proteínas. O suco alimentar resultante
da digestão gástrica é denominada quimo;
§§ Intestino delgado: suas paredes são repletas de pregas circulares, vilosidades e microvilosidades de
forma a aumentar a superfície de contato, pois e no intestino delgado que a absorção de nutrientes ocorre,
além de outros eventos da digestão;
§§ Intestino grosso: após a absorção dos resíduos úteis pelo intestino delgado, os restos alimentares são
enviados ao intestino grosso, misturados com grande quantidade de água e sais, que são quase totalmente
absorvidos pelas paredes do intestino grosso;
§§ Ânus.
Além dos órgãos citados, é importante lembrar dos órgãos que agem como glândulas::
§§ Fígado: maior glândula do organismo. Produz a bile e armazena glicose, ferro, cobre e vitaminas;
§§ Vesícula biliar: situado na face inferior do fígado, armazena a bile;
§§ Pâncreas: é considerada uma glândula mista por secretar enzimas digestivas e hormônios (insulina e
glucagon).
Sistema urinário
O metabolismo celular dos animais decorrente da alimentação produz excretas nitrogenadas tóxicas ao organismo
e que por esse motivo, devem ser eliminadas do corpo, buscando estabelecer a homeostase. O aparelho que per-
mite filtrar aquilo que é tóxico e o que é útil ao organismo é composto por:
§§ Dois rins;
§§ Vias urinárias (formada pelas pelves renais, ureteres, bexiga urinária e uretra).
39
Filtração do sangue
As artérias renais passam por ramificações sucessivas, formando arteríolas e capilares, vasos de menor calibre. A
partir da arteríola aferente que adentra na cápsula de Bowman, forma-se um emaranhado de capilares sanguíneos,
decorrentes de ramificações, denominado glomérulo renal ou glomérulo de Malpighi. É função do glomérulo reali-
zar a filtração do sangue. Após esse processo, o sangue continua a fluir pelo néfron, graças à arteríola eferente que
abandona a cápsula. Um conjunto de capilares, originados a partir da arteríola eferente, envolve os túbulos renais
e a alça de Henle, possibilitando trocas entre a corrente sanguínea e o interior do túbulo néfrico. Por fim, esses
capilares unir-se-ão para formação de vênulas, que culminarão na veia renal, possibilitando o retorno do sangue
para a circulação sistêmica contendo o que é útil ao organismo, como os íons.
Sistema nervoso
A relação do mundo exterior com o organismo se dá graças à existência do sistema nervoso que detecta altera-
ções no mundo exterior e até mesmo perturbações e diferentes sensações no interior do próprio organismo. Tais
informações percebidas são levadas até um centro de comando, onde devem ser processadas e interpretadas para
gerar uma resposta.
Arco reflexo
Arco reflexo se caracteriza por uma rápida resposta a um estímulo, como retirar a mão de algo danoso. Desse
processo participa a medula espinhal e neurônios.
Três tipos básicos de neurônio podem ser reconhecidos com relação à atividade que desempenham:
§§ neurônios sensoriais;
§§ neurônios de associação (interneurônios);
§§ neurônios efetores (ou motores).
Visão
Fazem parte da estrutura ocular humana: córnea, íris, pupila, cristalino/lente, humor aquoso, humor vítreo, verno
óptico e retina — local onde se concentram cones (sensíveis à cores) e bastonetes (sensíveis à lumino-
sidade). Ao vermos um objeto a luz é captada por fotorreceptores na retina; a luz é “convertida” em impulso
nervoso; e então sinais são enviados para o cérebro.
Olfato
O número de células olfativas varia de acordo com a espécie, justificando o ótimo olfato que os cães possuem, por
exemplo.
O epitélio olfativo é composto por três diferentes tipos celulares: células receptoras, células de suporte, e
células basais. Uma parte (dendrito) do neurônio receptor está em contato com o epitélio nasal e outra parte
(axônio) se encontra com outros axônios ligados pelo bulbo olfatório — o conjunto de axônios caracteriza o
nervo olfativo, responsável por encaminhar ao SNC as informações relacionadas a esse sentido.
Gustação
Os botões gustativos localizados em diferentes regiões da língua são responsáveis por captar as substâncias
químicas que são sabor aos alimentos. Somos capazes de distinguir o amargo, o ácido, o salgado, o doce e o umami.
42
Audição
A orelha – órgão que se assemelha a uma concha para captar melhor as ondas sonoras – pode ser dividida em:
§§ Orelha externa: pavilhão da orelha e canal auditivo (delimitado pelo tímpano).
§§ Orelha média: contém três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo, atuam na amplificação do som.
§§ Orelha interna: também relacionada ao equilíbrio. Contém a cóclea. Da cóclea, a mensagem é conduzida
pelo nervo auditivo até o cérebro.
Drogas e o SNC
Droga é qualquer substância natural ou sintética que provoca mudanças físicas ou psíquicas. As drogas podem ser
administradas ou ingeridas de diferentes maneiras, que incluem a via oral, absorção cutânea (ou pelas mucosas),
injeção e inalação – as duas últimas responsáveis por causar efeitos mais fortes e instantâneos, pois alcançam mais
rápido a corrente sanguínea e consequentemente seus receptores específicos. Estes estão localizados no cérebro,
de maneira geral.
Ao alcançar seu receptor alvo, essas substâncias influenciam podem ser:
§§ Drogas agonistas: imitam ou aumentam a ação de determinado neurotransmissor, como a nicotina (pre-
sente no cigarro), uma agonista da acetilcolina, e o LSD (ácido lisérgico), um agonista da serotonina;
§§ Drogas antagonistas: bloqueiam sua, como a cafeína, uma antagonista da adenosina;
§§ Bloquear ou afetar sua reabsorção: importante mecanismo que ocorre após o estímulo da membrana
pós-sináptica. A cocaína tem esse efeito, pois bloqueia a reabsorção de norepinefrina e de dopamina, cau-
sando a continuidade de sua ação.
A maioria dessas drogas passíveis de serem usadas de maneira abusiva é classificada como drogas psico-
trópicas ou psicoativas, pois agem no cérebro alterando o humor, o comportamento, e os processos de pensa-
mento. São comumente assim classificadas:
§§ estimulantes: como a cocaína, o crack, a nicotina, a cafeína e as anfetaminas;
§§ calmantes (ou depressoras): como o álcool, barbitúricos, opioides, e os inalantes ou solventes;
§§ alucinógenas (ou perturbadoras): como a maconha (THC), o LSD, a mescalina, certos tipos de cogu-
melos e o ecstay.
Hormônios Atuação
Age no crescimento de vários tecidos e órgãos, particularmente nos ossos.
Crescimento – GH Na infância, a deficiência desse hormônio pode levar ao quadro de nanismo;
(somatotrofina) e o excesso dele, ao gigantismo. No adulto, o excesso, provoca acromegalia
(aumento das extremidades – mãos, pés, mandíbulas).
(porção anterior)
44
Principais glândulas do corpo humano
§§ Glândula pineal: responde a estímulos luminosos, regulando o ciclo circadiano do indivíduo. Secreta
melatonina;
§§ Glândula tireóidea/tireoidiana: apresentam iodo em sua composição e agem regulando o metabolismo
através da secreção de T3 e T4;
§§ Glândulas paratireóides: secretam o paratormônio que possui função de regular os níveis de cálcio
circulantes, através da degradação de tecido ósseo;
§§ Pâncreas: destacado pelo fato de ser anfícrina (porção endócrina e exócrina). Porção exócrina secreta
sucos pancreáticos e a porção endócrina secreta a insulina e o glucagon;
§§ Suprarrenais: localizadas acima de cada rim:
a) Medula adrenal – as principais secreções da medula adrenal são: adrenalina (epinefrina) e noradre-
nalina (norepinefrina). Suas células secretam quando recebem estímulo nervoso;
b) Córtex adrenal – as principais secreções do córtex adrenal são: cortisol (glicocorticoides) que são este-
roides de ampla ação sobre o metabolismo dos carboidratos e das proteínas; aldosterona (mineralocorti-
coides) que são essenciais para a manutenção do balanço de sódio e do volume do líquido extracelular.
§§ Timo: órgão linfoide que também atua como glândula endócrina, pois produz hormônios relacionados à
maturação dos linfócitos T, também formados no timo.
45
Ciclo menstrual e sua importância
O ciclo menstrual é um processo cíclico. Seu funcionamento é diretamente dependente da secreção alternada de
quatro principais hormônios: estrógeno e progesterona (secretados principalmente nos ovários), Hormônio Luteini-
zante (LH) e Hormônio Folículo Estimulante (FSH).
Este ciclo que dura em média, 28 dias, permite que os gametas femininos amadureçam, cria condições para
que este gameta maduro seja fertilizado e quando fertilizado, os hormônios também criam um ambiente propício
à implantação do embrião no útero, ou seja, deixam a camada do endométrio mais espessa. Caso não ocorra fe-
cundação, esta camada do endométrio será expelida (menstruação).
Métodos anticoncepcionais
§§ Preservativo/camisinha masculina e feminina: agem como barreira física, impede também a trans-
missão de doenças sexualmente transmissíveis (DST);
§§ Pílula anticoncepcional: contém hormônios sintéticos que inibem a ovulação. Não protege contra DST;
§§ Dispositivo intrauterino (DIU): o DIU de cobre funciona como barreira física, impedindo que os esper-
matozoides cheguem ao ovócito. O DIU de mirena também libera hormônios, então além de funcionar como
barreira física, também inibe a ovulação. Não protege contra DST;
§§ Diafragma: funciona como barreira física, pois tampa a entrada da tuba uterina. Não protege contra DST;
§§ Tabelinha/método do calendário: ausência de relações sexuais entre o casal durante o período fértil da
mulher. Método de baixa eficácia, pois o ciclo menstrual não totalmente regulado;
§§ Vasectomia: parte dos ductos deferentes é seccionada, impedindo a passagem dos espermatozoides.
Método irreversível;
§§ Laqueadura das tubas uterinas: as tubas uterinas são costuradas, impedindo que os espermatozoides
atinjam o ovócito. Método irreversível.
Prevenção
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar o contágio.
§§ Usar materiais descartáveis ou esterelizados da maneira adequada;
§§ Prevenir-se durante as relações sexuais;
§§ Tomar as vacinas disponíveis, como HPV e Hepatite B;
§§ Exames pré-natais em mulheres grávidas para evitar que o filho seja contagiado;
§§ Controle do sangue utilizado em transfusões pelos órgãos de fiscalização.
46
Doenças
§§ Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids): retrovirus (HIV) invade o sistema imune e ataca os
linfócitos T CD4, responsáveis pela defesa do organismo, justificando o fato de a doença ser caracterizada
pela debilitação do sistema imune;
§§ Condiloma acuminado: o papiloma vírus humano (HPV) gera infecções e verrugas na região genital de
homens e mulheres (ataca também o útero). A vacina foi disponibilizada há pouco tempo no Brasil, inclusive
na rede pública, para meninas de 11 a 13 anos;
§§ Herpes genital: causada principalmente pelo herpes-vírus tipo 2 (HSV-2), cuja manifestação dá-se nos
órgãos genitais com o aparecimento de vesículas (bolhas), preenchidas com líquido, que ao romperem,
originam feridas;
§§ Hepatite B: as hepatites C e D também podem ser transmitidas sexualmente, porém a hepatite B é consi-
derada sexualmente transmissível. O quadro pode ser assintomático. Os vírus atacam o fígado e os sintomas
são caracterizados por cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados
(icterícia), urina escura e fezes claras.
§§ Gonorreia: causada pela bactéria Neisseria gonorrheae. Doença caracterizada pela presença de secreção
purulenta (corrimento) na uretra masculina ou feminina (vagina);
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§§ Sífilis: doença bacteriana, causada pela bactéria Treponema pallidum. A evolução da doença pode ser di-
vidida em três estágios: no primeiro deles, “cancro duro” cerca de um mês após a contaminação, aparecem
nos órgãos genitais lesão ulcerosa. O segundo estágio, com manifestação algum tempo após o cancro duro,
inclui, dentre outros sintomas, o aparecimento de lesões cutâneas e mucosas; e no terceiro, estão incluídas
lesões que se espalham por diversos locais do organismo, dentre eles no sistema nervoso central, resultando
em provável cegueira, em paralisia geral ou até mesmo em morte.
§§ Cancro mole: doença bacteriana causada pela Haemophilus ducreyi, o quadro inicial é caracterizado por
pequenas lesões nos órgãos genitais e, mais tardiamente, podem rapidamente evoluir para dolorosas feridas
cuja consistência na base é mole – daí a denominação cancro mole;
§§ Tricomoníase: o causador é o protozoário Trichomonas vaginalis. Além de ser transmitida por relações se-
xuais e de mãe para filho, a doença também pode ser transmitida pelo uso comum de instalações sanitárias,
toalhas ou roupas de cama contaminadas. Nos homens, o parasita geralmente infecta a uretra e a bexiga
urinária, e embora na maioria dos casos essa infecção seja assintomática, ela pode provocar corrimento
uretral e dores ao urinar; e nas mulheres, pode ocorrer inflamação na vagina, com produção de secreção
(amarelo-esverdeada de odor fétido), bem como dores ao urinar.
48
U.T.I - Sala
1. (Uel) Além do transporte de gases, a circulação sanguínea transporta outros solutos, calor e nu-
trientes. Cada classe de vertebrados tem um tipo muito uniforme de circulação, mas as diferenças
entre as classes são substanciais, principalmente quando se comparam os vertebrados aquáticos
com os terrestres.
As figuras a seguir representam dois tipos de circulação sanguínea observados em vertebrados. A
letra V representa os ventrículos e a letra A representa os átrios. As setas indicam a direção do
fluxo sanguíneo.
Organismo X Organismo Y
1 2
A A
V
Aorta
A V V
Aorta
Com base na figura e nos conhecimentos sobre circulação sanguínea, responda aos itens a seguir.
a) Que órgãos são representados pelos números 1 e 2?
Cite uma classe animal à qual pode pertencer o organismo X e outra à qual pode pertencer o organismo Y.
b) Que vantagens apresenta a circulação dupla completa, no organismo Y, em relação à circulação encon-
trada no organismo X?
2. (Usf) Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as princi-
pais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito
a cada dois minutos é causado por esse tipo de enfermidade.
Embora fatores não modificáveis, como predisposição genética, contribuam para a ocorrência de
tais doenças, para o cardiologista Leonardo Spencer, do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília,
essas estatísticas podem ser explicadas principalmente pelos maus hábitos de vida da população.
“Alimentação não balanceada, rica em gordura saturada, aliada ao sedentarismo, ao sobrepeso, à
hipertensão, ao diabetes e ao tabagismo, por exemplo, aumenta consideravelmente o risco de o
indivíduo ter um problema cardíaco no futuro”.
Várias enfermidades estão no guarda-chuva das doenças cardiovasculares. O dr. Leonardo Spencer
enumera as 4 que mais levam a óbito no Brasil: infarto agudo do miocárdio, doença vascular peri-
férica, acidente vascular cerebral e morte súbita.
Disponível em: <http://coracaoalerta.com.br/fique-alerta/4-doencas-cardiovasculares-
que-mais-matam-pais-2/>. Acesso em: 02/10/2015, às 09h35min.
a) Como uma pessoa que apresenta predisposição genética às doenças cardiovasculares pode adotar me-
didas profiláticas contra esses males?
b) O modo de vida atual nas grandes cidades leva as pessoas a consumirem cada vez mais alimentos in-
dustrializados ricos em sódio e gordura. Cite as consequências para a saúde humana de uma dieta com
estes compostos.
c) No esquema que segue sobre o coração, identifique os vasos numerados de 1 a 5, informando o tipo de
sangue que circula pelo vaso indicado.
3 4 5
2
AD AE
VD VE
1
49
3. (Ufu) “Em aves que voam pouco, como galinhas e perus, os músculos peitorais, que movimentam
as asas, são formados principalmente por fibras brancas. Em aves migratórias acontece o contrário:
os músculos peitorais são formados predominantemente por fibras vermelhas”.
Adaptado de LOPES, Sônia. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 393. v. 1.
4. (Fmj) O sistema nervoso é formado por bilhões de neurônios, que possibilitam a condução do
impulso nervoso em um único sentido. Cada neurônio é constituído por três regiões específicas,
sendo que apenas uma delas é envolvida pelo estrato mielínico (bainha de mielina).
a) Cite as três regiões do neurônio que permitem a propagação do impulso nervoso num sentido único.
Qual é a vantagem da presença do estrato mielínico na condução do impulso nervoso?
b) Explique como um neurônio consegue “se comunicar” com outro neurônio sem ter contato físico.
FIGURA 1 FIGURA 2
a) Nomeie os neurotransmissores 1, 2 e 3.
b) Qual é o efeito do neurotransmissor 3 sobre fibras musculares estriadas cardíacas?
c) Qual é o efeito do neurotransmissor 1 sobre fibras musculares estriadas cardíacas?
50
U.T.I. - E.O.
1. (Unicid – Medicina) A figura representa um modelo artificial para demonstrar como ocorrem os
movimentos respiratórios no ser humano.
Uma garrafa tem seu fundo cortado e substituído por uma borracha, no interior dela há uma bexi-
ga amarrada em um tubo oco que atravessa uma rolha acoplada à boca da garrafa.
Y
a) Qual a importância da estrutura apontada pela seta Y? Qual cavidade cardíaca recebe sangue prove-
niente dos pulmões, por meio das veias pulmonares?
b) Qual o nome da estrutura apontada pela seta X? Explique qual a sua importância para o metabolismo
humano.
5. (Fac. Santa Marcelina – Medicina) O sangue humano é formado pelo plasma, que contém água, ga-
ses, excretas, proteínas, e pelos elementos figurados, tais como eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
a) Além dos componentes citados do plasma, há um monossacarídeo que quando em excesso, pode ser
um indicativo de diabetes. Qual é esse monossacarídeo? Qual é a importância desse monossacarídeo
para o metabolismo celular?
b) Dos elementos figurados, qual deles realiza a diapedese? Explique como esse processo ocorre.
6. (Unisa – Medicina) Os eritrócitos ou hemácias são as células que estão em maior quantidade no
sangue de um homem saudável. São anucleadas e ricas em hemoglobina.
a) Em qual tecido de um homem adulto os eritrócitos são produzidos? Cite um órgão em que os eritrócitos
adultos são destruídos.
b) Baixa quantidade de eritrócitos no sangue ou deficiências nas moléculas de hemoglobina podem de-
sencadear quadros anêmicos. Explique por que as pessoas anêmicas ficam frequentemente cansadas.
52
7. (Ufg) A Figura I corresponde a uma etapa da ação da vitamina K no processo de coagulação san-
guínea, enquanto a Figura II mostra o efeito da interação entre derivados da cumarina, classe de
medicamentos anticoagulantes orais, e da vitamina K.
Figura I O2 CO2
carboxilação
Protrombina Trombina + Ca2+
coagulação
sanguínea
Figura II
50
redutase da vitamina K (%)
Bloqueio da 2,3-epoxi-
derivados da cumarina
derivados da cumarina na
presença de vitamina k
8. (Uftm) A tabela mostra os resultados dos exames de sangue de três estudantes da UFTM.
53
10. (Uerj) Cientistas produzem primeiro hambúrguer de laboratório
O primeiro hambúrguer totalmente cultivado em laboratório foi preparado e degustado durante
uma entrevista coletiva em Londres. Cientistas transformaram células-tronco de uma vaca em
fibras musculares esqueléticas, em quantidade suficiente para preparar um hambúrguer de 140
gramas. Os pesquisadores disseram que a tecnologia poderia ser uma forma ecologicamente sus-
tentável de atender à demanda crescente por carne no planeta, pois sua produção gasta 45%
menos energia, emite 96% menos gás metano e gasta 99% menos hectares de terra para a mesma
quantidade de carne convencional.
Adaptado de O Globo, 06/08/2013.
Nomeie as duas proteínas mais abundantes das fibras musculares, responsáveis por sua contração.
Explique, ainda, a relação entre a expansão mundial dos rebanhos de bovinos e o aumento do
efeito estufa.
12. (Uerj) Observe nas ilustrações dois tipos de néfrons: o néfron cortical, com alça néfrica ou alça de
Henle, curta; o néfron justamedular, com alça néfrica longa.
Suponha três vertebrados adultos hipotéticos, X, Y e Z, caracterizados pelos seguintes tipos de né-
frons: X, apenas néfrons corticais; Y, apenas néfrons justamedulares; Z, apenas néfrons de outro
tipo, sem alça néfrica.
Com base apenas nessa característica, aponte o vertebrado mais adaptado para a vida em um am-
biente terrestre com pouca água. Justifique sua resposta a partir da função desempenhada pela
alça néfrica.
Considerando os três principais tipos de excretas nitrogenados, nomeie aquele mais adequado a
ambientes muito secos. Cite, ainda, uma das propriedades desse excreta que justifique sua escolha.
54
13. (Uema) A maior parte do axônio é envolvida Considerando a hipótese de o modelo des-
por uma camada de natureza lipídica chama- crito ser bem-sucedido e aceito sem rejeição
da de bainha mielínica que funciona como pelo organismo humano, no caso de implan-
isolante elétrico, aumentando a velocidade te, descreva a função a ser desempenhada
de condução do impulso nervoso. Algumas pelo rim artificial, em cada uma das etapas
doenças, como, por exemplo, a síndrome de descritas.
Guillain-Barré, têm origem na destruição da
bainha de mielina com perda gradual da ati-
vidade motora. 16. (Uerj) A amônia é produzida pelos organis-
Fonte: LINHARES, Sergio; GEWANDJNAJDER, mos vivos, especialmente durante o catabo-
Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2011. lismo dos aminoácidos. Por ser muito tóxica,
Explique como a destruição da bainha de alguns vertebrados a incorporam, antes da
mielina afeta a atividade muscular. excreção, como ácido úrico ou como ureia.
