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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS


CURSO DE HISTÓRIA

ERISMAR ALVES DOS SANTOS

A Igreja Católica e a construção das representações


anticomunistas no Piauí na década de 1960.

PICOS – PI
2018
ERISMAR ALVES DOS SANTOS

A Igreja Católica ea construção das representações


anticomunistas no Piauí na década de 1960.

Trabalho apresentado à disciplina de


Métodos e técnicas do ensino de
História, do Curso de Licenciatura
Plena em História, do Campus
Senador Helvídio Nunes de Barros,
da Universidade Federal do Piauí.
Sob orientação da professorProfª.
Dr. Rafael Ricarte.

PICOS –PI
2018
INTRODUÇÃO:

(Este trabalho visa analisar historicamente)A Igreja Católica e a


construção das representações anticomunista(s) no Piauí na década de 1960 é
nossa proposta de estudo nessa pesquisa(corte isso). Sendo assim, no
percurso deste estudo, vamos pesquisar a atuação da Igreja Católica em
especial de Teresina, na construção das representações anticomunistas. (Você
só repetiu o primeiro parágrafo!) A Igreja Católica, (nesse contexto) é uma
instituição de grande valor(Evite adjetivar) e prestigio social dentro da
sociedade piauiense, esse fato é claro pelo Piauí até hoje ser o Estado mais
católico do Brasil (Segundo quem? De onde você tirou essa afirmação? Uma
citação ou uma nota de rodapé se faz necessária. Fundamentar é preciso!).
Dessa maneira, é nessa perspectiva que vamos focar durante a pesquisa,
tentar entender a importância da Igreja Católica na construção dessas
representações(troque isso, mais uma vez você só repete o argumento),
partindo dos discursos que era(m) feitos por meio da impressa, do recorte
temporal aqui referido (repetitivo!). O recorde temporal (veja como você repete)
da temática é por tratar-se de um momento muito importante (mais uma vez,
não adjetive. Você pode dizer, um momento carregado de tensões, ou um
momento de efervescência de debates, mas dizer que é um "momento
importante" parece que é algo muito seu, sua opinião, seu juízo sobre o que é
ou não importante no período.) dentro da politica no Brasil. É uma década
carregada de embates políticos e tensões em todo o Brasil. Durante esse
período é possível evidenciar um número expressivos de discursos
anticomunistas no setor da impre(n)sa (Até agora você não nos apresenta os
setores dentro da igreja que endossam esse discurso). É por meio deste(Deste
o que?) que é possível analisar a história de uma sociedade numa era.

Umas das justificativas para escolha do objeto central da pesquisa se


deu pelos poucos estudos que tratam sobre o discurso anticomunismo no
Piauí. Dessa forma, a partir desse trabalho tenho a pretensão (cuidado! Se
você começou na terceira pessoa, vá até o fim!) de buscar mostrar como esse
fenômeno é importante para compreendermos a história política no Brasil, e
mais precisamente nesse trabalho, no Piauí. Desse modo, é oportuno salientar
que o discurso anticomunista no Brasil foi usado duas vezes para implantação
de regime autoritário, ou seja, o comunismo era visto como uma ameaça à
ordem vigente em momentos importantes(novamente, Evite isso!) da política do
século XX(A nível de mundo, de fato era assim. Mas e no Piauí? Já poderia
destacar algo sobre como a aldeia global contribuiu para esse discurso no
Piauí) Desta maneira, iremos trabalhar essa temática para nível de Piauí, onde
os estudos sobre esses discursos são pequenos(Você já disse isso
anteriormente). Logo, iremos nos empenhar na busca de trazer a tona novos
olhares e perspectivas diferentes (diferentes como, para quem? Partindo de
que sujeitos?), investigando seus impactos na vida das pessoas,
principalmente aquelas que eram tidas como comunistas aqui no Piauí.

Além disso, pretendo no decorrer dessa pesquisa buscar compreender


como se desenvolveu, por meio do discurso, a contribuição da Igreja Católica
para a construção das representações anticomunista no Piauí, no recorte
temporal da década de 1960.(Só repetiu!)

