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[editar]Estrutura
Esta apresenta duas membranas fosfolipídicas, uma externa lisa e outra interna que se dobra
formando vilosidades, chamadas cristas. A região limitada pela membrana interna é conhecida
como matriz mitocondrial, onde existem proteínas, ribossomas e DNA mitocondrial, de forma
circular, que contém 37 genes coodificadores de 13 proteínas, de 2 rRNAs e 22 tRNAs. Estes
são necessários no processo de produção de ATP, ou seja, necesários para que a respiração
celular ocorra.
Esquema mostrando as mitocôndrias, um dos componentes de uma célula animal comum (organelas):
(1) nucléolo
(2) núcleo
(3) ribossomos (pontos pequenos)
(4) vesícula
(5) retículo endoplasmático rugoso
(6) complexo de golgi
(7) Citoesqueleto
(8) retículo endoplasmático liso
(9) mitocôndria
(10) vacúolo
(11) citoplasma
(12) lisossomo
(13) centríolos dentro do centrossoma
A presença de material genético na mitocôndria, ainda por cima circular (DNA típico das
bactérias), fez emergir teorias sobre sua origem. Hoje em dia a maioria da comunidade
científica acredita na teoria da endossimbiose. Esta afirma que a mitocôndria é descendente de
uma bacteria. Há milhões de anos atrás, formaram-se as primeiras células que sobreviviam em
poças lamas vulcânicas fervilhantes atestadas de exonfre que servia para estas células
produzirem energia. Após a formação dos primeiros oceanos, apareceram as primeiras células
fotossintéticas. Estas tinham a capacidade de usar a luz solar para fabricar energia, com
libertação de oxigénio. Passados muitos anos, os índices de oxigénio na atmosfera começaram
a aumentar e os de enxofre a diminuir. Nessa altura, os organismos não toleravam nada bem o
oxigénio sendo tóxico para os mesmos, já que antes os índices de oxigénio eram residuais.
Portanto, quem tinha melhor capacidade de sobrevivência eram os seres que aprenderam a
viver com o oxigénio, ou porque aprenderam a usá-lo como fonte de energia, ou porque através
de fagositose ganharam uma relação simbiótica com seres que já tinham essa capacidade,
fornecendo em troca: protecção e nutrientes. Os seres célulares antepassados da mitocôndria
evoluiram primeiro, em relação ao aumento de percentagem oxigénio no ar, que os seres
unicelulares mais complexos, como por exemplo, os nossos antepassados, portanto este
fagocitaram os outros e ambos ganharam uma relação simbiótica que foi evoluíndo, e sendo
cada vez mais próxima, tornando-se cada vez mais tolerantes um com o outro. Agora não há
razão para dizer que a mitocôndria é um ser vivo independente, mas sim parte de um, pois a
relação simbiótica levou-a a descartar-se do DNA que a possibilitava de viver por si só,
tornando-se num organelo de alto rendimento, dado só ter ficado como o DNA que coodifica
oligonucleótidos: house-keeping e que participam no processo de produção de ATP. A prova
evidente de que a mitôndria é descendente de bactérias é: o seu próprio DNA ser muito
parecido com o das bactérias de hoje em dia: é circular e não tem intrões; a mitocôndria não ter
nucleo organizado; a mitocôndria ter uma dupla camada lipídica, resultante da eventual
fagocitose.
A sua função é vital para a célula, sem a qual há morte celular. O DNA mitocôdrial não se tem
modificado muito desde do seu princípio, para além do descartar de DNA inutilizado, apesar do
seu elevado índice de mutações (10 vezes maior que o DNA nuclear). O que acontece é que
este DNA está apenas sujeito a modificações por mutação, dado não haver maneira do mesmo
sofrer recombinação como acontece quando o DNA do espermatozóide entra no núcleo do
óvulo, dando-se a recombinação quando metade do DNA de cada parente se junta, formando o
ovo, ou zigoto. Ora, como o que entra na célula sexual feminina vindo do pai* é apenas, e só, o
seu DNA nuclear, as mitocôndrias masculinas ficam de fora, logo não se dá recombinação do
seu DNA. O resultado é só recebermos o DNA mitocôndrial da mãe, levando a poucas
modificações deste ao longo dos tempos. Os Antropologistas aproveitam estas propriedades
para examinar, através do DNA mitocondrial, as relações de parentesco entre os grandes
grupos de seres vivos. Esta situação mostra-nos o elevado poder da recombinação genética,
dado o DNA nuclear estar-se sempre a atrasar em relação ao mitocôndrial que sofre mutações
10 vezes mais, ganha um enorme impulso de modificação na recombinação com outros DNAs.
A mitocôndria forma uma extensa rede, denominada rede mitocondrial. Essa rede é constituída
por subunidades mitoncondriais que podem se fundir ou se dividir de acordo com as
necessidades fisiológicas.
O organelo tem sido associado, nos últimos anos, ao processo de morte celular denominado
apoptose. Diversas proteínas mitocondriais encontram-se directamente ligadas à apoptose,
como as proteínas BCL-2, AIF e o Citocromo C, por exemplo.
O retículo endoplasmático é formado por canais delimitados por membranas. Esses canais
comunicam-se com o envoltório nuclear (carioteca). O retículo endoplasmático pode ser
considerado uma rede de distribuição, levando material de que a célula necessita, de um ponto
qualquer até seu ponto de utilização. O retículo endoplasmático tem portanto função de
transporte servindo como canal de comunicação entre o núcleo celular e o citoplasma.
