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XIV ENCAC e X ELACAC

Habitat Humano: em busca de conforto ambiental, eficiência energética e sustentabilidade no século XXI
27 a 29 de setembro 2017 | UNIVALI - Balneário Camboriú/SC

ESTUDO DO DESEMPENHO TÉRMICO E


INFLUÊNCIA DOS VENTOS LOCAIS EM
FACHADAS VENTILADAS NO CLIMA DO
LITORAL CATARINENSE
Autores:
Emerson Antônio Penso(1);
Martin Ordenes Mizgier(2);
XIV ENCAC e X ELACAC
Habitat Humano: em busca de conforto ambiental, eficiência energética e sustentabilidade no século XXI
27 a 29 de setembro 2017 | UNIVALI - Balneário Camboriú/SC

Durante a última década,


No Brasil, quase 50% da governos e agências
energia é consumida por internacionais tem dedicado
edificações. Sendo significativo esforço para
climatização e iluminação os aumentar o desempenho
maiores consumos (EPE, energético de edificações
2015). existentes (MA et all, 2012) .

Nos estudos de Sanjuan et al.


(2011b) e Francés et al. (2013),
evidencia-se que o sistema
ventilado tem um efeito maior na 2014 e 2015
redução do consumo de energia
para climas de verão intenso e
ocorreu crise
invernos mais amenos, energética.
características climáticas comuns Acionamento de
nos climas brasileiros. termoelétricas.

OBJETIVO
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Habitat Humano: em busca de conforto ambiental, eficiência energética e sustentabilidade no século XXI
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Compreender os potenciais do uso da fachada ventilada

para a redução de carga térmica durante o verão, frente


ao sistema de revestimento aderido, para o clima do litoral
catarinense, considerando diferentes densidades de carga
interna (DCI), a orientação das zonas térmicas e o
comportamento da cavidade ventilada em resposta ao
regime de ventos locais.

OBJETIVO
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Neste estudo, foram investigados os fenômenos de trocas de calor através dos


componentes opacos da envoltória. Para isso foi:

1
Desenvolvido um modelo computacional para simulação do sistema de
fachada ventilada e fachada aderida, com o uso de revestimento preto,
para um dia típico de verão para o clima de Florianópolis.

2 Analisado o comportamento de ganho e perda de calor pela alvenaria.

Investigada a redução da carga térmica considerando diferentes DCI`s,


3 bem como o impacto da redução por orientação das zonas térmicas,

4 Analisado o comportamento da ventilação dentro da cavidade ventilada


do sistema não aderido.

MÉTODO
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Habitat Humano: em busca de conforto ambiental, eficiência energética e sustentabilidade no século XXI
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O Modelo
FACHADA ADERIDA FACHADA VENTILADA
1600
485 630 485 1,5 15 1,5 10 1,5 15

Zona Norte
400

485

1
Zona Central

EXTERIOR

EXTERIOR
INTERIOR

INTERIOR
N

1600
630
Zona Oeste Circulação Zona Leste
Elevadores
485

Zona Sul 02 01 04 03 02 01

01 Parede de Alvenaria 02 Revestimento Existente


03 Cavidade Ventilada 04 Revestimento Externo
Pé Direito: 3,15m - Planta Esquemática - 10 Pavimentos Tipo - PAF 40%

Detalhes do modelo e tipos de envoltórias


Planta esquemática do pavimento tipo
Medidas em centímetros. Representação esquemática. Modelagem do Edifício - 10 Paviment

