You are on page 1of 5

LIVRO 1 | LITERATURA

Resoluções das Atividades


Sumário
Módulo 1 – Quinhentismo, Barroco e Arcadismo........................................................................................................................................................................................1
Módulo 2 – Romantismo no Brasil – Poesia: Primeira, segunda e terceira gerações.................................................................................................................................3
Módulo 3 – Romantismo no Brasil – Prosa: Romance indianista, romance regionalista e romance urbano...............................................................................................4

Quinhentismo, Barroco e 07 D
Módulo 1 Arcadismo Apesar de o texto 1 não pertencer à estética árcade, é
possível assemelhá-lo ao texto 2, que é árcade, princi-
palmente quanto a duas características listadas nos itens
Atividades para Sala analisados: fugere urbem, essa característica aborda a
vontade de regressar para o bucolismo do meio rural, tal
01 C fato é observado, por exemplo, nos primeiros versos dos
Segundo o padre Manuel da Nóbrega, a principal preocu- textos 1 e 2; e inutila truncat, característica que relaciona a
pação deveria ser a conversão daquele povo, a propaga- necessidade de cortar os excessos para uma vida harmô-
ção da fé cristã católica naquelas terras. nica e feliz, tal fato é observado, por exemplo, na primeira
estrofe do texto 1 e na terceira do texto 2.

02 E
O poema em questão é do padre jesuíta José de Anchieta, 08 A
o qual escreveu poemas líricos, dramas e cartas sobre filo- Outras duas características árcades verificadas nos dois
logia durante o período quinhentista da história literária textos são o bucolismo, relacionado com a valorização da
brasileira. natureza (verificado no verso I dos dois textos), e a sim-
plicidade, a busca pela vida simples e feliz (verificada na
segunda estrofe do texto 1 e na terceira estrofe do texto 2).
03 C
A “Carta” de Pero Vaz de Caminha apresenta uma visão
idealizada da terra e do homem brasileiro. Mostra um índio 09 C
puro em uma terra virgem. Já as charges contemporâneas, O texto 1, do poeta Mário Quintana, é pertencente ao
satirizam essa idealização, mostrando uma visão crítica em Modernismo, enquanto o texto 2 tem seu autor, Cláudio
relação ao índio e ao início do processo colonizatório no Manuel da Costa, como um dos mais importantes nomes
Brasil. do Arcadismo brasileiro.

04 D
Padre Antônio Vieira ressalta, por meio de jogos de pala-
Atividades Propostas
vras e questionamentos, o comportamento dos pregado-
res, que não condiz com suas palavras. 01 B
Um dos propósitos dos modernistas de 1922 era solidificar
05 B uma literatura essencialmente nacional. Para isso, os escri-
tores dessa geração revisitaram textos das primeiras mani-
É possível observar o constante embate de ideias desta-
festações literárias do Brasil, bem como do Romantismo.
cado pelo autor. Tais embates apresentam o argumento
No poema, Oswald de Andrade vale-se de um trecho da
que vai sendo tecido no decorrer do texto resultando em
“Carta” de Pero Vaz de Caminha, modificando sua estru-
uma conclusão.
tura a fim de recriar o texto quinhentista.
06 B
A arte do Barroco Mineiro foi instruída para atender aos 02 A
interesses da Contrarreforma. As igrejas e confrarias adota- O trecho revela a coexistência de culturas diferentes no
vam tal direcionamento e buscavam, dessa forma, ganhar período da colonização do Brasil. Apresenta algumas con-
destaque com a realização de projetos artístico-religiosos. cepções a respeito da prática do canibalismo real, e de

