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A Abordagem Comportamental
No Capítulo I analisamos brevemente o trabalho de
rência a ansiedades, impulsos, motivações, necessi-
John B. Watson, fundador do comportamentalis- dades ou mecanismos de defesa, processos mencio-
mo. I ~ua psicologia comportamentalista enfocava o . nados pela maioria dos outros teóricos da personali.
comportamento observável, as respostau.estímJk:', dade·Eilra os comportamelltalistas, a personalidade
los externos das pessoas submetidas a experimen-=.
é meramente um acúmulo de regJ.Q§!!!Laprendi~s
tos. Essa abordagem da psicologia como sendo uma
por meio de estímulos, padrões de comportament~
ciência natural, baseada em cuidadosas pesquisas observáveis ou sistemas de hábitos. A personalidade
experimentais e na quantificação precisa das variá- refere-se apenas ao que pode ser observado e mani·
veis de estímulo e resposta, tornou-se imensamente' pulado de maneira objetiva.
popular na década de 1920 e permaneceu como uma· A abordagem comportamental da personalidade
força dominante na psicologia por mais de 60 anos. é repreSentada. aqui pelo trabalho de B.F. ~ki,~I"
No comportamentalismo de Watson não havia
cujas idéias seguem a..~~a~ªQYVª!~q!"Ii,ªrgl,-Skin'ner
lugar para forças conscientes ou inconscientes por •. ' rejeitou quaisquer pretensas forças ou processos in-
que elas não podiam ser observadas, manipuladas ou
ternos por considerá-Ios irrelevantes. Sua únic~_
medidas. Watsoll acredita~lle, o que querqu~ preocupação era com o comportamento óbse;:vável
desse esta7'ocorrendo dentro de um or.g~ismo - e os estímulos externos que lhe dão forma; tentou
rõsse uma pessoa ou um animal - entre a àprêSen- entender o que chamamos de "personalidade" por
tação do estímulo e o surgimento da n::.sp.o.§.!.~.Ln&o meio de pesquisas laboratoriais com ratos e pombos,
põsruía valor, significado ou utilidade científica . e não de trabalho clínico com pacientes. No entanto,
porque os cieni'istiS-~não podiam conduzir eXJ)~ri- suas idéias mostraram-se úteis no ambiente cIínico
mentos em tais condiÇ5eSinternas. Na abordagem por'meio da aplicação de técnicas de modificação do
comportamental, portanto, não encontramos refe- comportamento.
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1. HÚ lraduçõc!-. que ad,-lplam o Lermo on,!llnnJ em in~jês heh(fl'jorisl/1 ao norltJVll~" "h,~h;IVif\,.i"lY\""(1\1 'T')
É o ambiente que deve ser transformado.
-B.F. Skinner
QUAfORZE
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B.E Skinner
Ratos, Pombos e um Organismo Vazio As Aplicações do Condicionamento Operante
Programas de economia de fichas
A Vida de Skinner (1904-1990)
Programas de modificação de comportamento
Encontrando uma identidade Punição e reforço negativo
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Qque outrOSpsicQ1Qg9s ch,!!!,ariam~rtamento ne!lrótico ou anormal pa- lervalÓ fixo ç1e.I.en1po.• que pode ser um minuto, três minutos ou qualquer outro
!!I.,~kinnel:.!\ªR ..Ǻ-Il!!.~~.~térios do que o desemp.enho contínuo de com: período fixo. A sincronização do reforço não tem nada a ver com o número de rcs-
po~_~~~_~~o~}.!ldesejá_~.i,;;.~ hav~~d.Qs~ postas. Se o rato respo!1~~J __
Q!L6º..Yeze..s._P-OLlJJiIU!!{Lºl!.!:Q.I1!.~
..0 intervalo fixo, o
Tendo demonstrado como o comportamento poderia ser modificado por reforçador continua a._~!~~~·~ll1e2 .•.
te d~}s dapas~1;:.!'" d~ um~~o~ii?~~?~~ ..
meio de reforçamento contínuo - ou seja, oferecendo reforçamento depois de iempo e da elliis's1ío da re~osta correta.
