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LONDRINA
2004
RESUMO
PALAVRAS CHAVES
ABSTRACT
In the presente project, allied with a exposure about the meaning of the tribute of the
State and the society, of the evolution of the constitutional system tributary and the
guarantees assured to the contributors, is defended the thesis of that still there is the
necessity of an improvement in the mechanisms of tax revenue and tax evasion
combact, therefore, not obstante the coercitive power of the State of demanding
tributes in favor of all the society and to have of this in participating and controlling
the state activity, has if that both aspects of the relation tax demonstrate if passíveis
of a perfectioning, whose objective is a proposal of elaboration and institution of a
program of Fiscal Education the State and the citizens contributors.
KEY WORDS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................7
1.1 JUSTIFICATIVA..................................................................................................9
1.2 OBJETIVOS.....................................................................................................10
1.2.1 Objetivo Geral.......................................................................................10
1.2.2 Objetivos Específicos............................................................................10
1.3 METODOLOGIA...............................................................................................11
1.4 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO............................................................................12
1.4.1 Apresentação........................................................................................12
1.4.2 Histórico da Cidade de Londrina...........................................................14
1.4.3 Estatísticas............................................................................................17
1.4.4 Pressupostos Filosóficos......................................................................23
1.4.5 Estrutura................................................................................................24
1.4.6 Funções dos Órgãos Municipais...........................................................26
2 A ESTRUTURA SÓCIO-ECONÔMICA FISCAL E TRIBUTÁRIA......................32
2.1 TRIBUTO.........................................................................................................32
2.2 A HISTÓRIA DO TRIBUTO NO BRASIL...............................................................34
2.3 A FUNÇÃO DO TRIBUTO NA SOCIEDADE...........................................................39
2.4 A IMAGEM DO TRIBUTO NO BRASIL..................................................................41
2.5 A FUNÇÃO SOCIOECONÔMICA DO TRIBUTO......................................................45
3 O DESENVOLVIMENTO DA RECEITA MUNICIPAL E A BUSCA DA
CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO...........................................................49
3.1 DIVISIBILIDADE DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS.....................................................54
3.2.1 Divisão indireta......................................................................................55
3.2.2 Repartição direta...................................................................................56
3.2 POLÍTICA DE INCREMENTO DA RECEITA TRIBUTÁRIA.........................................57
4 O CONCEITO DE CIDADÃO E CIDADANIA E A FORMA EFETIVA DE
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DA APLICAÇÃO DE RECURSOS................59
4.1 APLICAÇÃO DE RECURSOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.................................59
4.2 A CIDADANIA NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO....................................................62
4.3 OS GASTOS PÚBLICOS E O CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA ARRECADAÇÃO.....66
5 SENSIBILIZAR E EDUCAR OS CIDADÃOS, VISANDO MINIMIZAR AS
CAUSAS DO NÃO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA............70
ANEXO............................................................................................................................
6
1 INTRODUÇÃO
outros. Muitos deles advindos da Lei de Responsabilidade Fiscal, fazem com que a
arrecadação.
Londrina.
cidadania, tributos e sua função social, direitos e deveres do cidadão, inclusive com
aproximação das relações entre o Fisco e o cidadão, que objetiva esclarecer aos
9
do cidadão.
1.1 Justificativa
em prol da população.
idade escolar. É necessário que se faça uma abordagem mais ampla e incisiva, com
uma função paternalista e, com isso, alimentar uma passividade que tem muito
10
pouco de cidadania; outros alegam não confiar na aplicação dos tributos, mas nada
fazem para se certificar sobre o assunto. Falta compromisso e ação. Falta valorizar a
a administração dos bens públicos. O governo não fabrica recursos, apenas utiliza a
1.2 Objetivos
arrecadação.
1.3 Metodologia
quando afirmam que “Toda a pesquisa deve basear-se em uma teoria, que serve de
1.4.1 Apresentação
Vicente de Castro.