Pré-Vestibular | 1
LIVRO 1 | LITERATURA

suas consequências. De um lado, o conquistador europeu, 09 B


crendo-se portador da civilização, faz uso de um elemento
Logo após a metáfora “xadrez de palavras”, uma série de
cristão, qual seja a separação da carne do espírito, para
antíteses explica essa metáfora, como se nota em “se de
consolar um nativo, no qual projeta o sentimento de bar-
uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro”,
bárie antevisto no canibalismo. Do outro lado, o indígena
[…] ”dia” × “noite”; “luz” × “sombra”, “desceu” × “subiu”.
aparenta despreocupação com o que lhe reserva o futuro.
Em geral, os guerreiros tupis sentiam-se honrados ao
serem devorados em um ritual. 10 A
O termo lavor está ligado às expressões “ladrilha”, “azu-
03 D leja”, “xadrez de estrelas”, “xadrez de palavras”, todas
Os jesuítas procuraram se apropriar de elementos caros à expressando preocupação eminentemente ornamental,
cultura indígena como forma de aproximação e catequese, decorativa, de “enfeite”. Dessa forma, seu sinônimo é
com a introdução de tais elementos nos rituais cristãos. ornamento.

04 E 11 A
A letra da canção demonstra, de forma clara e explícita, I. (V)
que a visão acerca do índio foi se modificando ao longo II. (F) O poema faz parte do Seiscentismo, e as rimas são
do tempo. De uma visão outrora idealizada para uma visão alternadas nos quartetos (A-B-B-A) e interpoladas
crítica no presente. Tal perspectiva nos faz pensar sobre o nos tercetos (C-D-C).
genocídio indígena, processo por meio do qual os índios III. (F) As oposições são representadas por luz e sombra,
brasileiros foram progressivamente exterminados. alegria e tristeza, firmeza e inconstância, e não tra-
tam do sagrado e do profano.
05 D
12 E
O texto 2, de Oswald de Andrade, de tom jocoso e paro-
O poema “Contemplando nas cousas do mundo desde o
dístico, trata do comportamento de certa forma estereo-
seu retiro...” tem teor crítico jocoso, denunciador de des-
tipado do povo brasileiro. O título do poema, “Festa da
raça”, já introduz essa ideia. mandos sociais; pertence à vertente satírica. Já o poema
“A Jesus Cristo Nosso Senhor” apresenta as seguintes
características: teor religioso, reconhecimento do pecado,
06 A pedidos de perdão; pertence à vertente litúrgica.
Anchieta não se afastou de sua religião para catequizar os
indígenas; utilizou-se de elementos indígenas, como más-
13 C
caras, instrumentos primitivos, para incutir no índio a reli-
gião católica. Também aprendeu o tupi, para ter maior pene- O texto 1 aborda a questão da vaidade, comparando-
tração entre os índios, e escreveu o Auto de São Lourenço, -a com a rosa, revelando sua inutilidade em virtude de
escrito em sua maior parte em tupi. estar lisonjeada de manhã, mas, com o passar do tempo,
fica feia e morre; essa temática é tipicamente barroca,
revelando o pessimismo humano. O texto 2 traz a temá-
07 C tica da satisfação do homem diante da natureza, reve-
Pelo estilo grandioso, por vezes exagerado, pela força na lando o acolhimento desta; essa temática é tipicamente
expressão das imagens, das sensações que transmitem, árcade e revela a integração do homem com o elemento
pode-se dizer que as imagens 2 e 4 correspondem ao natural.
estilo Barroco.

14 C
08 E A questão 1 fazia referência a um símbolo que transcendia
A crítica aos excessos do Barroco dito cultista ou gon- do material para o espiritual. No texto 1, esse símbolo é a
górico e a defesa do conceptismo traduzem a opção de rosa, o elemento natural que representa a vaidade.
Vieira pelo aspecto intelectual, pela racionalidade, em
detrimento do jogo de imagens, metáforas e antíteses,
ou seja, da manipulação verbal, da atitude lúdica que se 15 D
comprazia em fazer o sermão “em xadrez de estrelas”. A Os dois textos apresentam simetria formal, isso é facil-
comparação com o xadrez deixa clara a condenação à ati- mente verificado quando é feita a escansão nos versos em
tude lúdica de quem “ladrilha” ou “azuleja”, trabalhando análise, em que se observa a presença de versos decassíla-
o jogo simétrico das antíteses como eixo da construção bos: RO/SA /QUE,/DA /MA/NHÃ /LI/SON/JEA/DA/ (Texto
imagética. 1) / FA/TI/GA/DO /DE/ CAL/MA /SE A/CO/LHIA (Texto 2).