Sendo assim, a Igreja Católica sendo uma das principais matrizes do


anticomunismo no Brasil (de onde você tirou isso? Fundamente!), buscaremos
a partir de um jornal católico de Teresina, “O Dominical” ,entender como se deu
a importância da Igreja Católica no Piauí na construção das representações, e
teremos como fundamentação teórica o conceito de representação de Roger
Chartier (Seria bom colocar isso na parte de referencial teórico). Nesse
contexto, a Igreja Católica tinha muita importância dentro da sociedade
piauiense, por se tratar de um Estado na sua grande maioria católico e que
exercia um papel muito grande na vida das pessoas (Você repete demais
argumentos! Releia o seu texto! Você já disse isso antes!).

Além disso, partindo dos aspectos que compunham as representações


anticomunistas, principalmente por meios dos discursos que eram difundidos
nos meios de comunicação da época, no presente estudo teremos a Igreja
Católica como ponto de partida para buscarmos entender como esses
discursos ajudavam na construção das representação, principalmente durante
a década de 1960, período da segunda onda do discurso
anticomunista(Segunda onda? E a primeira onda? Que ondas são essas? São
faces do discurso anti no Brasil? Pense no leitor e em como ele ficará perdido
se você não deixar isso claro!) no Brasil, se dava como justificativa para apoiar
o golpe em dois regimes democráticos, porque, segundo eles, esses governos
tinham ligações com o comunismo e apresentarem temor a ordem vigente, logo
se percebe que esses discursos se (dava) para manutenção (de) um status, um
modo ser e viver, nesse sentido, o que movia esses discursos em grande
medida era um ideal conservador( caracterize esse modo de vida conservador.
Aliás, para perceber o que é o anti comunismo, vc deveria focar no que os
golpistas e os membros da igreja chamavam de comunismo. Ou governo
comunista!), principalmente dentro do próprio seio da Igreja Católica. Ou seja,
todo um discurso centrado na ideia de ameaça comunista para a ordem
vigente.

Portanto, percebe-se a importância do estudo sobre os discursos


anticomunista na década de 1960, na construção das representações, nesse
caso,a IgrejaCatólica, apresenta-se como uma instituição relevante para a
compreensão da construção dessas representações da sociedade
piauiense.(Mais um parágrafo cortável e repetitivo! Vou puxar suas
orelhas...kkkk) Essa relevância teve grande significância por se tratar de um
Estado predominantemente católico, no período em estudo (Não mesmo! Seu
estudo é político e não religioso! Você está estudando a ação da igreja e a
construção de praticas discursivas e produção de sentidos dos clérigos dentro
de um estado laico. E isso é extremamente político!). Logo, está explicito a
importância da Igreja dentro da sociedade, principalmente no recorte temporal
em pesquisa.

No mais, com relação a relevância pessoal, para mim,


particularmente,(primeira pessoa! Não faça isso!) o campo da história política
sempre chamou minha atenção, por ser um área que desde o início do curso já
ter tinha certo interesse em pesquisas futuras. Sempre tinha curiosidade em
saber mais sobre a história política do Piauí. A professoraMarylu Oliveira teve
grande influência para que eu chegasse a essa temática, além das inspirações
em sua área despertadas em mim(escolha, primeira ou terceira pessoa!), me
mostrou caminhos para eu pudesse trilhar por(???).
Umas das principais justificativas da pesquisa é por existir poucos estudos
sobre História Política no Piauí. Existe somente um estudo sobre o
anticomunismo no Estado, e outro estudo, um tangencial da professora Luciana
de Lima Pereira, onde na dissertação ela trata sobre algumas coisas relativas
ao anticomunismo no Piauí.(Onde está a professora marylu no jogo do bicho?
Eu tenho uns 5 artigos dela só esperando por vossa leitura! Mas para além
dela, eu sugiro a leitura do artigo: “Todo o Piauí Tranquilo” com a revolução:
vestígios da ditadura militar nas páginas do Jornal O Dia, de Vicente tertuliano
de Oliveira. Fácil de achar na net. E Esteja Preso, Comunista! Breves
Considerações Sobre Práticas Anticomunistas no Pós-Golpe Civil-Militar de
1964 no Piauí, da própria Marylu!) Dessa maneira, ao longo da pesquisa irei
aprofundar especificamente a Igreja Católica por não existir estudo sobre o
anticomunismo da Igreja Católica(contestável!), existem somente alguns
autores que apontaram essa relação de forma superficial, e desse modo,
durante a pesquisa irei aprofundar essa questão.