Cite um vertebrado que excreta diretamente
14. (Uema) Nossos sentidos funcionam em de- amônia e identifique o principal órgão ex-
terminadas regiões do nosso corpo a partir cretor dessa substância. Aponte, também,
de estímulos que recebemos do meio am- uma vantagem de adaptação ambiental rela-
biente. Eles são baseados em “sensores” tiva às aves e outra relativa aos répteis, por
muito sofisticados que foram desenvolvidos excretarem ácido úrico, substância pouco so-
ao longo de milhões de anos, fruto da evo- lúvel em água.
lução. Cada um deles foi se transformando
devido aos estímulos do meio ambiente, fa-
vorecendo as configurações mais adaptadas 17. (Uerj) Todas as células do organismo hu-
aos desafios impostos pelo meio. Costuma-se mano possuem uma diferença de potencial
ter muita confiança no que os nossos senti- elétrico entre as faces interna e externa da
dos nos transmitem. Em particular, a visão membrana plasmática. Nas células nervosas,
é um dos que consideramos mais confiáveis. essa diferença é denominada potencial de
Quando vemos alguma coisa, ficamos mais repouso, pois um estímulo é capaz de de-
seguros sobre aquilo a que se refere. sencadear uma fase de despolarização se-
OLIVEIRA, Adilson de. Física sem mistério: um olhar guida de outra de repolarização; após isso,
para além dos sentidos. 2010. Disponível em: <http:// a situação de repouso se restabelece. A al-
cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/um-
olhar-para-alem-dos-sentidos>. Acesso em: 20 out. 2013. teração de polaridade na membrana dessas
células é chamada de potencial de ação que,
a) A visão funciona de maneira extremamente repetindo-se ao longo dos axônios, forma o
sofisticada. Nossos olhos se ajustaram para mecanismo responsável pela propagação do
captar uma faixa de a porque grande parte impulso nervoso.
da luz do Sol que chega até nós está dentro
dessa faixa de comprimento de onda. A par- O gráfico a seguir mostra a formação do po-
tir dessas informações, explique o funciona- tencial de ação.
mento dos nossos sensores visuais.
milivolts
a) Identifique, na tabela, qual amostra corresponde às substâncias excretadas por pombos. Explique a
vantagem desse tipo de excreção para as aves.
b) Identifique, na tabela, qual amostra corresponde às substâncias excretadas por girinos e qual cor-
responde às dos sapos. Explique a relação entre o tipo de substância excretada por esses animais e o
ambiente em que vivem.
19. (Ufg) Os rins mantêm o equilíbrio hídrico no corpo por meio da regulação da quantidade e dos
componentes do líquido dentro e fora das células. Quaisquer distúrbios dos canais de água nos
néfrons, ou do hormônio antidiurético (ADH), podem levar a doenças, como a desidratação.
O gráfico a seguir representa duas situações diferentes, em que as duas curvas se sobrepõem até
a metade da porção D do néfron.
Curva 1
Osmolaridade tubular. mOsm/L
1200 Curva 2
900
600
300
A B C D E
20. (Uerj) Foram utilizados, em um experimento, dois salmões, X e Y, de mesmo sexo, peso e idade.
O salmão X foi aclimatado em um aquário contendo água do mar, e o salmão Y, em um aquário
similar com água doce. As demais condições ambientais nos dois aquários foram mantidas iguais
e constantes.
Observe, no gráfico a seguir, os resultados das medidas, nesses peixes, de dois parâmetros em re-
lação ao íon Na+: taxa de absorção intestinal e taxa de excreção pelo tecido branquial.
Biologia 3
Expressão gênica
§§ Controle espacial: em Drosophila melanogaster, experimentos mostraram resultados interessantes, que
diferentes proteínas são expressas em regiões específicas do embrião; e ainda que diferentes genes, que
darão origem a distintas estruturas nos adultos, são ativados em cada local do ovo.
§§ Controle temporal: assim como há particularidade em relação aos genes acionados em cada localida-
de no embrião, outros são acionados em tempos diferentes do desenvolvimento.
§§ Controle ambiental: os organismos precisam responder rapidamente a alterações no ambiente. A
indução gênica ocorre quando condições externas acionam genes. Respostas a luz e calor são dois tipos de
indução bem conhecidos.
3’
Região de ínicio Região terminal
da transcrição de transcrição
Apesar de mais de dois alelos serem responsáveis pela determinação de dado caráter, é preciso lembrar que um
indivíduo, na ausência de mutações, apresenta, em suas células diploides, somente um par de alelos para a expres-
são dessa característica. São clássicos os exemplos de polialelia na determinação da cor da pelagem em coelhos,
Relembrando, genes alelos são os que atuam na determinação de um mesmo caráter e estão presentes nos
Cor da pelagem em coelhos: os quatro fenótipos devem-se a quatro genes diferentes: C (aguti), cch (chin-
chila), ch (himalaia) ca (albino) que apresentam relação de dominância entre si, que pode ser assim representada:
Sistema ABO
Determinação dos grupos sanguíneos - sistema ABO
Após diversos estudos nessa área, foram classificados quatro tipos sanguíneos (fenótipos). São eles: A, B, AB e
O. Foram assim caracterizados de acordo com a presença ou não de tipos de glicoproteínas, denominadas agluti-
As aglutininas do sistema ABO, são anticorpos, presentes em condições naturais no organismo humano,
logo, não é necessário contato com antígenos (aglutinogênios) para que sejam produzidas.
60
Tipos sanguíneos do sistema ABO. Os aglutinogênios estão na membrana das hemácias.
Grupo O
Grupo A
Grupo B
Grupo AB
61
Fenótipo Bombaim
Os antígenos A e B presentes nas hemácias dos indivíduos dos grupos sanguíneos A, B e AB são sintetizados devido
a uma enzima que transforma uma substância precursora em antígeno H (este virará antígeno A ou B) que, por
sua vez, é produzido devido à expressão de um gene dominante H. Com os genótipos HH ou Hh, um indivíduo IAi
produzirá o antígeno A, do grupo A, portanto; caso ele seja IBi, fabricará o antígeno B e será do grupo B; se for IA
IB, sintetizará os dois antígenos e será do grupo AB; e se caso tenha genotipo ii, pertencerá ao grupo O. Por outro
lado, o sangue de pessoas com genótipo hh não terá o antígeno H, razão pela qual não fabricará os antígenos
A e B, mesmo tendo o genótipo para produzi-lo. Logo, um genótipo IBi hh será classificado como grupo O e não
como grupo B, como seria geneticamente classificado. Esse é o fenótipo Bombaim, descoberto na cidade de mesmo
nome.
Ao contrário do que ocorre no grupo ABO, os anticorpos anti-Rh não são naturais, isto é, a produção deles deve ser
decorrente de uma sensibilidade prévia.
Eritroblastose fetal
A doença hemolítica do recém-nascido, também chamada de eritroblastose fetal, ocorre em crianças Rh+ filhas
de mães Rh–. Na eritroblastose fetal, a criança é sempre heterozigota (Rr), o gene r é herdado da mãe (rr) e o R é
proveniente do pai (RR ou Rr).
Na eritroblastose fetal, a criança é sempre heterozigota (Rr), o gene r é herdado da mãe (rr) e o R é pro-
veniente do pai (RR ou Rr). De modo geral, a eritroblastose é constatada a partir da segunda gestação de mães
Rh–. Regularmente, nas trocas sanguíneas entre mãe e feto, verifica-se apenas a passagem de anticorpos e outras
substâncias: nutrientes, O2, CO2 etc. As células não conseguem cruzar a barreira placentária. No entanto, proxima-
mente ao fim da gravidez, é comum a ocorrência de algumas rupturas placentárias, que favorecem a passagem de
sangue do feto para a mãe.
Fenótipos Fator Rh nas hemácias Anti-Rh
Rh+
Sim Não
Rh- Não Após sensibilização
Fenótipos Genótipos
M LM LM
N LN LN
MN LM LN
62
Os sistemas ABO, Rh e MN são independentes. Portanto, uma mesma pessoa jamais pertence ao grupo
sanguíneo A ou Rh+ ou M. O correto seria dizer que o indivíduo pertence ao grupo sanguíneo A, Rh+ e MN, assim
como outro pertence ao grupo B; Rh– e N, e assim por diante.
Transfusões no sistema MN
A produção de anticorpos anti-M ou anti-N ocorre após sensibilização, como acontece com o sistema Rh. Portanto,
não haverá reação de incompatibilidade se uma pessoa que pertencer ao grupo M, por exemplo, receber sangue
tipo N, a não ser que ela esteja sensibilizada por transfusão anterior.
A defesa do organismo
Podemos chamar de antígeno qualquer agente infeccioso ou substância capaz de ser reconhecida pelo sistema
imune. O sistema imunológico deve inativar e eliminar os antígenos estranhos impedindo o desenvolvimento de
processos alérgicos, inflamatórios ou infecciosos.
Os mecanismos de defesa imunológicos podem ser classificados em:
§§ Mecanismo inespecífico, o qual não faz distinção do antígeno (corpo estranho). Inclui primeira linha de
defesa, a qual é externa, formada pela pele e pelas membranas mucosas do sistema digestório, respiratório
e urogenital. A segunda linha de defesa, as barreiras internas inespecíficas, caracteriza-se por substâncias
químicas e células que destróem qualquer antígeno.
§§ Mecanismo específico, no qual as respostas imunológicas são discriminadas, ou seja, específicas para cada
agente infeccioso. Esse mecanismo constitui a terceira linha de defesa e envolve a participação dos órgãos-
linfoides (baço, timo, linfonodos e tonsilas).
As respostas de defesa podem ser classificadas em respostas inatas (primeira e segunda linha de defesa) e
adaptativas (terceira linha de defesa).
A resposta inflamatória
A resposta inflamatória é iniciada após lesão no tecido com consequente ativação de células endoteliais presentes
nas paredes dos vasos sanguíneos.
Os efeitos vasculares observados após estimulação das moléculas pró-inflamatórias são aumento da per-
meabilidade vascular, vasodilatação, eritema, edema e dor, conjunto de alterações conhecido como inflamação.
Caso a resposta inflamatória não seja eficaz na contenção da infecção, o sistema imune passa a depender
de mecanismos mais específicos e sofisticados, dos quais tomam parte vários tipos celulares, o que chamamos de
resposta imune adaptativa ou adquirida.
63
A resposta imune adaptativa ou adquirida
é mais complexa e eficaz
Estas células são responsáveis por discriminar pequenas diferenças entre os antígenos estranhos presentes na
natureza e montar respostas de defesa mais eficazes do que aquelas realizadas pelo sistema imune inato. Existem
três grandes subpopulações de linfócitos: linfócito B (LB), linfócito (LT) e células matadoras naturais (células NK).
Exceto as células NK que participam da resposta inata, os LB e LT são células da resposta imune adaptativa. Os
LB são as únicas células produtoras de anticorpos ou imunoglobulinas (Ig) enquanto os LT são divididos em duas
subpopulações celulares, os LT auxiliares (LTa) ou T CD4 e os LT citotóxicos (LTc) ou T CD8.
A vantagem das respostas imunes com memória é permitir que a próxima resposta de defesa seja mais rápida e
mais intensa, garantindo uma eliminação do antígeno estranho antes que ele prolifere causando infecção e os
sinais e sintomas característicos da doença. Observe o gráfico abaixo:
Quantidade de
anticorpos Resposta imune
secundária
Resposta
imune primária
Dias
Antígeno 7 14 Segunda dose 7 14
injetado do antígeno
♀
VR Vr vR vr
♂
VVRR VVRr VvRR VvRr
Amarela/lisa Amarela/lisa Amarela/lisa Amarela/lisa
VR
65
Linkage e mapas cromossômicos
Cada cromossomo, na verdade, há muitos genes que atuam na expressão de diferentes características. A essa con-
dição deu-se o nome de linkage, ou genes ligados. Sabe-se que os genes ligados ao mesmo cromossomo
são encaminhados juntos ao mesmo gameta
Durante a formação de gametas por meiose, a permutação pode se dar em algumas células, caracterizando
o linkage parcial ou incompleto. Nesse caso, além de gametas com genótipo parental, serão produzidos
também gametas de recombinação, ou seja, com genótipo diferente da célula precursora. Quando o crossing-over
não ocorre, são formados apenas gametas com genótipo parental, determinando o linkage total ou comple-
to.
Taxa de permutação
Porcentagem dos recombinantes.
A a A a
B b b B
Genes em posição cis nos cromossomos. Genes em posição trans nos cromossomos.
Mapas gênicos
§§ Os genes devem estar dispostos linearmente no cromossomo;
§§ Frequência do crossing-over deveria refletir, de alguma forma, a distância entre os genes; e
§§ Se a porcentagem de crossing-over for baixa, os genes devem estar próximos um do outro, o que torna
menos provável a quebra e a troca de pedaços entre os homólogos
Cromossomos sexuais
O cromossomo Y, menor cromossomo humano, é mais curto e possui menos genes que o cromossomo X e contém
uma porção encurvada, na qual há genes exclusivos do sexo masculino.
Sexo feminino é homogamético – só produz um tipo único de gameta –, enquanto o masculino é he-
terogamético – produz dois tipos de gametas
Sistema X0
As fêmeas são representadas por A + XX (homogaméticas) e os machos, por A + X0 (heterogaméticos), uma vez
que um de seus gametas terá um cromossomo a menos. Portanto, quem determina o sexo da prole é o macho, pois
é o sexo heterogamético.
Sistema ZW
Para não gerar confusão com o sistema XY, a simbologia utilizada nesses casos é diferente: os cromossomos sexuais
dos machos são representados por ZZ e os cromossomos sexuais das fêmeas são representados por ZW. Portanto,
nesse sistema é a fêmea quem determina o sexo da prole.
Sistema ZO
No sistema ZO, a fêmea é heterogamética (ZO) e o macho é homogamético (ZZ). Esse tipo de sistema ocorre em
alguns répteis e, casualmente, em aves.
67
Abelhas e partenogênese
Nas abelhas, a determinação sexual se dá quanto à ploidia. Os machos (zangões) são sempre haploides – devido
à partenogênese – e as fêmeas, diploides.
No daltonismo, o indivíduo é incapaz de distinguir – ou tem uma visão alterada – uma ou algumas cores primárias
(vermelho, azul e verde).
Genótipos Fenótipos
XX D D
mulher normal
XX D d
mulher normal portadora
XX d d
mulher daltônica
XDY homem normal
XY d
homem daltônico
Hemofilia
É uma alteração genética em que o sangue apresenta grandes dificuldades de coagulação, decorrente da falta de
produção ou funcionamento anormal de um ou mais fatores que atuam na coagulação sanguínea.
Genótipos Fenótipos
XHXH mulher normal
XHXh mulher normal portadora
XX h h
mulher hemofílica
XHY homem normal
HY h
homem hemofílica
Genótipos Fenótipos
A_B_ púrpura
A_bb branca
aa_B branca
aabb branca
69
Epistasia
Trata-se de um caso especial de interação gênica, segundo a qual um par de genes bloqueia a ação do outro par,
inibindo a manifestação dele. O par que exerce a inibição é chamado epistático; o par inibido, hipostático. Há dois
tipos de epistasia:
§§ a dominante, em que é necessário apenas um gene dominante no par epistático; e
§§ a recessiva, em que o par epistático deve estar em dose dupla.
Genótipo Fenótipo
B_I_ branca
bbI_ branca
B_ii preta
bbii marrom
Genótipos e fenótipos envolvidos na cor da pelagem de cães
Genótipos fenótipos
A_C_ aguti
aaC_ preto
A_cc albino
aacc albino
Genótipos e fenótipos envolvidos na coloração de pelagem de ratos
Herança quantitativa
Herança quantitativa
A herança quantitativa ou poligênica também é um caso particular de interação gênica. Nela, diferentes fenótipos de
uma dada característica mostram variações lentas e contínuas e mudam gradativamente, saindo de um fenótipo “mí-
nimo” até chegar a um fenótipo “máximo”. Assim, esses genes possuem efeitos aditivos na composição dos fenótipos.
70
Calculando o número de fenótipos sem o quadro de cruzamentos
Simplesmente acrescentando 1 ao número de genes envolvidos na expressão de dado caractere, chega-se ao
número de fenótipos possíveis em F2. Por exemplo: se quatro genes estiverem envolvidos (A_B_), então 5 (4 + 1)
serão os tipos de fenótipos. Inversamente, a partir da quantidade de fenótipos, é possível saber o número de genes
da herança. Caso haja nove fenótipos em F2, então subtraindo 1 (9 – 1), teremos que 8 genes, dispostos em quatro
pares, atuam em tal herança.
Em herança quantitativa, a proporção fenotípica, por sua vez, para cruzamento entre indivíduos heterozigo-
tos, pode ser calculada a partir do triângulo de Pascal. Considerando dois heterozigotos para dois pares de genes,
e partindo do número de fenótipos igual a 5, montamos um triângulo com essa quantidade de linhas:
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
Na primeira linha, é colocado o número 1, pelo qual também todas as demais linhas são iniciadas e termi-
nadas. Os números seguintes ao inicial de cada linha são resultados da soma do número imediatamente acima com
aquele à esquerda (caso não haja um número acima ou à esquerda, é considerado zero).
9 : ___
___ 6 : ___
1
Interação gênica Forma dos frutos em abóbora 16 16 16
discoide esférica alongada
16 :
___ 3 : ___
___ 1
Epistásia dominnate Cor da pelagem nos cães 16 16 16
branca preta marron
71
Mutações
A mutação é qualquer alteração no material genético. Há dois tipos básicos de mutação, a gênica e a cromos-
sômica. As mutações gênicas são pequenas alterações que ocorrem na cadeia de nucleotídeos (gene) do
DNA e em razão disso podem levar à alteração do fenótipo. A mutação cromossômica é uma mudança no
número ou na estrutura dos cromossomos.
Mutações gênicas
§§ Adição: inserção de um nucleotídeo à sequência já existente do DNA.
§§ Deleção: eliminação de um nucleotídeo da sequência presente no DNA.
§§ Substituição: ocorre a troca de um nucleotídeo por outro. Caso clássico dessa condição é a que resulta
em hemácias falciformes (com formato de foice).
Aneuploidia
Qualquer perda ou ganho de cromossomos – que altere a condição normal das células. Gera a monossomia e a
trissomia.
Síndrome de Down
Os indivíduos portadores dessa anomalia apresentam uma cópia extra do cromossomo 21.
Síndrome de Edwards
Síndrome de Patau
Síndrome do duplo Y trissomia 44A + XYY (óvulo com X + espermatozoide com YY)
Genética de populações
A genética de populações estuda a distribuição dos genes em populações, os fatores que podem alterar ou modi-
ficar a frequência gênica (ou alélica), bem como a frequência genotípica ao passar de gerações.
O princípio de Hardy-Weinberg
Graças à reprodução sexuada, os genótipos possíveis serão AA, Aa e aa, e as frequências genotípicas em cada
geração:
§§ probabilidade de AA: p x p = p2
§§ probabilidade de aa: q x q = q2
§§ probabilidade de Aa: com gameta feminino (A) e gameta masculino (a):
p x q = pq
q x p = qp
Observe neste quadro de Punnet a representação do cruzamento:
A a →A+a=1
A AA Aa
A+a=1
a Aa aa
73
Em razão disso, as frequências genotípicas são determinadas pela seguinte expansão binomial:
(p + q)2 = 1 ou p2 + 2pq + q2 = 1
↓ ↓ ↓
AA + 2Aa + aa = 1
Uma vez que p + q = 1, logo: q = 1 – p.
A fórmula de Hardy-Weinberg também pode ser escrita desta maneira:
p2 + 2p(1 – p) + (1 – p)2 = 1
A técnica do PCR
Trata-se de uma reação em cadeia da polimerase (do inglês, polymerase chain reaction), que é utilizada para mul-
tiplicar em milhares de cópias um único pedaço de DNA.
Clonagem
A clonagem reprodutiva produz uma “cópia” de um indivíduo existente mediante uma técnica chamada
transferência nuclear, que se baseia na remoção do núcleo de um óvulo que é substituído pelo núcleo de outra
célula somática. Feita a fusão, as células passam a se diferenciar.
75
U.T.I. - Sala
1. (Fac. Santa Marcelina – Medicina) As imagens mostram alguns fenótipos em coelhos. Sabe-se que
o alelo C determina a pelagem selvagem, o alelo cch determina pelagem chinchila, o alelo ch deter-
mina a pelagem himalaia e o alelo ca determina a pelagem albina. A ordem de dominância entre
eles é C > cch > cc > Ca
selvagem chinchila Himalaia albino
a) Considere o cruzamento entre um macho e uma fêmea Quais os possíveis fenótipos dos descendentes
desse cruzamento?
b) Embora sejam fenotipicamente diferentes, por que não podemos afirmar que esses coelhos são de es-
pécies diferentes? De acordo com a genética, como provavelmente surgiram os diferentes alelos nesses
animais?
2. (Unesp) Em uma novela recentemente exibida na TV, um dos personagens é picado por uma cobra
e, para curar-se, recorre a remédios caseiros e crenças da cultura popular. O médico da cidade, que
não havia sido chamado para tratar do caso, afirmou que a prática adotada não era recomendável,
e que “a ‘cura’ só se deu porque provavelmente a cobra não era venenosa.”
Em se tratando de uma cobra peçonhenta, qual o tratamento mais adequado: soro ou vacina? Seria
importante saber a espécie da cobra? Justifique suas respostas.
3. (Uel) Em tomates, foi identificado um mutante denominado de ‘firme’ por apresentar os frutos
com polpas firmes, conferindo maior tempo de duração pós-colheita. Este caráter é governado
por um gene recessivo (f), localizado no cromossomo 10. Outro gene, situado no cromossomo 2,
controla a cor do fruto, sendo o alelo para cor vermelha (A) dominante em relação à cor amarela
(a). Sabendo que estas características são úteis em programas de melhoramento, um pesquisador
realizou dois cruzamentos entre plantas de frutos vermelhos e polpas normais. Os resultados ob-
servados estão no quadro a seguir:
Por que, nos cruzamentos, os fenótipos dos genitores, mesmo sendo iguais, originaram proporções
fenotípicas diferentes nos descendentes?
4. (Unesp) Marcos e Paulo são filhos do mesmo pai, mas de mães diferentes.
Com relação aos tipos sanguíneos dos sistemas ABO e Rh, Marcos é um “doador universal”. Con-
tudo, ao invés de doar sangue, Marcos é obrigado a recebê-lo por doação, pois tem hemofilia tipo
A, uma característica ligada ao sexo. Nas vezes em que recebeu transfusão sanguínea, Marcos teve
por doadores Paulo e a mãe de Paulo. Sua mãe e seu pai não puderam doar sangue, embora fossem
compatíveis pelo sistema Rh, mas não o eram pelo sistema ABO.
Já adultos, Marcos e Paulo casaram-se com mulheres em cujas famílias não havia histórico de
hemofilia, e ambos os casais esperam um bebê do sexo masculino. Contudo, estão receosos de que
seus filhos possam vir a ter hemofilia. O heredograma representa as famílias de Marcos e de Paulo.
76
O indivíduo apontado pela seta é Marcos.
1 2 3
II
1 2 3 4
III
1 2
Considerando o histórico acima, qual o provável tipo sanguíneo da mãe e do pai de Marcos e qual a
probabilidade de que os filhos de Marcos e de Paulo sejam hemofílicos? Justifique suas respostas.
Gene dominante para visão em cores Gene dominante para síntese de G-6-PD
A enzima G-6-PD (glicose seis fosfato desidrogenase), presente nas hemácias, está envolvida no
metabolismo da glicose.
