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Procedimentos de teste da Doble

April 04, 2006


Doble Engineering Company
85 Walnut Street
Watertown, Massachusetts 02472-4037
(EUA)

NP 500-0502 72A-2244-03 Rev. A


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Procedimentos de teste da Doble

1. Geral
Introdução aos testes da Doble ........................................................................................................... 1-1
Equipamentos de teste de isolamento................................................................................................. 1-2
Modos de teste do Analisador M4000................................................................................................ 1-4
Modo GST (Teste de equipamento aterrado) ............................................................................... 1-5
Modo UST (Teste de equipamento não aterrado) ........................................................................ 1-7
Posicionamento do "gancho" de alta tensão ..................................................................................... 1-10
Tensões de teste ................................................................................................................................ 1-11
Geral ........................................................................................................................................... 1-11
Equipamento suspeito ................................................................................................................ 1-12
Testes de rotina........................................................................................................................... 1-13
Resumo ............................................................................................................................................. 1-14
Variação do fator de potência com a temperatura ............................................................................ 1-15
Introdução................................................................................................................................... 1-15
Buchas ........................................................................................................................................ 1-16
Disjuntores GVO........................................................................................................................ 1-17

March 17, 2006


Transformadores de potência e distribuição preenchidos a óleo................................................ 1-17
Reguladores de tensão preenchidos a óleo ................................................................................. 1-18
Transformadores de instrumentos preenchidos a óleo e combinações TP/TC........................... 1-19
Transformadores preenchidos a ascarel ..................................................................................... 1-19
Líquidos isolantes (óleo e ascarel) ............................................................................................. 1-19
Transformadores de potência e distribuição do tipo seco .......................................................... 1-20
Disjuntores a sopro magnético e a ar de baixa tensão................................................................ 1-20
Chaves de óleo, religadores e seccionadores ............................................................................. 1-20
Disjuntores a vácuo e religadores............................................................................................... 1-20
Cabos .......................................................................................................................................... 1-21
Testes de colares......................................................................................................................... 1-21
Capacitores de gradiente e contato (para disjuntores)................................................................ 1-21
TPs capacitivos........................................................................................................................... 1-21
Isoladores de porcelana, componentes de madeira e buchas de porcelana do tipo seco............ 1-21
Máquinas rotativas ..................................................................................................................... 1-21
Pára-raios.................................................................................................................................... 1-21

72A-2244-03 Rev. A 1
Escoamento superficial ..................................................................................................................... 1-26
Introdução................................................................................................................................... 1-26
Limpeza da superfície................................................................................................................. 1-28
Colares GUARD......................................................................................................................... 1-29
Barramento e isoladores conectados................................................................................................. 1-32
Barramento conectado e DTA .................................................................................................... 1-33
Desconexão do barramento ........................................................................................................ 1-34

2. Utilização de um ressonador
Procedimento operacional do Indutor ressonante tipo C .................................................................... 2-3
Descrição geral do acoplamento tipo C-1 - Procedimento de teste RIV ............................................ 2-4

3. Buchas
Introdução ........................................................................................................................................... 3-1
Tensões de teste .................................................................................................................................. 3-5
Teste global e não aterrado-Teste de equipamento (UST) em C1
March 17, 2006

(condutor central energizado)....................................................................................................... 3-5


Teste GUARD frio........................................................................................................................ 3-5
Teste de isolamento da derivação e teste invertido de equipamento não aterrado ....................... 3-6
Testes de colares quentes.............................................................................................................. 3-6
Técnica de teste - Buchas sobressalentes............................................................................................ 3-6
Técnica de teste - Buchas em equipamentos .................................................................................... 3-11
Teste global (condutor central ao flange). .................................................................................. 3-11
Teste UST (equipamento não aterrado) (condutor central à derivação, C1) .............................. 3-11
UST invertido (derivação ao condutor central, C1) ................................................................... 3-13
Teste de equipamento não aterrado, buchas com flanges isolados
(condutor central ao flange)........................................................................................................ 3-14
Teste GUARD frio (condutor central ao flange) ........................................................................ 3-16
Teste de isolamento da derivação (derivação ao flange, C2) ..................................................... 3-17
Testes de colares......................................................................................................................... 3-19
Análise dos resultados de testes........................................................................................................ 3-25
Geral ........................................................................................................................................... 3-25
Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos
de teste de fator de potência ....................................................................................................... 3-26

2 72A-2244-03 Rev. A
Procedimentos de teste da Doble

Buchas tipo condensador sem derivações de potencial ou eletrodos


de teste de fator de potência ....................................................................................................... 3-27
Buchas do tipo não-condensador com flanges separados ou isolados ....................................... 3-27
Buchas do tipo não-condensador com cabos de engate, camadas blindadas
ou cabeçotes isolados ................................................................................................................. 3-28
Buchas do tipo não-condensador sem recursos especiais de teste ............................................. 3-28
Buchas de porcelana do tipo seco .............................................................................................. 3-29
Buchas do tipo cabo ................................................................................................................... 3-30
Teste de colar quente único ........................................................................................................ 3-30
Testes de colares quentes múltiplos ........................................................................................... 3-32
Testes de colares quentes em terminais de cabos....................................................................... 3-32

4. Disjuntores e religadores
Disjuntores GVO ................................................................................................................................ 4-1
Introdução..................................................................................................................................... 4-1
Tensões de teste............................................................................................................................ 4-2

March 17, 2006


Procedimento de teste................................................................................................................... 4-3
Considerações gerais .................................................................................................................... 4-5
Análise e interpretações ............................................................................................................... 4-7
Disjuntores de tanque aterrado SF6.................................................................................................. 4-20
Tensão de teste ........................................................................................................................... 4-20
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-21
Análise dos resultados do teste................................................................................................... 4-23
Disjuntores de tanque vivo (tipos a ar, SF6 ou óleo mínimo) .......................................................... 4-25
Módulo "T" e "Y" - Geral .......................................................................................................... 4-25
Tensões de teste.......................................................................................................................... 4-26
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-26
Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-28
Disjuntores tipo castiçal (um disjuntor por fase).............................................................................. 4-29
Tensões de teste.......................................................................................................................... 4-30
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-30
Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-31
Testes possibilitados pelo M4000 .............................................................................................. 4-32

72A-2244-03 Rev. A 3
Disjuntores a sopro magnético.......................................................................................................... 4-33
Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-33
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-34
Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-35
Disjuntores a ar de baixa tensão ....................................................................................................... 4-35
Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-35
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-36
Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-37
Religadores GVO.............................................................................................................................. 4-37
Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-37
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-37
Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-38
Disjuntores e religadores a vácuo ..................................................................................................... 4-40
Tensões de teste .......................................................................................................................... 4-41
Procedimento de teste................................................................................................................. 4-42
Análise dos resultados ................................................................................................................ 4-43
March 17, 2006

5. Transformadores, reatores e reguladores


Transformadores de potência e distribuição ....................................................................................... 5-1
Introdução..................................................................................................................................... 5-1
Tensões de teste ............................................................................................................................ 5-2
Transformador com dois enrolamentos ........................................................................................ 5-7
Autotransformadores .................................................................................................................. 5-12
Transformador com três enrolamentos ....................................................................................... 5-13
Reatores de derivação ....................................................................................................................... 5-19
Procedimento de teste................................................................................................................. 5-20
Transformadores de potencial........................................................................................................... 5-22
Introdução................................................................................................................................... 5-22
Tensão de teste............................................................................................................................ 5-23
Transformadores de potencial monofásicos ............................................................................... 5-25
Transformador de potencial monofásico com aterramento primário interno ............................. 5-31
Transformadores de potencial em cascata .................................................................................. 5-32
Transformadores de potencial trifásicos..................................................................................... 5-35

4 72A-2244-03 Rev. A
Procedimentos de teste da Doble

Transformador de corrente ............................................................................................................... 5-36


Introdução................................................................................................................................... 5-36
Tensão de teste ........................................................................................................................... 5-36
Procedimento de teste................................................................................................................. 5-37
Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-38
Combinações TP/TC monofásicas.................................................................................................... 5-39
Introdução................................................................................................................................... 5-39
Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-40
Procedimento de teste................................................................................................................. 5-40
Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-42
Combinações TP/TC trifásicas ......................................................................................................... 5-43
Introdução................................................................................................................................... 5-43
Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-44
Procedimento de teste................................................................................................................. 5-44
Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-45
Reguladores de tensão ...................................................................................................................... 5-46

March 17, 2006


Introdução................................................................................................................................... 5-46
Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-47
Procedimento de teste................................................................................................................. 5-47
Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-48
Testes de corrente de excitação de transformadores ........................................................................ 5-49
Introdução................................................................................................................................... 5-49
Considerações sobre o teste........................................................................................................ 5-49
Procedimentos de teste ............................................................................................................... 5-52
Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-62
Testes de relação de espiras com o Capacitor Doble........................................................................ 5-66
Introdução................................................................................................................................... 5-66
Como fazer as conexões corretas ............................................................................................... 5-67
Campos de conexões do DTA .................................................................................................... 5-68
Tensões de teste.......................................................................................................................... 5-69
Medição do capacitor Doble ...................................................................................................... 5-69
Teste de relação de espiras, transformadores monofásicos........................................................ 5-70
Teste de relação de espiras, transformadores trifásicos ............................................................. 5-73
Análise dos resultados ................................................................................................................ 5-80

72A-2244-03 Rev. A 5
Testes de reatância de fuga ............................................................................................................... 5-80
Introdução................................................................................................................................... 5-80
Considerações sobre o teste........................................................................................................ 5-81
Configuração de teste utilizando o M4110 ou o M4130 ............................................................ 5-91
Execução de um teste ................................................................................................................. 5-95
Interpretação dos resultados do teste .......................................................................................... 5-98

6. Pára-raios
Introdução ........................................................................................................................................... 6-1
Tensões de teste .................................................................................................................................. 6-3
Procedimentos de teste........................................................................................................................ 6-4
Testes múltiplos............................................................................................................................ 6-4
Análise dos resultados ........................................................................................................................ 6-8
Perdas maiores que as normais..................................................................................................... 6-9
Perdas menores que as normais .................................................................................................... 6-9
March 17, 2006

7. Capacitores
TPs capacitivos ................................................................................................................................... 7-1
Introdução..................................................................................................................................... 7-1
Tensões de teste ............................................................................................................................ 7-2
Procedimentos de teste ................................................................................................................. 7-2
Análise dos resultados ................................................................................................................ 7-11
Testes complementares............................................................................................................... 7-12
Capacitores de correção de fator de potência ................................................................................... 7-13
Capacitores de surto.......................................................................................................................... 7-14

8. Máquinas rotativas
Geral.................................................................................................................................................... 8-1
Tensões de teste .................................................................................................................................. 8-1
Procedimento de teste ......................................................................................................................... 8-2
Enrolamento único trifásico.......................................................................................................... 8-2
Unidade trifásica resfriada a água ................................................................................................ 8-4
Máquina trifásica com dois enrolamentos duplo e doze terminais............................................... 8-6
Geradores resfriados a hidrogênio................................................................................................ 8-7
Diversos ........................................................................................................................................ 8-7

6 72A-2244-03 Rev. A
Procedimentos de teste da Doble

Análise dos resultados ........................................................................................................................ 8-7


Teste de bobinas individuais de um estator ........................................................................................ 8-9

9. Cabos e terminações ("terminais")


Introdução........................................................................................................................................... 9-1
Tensões de teste .................................................................................................................................. 9-1
Testes de cabos ................................................................................................................................... 9-2
Cabo de condutor único blindado ou revestido ............................................................................ 9-2
Cabos de condutor único sem blindagem e sem revestimento..................................................... 9-2
Cabos com múltiplos condutores blindados individualmente...................................................... 9-2
Cabos com múltiplos condutores sem blindagem e sem revestimento ........................................ 9-2
Cabos sem blindagem com múltiplos condutores recobertos por um
revestimento metálico comum ..................................................................................................... 9-3
Cabos parcialmente blindados...................................................................................................... 9-3
Testes de terminações (terminais) ...................................................................................................... 9-3
Análise dos resultados dos testes de cabos e terminais ................................................................ 9-4

March 17, 2006


10. Líquidos isolantes
Introdução......................................................................................................................................... 10-1
Procedimento de teste....................................................................................................................... 10-2
Análise dos resultados - Óleo ........................................................................................................... 10-3
Análise dos resultados - Ascarel....................................................................................................... 10-4
Outros líquidos isolantes .................................................................................................................. 10-5

11. Isoladores
Isoladores de suspensão.................................................................................................................... 11-1
Isoladores de barramento.................................................................................................................. 11-2

12. Barramento
Procedimentos de teste ..................................................................................................................... 12-1
Barramento de fase isolada ........................................................................................................ 12-1
Barramento não segregado e de manobra abrigadas em media tensão ...................................... 12-1

72A-2244-03 Rev. A 7
13. Madeira e outros componentes isolantes
Geral.................................................................................................................................................. 13-1
Procedimentos de teste...................................................................................................................... 13-1
Análise dos resultados ...................................................................................................................... 13-2

14. Dispositivo de potencial de acoplamento resistivo


Geral.................................................................................................................................................. 14-1
Procedimentos de teste...................................................................................................................... 14-2

15. Perguntas freqüentes


Suporte técnico ................................................................................................................................. 15-1
Software DTA opcional .................................................................................................................... 15-1
Procedimentos de teste...................................................................................................................... 15-3
Geral.................................................................................................................................................. 15-5

16. Caminhões-cesto
March 17, 2006

8 72A-2244-03 Rev. A
Prefácio

Estrutura deste manual


Este manual consiste em 17 capítulos.
Capítulo 1 "Geral", introduz os conceitos gerais de testes da Doble.
Capítulo 2 "Utilização de um ressonador", explica como utilizar
um ressonador com o M4000 ao testar itens com uma
capacitância muito grande para ser processada apenas
pelo M4000.
Capítulo 3 "Execução de testes de reatância de fuga", descreve
os procedimentos para a execução de testes de
reatância de fuga.
Capítulo 4 "Buchas", explica a execução de testes em buchas
dentro e fora de um equipamento.

March 17, 2006


Capítulo 5 "Disjuntores e religadores", explica a execução
de testes em diversos tipos de disjuntores.
Capítulo 6 "Transformadores, reatores e reguladores", explica a
execução de testes nesses equipamentos e inclui testes
de corrente de excitação, reatância de fuga e relação
de espiras.
Capítulo 7 "Pára-raios", explica a execução de testes em pára-raios.
Capítulo 8 "Capacitores", explica a execução de testes em
diversos tipos de capacitores, inclusive TPs
capacitivos.
Capítulo 9 "Máquinas rotativas", explica a execução de testes
em geradores, motores e condensadores síncronos.
Capítulo 10 "Cabos e terminações", explica a execução de testes
em terminais e diversas configurações de cabos.
Capítulo 11 "Líquidos isolantes", explica a utilização da cuba
de teste de fluidos isolantes da Doble para testes
de líquidos isolantes.
Capítulo 12 "Isoladores", explica a execução de testes em
isoladores de barramento e suspensão.

72A-2244-03 Rev. A i
Capítulo 13 "Barramento", explica a execução de testes em
barramentos não segregados e de isofase.
Capítulo 14 "Madeira e outros componentes de isolamento",
explica a execução de testes em peças selecionadas
do equipamento.
Capítulo 15 "Dispositivo de potencial de acoplamento resistivo",
explica a execução de testes em dispositivos de
potencial de acoplamento com um elemento resistivo.
Capítulo 16 "Caminhões-cesto", explica um método para testar
a lança isolante de um caminhão-cesto.
Capítulo 17 "Perguntas freqüentes", é uma lista das perguntas
e respostas mais freqüentes.

Convenções utilizadas neste manual


Os termos e as convenções tipográficas a seguir são utilizados no manual:
Convenção Descrição
March 17, 2006

Windows Refere-se ao sistema operacional Microsoft Windows,


versão 95 ou posterior.
Clicar em Pressionar e liberar rapidamente o botão esquerdo
do mouse.
Clicar duas vezes em Pressionar e liberar rapidamente o botão esquerdo
do mouse duas vezes, sem movê-lo.
Selecionar Posicionar o cursor sobre a opção desejada e clicar
com o botão esquerdo do mouse uma vez. Ou realçar a
opção desejada utilizando as teclas de seta e pressionar
ENTER. Ou pressionar a tecla ALT e a letra sublinhada.

Pressionar Digitar uma única tecla do teclado. Por exemplo,


pressione ENTER.
FN+(tecla apropriada) Manter pressionada a tecla FN e pressionar
(tecla apropriada).
Texto em fonte Courier em negrito
Indica os caracteres a serem digitados.

ii 72A-2244-03 Rev. A
1. Geral

Introdução aos testes da Doble


Desde 1929, os testes de perda dielétrica e de fator de potência CA têm sido
aplicados em campo ao isolamento elétrico de equipamentos de alta tensão
utilizando equipamentos de teste da Doble. Hoje, esse teste é reconhecido
como um dos métodos mais eficazes para localizar isolamentos defeituosos.
No jargão do engenheiro de manutenção de instalações elétricas, o teste da
perda dielétrica e fator de potência é freqüentemente chamado o Teste da
Doble, basicamente devido à utilização extensiva e aos recursos exclusivos
dos equipamentos de teste em campo da Doble, e também pelos métodos
de teste ordenados que têm sido desenvolvidos pela Doble Engineering
Company em cooperação com seu grupo de clientes.
Este manual descreve a operação e utilização do Analisador portátil de
isolamento tipo M4000 de 10 kV da Doble para testes de aceitação em campo

March 17, 2006


e fábrica, manutenção preventiva e testes de diagnóstico de emergência de todos
os tipos de isolamento de equipamentos de potência elétricos. Os sistemas de
isolamento de equipamentos possuem parâmetros elétricos mensuráveis, como
capacitância, perda dielétrica e fator de potência, além de outras características
menos conhecidas. Detectando alterações nessas importantes características
elétricas, é possível revelar riscos de falhas e assim, evitar a perda de serviços
permitindo o reparo ordenado ou recondicionamento de isolamentos defeituosos.
A interpretação dos resultados de testes envolve a utilização de guias baseados
em dados de teste correlacionados pela Doble para vários tipos de isolamento
de equipamentos de potência. Como o fator de potência é a relação entre a
perda dielétrica e a carga volt-ampères e, conseqüentemente, independente da
quantidade de isolamento em teste, ele é o critério mais comumente utilizado
para julgar a condição de um isolamento. Capacitância, resistência CA paralela,
perda dielétrica e corrente de carga total também são indicadores úteis de
problemas de isolamento. Comentários sobre a interpretação dos resultados
de testes podem ser encontrados nas várias seções relacionadas aos testes
de tipos específicos de equipamentos. Os guias de fator de potência e outros
critérios apresentados neste Manual de instruções têm como base os muitos
anos de estudos e experiência em campo da Doble em todos os tipos de
equipamentos.
Informações básicas complementares consideráveis e dados adicionais sobre
procedimentos e técnicas de teste podem ser encontrados nas Atas da
conferência de clientes da Doble e nos Manuais de referência da Doble.

72A-2244-03 Rev. A 1-1


Equipamentos de teste de isolamento
Os sistemas de isolamento associados a muitos tipos de equipamentos e
dispositivos de alta tensão freqüentemente consistem em uma combinação
de peças de componentes não homogêneas. Assim sendo, uma representação
esquemática completa e altamente precisa de um sistema de isolamento de
equipamentos pode ser muito complexa e difícil de compor, consistindo, talvez,
em vários elementos de resistores e capacitores dispostos de maneiras variadas.
Para fins de discussão e análise, é conveniente representar um equipamento de
isolamento por um único capacitor combinado com um único resistor. (Neste
manual, um equipamento normalmente é considerado como uma entidade
que não pode ser subdividida adicionalmente para fins de teste). O elemento
do capacitor representa a capacitância fundamental do equipamento (isto é,
sua capacidade de armazenar cargas eletricamente separadas), enquanto que
o elemento do resistor representa a perda dissipada no isolamento quando uma
tensão é aplicada. Conforme mostrado na Figura 1.1, há duas formas possíveis
de combinar um capacitor com um resistor:
March 17, 2006

Figura 1.1 Circuitos equivalentes simplificados de um equipamento


de isolamento

1-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Um equipamento de isolamento, com um determinado fator de potência


medido entre seus terminais, pode ser representado igualmente pelo Circuito
em série mostrado na Figura 1.1(a) ou pelo Circuito paralelo da Figura 1.1(b).
Fórmulas matemáticas foram derivadas para demonstrar a correlação entre a
rede em série (CS e RS) e sua contrapartida em paralelo (CP e RP). Sistemas
de isolamento de equipamentos de alta tensão são selecionados, em parte,
por suas baixas perdas dielétricas (isto é, baixo fator de potência). Para um
equipamento com fator de potência zero (isto é, sem perdas dissipadas), RS no
circuito equivalente em série é zero ohm, enquanto RP no circuito equivalente
paralelo é infinito. Portanto, para um fator de potência zero, CS é precisamente
igual a CP. Conseqüentemente, para sistemas de isolamento de equipamentos
de alta tensão com um baixo fator de potência, o CS equivalente é
essencialmente igual ao CP.
O circuito de teste do M4000 comumente vê o equipamento como uma rede
capacitor/resistor em paralelo, como mostrado na Figura 1.1(b). Esse circuito
equivalente é repetido na Figura 1.2, que mostra os vários parâmetros de
corrente com relação à tensão de teste E aplicada:

E= Tensão de teste

March 17, 2006


IT = Corrente total do equipamento
IC = Capacitiva ou quadratura da
corrente total
IR = Componente resistivo ou em fase (perda)
da corrente total
CP = Capacitância paralela equivalente
do equipamento de isolamento
RP = Resistência paralela equivalente
do equipamento de isolamento

Figura 1.2 Circuito equivalente simplificado de um dielétrico, mostrando


os vários parâmetros de corrente como uma função da tensão de teste
(rede RC paralela)

O elemento do resistor do circuito dielétrico equivalente da Figura 1.2 representa a


perda de watts (potência) dissipada no isolamento quando uma tensão é aplicada.
Na Figura 1.2, RP representa aquilo que é geralmente considerado indesejável
em um dielétrico. Deve ser reconhecido que uma certa quantidade de perda
mensurável é normal para a maioria dos dielétricos e, portanto, a existência
da perda em si não necessariamente sugere um risco operacional.