O presente trabalho é relevante pela questão da emergência da nova


história política, principalmente por se tratar de uma história política local que
nos últimos anos veem ganhando novos adeptos, ou seja, onde o estudo sobre
anticomunismo em âmbito local vem recendendo novos estudos, novos
olhares, buscando perceber outras perspectivas diferente. Logo, por meio das
novas pesquisas sobre a temática, podemos compreender muito mais sempre
esse período da História Política do Piauí. Dessa forma, acredito que a partir
desse período em análise, podemos investigar questões chaves que nos darão
condições para compreensão da construção das representações anticomunista
partindo de uma vertente religiosa, da Igreja Católica, importante (só repetindo
e fazendo juizo de valor!) instituição dentro da sociedade piauiense no período
em estudo.

Além disso, a presente pesquisa torna-se relevante pelo seu recorte


temporal, por se tratar de uma importante década(juizo de valor!), uma vez a
década de 1960 é um momento importante de transformações políticas e
sociais no pais, tendo ressonâncias no Piauí(Quais??). Ademais, buscaremos
compreender as experiências políticas desse período por meio dos enunciados.
Dessa forma, buscaremos também perceber algum tipo de permanência na
história política do Piauí.

Nesse sentido, diante da escassez de estudos sobre os discursos


anticomunistas aqui no Piauí, tenho como objetivo contribuir no avanço sobre
essa barreira, em busca de novos objetos de estudos. Sendo assim, contribuir
de alguma forma para preencher as lacunas até hoje presente na historiografia
piauiense.

Dessa forma, a minha proposta de pesquisa é estudar como se


processou a importância da Igreja Católica naconstrução das representações
anticomunista no Piauí na década de 1960, tendo como principalmente fonte a
impressa da época, desse modo, o jornal “O DOMINICAL” será o principal
suporte em busca de responder essas indagações sobre o tema. (De novo
você cita esse jornal! E acho que sua pesquisa não deve centrar nele apenas)

OBJETIVOS:

OBJETIVO GERAL:

 Analisar (historicamente) a construção das representações


anticomunistas no Piauí a partir de uma vertente religiosa
construída pela Igreja Católica( colocar o recorte temporal!).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Perceber como foram caraterizados as pessoas tidas como


comunistas, por meio da matriz religiosa (poderia ver como outros
setores da sociedade entendiam o que era o comunismo, como
os militares...);
 Analisar os discursos anticomunistas que deram sustentação para
construção das representações; (Acho que esse já é seu objetivo
geral)
 Entender as divergências dentro da própria Igreja Católica com
relação ao posicionamento sobre o comunismo. (BOM!)
DIÁLOGO DA PESQUISA:

É fato inquestionável a importância que a Igreja Católica tinha sobre a


sociedade piauiense durante a década de 1960, por ser o Estado mais Católico
do Brasil. Segundo Motta, a Igreja Católica: “[...] Se constituiu, provavelmente,
na instituição não estatal ( desconsiderando é claro, o Vaticano como um
Estado efetivo) mais empenhada no combate aos comunistas ao longo do
século XX” (MOTTA, 2002, p. 18).