Sabe-se que a deficiência dessa enzima torna a hemácia sensível a certas drogas – por exemplo,
alguns tipos de analgésicos.
Atividade enzi-
Variantes da G-6-PD Genes Quadro clínico
mática (%)
B B 100 Normal
A A 80-100 Normal
A- A- 10-20 Sensibilidade a drogas;
crise hemolítica leve
Med B- 0-5 Sensibilidade a drogas;
crise hemolítica leve
78
U.T.I. - E.O. a) Considerando os padrões de herança envol-
vidos na determinação dos grupos sanguíne-
os, no sistema ABO, demonstre quais serão
1. (Ufg) Analise o cartaz a seguir. as proporções fenotípica e genotípica espe-
radas na progênie de um casamento entre
um indivíduo portador dos dois antígenos (A
e B) e uma mulher que não possui nenhum
desses antígenos em suas hemácias.
b) O texto apresenta a seguinte informa-
ção: “A equipe de Qiyong Liu, da empresa
ZymeQuest (EUA), obteve enzimas capazes
de remover da superfície dos glóbulos ver-
melhos as moléculas responsáveis pela rea-
ção imune”. Com base nessa informação, res-
ponda: Essa característica modificada pode
ser transmitida para os descendentes dos
indivíduos? Justifique a sua resposta.
c) Nas respostas imunológicas são envolvidos
diferentes grupos de células, dentre as quais
Considerando o exposto, responda: os macrófagos. Caracterize os macrófagos em
a) como é obtida esta forma de imunização e relação às estruturas e organelas envolvidas
qual a sua ação no corpo humano? em sua ação durante o processo imunológi-
b) quais as características morfofisiológicas do co.
micro-organismo referido no cartaz?
c) por que essa imunização é recomendada 3. (Uerj) As vacinas são um meio eficiente de
para essa faixa etária? prevenção contra doenças infecciosas, causa-
das tanto por vírus como por bactérias.
2. (Ufes) Leia o texto abaixo e faça o que se Indique três princípios ativos encontrados
pede. nas vacinas e explique como atuam no or-
ganismo.
Enzimas convertem sangue
de todos os tipos em O 4. (Fuvest)
104
Um método capaz de transformar em O san-
Concentração de anticorpo
84
U.T.I. - 5, 6 e 7
Física 1
Lei de Hooke
x = L0 – L
F=k⋅x
Resultante centrípeta
v
2
Fc = m · __
R
v
2
ac = __
R
(vR)2 v2R2
v = _____
= ____
2
ac = __ = v2R
R R R
87
Trabalho de uma força constante
t = F ∙ d ∙ cos q
tFr = ttotal
tFt = Ft ∙ d
88
Trabalho da força elástica
Pm = ___
τ
t
P = F ∙ v ∙ cosq
P=F∙v
Potência e energia
E
Pm = ___
t
Rendimento
P
h = __
u
Pt
89
Energia
Um conjunto formado por um ou mais corpos pode produzir, de algum modo, o movimento de objetos. Logo,
esse conjunto tem energia.
mv 2 mv A2
tAB = ___
B – ___
2 2
mv
2
EC = ___
2
tAB = EC – EC = DEC
B A
Epg = mgh
90
Energia potencial elástica
EP = kx
2
___
2
Energia mecânica
EM = EC + EP
A energia mecânica de um corpo é constante, se, dentre todas as forças que atuam nesse corpo, as forças
conservativas forem as únicas a realizar trabalho não nulo.
91
Sistemas não conservativos
___› __›
Q
= m · v
__› ___›
F · Dt = DQ
92
Impulso de força variável
Quantidade de movimento em
um sistema de partículas
___
› ___› ___› ___›
sistema =
Q
Q
1 +___
Q
2 +
Q
3 + ... +
›
n
Q
93
Casos particulares de colisão
vf – vf v (afastamento)
e = ______
B A
vi – vi
= _______________
rel
A B vrel (aproximação)
Gravitação
O sistema geocêntrico de Ptolomeu
94
O modelo heliocêntrico de Copérnico
As leis de Kepler
Primeira lei de Kepler
Os planetas movem-se em trajetória elíptica, com o Sol na posição em um dos focos da elipse.
A linha que liga o Sol a um planeta varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
planeta
A Sol A`
a a
R = constante
3
__
T2
m · m2
F = G · ______
1 2
R
G = 6,673 · 10-11
dXXXXX
G ·
v = _____ M __ G · M
R3 = _____
R T2 4p2
Satélite geoestacionário
96
Campo gravitacional
F=P
M · m
G · ______
=m·g
(R + h)2
G · M
g = ______
(R + h)2
M2
gsuperfície = G · _____
R
Velocidade de escape
M ·m
EPg = G · _____
T
R
________
e
√2 · g · MT
V = ________
R
Estática
Equilíbrio estático
FRx = SFx = 0 e FRy = SFy = 0
m1 ⋅ x1 + m2 ⋅ x2 + m3 ⋅ x3 + ... + mn ⋅ xn
xCM = _____________________________
m + m + m + ... + m
1 2 3 n
m ⋅ y + m2 ⋅ y2 + m3 ⋅ y3 + ... + mn ⋅ yn
yCM = ___________________________
1 1 m
+ m2 + m3 + ... + mn
1
MFO = F · d
Binário
Mbinário = F · b
98
Equilíbrio de um corpo extenso
___› ___›
F RX = SFx =
O
___
› ___
›
F RY = SFY = O
MR = SM = 0
Talha exponencial
Pn
FM = __
2
P
vantagem mecânica = __
FM
99
U.T.I. - Sala
1. Um corpo de massa 8 kg, preso a uma corda de comprimento 1 m, descreve um movimento circular
uniforme sobre uma mesa horizontal sem atrito. A tração na corda é 200 N.
3. O Dr. Vest B. Lando dirige seu automóvel de massa m = 1.000 kg pela estrada cujo perfil está abaixo:
Quando está na posição x = 20 m com velocidade de v = 72 km/h (20 m/s), ele percebe que na
posicão x = 120 m há uma pedra ocupando toda a estrada. Se Dr. Lando não acelerar ou acionar os
freios, o automóvel (devido a atritos internos e externos) chega na posição da pedra com metade
da energia cinética que teria, caso não houvesse qualquer dissipação de energia.
a) Com que velocidade o automóvel chocar-se-á com a pedra, se o Dr. Lando não acelerar ou acionar os freios?
b) Que energia tem que ser dissipada com os freios acionados para que o automóvel pare rente à pedra?
5. A razão entre as massas de um planeta e de um satélite é 81. Um foguete está a uma distância R do
planeta e a uma distancia r do satélite, entre o planeta e o satélite. Qual deve ser o valor da razão
R/r, para que as duas forças de atração sobre o foguete se equilibrem?
C
ter no mínimo um valor (µ) (fig. A). Para que hC
o automóvel percorra uma curva horizontal, A B 30º
com o mesmo raio e com a mesma velocidade
D E
acima, numa estrada com sobrelevação (fig.
B), sem ter tendência a derrapar, o ângulo de Determine:
sobrelevação deve ter o valor α. a) a velocidade desse corpo quando se destaca
da mola;
b) seu deslocamento sobre o plano inclinado,
até parar.
M
3. Um bloco de massa 4,5 kg é abandonado em
repouso num plano inclinado. O coeficiente
de atrito entre o bloco e o plano é 0,50. B
Considere: g = 10 m/s2; AC = 3 m; BC = 4 m
E
1
2. Uma bomba tem velocidade V0 = 200 m/s
antes de explodir em 3 pedaços A, B e C de
igual massa. Logo após a explosão, os frag-
mentos A e B têm velocidades vA e vB __
de acor-
√
do com a figura, e |vA| = |vB| = 200 2 m/s.
VA
VO
45°
VC = ?
45°
a) Qual é a aceleração experimentada pelo blo- VB
co no intervalo de tempo que vai de 2 a 4 s?
Determine:
b) Qual é a velocidade do bloco no instante 4 s?
a) o módulo da velocidade vC após a explosão;
b) o ângulo que o vetor vc forma com o vetor vO.
9. Um corpo de massa m = 2 kg desloca-se de A
para B devido à ação de uma força F constan- 1
3. Um corpo A de massa mA = 2,0 kg é lança-
te. do com velocidade v0 = 4,0 m/s num plano
horizontal liso, colidindo com uma esfera B
de massa mB = 5,0 kg, inicialmente parada e
suspensa por um fio flexível e inextensível
de comprimento L e fixo em O. Após a coli-
são, a esfera chega à altura hB = 0,20 m.
O
g = 10 m/s2 L
(2)
(1)
45°
μ0 200 kg
100
kg
g = 10 m/s2
Física 2
Estudo analítico das lentes esféricas
Convenção de sinais
A imagem real de um objeto fica do lado oposto ao objeto, enquanto que a imagem virtual fica do mesmo
lado que o objeto.
p' ____
oi = – __
A = __ f
p = f – p
105
Fórmula dos fabricantes de lentes
( ) (
n
1 = __
__
f
1 + __
n2 – 1 ⋅ __
1 R1 R2 )
1
O olho humano
106
§§ esclerótica: camada exterior opaca e esbranquiçada. Essa camada é mais abaulada e transparente, na
parte anterior, formando a córnea.
§§ coroide: camada pigmentada e vascularizada, responsável pela circulação sanguínea do órgão.
§§ retina: membrana nervosa de células sensitivas da visão. Essas células ligam-se ao centro da visão do
cérebro pelo nervo óptico.
normal
objeto
lente
imagem
Acomodação visual
Duas situações distintas da visão: os músculos ciliares ajustam a lente para observar
objetos relativamente distantes (acima); ajuste para observar objetos mais
próximos ao olho (abaixo).
Ilustração produzida com base em: CUTNELL, J. D.; JOHSON, K. W. Física.
6. ed. Rio de Janeiro; LTC, 2006. v. 2. p. 301.
107
Defeitos da visão
Miopia
Hipermetropia
108
Instrumentos de projeção
Máquina fotográfica
obturador
abertura
objeto
lente
filme
mecanismo de
focalização
Na máquina fotográfica, a imagem do objeto (em forma de pirâmide) é projetada no filme pela lente objetiva.
roda dentada
lente
lâmpada e
condensador
roda dentada
lâmpada tela
slide
lente convergente
(objetiva)
espelho esférico
côncavo
109
Instrumentos de observação
Lupa ou lente de aumento
Microscópio composto
110
Luneta
foc fob
fob
An = __
foc
Telescópio
Oscilações
Oscilações periódicas
1
f = __
T
111
Movimento harmônico simples
x1 > 0 e F1 < 0
x2 < 0 e F2 > 0
Fel = –k ⋅ x
⋅ A
Em = k____
2
2
112
Gráficos horários do MHS
x(t) = A ⋅ cos(ω t + ϕ)
v(t) = –A ω sen(ω t + ϕ)
a(t) = –A ω² cos(ω t + ϕ)
Período do MHS
__
m
T = 2p __ √
k
Pêndulo simples
XX
T = 2p __ d
gL
113
Pulsos e ondas
Quanto à natureza
§§ Ondas mecânicas são aquelas que se propagam em um meio material. Exemplos: ondas em cordas, ondas
sonoras (som) e ondas na água.
§§ Ondas eletromagnéticas são geradas por cargas elétricas oscilantes e não necessitam de um meio ma-
terial para se propagar (podem propagar-se no vácuo, isto é, um meio onde não existe matéria). Exemplo:
ondas de rádio, de televisão, de luz, de radar, raio X, raios laser etc.
§§ Unidimensionais são as ondas que se propagam em apenas uma direção. As ondas em cordas são um
exemplo de propagação unidimensional.
§§ Bidimensionais são aquelas que se propagam num plano. Como exemplo, as ondas na superfície da água
em um lago têm propagação bidimensional.
§§ Tridimensionais são as que se propagam em todas as direções. Por exemplo: ondas sonoras no ar atmosfé-
rico.
§§ Transversais são ondas, na qual a direção de propagação é perpendicular à direção de vibração. As ondas
em cordas são transversais.
§§ Longitudinais são aquelas, cujas vibrações coincidem com a direção de propagação. Como exemplo, as
ondas sonoras são ondas longitudinais.
114
Ondas transversais Ondas longitudinais
d
XX
v = __T
m
Ondas periódicas
1
f = __
T
v = †f
Ondas eletromagnéticas
Reflexão de um pulso
Refração de um pulso
__v †
v1 = __1
2 † 2
( ( T
y = A ∙ cos 2π __ 1 – __ ))
x + θ0
λ
116
Frente de onda
Princípio de Huygens
Cada ponto de uma frente de onda, em determinado instante, é fonte de ondas secundárias que têm carac-
terísticas iguais às da onda inicial.
Reflexão de ondas
Representação da refração de ondas, com os segmentos de reta paralelos indicando as frentes de onda (†† > †1).
AI: raio de onda incidente
IB: raio de onda refratado
NI: normal
i: ângulo de incidência
r: ângulo de refração
†1: comprimento de onda no meio (1)
†2: comprimento de onda no meio (2)
n = _ vc
sen i
____ __n2 †__1 __ v1
sen r = n1 = † = v 2
2
Difração
118
Polarização
Princípio da superposição
“A perturbação resultante é a soma das
perturbações individuais de cada onda.”
119
Interferência de ondas bidimensionais
( )
† (n = 0, 2, 4, 6, ...)
∆d = n __
2
Interferência construtiva
( )
† (n = 1, 3, 5, 7, ...)
∆d = n __
2
Interferência destrutiva
120
Experiência de Young
d.y
D = ____
L
121
Produção do som
Qualidades do som
§§ altura ou tom;
§§ intensidade ou volume;
§§ timbre.
Altura ou tom
A altura do som está atrelada à sua frequência. Os sons graves têm frequências menores e os agudos, fre-
quências maiores.
Intensidade
Um mesmo som (mesma frequência) é mais forte ou mais fraco dependendo das amplitudes das oscilações
maiores ou menores, respectivamente.
d© = 10 log __I
I0
122
Timbre
Efeito Doppler
fonte sonora
λ'' > λ
λ' > λ
( )
v ± v0
f' = f · _____
v ± v
F
§§ Se o observador se aproxima da fonte, utiliza-se +v0; se o observador se afasta da fonte, usa-se –v0.
§§ Se a fonte se afasta do observador, utiliza-se +vF; se a fonte se aproxima do observador, usa-se –vF.
123
Interferência de onda numa corda
interferência construtiva
interferência destrutiva.
Onda estacionária
124
Cordas vibrantes
2º é __
† = __ v = __
2º é fn = n __
v
n fn n 2º
Tubos sonoros
Tubo aberto
2º é f1 = __
1º harmônico: †1 = __ v = __
v
1 †1 2º
2º é f2 = __
2º harmônico: †2 = __ v = __ 2v é f2 = 2f1
v = __
2 †2 __ 2º
2º
2
2º é f3 = __
3º harmônico: †3 = __ v = __ 3v é f2 = 3f1
v = __
3 †3 __ 2º
2º
3
: : : : : :
2º é f = __
n-ésimo harmônico: †n = __ v = __ nv é f2 = nf1
v = __
n †n __ n 2º
2º
n
125
Tubo fechado
v = __
1º harmônico: †1 = 4º é f1 = __ v
†1 4º
4º é f3 = __
3º harmônico: †3 = __ v = __ 3v é f3 = 3f1
v = __
3 †2 __ 4º
4º
3
(3º modo de vibrar)
4º é f5 = __
5º harmônico: †5 = __ v = __ 5v é f5 = 5f1
v = __
5 †5 __ 4º
4º
5
: : :
4º
† 2n – 1 = _____ v ä f2n – 1 = (2n – 1) · f1
ä f2n – 1 = (2n – 1) · __
2n – 1 4º
Hidrostática
Densidade e massa específica
m
d = __
V
Pressão
__
F __›
pm =
A
126
Pressão em fluidos
FB = pB · A e FC = pC · A
pB · A = pC · A ou pB = pC
Lei de Stevin
pC = p B + d · g · h
Vasos comunicantes
py = px + dgh ou py = pz + dgh
Princípio de Pascal
Uma pressão externa aplicada a um líquido dentro de um recipiente é transmitida, sem diminuição, para todo o
líquido e às paredes do recipiente.
127
Pressão atmosférica
1 atmosfera (1 atm) é a pressão equivalente à exercida por uma coluna de mercúrio de altura 76 cm, à tempera-
tura de 0º C, num local onde a gravidade é normal (g = 9,80665 m/s2).
Empuxo
Um corpo que esteja total ou parcialmente submerso num fluido em equilíbrio (e sob a ação da gravidade) recebe
a ação de uma força vertical para cima, ou seja, de sentido oposto ao da gravidade. Essa força é o que chamamos
de empuxo.
128
Princípio de Arquimedes
O módulo do empuxo é igual ao módulo do peso do líquido do recipiente que caberia dentro do espaço ocupado
pelo corpo.
E = dF · VF · g
Z = ___
DV
Dt
Z = ___ A · Ds
DV = _____
= A · v
Dt Dt
A1 · v1 = A2 · v2
129
Equação de Bernoulli
d · v12 d · v22
p1 + d · g · h1 + _____
= p2 + d · g · h2 + _____
2 2
d · v2
p + d · g · h + ____
= constante
2
dv = constante
2
p + ___
2
Equação de Torricelli
V = d XXXXXXX
2 · g · h
130
U.T.I. - Sala
1. Uma lente convergente projeta uma imagem real a 0,72 m da posição do objeto. Qual é a distância
focal da lente, em cm, sabendo-se que a imagem é 5 vezes maior que o objeto?
2. Uma pessoa apresenta deficiência visual, conseguindo ler somente se o livro estiver a uma distân-
cia de 75 cm. Qual deve ser a distância focal dos óculos, apropriados para que ela consiga ler, com
o livro colocado a 25 cm de distância?
3. Um corpo de massa m está preso em uma mola de constante elástica k e em repouso no ponto O.
O corpo é então puxado até a posição A e depois solto. O atrito é desprezível. Sendo m = 10 kg,
k = 40 N/m, π = 3,14, pede-se:
a) o período de oscilação do corpo;
b) o número de vezes que um observador, estacionário no ponto B, vê o corpo passar por ele, durante um
intervalo de 15,7 segundos.
m
k
O B A
4. Uma piscina tem fundo plano horizontal. Uma onda eletromagnética de frequência 100 MHz,
vinda de um satélite, incide perpendicularmente sobre a piscina e é parcialmente refletida pela
superfície da água e pelo fundo da piscina. Suponha que, para essa frequência, a velocidade da luz
na água é 4,0 x 107 m/s.
a) Qual é o comprimento de onda na água?
b) Quais são as três menores alturas de água na piscina para as quais as ondas refletidas tendem a se
cancelar mutuamente?
5. Durante a construção de uma estrada, o motor de uma máquina compactadora de solo, similar a
um bate-estaca, emite um som de 68 Hz na entrada de um túnel reto, que mede 30 m de compri-
mento. Um pedestre que transita pelo túnel percebe que uma onda sonora estacionária é formada
no interior do túnel, notando a ocorrência de posições de alta intensidade sonora e pontos de
silêncio (intensidade sonora nula). Dado que a velocidade do som é de 340 m/s, quantos pontos
de intensidade nula o pedestre vai contar ao atravessar o túnel?
6. Coloca-se dentro de um vaso aberto 2 kg de água. A seguir, coloca-se dentro do líquido um pequeno
corpo, de 1000 g de massa e 100 cm3 de volume, suspenso por um fio, conforme indicado na figura.
2. Um vaso cilíndrico contém água até uma al- 6. A figura a seguir representa um feixe de luz
tura de 2 h. Uma lente convergente é man- paralelo, vindo da esquerda, de 5,0 cm de
tida à altura h acima do nível da água, presa diâmetro, que passa pela lente A, por um
em flutuadores. A distância focal da lente pequeno furo no anteparo P, pela lente B e,
é h. No fundo do vaso existe uma pequena finalmente, sai paralelo, com um diâmetro
lâmpada L. A partir de um certo instante de 10 cm. A distância do anteparo à lente A
t = 0 faz-se escoar a água do vaso de modo é de 10 cm.
que o nível desça com rapidez v constante.
lente
flutuadores
2h
A
B
P
a) Calcule a distância entre a lente B e o ante-
paro.
A que altura H acima do nível da lente estará
b) Determine a distância focal de cada lente
formada a imagem da lâmpada, no instante
em que a metade da água houver escoado? O (incluindo o sinal negativo no caso de a len-
índice de refração da água é 4/3. te ser divergente).
3. Uma pessoa míope só é capaz de ver nitida- 7. Numa antena de rádio, cargas elétricas os-
mente objetos situados a uma distância má- cilam sob a ação de ondas eletromagnéticas
xima de 20 cm. em uma dada frequência. Imagine que essas
a) Qual é a lente adequada para a correção da oscilações tivessem sua origem em forças
miopia: convergente ou divergente? mecânicas e não elétricas: cargas elétricas
b) Qual deve ser a distância focal da lente para fixas em uma massa presa a uma mola. A
que a pessoa possa ver nitidamente objetos amplitude do deslocamento dessa "antena-
localizados no infinito? -mola" seria de 1 mm e a massa de 1 g para
um rádio portátil. Considere um sinal de rá-
4. Uma pessoa, para ler um jornal, precisa dio AM de 1000 kHz.
colocá-lo à distância de 50 cm. Determine a a) Qual seria a constante de mola dessa "ante-
distância focal da lente necessária para ler o
jornal à distância de 25 cm. na-mola"? A frequência
__ de oscilação é dada
1
____
por: f =
(2π) m √ k
__
∙ onde k é a constante da
5. Nos olhos das pessoas míopes, um objeto lo- mola e m a massa presa à mola.
calizado muito longe, isto é, no infinito, é
focalizado antes da retina. À medida que o b) Qual seria a força mecânica necessária para
objeto se aproxima, o ponto de focalização se deslocar essa mola de 1 mm?
132
8. Um relógio de pêndulo marca o tempo cor- 1
2. O efeito de imagem tridimensional no cine-
retamente quando funciona à temperatura ma e nos televisores 3D é obtido quando se
de 20° C. Quando este relógio se encontra a expõe cada olho a uma mesma imagem em
uma temperatura de 30° C, seu período au- duas posições ligeiramente diferentes. Um
menta devido à dilatação da haste do pêndu- modo de se conseguir imagens distintas em
lo. cada olho é através do uso de óculos com fil-
a) Ao final de 24 horas operando a 30°C, o reló- tros polarizadores.
gio atrasa 8,64 s. Determine a relação entre a) Quando a luz é polarizada, as direções dos
os períodos T30 a 30°C e T20 a 20°C, isto é, campos elétricos e magnéticos são bem de-
T30/T20.
finidas. A intensidade da luz polarizada que
b) Determine o coeficiente de expansão tér-
atravessa um filtro polarizador é dada por
mica linear do material do qual é feita
a haste do pêndulo. Use a aproximação: I = I0 ∙ cos2θ, onde I0 é a intensidade da luz
(1,0001)2 =1,0002. incidente e θ é o ângulo entre o campo elé-
___›
trico E e a direção de polarização do filtro.