72A-2244-03 Rev. A 1-3


Em um capacitor perfeito ou sem perdas, a corrente se adianta à tensão de teste
em exatos 90°. Em um resistor perfeito, a corrente e a tensão estão exatamente
em fase. Na Figura 1.2 o capacitor CP e o resistor RP são considerados perfeitos.
A Figura 1.3 mostra o relacionamento entre os vários vetores de corrente e a
tensão de teste E:

Figura 1.3 Componentes vetoriais da tensão de teste e da correntes


em um circuito R/C paralelo
March 17, 2006

Em um circuito elétrico com uma tensão CA aplicada:

Watts = E x IT x Co-seno de Θ
O ângulo Θ, mostrado na Figura 1.3, representa o ângulo de fase entre a tensão
de teste E aplicada nos terminais do equipamento dielétrico e a corrente total IT
atraída por ela. O co-seno do ângulo Θ é, por definição, o fator de potência.
Portanto:

Fator de potência = Co-seno de Θ = Watts


E x IT

Modos de teste do Analisador M4000


Para facilitar a compreensão da operação do Analisador M4000, é importante
considerar as posições relativas da fonte de potência (isto é, o enrolamento
de 10 kV do transformador de alta tensão do M4000), o circuito de medição e
o equipamento, com relação ao aterramento de teste e ao(s) cabo(s) de baixa
tensão (BT). O M4000 é capaz de utilizar dois cabos de BT simultaneamente.
Na Figura 1.4 até a Figura 1.10 são mostradas as três configurações básicas de
circuitos de teste; GST-TERRA (GROUND), GST-GUARD e UST-MEDIÇÃO:

1-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Modo GST (Teste de equipamento aterrado)


Com o Analisador M4000 em GST-TERRA (GROUND) (V,A), Figura 1.4,
os cabos de BT são levados ao potencial de terra. Portando, os cabos de
BT podem ser utilizados para conectar o aterramento a um terminal do
equipamento. Embora possa ser conveniente utilizar os cabos de BT como
terras, também é possível usar o terminal de aterramento do terminal de saída
do cabo de teste de alta tensão (consulte a Figura 1.11). Talvez o método mais
comum de aterramento seja simplesmente fazer a interconexão de um cabo
com garras entre a estrutura aterrada do equipamento e um terra próximo,
comum, da estação.
Modo de teste
GST-Terra (Ground)

March 17, 2006


Figura 1.4 Modo de teste GST-Terra (Ground)

Com o Analisador M4000 em GST-GUARD (V,A), Figura 1.5, ambos cabos


de BT são conectados ao circuito GUARD do teste. Compare a Figura 1.6
e a Figura 1.7 e observe que ambos são modos GST (teste de equipamento
aterrado). Ou seja, ambos os circuitos medem o isolamento entre o cabo de
teste de alta tensão e a terra. A única diferença entre a Figura 1.6 e a Figura 1.7
é a posição dos cabos de BT em relação ao circuito de medição. Na Figura 1.6,
o azul será medido e o vermelho não. E na Figura 1.7, o vermelho será medido
e o azul não. Nos dois casos, o cabo aterrado é medido e o cabo protegido não.
Em todos os três casos, o cabo de aterramento do conjunto de teste também é
medido. Observe que a conexão com o circuito GUARD do conjunto de teste
também é possível por meio do anel de proteção no terminal de saída do cabo
de teste de alta tensão (consulte a Figura 1.11).

72A-2244-03 Rev. A 1-5


Modo GST (Teste de equipamento aterrado)

Modos de teste
GST-GUARD

Figura 1.5 Modo de teste GST-GUARD vermelho azul


March 17, 2006

Figura 1.6 Modo de teste GST-GUARD vermelho

Figura 1.7 Modo de teste GST-GUARD azul

1-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Modo UST (Teste de equipamento não aterrado)


Com o Analisador M4000 em UST-MEDIÇÃO (V,A), Figura 1.8, a única
entrada para o circuito de medição é através dos cabos de BT. Observe
que o conjunto de teste GUARD e Terra (Ground) é comum no modo
UST e, portanto, a corrente e as perdas para a terra não são medidas.

March 17, 2006


Figura 1.8 Modo de teste UST-Medição vermelho azul

Figura 1.9 Modo de teste UST-Medição vermelho terra azul

72A-2244-03 Rev. A 1-7


Modo UST (Teste de equipamento não aterrado)

Figura 1.10 Modo de teste UST-Medição azul terra vermelho

Na Figura 1.8, os cabos vermelho e azul são medidos. Na Figura 1.9,


apenas o cabo vermelho é medido e na Figura 1.10 apenas o cabo azul.
March 17, 2006

1-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006

Figura 1.11 Cabo de teste de alta tensão da Doble (terminal de saída)

72A-2244-03 Rev. A 1-9


Modo UST (Teste de equipamento não aterrado)

Posicionamento do "gancho" de alta tensão


O terminal de saída do cabo de alta tensão, comumente chamado de "gancho",
inclui um anel GUARD e um anel Terra (Ground), ou terminal, que devem ser
mantidos a uma certa distância de todas as superfícies energizadas. Portanto, é
desejável que o gancho, quando conectado a um terminal, não fique pendendo
ao longo da superfície abaixo. Pode ser necessário que o cabo de alta tensão
penda sobre uma estrutura adjacente para poder manter o terminal de saída
e seus anéis GUARD e Terra (Ground) afastados da área energizada.
AVISO Nunca segure no cabo de alta tensão durante um teste! Se o cabo de alta
tensão for pendurado sobre uma estrutura adjacente para manter os
anéis GUARD e Terra (Ground) afastados da área energizada, não faça
isso sobre um terminal ou superfície que será energizada durante o teste.
March 17, 2006

Figura 1.12 Posicionamento correto do gancho de alta tensão

1-10 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Figura 1.13 Posicionamento incorreto do gancho de alta tensão

Tensões de teste

March 17, 2006


Geral
A abordagem para a realização dos testes da Doble em equipamentos de alta
tensão começa com um planejamento global esboçando as etapas necessárias
para realizar as várias medições de forma segura e eficaz. O pessoal envolvido
na operação coopera para retirar o equipamento de operação, identificando-o,
isolando-o e aterrando-o, de modo a prepará-lo para o teste. A segurança do
pessoal e do equipamento é vital. No planejamento global, os responsáveis
pela execução dos testes devem determinar previamente quais testes serão
realizados e os potenciais de teste a serem aplicados nas várias medições.
Especificamente, o engenheiro de teste deve observar os testes que
devem ser feitos a tensões reduzidas (ou seja, menos de 10 kV).
A seguir, comentários gerais sobre a seleção de tensões de teste para os
testes da Doble.
O princípio básico do teste da Doble é medir os parâmetros elétricos CA
fundamentais do isolamento (isto é, fator de potência, capacitância, perda
dielétrica, etc.), aplicando tensões de teste que são moderadas, se comparadas
com a tensão nominal de projeto do isolamento. Em seguida, com base nessas
medições, detectar alterações e anormalidades no isolamento que possam estar
associadas a umidade, calor, ionização (efeito corona), raios, distorções físicas
(como em enrolamentos de transformadores) e outros agentes destrutivos
conhecidos por reduzir a integridade dielétrica.

72A-2244-03 Rev. A 1-11


Equipamento suspeito

Equipamento suspeito
Com a devida atenção à seleção de tensões de teste apropriadas, o teste da
Doble não é destrutível, pois ele não deve provocar nenhum dano mensurável
a um isolamento passível de manutenção. Nos casos em que se saiba ou
suspeite-se de isolamentos gravemente enfraquecidos, danificados, deteriorados
ou contaminados, a aplicação de uma carga de tensão relativamente baixa pode,
em tese, ser suficiente para causar sua ruptura. Os equipamentos suspeitos de
estarem danificados devem ser sempre abordados com a concepção de que talvez
eles não possam sustentar tensões de teste normais, de rotina. Isso pode envolver:
1. Equipamentos seriamente contaminados por umidade quando em trânsito
da fábrica, da assistência técnica ou entre subestações.
2. Transformadores de potência e equipamentos relacionados que ficaram
off-line devido à operação de relés de proteção.
3. Equipamentos suspeitos de terem sido gravemente contaminados com
umidade após serem armazenados em ambientes externos por períodos
prolongados.
Ao realizar os testes da Doble em equipamentos suspeitos, o engenheiro de
March 17, 2006

testes deve fazer uma medição inicial a baixa tensão (2 kV ou menos) e aumentar
gradualmente, em incrementos, até o nível normal de teste, desde que as leituras em
tensões menores anteriores não tenham indicado algum problema. Se o Analisador
M4000 obtiver uma mensagem como "Sobrecorrente no amplificador de potência"
ao aumentar a tensão de teste, deverá ser feita uma investigação para determinar a
provável causa, antes de se reaplicar a tensão de teste. Podem existir conexões de
teste impróprias ou, possivelmente, o equipamento está defeituoso. Se, após uma
investigação, ainda persistirem dúvidas, somente tente repetir a medição a uma
tensão bem baixa.

1-12 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Testes de rotina
Geral – Equipamentos Embora as tensões nominais de equipamentos sejam baseada na tensão do
com tensão nominal sistema (isto é, a tensão nominal linha em relação à linha), a tensão de teste da
acima de 15 kV Doble é aplicada na linha em relação à terra. Equipamentos do tipo preenchido
a líquido ou seco, com tensão nominal acima da classe 15 kV (ou seja, classe
25 kV e acima), possuem tensões nominais de operação linha em relação à
terra acima de 10 kV. Analogamente, para a classe 25 kV e acima, a tensão
padrão de 10 kV geralmente é aplicada para testes.
Há certas exceções em que a tensão de teste em equipamentos com tensão
nominal de 25 kV e acima deve ser limitada a menos de 10 kV. Elas incluem
transformadores de potencial linha em relação à terra, em que o terminal
neutro tem tensão nominal reduzida, e o isolamento de derivação de buchas.
No curso da investigação de resultados questionáveis do teste da Doble em
equipamentos (tipos preenchido a óleo e seco), é desejável executar testes
a várias tensões, começando com uma tensão baixa, como 1 ou 2 kV, e,
sem seguida, aumentando, em incrementos, até a tensão máxima permitida.
Equipamentos com Equipamentos com tensão nominal de classe 15 kV e inferior exigem um

March 17, 2006


tensão nominal de comentário especial. Deve ser enfatizado que a aplicação de tensões de teste
15 kV e inferior ligeiramente acima (10% a 25%) da tensão nominal de operação linha em relação
à terra não constitui um teste destrutivo, já que o isolamento do equipamento
normalmente é projetado para suportar níveis de tensão consideravelmente mais
altos. Analogamente, para equipamentos com preenchimento a líquido da classe
15 kV, os testes globais normalmente são feitos a 10 kV, embora essa tensão possa
estar ligeiramente acima da tensão de operação nominal linha em relação à terra.
Por exemplo, para equipamentos de 13,8 kV, a tensão linha em relação à terra é
de aproximadamente 8 kV. Portanto, embora 10 kV possam ser aproximadamente
25% mais altos do que a tensão nominal linha em relação à terra, isso não é
considerado uma tensão de teste excessiva, considerando o nível de isolamento
do projeto. Sempre que surgirem dúvidas acerca das tensões de teste apropriadas
para equipamentos específicos, consulte as especificações do fabricante e os
padrões da indústria.
Para equipamentos preenchidos a líquido com tensão nominal inferior à classe
de 15 kV, a prática convencional é selecionar tensões de teste com valores
inteiros convenientes abaixo da tensão nominal linha em relação à linha do
sistema. Podem existir certas restrições, como no caso de transformadores de
potencial linha em relação à terra com uma baixa tensão nominal no terminal
neutro do enrolamento primário.

72A-2244-03 Rev. A 1-13


Testes de rotina

Equipamentos do tipo seco com tensão nominal de 15 kV ou menor são


suscetíveis a danos por efeito corona (isto é, perdas por ionização) e, portanto,
testes de rotina neste tipo de isolamento geralmente são realizados em várias
tensões. O teste inicial é executado a uma tensão de teste baixa, como 1 ou 2
kV, e continuando, algumas vezes em incrementos intermediários, até a tensão
de operação linha em relação à terra. Dependendo dos resultados de teste
obtidos até o nível de operação linha em relação à terra, testes adicionais são
executados ente 10% a 25% acima desse nível. A principal vantagem de fazer
testes adicionais a tensões mais altas em isolamentos do tipo seco da classe
15 kV (e inferior) é que as condições de efeito corona podem ser acentuadas.
Testes entre 10% a 25% acima da tensão nominal de operação linha em
relação à terra não são considerados destrutivos para isolamentos em boas
condições, já que estes são projetados para suportar níveis de tensão
consideravelmente mais altos. Bons exemplos de equipamentos que estão
sujeitos a danos por efeito corona, e para os quais são desejáveis testes em
vários níveis até e excedendo a tensão nominal da linha em relação à terra são:
disjuntores a sopro magnético, cabos, máquinas rotativas e transformadores
de instrumentos moldados.
Pára-raios Na seleção das tensões de teste apropriadas, um cuidado especial deve ser
tomado com pára-raios. Pára-raios são dispositivos não-lineares e, portanto,
March 17, 2006

para que seja possível comparar resultados entre unidades similares, é


necessário que os testes da Doble sejam realizados nas tensões prescritas.

Resumo
A decisão sobre a aplicação da tensão de teste é facilmente tomada na maioria
dos casos, já que a maior parte dos equipamentos possui tensões nominais bem
acima de 10 kV e são isolados de acordo. Pilhas de pára-raios, constituídas de
múltiplas unidades de baixa tensão, TPs com buchas neutras e o isolamento
de derivação de buchas são exemplos de equipamentos em que os testes
devem ser realizados a menos de 10 kV.
No caso de equipamentos com tensão nominal de 15 kV ou inferior,
particularmente com isolamento do tipo seco, considere incluir testes
a tensões ligeiramente superiores (10% a 25%) à tensão de operação
linha em relação à terra.
As tensões de teste sugeridas neste manual são fundamentadas em diversos
fatores, incluindo: a experiência coletiva da Doble Engineering Company e
de seu grupo de clientes, informações contidas em normas de engenharia e
informações e recomendações de fabricantes.
Além de estar familiarizado com as informações contidas neste documento e
com as recomendações específicas fornecidas para os vários equipamentos, o
engenheiro de testes deve conhecer as políticas do proprietário do equipamento
com relação às tensões de testes. Em última análise, a decisão final sobre a
aplicação das tensões de teste é dos proprietários dos equipamentos.

1-14 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Variação do fator de potência com a temperatura


Introdução
As características elétricas de praticamente todos os materiais isolantes variam
com a temperatura. Para poder comparar resultados de testes periódicos no
mesmo equipamento em diferentes temperaturas, é necessário conhecer a
maneira na qual os resultados variam com a temperatura. Em seguida, os
resultados podem ser convertidos para uma base comum de temperatura
e qualquer variação não considerada na conversão pode ser atribuída a
alterações na condição ou outras características do isolamento.
Os dados de correção de temperatura disponíveis são, no melhor das hipóteses,
médias e, portanto, estão sujeitos a erros. A magnitude do erro é minimizada
se os testes forem realizados em temperaturas próximas da temperatura de
referência de 20 °C (68 °F). Isso nem sempre é possível em campo. Portanto,
sugerimos que os testes sejam executados a qualquer que seja a temperatura
normalmente encontrada. Se fatores de potência questionáveis forem
registrados em temperaturas relativamente altas, o equipamento não deve ser
condenado, até que possa resfriar para cerca de 20 °C e novos testes sejam

March 17, 2006


executados. Isso também se aplica a equipamentos testados próximo da
temperatura de congelamento, em que uma correção grande (superior a 1,00)
pode provocar um resultado inaceitavelmente alto. Nesse caso, o equipamento
deve ser testado novamente a uma temperatura mais alta.
NOTA Como o gelo possui uma resistividade volumétrica aproximadamente
144 vezes maior do que a água, testes para detectar a presença de
umidade em isolamentos não devem ser feitos quando as temperaturas
dos equipamentos estiverem muito abaixo do ponto de congelamento.
Os resultados dos testes de fator de potência da Doble são convertidos para
uma temperatura de referência de 20 °C (68 °F) utilizando a tabulação de
multiplicadores fornecidos na tabela Correção de temperatura no final desta
seção. A tabela é utilizada da seguinte maneira:
1. Calcule o fator de potência do equipamento (por exemplo, uma bucha).
2. Determine a temperatura do equipamento de teste.
3. Obtenha o fator de correção apropriado correspondente à temperatura
do equipamento na tabela de Correção de temperatura.
4. Multiplique (1) por (3) – veja o exemplo abaixo:

72A-2244-03 Rev. A 1-15


Buchas

Exemplo
Bucha classe GK, 115 kV, da Ohio Brass Company
(1) Fator de potência calculado = 0,42%
(2) Temperatura ambiente = 30 °C
(3) Multiplicador da tabela Correção de temperatura em
30 °C = 1,11
(4) Fator de potência corrigido para 20 °C = 0,42% x 1,11 = 0,47%
NOTA As tabelas incluídas neste manual são fundamentadas em dados obtidos
em isolamentos em bom estado. Um isolamento que esteja deteriorado,
contaminado ou de alguma forma defeituoso, pode não ter o mesmo
comportamento com a temperatura como um em bom estado. Deve-se
ter prudência ao tentar corrigir para a temperatura os resultados de
testes que são obviamente anormais. Parece provável que isolamentos
contaminados ou deteriorados terão perdas e fatores de potência
desproporcionalmente mais altos em temperaturas elevadas.
A seguir, um resumo da utilização da tabela de Correção de temperatura
March 17, 2006

para os vários tipos de equipamento.

Buchas
Nem todas as buchas necessitam correção para os efeitos da temperatura no
fator de potência do isolamento. Por exemplo, as buchas de porcelana do
tipo seco, preenchidas a gás ou sólidas geralmente apresentam uma alteração
muito pequena no fator de potência na faixa de temperatura normalmente
encontrada. Já as buchas preenchidas a óleo e composto apresentam alguma
alteração no fator de potência com a temperatura, embora os efeitos da
temperatura sejam diferentes para os vários tipos. Consulte a tabela Correção
de temperatura para obter os multiplicadores de correção de temperatura para
as buchas que dispõem de dados disponíveis.
NOTA Os fatores de potência de buchas são corrigidos utilizando temperaturas
ambiente. Uma importante exceção é o caso das buchas montadas em
transformadores. Nesses equipamentos, a temperatura das buchas é
aproximada tomando-se a média entre as temperaturas ambiente e
máxima do óleo do transformador. Apenas o teste do isolamento principal
da bucha (global ou C) é corrigido para os efeitos da temperatura. Os de
colar quente e de isolamento da derivação não são corrigidos.

1-16 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Disjuntores GVO
Os fatores de potência aberto e fechado de disjuntores GVO são corrigidos
para os efeitos da temperatura exclusivamente com base no tipo da bucha
instalada no disjuntor. Em outras palavras, o fabricante e o tipo do disjuntor
GVO não são fatores na determinação da correção da temperatura para os
testes da Doble realizados nesta classe de equipamento.
É fato reconhecido que a temperatura afetará as perdas de tanque em um
disjuntor. Devido às muitas variáveis envolvidas, ainda não foi desenvolvido
um bom método quantitativo para corrigir as perdas de tanque para os efeitos
da temperatura. Em geral, sabe-se que o Índice de perda do tanque é maior
em temperaturas mais altas e esse fato deve ser levado em conta ao analisar
os resultados de testes em disjuntores (para comentários sobre o TLI [Índice
de perda de tanques], consulte Disjuntores GVO, Análise e interpretações,
Buchas e Componentes do tanque).

Transformadores de potência e distribuição preenchidos a óleo


Os fatores de potência globais de isolamento de aterramento e entre
enrolamentos de transformadores de potência preenchidos a óleo são

March 17, 2006


corrigidos para os efeitos de temperatura utilizando a temperatura indicada
no medidor de temperatura do óleo montado no tanque do transformador.
Duas curvas são recomendadas para utilização com equipamentos da Doble:
1. Curva Doble (1936) para:
Óleo e transformadores de potência preenchidos a óleo (com respiro
livre e mais antigos com conservador de óleo).
2. Curva do Comitê de transformadores da Doble (2002) para:
Transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos selado, isolados
a gás e modernos com conservadores de óleo).
Os dois conjuntos de fatores de correção para transformadores de potência
preenchidos a óleo são fornecidos na tabela Correção de temperatura, com
os títulos das colunas identificados de acordo. Informações adicionais sobre
fatores de correção de fatores de potência para transformadores de potência
preenchidos a óleo podem ser encontradas na seção Transformadores de
potência e distribuição do Manual de referência de dados de teste da Doble.

72A-2244-03 Rev. A 1-17


Reguladores de tensão preenchidos a óleo

Nos casos em que o medidor de temperatura máxima do óleo está defeituoso


ou ausente, essa temperatura deve ser aproximada. Um método para fazer uma
aproximação razoável é medir (na sombra) a temperatura do ar e a temperatura da
parede externa do tanque próximo ao nível máximo do óleo. Um termômetro
do tipo de contato seria conveniente para esta última medida. Em seguida, a
temperatura máxima do óleo é considerada como igual à temperatura da parede
do tanque mais dois terço da diferença entre a temperatura do tanque e a do ar.
Exemplo
Transformador de potência preenchido a óleo (selado, tensão nominal
de 115/13,8 kV)
Temperatura do ar = 20 °C
Temperatura da parede do tanque = 26 °C
Temperatura máxima do óleo = 26 + 2/3 (26 - 20) = 30 °C
Multiplicador da tabela Correção de temperatura a 30 °C
(Curva do Comitê de transformadores da Doble) = 0,95
Fator de potência global medido = 0,61%.
Fator de potência global corrigido para 20 °C = 0,61% X 0,95 = 0,58%
March 17, 2006

Embora não estejam disponíveis curvas de correção de temperatura específicas


para transformadores de distribuição preenchidos a óleo, os fatores de potência
globais medidos para este equipamento provavelmente deverão ser corrigidos
para os efeitos da temperatura (máxima do óleo). Até que curvas específicas
sejam desenvolvidas, sugerimos que os fatores de potência globais sejam
corrigidos utilizando a curva: Transformadores de potência preenchidos a óleo
(tipos selado, isolados a gás e modernos com conservadores de óleo até 161 kV
750 kV BID). Alguma experimentação pode indicar que alguns transformadores
de distribuição preenchidos a óleo, particularmente unidades mais antigas,
possam ser corrigidos com mais precisão para os efeitos da temperatura pela
curva: Óleo e transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos respiro
livre e tipos conservadores de oleo pré-1955).
Como observado anteriormente, o fator de potência global ou C1 do isolamento
de buchas em transformadores de potência (e de distribuição) é corrigido com
base na média entre as temperaturas ambiente e máxima do óleo.

Reguladores de tensão preenchidos a óleo


Devem ser considerados os efeitos da temperatura no fator de potência global
do isolamento de reguladores de alta tensão. Enquanto não houver dados para
fabricantes e tipos específicos de reguladores de baixa tensão, sugerimos que a
curva Óleo e transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos respiro
livre e tipos conservadores de oleo pré-1955) seja utilizada para unidades
preenchidas a óleo.

1-18 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformadores de instrumentos preenchidos a óleo e combinações TP/TC


Os fatores de potência globais medidos de transformadores de instrumento
preenchidos a óleo são convertidos para 20 °C, utilizando os multiplicadores
relacionados na tabela Correção de temperatura em Transformadores de
instrumentos preenchidos a óleo, correspondente à temperatura máxima
do óleo. Estes multiplicadores são utilizados da mesma maneira descrita
para os transformadores de potência preenchidos a óleo.
Sugerimos que, para os modernos TPs e TCs a óleo com tensão nominal
de 220 kV ou superior, pode ser mais apropriado corrigir para temperatura
utilizando a curva de transformador de potência identificada como:
Transformadores finos preenchidos a óleo (tipos selado, isolados a gás
e com conservadores modernos).
Se a temperatura máxima do óleo não estiver disponível diretamente, ela pode
ser aproximada utilizando o método descrito para transformadores de potência
preenchidos a óleo. A experiência indica que, a não ser que haja uma repentina
alteração na temperatura ambiente que provoque uma diferença na temperatura
do óleo do transformador, outra aproximação razoável é considerar que a
temperatura máxima do óleo e a do ar são as mesmas.

