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A tributação do consumo em
Angola: rumo à adoção do IVA?
Parecer inevitável que Angola alinhe com os países da região e substitua o imposto de
consumo por um modelo específico de IVA. Será importante, contudo, que essa opção seja
acompanhada de um acréscimo dos produtos locais no mercado.
A
República de Angola (RA) últimos anos, em média, cerca de Unidade Técnica Executiva para
tem um território cerca de 80 por cento da receita fiscal e de 45 a Reforma Tributária (criada pelo
14 vezes maior que o ter- por cento do PIB. Decreto Executivo n.º 131/10, de 16
ritório da República Portuguesa e Desde novembro de 2009, a RA está de setembro de 2010) e dos órgãos
uma população estimada em cerca sujeita a um programa de ajusta- governamentais é orientada pelas
de 17 a 19 milhões de habitantes. A mento económico. Na sequência Linhas Gerais do Executivo para a
moeda nacional é o kwanza (Kz). da crise económica e financeira de Reforma Tributária (LGERT), de-
A nova Constituição da RA, de 5 de 2007-2008, um acordo (stand-by finidas pelo Decreto Presidencial
fevereiro de 2010, define o Estado arrangement) foi assinado com o n.º 55/11, de 15 de março de 2011.3
angolano como um Estado demo- FMI para obtenção de um emprés- No primeiro semestre de 2012 a re-
crático de Direito. A constituição timo no valor de aproximadamente ceita fiscal totalizou Kz 2 199,2 mil
económica angolana funda-se hoje mil milhões de euros para reconsti- milhões, dos quais cerca de 83,7
no primado da propriedade priva- tuição das suas reservas de divisas por cento são receita petrolífera,
da, do mercado e da concorrência.1 em virtude da quebra do preço do em franca recuperação relativa-
No plano internacional, Angola é, petróleo.2 mente a anos anteriores, devido ao
desde os primórdios (1979-1980) A RA tem, desde 2009, em prepa- incremento dos preços do barril do
membro fundador da Comunidade ração e execução um programa de petróleo no mercado internacional.
para o Desenvolvimento da África reforma tributária. Este programa Quanto à receita não petrolífera, ela
Austral (SADC – Southern African é atualmente dirigido por um or- tem vindo a aumentar fruto de al-
Development Community) que conta ganismo especificamente criado gumas medidas derivadas da con-
hoje com 15 Estados aderentes. para o efeito pelo Decreto Presi- cretização do PERT, mas tem ainda
A economia angolana é muito de- dencial n.º 155/10, de 16 de setem- grande potencial de crescimento.
pendente das receitas petrolíferas, bro de 2010, o Programa Executivo Basta pensar que os impostos inter-
sendo a RA o segundo maior pro- da Reforma Tributária (PERT) que nos sobre bens e serviços não repre-
dutor de petróleo de África. Os im- substituiu o anterior Comité da Re- sentam mais que cerca de dois por
postos petrolíferos representam nos forma Fiscal. A ação do PERT, da cento do PIB.
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tão de um imposto que se mostra- conta certos índices (volume, peso, um conjunto vasto de mercadorias
va muito complexo) levaram a que dimensão, cilindrada, etc.). No identificadas segundo a sua posição
o projeto nunca visse a luz do dia e fundamental, este tipo de imposto pautal e consideradas como menos
que o imposto de produção e consu- era muito dependente das técnicas essenciais ou mesmo de luxo ou su-
mo permanecesse em vigor aduaneiras e a Direção Nacional de pérfluas.
No período de 1980 a 1984 os im- Alfândegas assumia um papel de As mercadorias que não constassem
postos sobre o consumo interno re- relevo na sua cobrança. dessas listas eram tributadas à taxa
presentavam em regra cerca de oito Em 1989, com o Decreto n.º 24/89, única de dez por cento que assumia
a nove por cento total das receitas de 27 de maio, que aprovou o respe- o papel de taxa normal.