9. Ondas circulares propagam-se na superfície A intensidade luminosa, a uma distância d
da água de um grande tanque. Elas são pro-
de uma fonte que emite luz polarizada, é
duzidas por uma haste cuja extremidade P, P
sempre encostada na água, executa um mo- dada por I0 = _____
0 em que P0 é a potência
4πd2
vimento harmônico simples vertical, de fre- da fonte. Sendo P0 = 24 W, calcule a intensi-
quência 0,5 s−1.
dade luminosa que atravessa um polarizador
a) Quanto tempo o ponto P gasta para uma os-
que se encontra a d = 2 m da fonte e para o
cilação completa?
b) Se as cristas de duas ondas adjacentes dis- qual θ = 60°.
tam entre si 2,0 cm, qual a velocidade de
propagação dessas ondas? b) Uma maneira de polarizar a luz é por refle-
xão. Quando uma luz não polarizada incide
10. Um trem de ondas periódicas percorre o na interface entre dois meios de índices de
meio 1, chega à interface com o meio 2 e refração diferentes com o ângulo de incidên-
penetra nele, sofrendo refração. O compri- cia θB, conhecido como ângulo de Brewster,
mento de onda no meio 1 é λ1 = 1,5 cm e o a luz refletida é polarizada, como mostra a
do meio 2 é λ2 = 2,0 cm. figura abaixo. Nessas condições, θB + θr =
a) Dentre as grandezas físicas velocidade de
90° em que θr é o ângulo do raio refratado.
propagação, frequência e período, quais
conservam o mesmo valor nos dois meios? Sendo n1 = 1,0 o índice de refração do meio
b) Se a frequência das ondas é igual a 10 Hz no 1 e θB = 60° calcule o índice de refração do
meio 1, qual é a velocidade de propagação meio 2.
no meio 2? Raio iniciante Raio refletido
não polarizado polarizado
1
3. O primeiro trecho do monotrilho de São Pau-
2,75 m 3,50 m lo, entre as estações Vila Prudente e Orató-
rio, foi inaugurado em agosto de 2014. Uma
das vantagens do trem utilizado em São Pau-
2,00 m 3,00 m lo é que cada carro é feito de ligas de alumí-
P F2 Q nio, mais leve que o aço, o que, ao lado de
um motor mais eficiente, permite ao trem
atingir uma velocidade de oitenta quilôme-
tros por hora.
133
a) A densidade do aço daço = 7,9 g/cm3 e a do 16. Na extremidade aberta do tubo de Quinche
alumínio é dAl = 2,7 g/cm3. Obtenha a razão é colocado um diapasão que emite um som
τaço/τAl entre os trabalhos realizados pelas puro (única frequência). Abrindo-se a tor-
forças resultantes que aceleram dois trens neira, a água escoa lentamente, sendo que
de dimensões idênticas, um feito de aço e para certos valores de h ocorre um aumento
outro feito de alumínio, com a mesma acele- na intensidade do som que sai do tubo. Al-
ração constante de módulo por uma mesma
guns desses valores de h são 5 cm, 15 cm e
distância
25 cm.
b) Outra vantagem do monotrilho de São Paulo
em relação a outros tipos de transporte ur-
bano é o menor nível de ruído que ele pro-
duz. Considere que o trem emite ondas esfé-
ricas como uma fonte pontual. Se a potência
sonora emitida pelo trem é igual a P = 1,2
mW, qual é o nível sonoro N em dB à uma
distância R = 10 m do trem? O nível sonoro N
água
I ,
em dB é dado pela expressão N = 10 ⋅ log __
I0
em que I é a intensidade da inda sonora e a) Determine o comprimento de onda emitido
I0 = 10-12 W/m2 é a intensidade de referência pelo diapasão.
padrão correspondente ao limiar da audição b) Determine a velocidade desse som no ar,
do ouvido humano. sabendo-se que a sua frequência é igual a
Obs: Aesfera = 4πR2
1600 Hz.
1
4. O radar é um dos dispositivos mais usados
1
7. O esquema abaixo ilustra um dispositivo,
para coibir o excesso de velocidade nas vias
usado pelos técnicos de uma companhia pe-
de trânsito. O seu princípio de funcionamen-
to é baseado no efeito Doppler das ondas trolífera, para trabalhar em águas profundas
eletromagnéticas refletidas pelo carro em (sino submarino).
movimento.
Considere que a velocidade medida por um
radar foi vm = 72 km/h para um carro que se
aproximava do aparelho.
Para se obter vm o radar mede a diferença de sino submarino
Alta
Vm 150 m
frequências Δf, dada por Δf = f – f0 = ± ___
⋅f , pressão
C 0
sendo f a frequência da onda refletida pelo
carro, f0 = 2,4 . 1010 Hz a frequência da onda
emitida pelo radar e c = 3,0 . 108 m/s a ve-
locidade da onda eletromagnética. O sinal a) Explique por que a água não ocupa todo o
(+ ou -) deve ser escolhido dependendo do interior do sino, uma vez que todo ele está
sentido do movimento do carro com relação imerso em água.
ao radar, sendo que, quando o carro se apro- b) Determine a pressão no interior do sino.
xima, a frequência da onda refletida é maior §§ pressão atmosférica: 1,0 x 105 N/m2
que a emitida. §§ aceleração da gravidade: 9,8 m/s2
Determine a diferença de frequência f medi- §§ massa específica da água do mar: 1,2 x
da pelo radar. 103 kg/m3
h B A
h/2
L L
a) Qual é a pressão na parte superior do recipiente A?
b) Completando-se o recipiente B com água, qual é a pressão que a parte superior do recipiente A vai
suportar?
20. As esferas maciças A e B, que têm o mesmo volume e foram coladas, estão em equilíbrio, imersas
na água. Quando a cola que as une se desfaz, a esfera A sobe e passa a flutuar, com metade do seu
volume fora da água.
135
U.T.I. - 5, 6 e 7
Física 3
Capacitores
Seção transversal do capacitor plano. A é a placa plana positiva, e B, a placa plana negativa.
Q=C·U
ou
Q
C = __
A
C = k · «0 · __
U d
137
Energia de um capacitor
Q·U
b · h ⇒ W = ____
W = A = ____
2 2
C · U²
W = _____
2
Q=C·U
d.d.p. no capacitor = d.d.p. no resistor = R · i
Associação de capacitores
A
A
B
C
B
Associação de capacitores em paralelo Associação de capacitores em série
138
Capacitor equivalente
Capacitor equivalente
Qeq = Qassoc = Q
Q
C = Qeq · U ou Ceq = __
U
Ceq = C1 + C2 + ... + Cn
A capacitância equivalente de uma associação em paralelo é igual à soma das capacitâncias parciais.
Q1 = Q2 = Q3 = Q
A carga elétrica de uma associação de capacitores em série é igual a carga Q de cada um dos capacitores.
139
Outras propriedades da associação em série
Q Q Q
U1 = __
1 U
= __
2
U3 = __
3
C1 2 C2 C3
UAB = U1 + U2 + U3
1 = __
___ 1 = __
1 + __
1 + ... + __
1
Ceq C1 C2 C3 Cn
Em uma associação de capacitores em série, o inverso da capacitância equivalente é igual à soma dos
inversos das capacitâncias parciais.
VA – VB = S« – S«' – Reqi
Diminui VA VA – R · i R·i
Resistor
Aumenta VA VA + « – r · i –«+r·i
Gerador
Receptor
140
As leis de Kirchhoff
Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) ou lei dos nós – a somatória das correntes que chegam a um nó é
igual à somatória das correntes que saem deste nó.
Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) ou lei das malhas – ao se percorrer uma malha segundo alguma
orientação, a somatória algébrica das tensões é nula.
Magnetismo - Eletromagnetismo
Quando o polo norte do ímã é aproximado do polo norte da agulha, também ocorre repulsão.
Quando o polo norte do ímã é aproximado do polo sul da agulha, ocorre atração.
___›
A bússola é então retirada e desenha-se o vetor B indicando
a direção e o sentido do campo magnético.
142
O campo magnético da Terra
eixo de rotação da Terra
sul magnético Norte geográfico
11º
Se o sentido da corrente no fio for para cima, as linhas de força estão orientadas no sentido anti-horário.
Se o sentido corrente no fio for para baixo, as linhas de força estão orientadas no sentido horário.
143
Intensidade do campo magnético
m
· _ri
B = ___
2p
m
· _ ri
B = __
2
N · i
B = m __
º
144
No solenoide ilustrado, o fio entra no plano (linha cheia) e sai por ele (linha pontilhada) diversas vezes.
F = |q| · v · B · sen £
__
›
F
__
›
B
__
›
v
145
Campo magnético uniforme
Campo magnético uniforme “entrando” no plano da página. Campo magnético uniforme “saindo” no plano da página.
_›_ ___›
Lançamento de uma carga positiva: v '
B .
146
Trajetória circular descrita por uma partícula de carga positiva, lançada perpendicularmente às linhas do campo magnético.
m ⋅ v
R = _____
|q| ⋅ B
Partícula positiva em MCU no sentido anti-horário. Partícula negativa em MCU no sentido horário.
F = |q| · v · B · sen £
147
Força magnética sobre um
condutor retilíneo
___›
§§ O dedo indicador coincide com a direção do campo magnético B ;
§§ O dedo médio coincide com a direção da corrente elétrica i;
__›
§§ O dedo polegar indica a direção e o sentido da força magnética F .
F = B · i · L · sen £
fio 1 fio 2
148
2º caso: as correntes possuem sentidos contrários
fio 1 fio 2
m·i ·i
F1 é 2 = _______ ·º
1 2
2pr
m·i ·i
F2 é 1 = _______ ·º
1 2
2pr
Indução eletromagnética
movimento
Quando o fluxo magnético que atravessa o circuito elétrico fechado variar no tempo, uma corrente elétrica
induzida circula no circuito.
149
A lei de Lenz
O ímã, ao ser aproximado do anel da espira, gera uma corrente induzida de sentido horário.
O ímã, ao ser afastado do anel da espira, gera uma corrente induzida de sentido anti-horário.
O sentido da corrente induzida é tal que o campo magnético por ela produzido se opõe à variação do fluxo
que a originou.
§§ A variação de fluxo magnético no anel gera uma corrente induzida – lei de Faraday.
§§ A corrente induzida polariza magneticamente o anel. O polo formado deve repelir o polo sul do ímã. Então,
em relação ao ímã, o polo formado é um polo sul – lei de Lenz.
ε = BLv
150
Fluxo magnético
F = B · A · cos a
«m = – ____
DF
Dt
v = 2pf
imáx
ieficaz = ___ j 0,707 imax
d
XX
2
Umáx
Ueficaz = ____ j 0,707 vmáx
d
XX
2
151
Transformador
Up Np
__
= __
Us Ns
P = Upip = Usis
O gerador eletromagnético
Uma simples manivela pode girar o rotor, como se usava nos antigos telefones.
152
Campos induzidos
Campo magnético variável produz campo elétrico.
Mecânica quântica
A radiação do corpo negro
E=h·f
h = 6,63 · 10 –34 J · s
O efeito fotoelétrico
E = Ec + W
153
1 m · v2 + W
hf = __
2
O átomo de Bohr
O raio da trajetória não pode ter qualquer valor, ou seja, apenas certas órbitas são possíveis. Essas órbitas
são chamadas de estados estacionários e, enquanto o elétron está nessas órbitas, não emite energia.
154
e
2
E = Ec + Ep = –k __
2r
E = hf
E = Ef – Ei = hf
h
l = __
Q
A mecânica quântica
h
l = __
Q
O princípio de complementaridade
A radiação e a matéria possuem um comportamento dual, ou seja, comportam-se ora como onda, ora como
partícula, mas apenas um dos comportamentos se manifesta em cada experimento; logo, os dois comportamen-
tos se complementam.
O princípio da incerteza
Dx · DQ ≥ h
155
DE · Dt ≥ h
Partículas elementares
g = p + p
X
Quarks
Cargas elétricas de quarks e antiquarks
Quark Símbolo Carga Antiquark Símbolo Carga
Up U 2 e
+ __ Antiup X
u 2 e
– __
3 3
Down D 1 e
– __ Antidown X
d 1 e
+ __
3 3
Strange S 1 e
– __ Antistrage X
s 1 e
+ __
3 3
Bottom B 1 e
– __ Antibotton X
b 1 e
+ __
3 3
Top T 2 e
+ __ Antitop fX 2 e
– __
3 3
156
Fissão nuclear
Teoria da relatividade
Os postulados de Einstein
As leis da Física são as mesmas em todos os referenciais inerciais.
A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor c em qualquer referencial inercial, independentemente da
velocidade da fonte da luz.
157
A relatividade do tempo
2d’ = c · Dt’
Dt = ______
Dt’
_____
v2
√
1– __
c2
A relatividade do comprimento
_____
L = L’ · √
v
2
1 – __
c 2
Inércia e velocidade
158
Quantidade de movimento
___
› m0 __›
= ______
Q 2 v
d XXXXX
v
__
1 – 2
c
m
m = ______
0 2
d
XXXXX
v2
1 – __
c
Massa e energia
DE = (Dm) · c2
Energia de repouso
E = m · c2
E0 = m0 · c²
Energia cinética
m ·
Ec = _____ v2
2
Ec= (m – m0)c²
Ec= m · c² – m0 · c²
E = E0 + Ec
159
U.T.I. - Sala
1. A figura mostra um circuito elétrico onde as fontes de tensão ideais têm f.e.m. E1 e E2. As resistên-
cias de ramo são R1 = 100 Ω, R2 = 50 Ω e R3 = 20 Ω; no ramo de R3 a intensidade de corrente é de
125 miliampères com o sentido indicado na figura. A f.e.m. E2 é 10 volts.
i = 125 mA
R1
E1 R2
R3
E2
3. Os fios 1 e 2 da figura são retilíneos e muito compridos. Ambos estão no ar e situados no plano da
folha.
fio 2
fio 1 i1
15 cm
45 cm P
No fio 1, a corrente é i1 = 5,0 A e, no fio 2, a corrente é i2. Deseja-se que o campo magnético resul-
tante devido aos fios seja nulo no ponto P. Para que isso aconteça:
a) determine qual deve ser o sentido da corrente i2 no fio 2;
b) calcule qual deve ser o valor de i2.
figura 1
+++++++++++++++++
x x x x x x x
x x x x x x x
v x x x x x x x
x x x x x x x
q x x x x x x x Z
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x
--------------------
a) Faça uma representação da força elétrica e da força magnética que atuam na partícula assim que ela
entra na região de campos cruzados, indicando suas magnitudes.
b) Determine a velocidade que a partícula deve ter, para não ser desviada.
160
5. A figura mostra uma barra metálica que faz contato com um circuito aberto, fechando-o. A área
do circuito é perpendicular a um campo magnético constante B = 0,15 tesla. A resistência total do
circuito é de 3,0 ohms.
x x x x x x x x
b = 0,15T (entrando na página)
x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x
50 cm v = 2,0 m/s
x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x
Determine a intensidade da força necessária para mover a barra, como indica a figura, com velo-
cidade constante igual a 2,0 m/s.
6. Lasers pulsados de altíssima potência estão sendo construídos na Europa. Esses lasers emitirão
pulsos de luz verde, e cada pulso terá 1015 W de potência e duração de cerca de 30 ⋅ 105 s. Com base
nessas informações, determine:
a) o comprimento de onda λ da luz desse laser;
b) a energia E contida em um pulso;
c) o intervalo de tempo Δt durante o qual uma lâmpada LED de 3 W deveria ser mantida acesa, de forma
a consumir uma energia igual à contida em cada pulso;
d) o número N de fótons em cada pulso.
Note e adote:
Frequência da luz verde: f = 0,6 ⋅ 1015 Hz
Velocidade da luz: c = 3 ⋅ 108 m/s
Energia do fóton: E = h ⋅ f
h = 6 ⋅ 10-34 J ⋅ s
161
U.T.I. - E.O. 5. No circuito, temos C1 = 3,0 µF, C2 = 4,0 µF,
C3 = 6,0 µF e C4 = 1,0 µF. Determine a ddp
entre os pontos X e Y.
1. O amperímetro A indicado no circuito abaixo A
é ideal, isto é, tem resistência praticamente
C1 C2
nula. Os fios de ligação têm resistência des-
90 V X Y
prezível. Determine a intensidade de corren-
te elétrica indicada no amperímetro A. C3 C4
2Ω 10 V B
+ + 20 V + 20 V
50 V
6. Suponha que você tenha um ímã permanen-
4Ω 4Ω 4Ω te em forma de barra e uma pequena bússo-
60 V la.
A + 3
2Ω
2
1µF 2µF
Y
162
9. Duas espiras circulares concêntricas, de 13. A utilização de campos elétrico e magnético
1 m de raio cada uma, estão localizadas em cruzados é importante para viabilizar o uso
planos perpendiculares. Calcule o módulo cam- da técnica híbrida de tomografia de resso-
po magnético resultante no centro das espiras, nância magnética e de raios X. A figura a se-
sabendo que cada uma delas conduz 0,5 A. guir mostra parte de um tubo de raios X, onde
1
0. A fonte indicada na figura emite um feixe um elétron, movendo-se com velocidade v =
de elétrons com velocidade inicial horizon- 5,0 ⋅ 105 m/s ao longo da direção x, penetra
tal que vai atingir o centro O do anteparo na região entre as placas onde há um campo
vertical. Aplica-se na região entre a fonte e magnético uniforme, B, dirigido perpendicu-
o anteparo, um campo de indução magnética larmente para dentro do plano do papel. A
B e um campo elétrico E, ambos verticais e massa do elétron é me = 9 ⋅ 10-31 kg e a sua
uniformes. carga elétrica é q = –1,6 ⋅ 10-19 C. O módulo
z da força magnética que age sobre o elétron
Fonte é dado por F = qvBsenθ em que θ é o ângulo
y entre a velocidade e o campo magnético.
placas
Determine o sentido de E e de B para que o
feixe de elétrons atinja a região hachurada.
alvo
elétron
11. Um elétron de carga elétrica −1,6 ⋅ 10−19 C é
lançado entre os polos de um ímã com ve-
V
locidade 2,0 ⋅ 105 m/s, conforme mostra a
Y
figura. B
12 cm
V
10 cm
-
horizontal a) Sendo o módulo do campo magnético
B = 0,010 T, qual é o módulo do campo elé-
Admitindo-se que o campo magnético entre trico que deve ser aplicado na região entre
os polos do ímã é uniforme, o elétron fica su-
as placas, para que o elétron se mantenha
jeito a uma força magnética de intensidade
8,0 ⋅ 10−14 N. em movimento retilíneo uniforme?
a) Determine a intensidade, a direção e o sen- b) Numa outra situação, na ausência de campo
tido do vetor indução magnética entre os elétrico, qual é o máximo valor de B para
polos N e S. que o elétron ainda atinja o alvo? O compri-
b) Determine a direção e o sentido da força mento das placas é de 10 cm.
magnética que age no elétron.
14. No esquema, o condutor AB permanece em
1
2. A figura representa as trajetórias de duas equilíbrio na posição indicada, quando atra-
partículas eletrizadas que penetram numa vessado por corrente. Sendo B = 0,1 T a in-
câmara de bolhas, onde há um campo mag- tensidade do vetor indução, P = 0,1 N o peso
nético uniforme, orientado perpendicular- do bloco suspenso e 1 m o comprimento do
mente para dentro do plano do papel. A par-
condutor imerso no campo, determine:
tícula p1 penetra na câmara no ponto A e sai
a) o sentido da corrente AB;
em C. A partícula p2 penetra em B e sai em A.
b) a intensidade da corrente.
C
S
B V2
A
N
A
V1
B
a) Quais os sinais das cargas q1 e q2 das partículas?
b) Sendo |q1| = |q2|, v1 = v2 e AB = BC, qual a re-
lação entre as massas m1 e m2 das partículas? P
163
15. Um anel condutor de raio a e resistência R é 18. Para estimar a intensidade de um campo
colocado em um campo magnético homogê- magnético B0, uniforme e horizontal, é uti-
neo no espaço e no tempo. A direção do cam- lizado um fio condutor rígido, dobrado com
po de módulo B é perpendicular à superfície a forma e dimensões indicadas na figura,
gerada pelo anel e o sentido está indicado no apoiado sobre suportes fixos, podendo girar
esquema da figura a seguir. livremente em torno do eixo OO'. Esse arran-
jo funciona como uma “balança para forças
eletromagnéticas”. O fio é ligado a um gera-
dor, ajustado para que a corrente contínua
fornecida seja sempre i = 2,0 A, sendo que
duas pequenas chaves, A e C, quando acio-
nadas, estabelecem diferentes percursos
para a corrente. Inicialmente, com o gerador
desligado, o fio permanece em equilíbrio na
posição horizontal. Quando o gerador é li-
gado, com a chave A, aberta e C, fechada,
é necessário pendurar uma pequena massa
No intervalo Δt = 1 s, o raio do anel varia de
M1 = 0,008 kg, no meio do segmento P3 – P4,
metade de seu valor.
para restabelecer o equilíbrio e manter o fio
Calcule a intensidade e indique o sentido da
corrente induzida no anel. Apresente os cálcu- na posição horizontal.
los.
165
U.T.I. - 5, 6 e 7
Química 1
Propriedades coligativas
Pressão de vapor
Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio termodinâmico com a substân-
cia no estado líquido, ou seja, a quantidade de líquido que evapora é a mesma que se condensa.
Pode-se dizer que o ponto de ebulição de uma substância é a temperatura na qual a pressão de vapor do
líquido se iguala à pressão externa.
Quanto maior a pressão de vapor, mais volátil será o líquido e, portanto, menor seu ponto de ebulição.
A pressão de vapor não depende da quantidade de líquido nem do espaço ocupado pelo vapor. Em contra-
partida, a pressão de vapor pode sofrer alterações que dependem de dois fatores:
§§ temperatura; e
§§ natureza do líquido.
etílico
T ºC
Analisando o gráfico, pode-se observar que para uma mesma pressão, o éter comum apresenta menor pon-
to de ebulição, seguido do álcool etílico e da água. Portanto, o éter tem maior pressão de vapor, seguido do álcool
e da água. Portanto, pode-se expressar da seguinte maneira:
Péter > Pálcool > Págua
167
Influência da pressão externa sobre
a temperatura de ebulição
A pressão externa não exerce influência sobre a pressão de vapor, porém exerce na temperatura na qual um lí-
quido entra em ebulição. A explicação para esse fenômeno deve-se ao fato de que a temperatura de ebulição é a
temperatura na qual o líquido precisa chegar para que sua pressão interna se iguale à pressão externa, garantindo,
portanto, a sua ebulição.