March 17, 2006


Transformadores preenchidos a ascarel
Os resultados dos testes para estes transformadores são corrigidos para
os efeitos de temperatura da mesma maneira descrita para transformadores
de potência preenchidos a óleo. Os fatores de potência globais de todos
os transformadores preenchidos a ascarel são corrigidos utilizando os
multiplicadores relacionados na coluna Ascarel e transformadores
preenchidos a ascarel na tabela Correção de temperatura.

Líquidos isolantes (óleo e ascarel)


Os fatores de potência medidos para amostras óleo e ascarel isolantes são
convertidos para 20 °C utilizando os multiplicadores relacionados na tabela
em Óleo e transformadores finos preenchidos a óleo (tipos respiro livre e tipos
conservadores de oleo pré-1955) e Ascarel e transformadores preenchidos a
ascarel, respectivamente, e correspondentes à temperatura registrada em um
termômetro do tipo imersão após o teste na amostra.

72A-2244-03 Rev. A 1-19


Transformadores de potência e distribuição do tipo seco

Exemplo
Amostra de óleo
Temperatura da amostra = 30 °C
Multiplicador da tabela Correção de temperatura a 30 °C = 0,63
Fator de potência medido = 0,28%
Fator de potência corrigido para 20 °C = 0,63 x 0,28 = 0,18%
Embora relativamente completa, a tabela Correção de temperatura não inclui
multiplicadores para conversão de fatores de potência de todos os isolamentos
de equipamentos que são testados atualmente. Isso se deve, em alguns casos,
à falta de dados suficientes sobre os efeitos da temperatura no tipo específico
de isolamento e, em outros casos, à experiência que indica que os efeitos da
temperatura são desprezíveis na faixa de temperaturas encontradas em campo.
Alguns desses são abordados rapidamente a seguir.

Transformadores de potência e distribuição do tipo seco


Devem ser considerados os efeitos da temperatura no fator de potência do
isolamento de transformadores de potência e distribuição do tipo seco. Faltam
March 17, 2006

dados para fabricantes e tipos específicos de transformadores do tipo seco.

Disjuntores a sopro magnético e a ar de baixa tensão


A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que
estes equipamentos são testados apenas uma pequena correção de temperatura,
se alguma, é necessária.

Chaves de óleo, religadores e seccionadores


A experiência até esta data indica que não é necessário corrigir as medições de
perda dielétrica e fator de potência para a faixa de temperaturas normalmente
encontrada para estes equipamentos.

Disjuntores a vácuo e religadores


A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que
estes equipamentos são testados apenas uma pequena correção de temperatura,
se alguma, é necessária.

1-20 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Cabos
Os multiplicadores para isolamentos de cabos não estão relacionados
na tabela Correção de temperatura. Isso não é uma omissão séria no
caso dos modernos isolamentos de cabos, que geralmente apresentam
uma característica relativamente constante de fator de potência versus
temperatura na faixa normal de temperaturas de operação.

Testes de colares
A experiência indica que os efeitos da temperatura nos resultados dos testes
de colares quentes podem ser desprezados, sem prejudicar a capacidade do
teste de detectar falhas em buchas, terminais e isolamentos.

Capacitores de gradiente e contato (para disjuntores)


A correção dos efeitos da temperatura pode ser necessária em certos tipos
e tensões nominais de capacitores de gradiente e contato em disjuntores de
AT e EAT. Informações sobre tipos específicos podem ser encontradas na
seção Disjuntores do Manual de referência de dados de teste da Doble.

March 17, 2006


TPs capacitivos
A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que
estes capacitores são testados apenas uma pequena correção de temperatura,
se alguma, é necessária.

Isoladores de porcelana, componentes de madeira e buchas de porcelana do tipo seco


A experiência indica que os efeitos da temperatura nos resultados dos testes
de perda dielétrica e fator de potência podem ser desprezados, sem prejudicar
a capacidade do teste de detectar falhas em isoladores de porcelana, buchas
de porcelana do tipo seco e componentes de madeira.

Máquinas rotativas
Os testes no isolamento de máquinas rotativas normalmente são executados em
ambientes internos ou próximos à temperatura ambiente. A experiência até esta
data indica que na faixa normal de temperaturas em que estes equipamentos são
testados apenas uma pequena correção de temperatura é necessária.

Pára-raios
A experiência até esta data indica que na faixa normal de temperaturas em que
os pára-raios são testados apenas uma pequena correção de temperatura, se
alguma, é necessária.

72A-2244-03 Rev. A 1-21


Pára-raios
March 17, 2006

Figura 1.14 Tabela de multiplicadores – Tabela 1 de 4

1-22 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006

Figura 1.15 Tabela de multiplicadores – Tabela 2 de 4

72A-2244-03 Rev. A 1-23


Pára-raios
March 17, 2006

Figura 1.16 Tabela de multiplicadores – Tabela 3 de 4

1-24 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006

Figura 1.17 Tabela de multiplicadores – Tabela 4 de 4

72A-2244-03 Rev. A 1-25


Introdução

Escoamento superficial
Introdução
O teste da Doble é uma ferramenta de diagnóstico de pesquisa para avaliação
da condição de isolamento. É um conceito fundamental que alterações na
qualidade do isolamento (qualquer que seja o motivo ou a causa) resultam
em alterações mensuráveis em uma ou mais das características elétricas de
um sistema de isolamento, tal como perda dielétrica, capacitância e fator de
potência. Portanto, com a medição periódica desses importantes parâmetros
elétricos, as alterações na integridade do isolamento são reveladas. (Este
conceito supõe que não há variáveis que possam distorcer a análise).
Infelizmente, nem sempre os testes da Doble podem ser feitos rotineiramente
nas condições normalmente mais preferidas, já que o equipamento está localizado
externamente. Há duas variáveis ambientais que não podem ser facilmente
controladas, que são a temperatura e a umidade (também a umidade combinada
com poluentes do ar).
Os efeitos da temperatura podem ser, até certo grau, considerados submetendo
as amostras dos materiais ou sistemas isolantes a variações de temperatura
March 17, 2006

controladas e, em seguida, medindo as alterações nas características elétricas.


Dessa maneira, as tabelas de correção de temperatura podem ser derivadas.
Este assunto é abordado em mais detalhes nesta seção em "Variação do fator
de potência com a temperatura" na página 1-15. Por outro lado, os efeitos da
umidade são mais difíceis de considerar, pois nos testes da Doble, por sua vez,
eles estão relacionados a outras variáveis como:
• Medição UST x GST Exceto em condições extremas, o escoamento
superficial para a terra tem um efeito mínimo nos testes executados
no modo UST. Portanto, embora os testes globais nos equipamentos
possam ser influenciados pelo escoamento superficial nas buchas,
a medição UST no isolamento C das buchas não será afetada
significativamente. Consulte "Buchas" na página 1-16.
• A influência do escoamento superficial pode ser desprezível ao testar
um equipamento de grande capacitância (como um transformador de
potência), já que as perdas "normais" do equipamento podem ser bem
altas em comparação às perdas por escoamento superficial. Por outro
lado, o mesmo grau de escoamento superficial pode ser significativo
para um equipamento de baixa perda, como um pára-raios ou bucha.

1-26 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

• Transformadores de potência, devido ao calor que geram, são


capazes de dissipar a umidade de superfície mais eficientemente do
que equipamentos que não operam a temperaturas significativamente
acima da ambiente. Observe que a umidade atmosférica não se
condensará em superfícies mais aquecidas tão rapidamente quanto
nas mais frias.
• Uma umidade moderada de superfície pode não ser um problema para
o teste se a superfície do equipamento estiver limpa. As perdas de
superfície podem ser significativamente maiores se, além da umidade,
a superfície estiver suja com fuligem, cinzas, pó de pedra, etc.
• Equipamentos fisicamente menores podem ser mais afetados pelo
escoamento superficial. Por exemplo, ao testar duas buchas de
diferentes tensões nominais, as perdas por escoamento superficial
podem não ser tão altas na bucha de maior dimensão, pois a mesma
tensão de teste é aplicada ao longo de um caminho de fuga maior.
Portanto, não é possível desenvolver fatores de correção que levem em
conta os efeitos do escoamento superficial e da umidade. As seguintes
diretrizes gerais podem ser utilizadas para descrever a umidade relativa:

March 17, 2006


• Abaixo de 50% – Baixa
• 50% a 70% – Média
• Acima de 70% – Alta
O engenheiro de testes deve reconhecer os efeitos do escoamento superficial
(devido a umidade, sujeira, etc.) e ser capaz de lidar razoavelmente com
as várias situações que podem surgir. Alguns casos podem ser tratados com
relativa facilidade, com pouco ou nenhum estudo ou esforço para o controle
do escoamento superficial. Outros podem exigir um pequeno esforço extra
para produzir bons resultados de teste. Deve também ser reconhecido que
haverá situações em que será melhor adiar os testes para outro dia.
Há duas abordagens básicas para minimizar os efeitos do escoamento superficial:
1. Limpar e secar as superfícies externas expostas (normalmente porcelana)
para reduzir as perdas.
2. Empregar colares GUARD para desviar as correntes de escoamento
superficial indesejáveis do circuito de medição.
Fica aparente que uma combinação de ambas as abordagens será a mais eficaz.

72A-2244-03 Rev. A 1-27


Limpeza da superfície

Limpeza da superfície
Limpar com um pano limpo e seco uma superfície de porcelana úmida/suja pode
ser eficaz, desde que a quantidade dessa contaminação não seja muito grande.
Às vezes, a limpeza da superfície simplesmente espalha a contaminação e pode
até aumentar as perdas de superfície. Nesses casos, pode ser necessário aplicar
uma cera à base de silicone, cera sólida ou graxa (após a remoção da sujeira da
superfície) para romper os caminhos condutivos.
Solventes podem ser usados para ajudar a limpar superfícies manchadas
ou incrustadas com partículas de materiais como sujeira, fuligem, etc. Após
evaporação, os solventes tendem a resfriar uma superfície da porcelana e isso,
por sua vez, pode aumentar a condensação de umidade. Portanto, solventes
não devem ser usados onde o problema for apenas de condensação da umidade.
Calor é um excelente método para reduzir o escoamento superficial devido a
umidade. Lâmpadas infravermelhas e exaustores de ar quente foram utilizados
com sucesso. Nos casos particulares dos testes de colar quente e três eletrodos,
ou outros testes que envolvam caminhos de fuga relativamente curtos entre
os eletrodos energizados e de medição, a aplicação de calor por um período
de tempo relativamente curto normalmente é tudo que é necessário para
March 17, 2006

elevar a temperatura da superfície e secá-la durante um tempo suficiente


para que seja feito um bom teste.

1-28 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Colares GUARD
Os colares GUARD (individualmente ou em conjunto com a limpeza da
superfície) são um método muito eficaz de lidar com o escoamento superficial.
O princípio básico da utilização de colares GUARD é colocá-los muito próximos
(mas não tocando) ao terminal de baixa tensão do equipamento. Observe que para
o teste GST (teste de equipamento aterrado), o terminal de baixa tensão é aterrado
(consulte a Figura 1.18a). Para uma medição UST (Figura 1.18b) o colar GUARD
é aterrado. Os colares condutores de borracha fornecidos com os conjuntos de
teste da Doble são apropriados para utilização como colares GUARD. Eletrodos
de outros materiais condutivos (como laminados de alumínio ou fio de cobre
trançado) podem ser fabricados para esta aplicação.

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Figura 1.18 Aplicação de colares GUARD de superfície

* Conecte ao terminal GUARD ao terminal de saída do cabo de alta tensão


ou ao cabo de BT no modo PROTEÇÃO.
** Faça uma conexão com o aterramento de teste ou conecte ao terminal
de aterramento ou ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de
alta tensão.

72A-2244-03 Rev. A 1-29


Colares GUARD

A Figura 1.19 ilustra a utilização do colar GUARD ao realizar um teste global


em um equipamento conectado por meio de uma bucha. Os colares GUARD,
quando necessários, devem ser colocados em todas as buchas energizadas.
Por exemplo, com relação aos disjuntores GVO, os colares GUARD são
colocados em ambas buchas do tanque para o teste de disjuntor fechado.
March 17, 2006

Figura 1.19 Aplicação GUARD de superfície para testes globais de buchas

* Conecte ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de alta tensão


ou ao cabo de BT no modo GUARD.

1-30 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A Figura 1.20 ilustra a utilização de colares GUARD para testes de colar


quente em buchas e terminais.

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Figura 1.20 Aplicação de colares GUARD para testes de colar quente
em buchas e terminais

* Conecte ao terminal GUARD ao terminal de saída do cabo de alta tensão


ou ao cabo de BT no modo GUARD.
** Faça uma conexão com o aterramento de teste ou conecte ao terminal
de aterramento ou ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de
alta tensão.

72A-2244-03 Rev. A 1-31


Colares GUARD

Barramento e isoladores conectados


O testes da Doble em equipamentos não devem ser executados com o barramento
e os isoladores conectados aos terminais do equipamento, se seus efeitos não
puderem ser isolados. Em alguns casos, a decisão pode ser a de deixar uma seção
relativamente curta do barramento conectada. Isso pode ser indesejável, pois
o barramento e os isoladores conectados contribuem com correntes de carga e
perdas para a medição e, assim, podem reduzir significativamente a sensibilidade
do teste e mascarar defeitos incipientes no equipamento sendo testado.
Em alguns casos, em que for desejável que os barramentos e isoladores
permaneçam conectados ao equipamento em teste, o efeito da corrente de
carga e das perdas nos isoladores conectados pode ser minimizado com a
utilização de uma conexão GUARD, conforme mostrado na Figura 1.21
e na Figura 1.22.
March 17, 2006

Figura 1.21 Aplicação do colar GUARD para pilhas de um isolador

* Conecte ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de alta tensão


ou ao cabo de BT no modo GUARD.

1-32 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Figura 1.22 Aplicação do cabo de BT para pilhas de múltiplos isoladores

* Conecte ao cabo de BT no modo GUARD.

Barramento conectado e DTA

March 17, 2006


O DTA sempre permitiu testes com barramento conectado. Os disjuntores
GVO e de tanque vivo SF6 possuem colunas na folha de teste global para
inserir informações sobre barramentos conectados que não possam ter a
proteção desligada, de modo a ajudar a explicar as alterações na corrente
de carga e no fator de potência percentual que o barramento causará.
Mas, para obter os melhores resultados, o barramento que não possa
ser protegido deve ser desconectado sempre que possível.
Utilizar o circuito GUARD é uma forma conveniente de testar transformadores
de corrente autônomos sem desconectá-los do barramento e para testar disjuntores
de tanque vivo sem desconectar o TC autônomo. Se estiver utilizando o DTA,
talvez seja necessário modificar os circuitos de teste normais. Por exemplo, o teste
normal para um TC é o circuito GST-Terra (Ground). Se a chave de desconexão
adjacente e o disjuntor de tanque vivo forem deixados conectados, eles terão
que ser guardados por meio dos cabos de baixa tensão e/ou colares quentes e os
circuitos GST-GUARD terão que ser utilizados. Para obter mais detalhes, consulte
"Testes possibilitados pelo M4000" na página 4-32 e "Teste de um TC autônomo
sem desconexão da chave ou do disjuntor conectado" na página 5-37.

72A-2244-03 Rev. A 1-33


Desconexão do barramento

Desconexão do barramento
Para certas aplicações, particularmente em equipamentos EAT e UAT que
envolvem a utilização de seções longas e pesadas de barramento, deve-se
dar atenção especial a fornecer meios razoáveis para desconectar o barramento
dos terminais do equipamento. Um método é instalar terminais de teste
semelhantes ao mostrado na Figura 1.23. A utilização de terminais deste tipo
reduz enormemente o tempo de teste, minimiza os efeitos da interferência
eletrostática e aumenta a segurança, por permitir que o trabalho e os testes
sejam executados entre os aterramentos.
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Figura 1.23 Utilização de terminais de teste

* Conecte ao terminal GUARD no terminal de saída do cabo de alta tensão


ou ao cabo de BT no modo GUARD.

1-34 72A-2244-03 Rev. A


2. Utilização de um ressonador

March 17, 2006


Figura 2.1 O ressonador da Doble

O Indutor ressonante tipo C da Doble é um reator com núcleo de ferro e um


entreferro de ar ajustável, com capacidade de capacitâncias ressonantes na
faixa de 0,05 a 1,0 microfarad a 60 Hz e na faixa de 0,07 a 1,4 microfarad a
50 Hz. Ele é projetado para ampliar a faixa de corrente dos Conjuntos de teste
de fator de potência de 10 kV da Doble até 4 A, considerando um equipamento
sem perdas a tensões de até 10 kV. Ele amplia a utilização do conjunto para
testar cabos relativamente longos, máquinas rotativas de grande porte e outros
equipamentos de alta capacitância. A faixa final do ressonador depende não
apenas da capacitância do equipamento, mas também das perdas totais do
equipamento em teste.
NOTA É possível utilizar diversos ressonadores em conjunto para permitir
o teste de equipamentos ainda maiores.

72A-2244-03 Rev. A 2-1


Figura 2.2 Conjunto de teste de fator de potência e Indutor ressonante tipo C

O ressonador, mostrado esquematicamente na Figura 2.3, é acondicionado em


uma carcaça de metal que mede 60,96 x 43,18 x 38,1 cm (24 x 17 x 15 pol)
e pesa aproximadamente 83,9 kg (185 libras).
NOTA L ajustável de 7 a 140 Henries a 60 Hz.
Botão do contador calibrado de acordo com a tabela de calibração
fornecida com cada unidade.
Aterramento do chassi do ressonador conectado ao cabo de aterramento
de teste por meio da blindagem do cabo ou do cabo de aterramento de
teste externo.
March 17, 2006

Figura 2.3 Representação esquemática do Indutor ressonante tipo C

2-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento operacional do Indutor ressonante tipo C


O ressonador é conectado ao Instrumento M4100 por meio de um cabo jumper
de 2,43 m e 10 kV. O cabo de teste normal de 10 kV é conectado entre o
ressonador e o equipamento de teste. As tomadas dos cabos estão localizadas
na parte posterior da carcaça do ressonador e podem ser utilizadas de forma
intercambiável (consulte a Figura 2.3).
O ressonador é equipado com um dispositivo de grampo de núcleo para
reduzir o nível de ruído durante sua utilização e, o mais importante, minimizar
a vibração. Uma chave especial para controle de velocidade é fornecida para
utilização com o dispositivo de grampo e na regulagem do ressonador. O
ajuste dos grampos está localizado na face vertical frontal do ressonador,
enquanto que o controle de regulagem está localizado no painel superior.
Girar o dispositivo de grampo aproximadamente 180° no sentido anti-horário
ou horário destrava ou trava o núcleo, respectivamente.
Se a corrente de carga equivalente a 10 kV do equipamento de teste for
conhecida, o ressonador pode ser configurado aproximadamente ajustando
o controle de regulagem até que o ajuste do contador corresponda à essa
corrente. Há uma tabela de referência no painel do ressonador que relaciona

March 17, 2006


a leitura aproximada do contador à corrente do equipamento.
A regulagem precisa do ressonador é obtida girando o controle de regulagem
até que a corrente proveniente da alimentação de 120 V seja mínima. Para
fazer isso no modo de teste Formulário modelo, siga este procedimento:
1. Ajuste o teste para Reversão do sincronismo de linha (na coluna LC,
selecione C).
2. Conecte o M4000, o ressonador e o equipamento conforme mostrado
na Figura 2.2.
3. No menu "Ferramentas/Configuração" do M4000, selecione a guia "Sistema".
4. Configure o M4000 com o modo Rampa "Tensão manual".
NOTA Não aumente a tensão de teste além do limite permitido para o
equipamento conectado.
5. Destrave o núcleo do ressonador.
6. Aumente a tensão de teste para cerca de 2 kV utilizando as teclas Page Up
(rápido) ou a de seta para cima (lento).
7. Observe a "corrente de entrada" na caixa "Resultados do teste".
8. Regule o ressonador até que a corrente de entrada do M4000 atinja
o valor mínimo.

72A-2244-03 Rev. A 2-3


9. Para fazer o ajuste fino, aumente a tensão até a tensão de teste final,
ou até o mais próximo possível dela, e repita as etapas 7 e 8.
10. Trave novamente o núcleo do ressonador.
11. Reduza a tensão. O ressonador está regulado e você está pronto para
digitar as informações na linha do formulário modelo sendo utilizado
para o teste.
12. Ao preencher a linha do formulário modelo antes de iniciar o teste,
lembre-se de selecionar uma das opções de "Reversão do sincronismo
de linha", C ou F, na coluna LC (Configuração da linha). Para obter
uma descrição de todas as opções de configuração de linha, consulte
o "Glossário" na opção "Conteúdo" do menu Ajuda do M4000.
13. Ao concluir a utilização do ressonador, recomendamos retornar a
Ferramentas/Configuração e reativar as configurações originais do
M4000, Modo rampa "Tensão de AutoRampa" em Sistema Configuração.
Como as altas correntes envolvidas exigem a utilização do ressonador, o cabo
de alimentação de 120 V do M4100 deve ter um fio de calibre relativamente
largo para minimizar a queda da tensão da linha.
March 17, 2006

Descrição geral do acoplamento tipo C-1 - Procedimento de teste RIV


NOTA Recomendado apenas para o M2H.

As medições da RIV (Tensão com influência de rádio) podem ser úteis para
detectar o efeito corona em todos os tipos de sistemas de isolamento. Uma das
aplicações mais comuns da RIV está relacionada ao isolamento de máquinas
rotativas. O acoplamento da RIV na Figura 2.4 permite acoplar o medidor
de ruídos de rádio ao equipamento com a tensão de teste CA fornecida pelo
conjunto de teste (consulte o Guia do ANSI C68.3- e a Norma IEEE 454,
"Prática recomendada pelo IEEE para a detecção e medição de descargas
parciais [efeito corona] durante testes dielétricos"). O método normalmente
empregado detecta descargas parciais na faixa de 1 MHz. Embora alguns
medidores de ruído de rádio utilizem um gerador de ruídos com diodos para
produzir os sinais de referência, também é viável utilizar um receptor de rádio
em conjunto com um gerador de sinais padrão. O gerador de sinais deve
ser capaz de emitir um sinal de aproximadamente 1 MHz, 50% modulado
a 400 Hz, com uma saída medida e ajustável entre 1 e 100.000 microvolts.