MÉTODO
Arquivo Climático FlorianopolisTRY1963_05CSV.epw
XIV ENCAC e X ELACAC Parede de Alvenaria e: 15cm | l: 0.89 | C: 1920kg/m3 | r: 50% | U:
Habitat Humano: em busca de conforto ambiental, eficiência energética e 2,28 W/m2.ºC
sustentabilidade no século XXI
Aberturas FS = 0,42; PAF 40%
27 a 29 de setembro 2017 | UNIVALI - Balneário Camboriú/SC Revestimento Cerâmica Preta: a ,90 – Para o revestimento
Parâmetro Valor aderido e ventilado.
Localização Florianópolis – SC – Brasil – Terreno: Cidade Cargas Iluminação Pessoas Equipamentos
(Ver Quadro 2) Internas
Arquivo Climático Alta 16 W/m2 7,7m2/pessoa 21,5 W/m2
Arquivo Climático FlorianopolisTRY1963_05CSV.epw
Média 14W/m2 10m2/pessoa 10,7 W/m2
Parede de Alvenaria e: 15cm | l: 0.89 | C: 1920kg/m3 | r: 50% | U:
Baixa 12W/m2 15m2/pessoa 5,4 W/m2
2,28 W/m2.ºC
Geometria 10 Altura: Largura: Profundidade:
Aberturas FS = 0,42; PAF 40%
pavim 3,15m 16m 16m
Revestimento Cerâmica Preta: a ,90 – Para o revestimento entos
aderido e ventilado. Modelo Base
Zonas Térmicas Leste, Oeste, Norte, Sul e Central
Cargas Iluminação Pessoas Equipamentos
Cobertura Ucob: 1,0 W/m2.ºC (Atendendo o RTQC Nível A)
Internas 2 2 2
Alta 16 W/m 7,7m /pessoa 21,5 W/m Funcionamento Anual, Dias da Semana, 8;00 – 12:00 e 14:00 –
Média 14W/m2 10m2/pessoa 10,7 W/m2 Variação das Cargas Internas 18:00
Building Surface: Fachada com Fachada
Baixa 12W/m 2 2
15m /pessoa 5,4 W/m 2
Ar Condicionado Building
PHTP ; COP 3,0; Setpoint: Surface:
24ºC Detailed
refrigeração e
Detailed Revestimento Ventilada
Geometria 10 Altura: Largura: Profundidade: 20ºC <Other
aquecimento; Side
Renovação Conditions
de ar: Model>
<Outdoors> Aderido Opaca 3
pavim 27m /h/pessoa;
3,15m 16m 16m
entos Elaborado a partir da NBR 15220 (ABNT. 2005) e NBR 16401 (ABNT.
Baixa Média Alta 2008)
Zonas Térmicas Leste, Oeste, Norte, Sul e Central
2 Surface Property: Exterior
Cobertura Ucob: 1,0 W/m .ºC (Atendendo o RTQC Nível A)
Natural Vented Cavity
Funcionamento Anual, Dias da Semana, 8;00 – 12:00 e 14:00 –
18:00
Ar Condicionado PHTP ; COP 3,0; Setpoint: 24ºC refrigeração e
20ºC aquecimento; Renovação de ar:
27m3/h/pessoa;
Outputs:
Outputs:
Elaborado a partir da Externa
• Temperatura NBR 15220 (ABNT.
de Bulbo 2005)
Seco e NBR 16401 (ABNT.
ºC (hora)
• Temperatura da Superfície do Revestimento ºC (hora)
2008) • Temperatura Externa de Bulbo Seco ºC (hora)
• Taxa Média de Condução de Calor em W (hora)
• Temperatura da Superfície do Revestimento ºC (hora)
• Carga Térmica Anual de Resfriamento kWh (ano)
• Consumo de Energia com Resfriamento kWh/m2 (ano)
• Consumo de Energia com Resfriamento kWh/m2 (ano)
• Taxa Média de Condução de Calor em W (hora)
• Carga Térmica Anual de Resfriamento kWh (ano)
• Volume de Ventilação Total na Cavidade em kg/s (hora)
• Volume de Ventilação pela Ação dos Ventos em kg/s (hora)
• Volume de Ventilação pela Ação do Efeito Chaminé em kg/s
Gráficos (hora)

MÉTODO
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50 -8%
(-3,45)
40
kWh/m2. ano

-11%
30 (-3,00) Ventilada
-14%
20 (-2,60) Aderida 250
10
0 200
Alta DCI Média DCI Baixa DCI Alta DCI
150

kWh
Redução do consumo de energia para resfriamento Média DCI
100
anual em comparação às DCIs. Baixa DCI
50

15% 0
Zona Norte Zona Sul Zona Leste Zona Oeste
10% Alta DCI Fachada Ventilada Preta – Redução
Média DCI absoluta da carga
5% térmica por orientação e DCI com
Baixa DCI referência ao sistema aderido.
0%
Zona Norte Zona Sul Zona Leste Zona Oeste

Fachada Ventilada Preta - Redução percentual da carga


térmica por orientação e DCI com referência ao sistema aderido.

