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CMCG PRF/2016 – FILOSOFIA 1º ANO DO ENS.

MÉDIO 1ª CHAMADA 01 Visto:

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Ten Ferdinanda

1ª QUESTÃO (08 escores)

MÚLTIPLA ESCOLHA

ESCOLHA A ÚNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM “X” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA.

01. (UPE/ 2013) A validade de nossos conhecimentos é garantida pela correção do raciocínio. São dois
os modos de raciocínio: o indutivo e o dedutivo.
Sobre isso, assinale a alternativa correta é:

( A ) O raciocínio indutivo é amplamente utilizado pelas ciências experimentais.


( B ) O raciocínio indutivo parte de uma lei universal, considerada válida para um determinado
conjunto, aplicando-a aos casos particulares desse conjunto.
( C ) O raciocínio dedutivo parte de uma lei particular, considerada válida para um determinado
conjunto, aplicando-a aos casos universais desse conjunto.

( D ) O raciocínio dedutivo é uma argumentação na qual, a partir de dados singulares, particulares,


suficientemente enumerados, inferimos uma verdade universal.

( E ) O raciocínio indutivo é o argumento, cuja conclusão é inferida necessariamente de duas


premissas.

02. (UFMA/ 2009 - Adaptada) Entre as alternativas abaixo, aquela que apresenta um raciocínio
dedutivo logicamente correto é:

( A ) João tem 3 filhos e, neste caso, necessita trabalhar. O mesmo ocorre com Dona Jandira e Seu
Bertoldo; portanto, todos os homens e mulheres que tem filhos necessitam trabalhar.

( B ) O Cavalo de Joaquim é um bom corredor e também possui a característica de ser muito dócil.
Ora, os cavalos de Janete e José não oferecem resistência aos seus tratadores, logo devem ser
também bons corredores.

( C ) Ao longo da história, não foi observado ser vivo que fosse imortal. Dessa forma afirmei
ao meu amigo que o seu gato de estimação, que é um ser vivo, mais cedo ou mais
tarde morrerá.

( D ) Olhando bem para sua própria pele, uma mulher de 70 anos percebeu muitas rugas e concluiu,
para seu conforto, que todo homem e toda mulher nesta faixa etária têm muitas rugas.

( E ) Um homem trabalha muitos anos de sua vida. Ao alcançar a idade de 65 anos, merece descanso
pelo resto de sua vida. Isso nos leva a ter a certeza de que todos os indivíduos, com mais de 65
anos, têm direito a descansar.

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03. (ESAF/ 2010) Maria é magra ou Bernardo é barrigudo. Se Lúcia é linda, então César não é careca.
Se Bernardo é barrigudo, então César é careca. Ora, Lúcia é linda. Logo:

( A ) Maria é magra e Bernardo não é barrigudo.


( B ) Bernardo é barrigudo ou César é careca.
( C ) César é careca e Maria é magra.
( D ) Maria não é magra e Bernardo é barrigudo.
( E ) Lúcia é linda e César é careca.

04. Considerando-se conhecimentos sobre a lógica e sobre a história da filosofia, analise os itens
seguintes.

I. Todos os médicos são mortais.

II. Platão, autor da República, é mortal.

III. Platão é um médico.

É correto afirmar que o item III, no contexto acima, é um/uma:

( A ) proposição falsa.
( B ) argumento silogístico.
( C ) argumento válido.
( D ) proposição inválida.
( E ) sofisma.

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05. (ENADE CESPE/ 2005) Suponha que um jornalista econômico tenha escrito o seguinte comentário:
“O ministro afirma que a economia vai bem, apesar da crise política. Mas ele não é um economista e,
além do mais, tem interesse em apresentar uma imagem positiva do país aos investidores. Logo, não
é verdade que a economia vai bem”.

Julgue os itens abaixo, relativos ao raciocínio apresentado pelo jornalista.

I. É um exemplo de generalização apressada.

II. É um argumento inválido.

III. É uma falácia, não um argumento.

IV. É um argumento ad hominem.

V. É um exemplo de apelo à autoridade.

Estão corretos apenas as afirmações:

( A ) I e III.
( B ) II e IV.
( C ) II e V.
( D ) III e IV.
( E ) IV e V.