2-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A Figura 2.4 é uma representação esquemática do conjunto de teste


completo com ressonador e rede de acoplamento (isto é, acoplamento de
RIV) configurado para medições de RIV (Tensão com influência de rádio).
Observe que os três componentes estão configurados fisicamente em série
por meio de dois cabos jumper blindados fornecidos com o equipamento.
Um dos cabos está conectado entre o Instrumento M4100 e o ressonador.
O outro está conectado entre o ressonador e o terminal do acoplamento de
RIV identificado como "TRANSFORMADOR". Um cabo padrão de 18,2 m
(60 pés) é utilizado entre o equipamento e o terminal do acoplamento
de RIV identificado como "EQUIPAMENTO".
Para equipamentos de baixa capacitância, quando o ressonador não é utilizado,
a conexão é feita diretamente do Instrumento M4100 até o terminal do
acoplamento de RIV identificado como "TRANSFORMADOR".
A conexão entre o acoplamento de RIV e o medidor de ruídos de rádio utilizado
para fazer as medições de RIV é feita por meio de um único cabo de circuito e
um plugue de telefone conectado à tomada identificada como "DETECTOR" na
parte frontal do acoplamento. Um aterramento comum separado deve ser instalado
da carcaça do transformador M2H até o terminal de aterramento do medidor de

March 17, 2006


ruídos de rádio. Para minimizar os efeitos de derivação no medidor de ruídos de
rádio, a capacitância entre o cabo de medição de RIV e o aterramento deve ser
baixa. Portanto, a utilização de um cabo comum de dois condutores ou de um
cabo de condutor único blindado não é recomendada entre o acoplamento de
RIV e o medidor de ruídos de rádio.
Observe que o circuito na Figura 2.4 é configurado de forma que, quando
o plugue de telefone é removido do acoplamento, o terminal inferior do TP
capacitivo é conectado ao circuito GUARD do teste. Dessa forma, o acoplamento
pode permanecer conectado para testes de fator de potência. O plugue de telefone
deve ser removido ou a corrente e as perdas do capacitor serão incluídas na
medição. Observe que se o plugue de telefone (isto é, o medidor de ruídos de
rádio) permanecer conectado, o acoplamento adiciona apenas uma pequena
perda de watts à medição sendo feita. Apesar da blindagem, ocorre a medição de
uma pequena quantidade de correntes capacitivas parasitas. As correntes parasitas
(a 10 kV) podem ser medidas com o acoplamento conectado para o teste, mas sem
equipamento conectado. Para equipamentos de baixa capacitância, essa corrente
pode ser subtraída antes do cálculo do fator de potência, se ela for mensurável
em comparação com a corrente do equipamento.

72A-2244-03 Rev. A 2-5


O acoplamento RIV é
acondicionado em uma
carcaça de metal que mede
23,49 x 36,83 x 29,21 cm
(9,25 x 14,5 x 11,5 pol)
e pesa aproximadamente
11 kg (25 libras).
March 17, 2006

Figura 2.4 Configuração do acoplamento para medições de RIV com


conjuntos de teste de 10 kV

NOTA Quando o plugue de telefone não está conectado à caixa de acoplamento,


o terminal inferior do TP capacitivo é conectado ao circuito GUARD
do teste. Quando o plugue de telefone é inserido na tomada, a conexão
GUARD do terminal inferior do TP capacitivo é removida e é aplicado
aterramento à extremidade inferior do resistor de 600 Ohms por meio
do corpo do plugue de telefone.

2-6 72A-2244-03 Rev. A


3. Buchas

Introdução
A principal função de uma bucha é fornecer uma entrada isolada para um
condutor energizado inserido no tanque ou câmara de um equipamento.
Uma bucha também pode ser utilizada como suporte para outras peças
energizadas do equipamento.
As buchas podem ser classificadas de um modo geral por seu projeto, como
mostrado a seguir (informações sobre a construção de tipos específicos de
buchas estão incluídas no Guia de testes em campo de buchas da Doble
(Doble Bushing Field-Test Guide)):
Tipo condensador:
• Isolamento via papel impregnado com óleo, com camadas condutivas
(condensadores) intercaladas ou isolamento via papel impregnado
com óleo, enrolado continuamente com camadas entrelaçadas de
papel revestido.

March 17, 2006


• Isolamento via papel prensado com resina, com camadas condutivas
(condensadores) intercaladas.
Tipo não-condensador:
• Núcleo sólido ou camadas alternadas de isolamento sólido ou líquido.
• Massa sólida de material isolante homogêneo (por exemplo,
porcelana sólida).
• Preenchidos a gás.
Para buchas de uso externo, o isolamento primário é contido em uma carcaça
resistente a intempéries, normalmente porcelana. O espaço entre o isolamento
primário e o abrigo contra intempéries normalmente é preenchido com óleo
ou um composto isolante (também são usados plástico e espuma). Alguns
dos tipos homogêneos sólidos podem usar óleo para preencher o espaço entre
o condutor e a parede interna do abrigo contra intempéries. As buchas também
podem usar gás, como o SF6, como um meio isolante entre o condutor central
e o abrigo contra intempéries externo.
As buchas podem ser classificadas adicionalmente, de um modo geral, como
sendo equipadas ou não com uma derivação de potencial ou derivação ou
eletrodo de teste de fator de potência.
NOTA As derivações de "potencial" também são chamadas de derivações de
"capacitância" ou de "tensão".

72A-2244-03 Rev. A 3-1


Figura 3.1 Adaptadores de derivação de potencial de buchas
March 17, 2006

Buchas sem uma derivação de potencial ou derivação de fator de potência


são dispositivos de dois terminais, e geralmente são testadas de forma global
(condutor central ao flange) pelo método GST. Se a bucha estiver instalada no
equipamento, por exemplo, um disjuntor, a medição GST global incluirá todos
os componentes isolantes conectados e energizados entre o condutor e a terra.
Uma bucha do tipo condensador essencialmente é uma série de capacitores
concêntricos entre o condutor central e a luva de aterramento ou o flange de
montagem. Uma camada condutiva próxima à luva de aterramento pode ter
uma derivação e ser levada para um terminal de derivação, para proporcionar
um equipamento de três terminais. A bucha com derivação é essencialmente
um divisor de tensão e, em projetos de alta tensão, o potencial de derivação
pode ser utilizado para fornecer um dispositivo de potencial de bucha para
relés e outras finalidades. Neste projeto, a derivação de potencial também
atua como um terminal de teste de fator de potência de baixa tensão para o
isolamento principal da bucha, C1. Consulte a Figura 3.2.

3-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006


Figura 3.2 Projeto típico de buchas tipo condensador

72A-2244-03 Rev. A 3-3


As buchas modernas com tensão nominal acima de 69 kV normalmente
são equipadas com derivações de potencial. As buchas com tensão nominal
de 69 kV ou inferior também podem ser equipadas com derivações de fator
de potência. No projeto da derivação do fator de potência, a camada de
aterramento do núcleo da bucha possui derivação e é terminada na forma de
uma bucha miniatura no flange de montagem da bucha principal. A derivação
é conectada ao flange de montagem aterrado por um parafuso prisioneiro
na carcaça da bucha miniatura. Com a tampa de aterramento removida,
o terminal de derivação fica disponível como um terminal de baixa tensão
para uma medição UST no isolamento da bucha principal, condutor C1
para a camada com derivação.
Em alguns projetos de buchas (IEEE Tipo B), tais como certas buchas do
tipo "O" da Westinghouse Electric Corporation, por exemplo, a camada
com derivação é levada para dentro de um compartimento preenchido a
óleo. A derivação de potencial pode permanecer desconectada em serviço.
Uma sonda especial é inserida através de um orifício de entrada de óleo
para fazer contato com a camada com derivação, permitindo a medição UST.
Podem haver modificações no princípio da derivação do fator de potência.
March 17, 2006

Por exemplo, as buchas foram projetadas com flanges de montagem que


podem ser temporariamente isolados da terra para medições UST.
Uma bucha é um dispositivo relativamente simples e a Doble Engineering
Company, em cooperação com seus clientes, desenvolveu técnicas de teste
em campo para facilitar a detecção de isolamentos defeituosos, deteriorados,
contaminados ou de alguma forma danificados. Os vários tipos de testes da
Doble aplicáveis às buchas podem ser resumidos como mostrado a seguir:
• Global (condutor central ao flange).
• Teste de equipamento não aterrado, ou UST (condutor central
à derivação), C1.
• Teste UST invertido (derivação ao condutor central, C1).
• GUARD frio (condutor central ao flange).
• Teste de isolamento da derivação (derivação ao flange, C2).
• Teste alternativo C2: C1 e C2 em paralelo.
• Testes de colares (colar aplicado externamente ao condutor central).

3-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tensões de teste
A seguir, um resumo das tensões de teste recomendadas pela Doble para
vários testes de buchas:

Teste global e não aterrado-Teste de equipamento (UST) em


C1 (condutor central energizado)
1. Para buchas com tensão nominal acima da classe de isolamento 8,7 kV,
testar a 10 kV.
2. Para buchas com tensão nominal da classe 8,7 kV ou inferior, testar com
uma tensão conveniente que seja menor ou igual à tensão nominal da placa
de identificação da bucha. Por exemplo, a lista a seguir mostra as tensões
de teste recomendadas para diversos valores de baixa tensão nominal:

Tensão nominal da bucha (kV) Tensão de teste recomendada (kV)


8,7 5
5,0 5

March 17, 2006


4,3 2
1,2 1

NOTA As tensões de teste recomendadas neste documento para o teste global


e o teste UST (equipamento não aterrado) se aplicam tanto a buchas
sobressalentes quanto às instaladas em equipamentos. Para buchas
instaladas em equipamentos, podem ocorrer circunstâncias incomuns
em que a tensão nominal de uma bucha (ou buchas) é superior à tensão
nominal do terminal do equipamento ao qual está conectada. (Isso pode
envolver o terminal neutro do enrolamento de um transformador). Nesses
casos, embora raros, a tensão de teste normal para os testes globais e UST
de buchas pode ter que ser reduzida para o valor que pode ser aplicado
nos testes globais do próprio equipamento. Sobre esse assunto, consulte
os comentário em Tensões de teste para o aparelho específico.

Teste GUARD frio


Para buchas de transformador com cabo de engate.
Limite a 500 volts, ou menos, pois o isolamento entre o condutor central da
bucha e o condutor do cabo de engate pode ser de baixa qualidade ou possuir
baixa resistência dielétrica.

72A-2244-03 Rev. A 3-5


Teste de isolamento da derivação e teste invertido de equipamento não aterrado

Teste de isolamento da derivação e teste invertido de equipamento não aterrado


1. Derivações de potencial (capacitância) [buchas com tensão nominal acima
de 69 kV] – Teste a 2 kV. Se for desejado um potencial de teste maior, a
tensão máxima permitida de 5 kV deve ser considerada, a não ser que se
saiba que a derivação admite uma tensão maior.
2. Derivações de fator de potência (buchas com tensão nominal de 69 kV ou
inferior) – As derivações de fator de potência das buchas são energizadas
para teste a 500 volts, exceto na situação descrita a seguir.
NOTA a. No caso das buchas de classe L da Ohio Brass Company, o fabricante
recomenda que não seja aplicado mais de 250 volts à derivação de fator
de potência.
b. Potenciais acima de 500 volts podem ser aplicados às derivações
de fator de potência apenas com aprovação do fabricante.

Testes de colares quentes


Colares únicos e múltiplos
Teste a 10 kV.
March 17, 2006

Às vezes é útil investigar resultados anormais realizando uma série de testes


em diversas tensões para determinar se a condição que causa a anormalidade
é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da Doble.
Isso pode envolver aumentar a tensão de teste para 12 kV, no caso de testes
de buchas normalmente executados a 10 kV.

Técnica de teste - Buchas sobressalentes


Das sete técnicas de teste relacionadas acima, todas, com exceção dos métodos
GUARD frio, são aplicáveis às buchas sobressalentes. Os testes GUARD frio
são aplicáveis a cabos de engate, camadas blindadas e buchas com cabeçote
isolado em transformadores.
Uma bucha sobressalente a ser testada deve ser montada em um suporte
metálico aterrado, sem nada conectado a seus terminais, de modo que os
resultados indiquem exclusivamente a condição da bucha. Os testes não devem
ser realizados com as buchas montadas em caixas de madeira ou deitadas no
chão. Se as buchas forem testadas em caixas de madeira, os resultados dos testes
(GST e UST) serão afetados pela madeira nas proximidades dos terminais. Até
um chão de cimento pode afetar os resultados, a não ser que o condutor central
da bucha (terminal inferior) esteja a mais de alguns centímetros acima do piso.
Os testes de buchas, em especial das mais altas, foram realizados com sucesso
quando estas são suspensas com tirantes. Tenha cuidado com o método utilizado
para içar a bucha, verificando se o condutor central da bucha não está em contato
com o material do tirante (corda, etc).

3-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Para as buchas sobressalentes, com ou sem derivações, um teste global


é executado pelo método GST, como descrito na Figura 3.3. A corrente,
potência e capacitância são registradas da forma convencional e o fator
de potência global é calculado e corrigido para temperatura utilizando a
temperatura ambiente ao redor da bucha no momento do teste. Consulte
"Análise de resultados", "Buchas tipo condensador sem derivações de
potencial ou eletrodos de teste de fator de potência" na página 3-27
nesta seção.

March 17, 2006


Figura 3.3 Teste global de buchas

72A-2244-03 Rev. A 3-7


Testes de colares quentes

Para buchas equipadas com derivações, além das medições globais e GST,
o isolamento C1 deve ser verificado pelo método UST, como mostrado na
Figura 3.4. Registre a corrente, a potência e a capacitância para C1 (condutor à
derivação) da forma convencional. Em seguida, o fator de potência é calculado
e corrigido utilizando um multiplicador correspondente à temperatura do ar.
O fator de potência e a capacitância devem ser comparados aos valores da
placa de identificação da bucha (se houver). Para obter mais informações,
consulte nesta seção os itens: "Técnica de teste - Buchas em equipamentos" –
"Teste UST (equipamento não aterrado) (condutor central à derivação, C1)"
na página 3-11 e "Análise dos resultados de testes" – "Buchas tipo
condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste de fator de
potência" na página 3-26.
March 17, 2006

Figura 3.4 Teste de isolamento da bucha C1 pelo método padrão UST

3-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

O isolamento da derivação, C2, é testado como mostrado na Figura 3.5. Para C2


(derivação ao flange), a corrente, a potência e a capacitância são registradas e o
fator de potência é calculado, mas não corrigido para a temperatura. No caso de
buchas com derivações de potencial, a capacitância C2 registrada é comparada
com o valor da placa de identificação (se houver). Para obter mais informações,
consulte "Técnica de teste - Buchas em equipamentos" – "Teste de isolamento da
derivação (derivação ao flange, C2)" na página 3-17 e "Análise dos resultados de
testes" – "Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de
teste de fator de potência" na página 3-26.

March 17, 2006


Figura 3.5 Teste de isolamento da derivação (C2) da bucha por GST

Conecte o condutor central da bucha ao terminal GUARD no terminal de saída


do cabo de alta tensão ou ao cabo de baixa tensão no modo GUARD.

72A-2244-03 Rev. A 3-9


Testes de colares quentes

Além dos testes globais e UST, as buchas com preenchimento de composto


também devem ser testadas pelo método SHC (colar quente único), Figura 3.6,
para detectar contaminação, deterioração ou rachaduras na área superior da
bucha. As buchas com preenchimento líquido, óleo ou composto, também
são testadas por este método para detectar baixo nível de líquido. Os testes
de colares quentes em buchas de porcelana sólida podem revelar a presença de
rachaduras. Para testes de colar quente único, as perdas de corrente e potência
(watts) são registradas. O fator de potência não é calculado. Para obter mais
informações, consulte "Técnica de teste - Buchas em equipamentos" – "Testes
de colares" na página 3-19 e "Análise dos resultados de testes" – "Teste de colar
quente único" na página 3-30.
March 17, 2006

Figura 3.6 Teste SHC (colar quente único) de buchas

3-10 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Técnica de teste - Buchas em equipamentos


Os testes de buchas mencionados na Introdução desta seção são aplicáveis
a buchas em equipamentos. Eles são discutidos separadamente a seguir.

Teste global (condutor central ao flange).


No caso de uma bucha instalada em um equipamento, a medição GST global na
bucha incluiria o enrolamento, interruptor e/ou outros isolamentos conectados
entre o condutor central da bucha e a terra. A não ser que o condutor da bucha
possa ser completamente isolado, o método GST global não é recomendado para
testes em separado de buchas em equipamentos. É necessário recorrer a um ou
mais dos testes a seguir.

Teste UST (equipamento não aterrado) (condutor central à derivação, C1)


A maioria das buchas modernas do tipo condensador de alta tensão é equipada
com derivações de teste de potencial ou de fator de potência. Elas permitem testes
separados no isolamento principal da bucha (comumente chamado de C1), sem
a necessidade de desconectar uma bucha do equipamento ou do barramento
ao qual ela está conectada. A técnica de teste para uma bucha montada em um

March 17, 2006


transformador é ilustrada em Figura 3.7. Observe que os fluxos de correntes no
isolamento de outras buchas e enrolamentos energizados retornam à fonte de alta
tensão através de um circuito GUARD aterrado e não são incluídos na medição.
A corrente, a potência e a capacitância são registradas da forma convencional
e o fator de potência é calculado e corrigido para a temperatura. Para uma
bucha em um transformador de potência ou de distribuição, utilize um
multiplicador que corresponda à média das temperaturas máximas do óleo
e do ar ambiente. Para as buchas montadas em disjuntores GVO, o fator
de potência C1 é corrigido utilizando a temperatura do ar. Para obter mais
informações, consulte "Análise dos resultados de testes" – "Buchas tipo
condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste de fator de
potência" na página 3-26.

72A-2244-03 Rev. A 3-11


Teste UST (equipamento não aterrado) (condutor central à derivação, C1)

)
March 17, 2006

Figura 3.7 Teste do isolamento C1 pelo método UST de buchas


em transformadores

CUIDADO Ao realizar medições UST de buchas em transformadores, todos os


terminais dos enrolamentos aos quais as buchas estiverem conectadas
devem estar unidos e conectados eletricamente. Caso contrário, podem
ser registradas perdas maiores do que as normais devido à influência
da indutância dos enrolamentos. Também, por S-E-G-U-R-A-N-Ç-A,
as buchas associadas a todos os enrolamentos não energizados devem
ser aterradas e não permanecer desconectadas. (Nota: a tensão pode ser
induzida em enrolamentos desconectados por acoplamento eletrostático).

3-12 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

UST invertido (derivação ao condutor central, C1)


O UST invertido é aplicável a buchas com derivações de teste de capacitância ou
de fator de potência e possibilita medições no mesmo isolamento, como o UST
convencional. Entretanto, a medição invertida normalmente não é executada, a
não ser para investigar dados considerados anormais pelo método UST padrão.
Podem ocorrer situações em que a medição UST invertida não se correlaciona
exatamente ao método UST padrão - depois de levar em conta possíveis
diferenças no potencial de teste. Por exemplo, isso pode ocorrer quando há
uma impedância relativa baixa conectada entre a conexão UST e a terra.
O método UST invertido é ilustrado na Figura 3.8.

March 17, 2006


Figura 3.8 Teste do isolamento C1 por UST invertido

O potencial de teste que pode ser aplicado à derivação depende do tipo da


bucha e da tensão nominal e não deve exceder a tensão nominal da derivação.
Consulte "Teste de isolamento da derivação (derivação ao flange, C2)"
na página 3-17. Para obter detalhes adicionais, consulte também o Guia de
testes em campo de buchas da Doble (Doble Bushing Field-Test Guide).
Ao aplicar o teste UST invertido a uma bucha de transformador, os enrolamentos
devem estar em curto, como no método UST convencional.
A corrente, a potência e a capacitância são registradas da forma convencional e
o fator de potência é calculado e corrigido para a temperatura, como descrito para
o teste UST convencional. Para obter mais informações, consulte "Análise dos
resultados de testes" – "Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou
eletrodos de teste de fator de potência" na página 3-26 nesta seção.

72A-2244-03 Rev. A 3-13


Teste de equipamento não aterrado, buchas com flanges isolados (condutor central ao flange)

Teste de equipamento não aterrado, buchas com flanges isolados


(condutor central ao flange)
É possível executar uma medição global de buchas entre o condutor central
e o flange com o método UST, desde que o flange possa ser isolado da terra
por cerca de 50.000 ohms ou mais. A aplicação mais comum desta técnica
é no caso de buchas em transformadores que não estão equipadas com
derivações de teste e nas quais o enrolamento não pode ser convenientemente
desconectado do condutor da bucha. Algumas buchas possuem os chamados
flanges de isolamento, que podem ser desaterradas simplesmente removendo
uma pequena ligação. No caso de buchas convencionais de dois terminais,
os parafusos de metal do flange devem ser removidos para isolar o flange
da terra. Antes de tentar desaterrar o flange de suporte de uma bucha
convencional de dois terminais em um transformador, algumas precauções
devem ser tomadas, conforme mostrado a seguir:
1. Se a bucha estiver em um transformador do tipo conservador, a válvula para
o tanque de óleo elevado do conservador deve ser fechada. A válvula deve
ser reaberta após o transformador ser recolocado em serviço. Precauções
semelhantes devem ser tomadas em transformadores do tipo pressão de
March 17, 2006

gás constante. Ou seja, a válvula da garrafa de gás deve ser fechada para
os testes e reaberta antes do transformador voltar à operação.
2. Conforme cada parafuso metálico é removido, um parafuso isolado deve
ser instalado em seu lugar. Se, após a substituição dos parafusos metálicos,
permanecer um caminho de baixa resistência entre o flange e a terra,
utilize uma ferramenta de borda afiada para tentar retirar aparas de metal
ou tinta condutiva entre o flange e a terra.
AVISO Deve se ter cuidado para não alterar a montagem da bucha de nenhuma
maneira, pois poderá haver vazamento de óleo se a bucha estiver instalada
em um transformador do tipo conservador, com a possível destruição
das gaxetas.
3. Todos os terminais dos enrolamentos aos quais as buchas estão conectadas
devem estar ligados eletricamente para estes testes.
4. Ao recolocar os parafusos metálicos, verifique se eles estão apertados
uniformemente com o torque prescrito.

3-14 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A técnica de teste global, utilizando o método UST para isolar o flange (não
aterrado), é mostrada na Figura 3.9. A corrente, a potência e a capacitância são
registradas da forma convencional e o fator de potência é calculado e corrigido
para uma temperatura baseada na média das temperaturas máximas do óleo
e do ar ambiente do transformador. Para obter mais informações, consulte
"Análise dos resultados de testes" – "Buchas tipo condensador sem derivações
de potencial ou eletrodos de teste de fator de potência" na página 3-27
ou "Buchas do tipo não-condensador com flanges separados ou isolados"
na página 3-27.

March 17, 2006

Figura 3.9 Teste global (condutor ao flange) por medição UST


de buchas em transformador com flange da bucha isolado da terra

72A-2244-03 Rev. A 3-15


Teste GUARD frio (condutor central ao flange)

Teste GUARD frio (condutor central ao flange)


Algumas buchas de transformador são projetadas para permitir o isolamento
do cabo do transformador do condutor central da bucha (essas buchas também
são chamadas de cabo de engate, camada blindada ou cabeçote isolado). Pode
ser possível obter uma medição da condição global dessas buchas utilizando
o circuito GUARD do conjunto de teste, conforme ilustrado na Figura 3.10.
March 17, 2006

* Conecte ao terminal GUARD ao terminal de saída do cabo de alta tensão


ou ao cabo de baixa tensão no modo GUARD.
Figura 3.10 Teste global em buchas do tipo cabo de engate por
GST (Método GUARD frio)

No método GUARD frio, o condutor central da bucha é energizado enquanto


protege o cabo de engate, de forma que o cabo deve ser isolado do condutor
central de onde ele sai da bucha para o teste. A tensão total de teste aparece na
camada blindada, no cabeçote isolado ou no isolamento que separa o condutor
central da bucha do condutor do cabo de engate. Esse isolamento puxa a
corrente I∂ na Figura 3.10. Como o isolamento entre o condutor da bucha e o
condutor do cabo de engate pode não ser muito grande, a tensão de teste não
deve exceder 500 volts. Em alguns casos, pode ser necessário torcer e variar a
posição do cabo de engate para isolar uma camada defeituosa do isolamento
do cabo de engate a partir do tubo condutor da bucha.