Segundo Motta (2002, p.177), as representações anticomunistas foram


construídas por meio de três matrizes diferentes: o catolicismo, o nacionalismo
e o liberalismo.( Olhe só! Veja que seu trabalho já sugere pelo menos duas
matrizes além da católica. Ver onde essas matrizes concordam e se afastam
entre si, poderia ser um capítulo de seu trabalho!) Diante disso, para Motta
havia oposição entre a religião e o comunismo. Para esse autor, o comunismo
era definido por que:

Negava a existência de Deus e professava o materialismo ateus;


propunha a luta de classes violenta em oposição ao amor e à
caridade cristãs; pretendia substituir a instituição da família; defendia
a igualdade absoluta contra as noções de hierarquia e ordem
embasadas em Deus. No limite, o sucesso da pregação comunista
levaria ao desaparecimento da Igreja que seria um dos objetivos dos
lideres revolucionários (SÁ MOTTA, 2002, p.20)

Conforme Motta (2002), a atuação dos religiosos anticomunistas foi para


além do espaço da Igreja. Segundo ele, a Igreja exercia de sua importância e
força da instituição para chegar ao maior número de pessoas possíveis. Desta
maneira, os meios de comunicações foram utilizados como meio para esse
feito, da difusão dos discursos anticomunistas.

Diante disso, nossa proposta de pesquisa encontra fundamento teórico


principalmente em Motta, por ser um dos grandes (Pare de adjetivar!) do Brasil,
com relação ao estudo do anticomunismo no país. Portanto, é por meio dos
seus escritos que iremos nos fundamentar, nos apoiando em conceitos
empregados e definidos por ele, trazendo para o contexto local, algo mais
especifico.
Para Motta (2002, p.28), devido o prestigio social que a Igreja Católica
detinha dentro da sociedade, se transformando em poder, a sua influência
abria as portas dos jornais para sua utilização, onde era usado como meio para
propagar o seu anticomunismo. É nessa perspectiva que nosso principal objeto
de estudo será os jornais da época, buscando perceber como esses jornais
foram importantes na construção das representações anticomunistas no Piauí,
no contexto da década de 1960.

Minha sugestão é: BOBBIO, Norberto. Direita e esquerda: razões e


significações de uma distinção política. 3.ed. São Paulo: Unesp, 2011. Do
mesmo autor, o DICIONÁRIO DE POLÍTICA! Vai abrir sua cabeça para uma
arqueologia do saber sobre o comunismo, que pode te ajudar no trabalho
também!

Até para você entender e situar onde o debate sobre o anticomunismo e


o comunismo e se colocam dentro do prisma político efervescente que vossa
senhoria cita com fervor no texto.

Procure ler também: SOUSA, Ramsés Eduardo Pinheiro de Morais e


SANTOS. José Maurício Moreira dos. “VELHOS CAMARADAS”: contribuição
inicial à história do Partido Comunista Brasileiro no Piauí (1932- 1964).

De acordo com René Remond (1996) mesmo tendo sido relegada a um


plano secundário por um período logo da produção historiográfica, atualmente
se torna inegável o olhar sobre o político. Não que seja a única opção dos
historiadores, mas se torna importante no sentido de perceber que “um povo
tanto na sua relação com a politica quanto com a literatura, no seu cinema ou
na sua culinária”.(Faça a citação corretamente!)

Diante da citação acima, podemos perceber que, nossa proposta de


estudo se torna importante (mais uma vez, isso é um juizo seu. Evite fazer
isso!), pois durante muito tempo a política foi deixada em segundo plano. O
presente estudo torna-se importante dentro da emergência dos estudos sobre a
Nova História Política, principalmente por contribuir para a historiografia
piauiense. Dessa maneira, Remond nos dá subsídios para construção deste
trabalho, pois o autor mostra a importância da questão politica, principalmente
essa nova história politica, para o entendimento de determinada sociedade, em
determinado período.

Os jornais são envoltos por um conjunto de tensões que abrangem a sua


produção, circulação e consumo. Para concepções tradicionais, nas
considerações acerca da matéria-prima do fazer histórico, as fontes; os jornais
se inserirem na dinâmica de ora serem julgadas como fontes suspeitas e ora
constituírem repositórios da verdade. (Se for citação indireta, onde vc tira um
trecho completo da autora, a citação está incorreta. Onde estão as
aspas?)(CAPELATO,1988).