Eleito/
Prefeito Início da Gestão
Nomeado
Willie da Fonseca B. Davids 13/11/1938 N
Cap. Custódio Raposo Neto 30/05/1940 N
Dr. João Ferrário Lopes 29/08/1940 N
Major Miguel Balbino Blasi 29/07/1941 N
Cap. Aquiles Pimpão Ferreira 23/10/1943 N
José Munhoz de Mello 14/05/1945 N
Ary Pizzato Ferreira 13/11/1945 N
Odilon Borges de Carvalho 08/04/1946 N
Ulisses Xavier da Silva 04/11/1946 N
Ary Pizzato Ferreira 08/05/1947 N
Hugo Cabral 12/12/1947 E
Milton Ribeiro Menezes 12/12/1951 E
Antonio Fernandes Sobrinho 12/12/1955 E
Milton Ribeiro Menezes 12/12/1959 E
José Hosken de Novaes 12/12/1963 E
Dalton Fonseca Paranaguá 01/02/1969 E
José Richa 31/01/1973 E
Antonio Casemiro Belinati 01/02/1977 E
José Antonio Del Ciel 13/04/1982 E
Wilson Rodrigues Moreira 02/02/1983 E
Antonio Casemiro Belinati 01/01/1989 E
Luiz Eduardo Cheida 01/01/1993 E
Antonio Casemiro Belinati 01/01/1997 E
Nedson Luiz Micheleti 01/01/2001 E
Fonte: Site do Município – www. londrina.pr.gov.br
Norte do Paraná, uma região de terra roxa e muito fértil, era até
poucas décadas uma extensa floresta. A colonização espontânea foi marcada pelo
arrojo de homens saídos de Minas Gerais ou São Paulo, que foram chegando à área
de Cambará, entre 1904 e 1908. Rapidamente, a faixa entre Cambará e o Rio Tibagi
- uma linha que representaria o futuro percurso da ferrovia São Paulo-Paraná - foi
visível falta de aptidão oficial. O quadro, além disso, já tinha sido agravado com a
na região.
Paraná, subsidiária da firma inglesa Paraná Plantations Ltda., que deu grande
sabia do interesse dos ingleses em abrir áreas para o cultivo de algodão no exterior -
Londres.
sementes sadias no mercado, obrigando a uma mudança nos planos. Foi criada,
da terra, medida inusitada para as condições da região e mesmo do Brasil. Por isso,
valeria o "slogan" de "a mais notável obra da colonização que o Brasil já viu" foi a
desta forma, uma verdadeira reforma agrária, sem intervenção do Estado, no Norte
pequenos fazendeiros, sem por isso deixar de levar em consideração aqueles que
a propaganda em larga escala, transporte gratuito para os colonos, posse das terras
onde o engenheiro Dr. Alexandre Razgulaeff fincou o primeiro marco nas terras onde
surgiria Londrina. O nome da cidade foi uma homenagem prestada pelo Dr. João
Paraná. A criação do Município ocorreu cinco anos mais tarde, através de Decreto
exerce grande influência no Sul do País e contribui muito para a economia brasileira,
vive a era do desenvolvimento industrial e vem atraindo cada vez mais investimentos
para a região. Esse processo está dentro de uma política que visa, acima de tudo, a
Sul do País, não investe apenas em industrialização, ela mantém projetos voltados à
população que incluem ações nos mais diversos setores, como: social, cultural,
anos, que cresce a cada dia com uma população formada por 40 etnias diferentes,
1.4.3 Estatísticas
18
Coordenadas Geopolíticas
Nº de Vereadores: 21
População
Urbana: 433.369
Preliminar)
Esportes
Orçamento
Orçamento do Município:
R$ 201.255.005,27 (2001)
Indústria
(2000)
Comércio e Serviços
Hotéis: 43 (1999)
Comunicação e Lazer
SKY) (1998)
Teatros: 8 (1999)
Auditórios: 40 (1996)
Cinemas: 10 (1999)
Visão
Missão
1.4.5 Estrutura
26
Chefia do Poder
Executivo
Auditoria Interna
Sec. de Sec. de Sec. de Secretaria Secretaria Secretaria Secretaria Secretaria Secretaria Secretaria
Secretaria Secretaria do Meio Secretaria
Planejamen Assist. Gestão de Agric. e de da Municipal Municipal
de Governo de Fazenda Ambiente de Cultura de Obras
to Social Abastec. Educação e Pavim. Mulher de Saúde do Idoso
Pública
Fundação Municipal
dos Esportes
1.4.6 Funções dos Órgãos Municipais
municipal.
do trabalho
Biblioteca Municipal.
primárias e básicas das pessoas idosas, de acordo com o que determina a Lei
área de sua jurisdição; coordenar e fiscalizar, sob orientação técnica dos órgãos
autonomia frente ao poder que as criou, responde diretamente por seus atos, mas
especialização.
equipamentos públicos.