06. (UEM/ 2012 - Adaptada) Um dos principais problemas de nosso tempo diz respeito à linguagem:
seus limites, suas vinculações, em suma, sua capacidade de traduzir em signos as coisas. A esse
respeito, o filósofo francês Merleau-Ponty afirma: “A palavra, longe de ser um simples signo dos
objetos e das significações, habita as coisas e veicula significações. Naquele que fala, a palavra não
traduz um pensamento já feito, mas o realiza. E aquele que escuta recebe, pela palavra, o próprio
pensamento”.
(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2011, p. 196.)

A partir do trecho citado, analise as afirmações a seguir:

I. A palavra torna real um pensamento por meio da fala, conferindo-lhe existência.


II. A palavra não consegue expressar a totalidade do objeto enunciado.
III. A palavra, ouvida ou escrita, é o pensamento manifesto em sua realidade.
IV. A palavra faz uma mediação entre as coisas e o pensamento.
V. A palavra vincula-se intimamente aos objetos reais, pois é parte do ser desse objeto.

Está correto o que se afirma em:

( A ) I e II apenas.
( B ) II, III e IV apenas.
( C ) III, IV e V apenas.
( D ) I, III e IV apenas.
( E ) Nenhuma das afirmações.

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07. (UFSM/ 2015) Há diversos indícios empíricos da evolução das espécies. Alguns desses indícios são
conhecidos desde Darwin, tais como o registro fóssil, as variações entre indivíduos de uma mesma
espécie e a distribuição geográfica das espécies. Outros indícios provêm de estudos mais recentes,
notadamente em genética. O conjunto desses indícios torna a teoria da evolução mais provavelmente
verdadeira que qualquer outra hipótese alternativa. Essa inferência, em que se parte de indícios
empíricos e se conclui com teorias ou enunciados gerais, é comumente chamada de inferência

( A ) Lógica.
( B ) Dedutiva.
( C ) Analógica.
( D ) Indutiva.
( E ) Biológica.

08. (UFFS) Com relação à lógica dita clássica, é INCORRETO afirmar:

( A ) O objeto da lógica é a proposição, que é a expressão dos juízos formulados pela razão humana.

( B ) A lógica estuda e define as regras do raciocínio correto, porém não é de sua


competência estabelecer os princípios que as proposições devem seguir.

( C ) Quando se atribui um predicado a um sujeito, temos uma proposição.

( D ) O raciocínio lógico se expressa por meio de proposições conectadas, e essa conexão chama-se
silogismo.

( E ) Existem determinados princípios que toda proposição e todo silogismo devem seguir para serem
considerados verdadeiros.

2ª QUESTÃO (06 escores)

VERDADEIRO OU FALSO

COLOQUE UM “X” NO RETÂNGULO COM V, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO


VERDADEIRO, OU NO RETÂNGULO COM F, QUANDO A SENTENÇA FOR DE SENTIDO FALSO.

Leia atentamente os textos I e II para responder ao item 09.

TEXTO I

“Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do
seu problema último – da origem e essência das coisas – as observações empíricas que receberam do
Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento
teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo
sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.”

(JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.)

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TEXTO II

“A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos
com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para
elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos materiais e as ações dos
seres humanos podem ser conhecidos pela razão humana”.

(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2011. p. 32.)

09. (UEM/ 2012 - adaptada) Considerando o exposto, analise as afirmações a seguir.

V F A filosofia surgiu na Grécia durante o séc. VI a.C. Apesar de seu nascimento ser
considerado o “milagre grego”, é conhecida pela freqüência em Atenas por outros sábios
que viveram no século VI a.C., como Confúcio e Lao Tse (provenientes da China), Buda
(proveniente da Índia) e Zaratustra (proveniente da Pérsia), fazendo da filosofia grega
uma espécie de comunhão dos saberes da antiguidade.

V F O surgimento da filosofia é do mesmo período do advento da pólis (cidade). Novas


estruturas sociais e políticas permitiram o desenvolvimento de formas de racionalidade,
modificadoras da prática do mito.

V F Por serem os únicos filósofos a praticar a retórica, os sofistas representam,


indiscutivelmente, o ponto mais alto da filosofia clássica grega (séculos V e IV a.C.),
ultrapassando Sócrates, Platão e Aristóteles.