Segundo afirma Maria Capelato: “a imprensa registra, comenta e


participa da história". (CAPELATO, 1988). É diante dessa citação que
buscamos fundamentar nossa pesquisa, fundamentando o papel exercido pelo
jornal na sociedade. O jornal utilizado como fonte história para o entendimento
da sociedade em determinada época. Pois os jornais não ficam passivos a
história. Como na citação acima, ele registra, comenta e participa da história,
dessa forma, nessa pesquisa, o objetivo é perceber nos jornais utilizados coo
fontes, como eles registravam a história, e como construído as representações
anticomunistas a partir deles.

NOVOS DOMÍNIOS DA HISTÓRIA! Para aprender a lidar com fontes de


toda a natureza, Essa obra é essencial. Procure ir atrás dessa obra, se
possível.

Para Tânia Regina de Luca, existem três principais possibilidades de uso


dos jornais para o historiador: (a partir de 4 linhas, a citação fica assim)

É possível contar uma Historia da Imprensa, sendo assim,


fonte e objeto na pesquisa, utilizá-la como fontes históricas
acerca da temática que se deseja pesquisar, assim como é
igualmente exequível o estudo de como a História aparece nos
periódicos perscrutados. (LUCA, 2005, p.???).

Conforme afirma Pereira (2005): o discurso que fazia relação entre o


comunismo-ateísmo, em Teresina, não era privilégio de jornais ligados a Igreja
Católica, como “O Dominical” (Então, porque essa fixação apenas no
Dominical???Vá atrás de outros jornais!). Dessa maneira, os discursos que
associavam essa relação não era característica apenas deste jornal, outros
jornais de circulação da época também traçavam essa associação. Sendo
assim, é perecível que a maioria dos discursos construídos por meio dos
jornais buscava justificativas/argumentação para sua defesa nas ações divinas,
principalmente, e neste, “O Dominical”, por ser um jornal ligado aos católicos,
essa presença era mais acentuada.

O comunismo era mostrado aos leitores como um mal, que deveria


ser evitado a qualquer custo. De acordo com as mensagens do jornal
católico isso só poderia ser feito com eficiência se os católicos
teresinenses reforçassem seus laços com a Igreja, assim, com Deus,
através da obediência sem restrições aos princípios e à moral
católicos, além de se comprometerem a entrar na campanha,
juntamente com o episcopado contra o comunismo por intermédio da
formação de movimentos da Ação Católica, em especial ao lado da
União dos Moços Católicos. (PEREIRA, 2005, p.45)

Diante da citação acima, fica evidente que, para Pereira, o comunismo


era um mal que deveria ser combatido por todos. Nesse contexto, o
comunismo era um mal que deveria ser evitado de qualquer forma, e para isso
os fies católicos deveria manter um laço forte junto com a Igreja. Além disso,
fica demostrado na citação acima que, era dessa maneira que o comunismo
era apresentado por meio dos jornais. Ademais, a importância da religião é
algo inegável (juizo, juizo, juízo de valor!), podendo ser percebido por meio
desses trechos dos jornais da época. O caráter anticomunismo não era
presente somente nos jornais de cunho católico, é possível perceber a
presença do anticomunismo em demais jornais da época, pois os mesmos
tinham influência dos religiosos (De novo, vc cita a presença dos discursos
anticomunistas em outros jornais... Porque não fazer uma História comparada
entre o que é dito em publicações laicas e eclesiais. Onde esses discursos se
aproximam e onde eles se afastam? Creio que já sugeri isso antes).

Segundo Oliveira (2008, p.23) a nova ordem social proposta pelo


comunismo, sugerindo mudanças estruturais da sociedade, despertou um
“temor” em vários grupos sociais(Quais? Cite-os). Segundo assim, um desse
grupo, partindo do viés da nossa proposta de pesquisa, esse “temor” foi
manifestado, sobretudo no meio Católico, por existe a ligação entre o
comunismo-ateísmo, “temor” sentindo principalmente entre os fies religiosos.
De acordo com Oliveira(2008, p.22), o comunismonão representaria
apenas uma oposição ao regime capitalista. Significava também uma oposição
à própria democracia.