2.1 Tributo
interpretações, sendo que o seu significado inicial não é o mesmo que o atual. Hoje,
considerado como uma homenagem que se presta a alguém, seria este último um
repartir com outrem. Popularmente, tributo é confundido com imposto, sendo que na
que significa dividir, ou repartir entre as tribos. Essa definição no entanto, passou a
Ter, mais tarde, a conotação de carga pública exigida pelas autoridades destas tribos
cereais, milho, animais, peixes, metais, cobre, vinho, azeite, gêneros alimentícios
dentre outros. Outro tipo de prestação existente era a de serviços in labore que
variavam entre trabalhos como fazer farinha, alojar nobres e militares, preparar
das tropas com fins de ampliação dos territórios através das conquistas bélicas visto
eram obrigados a pagar tributos excessivos com trabalhos forçados. Com o passar
que necessitava de recursos para manter o exército em prontidão para sua própria
Tributo pode ser conceituado como um ônus instituído pelo Estado, com base
no seu poder fiscal, definido em lei, exigido compulsoriamente das pessoas que
vivem dentro de seu território, a fim dele poder desenvolver suas atividades na
busca de suas finalidades (MORAES, 1993).
Apesar de ter tido uma evolução lenta e ser visto pela sociedade
como uma obrigação imposta ou um mal necessário, na era moderna o tributo passa
a ter uma importância coletiva, pois é através deste instrumento que o Estado se
receitas públicas.
português.
não tinha um comércio direto com outras nações, a metrópole era a única para a
nessa época era distribuída em geral em torno de 10% para alguns produtos que
por exemplo, dízimo do quinto dos metais de pedras preciosas que nela se
encontravam, enquanto Portugal recebia a quinta parte ou seja 20% desses metais e
Portugal .
ocorria muita fraude dando aos cobradores de rendas muitos poderes, inclusive, de
nos municípios começou a mostrar certa importância, embora houvesse nesta época
província quase nunca chegavam, pois não sobrava nada para os municípios.
com clareza o domínio fiscal da União e dos Estados sendo este último incumbido
discriminados na partilha entre União e Estados. Alguns tributos não duraram muito,
perdeu o imposto cedular sobre a renda de imóveis rurais, vindo a ser os dois
37
competência da União.
sobre a renda, 30% do excesso de arrecadação dos impostos estaduais, 60% junto
consumo e 40% nos outros impostos decretados pela União ou pelos Estados. O
repartições.
Segundo Moraes:
Estado.
vigor, pois foi incluída no sistema tributário nacional pela lei 5172 de 25 de outubro
de 1966 e passou a vigorar em janeiro de 1967. Aos Municípios a nova reforma não
foi bem vinda por ter reduzido, expressivamente, sua autonomia financeira. O
interesse era de centralizar o poder para que houvesse uma certa redistribuição da
por alíquota não superior a 30%, o imposto sobre serviços de qualquer natureza,
contribuições de melhoria.
foram suprimidos.
se que houve uma redução de tributos em relação aos que a emenda nº 18 previa.
direitos reais sobre imóveis, que pertenciam ao Estado. Foi mantido o imposto sobre
gasosos, exceto óleo diesel, tendo prazo determinado de vigência constitucional até
31 de dezembro de 1995.