Efeitos coligativos
Efeitos coligativos são alterações observadas num solvente que dissolve um soluto não volátil. Regularmente,
esse soluto é um açúcar (glicose, sacarose), um sal (NaCℓ, CaCℓ2, Na2SO4 etc.) ou outras substâncias solúveis e não
voláteis. A dissolução de um solvente não volátil em um solvente provoca:
1. diminuição da pressão de vapor do solvente;
2. elevação do ponto de ebulição (temperatura de ebulição) do solvente;
3. diminuição do ponto de congelamento (temperatura de fusão) do solvente; e
4. aumento da pressão osmótica do solvente.
A intensidade com que as propriedades coligativas ocorrem depende exclusivamente da quantidade de
partículas presentes na solução, mas não depende da natureza dessas partículas.
Esses fenômenos podem ser explicados dependendo das interações que ocorrem entre as partículas do so-
luto e as moléculas do solvente. Essas interações dificultam tanto a passagem do solvente para o estado de vapor
como seu congelamento (solidificação).
168
Substâncias moleculares
Nelas, todas as partículas dissolvidas são moléculas, uma vez que o soluto não sofre dissociação ou ionização, mas,
simplesmente, se dissolve sem sofrer alterações.
Exemplo
Ao se dissolver um mol de sacarose (C12H22O11) em água, obtém-se como resultado um mol (6,0 × 1023) de partí-
culas dissolvidas em solução, uma vez que não há alteração nas moléculas do composto.
Soluções iônicas
São soluções formadas por íons dissolvidos no solvente, resultado da dissociação de uma substância iônica ou da
ionização de uma substância molecular, que, por sua vez, é resultado da interação com o solvente.
i = 1 + α × (q – 1)
Lei de Raoult
A pressão de vapor de um solvente na solução de um soluto não eletrólito e não volátil é igual ao produto da
fração em quantidade de matéria (fração em mol) do solvente pela pressão de vapor do solvente puro, numa dada
temperatura.
169
Da qual:
A lei de Raoult só é válida para soluções diluídas e moleculares. No caso das soluções iônicas, como o
abaixamento relativo da pressão máxima de vapor, é uma propriedade coligativa, ou seja, depende do número de
partículas dispersas; deve ser introduzido nas equações o fator de correção de Van’t Hoff (i).
Tonoscopia ou tonometria
É o estudo da diminuição da pressão máxima de vapor de um solvente provocada pela adição de um solvente não
volátil.
Numa solução aquosa de NaCℓ, a quantidade de moléculas de água que passa para o estado de vapor é
menor que na água pura, a uma mesma temperatura.
A pressão máxima de vapor de uma solução formada por um soluto não volátil é menor que a de um sol-
vente puro, porque as interações entre as partículas do soluto e as moléculas do solvente diminuem a evaporação
das moléculas do solvente.
Quanto maior o número de partículas de soluto não volátil em solução, maior será a diminuição absoluta da
pressão máxima de vapor. Essa variação (ΔP) é denominada abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor
(ΔP = P0 – P2).
Ebulioscopia ou ebuliometria
Estudo da elevação da temperatura de ebulição de um líquido (solvente), ocasionada pela dissolução de um solven-
te não volátil. Quanto maior a concentração do soluto, maior a elevação da temperatura de ebulição do solvente
(te = te/solução – te/solvente puro) e maior a temperatura de ebulição desse solvente:
Crioscopia ou criometria
Estudo da diminuição da temperatura de congelamento (ponto de fusão) de um solvente em uma solução de soluto
não volátil. Quanto maior a concentração de soluto não volátil, maior o abaixamento da temperatura de congela-
mento do solvente (tc = tc/solvente puro – tc/solução) e menor será a temperatura de congelamento desse solvente:
170
Constante crioscópica
∆tf = kf ⋅ w ⋅ i, onde kf é a constante crioscópica, dada pelo exercício, w modalidade e i é o fator de Van't Hoff.
Osmose
Osmose é um fenômeno espontâneo que ocorre quando o solvente passa através de uma membrana semipermeá-
vel (MSP) em sentido a uma solução, ou quando o solvente de uma solução menos concentrada (mais diluída) pas-
sa através de uma membrana semipermeável (MSP) em sentido a uma solução mais concentrada (menos diluída).
171
Leis da osmometria
§§ Primeira lei: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional à concentração molar.
π=K∙m
§§ Segunda lei: em concentração molar constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional à tempe-
ratura absoluta da solução.
π=m∙ T
Para soluções moleculares e diluídas, a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos
gases perfeitos.
π = m ∙ T × V = n1 × R × T
ou
π=m∙ T=M×R×T
Da qual:
π = m ∙ T = pressão osmótica
R = constante universal dos gases perfeitos
T = temperatura absoluta (K)
M = concentração molar (mol/L)
n1 = número de mols do soluto
Oxirredução
Número de oxidação (Nox)
É a carga que o elemento adquire, quando faz uma ligação iônica, ou a carga parcial (δ) que ele adquire quando
faz uma ligação predominantemente covalente.
Numa reação redox, há sempre um composto que é reduzido e outro que é oxidado. Os elementos que
sofrem oxidação são chamados de agentes redutores e, analogamente, os que sofrem redução são os agentes
oxidantes.
§§ Redução é ganho de elétrons, portanto há redução do NOX;
§§ Oxidação é a perda de elétrons, portanto há aumento do NOX.
172
Cálculo do Nox
Substância Nox Exemplos
Substância simples zero H2; Fe; O3
Íons sua própria carga S2– Nox = 2– ; Ca2+ Nox = 2+
Metais alcalinos 1+ NaCℓ; Li2CO3; K2O
Metais alcalino-terrosos 2+
CaCO3; MgO; SrF2
Halogênios 1- NaCℓ; KF; Li2Br
Calcogênios 2 -
CaO; CuSe; MgS
Ag, Zn e Al 1 , 2 , 3 , respectivamente
+ + +
AgCℓ; ZnS; Aℓ2(SO4)3
Hidrogênio em composto 1+ H2O; C6H12O6
Hidreto metálico 1+
NaH; LiH; CaH2
Oxigênio com flúor 1 e2
+ +
O2F2 ; OF2
Peróxidos 1- H2O2 ; Na2O
Superóxidos –1⁄2 K2O4
Por exemplo:
Balanceamento redox
I. Determinar o Nox de todos os elementos na reação;
II. Determinação da variação (∆) da oxidação e da redução;
III. Inversão dos valores da variação;
IV. Aplicar o balanceamento para os outros elementos normalmente.
Observação: a variação de Nox (∆) deve ser multiplicada pela atomicidade dos elementos.
Exemplo
CrO3 + SO2 → Cr2O3 + SO3
ramal de redução
+6 –2 +4 –2 +3 –2 +6 –2
2Cr2O3⇒ 6 elétrons recebidos
CrO3 + 6SO2 → 2Cr2O3 + SO3
2:6⇔1:3
C6 H12 O6
6x + 12 ∙ (+1) + 6 ∙ (–2) = 0
6x + 12 –12 = 0
6x = 12 – 12
x=0
0/6 = 0
174
Pilhas
A pilha de Daniell
Na pilha de Daniell, os dois eletrodos metálicos são unidos externamente por um fio condutor, e as duas semicelas
são unidas por uma ponte salina que contém uma solução saturada de K2SO4(aq).
A ponte salina é um dispositivo que contém uma solução de sal inerte, como nitrato de potássio (KNO3)
ou cloreto de potássio (KCℓ), cuja função é permitir o intercâmbio de íons entre as semicélulas e fechar o circuito
para a corrente contínua produzida entre os eletrodos mergulhados nas soluções eletrolíticas dessas semicélulas.
Outra função da ponte salina é manter a neutralidade elétrica das soluções nas semicélulas: no ânodo, a contínua
oxidação produz um excesso de carga positiva e, no cátodo, a redução provoca excesso de carga negativa. Os
ânions presentes na ponte salina dirigem-se para o lado com excesso de carga positiva e os cátions para o lado
com excesso de carga negativa, fazendo com que as soluções mantenham-se eletricamente neutras.
Voltímetro
Cu
K+ SO2-4
+ ponte
- Zn
salina
Solução
Solução
de
de sulfato
sulfato de
Cu2+ de zinco
cobre SO2-4
SO2-4
SO2-4 Zn 2+
SO2-4
Cu2+ Zn2+
Cu2+(aq) + 2e– → Cu(s)
solução lâmina
Potencial de redução
Numa pilha, a espécie que apresenta maior potencial de redução sofre redução. Portanto, a outra espécie, de menor
potencial de redução, sofre oxidação.
Na1+(aq) + –2,71
Mg2+(aq) + 2 e– → Mg(s) –2,36
Al 3+
(aq)
+ 3 e → Aℓ(s)
–
–1,68
Zn2+(aq) + 2 e– → Zn(s) –0,76
Fe2+ (aq) + 2 e– → Fe(s) –0,44
Ni 2+
(aq)
+ 2 e → Ni(s)
–
–0,23
Pb 2+
(aq)
+ 2 e → Pb(s)
–
–0,13
Fe3+(aq) + 3 e– → Fe(s) –0,04
2H 1+
(aq)
+ 1 e → H2(g)
–
0,00
Cu 2+
(aq)
+ 2 e → Cu(s)
–
+0,34
I2(s) + 2 e– → 2 I–(aq) +0,54
Ag1+(aq) + 1 e– → Ag(s) +0,80
Hg 2+
(s)
+ 2 e → Hg(aq)
–
+0,86
Br2(s) + 2 e → 2 Br (aq)
– –
+1,07
Cℓ2 (s) + 2 e– → 2 Cℓ–(aq) +1,36
Au 3+
(aq)
+ 3 e → Au(s)
–
+1,42
Com isso, pode-se afirmar que o flúor tem o maior potencial de redução, ou seja, ele tem maior facilidade
para se reduzir. Já o lítio tem o menor potencial de redução, portanto ele sofre oxidação. Portanto, flúor é o melhor
agente oxidante e o lítio é o melhor agente redutor.
176
Cálculo da voltagem
ΔE0 = (E0red maior) – (E0red menor)
Os valores dos E0 não dependem do número de mol das espécies envolvidas; eles são sempre constantes nas con-
dições padrão para cada espécie. Em outras palavras, ao multiplicar uma semirreação por uma constante, o valor
do E0 não muda.
Consideremos, como exemplo, uma pilha formada por eletrodos de alumínio e cobre, cujos E0red são:
Observando os potenciais, é possível perceber que o cobre, com maior potencial de redução, reduz-se, ao
passo que o alumínio, oxida-se:
A equação global da pilha pode ser obtida pelo uso de coeficientes que igualem o número de elétrons
cedidos e recebidos nas semirreações:
As pilhas, em geral, apresentam ΔE0 > 0, tornando a reação espontânea. Caso o ΔE0 seja menor que zero, a
reação não será espontânea, ou seja, as condições ambientes não serão adequadas o suficiente para que a reação
seja iniciada.
CH4 + 2O2 → CO2 + 2H2O + calor
óleo combustível + O2 → CO2 + H2O + calor
Se esse calor (energia) obtiver um rendimento da ordem de 40%, ele pode ser usado em usina termoelé-
trica para produzir eletricidade. Considerando que as combustões são reações de oxirredução, a ideia das pilhas
de combustão é obter a energia liberada pela combustão diretamente na forma de energia elétrica, o que eleva o
rendimento para cerca de 55%.
Pilhas desse tipo foram usadas nas espaçonaves Gemini, Apolo e, agora, nos ônibus espaciais. Elas funcio-
nam pela reação de combustão entre o hidrogênio e o oxigênio, produzindo água.
As pilhas de combustíveis apresentam três compartimentos separados uns dos outros por eletrodos porosos
e inertes. O H2 é injetado num compartimento e o O2, em outro. Esses gases difundem-se pelos eletrodos e reagem
com uma solução eletrolítica de caráter básico contida no compartimento central. Os eletrodos são inertes, forma-
dos de grafita e impregnados de platina. As semirreações que ocorrem são:
Eletrólise
Eletrólise ígnea
Eletrólise é a reação de oxirredução provocada por corrente elétrica, logo não é uma reação espontânea.
Na eletrólise ígnea, a substância pura está em estado líquido (fundida), sem que haja água no sistema.
178
Um exemplo desse tipo de eletrólise é o que ocorre com o cloreto de sódio (NaCℓ), em que são utilizados
eletrodos de platina, que são inertes, ou seja, não reagem nas condições utilizadas.
Estabelecida a igualdade entre o número de elétrons perdidos e o número de elétrons recebidos e somadas
as semirreações, obtém-se a reação global da eletrólise:
Pela análise da reação global, pode-se concluir que a eletrólise ígnea do cloreto de sódio produz sódio
metálico (Na) e gás cloro (Cℓ2), duas substâncias puras indispensáveis na indústria química.
Na eletrólise há a inversão dos polos. Se nas pilhas o polo positivo era o cátodo e o negativo, o ânodo, na
eletrólise o negativo será o cátodo e o positivo o ânodo. De qualquer forma, no ânodo acontecerá oxidação e no
cátodo redução.
Lembre-se: polo positivo “atrai” ânions e polo negativo “atrai” cátions.
Hidroxila
Exemplo
Eletrólise aquosa do cloreto de sódio NaCℓ
Na solução há:
Cátodo Ânodo
Migração de íons H+ e Na+ Cℓ– e OH–
Conclusão: a eletrólise do NaCℓ(aq) é um processo que permite obter soda cáustica (NaOH), gás hidrogênio
(H2) e gás cloro (Cℓ2).
180
Eletrólise quantitativa
A quantidade (mol, massa ou volume, caso seja gás) que é produzida em um eletrodo está relacionada com sua
semirreação.
Formação de prata metálica no cátodo:
Ag+ + e– é Ag0
ç ç ç
1 mol 1 mol 1 mol
Sendo que:
Ao receber um mol de elétrons, um mol de Ag+ produz um mol de Ag. Nos exercícios que compreendem
estequiometria na eletrólise, é comum usar esta fórmula:
Q=i×t
Por exemplo:
Ag+ + e– é Ag
ç ç ç
1 mol 1 mol 1 mol
Titulação
Esquema da titulação
181
Princípio da titulometria
Ao abrir a torneira da bureta, ocorrerá a reação entre o ácido e a base.
Depois que o ácido ou a base do erlenmeyer for consumido totalmente, a titulação termina (fecha-se a
torneira), cujo sinal é a mudança de cor da solução no erlenmeyer.
Considerando duas soluções aquosas, A e B:
m ·V
a = ______
__ A A
, onde “a” e “b” são os coeficientes estequiométricos da reação.
b mB · VB
Indicadores
O indicador é uma substância qualquer que, uma vez adicionada ao erlenmeyer, indica por meio de mudan-
ça de coloração o ponto final da reação; indica, portanto, quando a titulação deve terminar.
O sal formado produz solução neutra. Logo, no ponto final, o meio será neutro.
Em geral, o pH de viragem dos indicadores está compreendido entre 4 e 10. Portanto, qualquer indicador
poderá ser usado.
182
Titulação de ácido fraco com base forte
O sal formado produz solução básica. Logo, no ponto final, o meio será básico.
Deve ser usado um indicador cujo ponto de viragem se dê em meio básico. Nesse caso, utiliza-se fenolftale-
ína, cujo pH de viragem está entre 8,3 e 10.
O sal formado produz solução ácida. Logo, no ponto final, a solução será ácida.
Deve ser usado um indicador que vire em meio ácido. O indicador mais usado é o alaranjado de metila, cujo
pH de viragem está entre 3,1 e 4,4.
Enxofre
Impureza frequente nos combustíveis fósseis, principalmente no carvão mineral e no petróleo, que promovem a
combustão desse composto quando queimados também, de acordo com estas reações químicas:
184
Nitrogênio
Na câmara de combustão dos motores, ocorre a seguinte reação química:
N2(g) + O2(g) → 2NO(g)
O monóxido de nitrogênio (NO) formado, na presença do oxigênio do ar, produz dióxido de azoto:
2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g)
Por sua vez, o dióxido de nitrogênio formado, na presença da água (proveniente da chuva), forma ácidos de
acordo com esta equação:
185
U.T.I. - Sala
1. (Usf) Na análise volumétrica de 0,5 g de uma amostra de remédio constituído por ácido acetilsali-
cílico (AAS), foram utilizados 15 ml de hidróxido de potássio com concentração 0,01 mol/L Consi-
derando que a reação com a base ocorre apenas para o ácido acetilsalicílico, não tendo participação
das outras substâncias constituintes da amostra, responda.
Dados valores das massas em g ∙ mol-1: H = 1,0; C= 12,0; K = 39,0 e O = 16,0
a) Qual a outra função orgânica oxigenada existente nesse composto além do grupo ácido carboxílico?
b) Qual é a reação completa de neutralização ocorrida entre o ácido acetilsalicílico e o hidróxido de po-
tássio?
c) Qual a porcentagem de AAS presente no fármaco analisado?
a) Associe cada um dos sistemas (1, 2 e 3) a cada uma das curvas (A, B e C) e indique qual o sistema mais
volátil.
b) A adição de um soluto não volátil aumenta ou diminui a pressão máxima de vapor de um solvente?
Justifique sua resposta.
186
3. (Uscs – Medicina) A obtenção industrial 6. (Fuvest) Em uma oficina de galvanoplastia,
de alumínio é feita a partir da bauxita, que uma peça de aço foi colocada em um reci-
deve ser purificada para se obter óxido de piente contendo solução de sulfato de cromo
alumínio. Em seguida, o óxido é submetido (III) [(Cr2 (SO4)3], a fim de receber um re-
à eletrólise, produzindo Aℓ(s). Para reduzir vestimento de cromo metálico. A peça de aço
a energia consumida para fundir o óxido foi conectada, por meio de um fio condutor,
de alumínio, ele é misturado com criolita a uma barra feita de um metal X que estava
(Na3AℓF6). Um diagrama da eletrólise está mergulhada em uma solução de um sal do
apresentado a seguir. metal X As soluções salinas dos dois reci-
pientes foram conectadas por meio de uma
ponte salina. Após algum tempo, observou-
-se que uma camada de cromo metálico se
depositou sobre a peça de aço e que a barra
de metal X foi parcialmente corroída.
A tabela a seguir fornece as massas dos com-
ponentes metálicos envolvidos no procedi-
mento:
Massa inicial (g) Massa final (g)
Peça de
100,00 102,08
aço
Barra de
100,00 96,70
a) Escreva as reações que ocorrem no cátodo (-) metal X
e no ânodo (+) e a equação geral da eletrólise. a) Escreve a equação química que representa a
b) Durante o processo, o ânodo de grafite sofre semirreação de redução que ocorreu neste
desgaste e é substituído. Usando equações procedimento.
químicas balanceadas, explique a razão do b) O responsável pela oficina não sabia qual era
desgaste. o metal X, mas sabia que podia ser magné-
sio (Mg), zinco (Zn) ou manganês (Mn), que
4. (Uel) O carbonato de sódio (Na2CO3) e o bi- formam íons divalentes em solução nas con-
carbonato de sódio (NaHCO3) estão presentes dições do experimento. Determine, mostran-
em algumas formulações antiácidas. Ambos do os cálculos necessários, qual desses três
reagem com o ácido clorídrico do suco gás- metais é X.
trico fazendo aumentar o pH, o que dimi-
nui a acidez estomacal. Essa reação pode ser Note e adote:
utilizada como base para a determinação de massas molares (g/mol)
Mg....24 Cr....52 Mn....25 Zn....65
carbonatos em formulações farmacêuticas,
para controle de qualidade. Uma amostra de
10,00 mL de um antiácido foi titulada com
15,00 mL de HCℓ 0,10 mol/L, usando o indi-
cador alaranjado de metila, cujo intervalo de
viragem está entre 3,10 e 4,40.
Com base no texto, resolva os itens a seguir.
a) Considerando que na formulação houvesse
apenas Na2CO3, escreva a reação química en-
volvida nessa titulação.
b) Calcule a concentração do carbonato de só-
dio na amostra analisada.
b) explique duas medidas adotadas pelo poder público para minimizar o problema da poluição atmosfé-
rica na cidade de São Paulo.
2. (Fac. Santa Marcelina – Medicina) Nesta última década, assistiu-se a um aumento na demanda por
pilhas e baterias cada vez mais leves e de melhor desempenho. Consequentemente, existe atualmente
no mercado uma grande variedade de pilhas e baterias que utilizam níquel, cádmio, zinco e chumbo
em suas fabricações. Usadas em automóveis, as baterias de chumbo, conhecidas como chumbo-ácido,
apresentam um polo negativo, constituído de chumbo metálico, e um polo positivo, constituído de
óxido de chumbo (IV).
Polo negativo:
Pb(s) + SO4-2(aq) → PbSO4(s)+2e-
E0 = +0,36 V
Polo positivo:
PbO2(s) + SO4-2(aq) + 4H++2e- → PbSO4(s) + 2H2O(ℓ)
E0 = +1,68 V
(www.qnint.sbq.org.br. Adaptado.)
a) Baseando-se na localização dos elementos cádmio e zinco em seus estados mais estáveis na Classifica-
ção Periódica, indique qual desses elementos apresenta maior raio atômico. Justifique sua resposta.
b) Considerando os potenciais de redução padrão medidos a 25 ºC e as semirreações nos eletrodos da
bateria chumbo-ácido, indique o anodo e calcule, em volts, o valor da diferença de potencial da reação
global.
188
3. (Uftm) Construiu-se uma câmara selada (figura 1), contendo dois béqueres, um deles com solvente
puro e o outro contendo 125 mL de solução saturada com concentração 148 g/L preparada com o
mesmo solvente. Após algumas horas, verificou-se a transferência do solvente (figura 2). O fenô-
meno observado na câmara é semelhante ao que ocorre quando duas soluções são separadas por
uma membrana semipermeável.
a) Compare e justifique as diferenças de pressões de vapor dos dois líquidos que estavam na câmara indi-
cada na figura 1. Dê o nome do fenômeno descrito no texto.
b) Sabendo-se que o volume de solvente transferido foi 75 mL calcule a concentração da solução, em g/L
que está na câmara indicada na figura 2.
4. (Unicamp) A figura abaixo apresenta três ilustrações cômicas que remetem a interferências an-
tropogênicas no meio ambiente, que podem levar a consequências trágicas que inviabilizariam a
continuidade de vida na Terra.