Segundo Chartier (1990), define representações como um meio utilizado


por indivíduos e grupos que almejam dar sentido ao seu mundo. Dessa
maneira, percebemos como o estudo das representações é importante na
proposta de nossa pesquisa, pois, a partir dela, analisaremos como essas
representações exercia sentido dentro da sociedade. Partindo desse conceito
básico de representações, ao longo da presente pesquisa proposta, iremos
analisar como eram construídas essas representações no Piauí durante a
década de 1960, sobre o comunismo, principalmente por meio da impressa
local.

Conforme Oliveira (2007) o discurso anticomunista foi construído no


sentido de legitimar o poder dessa elite política intelectual e econômica, mas
também no sentido de descaracterizar, ou melhor, desmontar qualquer
iniciativa que tivesse a participação ou fosse originada nas classes populares.
Para validar seu poder entre a população, que em a grande maioria era
católica, os políticos e intelectuais utilizavam a moral cristã, a fé e Deus para
repelir os ideais comunistas no Brasil e o Piau.

“O sujeito que constrói um discurso anticomunista, ou qualquer outro


discurso, o faz com a intenção de falar para um outro sujeito, e transformar o
seu enunciado em verdade.” (OLIVEIRA, 2007, p.26). Dessa maneira, o que
fica evidente é que, os construtores dos discursos anticomunistas, sobretudo
no Piauí, têm como objetivo transformar o que está sendo dito numa verdade,
mesmo quando às vezes não o são. O poder do discurso é esse. Tornar
enunciado em verdade para seus leitores, sempre com uma intenção por trás
daquilo que foi escrito.

A utilização de elementos centrais da fé de Des e da Igreja Católica


para afastar os ideais comunistas, pelo menos no jornal “O DIA”, não
foram, de forma categórica, satanizados. Acreditamos que os jornais
religiosos tiverem um papel mais importante nessa construção.
(OLIVEREIRA, 2007, p.79)
“A finalidade última de todo ato de comunicação não é informar, mas
persuadir o outro a aceitar o que está sendo comunicado”. (FIORIN, 2000,
P.52). Segundo esse autor, o objetivo de qualquer enunciado é tentar
transformar aquilo que está sendo noticiado em verdade. É diante desses
referenciais teóricos que vamos nos embasar ao longo da pesquisa. Buscar
entender como os discursos são construindo, visando sempre uma verdade,
uma aceitação.

A construção das representações anticomunistas por meios dos


discursos, principalmente dos discursos advindos da Igreja Católica, usando os
meios de comunicação, foi possível devido, sobretudo, a grande importância
que a Igreja Católica exercia na vida das pessoas, que era em sua grande
maioria pobre, passivos de letramento. Nesse contexto, a construção das
representações era mais fácies de formular.

Sugestão de leitura: Mary Jane Spink Práticas discursivas e produção de


sentidos no cotidiano.

METODOLOGIA DA PESQUISA:

Para o desenvolvimento desta pesquisa iremos utilizar de referências de


livros que abordam sobre nossa temática desse estudo, acerca tanto do
contexto nacional, quanto do local. Ademais, discussões que abordam e
analisam as representações anticomunistas, de forma geral, no Brasil. Iremos
nos basear em autores como Roger Chartier, para falar das representações, de
Rodrigo Patto Sá Motta, para entendermos as representações anticomunistas
em nível de Brasil, e autores comoMarylu Oliveira para tratar desta questão em
nível de Piauí e Luciana Oliveira, para além dessas referências, vamos nos
fundamentar nas demais que estão mencionadas no item de “referências
bibliográficas”.(Esses autores devem aparecer na revisão de literatura, não na
metodologia) Além disso, outro meio que iremos utilizar durante a pesquisa é a
analise de jornais para o desenvolvimento desta pesquisa, sendo os jornais
nossa principal fonte histórica para o desenvolvimento desse estudo.
(REFAÇA! A metodologia é o momento em que você vai nos dizer como
você pretende operacionalizar suas fontes. Pergunte-se: Como eu pretendo
analisar meus jornais? Que autores utilizam o jornal como fonte Histórica e
como eu posso me apropriar de um método?