Entretanto, deve ser ressaltado que o Brasil é um dos países que oferece maior
constitucional e qualquer lei que venha a regular a matéria tributária deverá ser
disciplinada por lei complementar, para a qual é exigido maior números de votos
para aprovação.
alguém são outorgados poderes para a realização de tal função. Essas pessoas
prestados e para que possam realizar o que a sociedade deseja. Tal organização se
que ela almeja. Após haver discutido as prioridades, o legislativo as envia para o
Pereira,
funcionamento em harmonia.
objetivos estão sendo cumpridos para o bem geral de todos. Para atingir seus
segurança. Imagine um Estado sem tributo, como seria mantida sua segurança
nacional? Exército? Como seria organizado esse Estado? Seria necessário, sem
O poder fiscal do Estado tem como fundamento a troca; o dá lá, toma cá; a
prestação e a contraprestação; a equivalência entre a contribuição do cidadão
e a utilidade por ela retirada da atividade estatal; “o preço” que se paga pelo
42
obrigações e deveres para que não haja conflitos entre ela e o poder do Estado,
sistemática fiscal, mais condições terá de exigir a contrapartida, que são os serviços,
atual sistema tributário do país. Foi criada uma imagem em que o maior problema do
O governo tenta, com sua burocracia pública, sempre insistir que ainda necessita de
econômico,.
43
aumentou, principalmente por não ter o retorno que a sociedade espera. Isso levou a
país uma certa cultura contra pagamento de tributos. Como sustenta Borba,
Esse movimento utiliza a evasão fiscal que é uma forma ilícita de pagar
menos ou evita o pagamento de tributos que pode ser por sonegação, fraude
e conluio e também a elisão fiscal quando a empresa procura caminhos
legais para pagar menos tributos (BORBA, 2002).
estaduais e três municipais. O que torna complexo o sistema são as demais figuras
esferas de governo obtém-se mais de cem diferentes tipos de “tributos” o que não
o preço muito alto que o governo cobra dos serviços que presta. A sociedade não
44
público e um dos casos mais graves é quando os ricos sonegam ou são apoiados
sociedade, é a impunidade.
suficiente é porque o sistema é injusto por arrecadar mais de quem ganha menos e
outros fins.
desenvolvimento nacional.
Com isso vem à tona o tema da reforma tributária. Para que haja
vigente é complexo, e o ato de pagar imposto não é agradável por ser imposto, o
qualidade desses serviços. Por um lado temos o contribuinte pagante, mas que
reclama do excesso da carga, e por outro lado a sociedade que precisa dos serviços
partir da criação de novos empregos e distribuição de renda para que não fique
crescimento constante.
estagnação num governo onde os recursos sejam canalizados para fora do país ou
sociedade que são transferidos em forma de tributos para o governo e que deveriam
enquanto que as que não pagam, por sonegarem de alguma forma, terão controle
que não paga o tributo e fique impune perante o não pagamento, esse ato
prejudicará a empresa àquela que paga corretamente, a qual acabará, por sua vez,
desde a média até a grande, se não existir controle, fiscalização e auditoria haverá
controladas pela iniciativa privada que investe vultosas quantias visando o retorno
sócio-econômico. Isso seria um preço muito alto a pagar por esse capital
estrangeiro.
sociedade.
poder de negociação e com capital que muitas vezes desestabilizam paises, são
que possuem estrutura organizacional e capital que conseguem concorrer com tais
Nóbrega,
eventuais especuladores.
49
pouca influência em toda a economia, pois não terá recursos suficientes para
não terá chance de crescer. A renda ficará, novamente, nas mãos das grandes
desenvolvimento e a justiça.
50
CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO.
administração pública.
entre outros.
atualizada apenas pela inflação anual de cada período. Os empecilhos são muitos
51
para grande parte dos municípios que procedem tal atualização e para o município
de Londrina não é diferente, tanto na parte imobiliária (IPTU, ITBI, taxas), como
também na mobiliária (ISS, taxas). As causas podem ser atribuídas a uma política de
incentivo à uma nova estrutura que passou a existir a partir da metade da década de
municipais.
Para Carvalho,
serem pagos, ocasionando uma falta de justiça tributária e social: enquanto uma
parcelamento, gerando assim uma não confiabilidade por parte dos munícipes.
52
municipal.
adotar uma postura com mais transparência e eficiência. Apesar de serem recentes,
públicos.