3-16 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Como no caso dos flanges isolados, devem ser tomadas precauções para evitar
a perda de gás ao realizar um teste global em uma bucha de cabo de engate pelo
método GUARD frio em um transformador isolado a gás. A equipe de teste
também deve ficar alerta com o nível de óleo ao preparar essas buchas para teste
em um transformador do tipo conservador, verificando se a válvula de óleo entre
o transformador principal e o conservador está fechada para os testes e reaberta
antes de recolocar o transformador em operação.
A corrente, a potência e a capacitância são registradas da forma convencional
e o fator de potência é calculado e corrigido para a temperatura utilizando a
média das temperaturas máximas do óleo e do ar ambiente do transformador.
Para obter mais informações, consulte "Análise dos resultados de testes" –
"Buchas tipo condensador sem derivações de potencial ou eletrodos de teste
de fator de potência" ou "Buchas do tipo não-condensador com cabos de
engate, camadas blindadas ou cabeçotes isolados" na página 3-28.

Teste de isolamento da derivação (derivação ao flange, C2)


A maioria das buchas modernas do tipo condensador de alta tensão estão
equipadas com derivações de teste de potencial ou de fator de potência. Há

March 17, 2006


duas classes gerais de derivações: (1) derivações de potencial (ou capacitância),
que geralmente são utilizadas em buchas com tensão nominal acima de 69 kV
e (2) derivações de fator de potência, normalmente utilizadas em buchas com
tensão nominal de 69 kV ou inferior.
As derivações de potencial são projetadas para possível utilização com
um dispositivo de potencial de bucha. Elas suportam tensões relativamente
altas. Convenientemente, as derivações de potencial também servem para a
finalidade adicional de permitir medições UST no isolamento principal (C1)
de uma bucha, sem a necessidade de isolar os terminais superior e inferior
dos equipamentos associados e barramentos desenergizados conectados.
As derivações de fator de potência não são projetadas para suportar altos
potenciais, já que sua finalidade exclusiva é de fornecer um eletrodo para
fazer uma medição UST no isolamento C1 da bucha.
O engenheiro de teste deve ter cuidado ao considerar o potencial do teste antes
de executar um teste de isolamento de derivação. Para buchas com derivações
de potencial, podem ser aplicados até 5 kV. O engenheiro de teste deve ter
cuidado para que o potencial de teste aplicado não exceda a tensão nominal da
derivação. Para buchas com derivações de fator de potência, a tensão máxima
de teste permitida normalmente é indicada pelo fabricante (geralmente entre
500 volts e 2 kV). Uma lista atualizada dos potenciais de teste aceitáveis para
testes de isolamentos de derivações de fator de potência em muitos tipos de
buchas pode ser consultada no Guia de testes em campo de buchas da Doble
(Doble Bushing Field-Test Guide).

72A-2244-03 Rev. A 3-17


Teste de isolamento da derivação (derivação ao flange, C2)

A Figura 3.11 ilustra um teste de isolamento da derivação (C2) em uma bucha.

Figura 3.11 Teste de isolamento da derivação C2 de buchas

Conecte o condutor central da bucha ao terminal GUARD no terminal de


March 17, 2006

saída do cabo de alta tensão ou ao cabo de baixa tensão no modo GUARD.


Observe na Figura 3.11 que qualquer corrente de interferência eletrostática (Ii),
que pode se acoplar ao condutor da bucha, será conduzida à terra através do
cabo de baixa tensão e do medidor. Em alguns casos, Ii pode ser razoavelmente
significativa, mas não afetará o conjunto de teste M4000. Embora conjuntos de
teste mais antigos da Doble, como o M2H e o MH, também sejam capazes de
suportar interferência eletrostática, pode ser mais conveniente, no caso do teste
de isolamento de derivações, alterar ligeiramente o procedimento de teste para
reduzir o efeito global da interferência eletrostática. Um método alternativo para
realizar o teste de isolamento de derivações é mostrado na Figura 3.12, em que
o condutor central da bucha está aterrado. C1 e C2 são medidas neste momento.
Em seguida, o usuário subtrai as leituras de watts (potência) e corrente do teste
C1 para obter os valores resultantes de C2.
NOTA Métodos alternativos não são necessários para os testes do M4000
realizados utilizando a técnica de modulação de freqüência da linha.

3-18 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Figura 3.12 Técnica alternativa para o teste de isolamento de derivações

March 17, 2006


(Isolamentos C1 e C2 da bucha em paralelo por GST)

Testes de colares
É um fato bem conhecido que uma falha característica de buchas preenchidas
com composto é a que se desenvolve a partir de vazamentos na extremidade
superior da bucha, que, por sua, vez permite que umidade penetre na câmara
do composto. Como resultado, podem ser estabelecidos caminhos de fuga que
podem acarretar a falha da bucha. O teste de colar é facilmente aplicável a esse
tipo de bucha. Pela aplicação de uma carga de tensão aumentada na região
superior da bucha, a umidade ou deterioração é detectada em sua fase inicial,
antes de progredir suficientemente para ser detectada nos testes globais.
Os testes de colar foram originalmente concebidos para detectar defeitos nas
câmaras de composto de buchas preenchidas com esse material. Atualmente eles
são utilizados em buchas de porcelana sólida do tipo seco, buchas preenchidas
a óleo e terminais de cabos. O teste de colar é útil para detectar baixos níveis de
óleo ou composto isolante em buchas e terminais. Por exemplo, o desempenho
de calibradores de nível do tipo magnético de buchas preenchidas a óleo pode
ser verificado utilizando esta técnica. Buchas e terminais que não possuem
indicadores nem visores de inspeção de nível de líquido também podem ser
verificados periodicamente quanto ao baixo nível de líquido. Os testes são
aplicados no modo GST como padrão, no modo UST sob algumas condições e
aplicações e podem ser aplicados utilizando tanto colares únicos quanto múltiplos.

72A-2244-03 Rev. A 3-19


Testes de colares

O material do colar pode ser borracha condutiva (Figura 3.13) ou metálico


(laminado, trançado, etc). Em qualquer caso, deve se ter cuidado para que
os colares sejam posicionados firmemente em volta da bucha para assegurar
contato estreito com a superfície. Mau contato ou espaços podem produzir
resultados inconsistentes ou não confiáveis e é necessário apenas um
pouco de cuidado para evitar essa dificuldade. Para fins de consistência,
especialmente ao ler a corrente:
• O colar deve ter folga ou ressalto muito pequeno.
• A posição do cabo de alta tensão deve ser de aproximadamente 90°
em relação ao eixo da bucha em teste.
• Colares da mesma largura devem ser utilizados para todos os testes
de acompanhamento.
March 17, 2006

Figura 3.13 Colar padrão da Doble (borracha condutiva)


com anéis "D" alongados

O teste de colar quente único consiste em uma medição entre um colar


aplicado externamente e o condutor central da bucha. O colar normalmente
é colocado abaixo da saia superior da bucha ou em qualquer outra região
de interesse. O colar é energizado pelo conjunto de teste (daí o termo
colar "quente"), enquanto que o condutor central é aterrado. Consulte
a Figura 3.14 e a Figura 3.15.

3-20 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste de colar No modo GST (Figura 3.14) o teste de colar quente inclui medições de todas as
quente único em correntes que passam entre o colar energizado e a terra. Isto inclui correntes de
buchas - Modo escoamento superficial e ilustra por que a umidade atmosférica e as condições
de teste GST da superfície da bucha devem ser levadas em consideração. (Consulte a
seção sobre "Escoamento superficial" na página 1-26). Também, as correntes
eletrostáticas resultantes das tensões externas acopladas ao terminal da bucha
têm um caminho direto para a terra, sem passar pelo circuito de medição.

March 17, 2006


Figura 3.14 Teste de colar quente de buchas - Modo de teste GST

72A-2244-03 Rev. A 3-21


Testes de colares

Teste de colar No modo UST (Figura 3.15) o teste de colar quente inclui medições de todas
quente único em as correntes que passam entre o colar energizado e o condutor central da
buchas - Modo bucha. As correntes de escoamento superficial ascendentes acima da saia
de teste UST superior são medidas, mas as correntes de superfície descendentes para o
flange de montagem aterrado não são. O modo UST pode ser menos afetado
pelos escoamentos superficiais.
March 17, 2006

Figura 3.15 Teste de colar quente em buchas, modo de teste UST

3-22 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste de colar a Uma variação do teste de colar utilizado no passado é o teste de colar a frio.
frio em buchas Neste teste, o colar é conectado ao GST de aterramento ou ao circuito UST
neste último modo. O condutor da bucha é energizado como no teste global.
No caso de um teste de colar a frio no modo GST, os resultados do teste
incluem as correntes globais e as perdas (corrente e potência) da bucha. Esta
última deve ser determinada por um teste global em separado e subtraída dos
resultados combinados do teste de colar a frio, para determinar a corrente e as
perdas entre o condutor central e o(s) colar(es). Isso pode envolver a subtração
de valores relativamente altos para se chegar a valores relativamente baixos
para a área do colar, com a possibilidade de erros significativos.
No caso de um teste de colar a frio no modo UST, os resultados do teste se
resumem à corrente e às perdas entre o condutor central e o(s) colar(es).
Observe que o teste de colar a frio necessita que o condutor da bucha e todas
as peças ou enrolamentos a ele conectados sejam energizados, como no teste
global. Apenas o colar é energizado em um teste de colar quente. Em geral,
parece não haver nenhuma vantagem na técnica do colar a frio, portanto, o
método do colar quente é recomendado.
Para testes de colar quente único, o colar é energizado a 10 kV, como mostrado

March 17, 2006


na Figura 3.14 e na Figura 3.15 (no caso de buchas curtas e sempre que o
espaçamento físico para a terra for muito pequeno, a tensão de teste
deve ser reduzida). A condutor central da bucha ou do terminal é conectado
à terra (Figura 3.14) ou ao UST (Figura 3.15) e as medições de corrente e
watts (potência) são gravadas da forma convencional.

Os dados são analisados com base nas magnitudes relativas da corrente e


potência, gravadas para buchas similares ou para testes periódicos na mesma
bucha. (Consulte "Análise dos resultados de testes" – "Teste de colar quente
único" na página 3-30). O fator de potência não é calculado, exceto em
situações dos testes de colares quentes múltiplos. Não é feita nenhuma
tentativa para corrigir os efeitos da temperatura.

72A-2244-03 Rev. A 3-23


Testes de colares

Testes de colares Os testes de colares quentes múltiplos são complementos úteis aos testes
quentes múltiplos de colar único em buchas não equipadas para permitir testes globais pelos
métodos UST, GUARD frio ou GUARD quente. Os testes de colares múltiplos
fornecem indicações da condição geral do isolamento da região superior de
uma bucha e podem ser relativamente insensíveis às condições no isolamento
abaixo do flange de montagem. Consulte a Figura 3.16.
Os testes de colares múltiplos são executados da mesma maneira que os testes
de colar único (GST ou UST), mas com dois ou mais colares colocados em
ranhuras alternadas ao longo da superfície externa da bucha. Os colares são
conectados e energizados juntos. As vantagens dos modos GST e UST são
as mesmas dos testes de colar quente único.
A corrente e a potência (watts) são gravadas da forma convencional e os dados
são analisados com base nas magnitudes relativas de corrente e potência,
entre buchas similares ou entre testes periódicos. O fator de potência pode
ser calculado se um número suficiente de colares for instalado para produzir
correntes que se aproximam dos valores do teste global.
March 17, 2006

Figura 3.16 Teste de colares quentes múltiplos em buchas

3-24 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Testes de colares Os testes de colares quentes são feitos em terminais de cabos da mesma
quentes em maneira geral descrita para as buchas. Os testes geralmente são feitos
terminais de cabos no modo GST. O teste não exige a energização do condutor do cabo,
que pode estar além da capacidade de corrente do conjunto de teste,
especialmente em cabos de grande comprimento.
Os testes de colares quentes são extremamente eficazes para detectar
contaminação e lacunas em terminais preenchidos com composto. Testes
de colares quentes únicos e múltiplos também são realizados em terminais
preenchidos a óleo não projetados para testes UST (isto é, terminais não
equipados com eletrodos de teste de fator de potência).

Análise dos resultados de testes


Geral
O isolamento de buchas deve ser classificado com base em um ou mais
dos seguintes parâmetros, dependendo do projeto da bucha:
Fator de potência obtido por:

March 17, 2006


• Teste global padrão em uma bucha isolada ou sobressalente.
• Teste de equipamento não aterrado (UST) em buchas equipadas com
derivações de potencial ou eletrodos de teste de fator de potência.
• Teste GUARD frio em buchas equipadas com cabos de engate,
camadas blindadas ou cabeçotes isolados.
• Teste de isolamento de derivações em derivações de potencial ou de
fator de potência (C2).
Capacitância ou corrente:
Camadas de condensadores ou seções de uma bucha em curto resultam
em capacitâncias e correntes de carga aumentadas. Circuitos abertos
ou descontinuidades, tal como uma interrupção na banda entre a luva
de aterramento e o flange de montagem, resultam em capacitâncias e
correntes de carga diminuídas.
Resultados de testes de colar quente:
Maiores perdas (watts) indicam contaminação do isolamento da bucha.
Corrente diminuída indica lacunas ou baixo nível de composto ou líquido.
Os comentários a seguir abordam a aplicação de vários métodos de teste a
diversos projetos básicos de buchas e a significância dos resultados de testes
registrados.

72A-2244-03 Rev. A 3-25


Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste de fator de potência

Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste


de fator de potência
As buchas com este projeto são testadas com o método de teste global (GST)
se estiverem isoladas de outras peças do equipamento no qual possam estar
montadas (normalmente não é prático) ou pelo método UST. Este último é
um teste em C1, condutor ao isolamento da derivação.
O fator de potência e a capacitância registrados são comparados com um ou
mais dos itens a seguir:
• Placa de identificação.
• Resultados de testes anteriores na mesma bucha.
• Resultados de testes similares em buchas semelhantes.
Os fatores de potência de buchas modernas de condensador geralmente estão
na ordem de 0,5% após correção para 20 °C. Informações mais detalhadas
sobre fatores de potência para marcas e projetos específicos podem ser
consultadas no Manual de referência de dados de teste da Doble (Doble
Test-Data Reference Book) e no Guia de testes em campo de buchas da
Doble (Doble Bushing Field-Test Guide).
March 17, 2006

As capacitâncias devem estar entre 5 a 10% do valor da placa de identificação,


dependendo do número total de camadas do condensador. Fatores de potência
aumentados indicam contaminação ou deterioração do isolamento. Capacitâncias
aumentadas indicam a possibilidade de camadas do condensador em curto.
Capacitâncias reduzidas indicam a possibilidade de uma luva de aterramento
desconectada ou uma conexão de derivação de teste aberta ou em mau estado.
Fatores de potência negativos acompanhados de pequenas reduções na
capacitância ou na corrente de carga ocorrem ocasionalmente e podem resultar
de condições incomuns de escoamentos superficiais externos ou fugas internas
resultantes de marcas de carbono. Para obter informações adicionais sobre
este assunto, consulte o artigo da Conferência de clientes da Doble de
1960, "Aplicação e significado de testes de equipamentos não aterrados,"
27AC60/Seção 3-201. Esse artigo pode ser encontrado na seção Geral
do Manual de referência de dados de teste da Doble (Doble Test-Data
Reference Book).
Em buchas equipadas com derivações, a medição UST em C1 é complementada
por um teste de isolamento de derivação em C2. O potencial de teste pode ter
que ser reduzido de 2,5 kV, dependendo da tensão nominal da derivação. Os
fatores de potência registrados para o isolamento de derivações normalmente
são da ordem de 1%. Os resultados devem ser comparados com os de testes
anteriores ou com os resultados de testes em buchas semelhantes.

3-26 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

As capacitâncias registradas para testes em derivações de potencial também


devem ser comparadas com os valores da placa de identificação, se disponíveis.
Capacitâncias reduzidas indicam a possibilidade de uma luva de aterramento
desconectada ou conexão de derivação de teste em mau estado.
As medições globais ou UST são complementadas por testes de colar quente
único na porcelana superior, especialmente em buchas preenchidas com
composto ou buchas preenchidas a óleo sem calibradores de nível do óleo.
Consulte a análise de resultados de testes para "Teste de colar quente único"
na página 3-30, nesta seção.

Buchas tipo condensador sem derivações de potencial ou eletrodos de teste


de fator de potência
As buchas com este projeto são testadas com o método de teste global (GST)
se estiverem isoladas de outras peças do equipamento no qual possam estar
montadas (pode não ser prático) ou pelos métodos de teste GUARD frio
ou GUARD quente, se estiverem equipadas com cabos de engate, camadas
blindadas ou cabeçotes isolados. Se nenhum dos testes anteriores for aplicável,
devem ser executados os testes de colares quentes únicos ou múltiplos. Os

March 17, 2006


testes de colar quente único são de particular importância no caso de buchas
preenchidas com composto e buchas preenchidas a óleo sem calibradores
de nível do óleo.
Os resultados do teste são analisados e classificados como descrito no tópico
"Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste
de fator de potência" na página 3-26.

Buchas do tipo não-condensador com flanges separados ou isolados


As buchas com este projeto são testadas com o método de teste global (GST)
se estiverem isoladas de outras peças do equipamento no qual possam estar
montadas (pode não ser prático) ou pelo método UST, utilizando um flange
isolado ou separado que esteja isolado do flange de montagem aterrado.
O condutor da bucha é energizado e o circuito UST é conectado ao flange
isolado ou separado e as medições são feitas da maneira convencional.
As medições UST são complementadas por testes de colar quente único na
porcelana superior, especialmente em buchas preenchidas com composto
ou buchas preenchidas a óleo sem calibradores de nível do óleo.
Os resultados do teste são analisados e classificados como descrito no tópico
"Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste
de fator de potência" na página 3-26.

72A-2244-03 Rev. A 3-27


Buchas do tipo não-condensador com cabos de engate, camadas blindadas ou cabeçotes isolados

Buchas do tipo não-condensador com cabos de engate, camadas blindadas


ou cabeçotes isolados
As buchas com este projeto são testadas com o método de teste global (GST)
se estiverem isoladas de outras peças do equipamento no qual possam estar
montadas (pode não ser prático) ou pelo método de teste GUARD frio. Todos
os testes anteriores devem ser complementados por testes de colar quente
único na porcelana superior, especialmente em buchas preenchidas com
composto ou buchas preenchidas a óleo sem calibradores de nível do óleo.
Os resultados do teste são analisados e classificados como descrito no tópico
"Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste
de fator de potência" na página 3-26.

Buchas do tipo não-condensador sem recursos especiais de teste


Os testes em buchas sem derivações de potencial, eletrodos de teste de fator
de potência, flanges separados ou isolados ou cabos de engate, camadas
blindadas ou cabeçotes isolados apenas podem ser realizados pelo método
de teste global (GST), desde que as buchas possam ser isoladas de outras
peças do equipamento no qual possam estar montadas. Caso contrário, o
March 17, 2006

único teste aplicável é o método de colares quentes múltiplos, com os colares


instalados em ranhuras alternadas na superfície de porcelana. Esse teste é
complementado por um teste de colar quente único na porcelana superior,
especialmente em buchas preenchidas com composto ou buchas preenchidas
a óleo sem calibradores de nível do óleo.
Os resultados do teste são analisados e classificados como descrito no tópico
"Buchas tipo condensador com derivações de potencial ou eletrodos de teste
de fator de potência" na página 3-26.

3-28 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Buchas de porcelana do tipo seco


As buchas com este projeto podem ser utilizadas em disjuntores ou
transformadores ou como buchas de telhado ou parede. Elas não são equipadas
com eletrodos de teste ou recursos especiais, portanto, o único teste da Doble
aplicável é o método global, condutor ao flange de montagem. Eles podem ser
feitos no modo GST ou no UST, se a bucha for uma bucha sobressalente fora
do equipamento ou no modo GST no equipamento. O último requer que o
condutor central seja isolado de outras peças do equipamento no qual a bucha
está montada. Caso contrário, o único teste aplicável no equipamento é pelo
método de colar quente.
Quando alguns tipos de buchas de porcelana são removidos de transformadores,
pode não permanecer nenhum condutor central na bucha. O condutor deve ser
substituído por uma haste de metal fixada à tampa da bucha para servir como um
eletrodo de teste. O condutor deve ter um diâmetro suficiente para preencher o
furo central da porcelana.
Os resultados do teste são analisados e classificados com base na comparação de
resultados de buchas similares e com os resultados gravados em testes anteriores.
Valores anormalmente altos de perdas e de fator de potência resultam de:

March 17, 2006


• Porcelana rachada.
• Porcelana porosa, que absorveu umidade (incomum em porcelanas
modernas).
• Perdas nos isolamentos de secundários, como cambraia envernizada,
que pode estar enrolada em volta do condutor central.
• Efeito corona em volta do condutor central.
• Caminhos condutivos sobre as superfícies de isolamento para a terra.
• Utilização ou ligação imprópria de revestimentos ou vitrificações de
resistência nas superfícies internas da porcelana.
Caminhos condutivos sobre a superfície e porcelana rachada são as causas mais
sérias de perdas e fatores de potência altos nesse tipo de bucha, especialmente
em pontos próximos do flange de montagem aterrado. Rachaduras na porcelana
podem ocorrer devido a tensões mecânicas resultantes de conexões de cobre
rígido a uma bucha, acomodação das fundações do equipamento, etc.
As vantagens de conexões flexíveis ficam aparentes.

72A-2244-03 Rev. A 3-29


Buchas do tipo cabo

Buchas do tipo cabo


As buchas do tipo cabo só podem ser testadas pelo método de teste global
(GST) se puderem ser isoladas das outras peças do equipamento no qual estão
montadas. Caso contrário, o único teste aplicável é o de colares quentes únicos
ou múltiplos, dependendo do número de saias ou ranhuras da cobertura de
proteção da porcelana.
O principal isolamento desse tipo de bucha é um cabo, geralmente isolado
com cambraia envernizada. A metade superior ou a extremidade exposta ao
tempo da bucha é protegida por um abrigo contra intempéries de porcelana.
O espaço entre o cabo e superfície interna da porcelana pode ser preenchido
com composto.
As perdas globais de fator de potência e de colar quente são relativamente altas
devido às altas perdas inerentes no isolamento de cambraia. Os resultados do
teste devem ser comparados entre buchas semelhantes e com aqueles gravados
em testes anteriores. Perdas anormalmente altas podem ser resultantes de
umidade que entra na parte superior da bucha e contamina a cambraia e o
composto, a penetração de óleo no composto através de uma vedação inferior,
porcelana rachada, etc.
March 17, 2006

Teste de colar quente único


Este teste é normalmente feito com o colar enrolado em volta do abrigo contra
intempéries de porcelana da bucha abaixo da saia superior. As perdas registradas
devem ser inferiores a 0,10 watt. Se a perda de corrente ou watts (potência)
for significativamente maior do que o normal, é feito um segundo teste após
posicionar o colar uma saia para baixo. Este procedimento pode ser repetido
rebaixando o colar na bucha tanto quanto o necessário, para determinar até
aonde a falha progrediu.
Como uma referência específica para buchas preenchidas com composto,
sugere-se, como orientação, que uma bucha que apresente uma perda no teste
de colar quente inferior a 0,10 watt deve ter seu isolamento classificado como
"G", desde que não mostre um alto fator de potência com o teste padrão.
As perdas devem ser comparadas entre buchas semelhantes testadas ao
mesmo tempo e sob condições atmosféricas similares.
Quando a perda se situa entre 0,11 e 0,30 watt, a bucha deve ser classificada
como "I" (Investigar). A tampa da bucha deve ser removida e uma investigação
feita para determinar se há umidade na parte superior da câmara do composto.
Uma nova gaxeta da tampa deve ser instalada quando a tampa for remontada.