SINTO
MUITO! MAS NÃO
POSSO ANTENDER ÀS SUAS
REIVINDICAÇÕES!
a) Dê o nome do problema ambiental enfatizado em cada uma das situações A, B e C, retratadas na figura.
b) Dos problemas ambientais apontados na figura, identifique o que está, atualmente, mais em evidência
e indique uma possível solução para minimizá-lo.
189
5. (Uel) Um estudante do Ensino Médio fez a
seguinte pergunta ao professor: “É possível
fazer a água entrar em ebulição em tempera-
tura inferior à sua temperatura de ebulição
normal (100 ºC)? Para responder ao aluno,
o professor colocou água até a metade em
um balão de fundo redondo e o aqueceu até
a água entrar em ebulição. Em seguida, re-
tirou o balão do aquecimento e o tampou
com uma rolha, observando, após poucos se-
gundos, o término da ebulição da água. Em
seguida, virou o balão de cabeça para baixo
e passou gelo na superfície do balão, confor-
me a figura a seguir.
E0(V vs EPH*)
CO2/CH3OH 0,02
O2/H2O 1,23
Dados:
Massa molar do HNO3 = 63,0 g . mol-1
pH = –log[H+]
13. (Ueg) O gráfico abaixo mostra a pressão de Equação 1 1/2 O2(g)+Ce2O3(s) → 2CeO2(s)
vapor de dois sistemas diferentes em função Equação 2 CO2 + Ce2O3(s) → 2CeO2(s) + CO(g)
da temperatura. Equação 3 H2O + Ce2O3(s) → 2 CeO2(s) + H2(g)
193
U.T.I. - 5, 6 e 7
Química 2
Reações de adição
As reações de adição ocorrem basicamente em compostos insaturados, isto é, aqueles que possuem ligações du-
plas ou triplas.
Esquema genérico das reações de adição:
A B
p s s
s
C = C + AB é C C
s
H H H H
Ni(pó) Ni(pó)
H – C ≡ C – H + H2 ∆ H – C = C – H + H2 ∆ H–C–C–H
H H
etino eteno etano
Hidrogenação catalítica de etino
a) Hidrogenação de ciclanos: Cliclanos de três e quatro carbonos sofrem reações de adição; ciclanos de
cinco e seis carbonos não sofrem reações de adição, mas sofrem reações de substituição.
Exemplo: Hidrogenação do ciclopropano:
H H
H C H H H H
C – C + H2 H–C–C–C–H
H H H H H
b) Hidrogenação de aromáticos: As ligações duplas do anel benzênico são quebradas e os átomos de
hidrogênio adicionam-se aos carbonos que realizam essas ligações. Devido ao fenômeno de ressonân-
cia, compostos aromáticos costumam sofrer reações de substituição. Somente em condições bastante
energéticas que sofrem reação de adição.
A seguir é mostrado esse tipo de hidrogenação total:
H
H H HH
H H
+ 3H2é H H
H H H H
H H HH
H
195
2. Halogenação: é a reação de halogênio (F2, Cℓ2, Br2 ou I2) com o alceno ou alcino, em que os halogênios
rompem a ligação dupla e forma-se um dialeto (no caso de um alceno):
H CH3 H Cl
C = C + Cl – Cl H – C – C – CH3
H H Cl H
propeno 1.2-diclopropano
3. Adição de halogenidretos (HX): essa reação ocorre com ácidos halogenídricos (H – X, onde X = halo-
gênio, sendo os mais comuns Cℓ e Br). Nesse caso, o hidrogênio e o halogênio são adicionados às ligações
duplas ou triplas dos compostos. Tem-se, então, como produto, um haleto de alquila.
Na reação de HX, deve-se seguir a regra de Markovnikov: na adição de um haleto de hidrogênio a um
alceno, ou na hidratação deste alceno, o hidrogênio do haleto ou da água liga-se ao átomo de
carbono mais hidrogenado da dupla ou tripla ligação, ou seja, ao carbono que possui mais ligações
com o hidrogênio.
Exemplos:
Br H
CH3 – C = CH – CH3 + H – Br CH3 – C – CH – CH3
CH3 CH3
I
CH2 + HI
CH3
A única exceção a esta regra ocorre quando há a adição de HX na presença de peróxidos; neste caso, é
anti-Markovnikov, ou seja, na presença de peróxidos o hidrogênio do haleto ou da água liga-se ao átomo
de carbono menos hidrogenado da dupla ou tripla ligação.
4. Hidratação: é adição de água catalisada por ácido, em que o produto é um álcool (para alcenos) e cetona
ou aldeído (para alcinos). Esta reação também segue a regra de Markovnikov:
H H H OH
meio
C = C + H – OH H–C–C–H
ácido
H H H H
eteno etanol
H
H2SO4
H – C = C – H + HOH H–C=C–H H–C–C–H
H2SO4
H OH H O
Alcino (etino) água enol Aldeído (etanal)
H
H2SO4
H3C – C ≡ C – H + HOH CH3 – C = C – H CH3 – C – C – H
H2SO4
OH H O H
Alcino (propino) água enol Cetona (propana)
196
Reações de substituição
São aquelas em que há troca de pelo menos um átomo de hidrogênio da molécula de um hidrocarboneto por um
grupo substituinte.
Esquema genérico das reações de substituição:
–C–A+B–X –C–B+A–X
1. Nitração: Reação entre ácido nítrico (em presença de ácido sulfúrico) e um composto orgânico. O produto
é um nitrocomposto e água. O grupo substituinte é o nitro (– NO2). O benzeno também pode sofrer nitração.
Exemplos:
H NO2
H2SO4
H3C – C – CH3 + HO – NO2 H3C – C – CH3 + HOH
∆
H H
propano ácido nítrico 2-nitro-propano água
H
H2SO4 NO2
+ HO – NO2 + H2O
2. Sulfonação: Reação entre ácido sulfúrico e um composto orgânico. O produto é um ácido sulfônico e água.
O grupo substituinte é o – SO3H. O benzeno também pode sofrer sulfonação.
Exemplos:
H H
H–C–H+H–O O H – C – SO3H + H2O
S
H H–O O H água
metano ácido sulfúrico metano-sulfônico
H
∆
+ HOSO3H SO3H + H2O
ácido benzeno
sulfônico
197
3. Halogenação: Como o nome diz, na halogenação ocorre a substituição do átomo de hidrogênio por
átomos de halogênio (F, Cl, Br, I). As mais comuns são a cloração e a bromação. Visto que os alcanos são
pouco reativos, as suas reações de halogenação só ocorrem na presença de luz solar, ultravioleta ou forte
aquecimento.
Exemplo:
H H
λ
H – C – H + C – C H – C – C + H – C
H H
metano cloro monoclorometano cloreto de hidrogênio
H2 H2 H2 H2
C C C C
300°C
H2C CH2 + Br2 H2C CHBr + HBr
cicloexano bromocicloexano
Se houvesse halogênio em excesso na reação acima, essa reação poderia continuar processando, efetuan-
do-se a substituição de todos os hidrogênios dos compostos.
§§ Halogenação em alcanos mais complexos: Se o alcano que for reagir tiver pelo menos 3 átomos de
carbono, ter-se-á no final uma mistura de diferentes compostos substituídos. A quantidade de cada com-
posto será proporcional à seguinte ordem de facilidade com que o hidrogênio é liberado na molécula:
4. Alquilação de Friedel-Crafts: são aquelas que ocorrem com o objetivo de se obter alquilbenzeno, isto é,
compostos cuja estrutura tenha um benzeno com um grupo substituinte.
Esquema genérico da reação de alquilação:
R
AC3
+R–X + HX
A presença do cloreto de alumínio (AlCℓ3) é fundamental para que a reação de alquilação ocorra. Pode-se
usar também outros catalisadores como o FeCℓ3.
Exemplos:
CH3
AC3
+ H3C – C + H – C
∆
CH3
H3C – C – CH3
CH3
AC3
+ H3C – C – C + HC
CH3
198
5. Acilação de Friedel-Crafts: são reações orgânicas em que um hidrogênio ligado a um anel aromático é
trocado por um grupo acila:
Exemplo:
O
H C – CH3
O
[AC3] + HC
+ H3C – C
C
Geralmente a reação de acilação ocorre entre o composto aromático e um cloreto de acila, como o cloreto
de acetila, na presença de um catalisador, como o cloreto de alumínio (que é fundamental para que a reação
de acilação ocorra).
meta
para
Quando um radical estiver ligado ao anel benzeno ou a um grupo funcional, estes dirigirão a substituição e
serão denominados radicais dirigentes.
Os radicais dirigentes podem ser agrupados em duas classes:
1. Radicais orto e para dirigentes: São radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as
substituições exclusivamente para as posições orto e para. Nesse caso há formação de dois produtos: um
em posição orto e outro em posição para.
Os principais grupos orto-para-dirigentes são os grupos que apresentam somente ligações simples:
– NH2 – OH, – OCH3, radicais alquila (–CH3,–CH2–CH3, etc),halogênios (– F,– Cl,– Br,– I)
Exemplo:
CH3 CH3 CH3
C
+ C - C + + HC
C
199
2. Radicais meta dirigentes: São radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as substitui-
ções exclusivamente para a posição meta. Nesse caso há formação de somente um produto: em posição
meta.
Os principais grupos meta-dirigentes normalmente apresentam ligações duplas, triplas ou dativas:
– NO2, – SO3 H,– COOH,– CHO,– CN
Exemplo:
NO2 NO2
HNO3
+ H2O
H2SO4
NO2
tolueno
Essa reação é idêntica a da cloração do metano e ela pode prosseguir em presença de excesso de cloro:
200
Reação de eliminação
As reações de eliminação são reações orgânicas em que ocorre a eliminação de átomos ou grupos de átomos de
moléculas, num processo inverso às reações de adição.
As principais reações desse tipo são constituídas pela perda de dois átomos ou grupos adjacentes, formando
uma ligação dupla na estrutura.
Esquema genérico da reação de eliminação:
R R R R
C C HW + C C
R R R R
H W
Br Br alceno
2. Eliminação de halogenidretos (HCℓ, HBr ou Hl): a eliminação ocorre por meio da ação de hidróxido
de potássio (KOH) em solução alcoólica.
Essa reação segue a regra de Zaitzev, que diz que carbonos menos hidrogenados tendem a per-
der hidrogênio com mais facilidade. Na reação abaixo, por exemplo, existem duas possibilidades de
eliminação do 2-bromobutano:
KOH
CH3 – CH – CH – CH3 CH3 – CH = CH – CH3 + HBr
Álcool
produto majoritário
H Br
KOH
CH2 – CH – CH2 – CH3 CH2 – CH = CH2 – CH3 + HBr
Álcool
produto minoritário
H Br
3. Eliminação de água ou desidratação: Ocorre a eliminação de uma ou mais moléculas de água. Os álco-
ois, por exemplo, podem sofrer desidratação e esse processo pode ocorrer de duas formas: intramolecular,
quando a reação se dá na própria molécula de álcool; ou intermolecular, quando a reação acontece entre
duas moléculas de álcool.
Desidratação Intermolecular:
140 °C
CH3 – CH2 – OH + HO – CH2 – CH3 CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3 + H2O
H2SO4
éter
Desidratação intramolecular:
170 °C
CH2 – CH2 CH2 = CH2 + H2O
H2SO4
alceno
H OH
201
Reação de oxidação de compostos orgânicos
As reações de oxirredução caracterizam-se pela transferência de elétrons entre pelo menos duas espécies envol-
vidas: a que se oxida (perdendo elétrons) e a que se reduz (ganhando elétrons). Entretanto, quando a espécie a
ser reduzida (agente oxidante) é apenas oxigênio e/ou um único produto é gerado, usualmente refere-se apenas
a nomenclatura oxidação. Na química orgânica, os dois principais compostos que são estudados na oxidação são:
álcool (e seus derivados) e alcenos.
Os álcoois podem sofrer oxidação quando expostos a algum agente oxidante, como uma solução aquosa de
dicromato de potássio (K2Cr2O7) ou de permanganato de potássio (KMnO4) em meio ácido.
§§ Oxidação de álcoois: O produto da reação irá depender do tipo de álcool que foi oxidado, se é primário,
secundário, terciário ou se é o metanol.
1. Metanol: O metanol é o único álcool que possui três hidrogênios ligados ao carbono que sofrerá a
1ª Etapa: oxidação do álcool a aldeido
oxidação. Nesse caso, ocorrerão três oxidações sucessivas, formando gás carbônico e água:
(metanol a metanal)
1ª Etapa: oxidação do álcool a aldeído (metanol a metanal)
H O
HOH()
[O] H—C—O—H H—C—H + HOH
KMnO4/H3O-
H metanal água
metanol
2ª Etapa: Oxidação do metanal a ácido metanoico
2ª Etapa: Oxidação do metanal a ácido metanoico
O O
HOH()
H—C + [O] H—C
KMnO4/H3O-
H OH
O
O
HOH()
H—C + [O] C
KMnO4/H3O-
OH OH OH
C CO2 + H2O
OH OH
ácido carbônico
202
2. Álcool primário: Nesses compostos, o carbono da hidroxila está ligado a apenas um átomo de car-
bono. Primeiramente, haverá a formação de um aldeído, mas a oxidação continua, porque os reagentes
utilizados para oxidar o álcool são mais fortes do que os usados para oxidar um aldeído, produzindo um
ácido carboxílico:
O O
HOH() HOH()
H3C — CH2 — OH + [O] H3C — C + [O] H3C — C + HOH
K2Cr2O2/H3O-+ KMnO4/H3O+-
OH OH
3. Álcool secundário: Esses são compostos em que o carbono da hidroxila está ligado a dois outros
átomos de carbono e a apenas um átomo de hidrogênio. Portanto, será formado apenas um tipo de
produto, que sempre será uma cetona:
H O
R — C — O — H + [O] R — C — R’ + HOH
R’ cetona água
álcool
secundário
4. Álcool terciário: Os álcoois terciários são aqueles em que o carbono que possui o grupo hidroxila faz
três ligações com outros átomos de carbono. Como eles não fazem ligações com hidrogênios, não há
nenhum ponto na molécula que possa ser atacado. Devido a esse fato, os álcoois terciários não sofrem
oxidação.
2. Oxidação Branda: A oxidação branda se dá com o uso de um reativo de Bayer, isto é, uma solução
aquosa de permanganato de potássio (KMnO4) diluída, neutra ou levemente básica, a frio. A ligação
dupla é desfeita, formando uma ligação simples no lugar. O produto será um diálcool:
H3C CH3 OH OH
H2O()
C=C + 2 [O] H3C – C – C – CH3
KMnO4/OH-
H CH3 H CH3
metilbut-2-eno metilbutan-2,3-diol
203
3. Oxidação Enérgica: Na oxidação enérgica usa-se solução de permanganato de potássio concentrado
em meio ácido e a quente. Nessa reação, a oxidação do alceno é mais energética, pois a ligação dupla é
totalmente rompida e os átomos de oxigênio se ligam ao carbono, podendo gerar os seguintes produtos:
§§ Se o carbono da dupla for terciário: o produto será uma cetona;
§§ Se o carbono da dupla for secundário: o produto será um ácido carboxílico;
§§ Se o carbono da dupla for primário: o produto será o ácido carbônico, que se decompõe em dióxido
de carbono (CO2) e água (H2O).
carbono carbono
terciário secundário
4. Ozonólize: Como o próprio nome indica, o agente oxidante utilizado para romper a dupla ligação do
alceno é o ozônio (O3) em presença de água e zinco metálico. A dupla ligação é totalmente rompida e
os átomos de oxigênio se ligam ao carbono, podendo gerar os seguintes produtos:
§§ Se o carbono da dupla for terciário: o produto será uma cetona;
§§ Se o carbono da dupla for secundário: o produto será um aldeído;
§§ Se o carbono da dupla for primário: o produto será o metanal.
carbono carbono
terciário secundário
O OMg C
CH3
Esterificação, hidrólise e
condensação amídica
Uma reação de esterificação é aquela em que se forma um éster. Esse tipo de reação ocorre entre um ácido carbo-
xílico e um álcool, formando também água, além do éster.
Quando a água reage com o éster e regenera o ácido carboxílico e o álcool, essa reação inversa é chamada
de hidrólise.
esterificação
Ácido + Álcool Estér + Água
hidrólise
O O
esterificação
R–C + HO – R’ R–C + H2O
hidrólise
OH O – R’
Exemplo:
O
O
H–C + HO – CH3 H + H2O
OH O – CH3
As amidas normalmente não ocorrem na natureza, e são preparadas em laboratório. Uma das formas de
obtenção é reagindo ácido carboxílico com aminas:
O O
R–C + R – NH2 R–C + H2O
OH amina NH – R
ácido amida
carboxílico
A união estabelecida entre dois aminoácidos adjacentes numa molécula recebe o nome de ligação pep-
tídica. Esse tipo de ligação ocorre sempre por meio da reação entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo
carboxila do outro. No entanto, essa molécula de água produzida não estabelece propriamente a ligação peptídica,
205
uma vez que ela é eliminada, sendo assim, a união entre dois aminoácidos consiste numa reação de condensação
amídica.
H O H O
H2N – C – C + H2N – C – C
R1 OH R2 OH
amino ácido amino ácido
H O H O
H2N – C – C – N – C – C + HOH
R1 H R2 OH
ligação peptídica
Transesterificação e saponificação
A reação de transesterificação é uma reação química que pode ocorrer entre um éster e um álcool, sempre tendo
a formação de um novo éster.
Na atualidade, a reação de transesterificação de óleos vegetais ou gordura animal (triglicerídeos – molécu-
las que possuem três grupos funcionais dos ésteres em sua estrutura) com alcoóis vem despertando muito interes-
se, sendo que o principal produto da reação (éster) possui propriedades similares às do diesel de petróleo, podendo
ser utilizado puro ou adicionado ao diesel fóssil, comumente conhecido como biodiesel.
O O
CH2 – O – C – R CH2 – H CH3 – CH2 – O – C – R
O O
CH – O – C – R’ + 3CH3 – CH2 – OH CH – OH CH3 – CH2 – O – C – R’
O O
CH2 – O – C – R’’ CH2 – OH CH2 – CH2 – O – C – R’’
Em termos gerais, a reação de saponificação ocorre quando um éster em solução aquosa de base inorgânica
origina um sal orgânico e álcool.
A Reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina. Falando quimicamente, seria a
mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal
orgânico).
206
Polímeros de adição
Polímeros de adição, como o próprio nome indica, são formados pela adição ou soma de vários monômeros exata-
mente iguais entre si e sem que haja perda de massa.
A união desses monômeros se dá por meio de uma reação de polimerização por adição, em que ocorre a
ruptura de uma ligação π e a formação de duas novas ligações simples, o que permite a união sucessiva das mo-
léculas do monômero. Isso significa que todo monômero usado na formação de polímeros de adição deve possuir
obrigatoriamente ligações duplas entre carbonos.
Exemplo:
H H H H
n C=C –C–C–
H H H H n
207
Copolímero
É um plástico (polímero) formado por pelo menos dois diferentes monômeros.
Exemplos
§§ ABS: Essa sigla vem do fato de que esse polímero é formado pela união de três monômeros: acrilonitrila
(A), but-1,3-dieno (B) e estireno (S do inglês styrene). Sua principal utilização é na fabricação de pneus, mas
também é usado na produção de telefones, invólucros de aparelhos elétricos e em embalagens.
C≡N
Na
– H2C=CH – CH2 – CH = CH – CH2 – CH – CH2
C≡N
n
ABS
§§ Buna-S: É formado pelo o eritreno (but-1,3-dieno) e pelo estireno (vinilbenzeno), que, em inglês, escreve-se
styrene, por isso, o “S” no final. O buna-S é usado em isolamento de cabo elétrico, bandas de rodagem de
pneus, solados e artefatos diversos.
buna-S n
Polímeros de condensação
Os polímeros de condensação são aqueles obtidos por meio de reações entre monômeros (iguais ou diferentes),
onde há saída de uma molécula pequena, geralmente a água.
A seguir, temos uma reação genérica de polimerização por condensação:
P.t. catalisador
nHO – C – C – OH + nH – C – C – H –C–C–C–C– + nH2O
208
Abaixo temos alguns polímeros de condensação e seus usos:
209
Na tabela acima, o composto mais ácido é o ácido tricloroacético, que possui maior valor de Ka (ou menor
valor de pKa). Também pode-se observar que o etanol é muito pouco ácido e o etileno tem um valor tão baixo de
Ka que praticamente não haverá possibilidade de o hidrogênio ser liberado do mesmo.
Em termos gerais, a acidez em compostos orgânicos, em ordem decrescente, é:
Ácidos Carboxílicos > Fenóis > Água > Álcoois > Alcinos > Alcenos
Na tabela acima, observa-se que as aminas alifáticas são mais básicas que a amônia (maior valor de Kb)
e aminas aromáticas são menos básicas que amônia. As amidas são muito menos básicas que as aminas (tanto
alifáticas quanto aromáticas), apesar de ter nitrogênio na sua estrutura.
Em termos gerais, a basicidade em compostos orgânicos, em ordem decrescente, é:
Aminas Secundárias > Aminas Primárias > Aminas Terciárias > Amônia > Aminas Aromáticas > Amidas
2. Efeito Indutivo e dos Substituintes: Esse tipo de efeito ocorre quando átomos de diferentes eletro-
negatividades se encontram ligados perto no composto. O átomo mais eletronegativo tem a tendência de
trazer os elétrons para perto dele, criando assim um dipolo e facilitando a saída do H+, deixando-o mais
ácido. Analogamente, átomos menos eletronegativos tem a tendência de doar os elétrons para cadeia, difi-
cultando a saída do H+, deixando-o menos ácido.
Podemos explicar os valores abaixo com mais facilidade pelo efeito indutivo dos substituintes em relação a
ácido acético:
210
3. Ressonância: Muitos dos compostos orgânicos podem parecer ser estáticos, entretanto muitos dos que
apresentam carga (ou não) podem ter formas híbridas instantâneas que são mais estáveis teoricamente que
a forma original. Se a base conjugada do composto for mais estável que o seu ácido, ele será mais ácido.
4. Distância: O efeito do substituinte é mais eficiente quanto mais perto do centro reacional. Substituintes
com efeito de elétron-receptor diminuem o pKa (aumenta o Ka) de ácidos carboxílicos. Analogamente, subs-
tituintes com efeito de elétron-doador aumentam o pKa (diminuem o Ka) de ácidos carboxílicos.
Nesse caso, o HCℓ doará o H+ para a água, sendo HCℓ o ácido e água a base de Brönsted-Lowry.