2 | Pré-Vestibular
LIVRO 1 | LITERATURA

16 B 05 D
A temática árcade da dicotomia entre a cidade e o campo O desejo de morrer e a desilusão amorosa consistem em
é similar à oposição feita por Cláudio Manuel da Costa tal fundamento, como vemos nos versos: “O adeus, o teu
entre a metrópole e a colônia. O poeta viveu em Portugal adeus, minha saudade,/Fazem que insano do viver me
na civilidade e quando retorna ao Brasil depara-se nova- prive/E tenha os olhos meus na escuridade”. Nota-se, por-
mente com a rusticidade dos “montes” e “outeiros”. tanto, que a rejeição amorosa traz o desejo de morte para
o eu lírico.
17 A
O poema narra o episódio acerca do Tratado de Madri, 06 B
firmado entre Portugal e Espanha, em 1750. A colônia A sequência correta é II, IV, I, V, III.
dos Sete Povos das Missões do Uruguai, pertencente à
Espanha, deveria passar a ser de Portugal, que cederia à
Espanha sua colônia do Santíssimo Sacramento. Porém os Atividades Propostas
índios que habitavam os Sete Povos das Missões, orien-
tados pelos jesuítas, se negaram a passar para o domínio
dos portugueses. 01 B
A exaltação à pátria se expressa por meio da referên-
cia a elementos naturais da nação; o pessimismo confi-
18 E gura-se como característica de uma fase específica da
De traços satíricos, em um tom mordaz, agressivo, o poeta escola romântica, e não determina, pois, toda a estética
denuncia os desmandos do Fanfarrão Minésio, na verdade romântica.
Luís da Cunha Meneses, então governador de Minas.
02 E
Módulo 2 O poema do romântico Gonçalves Dias foi reinventado
pelos modernistas, dentre eles o escritor Oswald de
Romantismo no Brasil – Poesia: Primeira, segunda e Andrade. Nessas releituras, ganham destaque os aspectos
terceira gerações formais do poema, bem como a forte influência impressio-
nista tão em voga nesse período.
Atividades para Sala
03 E
01 B A visão modernista da natureza difere da visão romântica.
A escola realista e a escola naturalista, respectivamente, Naquela, há a intenção de uma revisão da história brasi-
detiveram-se na análise crítica e científica da realidade. leira, com tons mais reais e nacionalismo crítico.
O Romantismo, por sua vez, foi uma estética com carac-
terísticas subjetivas, mais direcionadas à exaltação das 04 C
emoções. Ambos os textos tratam do tema da nação; porém, o texto
2, com o traço modernista, revela uma visão mais realista
da nação.
02 D
Os escritores românticos buscavam na história do Brasil
seus motivos e temas literários; enquanto a Europa exal- 05 A
tava o cavaleiro medieval, no Brasil, o destaque foi transfe- O texto de Gil e Torquato imita os versos de Gonçalves
rido à figura do indígena, pintado como o herói nacional. Dias, com uma clara mudança de temática, partindo de
uma concepção menos idealizadora da pátria.

03 V, V, V, V, V
06 D
Todas as alternativas são verdadeiras.
Gonçalves Dias, assim como Alencar, exaltou a figura do
índio valendo-se do mito do bom selvagem.
04 F, V, F, V
A poesia romântica contemplou características que iam 07 A
além do nacionalismo, da subjetividade e do egocen- Termos que aludem à noite, ao escuro, às sombras são típi-
trismo. O Ultrarromantismo e o Condoreirismo evidenciam cos da poesia ultrarromântica; o que vemos com bastante
uma maior amplitude de temas por parte da poesia. destaque no texto de Álvares de Azevedo.

Pré-Vestibular | 3
LIVRO 1 | LITERATURA

08 A 05 E
Não há características melancólicas e pessimistas no José de Alencar, além dos romances indianistas e históri-
poema em questão. cos, também se destacou no romance urbano, em obras
como Senhora e Lucíola; retratando a diversidade da
09 C
nação, muito embora com uma exposição ainda artificial
A segunda geração do Romantismo deu vazão a um forte das mazelas da sociedade brasileira.
sentimentalismo, totalmente desvinculado da caracterís-
tica nacionalista da primeira fase.
06 B

10 E Apenas as alternativas I e II estão corretas. Pela descrição


da cena, a presença da mulher não era algo esperado pelo
O poeta deixa evidente sua emotividade, a saudade de
observador.
sua infância, com ênfase a elementos da natureza.