3-30 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Quando a perda está entre 0,31 e 0,50 watt e a perda com o colar abaixo da
segunda saia cai para um valor normal, a tampa da bucha deve ser removida e
um exame feito para determinar se há umidade na parte superior da câmara do
composto e no próprio composto. Se uma haste quente for inserida no composto,
um som crepitante indicará que há umidade presente nesse composto. As buchas
desse tipo foram recondicionadas com êxito. O composto é derretido e retirado,
e um novo composto é instalado. Também é instalada uma nova gaxeta quando
a tampa é remontada.
Quando a perda está acima de 0,50 watt com o colar logo abaixo da saia
superior e está normal ou quase normal com o colar na segunda saia ou na
saia inferior, é possível que haja um defeito no abrigo contra intempéries de
porcelana. Se for o caso, a bucha deve ser descartada ou deve ser instalado
um novo abrigo contra intempéries de porcelana. Na segunda situação, a
câmara do composto deve ser preenchida com um novo composto e uma
nova gaxeta da tampa deve ser instalada.
Se a perda com o colar abaixo da saia superior estiver acima de 0,30 watt e
altas perdas também forem obtidas para testes de colares adicionais feitos
com o colar abaixo da segunda saia em diante, há evidência de que a falha
está distribuída por toda a câmara do composto. Nesses casos, a bucha

March 17, 2006


deve ser desmontada e recondicionada, se for prático, ou descartada.
Leituras anormalmente altas de corrente de carga, obtidas quando as condições
da superfície são favoráveis, indicariam um aumento da capacitância devido
à porcelana defeituosa ou à umidade dentro da câmara do composto.
Como o ar possui uma constante dielétrica menor que a do óleo ou do
composto isolante, um teste de colar feito em uma bucha ou terminal, em
que o ar deslocou o óleo ou composto na área em que este é colocado, pode
resultar em uma corrente de carga menor que a normal. Para testes de colar
quente único executados em buchas e terminais semelhantes, testados ao
mesmo tempo utilizando um colar do mesmo tamanho, uma leitura de corrente
10% menor que a média pode ser uma indicação de baixo nível de óleo ou
composto. A precisão desta técnica depende fundamentalmente de posicionar
o colar exatamente da mesma maneira em cada uma das buchas similares
testadas (com a menor folga possível no colar, de forma a reduzir variações de
corrente). O modo UST normalmente é empregado, já que correntes parasitas
para a terra não são medidas nesse modo. Sempre que um valor de corrente
inferior à média é registrado, testes adicionais de colar quente único são
executados rebaixando o colar em saias sucessivas. O ponto em que o valor da
corrente para uma bucha ou terminal suspeito se compara favoravelmente com
outras unidades similares indica quanto o nível do líquido caiu. Valores baixos
de corrente registrados ao longo de todo o comprimento da bucha ou terminal
podem ser uma indicação da ausência completa de óleo ou composto.

72A-2244-03 Rev. A 3-31


Testes de colares quentes múltiplos

Quando os testes são realizados em buchas de porcelana sólida, deve ser feita
uma comparação dos resultados do teste. E uma bucha que apresente uma
perda de watts (potência) no teste de colar significativamente superior à obtida
para outras buchas similares deve ser investigada.
NOTA O comentário anterior refere-se somente aos resultados de testes de
colares. Um diagnóstico diferente pode ser feito se um teste global
indicou deterioração da bucha.

Testes de colares quentes múltiplos


As leituras de corrente e watts (potência) são registradas e os resultados
avaliados pela comparação com os obtidos para buchas semelhantes, testadas
em condições de tempo favoráveis. Consulte as informações anteriores em
"Teste de colar quente único" na página 3-30.

Testes de colares quentes em terminais de cabos


A corrente e potência resultantes são comparadas com as obtidas para
terminais do mesmo tipo e testados nas mesmas condições. Consulte as
March 17, 2006

informações anteriores em "Teste de colar quente único" na página 3-30.

3-32 72A-2244-03 Rev. A


4. Disjuntores e religadores

Disjuntores GVO
Introdução
O disjuntor GVO comum consiste em uma ou mais chaves de um pólo
ajustadas para operar simultaneamente. Os contatos da chave estão localizados
dentro de um tanque de óleo e as conexões aos contatos são feitas por meio
de buchas de isolamento. O objetivo principal de qualquer teste de isolamento
é determinar a condição dessas buchas, pois, do ponto de vista do isolamento,
elas são as peças mais vulneráveis do disjuntor.
Quando os testes em campo do fator de potência de buchas de disjuntores
GVO foram feitos pela primeira vez, muitas pessoas eram céticas quanto
ao seu sucesso. Achava-se que, como o isolamento interno do disjuntor
seria incluído nos testes, as perdas nesse isolamento auxiliar, nos isoladores

March 17, 2006


conectados, etc., iriam mascarar tanto as perdas nas buchas, que seria
muito difícil determinar se elas estavam em boas condições.
Os primeiros testes em campo mostraram que esse isolamento auxiliar
tinha um efeito considerável nos testes. No princípio, a interpretação de tais
testes apresentava um problema difícil. Como a Doble Engineering Company,
com a cooperação de seus clientes, continuou a coletar e interpretar os dados,
descobriu-se que a inclusão de tais isolamentos nos testes, em vez de ser
uma desvantagem, na realidade era um benefício. Os resultados dos testes,
interpretados apropriadamente, indicavam não apenas a condição das buchas,
mas também a dos componentes isolantes auxiliares.
A maioria dos disjuntores GVO do tipo tanque morto possui uma semelhança
básica de construção, independentemente do fabricante ou do tipo. A maior
parte das unidades tem um tanque aterrado por fase (ou seja, um total de três
tanques), embora alguns projetos tenham todas as três fases alojadas em um
único tanque. Independentemente de ter um único tanque ou um tanque triplo,
o procedimento e análise dos resultados de teste é feito com base em cada fase.

72A-2244-03 Rev. A 4-1


Tensões de teste

Um disjuntor GVO pode ser descrito, de forma simplificada, como constituído de:
• Duas buchas (por fase) montadas em um tanque aterrado, preenchido
a óleo.
• Uma montagem de contato (interruptor) montada no terminal inferior
de cada bucha.
• Uma haste de operação isolada (madeira, fibra de vidro, etc.) que pode
se movimentar para cima e para baixo, ou em movimento rotativo,
para fechar e abrir os contatos do disjuntor.
• Um conjunto de guias isolado, para manter a haste de operação no
alinhamento apropriado.
• Um volume de óleo.
Alguns disjuntores são projetados com tanques revestidos, resistores de
derivação entre os interruptores e outros componentes auxiliares. Os dados
de teste registrados para a grande maioria dos disjuntores GVO podem
ser analisados com relação às peças relacionadas acima nos itens 1 a 5.

Tensões de teste
March 17, 2006

Os disjuntores GVO com classe de isolamento de 15 kV (por exemplo,


14,4 kV), e superior, são rotineiramente testados a 10 kV. Os disjuntores
GVO com classe de isolamento abaixo de 15 kV são testados a uma tensão
de teste conveniente de valor inteiro que seja igual ou inferior à tensão
nominal identificada da placa de identificação.

Tabela 4.1 Tensões de teste recomendadas pela Doble para disjuntores GVO
Tensões nominais dos Tensão de teste (kV)
disjuntores
Classe de 15 kV e superior 10
7,2 e 7,5 kV 5
Classe de 5 kV e inferior 2

AVISO Sempre que investigar disjuntores GVO sem óleo ou com seu nível
reduzido abaixo das luvas de aterramento das buchas, não aplique tensões
de teste a nenhuma bucha ou componente interno, sem determinar
primeiro (por medição direta) se o espaço de ar e o líquido residual dentro
do tanque do disjuntor contêm níveis seguros de gás combustível para os
testes, como recomendado pela empresa. Essa precaução é especialmente
importante nos casos em que o disjuntor falhou internamente ou que
tenha recentemente interrompido uma falha. Se houver dúvidas sobre os
níveis de gás combustível no(s) tanque(s), o espaço de ar deve ser purgado
com ar seco ou nitrogênio antes de se aplicar qualquer tensão de teste.

4-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento de teste
Nove testes globais são executados rotineiramente em um disjuntor GVO
trifásico. Três testes globais por fase, conforme descrito a seguir:

Tabela 4.2 Procedimento de teste global para disjuntores GVO


Teste nº Posição do Modo Bucha* Bucha*
disjuntor de teste energizada desconectada
1 Aberto GST 1 2
2 Aberto GST 2 1
3 Aberto GST 3 4
4 Aberto GST 4 3
5 Aberto GST 5 6
6 Aberto GST 6 5
7 Fechado GST 1e2 —
8 Fechado GST 3e4 —
9 Fechado GST 5e6 —

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* Para a maioria dos disjuntores convencionais, as buchas são numeradas da
esquerda para a direita, começando no gabinete de controle do disjuntor.

Figura 4.1 Teste de disjuntor aberto em disjuntores GVO

72A-2244-03 Rev. A 4-3


Procedimento de teste

Figura 4.2 Teste de disjuntor fechado em disjuntores GVO


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Para todos os testes, o tanque do disjuntor deve estar aterrado apropriadamente.


É aconselhável conectar o aterramento do conjunto de teste diretamente ao
aterramento do disjuntor.
Não é necessário um cabo de baixa tensão (BT) para os testes globais e o
conjunto de teste deve estar na posição GST-Terra (Ground) (V,A). Todos
os barramentos e isoladores devem ser desconectados das buchas, de modo
que os resultados do teste se restrinjam apenas ao disjuntor.
NOTA Os testes globais em disjuntores sempre são complementados por
testes separados nas buchas (UST no isolamento principal C1, GST
no isolamento de derivação C2 e/ou colar quente) e em amostras
do óleo de cada tanque.
As leituras de corrente e watts (potência), para cada teste, são registradas e
os fatores de potência calculados. Os fatores de potência são corrigidos para a
temperatura (ambiente) com base no tipo da bucha, não no tipo de disjuntor.

4-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Considerações gerais
Conectar o cabo de teste a uma bucha para testes globais em um disjuntor
GVO e aplicar a tensão estabelece um campo elétrico entre o condutor central
da bucha e as peças aterradas do disjuntor. As perdas em qualquer isolamento
submetido a um campo elétrico dependem do gradiente de potencial (volts por
distância da unidade) no local do isolamento. Em um disjuntor GVO, a uma
tensão de teste fixa, o gradiente de potencial depende do formato e tamanho
dos eletrodos e da distância entre eles. O gradiente é maior perto do eletrodo
menor (o condutor central da bucha) do que perto do eletrodo maior (o tanque
ou a luva de aterramento da bucha). A uma determinada tensão de teste, esses
gradientes geralmente são maiores em disjuntores de tanque pequeno de baixa
tensão do que em disjuntores de tanque grande de alta tensão.
O isolamento da bucha e o óleo estão localizados entre o condutor central de
uma bucha e a terra. No óleo há vários componentes de isolamento auxiliares.
Como a luva de aterramento da bucha está muito mais próxima do condutor
central da bucha do que o tanque, o gradiente no isolamento da bucha é muito
maior do que o gradiente no óleo. O gradiente nos isolantes auxiliares é menor
do que o gradiente no isolamento da bucha. Os testes, portanto, são realizados

March 17, 2006


primariamente na bucha e o valor da perda medida nos isolamentos auxiliares
depende de suas condições e localizações no campo elétrico.
Um método conveniente para estudar os resultados dos testes globais é o
de desenhar um diagrama esquemático do circuito dielétrico do disjuntor.
Os circuitos dielétricos reais aos quais os cabos de teste de alta tensão são
conectados são bem complexos. O circuito simplificado da Figura 4.3 é
adequado para a condição em que uma bucha é testada com o disjuntor
aberto e a análise desse circuito leva às mesmas conclusões que a análise
do circuito exato, mas mais complexo. Fechar o disjuntor resulta em um
circuito dielétrico diferente, mostrado na Figura 4.4. Em ambas as figuras,
por questões de simplicidade, os isolantes são mostrados como sua
capacitâncias ou resistências. Na realidade, as capacitâncias possuem
componentes resistivos e as resistências têm capacitâncias distribuídas.

72A-2244-03 Rev. A 4-5


Considerações gerais

CB = Isolamento da bucha
C1 = Isoladores externos do barramento (devem estar desconectados)
CO = Óleo entre o condutor e o aterramento da bucha
RCG = Conjunto de guias cruzadas (em oposição aa guia
em caixa ou em "V" - consulte RC)
RCA = Montagem do contato
March 17, 2006

RCR = Resistor de gradiente da montagem do contato


ou tinta resistiva
COC = Óleo entre a montagem do contato e o aterramento
COG = Óleo entre o condutor da bucha e a haste de operação
(elevação) (exceto para a guia cruzada, RCG)
RC = Haste de operação (elevação) (exceto para a guia cruzada, RCG)
CG = Capacitância distribuída entre a haste de operação
(elevação) e o aterramento
COL = Óleo entre o condutor da bucha e a haste de operação
(elevação)
RL = Haste de operação (elevação)
CL = Capacitâncias distribuídas entre a haste de operação
(elevação) e o aterramento

Figura 4.3 Disjuntor GVO

Circuito dielétrico simplificado entre


uma bucha energizada e o aterramento, com o disjuntor ABERTO

4-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

C'B = Ambas as buchas


C'I = Isolante externo do barramento (deve estar desconectado)
C'O = Óleo entre os condutores energizados e o aterramento
R'CA = Montagens de contato conectadas a ambas as buchas
C'OC = Óleo entre ambas as montagens de contato e o aterramento
C'OG = Óleo entre os condutores energizados e a haste de
operação (elevação)

March 17, 2006


R'G = Guia da haste de operação (elevação)
C'G = Capacitância distribuída entre a haste de operação (elevação)
e o aterramento
R'L = Haste de operação (elevação)
C'OT = Óleo entre os condutores energizados e o revestimento
do tanque
R'T = Revestimento do tanque

Figura 4.4 Disjuntor GVO

Circuito dielétrico simplificado entre buchas energizadas, condutores


(cruzeta e contatos) e aterramento, com disjuntor FECHADO

Análise e interpretações
NOTA Se estiver utilizando o software DTA, a análise apropriada não poderá ser
concluída a não ser que os dados do fabricante e tipo da bucha sejam
inseridos no painel da placa de identificação. Isso se deve à dominância
da influência das buchas.

72A-2244-03 Rev. A 4-7


Análise e interpretações

Buchas e O teste de um único disjuntor aberto inclui o isolamento de uma bucha (CB
componentes na Figura 4.3) e todos os isoladores de barramento conectados (C1). Quando
do tanque o disjuntor é fechado, o isolamento de ambas as buchas (C'B na Figura 4.4)
e os isoladores do barramento (C'I) são incluídos. Os campos elétricos em
todos esses isolamentos são essencialmente os mesmos para ambos os testes.
Portanto, devido a apenas esses isolamentos, a perda de watts (potência)
registrada para o teste de disjuntor fechado deve ser igual à soma das perdas
de watts registradas para os dois testes de disjuntores abertos. Se não for, então
qualquer diferença se deve às perdas nos isolamentos auxiliares, que não são
submetidos à mesma carga em ambas as condições de teste. O valor de tal
diferença pode ser utilizado como um critério da condição do isolamento
auxiliar e é chamado de TLI (Índice de perda no tanque):
TLI = (watts do disjuntor fechado) – (soma de watts dos dois
disjuntores abertos)
Na fórmula algébrica acima, o TLI considera um valor positivo quando
os watts do disjuntor fechado são superiores à soma de watts de dois
disjuntores abertos e negativo quando esta última soma excede os watts
do disjuntor fechado.
March 17, 2006

O TLI não é corrigido para temperatura. Os TLIs de um determinado


disjuntor são comparados entre as fases, com os resultados de testes anteriores
(se houver), com os resultados registrados para disjuntores semelhantes
no sistema e com os dados tabulados na seção Disjuntor do Manual de
referência de dados de teste da Doble. A tabela a seguir oferece orientações
úteis na investigação de resultados anormais de TLI. A maioria dos disjuntores
GVO possui TLIs normais na faixa de -0,10 W a +0,05 W.

4-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 4.3 Diretrizes para a investigação de índices anormais de perdas


no tanque de disjuntores GVO
Índice de perda no tanque (TLI)
Watts (W)
Abaixo de Entre -0,10 W a Entre +0,05 W e Acima de
–0,20 W –0,10 W e +0,05 W +0,10 W +0,10 W
–0,20 W
Investigar Repetir teste Normal para Repetir teste Investigar
imediatamente com mais a maioria com mais imediatamente
freqüência dos tipos freqüência
de disjuntor.
Colocar
em uma
programação
normal de
testes de rotina
Conjunto da guia da haste Haste de operação, tanque de
de operação, montagem óleo, revestimento do tanque
do contato (interruptor) e isolamento de suporte do

March 17, 2006


e parte superior da haste contato auxiliar
de operação.

* A faixa de dados e as recomendações fornecidas nesta tabela devem ser


consideradas informações gerais. Algumas marcas e tipos de disjuntores
podem ter TLIs normais que diferem da faixa apresentada na tabela. Portanto,
é imperativo comparar os valores de TLI entre os tanques de um determinado
disjuntor e com resultados registrados para outros disjuntores semelhantes.
Sempre que os disjuntores apresentarem TLIs apenas ligeiramente acima
da faixa normal esperada, a condição deve ser monitorada realizando testes
com mais freqüência, de modo a ficar a par de futuros desenvolvimentos.

72A-2244-03 Rev. A 4-9


Análise e interpretações

Óleo Para o teste de disjuntor aberto em qualquer buchas, a porção de óleo (CO na
Figura 4.3) entre o condutor central da bucha e o tanque será incluído no teste.
Óleo deteriorado provocará aumento da perda de watts (potência) em ambos
os testes de disjuntor aberto. Quando o disjuntor está fechado (Figura 4.4),
o óleo entre cada bucha e o tanque será incluído substancialmente como em
cada teste de disjuntor aberto. Além disso, a porção do óleo entre a cruzeta
energizada e o tanque será incluída. Se o óleo estiver em boa condição, a perda
nele será pequena e seu efeito no Índice de perda no tanque provavelmente será
pequeno, mas na direção do TLI positivo. Se o óleo estiver consideravelmente
deteriorado, então o efeito no Índice de perda no tanque ainda será positivo,
mas maior. Na prática, quando o óleo está deteriorado, a condição dos outros
componentes isolantes é consideravelmente mais deteriorada e eles terão mais
efeito nas perdas medidas no tanque do que o óleo.
Conjuntos de guias
Tipos de guias Alguns tipos de disjuntores GVO possuem, conectado entre as extremidades
cruzadas – RCG inferiores das duas buchas, um componente de madeira para guiar a haste
de operação. Essa guia é representada por RCG na Figura 4.3. Em um teste
de disjuntor aberto, a extremidade da guia conectada à bucha energizada estará
March 17, 2006

no potencial de teste. A extremidade conectada à bucha não energizada estará


praticamente no potencial de aterramento, como mostrado na Figura 4.3,
pois a impedância dessa bucha não energizada será muito menor do que a
resistência da guia. Cada teste de disjuntor aberto incluirá a perda na guia.
No teste de disjuntor fechado, a perda nessa guia será eliminada, já que
ambas as buchas são conectadas pela cruzeta. O RCG não é, portanto,
mostrado na Figura 4.4. As perdas na guia cruzada farão o Índice de
perda no tanque ser negativo.
Como a guia cruzada de madeira meramente conecta as duas buchas e está
sempre isolada da terra por elas, pode parecer que a deterioração nessa guia
acarreta conseqüências pequenas. Embora seja permissível mais deterioração
do que no caso de uma bucha, uma deterioração extrema poderia impedir o
disjuntor de interromper um circuito, por oferecer um caminho condutivo
entre as duas buchas.

4-10 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Outros tipos de Em outros tipos de disjuntores, em vez de uma guia cruzada, pode ser utilizado
guias – RG/R'G um guia em "V", caixa ou em outro formato. Embora não esteja em contato
com qualquer condutor energizado, a guia está em um campo elétrico devido
à capacitância entre ela e o condutor energizado e a capacitância entre ela e
a terra, além de sua resistência em relação à terra.
Como a bucha não energizada está efetivamente no potencial de aterramento,
a capacitância da guia em relação à terra é relativamente grande e o gradiente
de potencial na guia relativamente alto. Se a guia estiver deteriorada, haverá
perdas nela, que serão medidas em cada teste de disjuntor aberto.
Quando o disjuntor está fechado, o campo elétrico no conjunto da guia
(R'G) é consideravelmente alterado em relação àquele no teste de disjuntor
aberto (RG). A capacitância para as peças energizadas aumenta, mas a
capacitância em relação à terra é reduzida consideravelmente devido ao
efeito de blindagem criado pela cruzeta energizada e a outra bucha. A
alteração resultante no campo elétrico faz o Índice de perda no tanque ser
negativo. Se a guia estiver em boa condição, o efeito no Índice de perda
no tanque será pequeno. Se a guia estiver deteriorada, as perdas obtidas
para os testes de disjuntor aberto e fechado serão altas, mas o Índice de

March 17, 2006


perda no tanque será negativo e também alto.
Isolamento da Os disjuntores de alta tensão podem ser equipados com interruptor ou
montagem do contato montagens de contato montados na parte inferior de cada condutor da bucha.
(interruptores) – Os componentes isolantes dessas montagens de contato afetam os testes de
RCA/R'CA uma maneira similar aos conjuntos de guias.
O isolamento da montagem do contato (interruptor) é incluído nos testes de
disjuntor aberto em função de sua presença no campo elétrico estabelecido
entre a bucha energizada, a bucha não energizada e o tanque aterrado.
No teste de disjuntor aberto, a bucha não energizada está praticamente
no potencial de aterramento e o gradiente de tensão médio na montagem
do contato é relativamente alto.
No teste de disjuntor fechado, devido ao efeito de blindagem da outra
bucha e da cruzeta, a capacitância em relação à terra é reduzida e o gradiente
médio e as perdas no isolamento da montagem do contato serão reduzidos.
Um isolamento deteriorado ou contaminado da montagem do contato
causará uma potência alta tanto para o disjuntor aberto quanto para o
fechado (este último em menor grau) e o Índice de perda no tanque
será negativo e também alto.