V F Filósofo é aquele que busca certezas sem garantias de possuí-las efetivamente. Por essa
razão, o filósofo deseja o conhecimento do mundo e das práticas humanas por meio de
critérios aproximativos e compartilhados (de aceitação comum), via debate.

V F A atividade filosófica pode ser definida, entre outras habilidades, pela capacidade de
generalização e produção de conceitos, encontrando, sob a multiplicidade de objetos do
mundo, relações de semelhança e de identidade.

V F A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e


processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem
que se traçasse um corte temporal mais preciso.

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3ª QUESTÃO (06 escores)

CERTO OU ERRADO

COLOQUE UM “C” OU “E” NOS PARÊNTESES À ESQUERDA, CONFORME OS CONCEITOS SEJAM


CONSIDERADOS CERTOS OU ERRADOS. NO CASO DE ERRADOS, UTILIZE A LINHA ABAIXO PARA
SUBSTITUIR A(S) PALAVRA(S) SUBLINHADA(S) PELA(S) QUE OS TORNEM CERTOS.

Leia o Texto III para responder ao item 10.

TEXTO III

“Entre os ‘físicos’ (pré-socráticos), o caráter positivo invadiu de vez a totalidade do ser. Nada
existe que não seja natureza (physis). Os homens, a divindade, o mundo formam um universo
unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma
natureza (physis) que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma
potência de vida. As vias (caminhos) pelas quais essa natureza nasceu, diversificou-se e organizou-se
são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira
diferente de como o faz, ainda, a cada dia.”

(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Tradução de Ísis Borges B. da Fonseca. 12. ed. Rio de Janeiro: Difel,
2002. p.110.)

Considerando o texto III e os estudos sobre os filósofos pré-socráticos, analise as assertivas a


seguir:

10. ( C ) Tales de Mileto, o primeiro filósofo segundo Aristóteles, teria afirmado "tudo é água",
indicando, assim, um princípio material elementar, fundamento de toda a realidade.

11. ( E ) Demócrito de Abdera interessou-se pelo dinamismo do universo. Afirmou que nada
permanece o mesmo, tudo muda; que a mudança é a passagem de um contrário ao outro e
que a luta e a harmonia dos contrários são o que gera e mantém todas as coisas.

ERÁCLITO DE ÉFESO

12. ( C ) Parmênides de Eleia afirmou que o ser não muda. Deduziu a imobilidade e a unidade do ser
do princípio de que "o ser é" e "o não-ser não é", elaborando uma primeira formulação dos
princípios lógicos da identidade e da não-contradição.

13. ( E ) Para Heráclito de Éfeso, todo o cosmo se constitui de átomos, isto é, partículas indivisíveis e
invisíveis que, movendo-se e agregando-se no vácuo, formam todas as coisas; geração e
corrupção consistiriam, respectivamente, na agregação e na desagregação dos átomos.

DEMÓCRITO DE ABDERA

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14. ( C ) Para Anaximandro (610-547 a.C.), o fundamento dos seres é uma matéria indeterminada,
ilimitada (ápeiron, em grego), que daria origem a todos os seres materiais.

15. ( C ) Para Anaxímenes (588-524 a.C.), é o ar que, pela rarefação e condensação, faz nascer e
transformar todas as coisas.

4ª QUESTÃO (03 escores)

COMPLETAMENTO DE LACUNAS

COMPLETE COM OS CONCEITOS CORRETOS AS FRASES ABAIXO

Leia atentamente o texto IV para responder aos itens 16, 17 e 18.

TEXTO IV

RACIONALISMO INATISTA

Descartes distingue três tipos de ideias: inatas, adventícias e fictícias [...]. A grande
questão, porém, é a de saber se todas as nossas ideias se podem explicar desses dois modos. Será o
triângulo uma ideia adventícia? Como explicar então a sua perfeição? Será uma ideia fictícia? Como
explicar nesse caso a sua universalidade? E a ideia de Deus? Como explicar que seres finitos e
imperfeitos como os homens são, possam ter a ideia de um ser infinito e absolutamente perfeito?
A resposta de Descartes é a de que para além das ideias adventícias e fictícias os homens
possuem ideias inatas, ideias que, nascidas conosco, são como que a marca do criador no ser criado à
sua imagem e semelhança.
Estas ideias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós, mas produzidas pelo
entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da
nossa mente, e somos nós que temos liberdade de as pensar ou não. Representam as essências
verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico.