SUGESTÕES:

BARROS, José D’Assunção. História Comparada. Petrópolis: Vozes, 2014.

Leite, Carlos Henrique ferreira. TEORIA, METODOLOGIA E


POSSIBILIDADES: OS JORNAIS COMO FONTE E OBJETO DE PESQUISA
HISTÓRICA (PDF mole de achar)

BURKE,Peter(Org.).A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo:


Editora da UNESP, 1992.

A capelato, que tu cita mais cedo, poderia entrar aqui...

FONTES:

- JORNAL “O DOMINICAL” – 1960 a 1969;

- JORNAL “O DIA” – 1964 a 1969;

- JORNAL “O ESTADO DO PIAUÍ” – 1963-1969;

-JORNAL “FOLHA DA MANHÔ – 1960—1964. (AH DANADO! Era isso que


faltou aparecer na tua introdução! Porque você fala como se fosse usar só o
dominical!)

A escolha dos periódicos acimas como fontes históricas, como objeto de


nossa pesquisa se deram por fornecer bastante material com relação à
temática aqui em estudo. Pois é possível perceber por meio destes jornais
como as representações do anticomunismo no Piauí, durante a década de
1960 eram construídos, especialmente nesses meios de comunicações. Ao
decorrer da pesquisa iremos buscar perceber como esses discursos
jornalísticos, construtores de representações eram significativos com a questão
do anticomunismo. Perceber a história, sobre determinado período por meios
desses jornais. Pois como afirma Maria Capelato: “a imprensa registra,
comenta e participa da história. (CAPELATO, 1988).

REFERÊNCIASBIBILIOGRÁFICAS:

BANDEIRA, M. O Governo João Goulart. RJ/Brasília, Revan/EdUNB, 2001.

BOBBIO, Norberto. Direita e esquerda. Razões e significados de uma distinção


política. São Paulo: Ed. UNESP, 199

CARVALHO, Maria do Amparo de. Relação Igreja – Estado em Teresina de 1964 a


1970. 1998. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso). Centro de Ciências
Humanas e Letras. Universidade Federal do Piauí, 1998.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações, Lisboa:


Difel, 1990.

DREIFUSS, R. A. 1981. 1964: a conquista do Estado. Petrópolis: Vozes.

FIGUEIREDO, A. C. 1993. Democracia ou reformas? Alternativas democráticas à


crise política. São Paulo: Paz e Terra.

SÁ MOTTA, R. P. 2002. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no


Brasil (1917-1964). São Paulo: Perspectiva.

SKIDMORE, T. 1996. Brasil: de Getúlio a Castelo. 10ª ed. Rio de Janeiro: Paz &
Terra.

SOARES, G. D. 1994. O golpe de 64. In: SOARES, G. D. (org). 21 anos de regime


militar: balanços e perspectivas. Rio de Janeiro FGV.

RODEGHERO, Carla Simone. Memórias e avaliações: norte-americanos, católicos e


a recepção do anticomunismo brasileiro entre 1945 e 1964. Porto Alegre: UFRGS,
2002. Tese de Doutorado em História.

OLIVEIRA, Marylu de. Em nome de Deus, da Democracia e da terra:


representações anticomunistas na década de 1960 no Piauí. 2008. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses. Acesso em 15 de maio de 2018.

OLIVEIRA, Marylu de. Contra a foice e o martelo: considerações sobre o


anticomunista piauiense no período de 1959 -1969: uma análise a partir do jornal ‘‘O
DIA”. / Marylu Oliveira. – Teresina : Fundação Cultural Monsenhor Chaves,, 2017. 118
p.
LUCA, Tânia Regina. A história dos nos epor meio dos periódicos In: PINSKKY,
CarlaBassanezi (org). Fontes históricas, São Paulo. Contexto, 2005.

(Lindo, mas onde estão as leituras e citações desses autores no texto?)

RÉMOND, René. Por Uma História Política.

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