72A-2244-03 Rev. A 4-11


Análise e interpretações

Como no caso dos guias em "V" ou caixa, os interruptores não têm caminhos
diretos para a terra e poderá parecer que a deterioração neles é de pouca
importância. As altas perdas desenvolvidas nesses componentes podem
indicar que umidade está penetrando no tanque e pode deteriorar outros
isolamentos mais vitais. A umidade excessiva pode causar o empeno ou
deformação de peças do interruptor e acarretar seu mau funcionamento.
Altas perdas nesses componentes também podem tender a mascarar falhas
nas próprias buchas.
Alguns tipos de disjuntores GVO possuem uma forma de graduação de
resistência associada a cada interruptor para distribuir a tensão entre os contatos
de abertura mais igualmente. Essa resistência, RCR na Figura 4.3, está em série
com a capacitância COC do contato mais inferior através do óleo até o tanque.
Tal construção normalmente causa perdas relativamente altas nos testes de
disjuntor aberto, mesmo que o disjuntor esteja em boas condições. Durante os
testes de disjuntor fechado, tal resistência está curto-circuitada e não afetará os
testes. Nesses casos, o Índice de perda no tanque é negativo e alto, sem indicar
qualquer deterioração.
Haste de operação No teste de disjuntor aberto, há uma capacitância entre a haste de operação
March 17, 2006

(haste de operação) – (RL) e a bucha energizada, bem como resistência e capacitância distribuída
RL /R'L em relação à terra. Como a haste de operação está na posição abaixada, a
seção central estará mais próxima do condutor da bucha e terá um gradiente
de potencial mais alto do que as seções superior e inferior.
No teste de disjuntor fechado, a haste de operação é conectada diretamente
entre a cruzeta viva e o aterramento (R'L). O gradiente de tensão na maior
parte da haste de operação é marcadamente aumentado em relação aos testes
de disjuntor aberto. Deterioração ou contaminação da haste de operação deve
fazer o Índice de perda no tanque ser positivo e grande.
As cargas aplicadas na haste de operação no teste de disjuntor fechado são
bem diferentes daquelas aplicadas durante os testes de disjuntor aberto. As
seções inferior e central são submetidas a uma carga maior, enquanto que a seção
superior tem uma carga reduzida. A parte superior da haste de operação, que
se estende para cima e para dentro da carcaça do mecanismo, é inteiramente
removida do campo elétrico. Se umidade da carcaça do mecanismo entrou
penetrou na seção superior da haste de operação, mas não progrediu muito
dentro da haste, então isso pode levar a suspeita de que há deterioração nas
guias da haste de operação ou no isolamento do interruptor ou do contato.
A parte da haste com umidade estaria no campo elétrico durante os testes de
disjuntor aberto, mas durante os testes de disjuntor fechado ela seria removida
do campo elétrico ou a carga aplicada seria reduzida. Tal condição faria o
Índice de perda no tanque ser negativo. Normalmente, a deterioração em uma
haste de operação é mais geral e o Índice de perda no tanque será positivo.

4-12 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Revestimentos dos Para evitar qualquer possibilidade de partículas condutivas no óleo se alinharem e
tanques – RT/R'T produzirem um caminho direto para a terra a partir das extremidades inferiores das
buchas, os tanques de um disjuntor GVO podem ser revestidos com um material
isolante, normalmente uma fibra ou papel processado. O revestimento não fica
em contato direto com as peças energizadas, mas está no campo elétrico devido
à capacitância partir dele através do óleo até as buchas. Devido à sua localização,
o gradiente de tensão nele é baixo, mas mesmo assim um revestimento deteriorado
terá perdas que podem ser medidas. As perdas no revestimento do tanque afetam
os testes de disjuntor aberto e fechado de maneira similar àquelas no óleo.
Para o teste de disjuntor aberto em uma bucha, a Figura 4.3 mostra que uma
porção do revestimento do tanque (RT) estará no campo elétrico da bucha. Com
a outra bucha energizada, uma porção diferente do revestimento do tanque (R'T)
estará em seu campo elétrico. Com o disjuntor fechado, ambas as porções do
revestimento estarão substancialmente no mesmo campo de força, como nos
testes de disjuntor fechado e, além disso, outras partes do revestimento que,
para os testes de disjuntor aberto, tinham pouco ou nenhum gradiente de tensão
nelas, agora ficam no campo relativamente forte produzido pela cruzeta sendo
energizada. Tal como com o óleo deteriorado, um revestimento deteriorado
tenderá a ter uma maior influência global no teste de disjuntor fechado e,

March 17, 2006


portanto, fará o Índice de perda no tanque ficar na direção positiva.
Isoladores de Alguns tipos de disjuntores GVO possuem recursos de interrupção múltipla.
suporte do contato Os contatos auxiliares são suportados por isolamentos, como uma terceira
auxiliar – C'A perna de porcelana, que nos testes de disjuntor aberto estão, no máximo,
em um campo elétrico bastante fraco. Por essa razão, a deterioração em
tais isolamentos não terá praticamente nenhum efeito no teste de disjuntor
aberto e não é mostrada na Figura 4.3.
Nos testes de disjuntor fechado, tal isolamento (C'A na Figura 4.4) está
diretamente entre as peças energizadas e a terra e estará submetido a um
campo elétrico relativamente forte. Qualquer contaminação ou deterioração
fará o Índice de perda no tanque ser positivo e alto.

72A-2244-03 Rev. A 4-13


Análise e interpretações

Investigações Às vezes, é útil investigar resultados anormais realizando uma série de testes a
várias tensões, para determinar se a condição que causa esse resultado anormal
é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da Doble.
Isso pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV no caso de testes
normalmente executados a 10 kV.
Na maioria das situações em que perdas ou fatores de potência anormalmente
altos são obtidos, não é possível afirmar de forma definitiva que qualquer
isolamento específico – e somente esse – está deteriorado. Por exemplo, se
perdas ou fatores de potência altos forem obtidos para ambas as buchas nos
testes de disjuntor aberto e fechado e o Índice de perda no tanque parecer
baixo, pode estar havendo uma combinação de falhas. Ambas as buchas, ou
os isoladores a elas conectados, podem estar com defeito. Outra possibilidade
é que ambos os componentes da guia ou o isolamento da montagem do contato
e haste de operação, o óleo ou o revestimento do tanque, etc., estejam com
defeito. A diminuição nas perdas no conjunto de guias, etc., nos testes de
disjuntor fechado é compensada pelo aumento das perdas na haste de
operação, etc.
Antes de condenar definitivamente qualquer peça do isolamento do disjuntor,
March 17, 2006

devem ser feitos testes investigativos adicionais. Obviamente, qualquer coisa que
possa ser feita externamente deve ser realizada em primeiro lugar. Os isoladores
do barramento podem ser desconectados e a porcelana das buchas pode ser limpa.
Uma amostra de óleo do tanque suspeito deve ser testada. Em alguns casos, certos
testes auxiliares podem ser utilizados para confirmar a análise dos testes padrão.
Por exemplo, se os testes indicam que tanto a haste de operação quanto o conjunto
de guias do tipo cruzado têm altas perdas, a guia cruzada pode ser eliminada e
as perdas da haste de operação minimizadas interconectando externamente as
duas buchas e testando a combinação com o disjuntor aberto. Esse mesmo
teste também provocará uma pequena diminuição nas perdas no isolamento da
montagem do contato ou em um guia tipo "V" ou caixa. Uma haste de operação
que esteja deteriorada apenas na seção superior também pode ser indicada neste
teste, colocando o disjuntor na posição quase fechado e observando se as perdas
se reduzem. Em um disjuntor equipado com um guia tipo cruzado, a perda real
apenas na guia pode ser determinada com o disjuntor aberto energizando uma
bucha e a outra conectada ao UST.
Tais testes externos, embora úteis para a análise, podem não produzir informações
positivas de que certos isolamentos, e apenas eles, estão deteriorados. Devem
ser realizados testes separados apenas nos componentes suspeitos. Esses testes
necessitarão que o tanque seja rebaixado ou, no caso de tanques fixos, que o
óleo seja bombeado para fora.

4-14 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Remover o óleo não altera fundamentalmente a disposição do circuito dielétrico


na Figura 4.3 e na Figura 4.4, mas altera as proporções relativas das constantes.
O ar substituirá o óleo e, como o ar possui uma constante dielétrica menor que
a do óleo, todas as perdas nos conjuntos de guias, revestimento do tanque, etc.,
serão reduzidas, já que a carga neles será diminuída. Se o projeto do disjuntor
permitir que o tanque seja rebaixado, isso afetará ainda mais o circuito dielétrico.
Não apenas o ar (um material de constante dielétrica menor) está substituindo
o óleo, mas, além disso, a capacitância é reduzida adicionalmente pela remoção
do tanque aterrado. Por exemplo, o revestimento do tanque é removido quase
que inteiramente do campo elétrico. A remoção do óleo também causa um
efeito de lavagem, que pode redistribuir qualquer presença de carbono ou outros
contaminantes de superfície que estejam provocando o escoamento superficial.
Em geral, as perdas no isolamento auxiliar diminuirão com a remoção do óleo.
Em alguns casos, perdas anormais podem ser obtidas devido apenas aos
depósitos de carbono, que podem ser facilmente removidos. Por exemplo,
remover limpar a blindagem de arcos e a extremidade inferior da bucha
pode reduzir as perdas ao valor normal.
Se for necessária uma investigação interna, os componentes de madeira

March 17, 2006


podem ser testados separadamente pelo método de três eletrodos,
descrito em "Madeira e outros componentes isolantes" na página 13-1.
Freqüentemente, índices anormalmente altos de perdas no tanque são
provocados por interruptores molhados, que também podem ser testados
separadamente com o método de três eletrodos. Outro método para o
teste individual de interruptores é mostrado na Figura 4.5.

Figura 4.5 Medição UST separada em um interruptor

72A-2244-03 Rev. A 4-15


Análise e interpretações

Na Figura 4.5, a área hachurada cruzada representa a lâmina metálica (por


exemplo, papel alumínio comum de uso doméstico), que está firmemente
colocada em volta da superfície do interruptor e é mantida na posição por
um fio comum. Deve haver uma folga adequada entre o laminado e os
cantos superior e inferior do interruptor para evitar centelhamento durante
o teste. O disjuntor é fechado e o cabo de baixa tensão (BT) é conectado ao
laminado com a Chave de baixa tensão do conjunto de teste no modo UST.
Assim, as perdas das buchas e outras perdas em relação à terra não serão
medidas.
NOTA A técnica de teste mostrada na Figura 4.5 pode não se aplicar
se os interruptores possuírem resistores de gradiente ou tinta
semicondutora neles.
Os interruptores, por sua natureza, normalmente têm fatores de potência
relativamente altos (10 a 20% não é incomum). Os materiais empregados na
fabricação dos interruptores possuem uma afinidade com a umidade. Também,
uma certa quantidade de umidade é desejável para preservar a resistência
mecânica. A umidade excessiva pode provocar deformações e subseqüente
sobrecarga nos parafusos de fixação. Por outro lado, os interruptores não
March 17, 2006

devem estar secos demais, já que uma grande redução no conteúdo de água
pode enfraquecer mecanicamente a estrutura da placa, fazendo com que ela
fique solta e deformada, reduzindo assim a eficácia do interruptor, tanto
mecânica quanto eletricamente.
Os exemplos a seguir devem auxiliar o engenheiro de testes na interpretação
dos dados:

Exemplo 1
Fator de potência %
Teste nº I(mA) Watts Medido Corrigido
1 (Aberto) 1150 0,07 0,61 0,6
2 (Aberto) 1150 0,07 0,61 0,6 TLI
7 (Fechado) 2300 0,11 0,48 0,5 –0.03 W
Comentário: Os resultados do teste são normais.

4-16 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Exemplo 2
Fator de potência %
Teste nº I(mA) Watts Medido Corrigido
1 (Aberto) 1150 0,07 0,61 0,6
2 (Aberto) 1200 0,22 1,83 1,8 TLI
7 (Fechado) 2300 0,13 0,56 0,6 –0,16 W
Comentários: O alto índice negativo de perda no tanque pode ser devido
a um interruptor "molhado" na bucha nº 2. A própria bucha
nº 2 pode ser considerada em bom estado, embora o fator
de potência para o Teste 2 esteja alto. Se a bucha nº 2
tivesse, de fato, um fator de potência alto, ela teria também
contribuído com altas perdas no Teste nº 7. Se aplicável,
uma medição UST complementar na bucha nº 2 e/ou
medição UST no interruptor nº 2 (consulte a Figura 4.5)
forneceria informações adicionais úteis. Consulte também
o Exemplo 3.

March 17, 2006


Exemplo 3
Fator de potência %
Teste nº I(mA) Watts Medido Corrigido
1 (Aberto) 1150 0,07 0,61 0,6
2 (Aberto) 1200 0,22 1,83 1,8 TLI
7 (Fechado) 2350 0,26 1,11 1,1 –0,03 W
Comentários: Devido ao Índice de perdas no tanque "normal", o alto fator
de potência para o Teste 2 deve ser provocado pela bucha
nº 2 (ou isoladores conectados, se houver). Observe que
o fator de potência do disjuntor fechado é uma média
aproximada dos dois fatores de potência dos disjuntores
abertos, desde que o Índice de perdas no tanque seja
relativamente baixo. Se aplicável, uma medição UST
complementar na bucha nº 2 forneceria informações
úteis adicionais.

72A-2244-03 Rev. A 4-17


Análise e interpretações

Exemplo 4
Fator de potência %
Teste nº I(mA) Watts Medido Corrigido
1 (Aberto) 1200 0,15 1,25 1,3
2 (Aberto) 1200 0,15 1,25 1,3 TLI
7 (Fechado) 2300 0,11 0,48 0,5 –0,19 W
Comentários: O baixo fator de potência do disjuntor fechado indica
que as buchas estão satisfatórias. Entretanto, o alto
índice negativo de perda no tanque, que está refletindo
as altas perdas de disjuntores abertos para os Testes
1 e 2 (e seus fatores de potência resultantes calculados),
pode ser provocado por uma guia da haste de operação
(elevação) ou a porção superior da haste deteriorada, que
afetariam o teste de disjuntor aberto. Também é possível
que ambos os interruptores estejam contaminados.
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Exemplo 5
Fator de potência %
Teste nº I(mA) Watts Medido Corrigido
1 (Aberto) 1150 0,07 0,61 0,6
2 (Aberto) 1150 0,07 0,61 0,6 TLI
7 (Fechado) 2400 0,25 1,04 1,0 +0,11 W
Comentários: As perdas e o fator de potência relativamente baixos no
disjuntor aberto indicam que as buchas estão satisfatórias.
As altas perdas no disjuntor fechado (resultando em alto
índice positivo de perdas no tanque) indicam um problema
interno, talvez uma haste de operação deteriorada, um
revestimento de tanque contaminado ou, possivelmente,
uma resistência de contato anormalmente alta.

4-18 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Exemplo 6
Fator de potência %
Teste nº I(mA) Watts Medido Corrigido
1 (Aberto) 1200 0,18 1,50 1,5
2 (Aberto) 1200 0,18 1,50 1,5 TLI
7 (Fechado) 2400 0,40 1,67 1,7 +0,04 W
Comentários: Os fatores de potência de disjuntores abertos e fechados
neste exemplo são altos e o Índice de perda no tanque está
apenas ligeiramente alto na direção positiva. Embora seja
possível que as próprias buchas tenham perdas altas, um
alto fator de potência do óleo também fará que os fatores
de potência dos disjuntores abertos e fechados sejam
altos e isso tenderia a fazer com que o Índice de perda no
tanque seja positivo. Testes complementares no óleo e nas
buchas forneceriam informações úteis. O padrão de dados
mostrados neste exemplo freqüentemente é indicativo
de uma condição de contaminação interna geral. Limpar

March 17, 2006


o tanque e os componentes internos com óleo limpo, a
limpeza e remontagem das peças internas (como a estrutura
do disjuntor) e a substituição ou recondicionamento do
óleo geralmente são medidas necessárias para recolocar o
disjuntor em boas condições.

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Tensão de teste

Disjuntores de tanque aterrado SF6


Tensão de teste
Os disjuntores de tanque aterrado SF6 normalmente possuem uma tensão
nominal acima da classe 15 kV e todos os testes globais são executados
a 10 kV.
Disjuntores deste tipo, que possuem tensão nominal na classe 15 kV e inferior,
são testados inicialmente e de forma rotineira nas seguintes tensões:

Tabela 4.4 Tensões de teste recomendadas pela Doble para disjuntores


de tanque aterrado SF6 (Classe de 15 kV e inferior)
Teste inicial Testes de acompanhamento
de rotina
1. Alguma baixa tensão inferior ————
à do início do efeito corona
(por exemplo, tensão de teste
de 2 kV para disjuntores da
classe de 15 kV)
March 17, 2006

2. Tensão nominal de operação ————


linha em relação à terra (por
exemplo, tensão de teste de
8 kV para um disjuntor de
13,8 kV)
3. 10% a 25% acima da tensão 1. 10% a 25% acima da tensão
nominal de operação linha em nominal de operação linha em
relação à terra (por exemplo, relação à terra (por exemplo,
tensão de teste de 8,8 kV a tensão de teste de 8,8 kV a 10 kV
10 kV para um disjuntor para um disjuntor de 13,8 kV)
de 13,8 kV)

Para disjuntores de tanque aterrado SF6 de classe 15 kV e inferior, assim que


tenha sido estabelecido um padrão de referência em várias tensões de teste
(isto é, em que nenhum aumento considerável na perda de potência ou no
fator de potência seja observado inicialmente para indicar a presença do
efeito corona), os testes de rotina subseqüentes geralmente são executados
na tensão máxima selecionada para o teste inicial.

4-20 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento de teste
Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos para acelerar o processo. No procedimento
descrito a seguir, os testes múltiplos exigem que seja colocado um cabo de baixa
tensão na bucha oposta àquela sendo energizada, na mesma fase (a bucha na
coluna identificada como "Bucha desconectada"). Em vez de permanecer
desconectada, essa bucha será guardada. Os testes múltiplos estão disponíveis
apenas nos testes 1, 3 e 5. Os resultados são os seguintes:
1. Ao executar o teste 1, escolher um teste múltiplo fará o M4000 realizar
os testes 1 e 7.
2. Ao executar o teste 3, escolher os testes múltiplos realizará os testes 3 e 8.
3. Ao executar o teste 5, ele produz os testes 5 e 9.
NOTA Como os testes múltiplos exigem que os testes 1, 3 e 5 sejam testes
GUARD e não de Terra (Ground), os resultados desses três testes
serão diferentes daqueles obtidos ao utilizar testes únicos. Portanto,
os resultados dos testes múltiplos não podem ser comparados
adequadamente aos resultados de testes ao realizar testes únicos!

March 17, 2006


O procedimento do teste global para disjuntores de tanque aterrado SF6
é descrito a seguir:

Tabela 4.5 Procedimento do teste global para disjuntores de tanque


aterrado SF6
Teste nº Posição do Modo Bucha* Bucha* Bucha*
disjuntor de teste energizada desconectada UST
1 Aberto GST 1 2 —
2 Aberto GST 2 1 —
3 Aberto GST 3 4 —
4 Aberto GST 4 3 —
5 Aberto GST 5 6 —
6 Aberto GST 6 5 —
7 Aberto UST 1 — 2
8 Aberto UST 3 — 4
9 Aberto UST 5 — 6
* As buchas das fases que não estão em teste devem permanecer desconectadas.

72A-2244-03 Rev. A 4-21


Procedimento de teste

Figura 4.6 Testes 1-6, disjuntor de tanque morto SF6. Para realizar os testes
múltiplos descritos acima, conecte como mostrado na Figura 4.7 abaixo.
March 17, 2006

Figura 4.7 Testes 7-9, disjuntor de tanque morto SF6

Vários projetos de disjuntores multicontato de tanque morto SF6 contêm


isoladores de suporte internos em cada tanque para fornecer suporte para
outros componentes internos e também podem alojar barras de operação
e tubos de alimentação de alta pressão. Alguns desses projetos são:

Brown Boveri/Gould/I-T-E Tipos GA/GB


High Voltage Breakers, Inc. Sopradores SF6
Westinghouse Electric Corp. Tipo SFV (dois interruptores/fase)

4-22 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Para este tipo de projeto, a coluna do isolador interno não é submetida


diretamente à carga com o disjuntor na posição aberto. Portanto, para
esses disjuntores, os testes 1 a 9 são complementados pelas medições
GST de disjuntor fechado em cada fase, como descrito a seguir:

Tabela 4.6 Testes complementares em disjuntores de tanque aterrado SF6


Teste nº Posição do Modo Bucha* Bucha* Bucha*
disjuntor de teste energizada desconectada UST
10 Fechado GST 1e2 — —
11 Fechado GST 3e4 — —
12 Fechado GST 5e6 — —

March 17, 2006


Figura 4.8 Teste alternativo para isoladores de suporte interno

Análise dos resultados do teste


Os testes de disjuntor aberto (GST) são classificados com base na corrente, watts
(potência) e fator de potência. Para obter dados comparativos, consulte a seção
Disjuntor do Manual de referência de dados de teste da Doble. Se a corrente de
carga for relativamente pequena, deve ser dada mais ênfase às perdas de watts
do que ao fator de potência. Em alguns casos, esses disjuntores são equipados
com capacitores linha em relação à terra no lado da linha e/ou da carga. Quando
aplicável, o fator de potência e a capacitância são registrados e analisados.
Para disjuntores com capacitores de gradiente entre os contatos, as medições UST
(Testes 7, 8 e 9) são de particular significância. Os resultados de tais testes são
analisados com base em uma comparação de capacitâncias e fatores de potência
(ou perdas de watts, no caso de valores de capacitância relativamente baixos).
Capacitâncias anormalmente altas podem indicar seções em curto em uma ou
mais das montagens de capacitores de gradiente. Para obter dados comparativos,
consulte a seção Disjuntor do Manual de referência de dados de teste.

72A-2244-03 Rev. A 4-23


Análise dos resultados do teste

Os testes de disjuntor fechado, quando aplicáveis, são classificados com base


na corrente, watts (potência) e fator de potência. Os dados são comparados
entre fases, com os resultados de testes anteriores (se houver), com os resultados
registrados no sistema para disjuntores semelhantes e com os dados tabulados
na seção Disjuntor do Manual de referência de dados de teste.
Perdas e fatores de potência altos para os testes 1 a 6 (todas os projetos), e
para os Testes 10 a 12, podem ser o resultado de umidade excessiva ou de
subprodutos do SF6 com abertura de arco, que se condensaram ou depositaram
nos componentes do isolamento interno. Operar o disjuntor várias vezes
pode melhorar os resultados altos, se provocados por umidade. A suspeita
de umidade pode ser confirmada por medições de ponto de orvalho ou
conteúdo de umidade no gás SF6.
Testes UST e de isolamento de derivação complementares são realizados nas
buchas equipadas com derivações de teste de potencial ou de fator de potência.
Para disjuntores equipados com buchas preenchidas a gás, testes
complementares de colar quente são executados para detectar contaminação
interna ao longo da parede interna do abrigo contra intempéries, rachaduras e
outros problemas nas proximidades dos colares. Podem ser executados testes
únicos ou múltiplos de colar quente (consulte "Buchas" na página 3-1). Em
March 17, 2006

buchas grandes, pelo menos três testes de colar quente devem ser realizados
ou pode ser feito um teste múltiplo de colar quente com os colares colocados
nas partes superior, intermediária inferior da bucha (mais colares podem
ser utilizados, dependendo do tamanho da bucha). As perdas de colar quente
são comparadas entre buchas similares testadas em condições atmosféricas
semelhantes, entre seções de buchas no caso de testes de colar quente único
realizados em vários locais de uma determinada bucha e com resultados
anteriores (se houver). Em condições atmosféricas favoráveis, a perda esperada
para o teste de colar quente único em uma bucha de porcelana preenchida a
gás é de 0,010 watt ou menos. Altas perdas obtidas comparativamente para
testes de colares quentes múltiplos são investigadas pela realização de uma
série de testes de colar quente único ao longo de várias seções da bucha, para
determinar se as altas perdas são localizadas ou generalizadas.
Às vezes é útil investigar resultados anormais realizando uma série de testes a
várias tensões, para determinar se a condição que causa esses resultados anormais
é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da Doble. Isso
pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV no caso de testes normalmente
executados a 10 kV.