cada resposta -, Skinner decidiu examinar como o comportamento poderia ser --. I-Ú;nuita~ sil~,~çÕes cjU'e-o-;;~~:;:~.~-s;;-gundoo esquema de reforçamenlo a in-
modificado se ele variasse a razão em que era reforçado. O que o levou a essa tervalos fixos. Se o seu professor der um exame no meio do semestre e outro no
questão foi uma preocupação prática, mais uma questão de utilidade do que uma final, estará usando um esquema de intervalo fixo. Um emprego no qual o seu sa-
curiosidade intelectual. Começou com as bolinhas de ração usadas para reforçar lário é pago uma vez por semana ou uma vez por mês funciona num esquema de
os ratos em sua pesquisa. Hoje em dia, podem-se comprar muitos sacos de boli- intervalo fixo. Você não é pago de acordo com o número de itens que produz ou
nhas de ração produzidas industrialmente, mas, na década de 1930, os pesquisa- que vende (o número de respostas), mas pelo número transcorrido de horas, dias
dores e os seus azarados estudantes de graduação passavam muitas e tediosas ho- ou semanas .
. ras fazendo manualmente essas bolinhas de ração. O laboratório de Skinner As pesquisas de Skinner mostraram que Çluªp~~_rT1ais_ç.!!!·!O
o intervalo entl~e_
precisava de, no mínimo, 800 bolinhas por dia para manter os experimentos. Num ~presel!!!,~~.s do rcforç~dor, maior a freqÜência ~~. r~p~s!~, cuja razão de,
sábado à tarde, descobriu que a não ser que ele passasse a noite fazendo bolinhas, caiu com o aumento do intêrvalo entre os reforçamentos. A freqÜência de apare-
o suprimento estaria esgotado na segunda-feira. Mesmo-para um pesquisador de- cimento dos reforçadores ta(nbém afetou a rapidez de extinção da resposta, a qual
dicado, passar um fim de semana com a máquina de bolinhas de ração não era cessava mais rapidamente ~e o rato tivesse sido reforçado continuamente e depois
--~-I:Gn-R-f'êf5l'le~i~a.atr.2.entc Ocon-eu-lhe uma alternativa: ro~' 'luc ele teria de !:efor- o reforçamenl:o fosse inl.errgmpido do que se o ralo tivesse recebido reforçamento
----Lle. llJQÔn ln~.~~"~'~,~:~~. ti
--,;_.- T":'....:_L T:"' d_ 1"';;;0- •.- .•••.•.•• • ••••••. ' •..• õ'\:J-curupOll ~1t1t::fl{e-of)-pSlCa-------
PARTE 8 A Abordagem Comportamen-cal QUATORZE B. F.Skinner 371
ciente em produzir taxas de resposta altas e estáveis, como pode ser alegremente
confirmado por quem faz apostas em cassinos. Caça-níqueis, roletas, corridas de
cavalo e loteria federal pagam segundo um esquema de reforçamenlo de razão va-
riável, o que é um meio altamente eficiente de controlar comportamentos. Os es-
quemas de reforçamento vahável resultam em comportamentos de resposta du-
radouros, que tendem a resistir à extinção. A maior parte dos aprendizados diários
ocorre como resultado de e~quemas de reforçamenlo a intervalos variaveis Oll de
razões variáveis.
As pesquisas de Skinner sobre esquemas de reforçamcnto fornecem uma
técnica efetiva para controlàr, modificar e moldar o comportamento. Se você for
responsável por ratos, vendedores ou operários de uma linha de montagem Oll se
estiver tentando treinar seu animalzinho de estimação ou scu filho, essas técni-
cas de condicionamento operantes podem ser úteis para produzir o comporta-
mento que você deseja.
.-
Aproxim0çães Sucessivas: A Modelagem do Comportamento
Um sorriso de ·(~':...!.<~:'·f·:
No experimento original de Skinner sobre condicionamento operante, o compo.l\.
tamento operante (pressionar a alavanca) é um comportamento simples: que'és:'
aprovação dos pais
pera-se que um rato de laboratório exiba ao final do percurso de exploração de
pode reforçar o :' .. ) .
. - --- ...---- -~.-_seu-ambiente._Assim,.há uma grandeprobabilidade.de quclal comportam'entove-~ .__ ._
. ---00ff1pÕ"ftEfffl"effW tfe- ----~-~:",:.~.L_·_--.;'---5~----Cr:;~':"·-··
uma criança. ~i)~;~;.;J nha a ocorrer, desde que o experimentador tenha paciência suficiente. É óbvio,
entretanto, que animais e seres humanos demonstram muitos comportamentos
operantes mais complexos que têm probabilidades de ocorrência muito mais bai-
fixos. É provável que o pombo estivesse fazendo alguma coisa, exibindo algum
tipo de comportamento ou atividade quando a bolinha de ração reforçadora fos-
se apresentada. Ele podia estar dando uma volta, levantando a cabeça, emperti-
gando-se, saltitando ou estar imóvel. Qualquer que fosse o compOl'tamento emi-
tido no momento da recompensa seria reforçado.