53
pessoas de outras regiões, gerando com isso novos loteamentos e crescimento dos
que já existem.
que diz respeito a recuperação de valores inscritos em divida ativa. Uma das causas
grande índice de desemprego e também o baixo poder aquisitivo de quem tem sua
e Territorial Urbano (IPTU), seguidos pelo Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto
como:
ISS e do ICMS.
56
impostos, quando se descobriu que os mesmos poderiam ser usados como meio
econômica.
Município é repartido com outro ente em uma relação simples, determinada pela
Município;
critérios da legislação;
repartição do ICMS.
sobre os quais têm direitos ao total do seu produto. O outro consiste na percepção
todos se beneficiam.
despesa.
RECURSOS
governantes.
recursos.
quatro anos e inicia-se a partir do segundo ano da administração que o elabora, até
setor privado ou público, que é utilizado como instrumento para controle de gastos.
fixada, autorizada e que não pode ser ultrapassada, proporcionando assim, uma
Público e tem apresentado certa relevância nas últimas décadas. Segundo PIRES
define-se como:
... uma expressão que se tornou corrente em alguns meios políticos brasileiros
desde os anos 80, significando a adoção de práticas diferenciadas de gestão
orçamentária municipais, nas quais o ingrediente inovador anunciado consiste
na abertura de canais e mecanismos de participação popular no processo de
destinação de recursos públicos das prefeituras”. (PIRES, 1999)
passa a figurar como um cliente agente do setor público que tem o papel de analisar
o destino dos recursos que ele emprega neste setor com o pagamento de impostos,
64
repercutindo desta forma, numa pressão maior junto ao governo com vistas à
cidadão fique atento para que tal instrumento não seja usado como uma estratégia
de marketing político. Com esta intenção não provoca mudanças, pois apenas
um orçamento participativo.
participação democrática.
como a “condição de cidadão”; já, cidadão vem a ser “o indivíduo no gozo dos
A cidadania teve sua origem na Grécia, onde cidadão era aquele que
de revoluções sociais que buscavam direitos iguais para todas as classes sociais,
pois a cidadania era exercida sempre pelas classes dominantes, ou seja, aquelas
que detinham o poder em suas mãos. Entretanto, essa divisão perdura até os dias
seus direitos.
que é muito mais engajado e participativo no fazer político e nas decisões a serem
66
conscientização para que esta participação se realize de uma maneira mais efetiva.
cercam.
homem comum para que ele seja aceito como cidadão e desempenhe este papel.
De acordo com ARROYO o vínculo existente entre educação e cidadania pode ser
visto
68
convívio em sociedade, já que o tributo está presente desde a sua formação até as
que o educador passe a participar e exercer o seu direito de político. Isso é um dos
pode desempenhar seu papel de repassar aos alunos as informações básicas sobre
recursos.
que se refere ao controle de suas ações para o bem público. Essa preocupação vem
se acentuando a partir dos anos 80: cada vez mais brasileiros passam a ver a
69
mesmo o presidente da República, ou seja, fiscalizar aquele quem ele escolheu para
representá-lo.
por órgãos internos ou externos, pode-se dizer que ela se encontra num elevado
nível de modernização.
exercerem suas funções. Entretanto, este controle pode também ser exercido por
outros órgãos como: Poder Judiciário, Ministério Público, Legislativo, Executivo, etc.
orçamentária.
Tribunal de Contas.
coletivos, uma vez que estamos passando por uma fase em que a moralização do
decisões políticas de seu representante, mas não há uma continuidade, talvez pelo
fato de acreditar na impunidade. Porém este assunto não será aprofundado, por não
educação política e fiscal com vistas ao alcance deste objetivo. A fim de preparar o
hoje se tem de uma população não apta, submissa e incapaz de participar das
pública.
