Explorando a caverna de Platão - as organizações vistas como
prisões psíquicas
A metáfora prisão psíquica é a concepção de que as pessoas podem se
tornar prisioneiras da imagem, pensamentos e ações dentro de uma organização. Por mais que uma organização seja algo socialmente construído ela toma vida própria e controla de certa forma os sujeitos, visto que são aprisionados por formas de raciocínio já assumidas e aceitas. Algo como a prisão psíquica foi discutida pela primeira vez na Alegoria da Caverna de Platão em que pessoas ficam em uma caverna somente vendo sombras do que acontece do lado de fora e, para elas, é a única realidade que existe. Se alguém ousasse sair da caverna iria ver um mundo totalmente novo e não conseguiria nele viver visto que novos conhecimentos abalariam os seus conceitos, preceitos e crenças. Além disso, se tentasse convencer os outros habitantes a saírem da caverna não seria visto com bons olhos, pois para eles ela tinha muito mais significado do que qualquer coisa no mundo lá fora e era um lugar seguro, já que o desconhecido causa temor e sensação de perigo. É importante observar que aqueles que tentassem sair corriam o risco de serem excluídos. A alegoria representa o modo em que muitas pessoas vivem atualmente, ou seja, em meio a ilusões. Por não terem conhecimento total da realidade por falta de coragem de ir atrás de esclarecimentos ou por simples acomodação, elas resistem a mudanças, preferindo apegar-se às crenças e aos valores ditados pelo meio em que vivem a conhecer outras visões de mundo.
A armadilha das formas assumidas de raciocínio
Muitas empresas criam culturas organizacionais que podem ajudar ou
prejudicar as relações de trabalho e o bom andamento dos negócios. Isso ocorre quando essas culturas organizacionais criam armadilhas cognitivas que fazem com que pressupostos falsos, crenças e regras operacionais estabelecidas sem questionamentos acabem limitando as ações dos membros dessas organizações. Ter a empresa construída entre significados e crenças tem seus ganhos, mas é importante evitar àquelas que limitam as ações associadas às visões alternativas da realidade.