O retículo endoplasmático liso é composto por uma rede tridimensional de túbulos e cisternas
interconectados, que vai desde a membrana nuclear (a cisterna do RE é contínua com a
cisterna perinuclear) até a membrana plasmática. É dividido em dois setores: RERugoso -- com
poliribossomas aderidos à face citosólica -- e RELiso -- que além de não possui
polirribossomas aderidos, apresenta diferente composição protéica e enzimática de sua
membrana e conteúdo.
A presença de polirribossomas no RER possibilita sua função: síntese de proteínas. Por isto ele
e tão desenvolvido em células com intensa síntese protéica, destinada à exportação ou a
organelas com membrana. Além disso, o RER também participa de modificações pós-
traducionais protéicas: sulfatação, pregueamento e glicosilação.
Além do material genético, o núcleo também possui algumas proteínas com a função de regular
a expressão gênica, que envolve processos complexos detranscrição, pré-processamento
do mRNA (RNA mensageiro), e o transporte do mRNA formado para o citoplasma. Dentro do
núcleo ainda se encontra uma estrutura denominada nucléolo, que é responsável pela
produção de subunidades dos ribossomos. O envoltório nuclear é responsável tanto por
separar as reações químicas que ocorrem dentro do citoplasma daquelas que ocorrem dentro
do núcleo, quanto por permitir a comunicação entre esses dois ambientes. Essa comunicação é
realizada pelos poros nucleares que se formam da fusão entre a membrana interna e a externa
do envoltório nuclear.
O interior do núcleo é composto por uma matriz denominada de nucleoplasma, que é um
líquido de consistência gelatinosa, similar ao citoplasma. Dentro dele estão presentes várias
substâncias necessárias para o funcionamento do núcleo, incluindo bases
nitrogenadas, enzimas, proteínas e fatores de transcrição. Também existe uma rede de fibras
dentro do nucleoplasma (chamada de matriz nuclear), cuja função ainda está sendo discutida.
Os vacúolos (do latim "vaccuus" - vácuo csbr) são estruturas celulares, muito abundantes
nas células vegetais, contidas no citoplasma da célula, de forma mais ou menos esféricas ou
ovalado, geradas pela própria célula ao criar uma membranafechada que isola um certo volume
celular do resto do citoplasma. Seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição ou de
excreção, podendo conter enzimaslisosômicas (enzimas hidrolíticas, principalmente hidrolases)
ou até mesmopigmentos, caso em que tomam o nome de vacúolos de suco celular.
Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico. Contudo, as
células do tecido adiposo (os adipócitos) possuem vacúolos repletos de gordura, que servem
como reserva energética.
Nos protozoários podem ter funções diversas, como seus nomes indicam: vacúolo
digestivo, vacúolo pulsátil ou excretor.
Os lisossomos são caracterizados, não só por seu conteúdo enzimático, como por sua
membrana envoltória única dentre as organelas: proteínas transportadoras contidas nessa
membrana, permitem que os produtos finais da digestão de macromoléculas (tais
como aminoácidos, açúcares, nucleotídeos e até mesmo pequenos peptídeos) transitem para o
citosol onde serão excretados ou reutilizados pela célula. A membrana do lisossomo possui
também bombas de H+, que, através da hidrólise de ATP, bombeiam íons H+ para o lúmen,
mantendo assim o pH ácido, ideal para a ação enzimática. A maioria das membranas
lisossomais é altamente glicosilada, de modo que lhe é conferida proteção das enzimas
contidas no lúmen.
[editar]Formação
No entanto existem também duas rotas alternativas das quais derivam os materiais a serem
digeridos pelo lisossomo: a fagocitose e aautofagia. Na fagocitose, células específicas, tais
como os macrófagos, incorporam e degradam partículas grandes como bactérias e células
envelhecidas que precisam ser eliminadas do corpo. Tais partículas são incorporadas
em vacúolos fagocíticos (denominadosfagossomos). Os fagossomos então se fundem aos
lisossomos resultando na digestão de seus conteúdos. Os lisossomos formados através dessa
via (fagolisossomos) podem ser consideravelmente grandes e heterogêneos uma vez que sua
forma e tamanho são determinados pelo material a ser digerido.
O ribossoma é formado principalmente (mais ou menos 60% da massa total) pelo flagelo
ribossomático e cerca de 50 tipos diferentes de proteínas. Tem uma grande e uma pequena
subunidade, sendo a grande formada de 49 proteínas + 3 Na (Sódio) e a pequena por 33
proteínas + 1 trA.
Na subunidade maior, existem duas regiões onde ocorre o contato direto com o RNAt: são
chamadas Sítio A (Aminoacil) onde ocorre a chegada do RNAt e Sítio P (Peptidil) onde são
formadas as ligações peptídicas pela junção entre os aminoácidos de ambos os sítios. A ação
dos ribossomos na tradução se divide em: iniciação (AUG - códon de início), alongamento
(fatores de alongamento) e finalização (códons de parada - Stop).
O ribossomo é funcional apenas quando suas subunidades estão unidas. Após a construção de
cada proteína, as subunidades se desprendem do RNAm e se separam.
[editar]Características