RESULTADOS
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4500 4500
3500 3500
2500 2500
1500 1500
Wh

Wh
500 500
-500 -500
-1500 -1500
-2500 -2500
01:00
02:00
03:00
04:00
05:00
06:00
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
00:00

01:00
02:00
03:00
04:00
05:00
06:00
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
00:00
Média de Ganho Z5 Norte Média de Perda Z5 Norte Média de Ganho Z5 Norte Média de Perda Z5 Norte
Fachada Ventilada Preta – Ganhos e Perdas de Calor Fachada Aderida Preta – Ganhos e Perdas de
Orientação Norte Calor
Orientação Norte

RESULTADOS
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45 35ºC

40 24ºC 24ºC 0
21ºC 29ºC 21ºC 2
4
35 23ºC
Fluxo de Ventilação em Kg/s

19ºC 24ºC 6
8 m/s
30 Oeste Leste
8 m/s
25 6
4

20 2
0

15

10 0%

10%

5 20% Velocidade
do Vento
(m/s)
Legenda 30%
Máxima
10
0 Temperatura (ºC) 8
6 Média
01:00
02:00
03:00
04:00
05:00
06:00
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
00:00
<0 4
2 Mínima
0 - 20 0
0%
20 - 24
Média UR
24 - 38
Volume de ventilação total na câmara de ar [Kg/s](Hora) > 38 100% Mínima

Umidade Relativa (%) Temp Média


Volume de ventilação na cavidade pela ação dos ventos [Kg/s](Hora)
<30 Máxima
Volume de ventilação na cavidade pela ação do efeito chaminé [Kg/s](Hora) 30-70 10% Horas
>70 20%
Temperatura ambiente externa (Bulbo Seco) [ºC]

Temperatura superficial do resvestimento externo [ºC]


Gráfico de ventos locais para o dia típico de
verão. Adaptado do Software Climate
Ventilação pela ação dos ventos locais, efeito chaminé e Consultant 6.0
temperaturas superficiais – Norte

RESULTADOS
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A redução percentual de carga térmica com o uso da


fachada ventilada tem reduções expressivas para todas
as DCIs estudadas, e sugere que o sistema ventilado tem
sua principal eficiência referente à redução da admissão
de carga térmica proveniente do meio externo, porém,
também auxilia nos fenômenos térmicos de perda de
calor, principalmente nas orientações sul e leste.

A ventilação pelos ventos locais dentro da cavidade é a


principal responsável pelo movimento de renovação de ar
no sistema de fachada ventilada com juntas abertas, uma
vez que o ingresso dos ventos é facilitado pelas aberturas no
revestimento e sugere que o uso do mesmo é promissor em
áreas com ventos constantes, típicos do litoral de
Catarinense.

CONCLUSÕES
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Para especificadores e projetistas, o estudo oferece orientações


pertinentes sobre a adoção do sistema de fachada ventilada em relação
às orientações das zonas térmicas. As fachadas orientadas para Norte e
Oeste se mostram como as que oferecem maiores reduções de carga
térmica quanto do uso do sistema ventilado, uma vez que também ficam
expostas por mais tempo à radiação solar direta e o sistema ventilado
diminui, justamente, a admissão de calor para o interior da edificação.

A economia de energia anual com refrigeração com o uso da


fachada ventilada, que variou de 8% a 14%, dependendo da DCI,
é outro fator a ser levado em consideração por projetistas ou
investidores. Estes podem utilizar esses parâmetros em seus cálculos
de payback. O sistema pode ser adotado em edifícios novos, já na
fase de projeto ou em projetos de retrofit de envoltórias, como
estratégia para melhorar o desempenho termo energético da
edificação, visando certificações como o RTQ-C.

CONCLUSÕES
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Em climas litorâneos, dadas as características de ventos


constantes, o sistema oferece uma resposta positiva. Em centros
urbanos verticalizados, o uso do sistema em edificações
comerciais pode responder às necessidades de redução dos
custos com climatização, além de ser um sistema com
tecnologia agregada que torna mais simples a manutenção da
fachada do edifício.

CONCLUSÕES
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_________Energy Standard for Buildings Except Low-Rise Residential Buildings. ASHRAE Standard 90.1–2013. American Society of Heating,
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REFERÊNCIAS
XIV ENCAC e X ELACAC
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ESTUDO DO DESEMPENHO TÉRMICO E


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Autores:
Emerson Antônio Penso(1);
Martin Ordenes Mizgier(2);

OBRIGADO!

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