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RACISMO E ANTI-RACISMO NO BRASIL1

Os brasileiros tem por orgulho por viverem uma democracia racial, tendo status de povo civilizado.
Após a abolição da escravatura em 1888 o Brasil não presenciou conflitos racionais, de modo geral, ultimamente
estamos vivenciando um período harmônico no padrão de relações raciais.

O Brasil é representado por fortes distinções de classes, que prevalecem sobre a cor e a raça é uma
preferência pessoal. A linguagem de classe de cor no Brasil é utilizado de modo racionalizado e, segundo o autor
que apesar de uso de fontes cientificas, usou nesse artigo as versões de crenças e discursos populares.

O antirracismo ocidental, vem de inspiração de pesquisas norte-americanas, o qual tem por


padrão as relações racionais nos Estados Unidos como meio de comparação e estudos de outras
sociedades, este modelo levou a conclusão de existência de “raças” no Brasil, mas lamentavelmente
esse modelo exibe um padrão violento, segregacionista e conflitivo de relações.

O modelo de estudo brasileiro apresenta polos opostos, retratando o assunto como uma
etiqueta refinada com distanciamento social e uma diferença de status e possibilidades econômicas
com indiferença formal e equidade jurídica.

O programa político ocidental sobre antirracismo não enfatiza o exercício factual ou prático, mas o
estatuto legal e formal. A definição de raça tem como conceito biologia, não relatando o caráter racialista de
distinções de cor embasado no caráter social, cultural e construído. O realismo ontológico das ciências
negligencia a tessitura discursiva e metafórica que esconde o racismo em uma linguagem de status e de classe,
apesar de buscar por formulação de explicações causais e do conhecimento de essências. Esses caráteres de
estudo levou a tomada falsa de prova de frivolidade das “raças”.

A partir do Movimento dos Direitos Civis, as desigualdades raciais passaram a ser atribuídas aos
mecanismos sociais, mudando a percepção brasileira do programa político do antirracismo. Nos anos 70 com o
movimento feminista e o racionalismo negro, ouve percepções antirracistas que lutava contra a interiorização do
legado cultural africano, denunciando o estatuto subordinado do negro.

Nos anos 70, a definição sociológica de raça era insuficiente para distingui-la de gênero, classe social
ou de qualquer hierarquia social, as listas de definições de “raças” são insuficientes para especificar as suas
diversas formas de hierarquização e de discriminação social, levando assim a uma ambiguidade de definição.

Nos anos 80, na França houve a autoconsciência correlacionado à ambiguidade de definição de “raça,
levando a análise do campo da biologia e da diferenciação cultural, introduzindo assim a percepção de que a
análise de hierarquias lida com o processo sub-reptício de naturalização e formas diversas o quais se escondem
em fenômenos empíricos.

Segundo Christian Delacampagne, racismo inicia quando é aliado a superioridade fisiológica, sendo o
racismo a redução do cultural ao biológico, onde o primeiro irá sempre depender do segundo, tornando uma
definição sem precisão por reduzir a ideia de natureza a uma noção biológica. A hierarquia social com ideia de
ordem natural limita as formações sociais, gerando sistemas hierárquicos rígidos e inescapáveis.

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