Reação inversa:
H3O+ + Cℓ– → HCℓ + H2O
Ácido Base
211
Nesse caso, o H3O+ doará o H+ para o cloreto, sendo H3O+ o ácido e cloreto a base de Brönsted-Lowry.
Nesta reação inversa, o íon hidrônio (H3O+) doou um próton para o íon cloreto (Cℓ–), assim o hidrônio é o
ácido e o cloreto é base de Brönsted-Lowry. Forma-se o par ácido-base conjugado: HCℓ e Cℓ-; e um segundo
par conjugado ácido-base : H2O e H3O+. Chama-se de par conjugado, porque em ambos os casos, um doa
o próton e se transforma no outro: o HCℓ doa o próton e se transforma em Cℓ– e o H3O+ doa o próton e se
transforma em H2O.
Pares conjugados
Diferentemente da teoria de Arrhenius, na de Brönsted-Lowry um ácido pode atuar como uma base, o con-
ceito de ácido e base é relativo: dependem da espécie química com a qual a substância está reagindo para
saber se ela é acida ou básica.
3. Ácido e base de Lewis
§§ Ácido de Lewis: são espécies químicas (moléculas ou íons) que são capazes de ceder (ou doar)
elétrons.
§§ Base de Lewis: são espécies químicas (moléculas ou íons) que são capazes de receber elétrons.
Exemplo:
H H H H
H–B + :N – H H – B – +N – H
H H H H
ácido de base de
Lewis Lewis
C C
+
C – A + CH3OCH3 C – A – O – CH3
C C CH3
AC3 Dimetiléter
ácido de Lewis base de Lewis
A definição de Lewis abrange os casos das definições de Bronsted-Lowry e de Arrhenius, sendo, portanto, a
mais ampla. Entretanto, as definições de Arrhenius e de Bronsted-Lowry também são utilizadas para explicar
alguns casos.
Finalizando, é importante lembrar que o conceito de ácido-base de Lewis é o mais amplo e engloba o con-
ceito de ácido-base de Brönsted-Lowry, que este, por sua vez, engloba o conceito de ácido-base de Arrhenius, como
mostra a figua ao lado. Isso significa que todo ácido de Arrhenius é ácido de Brönsted-Lowry e de Lewis, mas ácido
de Lewis não necessariamente é de Brönsted-Lowry e/ou Arrhenius.
212
U.T.I. - Sala
1. Dois isômeros de fórmula molecular C4H10O, rotulados como compostos I e II, foram submetidos a
testes físicos e químicos de identificação. O composto I apresentou ponto de ebulição igual a 83 °C
e o composto II igual a 35 °C. Ao reagir os compostos com solução violeta de permanganato de
potássio em meio ácido, a solução não descoloriu em nenhum dos casos.
a) Que tipo de isomeria ocorre entre esses compostos? Por que o isômero I apresenta maior ponto de
ebulição?
b) Explique por que o isômero I não reagiu com a solução ácida de KMnO4. Qual o nome IUPAC do com-
posto I?
2. Três frascos, identificados com os números I, II e III, possuem conteúdos diferentes. Cada um deles
pode conter uma das seguintes substâncias: ácido acético, acetaldeído ou etanol. Sabe-se que, em
condições adequadas:
I. a substância do frasco I reage com substância do frasco II para formar um éster;
II. a substância do frasco II fornece uma solução ácida quando dissolvida em água, e
III. a substância do frasco I forma a substância do frasco III por oxidação branda em meio ácido.
a) Identifique as substâncias contidas nos frascos I, II e III. Justifique sua resposta.
b) Escreva a equação química balanceada e o nome do éster formado, quando as substâncias dos frascos
I e II reagem.
3. Uma das substâncias responsáveis pelo odor característico do suor humano é o ácido capróico ou
hexanóico, C5H11COOH. Seu sal de sódio é praticamente inodoro por ser menos volátil. Em conse-
qüência desta propriedade, em algumas formulações de talco adiciona-se bicabornato de sódio
(hidrogeniocarbonato de sódio, NaHCO3), para combater os odores da transpiração.
a) Escreva a equação química representativa da reação do ácido capróico com o NaHCO3.
b) Qual é o gás que se desprende da reação?
c) Qual no nome do sal formado na reação do item a?
4. Hidrocarbonetos de fórmula geral CnH2n podem ser diferenciados pelo teste de Bayer. Tal teste con-
siste na reação desses hidrocarbonetos com solução neutra diluída de permanganato de potássio
- KMnO4 - que possui coloração violeta. Só haverá descoramento da solução se o hidrocarboneto
for insaturado. Considere hidrocarbonetos contendo 5 átomos de carbono, que se enquadrem na
fórmula geral CnH2n.
a) Indique a fórmula estrutural de um hidrocarboneto com cadeia ramificada que reage positivamente ao
teste de Bayer e justifique sua resposta.
b) Dentre os hidrocarbonetos que não reagem ao teste, um apresenta isomeria geométrica e outro possui
apenas carbonos secundários.
Cite seus nomes oficiais.
5. Determinado vinho tem teor alcoólico de 10% em volume. Considere que esse vinho foi transfor-
mado em vinagre, pela oxidação de todo seu álcool etílico (C2H5OH) em ácido acético (C2H4O2).
Determine a massa de ácido acético contida em 2,0 L desse vinagre.
Dados: densidade do álcool etílico = 0,8 g/mL
A equação química acima representa um método de preparação típico da química orgânica - a oxi-
dação branda de um hidrocarboneto. As letras de a até f correspondem aos menores coeficientes
estequiométricos inteiros de cada substância.
a) Indique a função a que pertence o produto inorgânico solúvel em água e o nome oficial, segundo a
IUPAC, do produto orgânico da reação.
b) Determine o valor numérico dos coeficientes estequiométricos a e b
213
U.T.I. - E.O. a) Escreva as equações químicas que represen-
tam essas duas semirreações.
b) Admitindo 35 microgramas de etanol, qual
a corrente i (em amperes) medida no ins-
1. Uma maneira de distinguir fenóis de álco-
trumento, se considerarmos que o tempo de
ois é reagi-los com uma base forte. Os fenóis medida (de reação) foi de 8 segundos?
reagem com a base forte, como o NaOH, for-
mando sais orgânicos, enquanto que os álco- Carga do elétron = 1,6 × 10-19 coulombs;
ois não reagem com essa base. Constante de Avogadro = 6 × 1023 mol-1;
a) Considerando a reatividade com a base forte, Q = i × t (tempo em segundos e Q = carga em
coulombs).
compare os valores das constantes de ioniza-
ção (Ka) dos fenóis e dos álcoois. Justifique a
sua resposta. 4. O tolueno (metilbenzeno) é obtido indus-
b) Escreva a equação química para a reação do trialmente pelo processo conhecido como
hidroxibenzeno com o NaOH, e dê o nome do "reforma catalítica", que, no caso, consiste
sal orgânico formado. no aquecimento de heptano com catalisador
adequado. Nesse processo forma-se também
hidrogênio:
2. Um químico obteve no laboratório uma mis-
tura, constituída de butanona e butiralde- heptano + catalisador → tolueno + hidrogênio
ído. Uma alíquota dessa mistura, pesando
0,800g, foi tratada com KMnO4 em meio bá- a) Calcule o volume de hidrogênio, nas "condi-
sico. O produto orgânico obtido por destila- ções ambiente", produzido na reforma cata-
ção apresentou massa de 0,440g. lítica de 750 mols de heptano.
b) Deseja-se obter o benzeno pelo mesmo pro-
Determine a percentagem, em massa, dos
cesso. Dê a fórmula ou o nome de um com-
componentes da mistura.
posto que possa produzi-lo.
Massas atômicas:
C = 12 Dado: volume molar de gás, nas "condições
H=1 ambiente" =24,8 litros/mol
O = 16
5. O rendimento do processo de obtenção do
formaldeído (constituinte da solução aquosa
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
conhecida como formol) a partir do meta-
A Química está presente em toda atividade nol, por reação com O2 em presença de pra-
humana, mesmo quando não damos a devida ta como catalisador é da ordem de 80%, em
atenção a isso... Esta história narra um epi- massa. Sendo assim, qual a massa do aldeído
sódio no qual está envolvido um casal de po- obtida pela oxidação de 4,8kg de metanol?
liciais técnicos, nossos heróis, famosos pela Dados: O outro produto da oxidação do me-
sagacidade, o casal Mitta: Dina Mitta, mais tanol é água
conhecida como "Estrondosa" e Omar Mitta,
vulgo "Rango". A narrativa que se segue é 6. Equacione a reação do benzeno com:
ficção. Qualquer semelhança com a realidade a) cloreto de etila sob catálise de AℓCℓ3
é pura coincidência. b) brometo de acetila sob catálise de FeBr3
9. Grupos ligados ao anel benzênico interferem na sua reatividade. Alguns grupos tornam as posi-
ções orto e para mais reativas para reações de substituição e são chamados orto e para dirigentes,
enquanto outros grupos tornam a posição meta mais reativa, sendo chamados de meta dirigentes.
§§ Grupos orto e para dirigentes: –Cℓ, –Br, –NH2, –OH, –CH3
§§ Grupos meta dirigentes: –NO2, –COOH, –SO3H
As rotas sintéticas I, II e III foram realizadas com o objetivo de sintetizar as substâncias X,Y e Z,
respectivamente.
I.
II.
III.
Escreva a fórmula estrutural e os nomes dos compostos X, Y e Z formados (escreva todas as possi-
bilidades dos produtos formados).
215
b)
c)
11. Álcoois reagem com ácidos carboxílicos para a) Desenhe um pedaço da estrutura do trans-
formar ésteres e água. Triglicerídeos (gor- -poliacetileno. Assinale, com um círculo, no
duras e óleos) sintéticos podem ser obtidos próprio desenho, a unidade de repetição do
pela reação de glicerol (CH2(OH)CH(OH)
polímero.
CH2(OH)) com ácidos carboxílicos.
a) Escreva a equação química, utilizando fór- b) É correto afirmar que a oxidação do transpo-
mulas estruturais, da reação de 1 mol de gli- liacetileno pelo iodo provoca a inserção de
cerol com 3 mols de ácido n-hexanóico. elétrons no polímero, tornando-o condutor?
b) Quando o composto formado no item a é Justifique sua resposta.
submetido a hidrólise alcalina (saponifica-
ção), o triglicerídeo dissolve-se com regene-
1
4. O fármaco havia sido destruído pela explo-
ração do glicerol e formação de sal. Escreva
a reação de hidrólise do éster, utilizando são e pelo fogo. O que, porventura, tivesse
NaOH. Dê o nome do produto que se forma sobrado, a chuva levara embora. Para averi-
junto com o glicerol. guar a possível troca do produto, Estrondosa
pegou vários pedaços dos restos das embala-
12. Um dos processos mais utilizados para ob- gens que continham o fármaco. Eram sacos
tenção de álcoois consiste na reação de de alumínio revestidos, internamente, por
compostos de Grignard com substâncias car- uma película de polímero. Ela notou que al-
boniladas, seguida de hidrólise. Observe a
sequência reacional a seguir, que exemplifi- gumas amostras eram bastante flexíveis, ou-
ca essa obtenção, onde R representa um ra- tras, nem tanto. No laboratório da empresa,
dical alquila. colocou os diversos pedaços em diferentes
R - MgCl + propanona x frascos, adicionou uma dada solução, con-
tendo um reagente, e esperou a dissolução
hidrólise do metal; quando isso ocorreu, houve evolu-
X 2,3 - dimetil - 2 - butano + MgOHCl
ção de um gás. Com a dissolução do alumí-
a) Nomeie o composto de Grignard utilizado e nio, o filme de plástico se soltou, permitindo
apresente sua fórmula estrutural plana. a Estrondosa fazer testes de identificação.
b) Foram determinadas as porcentagens em Ela tinha a informação de que esse políme-
massa dos elementos químicos da propanona ro devia ser polipropileno, que queima com
e de seus isômeros, a fim de diferenciá-los. gotejamento e produz uma fumaça branca.
Explique por que esse procedimento não é Além do polipropileno, encontrou poliesti-
considerado adequado e apresente a fórmula reno, que queima com produção de fumaça
estrutural plana de um isômero da propa- preta. Tudo isso reforçava a ideia da troca
nona que possua somente carbonos secun-
do fármaco, ou de uma parte dele, ao menos,
dários.
incriminando o vigia.
a) Escreva a equação que representa a reação
13. Os cientistas que prepararam o terreno para
de dissolução do alumínio, admitindo um
o desenvolvimento dos polímeros orgânicos
possível reagente utilizado por Estrondosa.
condutores foram laureados com o prêmio
Nobel de Química do ano 2000. Alguns des- b) Pode-se dizer que a diferença entre o polies-
ses polímeros podem apresentar condutibi- tireno e o polipropileno, na fórmula geral,
lidade elétrica comparável à dos metais. O está na substituição do anel aromático por
primeiro desses polímeros foi obtido oxi- um radical metila. Se o poliestireno pode ser
dando-se um filme de trans-poliacetileno representado por —[CH2CH(C6H5)]— n, qual
com vapores de iodo. é a representação do polipropileno?
216
15. O nitrogênio é um macro-nutriente impor-
tante para as plantas, sendo absorvido do
solo, onde ele se encontra na forma de íons
inorgânicos ou de compostos orgânicos. A
forma usual de suprir a falta de nitrogênio
no solo é recorrer ao emprego de adubos sin-
téticos. O quadro a seguir mostra, de forma
incompleta, equações químicas que repre-
sentam reações de preparação de alguns des-
ses adubos.
18. Responda:
a) Usando estrutura de Lewis, faça um diagra-
ma da reação entre HCN e NH3 gasoso.
b) Explique se esta reação pode ser considera-
da com uma reação ácido-base de Bronsted-
-Lowry.
c) O HCN pode ser considerado uma base de
a) Escolha no quadro as situações que pode- Lewis? Justifique.
riam representar a preparação de uréia e
de sulfato de amônio e escreva as equações 19. Usando conceito ácido-base, justifique as
químicas completas que representam essas afirmativas seguintes sobre água:
preparações.
a) Segundo Bronsted-Lowry, a água é uma es-
b) Considerando-se apenas o conceito de
pécie anfótera.
Lowry-Bronsted, somente uma reação do
b) Para Lewis, a água é uma base.
quadro não pode ser classificada como uma
reação do tipo ácido-base. Qual é ela (alga-
rismo romano)? 20. Considere a reação do íon cúprico com quatro
c) Partindo-se sempre de uma mesma quanti- moléculas de água para formar o composto
dade de amônia (reagente limitante), algum de coordenação [Cu(H2O)4]+2(aq). Esta é uma
dos adubos sugeridos no quadro conteria reação de um ácido com uma base segundo
uma maior quantidade absoluta de nitrogê- qual conceito? Justifique.
nio? Comece por SIM ou NÃO e justifique sua
resposta. Considere todos os rendimentos
das reações como 100 %.
Química 3
Termoquímica
Energia de ligação
A energia de ligação A – B é aquela absorvida na ruptura de 1 mol dessas ligações no estado gasoso.
Exemplo
H2 (g) → 2H(g)
energia de ligação H – H = +437 kJ
Cálculo do ∆H
A energia de ligação pode ser determinada experimentalmente. Nesta tabela, estão relacionadas as energias de
algumas ligações.
Conhecendo os valores das energias de ligação presentes nos reagentes e nos produtos de uma reação,
pode-se calcular o ∆H dessa reação:
∆H = (energia absorvida na quebra das ligações presentes nos reagentes)
+
(energia liberada na formação das ligações presentes nos produtos)
Exemplo
C — Cℓ 327,2
Cℓ — Cℓ 242,6
H — Cℓ 431,8
4 (C — H) = 4 (413,6) = 1.653,6 kJ
3 (Cℓ — Cℓ) = 3 (242,6) = 727,8 kJ
energia total absorvida = 2.381,4 kJ
1C — H = 1 (413,6) = 413,6 kJ
3C — Cℓ = 3 (327,2) = 981,6 kJ
3H — Cℓ = 3 (431,8) = 1.295,4 kJ
energia total liberada = 2.690,6 kJ
Uma vez que a energia liberada é maior que a absorvida, a reação será exotérmica e seu valor absoluto:
Portanto:
Cinética química
Velocidade das reações
D Quantidade
Vm = ___________
D Tempo
Velocidade média de uma reação química é o quociente da variação da concentração molar de um dos reagentes
(ou produtos) da reação pelo intervalo de tempo em que essa variação ocorre.
Os denominadores são os coeficientes estequiométricos. De um modo geral, define-se velocidade média de
uma reação da seguinte maneira:
Para a reação genérica aA +bB → cC + dD, a rapidez ou velocidade média (sem especificação de se
referir a reagente ou produto) é dada por:
V VB __ V VD
Vm da reação = __
aA = __
= cC = __
b d
220
Complexo ativado
Para uma reação ocorrer é necessário haver colisão entre as moléculas dos reagentes. Somente essa condição,
entretanto, não é suficiente. Considere a reação representada pela seguinte equação:
2HI → H2 + I2
Nessa reação, são rompidas as ligações covalentes das moléculas HI e são formadas as ligações covalentes
das moléculas H – H e I – I. Mas esse processo não é direto; não há primeiro a ruptura das ligações H – I e depois
formação das ligações H – H e I – I. Na verdade forma-se uma estrutura de transição com ligações intermediárias
entre as das moléculas dos reagentes e as dos produtos. Essa estrutura é chamada de complexo ativado.
Colisão efetiva
É aquela que resulta em reação, isto é, que ocorre em posição geometricamente favorável à formação do complexo
ativado e com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.
Energia de ativação
Energia de ativação (Ea) é a energia mínima que as moléculas devem ter para reagir ao se chocarem, isto é, para que
haja colisão efetiva. Esse fato ocorre tanto para as reações exotérmicas quanto para as endotérmicas. O diagrama
delas que indica o caminho da reação e a entalpia pode ser representado por:
entalpia entalpia
complexo ativado complexo ativado
Ea
Reag.
Prod.
Hp Hr
Reag Ea ∆H ∆H
Prod.
Hr Hp
Superfície de contato
Quanto maior a superfície de contato dos reagentes, maior a velocidade da reação.
Temperatura
Com a elevação da temperatura, aumenta a energia cinética das moléculas, o que implica maior número de cho-
ques efetivos com aumento da velocidade da reação.
Catalisador
Catalisadores são substâncias capazes de acelerar uma reação sem sofrer alteração permanente, isto é, não são
consumidas durante a reação.
Os catalisadores criam um caminho alternativo que exige uma menor energia de ativação, fazendo com que
a reação se processe mais rapidamente.
energia
Ea reação sem catalisador
Ea reação com catalisador
∆H
caminho da reação
Equação de velocidade
Lei de Guldberg-Waage
A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações em quantidades de matéria
dos reagentes, elevadas a determinados expoentes.
Em uma reação:
xA + yB +... → produtos...
222
A equação da velocidade é dada por:
V = velocidade da reação
k = constante da velocidade (a uma dada temperatura)
V = k · [A]x · [B]y = [A] e [B] = concentrações em mol/L dos reagentes
x e y = expoentes determinados experimentalmente,
denominados ordem da reação
Mecanismo de reações
Mecanismo de uma reação é a série de etapas que levam os reagentes aos produtos. Nesse mecanismo há etapas
lentas e rápidas. A etapa mais lenta é a determinante da velocidade.
Seja a reação 2A + 3B → A2B3, que se processa em duas etapas:
§§ Primeira etapa: 2A + B → A2B (lenta)
§§ Segunda etapa: A2B + 2B → A2B3 (rápida)
v = k[A]2 · [B]
Compostos sólidos não entram na equação.
Como é uma reação elementar, o expoente na lei da velocidade é igual ao coeficiente do reagente:
v = k · [CO]2 · [O2]1
Assim, temos que essa reação é de ordem 2 em relação ao CO, de ordem 1 em relação ao O2 e sua ordem
global é 3 (2 + 1 = 3).
Os expoentes na lei da velocidade são dados pelos coeficientes dos reagentes na etapa lenta:
v = k [H2]1 · [NO]2.
Exemplo 1
Observe a reação:
2A + 3B → C
Segundo a lei de Guldberg Waage, a equação da velocidade, baseada na equação global (portanto, inade-
quada), seria:
v = k [A]2 · [B]3
Mas, em se tratando da tabela experimental de variação de velocidade, deve-se deduzir a equação da velo-
cidade na qual x e y serão determinados, uma vez que não são necessariamente 2 e 3.
Comparando a primeira com a segunda experiência, nota-se que a concentração de B é a mesma e que a
concentração de A dobrou; consequentemente, a velocidade também dobrou.
Comparando a segunda com a terceira experiência, verifica-se que a concentração de A é a mesma e que a
de B dobrou; consequentemente, a velocidade quadruplicou.
Conclusão
A velocidade varia com a primeira potência de [A] e com a segunda potência de [B].
v = k [A]1 · [B]2
224
Exemplo 2
A reação química entre cloreto de mercúrio (II) e oxalato de potássio:
Foi estudada em solução aquosa, que determinou a quantidade de matéria de Hg2Cℓ2 que precipita. Foram
realizadas três experiências e modificadas as concentrações (mol/L) iniciais dos reagentes:
Quantidade de
Experiência [HgCℓ2] [K2C2O4] Tempo/min
matéria Hg2Cℓ2/mol
1 0,0836 0,404 60 O,0064
Determinar a equação de velocidade e identificar as ordens para cada um dos reagentes e a total.
Se a equação de velocidade for dada por v = k · [HgCℓ2]a · [K2C2O4]b,
0,0064
§§ experiência 1: ______
= k(0,0836)a (0,404)b (I)
60
0,0016
§§ experiência 2: ______
= k(0,0836)a (0,202)b (II)
60
0,0032
§§ experiência 3: ______
= k(0,0418)a (0,404)b (III)
60
Dividindo (I) por (II):
______0,0064
k(0,0836)a (0,404)b
60 = _______________
______
______0,0016 k(0,0836)a (0,202)b
60
Obtém-se: 4 = 2b ou 22 = 2b [ b = 2
Uma vez descoberto o valor de b, pode-se determinar por meios matemáticos o a e obter a ordem da reação.
Equilíbrio químico
Reações reversíveis
O equilíbrio químico é um estado dinâmico. Isso não significa paralisação da reação. Como as velocidades direta e
inversa são iguais, as concentrações dos reagentes e dos produtos permanecem constantes (mas não necessaria-
mente iguais). A reação continua se processando, sem, no entanto, alterar as concentrações em quaisquer sentidos.
Suponhamos que ao alcançar o equilíbrio:
Grau de equilíbrio
O grau de equilíbrio (α) de um reagente corresponde a relação entre a quantidade de mol consumida e a quanti-
dade de mol inicial desse reagente.