fiscais (um pouco mais que o peso tivo regulamento (posteriormente
dos impostos sobre o rendimento), alterado pelo Decreto n.º 20-M/92, A primeira importante reestruturação
sendo que, no quadro destes impos- de 15 de maio), o imposto passou a do imposto de consumo
tos, o papel mais relevante em 1984 ser designado por Imposto de Con- Em 1999, o Decreto n.º 41/99, de 10
pertencia já ao imposto de produção sumo das Mercadorias Importadas de dezembro, aprovou um novo re-
e consumo. e de Produção Nacional mas, no gulamento do imposto de consumo
essencial, a sua configuração não (IC), revogando a legislação até en-
Do imposto de produção e consumo foi alterada. Note-se que, de acordo tão em vigor, e lançou as bases do
ao imposto de consumo com o art.º 3.º deste diploma, a ex- atual modelo angolano de tributa-
O imposto de produção e consumo portação de mercadorias tributadas ção do consumo8. Objetivamente,
não era um imposto geral sintético dava direito à restituição do impos- o IC incide sobre a produção (consi-
sobre a despesa. Mas era mais que to pago, se se provasse, por meio de derando-se como produtos produ-
um conjunto disperso de impostos certidão passada pelo serviço adu- zidos no país aqueles cujo processo
especiais sobre o consumo, pois aneiro competente, a saída efetiva de produção teve o seu termo em
embora incidisse sobre produtos das mercadorias. Este dispositivo, território angolano) e importação
muito variados, com taxas muito que, à semelhança do que ocorre de mercadorias, independentemen-
diferenciadas entre si, os sujeita- no IVA com a aplicação do princípio te da sua origem, a arrematação ou
va a um mesmo regime jurídico. do destino, permitia a existência venda realizadas pelos serviços
A incidência deste imposto recaía de uma isenção completa das ex- aduaneiros ou quaisquer serviços
sobre o valor de cerca de uma cen- portações, curiosamente deixou de públicos, a utilização dos bens ou
tena de mercadorias constantes de constar da reestruturação de 1999. matérias-primas fora do proces-
uma tabela, produzidas em Angola As taxas do imposto previstas nes- so produtivo e que beneficiam da
ou importadas. No caso das mer- te diploma eram múltiplas e muito desoneração do imposto e alguns
cadorias produzidas o valor era o pesadas, podendo ir de 10 a 200 por serviços. O elenco destes resumia-
preço de venda à porta do produtor, cento. Os mercados paralelos eram -se então ao consumo de água e de
enquanto no caso das mercadorias naturalmente florescentes.7 energia, aos serviços de telecomu-
importadas, o valor a ter em con- Estas taxas foram posteriormente nicações e aos serviços de hotela-
ta era o aduaneiro que era também ajustadas, primeiro pelo Decreto ria e outras atividades conexas ou
legalmente considerado no caso de n.º 70/91, de 15 de novembro, mais similares. Só no corrente ano, esta
mercadorias cuja produção não era tarde pelo Decreto n.º 13/1993, de 14 lista, como iremos ver, viria a ser
tida como local (aparelhos, má- de abril, que definiu a lista de bens substancialmente alargada.
quinas e artefactos montados sob e serviços não essenciais e, final- Quanto à incidência subjetiva, a lei
licença de fabricantes estrangeiros mente, pelo Decreto n.º 75/97, de 24 define como sujeitos passivos as pes-
e com partes e peças importadas). de outubro. Esta lista de 1997 pre- soas singulares, coletivas ou outras
As taxas aplicáveis eram em certos via uma taxa reduzida de cinco por entidades que pratiquem operações
casos ad valorem (variando entre 5 cento, aplicável a bens considera- de produção, fabrico ou transforma-
e 80 por cento), noutros (como no dos como essenciais (bens alimen- ção de bens, quaisquer que sejam os
vinho, aguardente, vermutes, mo- tares, livros didáticos e científicos processos ou meios utilizados, que
tocicletas, etc.) específicas, igual- e equipamentos cirúrgicos) e taxas procedam a arrematação ou ven-
mente muito variáveis, tendo em de 15, 30 e 50 por cento aplicáveis a da em hasta pública de bens ou que
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foi liquidado imposto de consumo; anteprojeto de diploma que criaria de instituições de defesa do con-
- Incide sobre o sujeito passivo, mas o IVA, bem como a sua divulgação sumidor quanto à eventual intro-
é suportado pelo consumidor, con- junto de funcionários e contribuin- dução do IVA. Um IVA que, como é
forme definido na lei aquele sujeito tes e a sua operacionalização através óbvio, não tem de seguir o modelo
é tipicamente o produtor de bens ou dos procedimentos administrativos europeu (e, consequentemente, o
o prestador de serviços, mas o im- necessários. A meta é, pois, clara- português), pois não é diretamente
posto é economicamente suportado mente definida, embora a definição condicionado por um modelo defi-
pelo consumidor dos bens ou ser- de uma meta não signifique neces- nido por um direito supranacional.
viços, assim se fazendo uma dife- sariamente a sua concretização. Um IVA que poderá ser implantado
renciação entre a pessoa que deve o Na prática, a introdução do IVA em por fases, deixando inicialmente de
imposto e que está obrigada a cum- Angola vai depender de vários fato- fora setores como a agricultura e os
prir as obrigações daí decorrentes e res. Em primeiro lugar, há que ver pequenos retalhistas, em especial
a pessoa que, na prática, suporta o a forma como o imposto de consu- o mercado informal, podendo este,
encargo económico do imposto. mo se irá comportar, quer no plano nesta fase, contribuir para o orça-
Decorre daqui que, embora se tra- da arrecadação das receitas quer no mento dos municípios através de
te de um imposto monofásico, nada plano da sua adaptação aos desen- taxas por emissão de licenças.