(Racionalismo Inatista. Disponível em:


<http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/marizabatista/Racionalismo%20em%20Descartes.htm>. Acesso em: 23
nov. 2016.)

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Com base no Texto IV e em seus conhecimentos sobre as ideias de René Descartes, analise as
seguintes afirmações:

16. As ideias adventícias são aquelas vindas de fora, que se originam de nossa sensação e percepção.
Para Descartes, esse tipo de ideia, são, de um lado, ideias da qualidade sensorial: cor, odor, som,
textura, tamanho, paladar, mas, por outro, também, são as opiniões formuladas com base nessas
ideias, geralmente enganosas, ou falsas.

17. As ideias fictícias são aquelas que criamos em nossa fantasia e imaginação por meio de um processo
de composição, formando seres inexistentes, como fadas, duendes, sereias. São as fabulações da
arte, da literatura, do mito, da superstição. Essas ideias nunca são verdadeiras, pois não
correspondem a nada que exista realmente e sabemos que foram inventadas por nós mesmos,
quando já recebemos prontas de outros que as inventaram.

18. As ideias inatas são aquelas que não poderiam vir de nossa experiência sensorial, porque não há
objetos sensoriais ou sensíveis para elas, nem poderiam vir de nossa fantasia, pois não tivemos
experiência sensorial para compô-las na nossa memória.

5ª QUESTÃO (06 escores)

CORRESPONDÊNCIA

EXISTEM A SEGUIR VÁRIOS CONCEITOS EM COLUNAS. COLOQUE NOS PARÊNTESES DA


COLUNA DA DIREITA O NÚMERO QUE JULGAR CORRESPONDER AO CONCEITO DA COLUNA DA
ESQUERDA. CASO NÃO HAJA CORRESPONDÊNCIA, DÊ UM TRAÇO. LEVE EM CONTA QUE PODERÁ
HAVER REPETIÇÃO DE NÚMEROS.

Analise atentamente a figura I a seguir e leia o texto V para responder ao item 19.

FIGURA 1

(Disponível em: <http://hottnoticias.blogspot.com.br/2015/04/o-gato-ta-subindo-ou-descendo.html>. Acesso em: 23 nov. 2016.)

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TEXTO V

O QUE PODEMOS CONHECER?

Observou a figura? O gato está subindo ou descendo as escadas?


Com base nessa observação, nos perguntamos como o gato pode estar, ao mesmo tempo, parecendo
subir ou descer as escadas?
A primeira impressão diante da imagem é de estranhamento, mas também de ludicidade, porque a
imagem brinca com a nossa percepção.
Isso nos faz pensar: será que tudo o que vejo é mesmo real? E se tudo for uma grande ilusão de meus
sentidos?
Convivo com pessoas que pensam de modo tão diferente de mim, como se vivessem em outra realidade.
O que é real? Qual é a garantia de que a realidade não é um sonho?

Já tive certezas tão arraigadas e que se dissolveram com o tempo: teria eu caído em erro? E agora,
estaria certo? Quais são as garantias de minhas certezas?
Alguém pode dizer que há coisas que não posso duvidar porque são evidentes.
Mas essa evidência talvez não seja mais do que o hábito, o costume, pois muitas verdades me foram
incutidas desde a infância.
Também os povos se enganam, basta lembrar que antes de Copérnico e Galileu parecia óbvio que o Sol
girasse em torno da Terra, enquanto ela permanecia fixa no centro do mundo.
Nem as ciências podem nos garantir certezas? E, se puderem, que tipo de certeza elas nos dão?

(ARANHA, Maria Lúcia; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. Adaptado. 4 ed. São Paulo: Moderna,
2009, p. 108-109.)

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19. O texto e a imagem acima nos remetem à Teoria do Conhecimento. Dentro da Filosofia, essa área se
propõe a investigar qual é a origem de nosso conhecimento. Nesse ramo da Filosofia, são investigadas
as etapas e limites do conhecimento humano, também as relações que se estabelecem entre sujeito e
objeto a ser investigado. Sendo assim, abaixo estão relacionadas as teorias do conhecimento na
coluna à esquerda e as suas respectivas características na coluna à direita. Você deverá relacioná-las
corretamente.