Skinner descobriu que um único reforço era poderoso o bastante para levar
o pombo a repetir com maior freqÜência o comportamento reforçado acidental-
mente, o que aumentava a probabilidade de que aparecesse outra bolinha de ra-
ção enquanto aquele comportamento era efetuado. E, com intervalos curtos entre
os reforçadores, os comportamentos supersticiosos são adquiridos rapidamente.
Assim como os jogadores de futebol dos exemplos anteriores, os comportamen-
tos supersticiosos oferecidos pelo pombo não possuem relação funcional com os
reforçadores. A conexão é involuntária. Nos seres humanos, eles podem persistir
por toda a vida e reqllerer,apenas reforços ocasionais para sllstentá-Ios.
Os pais ensinam
comportamentos
aceitáveis aos seus
o Autocontroledo Comportamento
filhos reforçando o comportamento é conu:6lado e modificado por variáveis cxternas ao organis-
aquelas atividades que ·mo. Não há coisa alguma't1entro de nós - nenhum processo, impulso ou qual-
____ ~ se a['Coximam dos ,. . . .__ -'!uer áti'~jdade interna que odetennine. Entretanto, embora esses estímulos e
comportamentos finais
reforçadores externos sejam responsáveis por moldar e controlar o cOJnportamen-
desejados,
Autocontrole. to, temos a capacidade de"llsar o que Skinner chamou d~ alltocolltrole, que des-
A capacidade de exercer creveu como o agir para álterar o impacio de eventos externos. Skinner não esta-
controle sobre as
va falando de agir sob o-controle de algum se(f misterioso. Ele sugellu que
"Erich Fromm julgava ter algo a dizer sobre quase tudo, porém com pouca profundi- variáveis que
determinam nosso podemos, até certo ponto; controlar as variáveis externas que determinâin nosso
dade. Quando ele começou a argumentar que não éramos pombos, decidi que tinha
comportamento. comportamento.
de fazer alguma coisa. Escrevi [a um colega] num pedaço de papel: 'Olhe a mão es-
Skinner propôs diversas técnicas de autocontrole. Na evitação do estímulo,
querda de Fromm. Vou fazer com que ela fique entrecortando o ar' (...) [Fromm] ges-
ticulava bastante ao falar e, toda vez que levantava a mão esquerda, eu olhava dire- por exemplo, se a música do aparelho de som do seu colega de quarto o incomo-
dae interfere nos seus estudos, você pode abandonar o quarto e ir à biblioteca,.!'.e-
tamenle para ele. Se baixasse a mão, eÚ meneava a cabeça e sorria. Em cinco minutos,
ele estava golpeando o ar tão vigorosamente que o seu relógio ficava escon'egando tirando-se de uma variável externa que afeta o seu comportamento. Ao.evitar uma
do braço para a mão" (S(<inner, 1983.a,pp. 150-151). . ,.~, .. '~t',. ,:.~pessoa.ouuma situação que o deixa irritado, você reduz o controle que a pessQj1
ou a situação tem sobre o seu comportamellio. De maneira semelhante, os alcoó-
latras podem agir para evitar um estímulo que controla o seu comportamento ao
não permitir que se guarde bebida alcoólica em sua casa.