11 E
Atividades Propostas
Todas as alternativas estão verdadeiras.

01 C
12 D
O movimento romântico, de caráter de autoafirmação,
O texto 1 se vale bastante das adjetivações; em nenhum com um propósito de um novo ideal para a nação, teve
momento da narrativa do texto 2 evidencia-se solicitação
forte influência sobre o comportamento das pessoas.
do narrador ao seu avô; no início do texto 2, no trecho
“O meu avô costumava à noite, depois da ceia, conversar
para a mesa toda calada.”, pode-se comprovar que não 02 B
somente a fala contínua do avô sugere que as pessoas lhe As visões clássicas e românticas eram opostas; enquanto
dedicavam a atenção.
a primeira possuía uma visão mais universal, a segunda
expressava valores individuais.

Módulo 3
03 C
Romantismo no Brasil – Prosa: Romance indianista, Iracema, que Alencar denominava “Lenda do Ceará”,
romance regionalista e romance urbano pode ser considerado um poema-em-prosa ou, no dizer
de Décio Pignatari, um “romance poemático”. O pará-
Atividades para Sala grafo inicial exemplifica à saciedade a poetização da
prosa: assonâncias, aliterações, aproveitamento da sono-
ridade dos vocábulos de origem indígena (“carnaúba”,
01 B “jandaia”), além de comparações, prosopopeias.
O movimento romântico era ligado à burguesia, por-
tanto, não estava desvinculado das classes dominantes;
04 A
os romances urbanos de Alencar eram ambientados na
cidade do Rio de Janeiro. A anáfora configura-se na repetição de “verdes mares”
nos parágrafos iniciais e a prosopopéia (atribuição de sen-
timento ou ação humana a ser inanimado) está presente
02 D
em “Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga
O destaque aos valores da pátria, a liberdade de expres- impetuosa…”.
são, com o objetivo de mudanças sociais são característi-
cas comuns ao Romantismo e ao Modernismo.
05 C
03 A O item III está errado, pois o romance é considerado uma
Os três autores imprimiram em suas obras marcas do obra prima do regionalismo romântico pela força da lin-
regionalismo romântico: Visconde de Taunay, Bernardo guagem e descrição do sertão.
Guimarães e José de Alencar.
06 D
04 B Não há esse exagero nos diálogos. A obra retrata costu-
As atitudes de seu protagonista, típicas de um anti-herói, já mes sertanejos evitando o sentimentalismo exagerado de
antecipavam a escola posterior ao Romantismo, o Realismo. outros escritores românticos.

4 | Pré-Vestibular
LIVRO 1 | LITERATURA

07 D
O termo é empregado de maneira irônica, demonstrando
o caráter nada confiável do protagonista Leonardo. Esse
tom irônico perpassa todo o romance.

08 B
É o herói picaresco, esperto e mulherengo, tem sempre
alguém que toma seu partido e ampara-o de alguma
forma, é, portanto, um malandro.

09 D
Através da metáfora da lama, Lúcia, de certa forma, expõe
ao seu interlocutor o que há em seu interior; dessa forma,
os elementos da natureza, o céu límpido e azul, contras-
tam com a introspecção da personagem.

10 C
Ambientado no Rio de Janeiro, o romance narra a história
da cortesã Lúcia e do recém-formado bacharel Paulo.

11 D
As relações enunciadas são paradoxais, basta que obser-
vemos os pares de elementos apresentados: prostituta/
crente, sacrilégio/amor, beijo lascivo/fé. Esses elementos
põem em destaque atitudes praticadas pela sociedade
que vão de encontro com o que é pregado por ela.

12 C
A obra não destaca em sua ambientação qualquer região
do país; as histórias são contadas em momentos de delí-
rios e desabafo.

Pré-Vestibular | 5

You might also like