impede que possam existir efei- volvimentos da economia angola- Em quinto lugar, há que tomar em
tos de cascata, violadores de um na. Em princípio, é previsível que o consideração o previsível aprofun-
princípio de neutralidade em regra IC se traduza em menor arrecadação damento da integração económica
inerente à tributação indireta e que de receitas que a adoção do IVA. Em no quadro da SADC , em particular a
provocam distorções na atividade segundo lugar, há que ter em conta evolução desta organização regional
económica 12. a resistência à mudança por parte para uma união aduaneira e para um
de contribuintes e de funcionários. mercado comum14. Recorde-se que
Rumo ao futuro: do imposto Esta também existiu aquando, por o IVA tem vindo a ser adotado pelos
de consumo ao IVA? exemplo, da adoção do IVA em Por- Estados que integram a SADC e que
Mas o IC não é o fim da história. O tugal e na Bélgica, nomeadamente Angola pode socorrer-se de experi-
já referido preâmbulo do Decre- pelo receio de que com o novo im- ências importantes para o desenho
to n.º 7/11 diz-nos que a publicação posto houvesse um forte acréscimo do seu sistema como ocorre, em es-
deste diploma não representa a ver- nos preços (IVA significava «Isto pecial, com a experiência de Moçam-
são final sobre a evolução futura da vai Aumentar» tal como TVA, tout bique e da República Sul Africana.15
tributação indireta em Angola, de- va augmenter), facto que, no funda- Em sexto, e não menos importante,
vendo o imposto ser revisto e atua- mental, não veio a acontecer.13 Em a introdução do IVA deveria acom-
lizado de acordo com o novo quadro terceiro lugar, há que não perder de panhar um acréscimo dos produtos
económico e legal. É certo que não se vista que um dos principais fatores locais no mercado, ainda hoje muito
refere expressamente a uma futura a considerar quanto à futura adoção dependente de produtos importados.
introdução do IVA, mas ao explicitar deste imposto é o da preparação da Balanço feito, parece-me, porém, ine-
a ligação deste diploma às LGERT, administração tributária que, se- vitável que Angola, mais tarde ou mais
abre claramente esse caminho. gundo as LGERT, deve evoluir para cedo, alinhe com os países da região e
Com efeito, as LGERT, apontavam, a fusão entre a Direção Nacional substitua o imposto de consumo por
para que, no curto prazo, se proce- de Impostos e a Direção Nacional um modelo específico de imposto so-
desse à introdução de maior simpli- das Alfândegas. O êxito desta fusão bre o valor acrescentado.
cidade e neutralidade no imposto de poderá igualmente ser favorável à
consumo, preparando o caminho passagem do Imposto de Consumo *Professor na UAL
para a adoção do IVA e, no médio para o IVA. Membro do GEOTOC e do IDEFF
prazo, à realização de estudos con- Em quarto lugar, é necessário ainda Jurisconsulto
ducentes à substituição do impos- ter em conta as posições da comu-
to de consumo por um tipo de IVA nidade empresarial, em particular Notas
adequado à estrutura socioeconó- da Associação Industrial de Ango- 1
Cf. Teixeira, Carlos, A nova constitui-
mica do país e a elaboração de um la, dos investidores estrangeiros e ção económica de Angola e as oportu-
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nidades de negócios e investimentos, ros. Peças importantes da reforma serão camentos, gases, ataduras, cadeiras de
2011, Comunicação proferida na Facul- a revisão do Código Geral Tributário e a rodas) ou à educação (livros) conside-
dade de Direito de Lisboa e editada pela criação de um Código de Processo Tri- rados como bens essenciais, mas tam-
Universidade Agostinho Neto, Luanda, butário e de um Código das Execuções bém ouro, moedas, certas máquinas e
2011, (disponível no site http//www. Fiscais, cujos anteprojetos desenvol- aparelhos, helicópteros, aviões, certos
fduan.ao). Vide ainda para a anterior vidos no quadro da reforma da Justiça barcos, etc. Exemplos de bens constan-
constituição económica, Santos, A. promovida pelo Ministério da Justiça tes da Lista II são automóveis até uma
Carlos dos, “La constitution économi- existem igualmente há vários anos. certa cilindrada, aparelhos fotográfi-
que angolaise”, Revue Internationale de 4
Para análise desse período, bem como cos, despertadores, quadros, pinturas
Droit Économique, t. V, n.º 2, 1991. do período imediatamente posterior à e desenhos (tributados a 20 por cento)
2
Sobre a economia angolana hoje, é útil independência, vide Santos, A. Carlos e artigos para jogos de salão, relógios
a consulta dos relatórios do Banco BAI dos / Santos, J. C. Gomes, Diagnóstico de pulso, câmaras e projetores cinema-
Europa, Boletim Económico Angola, 2.º do Sistema Fiscal da República Popular tográficos, artigos de joalharia, auto-
trimestre de 2012 (disponível no sítio do de Angola, relatório elaborado no âmbi- móveis acima de uma certa cilindrada,
banco) e do Banco de Portugal, Evolução to de um projeto da NOEI para a Direção etc. (tributados a 30 por cento). A Lista
das economias dos PALOP e de Timor Nacional de Impostos, Luanda, 1984. III será (foi) alterada em 30 de dezembro
Leste 2010/2011, Lisboa, 2011, pp. 17- 5
Era um imposto monofásico incidente de 2011.