Comportamento Supersticioso Por meio da técnica de ~aciedade auto-administrada, exercemos controle
Sa\!Jemos que a vida não é sempre tão ordenada ou bem controlada como os even- para nos curarmos de maus hábitos ao exagerarmos o compo'l:tamento. Aqueles
tos num laboratótio de psicologia. Somos, às vezes, reforçados acidentalmente após que quiserem parar de fumar podem fumar um cigarro atrás do outro por um pe-
termos exibido algum comportamé;lto. Como conseqÜência, esse comportamento, ríodo de tempo, tragando sempre, até se tornarem tão enojados e desconfortáveis
q'üe não recebeu ou causou reforço, pode se repetir em situação semelhante: ou tão doentes que acabam largando o vício. Essa técnica tem sido bem-sucedi-
Considere um exemplo do futebol. Um jogador dos Tampa Bay (FL) Bucca- da em programas de terapia formal planejados para eliminar o hábito de fumar. A
neers estava Illuna péssima temporada no início de sua carreira. Pediu ao seu com- técnica de autocontrole por Ç.st!fi1u1.ação aversiva.envol~e_c..?~lseqÜências desa~
panheiro de quarto para trocar de cama com ele para que pudesse dormir mais gradáveis ou repugnantes. Pessoas obesas que queiram perder peso declaram sua
próximo do banheiro. Seu jogo imediatamente depois melhorou. Pelo resto de sua iiltenção aos seus amigo"s. Se elas não mantiverem a sua resolução, enfrentam as
carreira, insistiu em dormir na cama mais próxima da porta do banheiro em todo desagradáveis conseqÜênçias de fracasso pessoal, embaraços e crítica. No ~uto-
hotel no qual a equipe ficava. E o jogador do NFL que abraçava as traves antes .r~forço, nós nos recompensamos por exibirmos comportamentos bons ou desc-
Comportamento de cada jogo? Ele as havia abraçado antes de umajogada bem-sucedida e, por ha- jáveis. Pode ser que um adolescente que concorde em esforçar-se por uma deter-
supersticioso. ver dado certo, continuou a prática. Contou a um jornalista que queria que as tra- minada nota ou em cuidar de um i1mão ou irmã menor recompense a si mesmo
Comportamento ves soubessem que ele as amava e que ficassem imóveis quando ele chutasse. comprando entradas para,llIn concerto ou roupas novas .
persistente que tem uma· ' -' ..
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comCI( - ama
enCla, e nao Skll1ner chamou esse tenomenode ~ comportamento superstICIOSO e o de- .f'ilsaS~inner, então, Ô ponto crucial é que vatiáveis externas moldam e con-
trolam o comportamento.·Mas, às vezes, por meio de nossas próprias ações po-
relação fl!ncion~.1.com <;l monstrou no laboratório. Um pombo famintoJoi colocado no aparelho de condi-
-i'eTól"çiuliem()I'ecel5íoQ.""""" . ·--cionamenw·operant"e·l'ef1'lrçat!e-a-ead·a--!.§--segunaosnum esquema.de.JnteJ\Lal.P.'i. .----- ---demm-modificar .0s.efeitos_dessasJ.oI.c.~ externas. ~_. ._
~ •••.•• o;:: . .-.:..:";;.-_--_ -_. h.----r--.~- ---
·~
dem ser mais responsélbilizados por sllas aÇões, do mesmo modo que um automó-
Livre-arbítrio vel sem motorista que se precipita morro abaixo. Ambos agem segundo leis, de
modo previsível, controlados por variáveis externas,
Resta-nos uma concepção pessimista das pessoas como sendo robôs desam-
Natureza parados e passivos, incapazes de desempenhar um papel ativo na determinação
de seus comportamentos? Essa não é a visão completa de Skinner. Apesar de sua
crença de que o comportamento é controlado por estímulos e reforçaclores exter-
Experiências
nos, certamente não somos vítimas, Ainda que sejamos controlados pelo nosso
presentes
ambiente, somos responsáveis por projetar esse ambiente, Nossos edifícios, cida-
des, bens de consumo, fábricas e instituições governamentais são o resultado da
Universalidade construção humana, Assim também são nossos sistemas sociais, línguas, costu-
mes e recreações, Mudamos continuamente nosso ambiente, na maioria das ve-
zes, para nosso benefício, Ao procedermos assim, agimos tanto como controla-
Crescimento dores quanto como controlados, Projetamos a cultura controladora e somos
produtos dela.
Pessimismo "Podemos não ser agentes livres. mas podemos fazer alguma coisa com relação à nos-
sa vida, apenas se rearranjarmos os conlroles que influenciam nosso compol1amento
(, ..) não estoll tenlando mudar as ssoas, Tudo o lIe eu =1azeLéJlllldu.o-lntl'lln------
ordeo?, o r;:xZ\:,nnZni:c"e1!I'i11assél
dernílhares de pêSSOaS()u um serial ki/ier não po-
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PARTE 8 A Abordagem Comporta mental
QUATORZE B. F. Skinner 379
Você pode ver que os métodos de avaliação de Skinner diferem radicalmente da-
Abordagem de sinal Auto-relato5 de comportamento queles usados por outros teóricos aqui discutidos. Os seus métodos de pesquisa
versus amostra.