72
TRIBUTÁRIA
tempo que atribui competências aos entes federal, estaduais e municipais para a
abusivas e ilegais, inobservância dos direitos e obrigações, entre outros que são
relacionamento recíproco e harmonioso que tem como causa uma finalidade comum
afronta e de burla à obrigação tributária e à lei, que são praticadas tanto pelo Estado
sua prática a adoção de uma exação indevida e exagerada como uma medida de
motivo, acaba resultando numa ação voraz que pode tanto ser indesejável quanto
contribuintes (em especial os assalariados) a tal estado que, hoje, só lhes resta a
tributação, enquanto um objeto pleiteado pelo Estado e tutelado pelo Direito, não
primária e essencial, fazendo-se mister, além disso, que a própria relação dela
resultante deva estar normatizada de tal modo que proporcione tal finalidade com
de ações que consistem em sonegação, fraude e evasão fiscal que visam burlar a
maus contribuintes.
renda entre a população. Nesse quadro são poucos os que ganham, isso em
contra esses males que são pensadas e criadas algumas ações e programas como
como a alguns desses programas já instituídos pelos entes públicos para o combate
da relação tributária, tais condutas são em muito atribuídas como uma herança
e do povo brasileiro.
passado o cientista social Sérgio Buarque de Hollanda, que faz uma análise
livro clássico “Raízes do Brasil”, escrito na década de Trinta do século passado, tem-
se que:
No caso brasileiro, a verdade, por menos sedutora que possa parecer a alguns
de nossos patriotas, é que ainda nos associa à Península Ibérica, a Portugal
especialmente, uma tradição longa e viva, bastante viva para nutrir, até hoje,
uma alma comum, a despeito de tudo que nos separa. Podemos dizer que de
lá nos veio a forma atual de nossa cultura; o resto foi matéria que se sujeitou
mal ou bem a essa forma. (BUARQUE, 1999).
também um próprio Estado que, por ser marcado pelo patrimonialismo, apresenta-se
por interesses de particulares, que dessa forma representa uma sociedade formada
por poucos privilegiados e muitos oprimidos, em que fica comprometida uma linha
todo.
brasileiro, que acabam fazendo com que o espírito coletivo e de cidadania tenha
tanta dificuldade de florescer no Brasil, faz com que não haja muito a noção e, por
punições exemplares aos sonegadores. Nota que esse processo tem se agravado
cada vez mais, concentrando a carga tributária em quem não tem como fugir ao
que deve ser estendido a todos com igualdade e justiça, e também mediante a
desse dever.
de ordem social, cultural e econômica, entre outras, como por exemplo o receio de
processo histórico com medidas a curto, médio e longo prazo, para incutir o
exercem com a sensação de que todos os demais brasileiros adotem esse mesmo
constatado, a sua conduta na boa aplicação das receitas públicas e o modo de suas
ações para com os bons e maus contribuintes também tem forte repercussão sobre
bem coletivo. Aquele que paga seus impostos titulariza-se no direito de reivindicar
uma consciência coletiva que leve todo contribuinte ao recolhimento dos tributos
sua cidade, busca da justiça social e redução das desigualdades. Através dessa
contribuinte salientando o papel de cada um, sem que para isso alguém tenha que
que gera a sonegação fiscal, incutindo em cada cidadão, a sua exata participação na
sociedade.
político para administrar a cidade e gerir recursos públicos, não ao seu bel prazer,
e será revertido em seu próprio benefício, aliviando o peso sobre o Estado em razão
existentes.
e) Orçamento participativo;
f) Servidores.
84
tema.
turismo.
está inserida nos Orçamentos Participativos, que se afiguram por serem o elo de
Orçamento Participativo:
7. CONCLUSÃO
Partindo-se do principio que tal programa tem como função levar o cidadão à
responsabilidade do Estado.
da coisa pública
88
sim na destinação do que foi arrecadado. Pois as pessoas precisam acreditar que o
dinheiro pago na forma de tributos terá uma destinação adequada. Por exemplo o
dízimo é uma forma de contribuição onde a pessoa acredita que seu emprego será
adequado.
Londrina.
essa relação saudável para ambos os lados. O fator que pretende-se atacar com
BIBLIOGRAFIA
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Cretella. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
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SERRA, José. Orçamento no Brasil: as raízes da crise. São Paulo: Atual, 1994.
SILVA, Luiz Inácio Lula da (Coord.), MANTEGA, Guido e VANUCHI, Paulo (Orgs.).
Custo Brasil. Petrópolis: Vozes, 1997.
ANEXO
94