36 (disponível no sítio do banco www. apenas sobre produtores e grossistas e, 10
Corrige-se, deste modo um tratamen-
bportugal.pt). de forma muito limitada, sobre algumas to desigual que operava em desfavor da
3
As LGERT foram preparadas, há vários prestações de serviços. Operava com produção angolana e que favorecia as
anos, no quadro do extinto Comité para base numa técnica de suspensão de im- importações. Deste modo, é possível
a Reforma Fiscal, tendo o autor a honra posto que se mostrou ser uma fonte de manter os preços dos bens nacionais em
de nelas ter ativamente colaborado. As evasão e fraude fiscal. níveis mais baixos e, simultaneamente,
LGERT procuram criar, num prazo de 6
Cf. Santos, A. Carlos dos/ Cruz, Rui, «A dinamizar o setor produtivo.
cinco anos, um sistema fiscal adaptado fiscalidade angolana entre os constran- 11
Assim, Sambo, Luís, «O Imposto de
à nova realidade socioeconómica, num gimentos do subdesenvolvimento e as Consumo e a proteção da produção nacio-
tempo de globalização, de consolida- exigências do desenvolvimento», Fisco, nal» in Angola 24horas online, 27 de julho
ção da paz e de abertura ao comércio n.º 61, 1994, p. 31 e ss. Para a comparação de 2012 (disponível in www.angola24.net)
internacional e aos objetivos da Cons- com Moçambique, ver Santos, A. Carlos 12
Vide Sanches, J. L. S. / GAMA, J. T.,
tituição para o sistema fiscal (satisfação dos, «Sistemas fiscais: Conceitos e tipo- Manual de Direito Fiscal Angolano,
das necessidades financeiras do Esta- logias à luz das experiências angolana e Coimbra: Wolters Kluwer/ Coimbra
do, vinculação à realização da políti- moçambicana», Ciência e Técnica Fis- Editora, 2010, p.368.
ca económica e social, justa repartição cal, n.º 356, CEF/ DGCI, Lisboa, 1989. 13
A "ameaça" do IVA na reforma fiscal
dos rendimentos e da riqueza nacional) 7
Para uma panorâmica das transforma- angolana é sintomaticamente o título de
e dos princípios constitucionais que se ções em curso na fiscalidade angolana um artigo de Francisco de Andrade pu-
projetam no sistema fiscal (legalidade, nesta época, vide Santos, A. Carlos dos, blicado no Diário Económico da capital
igualdade, capacidade contributiva, não Direito Fiscal e Aduaneiro, Manual para angolana em 5 de março de 2012.
retroatividade dos impostos). A moder- o III Curso de Análise Macroeconómica 14
Note-se que os 14 Estados que inte-
nização do aparelho administrativo, no destinado a quadros angolanos, Lisboa: gram a SADC acordaram em 2002 (ver
plano da qualificação dos recursos hu- CESO / Ministério do Planeamento e o art.º 6.º do Memorando de Entendi-
manos e do recurso às novas tecnologias da Coordenação Económica de Angola/ mento sobre a cooperação em questões
de informação e comunicação e, no pla- ISCTE, maio de 1995. de impostos e matéria relacionadas)
no legislativo, um desenho do sistema 8
Este diploma sofreu em matéria de na necessidade de coordenação e har-
fiscal mais consentâneo com as novas isenções pequenas alterações introdu- monização dos impostos indiretos e no
exigências do desenvolvimento são pre- zidas pelo Decreto n.º 29/02, de maio. alargamento da sua base tributária.
ocupações centrais das LGERT. Um dos 9
Da Lista I constam não apenas bens 15
Sobre o IVA em Moçambique, ver, por
grandes objetivos da Reforma Tributária alimentares (carnes, leite, legumes, fa- todos, Palma, Clotilde C., Introdução ao
é o da redução da dependência do Esta- rinhas, óleos, açúcares, etc.) ou ligados Imposto sobre o Valor Acrescentado Mo-
do das receitas dos impostos petrolífe- à saúde (antibióticos, sangue, medi- çambicano, Coimbra: Almedina, 2012.
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