TEORIA DO CARACTERÍSTICAS:
CONHECIMENTO:
1. Ceticismo. ( 2 ) Esse tipo de Filosofia serve para identificarmos filósofos que estão
convencidos de que a razão pode alcançar a certeza absoluta.
Corresponde à atitude de todo aquele que crê que o homem tem meios
para atingir a verdade, não se confrontando com a dúvida e não
problematizando o conhecimento.

2. Dogmatismo. ( 4 ) Nesse tipo de filosofia, após observação e ponderação, é possível


concluir, em casos mais radicais, que o conhecimento é impossível. Nas
tendências moderadas, ocorre a suspensão provisória do juízo,
admitindo-se apenas uma forma restrita de conhecimento,
reconhecendo os limites para a apreensão da verdade, todavia, a busca
da verdade não deve ser abandonada.

3. Racionalismo. ( 3 ) Doutrina que enfatiza o papel da razão no processo de conhecimento.


Os princípios da razão, que tornam possível o conhecimento e o juízo
moral, são inatos. Corrente que define o raciocínio como uma operação
mental, discursiva e lógica que usa uma ou mais proposições para
extrair conclusões.

4. Empirismo. ( 5 ) Doutrina que enfatiza o papel da experiência no processo de


conhecimento. Para essa corrente, o conhecimento começa apenas a
partir da experiência sensível; recusam a existência de ideias inatas.

5. Criticismo. ( 1 ) De acordo com o pensamento dessa corrente, o conhecimento é


constituído por algo que recebemos de fora (a posteriori) e algo que já
existe em nós mesmos (a priori) e, portanto, anterior a qualquer
experiência. Para eles, matéria e forma atuam ao mesmo tempo.

( - ) Doutrina que se caracteriza pela inclusão da realidade concreta do


indivíduo (mundanidade, angústia, morte etc.) no centro da
especulação filosófica, em polêmica com doutrinas racionalistas que
dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos
e universalistas.

6ª QUESTÃO (16 escores)

DÊ O QUE SE PEDE

20. (UFG/ 2010 – adaptada) Em sua obra “Crítica da razão pura”, Kant estabelece uma distinção entre
noumenon e fenômeno. Estabeleça distinção entre estes dois conceitos utilizando 04 (quatro)
argumentos. (04 escores)

Kant afirma que não podemos conhecer “a coisa em si” (noumenon) √ mas somente os
fenômenos que são percebidos inicialmente pelos sentidos e pelo entendimento√. As coisas
em si são as ideias da razão para as quais a experiência não nos dá o conteúdo necessário,
por exemplo, as ideias de alma, liberdade, mundo e Deus√. Nesse sentido o noumenon
pode ser pensado, mas não pode ser conhecido efetivamente, porque o conhecimento
humano limita-se ao campo da experiência√.____________________________________

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21. Explique, por meio de 02 fatores, a diferença entre sensibilidade e entendimento, de acordo com
Kant. (02 escores)

Sensibilidade é a faculdade receptiva, pela qual obtemos as representações exteriores√,


enquanto o entendimento é a faculdade de pensar ou produzir conceitos√._____________

22. Responda quais são as formas a priori de sensibilidade, de acordo com Kant. (02 escores)

São elas: tempo√ e espaço√. Ou seja, o espaço e o tempo não existem como realidade
externa, são antes formas a priori que o sujeito precisa para organizar as coisas.________

23. Cite e explique as 04 (quatro) etapas do método Cartesiano de René Descartes. (08 escores)

O método cartesiano consiste na realização de quatro tarefas básicas: evidência: acolher


apenas o que aparece ao espírito como ideia clara e distinta√, análise: dividir cada
dificuldade em parcelas menores para resolvê-las√, ordem: conduzir por ordem os
pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para
apenas depois dedicar-se aos mais difíceis√ e enumeração: fazer revisões gerais para ter
certeza de que nada foi omitido√.___________________________________________________

Correção gramatical e/ou apresentação da prova: 0,5 ponto.

FIM DA PROVA

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