Uma outra abordagem para avaliar o comportamento é a técnica de auto-relato também divergem da psicologia experimental convencional. O procedimento
Na abordagem de sinal
para avaliar a realizada por meio de entrevistas e questionários. A pessoa observa o seu próprio usual é estudar grandes grupos de animais ou seres humanos e comparar estatis-
perso/lalidade, são comportamento e o relata ao examinador. Têm sido publicados diversos questio- ticamente suas respostas médias. Por outro lado, ele preferia o estudo intensivo
inferidos tipos ou traços de um único avaliado; argumentava que os dados de desempenho médio de gru-
nários de auto-relatos. Por exemplo, eles pod'em avaliar a extensão do medo de
de personalidade ou pos têm pouco valor ao lidar-se com um caso particular. Uma' ciência que trata de
conflitos inconscientes a uma pessoa em situações como dÜigir um automóvel, ir ao dentista ou falar em
partir de questionários e público. médias oferece pouca informação para ajudar a entender o indivíduo único.
outros inventários de Questionários para avaliar comportamentos são similares em formato aos in- Skinner acreditava ser'possível obter resultados válidos e reproduzíveis sem
auto-relatos. o uso de análise estatística; :contanto que fossem coletados dados suficientes de
ventários de auto-relatos que avaliam personalidade. A diferença reside no modo
N a abordagem por um único avaliado sob condições experimentais bem controladas. O uso de gran-
amostra para avaliar o em que são interpretados, como descrito pela abordagem de sinal versus amos-
des grupos de avaliados obrigava o experimentador a lidar com o comportamen-
comportamento. tra. Na abordagem de sinal, que é usada para avaliar a personalidade, o psicólo-
as respostas aos testes to médio. Os dados resultantes poderiam não refletir a resposta comportamental
go infere a existência de tipos ou traços de personalidade ou de conflitos incons-
são interpretadas como individual e as diferenças individuais de comportamento. Dessa maneira, Skinner
cientes a partir das respostas do indivíduo. Por exemplo, se uma pessoa indica que
indicações diretas do preferia a abordagem idiográfica à nomotética.'
tem medo de ficar no elevador, esse medo pode ser interpretado como um sinal
comportamento
presente, e não de 011 um sintoma indireto de algum motivo ou conflito subjacente.
traços. moti vos ou Na abordagem por amostra, que é usada para avaliar o comportamento, as 3. As abordagens idiográficas e nomotéticas são. respectivamente, segundo o historiador alemão
f;:xperiências de infância. res;::ostas aO ques,ionário são interpretada, ~or1l0 indic"'s'õe~ direlas de uma ~·j"'ilhe.l~ll
~y·~r.ódJrand.(:g4.~-1915). as aborda~ens d~s ciêncins que tratam de fatos singu!arcs·(as al'-
'~.
Skinner reconheceu que sua fonna de psicologia perdeu terreno para a b ° sistema de Skinner tem considerável apoio empírico, mas tem sido criti-
dagem cognitiva (Goleman, 1:87) .. Outr?s ps~:ólo~os concord~ranl, afinn:n~~ cado por sua visão determinista, pela simplicidade das situações experimentais e
que o comportamentahsmo skmnenano tmha decaldo quanto a preferência e _ peja falta de interesse em comportamentos a não ser no índice de respostas e por
tre a maioria dos trabalhadores ativos na área [e era) freqüentemente mencio n não considerar as qualidades humanas que nos diferenciam de ratos e pombos .
." ) N na-
do no pretérito" (Baars, 1986, pp. VIII, I. aentanto, apesar das incursões da psi-
cologia cognitiva, a posição de Skinner permanece influente em muitas áreas, de
salas 'de aula a linha~ de montagem, de cai~~s de Skinner a instituições psiquiá_ ferguntaB de ReviBão
tricas. Skinner acreditava que, com o condlclOnanteoperante, oferecia Uma téc-
1 Como a abordagem skinneriana da personalidade difere das outras aqui
nica para melhorar a natureza humana e as sociedades que as pessoas planejam. discutidas?
~,. 2 Descreva o experimento clássico de condicionamento de Pavlov com cães.