Exemplo
Quantidade de mol de PCℓ5 inicial = 2,0 mol e quantidade de mol de PCℓ5 consumido até o equilíbrio = 1,6
mol.
O grau de equilíbrio, portanto, é: α = 1,6/2,0 = 0,8 ou seja, 80%.
Constante de equilíbrio
Num sistema reversível genérico de única etapa:
1
a×A+b×B c×C+d×D
2
A velocidade da reação direita (v1) vai diminuir em razão do consumo gradual de A e de B. A velocidade da
reação inversa (v2) vai aumentando com o tempo em razão da formação de C e D.
Certo tempo depois – que varia de acordo o tipo de reação –, as concentrações de A, B, C e D permanecem
inalteradas.
Nessa fase, as velocidades v1 e v2 igualam-se, sinal de que o sistema atingiu o equilíbrio químico.
226
Logo,
[C]c · [D]d
Kc = _______
a
[A] · [B]b
Constante de equilíbrio em
termos de pressões parciais (Kp)
a · A(g) + b · B(g) c · C(g) + d · D(g)
Para equilíbrios gasosos, pode-se exprimir a constante de equilíbrio em termos das pressões parciais dos reagentes
e dos produtos:
(p )c (p )d
Kp = _______
C a D b
(pA) (pB)
Relação entre Kp e Kc
Kp = Kc · (R · T)Dn
Essa relação pode ser facilmente demonstrada a partir da expressão da equação dos gases perfeitos (equação de
Clapeyron) em pressões parciais.
Equilíbrios heterogêneos
Equilíbrios heterogêneos são aqueles em que pelo menos umas das substâncias participantes da reação está em um
estado físico diferente das demais, geralmente no estado sólido. Com isso, o aspecto do sistema não fica uniforme,
mas é possível visualizar diferentes fases. Nesse caso não se deve escrever as substâncias sólidas na equação de Kc e Kp.
Deslocamento de equilíbrio
Efeito da concentração
Pelo princípio de Le Chatelier, um aumento da concentração de uma das substâncias participantes desloca o equi-
líbrio no sentido da reação que produz uma diminuição na concentração dessa substância: portanto, no sentido da
reação em que a substância é consumida.
Uma diminuição da concentração desloca o equilíbrio no sentido da reação que produz um aumento de sua
concentração, logo, no sentido da reação em que a substância é formada.
227
Efeito da pressão
Aumento da pressão desloca o equilíbrio para o lado com menor volume gasoso (menor número de moléculas
gasosas).
Diminuição da pressão desloca o equilíbrio para o lado com maior volume gasoso (maior número de molé-
culas gasosas).
Exemplo
Se a pressão aumentar, o equilíbrio desloca-se para a direita (→) e favorece a formação do SO3(g), uma vez
que nesse sentido a quantidade de moléculas gasosas diminui, consequentemente, a pressão também diminui.
Portanto:
§§ O aumento da temperatura a desloca o equilíbrio no sentido da reação endotérmica (para a esquerda); e
§§ A diminuição da temperatura a desloca o equilíbrio no sentido da reação exotérmica (para a direita).
Para calcular a constante de ionização, recorremos à expressão matemática da lei de diluição de Ostwald:
2
Ki = _____
a
· M
1–a
Lei de Ostwald é empregada preferencialmente para soluções diluídas e eletrólitos fracos (a < 5 %). Observe
que ela relaciona a constante de equilibrio (Ki) com o grau de ionizacao (α).
Como a maioria dos casos práticos refere-se a monoácidos ou monobases, o denominador (1 – α) é prati-
camente igual a 1, desde que a seja muito pequeno (α < 5 %):
α<5%⇒1–α≈1
Ki = a2 · M
De acordo com essa equação, quanto maior for a constante de ionização Ki mais ionizado estará o ácido
(maior é α), ou seja, maior será sua força.
Se a ionização ocorrer em etapas, é necessário escrever tantas constantes quantas forem as etapas.
HCN H+ + CN–
[H+][CN-]
Ka = _______
[HCN]
Se o sal NaCN for adicionado à solução de HCN, haverá um aumento na concentração de íons CN–, o que
fará com que o equilíbrio seja deslocado para a esquerda, como é mostrado a seguir:
NaCN → Na+ + CN–
HCN H+ + CN–
Portanto, a formação do ácido é favorecida, diminuindo a ionização do ácido.
229
Efeito do íon não comuns
Retomando o exemplo do ácido cianídrico (HCN) tem-se que:
HCN H+ CN–
Se uma base (NaOH, por exemplo) for adicionada à solução desse ácido, vai ocorrer a dissociação da base
ocorrendo liberação de íons OH–:
Os íons OH– da base vão neutralizar os íons H+ do ácido, de acordo com a reação:
H+ + OH– → H2O
Portanto, haverá uma menor quantidade de H+ na solução. De acordo com o princípio de Le Chatelier, ha-
verá deslocamento de equilíbrio para a direita, aumentando a ionização do ácido.
pH e pOH
Cálculo do pH e pOH
O pH é um parâmetro utilizado para indicar se o meio reacional é ácido, básico ou neutro.
O potencial hidrogeniônico (pH) é o cologaritmo da concentração hidrogeniônica:
pH e pOH de soluções
1. Solução neutra
a 25 °C, Kw = [H+] · [OH-] = 10-14
[H+] = [OH-] = 10-7 mol/L
pH = pOH = 7
pH + pOH = 14
2. Solução ácida
a 25 °C, [H+] > 10-7 ⇒ pH < 7
[OH-] < 10-7 ⇒ pOH > 7
3. Solução básica
a 25 °C, [H+] < 10-7 ⇒ pH > 7
[OH-] > 10-7 ⇒ pOH < 7
230
Hidrólise salina
I. Sal de ácido forte e base forte: não sofre hidrólise e o pH da solução é 7.
Exemplo: NaCℓ.
Na+ + Cℓ– + H+ + OH- → Na+ + OH- + H+ + Cℓ–
Não há hidrólise porque, sendo o ácido e a base fortes, esse equilíbrio não permite sua formação e os íons
permanecem em solução.
Pode-se dizer que, nesse caso, a solução é neutra (pH = 7 a 25 °C) e não há constante de hidrólise nem
grau de hidrólise.
II. Sal de ácido forte e base fraca: sofre hidrólise e o pH da solução é menor que 7.
Exemplo: NH4Br.
O equilíbrio que se forma na solução aquosa de brometo de amônio é:
NH+4 + Br– + H+ + OH- NH4OH + H+ + Br-
Forma-se a base e há íons H+ livres na solução. A solução resultante é ácida. Repare que praticamente nada
acontece com Br-. O que ocorreu foi a hidrólise do cátion:
III. Sal de ácido fraco e base forte: sofre hidrólise e o pH da solução é maior que 7.
Exemplo: NaCN.
O equilíbrio que se forma na solução aquosa de cianeto de sódio é:
Forma-se o ácido e há íons OH- livres na solução. A solução resultante é básica. Praticamente nada acontece
com Na+. O que ocorreu foi a hidrólise do ânion:
IV. Sal de ácido fraco e base fraca: sofre hidrólise e o pH da solução pode ser superior, igual ou inferior a
7, dependendo das forças relativas do ácido e da base.
Exemplo: (NH4)2S.
O equilíbrio que se forma na solução aquosa de sulfeto de amônio é:
Como o ácido e a base são fracos, o equilíbrio está deslocado para a direita; formam-se o ácido e a base.
Solução-tampão
São soluções que mantêm o pH aproximadamente constante, mesmo que elas venham a receber ácidos ou bases
fortes. As soluções-tampão são geralmente formadas por um ácido fraco e um sal desse ácido ou por uma base
fraca e um sal dessa base. As soluções-tampão são usadas sempre que um químico necessita de um meio com pH
aproximadamente constante. Elas são preparadas com a dissolução dos solutos em água.
– log Ka pode ser chamado de pKa, portanto, pKa = – log Ka. Quanto menor o pKa, maior o Ka, o que faz com que
seu grau de ionização seja maior, logo, o composto será mais ácido. Quando um tampão é preparado com concen-
trações iguais do ácido e do ânion, o pH é igual ao pKa desse ácido (pH = pKa)
Produto de solubilidade
Constante do produto de solubilidade Kps
Como achar a expressão de KPS?
1. Escreva a equação de equilíbrio devidamente balanceada; e
2. Escreva a expressão da constante de equilíbrio sem considerar o sólido precipitado.
232
Observe estes exemplos.
Observe: as concentrações molares que aparecem na expressão de KPS, sempre correspondem às concen-
trações da solução saturada pelos íons que estariam em equilíbrio com o precipitado.
Exemplo
Cloreto de prata sólido, AgCℓ adicionado em água pura a 25 ºC.
O sistema é deixado em repouso por alguns dias para que se tenha certeza de que foi alcançado o equilíbrio
entre o sólido e os íons Ag+ e Cℓ– em solução.
Uma análise mostra que a concentração de Ag+ é de 1,34 × 10-5 mol/L.
Qual é o Kps do cloreto de prata?
Observe: a concentração de íons prata corresponde à concentração existente na solução saturada, ou seja,
corresponde à concentração de íons que existe no equilíbrio de solubilidade.
AgCl(s) Ag+(aq) + Cℓ–(aq)
A expressão do KPS é utilizada apenas para soluções saturadas de eletrólitos considerados insolúveis, porque
a concentração de íons em solução é pequena, o que resulta soluções diluídas.
O KPS é uma grandeza que só depende da temperatura. Quanto mais solúvel o eletrólito, maior a concentra-
ção de íons em solução, maior o valor de KPS. Quanto menos solúvel o eletrólito, menor o valor de KPS, desde
que as substâncias comparadas apresentem a mesma proporção entre íons.
233
Previsão de precipitação e quociente da reação (QPS)
Se 2 eletrólitos diferentes forem misturados em solução, é possível saber quando o precipitado vai começar a se
formar, a partir de dois íons desses eletrólitos.
Exemplo
Foram misturados volumes iguais de Pb(NO3)2 0,2 mol/L e Kℓ 0,2 mol/L. Haverá formação de um precipitado
de Pbℓ2?
Dado: KPS do Pbℓ2 = 1,4 · 10-5
Solução: concentração de cada íon em solução:
Se as duas soluções forem misturadas, o volume da solução final duplicará; portanto, as concentrações de
Pb2+ e I- caem pela metade.
A equação iônica que representa a precipitação é:
Uma vez que seu inverso representa a dissolução do PbI2, ao alcançar o equilíbrio haverá:
O Qps é calculado em razão da concentração de íons misturados. A precipitação ocorre se QPS for maior ou
igual ao KPS.
Neste caso:
234
U.T.I. - Sala
1. (Fac. Santa Marcelina) Um estudo publicado pela revista Nature aponta que a quantidade de me-
tano (CH4) liberada por alguns poços de gás de xisto (cuja composição química padrão apresenta,
além de outros compostos, o óxido de ferro (III) e o óxido de alumínio) seria cerca de 4 vezes
maior que o previsto, o que o tornaria uma fonte de energia emissora de gás de efeito estufa tão
nociva quanto o carvão. A combustão completa do metano produz outro gás estufa, o CO2 de acordo
com a reação:
CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
(www.lqes.iqm.unicamp.br. Adaptado.)
a) Escreva as fórmulas químicas dos óxidos presentes na composição do xisto, sabendo que nesses com-
postos a carga do ferro e do alumínio é +3.
b) Supondo que a reação de combustão completa do metano seja elementar, escreva a expressão da lei de
velocidade dessa reação. Explique o que irá acontecer com a velocidade se a concentração do metano
for dobrada e a concentração do oxigênio permanecer constante.
3. (Uerj) O formol, uma solução de metanal, frequentemente utilizado em cosméticos, vem sendo
substituído pelo ácido glioxílico. No entanto, a decomposição térmica desse ácido também acarreta
a formação de metanal, de acordo com a seguinte equação:
Energia de ligação
Ligação
(kJ ∙ mol-1)
C-C 348
C=O 744
C-H 413
C-O 357
O-H 462
4. (Usf) O sistema gasoso a seguir representa um importante equilíbrio químico existente na atmos-
fera terrestre, especialmente em regiões bastante poluídas com emissão do dióxido de enxofre que
é derivado da combustão de determinados combustíveis.
2SO2 + O2 2SO3
Produto [H+]
Refrigerante 10-3
Alvejante caseiro 10-12,5
Vinho 10-3,5
Leite de magnésia 10-10
Cerveja 10-4,5
Produto [H+] pH
Refrigerante 10-3
Alvejante caseiro 10-12,5
Vinho 10-3,5
Leite de magnésia 10-10
Cerveja 10-4,5
6. (Ufpr) Pesquisadores de Harvard desenvolveram uma técnica para preparar nanoestruturas auto-
-organizadas na forma que lembram flores. Para criar as estruturas de flores, o pesquisador dis-
solveu cloreto de bário e silicato de sódio num béquer. O dióxido de carbono do ar se dissolve
naturalmente na água, desencadeando uma reação que precipita cristais de carbonato de bário.
Como subproduto, ela também reduz o pH da solução que rodeia imediatamente os cristais, que en-
tão desencadeia uma reação com o silicato de sódio dissolvido. Esta segunda reação adiciona uma
camada de sílica porosa que permite a formação de cristais de carbonato de bário para continuar
o crescimento da estrutura.
(“Beautiful "flowers" self-assemble in a beaker”. Disponível em <https://www.seas.harvard.edu/
news/2013/05/beautiful-flowers-self-assemble-beaker>. Acesso em 10 ago. 2013)
a) Suponha que num béquer foram dissolvidos cloretos de bário, cálcio e estrôncio de modo que as con-
centrações de cada sal é igual a 1 µmol ∙ L-1. Com a dissolução natural do gás carbônico do ar, qual
carbonato irá primeiramente cristalizar?
b) Num béquer há uma solução 1 µmol ∙ L-1 de cloreto de bário. Calcule qual a concentração de íons car-
bonato necessárias para que o cristal de carbonato de bário comece a se formar.
236
U.T.I. - E.O. FeO(s) + CO(g) Fe(s) + CO2(g) DH0 > 0
239
C–H 413
C–C 348
C–O 358
O–H 463
C=C 614
C=O 799
O=O 495
Massa molar (g/mol): C = 12, O = 16, H = 1
a) Do ponto de vista de poder calorífico, isto
é, a quantidade de energia (por unidade de
massa) liberada na oxidação de um determi-
nado combustível, qual dos processos (R1 ou
R2) gera um melhor combustível? Justifique.
b) Por meio das entalpias de ligação, calcule a
entalpia de combustão do propano.
1
3. (Fuvest) A vitamina C, presente em sucos de
frutas como a manga, pode sofrer processos
de degradação em certas condições. Um pes-
quisador fez um estudo sobre a degradação
da vitamina C contida em sucos de manga
comerciais, determinando a variação da con-
centração dessa vitamina com o tempo, em
diferentes temperaturas. 1
4. (Fuvest) A oxidação de SO2 a SO3 é uma das
O gráfico da figura 2 representa os dados de etapas da produção de ácido sulfúrico.
degradação da vitamina C em três diferentes 2SO2(g) + O2(g) 2SO3(g) DH < 0
temperaturas, 25 ºC, 35 ºC e 45 ºC, estando
identificada a curva referente ao experimen- Em uma indústria, diversas condições para
to realizado a 35 ºC. essa oxidação foram testadas. A tabela a se-
guir reúne dados de diferentes testes:
a) No estudo a 35 ºC a velocidade média de
degradação da vitamina C é a mesma nos Número Pressão Tempera-
Reagentes
intervalos de tempo correspondentes aos do teste (atm) tura (ºC)
30 primeiros dias e aos 30 últimos dias do SO2(g) exces-
1 500 400
estudo? Explique, apresentando cálculos das so de SO2(g)
velocidades (em mg ∙ L-1 ∙ dia-1), para esses excesso de
2 500 1000
dois intervalos de tempo. SO2(g) + SO2(g)
O número de moléculas com uma determina- excesso de
3 1 1000
SO2(g) + ar
da energia cinética varia com a temperatu-
SO2(g) + excesso
ra, conforme está ilustrado na figura abaixo. 4 1 400
de ar
Suponha que a figura se refira à energia das
moléculas de vitamina C presentes no suco, a) Em qual dos quatro testes houve maior ren-
cujo processo de degradação está sendo es- dimento na produção de SO3? Explique.
b) Em um dado instante t1, foram medidas
tudado nas temperaturas de 35 ºC e de 45 ºC.
as concentrações de SO2, O3, e SO3 em um
Na figura 1, está representada, também, a reator fechado, a 1000 ºC obtendo-se os
energia de ativação desse processo de degra- valores:[SO2] = 1,0 mol/L; [O2] = 1,6 mol/L;
dação. [SO3] = 20 mol/L. Considerando esses valo-
b) Identifique, no gráfico da figura 2, qual das res, como é possível saber se o sistema está
ou não em equilíbrio? No gráfico abaixo,
curvas representa os dados da variação da
represente o comportamento das concen-
concentração de vitamina C com o tempo, trações dessas substâncias no intervalo de
a 45º C. Justifique sua escolha, utilizando a tempo entre t1 e t2 considerando que, em t1
figura 1 para fundamentar sua explicação. o sistema está em equilíbrio químico.
240
Note e adote:
Para a reação dada, KC – 250 a 1000 ºC
1
5. (Ufjf) A síntese da amônia foi desenvolvida por Haber-Bosh e teve papel importante durante a
1ª Guerra Mundial. A Alemanha não conseguia importar salitre para fabricação dos explosivos e,
a partir da síntese de NH3, os alemães produziam o HNO3 e deste chegavam aos explosivos de que
necessitavam. A equação que representa sua formação é mostrada abaixo:
a) A partir da equação química para a reação de formação da amônia, descrita acima, e sabendo que a
reação apresenta DH < 0 o que aconteceria com o equilíbrio, caso a temperatura do sistema aumen-
tasse?
b) Calcule a variação de entalpia da formação da amônia, a partir das energias de ligação mostradas na
tabela a seguir, a 298 K:
c) Suponha que a uma determinada temperatura T foram colocados, em um recipiente de 2,0 litros de
capacidade, 2,0 mols de gás nitrogênio e 4,0 mols de gás hidrogênio. Calcule o valor da constante de
equilíbrio, Kc, sabendo que havia se formado 2,0 mols de amônia ao se atingir o equilíbrio.
d) Considere que a lei de velocidade para a reação de formação da amônia é v = k [H2]3 [N2]. Calcule
quantas vezes a velocidade final aumenta, quando a concentração de nitrogênio é duplicada e a de
hidrogênio é triplicada, mantendo-se a temperatura constante.
16. (Fmj) O álcool isopropílico desempenha papel fundamental como antisséptico e desinfetante de-
vido ao seu custo reduzido, baixa toxicidade e facilidade de aquisição e aplicação.
(www.anvisa.gov.br. Adaptado.)
O álcool isopropílico pode ser convertido em acetona pelo processo descrito pela equação, com
rendimento de 90%.
Cu(s)
(CH3)2CHOH(g) → (CH3)CO(g) + H2(g)
Experimentos 1 2 3 4 5 6
Tempo (min) 0 30 60 90 120 150
[(CH3)2CHOH](mol ∙ L )
-1
5 × 10 -2
4 × 10 -2
2,5 × 10 -2
2 × 10 -2
1,5 × 10 -2
1 × 10-2
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a) Desenhe a curva representativa dos dados da Esse sistema sob determinadas condições
tabela no gráfico abaixo e explique por que os atinge o seguinte equilíbrio
valores da velocidade de consumo do álcool,
em mol ∙ L–1 ∙ min–1 são diferentes nos inter-
CO2(g) + C(s) 2CO(g)
valos de 0 a 30 minutos e de 30 a 60 minutos.
onde se observa que:
§§ a fase gasosa tem comportamento de gás
ideal;
§§ o volume de carvão mineral final é des-
prezível;
§§ a 1100 K a constante de equilíbrio da re-
ação é Kp = 22;
§§ a 1000 K a massa específica da fase gaso-
sa no reservatório é igual a 14 g/ℓ
b) Considere que as massas molares do álcool Com base nessas informações, calcule a cons-
tante de equilíbrio, Kp, da reação a 1000 K.
isopropílico e da acetona são, respectiva-
Estabeleça se a reação entre o CO2(g) e o C(s) é
mente, 60 g∙mol-1 e 58 g∙mol-1. A partir de exotérmica ou endotérmica, justificando sua
180 g de álcool isopropílico com 100% de resposta.
pureza, calcule a massa, em gramas, de ace-
tona obtida no processo descrito pela equa-
9. (Ime) Determine o pH no ponto de equiva-
1
ção.
lência da titulação de 25,0 mL de ácido hipo-
cloroso aquoso (Ka = 3 ∙ 10-8) com concentra-
17. (Unicamp) Uma solução de luminol e água ção 0,010 mol/L, com hidróxido de potássio
oxigenada, em meio básico, sofre uma trans- 0,020 mol/L, realizada a 25 ºC
formação química que pode ser utilizada Dados: log 2 = 0,30 log 3 = 0,48.
para algumas finalidades. Se essa transfor-
mação ocorre lentamente, nada se observa
20. (Ita) Sabendo que a constante de dis-
visualmente; no entanto, na presença de pe-
sociação do hidróxido de amônio e a do
quenas quantidades de íons de crômio, ou
ácido cianídrico em água são, respecti-
de zinco, ou de ferro, ou mesmo substâncias
vamente, Kb = 1,76 × 10-5 (pKb = 4,75) e
como hipoclorito de sódio e iodeto de po-
Ka = 6,20 × 10-10 (pKa = 9,21), determine a
tássio, ocorre uma emissão de luz azul, que
constante de hidrólise e o valor do pH de
pode ser observada em ambientes com pouca
uma solução aquosa 0,1 mol∙L-1 de cianeto
iluminação.
de amônio.
a) De acordo com as informações dadas, pode-
-se afirmar que essa solução é útil na identi-
ficação de uma das possíveis fontes de con-
taminação e infecção hospitalar. Que fonte
seria essa? Explique por que essa fonte po-
deria ser identificada com esse teste.
b) Na preparação da solução de luminol, geral-
mente se usa NaOH para tornar o meio bá-
sico. Não havendo disponibilidade de NaOH,
pode-se usar apenas uma das seguintes subs-
tâncias: CH3OH, Na2CO3, Aℓ2(SO4)3 ou FeCℓ3.
Escolha a substância correta e justifique, do
ponto de vista químico, apenas a sua escolha.
1
8. (Ime) Em um reservatório de volume de 60ℓ
submetido a vácuo, introduz-se uma mistu-
ra física de 79,2 g de gelo seco, solidificado
em pequenos pedaços, com 30 g de carvão
mineral em pó, conforme a representação a
seguir.
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