4-24 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Disjuntores de tanque vivo (tipos a ar, SF6 ou óleo mínimo)


Módulo "T" e "Y" - Geral
Os disjuntores de alta tensão e extra-alta tensão (EAT) podem ter um projeto
modular, em que dois interruptores são montados em um "tanque vivo",
que, por sua vez, é montado no topo de uma coluna isoladora vertical, de
altura variável, dependendo da tensão nominal em kV do disjuntor. Diversos
módulos desse tipo podem ser conectados em série para tensões nominais mais
altas e maiôs capacidade de interrupção. Uma variação desse projeto tem cada
braço do "T" ou "Y" contendo um único interruptor montado em uma carcaça
de porcelana grande. Nesse projeto, os capacitores de gradiente e contatos
e os resistores de pré-inserção, e suas chaves, são montados em porcelanas
separadas conectadas através de cada seção do interruptor. Dieletricamente,
cada tipo descrito acima é igual ao mostrado na Figura 4.9. Os disjuntores
destes tipos com tensões nominais menores podem ter apenas um interruptor
montado no topo de uma coluna isoladora vertical e são comumente
denominados de disjuntores tipo "castiçal". O procedimento de teste para
este tipo de disjuntor é descrito em "Disjuntores tipo castiçal (um disjuntor por

March 17, 2006


fase)" na página 4-29.

C1 e C3 = Buchas de entrada
C2 e C4 = Capacitores de gradiente (através dos contatos
do interruptor)
S1 e S2 = Chaves dos resistores de pré-inserção
R1 e R2 = Resistores de pré-inserção
I3 = Coluna isoladora vertical (uma ou mais seções)
R3 = Tubo de alimentação de gás ou ar, haste de operação e
outros isolantes de coluna

Figura 4.9 Esquema dielétrico de disjuntor modular "T" ou "Y"

72A-2244-03 Rev. A 4-25


Tensões de teste

Tensões de teste
Os disjuntores modulares "T" e "Y" de tanque vivo normalmente são
projetados para aplicações de alta tensão e extra-alta tensão (EAT). Todos
os testes de rotina da Doble são executados a 10 kV. Às vezes, é útil
investigar resultados anormais realizando uma série de testes a várias
tensões, para determinar se a condição que causa esse resultado anormal
é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da
Doble. Isso pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV.

Procedimento de teste
Testes múltiplos O DTA pode realizar testes múltiplos para economizar tempo. Ao executar
o teste 1, selecionar testes múltiplos resultará na realização de todos os
três testes descritos no procedimento a seguir. Ao utilizar a função de
testes múltiplos:
1. O DTA perguntará em que ponto no disjuntor os cabos de baixa tensão
vermelho e azul foram colocados (veja o desenho do layout se tiver
dúvidas, selecionando Layout no menu Exibir.
March 17, 2006

2. O DTA exibirá uma janela Configurar em que é possível selecionar Testes


múltiplos. Verifique se que o kV de teste e os circuitos estão corretos.
Há um exemplo abaixo dos procedimentos de teste a seguir.
3. Para disjuntores com múltiplas colunas por fase, cada conjunto de dois
interruptores e suas colunas de suporte é testado como um outro teste
múltiplo de 3.
A técnica de teste global para cada módulo de um disjuntor de "tanque vivo"
modular "T" e "Y" de alta tensão é descrita a seguir:

Tabela 4.7 Procedimento de teste para cada módulo "T" e módulo "Y"
Disjuntores de tanque vivo (disjuntores abertos para todos
os testes)
Execute todos os testes de rotina a 10 kV.

Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição


de teste (Ground)
1 UST D B — A C1+C2+
(R1+S1)
2 UST D A — B C3+C4+
(R2+S2)
3 GST D — A, B — I3+R3

4-26 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A disposição dupla de cabos de baixa tensão (BT) do conjunto M4000


facilita muito o teste de disjuntores de tanque vivo modulares "T" e "Y".
Realizando apenas um conjunto de conexões de teste, os testes 1, 2 e 3 em
um determinado módulo são executados simplesmente selecionando a
descrição do circuito para cada teste. Para ilustrar, considere as seguintes
conexões (consulte a Figura 4.10):
Conexão do cabo de teste de alta tensão ao ponto D
Conexão do cabo de BT (vermelho, V) ao ponto A
Conexão do cabo de BT (azul, A) ao ponto B

March 17, 2006


Figura 4.10 Teste de disjuntores de tanque vivo de módulo único

Em seguida, os testes nº 1, 2 e 3 são executados utilizando as seguintes


descrições de circuito:

Teste nº Energização Terra GUARD UST Descrição do


(Ground) circuito
1 D B* — A UST-V
2 D A* — B UST-A
3 D — A, B — GAR-RB
* Para UST, GUARD e Terra (Ground) são iguais.

72A-2244-03 Rev. A 4-27


Análise dos resultados

Análise dos resultados


As combinações de bucha de entrada/capacitor de gradiente são classificadas
com base nos resultados dos testes de capacitância e fator de potência.
NOTA Embora os resistores de pré-inserção e suas chaves associadas sejam
mostrados como incluídos nos testes 1 e 2, os resistores R1/R2
normalmente têm um baixo valor ôhmico e as chaves S1/S2 possuem
uma capacitância muito baixa em relação às buchas e aos capacitores
de gradiente. Portanto, a influência de R1/R2 e S1/S2 nos testes 1 e 2
é praticamente desprezível.
Em alguns disjuntores, a capacitância e/ou fatores de potência devem ser
corrigidos para a temperatura com base nas informações fornecidas pelos
fabricantes. Dados para auxiliar na correção da temperatura e na análise
dos resultados dos testes estão incluídos na seção Disjuntor do Manual
de referência de dados de teste da Doble. Os resultados também são
comparados entre módulos de um determinado disjuntor, com resultados
de testes anteriores (se houver) e com os resultados gravados no sistema
para disjuntores semelhantes.
March 17, 2006

Perdas e fatores de potência altos para as combinações de bucha de


entrada/capacitor de gradiente geralmente indicam capacitores de gradiente
deteriorados ou contaminados, mas pode também ser resultado de escoamento
superficial (externo ou interno) na bucha. Capacitâncias acima do normal
podem indicar seções em curto nos conjuntos de capacitores de gradiente.
Resultados inaceitáveis para os testes 1 e 2 demandam que testes separados
sejam executados nas buchas e capacitores de gradiente associados.
Perdas altas ao longo da coluna "T" ou "Y" indicam a possibilidade de
escoamento superficial (interna ou externa) ao longo da coluna ou umidade,
que pode ter se condensado nos tubos e barras internos. No último caso,
operar o disjuntor várias vezes pode melhorar os resultados.
A investigação de resultados anormais deve incluir testes complementares
em diversas tensões (consulte o tópico em "Geral" – "Tensões de teste"
na página 1-11).

4-28 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Os TCs (transformadores de corrente) associados a esses disjuntores também


são testados. Esses TCs normalmente são do tipo "autônomo", mas em alguns
casos podem ser incorporados como parte da coluna de suporte do interruptor
do módulo. Em qualquer caso, uma medição global é feita (enrolamento
primário em relação à terra) e o fator de potência é calculado e corrigido para
a temperatura. Os fatores de potência são comparados para TCs similares
associados ao mesmo disjuntor, com os resultados de testes anteriores (se
houver), com os resultados registrados no sistema para TCs similares e com
os dados tabulados na seção Transformador de instrumento do Manual de
referência de dados de teste da Doble.
Alguns TCs autônomos são equipados com derivações de teste de potencial
ou de fator de potência, que permitem, além do teste global, medições UST
e do isolamento da derivação complementares. Para obter mais informações,
consulte "Transformador de corrente" na página 5-36 nesta seção.

Disjuntores tipo castiçal (um disjuntor por fase)


Uma fase de um disjuntor trifásico tipo castiçal, com um interruptor por fase,
é ilustrada na Figura 4.11. Disjuntores desse tipo com múltiplos interruptores

March 17, 2006


foram descritos anteriormente neste capítulo em "Disjuntores de tanque vivo
(tipos a ar, SF6 ou óleo mínimo)" na página 4-25.
C1 = Câmara do interruptor
R = Haste de operação e isolador do suporte

Figura 4.11 Disjuntor tipo castiçal

72A-2244-03 Rev. A 4-29


Tensões de teste

Tensões de teste
Os disjuntores tipo castiçal com classe de isolamento de 15 kV e superior são
testados a 10 kV. Disjuntores desse tipo com tensão nominal abaixo da classe
de 15 kV são testados a uma tensão conveniente igual ou inferior à tensão
nominal da placa de identificação.
Testes múltiplos Se estiver utilizando o DTA, os testes múltiplos podem acelerar o teste.
No procedimento de teste descrito abaixo, os testes 1 e 2 poderiam ser
executados em um teste múltiplo:
1. O DTA inicialmente pergunta quais linhas de teste devem ser incluídas
no teste múltiplo. O usuário deve selecionar as linhas do interruptor C1
e de sua coluna de suporte S1 (ou C2 e S2, C3 e S3).
2. O DTA pergunta quais circuitos de teste devem ser utilizados. Para os
procedimentos de teste mostrados a seguir, o circuito para o teste 1 seria
medição UST vermelho e para o teste 2 GST-GUARD vermelho azul
(um cabo de baixa tensão é conectado a T1).

Procedimento de teste
March 17, 2006

Se estiver utilizando o DTA, selecione o Layout nº 7. O procedimento para


cada fase deste tipo de disjuntor é o seguinte:

Tabela 4.8 Procedimento de teste para disjuntores tipo castiçal


Teste nº Posição do Modo Energização Terra GUARD UST Medição
disjuntor de teste (Ground)
1 Aberto UST T2 T3 — T1 C1
2 Aberto GST T2 T3 T1 — R*

* A mesma de S1 no DTA

4-30 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Figura 4.12 Teste de disjuntores tipo castiçal ou desligadores

Na presença de fortes campos eletrostáticos e se estiver testando com outro


instrumento que não seja o M4000, os efeitos de interferência nessas medições

March 17, 2006


de capacitâncias relativamente baixas podem ser minimizados por uma
simples alteração no procedimento de teste padrão, como mostrado a seguir:

Tabela 4.9 Procedimento de teste alternativo para disjuntores com baixo


volume de óleo
Teste nº Posição do Modo Energização Terra GUARD UST Medição
disjuntor de teste (Ground)
1A Aberto UST T1 T3 — T2 C1
2A Fechado GST T1 e T2 T3 — — R*

* A mesma de S1 no DTA.
Com referência ao procedimento de teste alternativo, observe que o teste 2A
pode ser executado facilmente após o teste 1A removendo o cabo de baixa
tensão de T2 e fechando o disjuntor.

Análise dos resultados


Devido à expectativa relativamente baixa de corrente e perda de watts
(potência) para testes nesse tipo de disjuntor, as porcelanas superior e inferior
devem estar limpas e secas. Se perdas maiores que as normais forem obtidas
após a limpeza da superfície, a utilização de colares GUARD de superfície
deve ser considerada, como discutido em "Geral" – "Escoamento superficial"
na página 1-26.

72A-2244-03 Rev. A 4-31


Testes possibilitados pelo M4000

A corrente e os watts (potência) são registrados para cada teste, embora,


tendo em vista a baixa corrente de carga esperada, o fator de potência não
seja calculado. Em vez disso, é feita uma comparação das leituras individuais
de correntes e watts obtidas entre as fases, com os resultados de testes
anteriores (se houver) e com os resultados registrados no sistema para
disjuntores similares. Em condições ideais, as perdas esperadas para
os testes 1(1A) e 2(2A) são da ordem de 0,010 watt.

Testes possibilitados pelo M4000


Teste de disjuntores Com o advento do M4000 e de sua capacidade de eliminar os efeitos da
de tanque vivo sem interferência eletrostática, pode não ser necessário desconectar os TCs
remoção de TCs ou conectados ou desligar as chaves. Ao testar um interruptor com outro
chaves conectadas equipamento conectado ao lado da saída, o teste UST medirá apenas
até o interruptor e o TC ou chave conectado será desconsiderado.
Teste de um disjuntor Algumas instalações exigem que uma determinada extremidade de um disjuntor
de tanque vivo com de tanque vivo seja aterrada durante o teste. Nesse caso, o circuito de teste
um aterramento na utilizado para testar esse interruptor (aterrado no lado da saída) não será o teste
extremidade de saída UST normal, mas sim um teste GST. Como o teste envolve energizar o cabeçote
March 17, 2006

do disjuntor e medir para o lado de saída (aterrado) desse interruptor, é necessário


de um interruptor
verificar se a coluna de suporte aterrada também não está sendo incluída no teste.
Para fazer isso, conecte um cabo de baixa tensão entre duas seções das unidades
de porcelana da coluna e teste com o circuito GST-GUARD.

4-32 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Disjuntores a sopro magnético


Tensões de teste
Os disjuntores a sopro magnético geralmente possuem uma classe de
isolamento de 15 kV e inferior e são testados inicial e rotineiramente nas
seguintes tensões:

Tabela 4.10 Tensões de teste recomendadas pela Doble para disjuntores


a sopro magnético
Teste inicial Testes de rotina
1. Alguma tensão baixa inferior ————
ao início do efeito corona
(2 kV para a classe de 15 kV)
2. Tensão nominal de operação ————
linha em relação à terra (8 kV
para disjuntores utilizados
em sistemas de 13,8 kV)
3. 10% a 25% acima da tensão 1. 10% a 25% acima da tensão

March 17, 2006


nominal de operação linha em nominal de operação linha em
relação à terra (8,8 kV a 10 kV relação à terra (8,8 kV a 10 kV
para disjuntores utilizados em para disjuntores utilizados em
sistemas de 13,8 kV) sistemas de 13,8 kV)

Para os disjuntores a sopro magnético de baixa tensão da classe de isolamento


de 15 kV operando a 13,8 kV, a série inicial de testes deve ser executada a
2,8 e 8,8 até 10 kV. Após estabelecer um padrão de referência apropriado
em várias tensões (isto é, em que nenhum aumento considerável na perda de
watts ou no fator de potência com a tensão seja observado inicialmente para
indicar a presença de efeito corona), os testes de rotina de acompanhamento
seriam realizados, somente na tensão máxima selecionada para o teste inicial.
Resultados anormais verificados durante os testes de rotina devem ser
investigados realizando testes adicionais nas tensões mais baixas selecionadas
para os testes iniciais e para as quais dados padrão de referência tenham sido
obtidos. Os resultados de testes em várias tensões ajudarão a determinar se
a condição anormal é sensível à tensão.

72A-2244-03 Rev. A 4-33


Procedimento de teste

Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos para os testes 1, 3 e 5 para acelerar
o processo. A seguir, os testes que são executados:
1. Ao executar um teste múltiplo no teste 1, são obtidos os testes 1 e 7.
2. Ao executar um teste múltiplo no teste 3, são obtidos os testes 3 e 8.
3. Ao executar um teste múltiplo no teste 5, são obtidos os testes 5 e 9.

Procedimento de teste
A técnica de teste padrão para disjuntores a sopro magnético é descrita a
seguir: O cabo de alta tensão é colocado em uma bucha e o cabo de baixa
tensão na bucha oposta da mesma fase. Isso se aplica a todos os nove
testes relacionados a seguir.

Tabela 4.11 Procedimento de teste para disjuntores a sopro magnético


Disjuntores abertos para todos os testes
Teste nº Modo Bucha Bucha Bucha*
de teste energizada guardada UST
1 GST 1 2 —
March 17, 2006

2 GST 2 1 —
3 GST 3 4 —
4 GST 4 3 —
5 GST 5 6 —
6 GST 6 5 —
7 UST 1 — 2
8 UST 3 — 4
9 UST 5 — 6
A estrutura do disjuntor deve estar devidamente aterrada para obter os
dados corretos.

Normalmente, os disjuntores a sopro magnético são testados com os condutos


de arco instalados. Para eliminar a influência dos condutos de arco na bucha e
em outros isolamentos de aterramento, é preferível realizar os testes 1 a 6 com
os condutos de arco levantados ou removidos. Isso é recomendado como um
procedimento de rotina para os tipos de disjuntores em que isso for viável.
Se questionáveis, os resultados do teste da Doble são obtidos para os testes
1 a 6 de buchas com os condutos de arco instalados e, em seguida, é feita
uma investigação repetindo essas medições com os condutos levantados
ou removidos.

4-34 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Análise dos resultados


Se a corrente de carga para os testes 1 a 6 for relativamente pequena, eles
devem ser analisados com base na perda em watts e não no fator de potência.
Os resultados das medições UST são analisados com base nos watts. Os
resultados dos testes 1, 3 e 5 devem ser comparados uns com os outros.
Analogamente, compare os testes 2, 4 e 6 e compare também as três medições
UST. Esses resultados devem ser comparados com os resultados de testes
anteriores (se houver), com os resultados gravados no sistema para disjuntores
semelhantes e com os dados tabulados na seção Disjuntor do Manual de
referência de dados de teste da Doble.
Os fatores de correção de temperatura não são aplicados a disjuntores a
sopro magnético.

Disjuntores a ar de baixa tensão


Tensões de teste
Os disjuntores a ar de baixa tensão geralmente possuem uma classe de

March 17, 2006


isolamento de 15 kV e inferior e são testados inicial e rotineiramente nas
seguintes tensões:

Tabela 4.12 Tensões de teste recomendadas pela Doble para disjuntores


a ar de baixa tensão
Tensão nominal na classe de 15 kV e inferior
Unidades de teste com tensão nominal acima da classe 15 kV a 10 kV
Teste inicial Testes de rotina
1. Alguma tensão baixa inferior ————
ao início do efeito corona
(2 kV para a classe de 15 kV)
2. Tensão nominal de operação ————
linha em relação à terra (8 kV
para disjuntores utilizados em
sistemas de 13,8 kV)
3. 10% a 25% acima da tensão 1. 10% a 25% acima da tensão
nominal de operação linha em nominal de operação linha em
relação à terra (8,8 kV a 10 kV relação à terra (8,8 kV a 10 kV
para disjuntores utilizados em para disjuntores utilizados em
sistemas de 13,8 kV) sistemas de 13,8 kV)

72A-2244-03 Rev. A 4-35


Procedimento de teste

Para os disjuntores a ar de baixa tensão da classe de isolamento de 15 kV


operando a 13,8 kV, a série inicial de testes deve ser executada a 2,8 e 8,8 até
10 kV. Após estabelecer um padrão de referência apropriado em várias tensões
(isto é, em que nenhum aumento considerável na perda de watts ou no fator
de potência com a tensão seja observado inicialmente para indicar a presença
de efeito corona), os testes de rotina de acompanhamento seriam realizados,
somente na tensão máxima selecionada para o teste inicial. Resultados
anormais verificados durante os testes de rotina devem ser investigados
realizando testes adicionais nas tensões mais baixas selecionadas para os
testes iniciais e para as quais dados padrão de referência tenham sido obtidos.
Os resultados de testes em várias tensões ajudarão a determinar se a condição
anormal é sensível à tensão.

Procedimento de teste
O procedimento de teste recomendado para disjuntores desse tipo é descrito
abaixo. O cabo de alta tensão é colocado em uma bucha de cada vez e todas as
outras buchas permanecem desconectadas. Não é necessário nenhum cabo de
baixa tensão. O disjuntor e o conjunto de teste são aterrados no mesmo ponto.
March 17, 2006

Tabela 4.13 Procedimento de teste para disjuntores a ar de baixa tensão


Teste nº Posição do Modo Bucha* Bucha*
disjuntor de teste energizada desconectada
1 Aberto GST 1 2
2 Aberto GST 2 1
3 Aberto GST 3 4
4 Aberto GST 4 3
5 Aberto GST 5 6
6 Aberto GST 6 5
7 Fechado GST 1e2 —
8 Fechado GST 3e4 —
9 Fechado GST 5e6 —
* As buchas das fases que não estão em teste devem permanecer
desconectadas.

4-36 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Análise dos resultados


No caso de resultados de teste questionáveis, o procedimento de teste para
disjuntores a sopro magnético pode ser utilizado para obter informações
adicionais, de forma a auxiliar na determinação do local e da causa dos
valores anormais.
Dados de referência para uso na análise dos resultados de testes em várias
marcas e tipos desses disjuntores estão tabulados na seção Disjuntor do
Manual de referência de dados de teste da Doble. Comparações são feitas
também entre as três fases de um determinado disjuntor, com os resultados
de testes anteriores (se houver) e com os resultados obtidos no sistema
para outros disjuntores semelhantes. Os dados são analisados com base
nas perdas de watts (potência) e no fator de potência, com particular
significância nos watts, no caso de valores de capacitância e correntes de
carga relativamente baixos.
Os resultados de testes para esse tipo de equipamento não são corrigidos para
os efeitos da temperatura.

Religadores GVO

March 17, 2006


Tensões de teste
Os religadores GVO com classe de isolamento de 15 kV (por exemplo,
unidades com tensão nominal de 14,4 kV) e superior, são testados a 10 kV.
Religadores GVO com tensão nominal abaixo da classe de 15 kV são testados
a uma tensão conveniente igual ou inferior à tensão nominal da placa de
identificação. Por exemplo, uma unidade de 2,4 kV pode ser testada a 2 kV.

Procedimento de teste
Os religadores GVO são testados pelas técnicas de teste convencionais de
disjuntores abertos e fechados, descritas para disjuntores GVO. É energizada
uma bucha por vez com o cabo de alta tensão e todas as outras buchas
permanecem desconectadas. Não é necessário nenhum cabo de baixa tensão.

72A-2244-03 Rev. A 4-37


Análise dos resultados

Tabela 4.14 Procedimento de teste para religadores GVO


Teste nº Posição do Modo Bucha Bucha*
religador de teste energizada desconectada
1 Aberto GST 1 2
2 Aberto GST 2 1
3 Aberto GST 3** 4
4 Aberto GST 4 3
5 Aberto GST 5** 6
6 Aberto GST 6 5
7 Fechado GST 1e2 —
8 Fechado GST 3 e 4** —
9 Fechado GST 5 e 6** —
* As buchas das fases que não estão em teste permanecem desconectadas.
** Remova todos os solenóides de fechamento.

Análise dos resultados


March 17, 2006

A corrente e os watts (potência) são registrados para todos os testes e o


TLI (Índice de perda no tanque) é calculado. Para os testes de disjuntor
aberto, os fatores de potência normalmente não são calculados devido à
corrente relativamente baixa. Esses testes são analisados primariamente pela
comparação dos resultados de watts registrados para as seis buchas, com
os resultados dos testes anteriores (se houver), com os resultados registrados
no sistema para outros religadores semelhantes e com os resultados tabulados
na seção Disjuntor do Manual de referência de dados de teste da Doble.
O valor do fator de potência é calculado para os três testes de disjuntor
fechado, mas não são corrigidos para a temperatura. Estas três medições
incluem ambas as buchas em cada fase e as perdas associadas à haste de
operação e a outros isolamentos do tanque.
A análise dos resultados do teste é fundamentada na mesma abordagem
descrita em "Disjuntores GVO" na página 4-1. Em geral, um TLI alto
é indicativo de contaminação e/ou deterioração interna. Uma perda alta
em um disjuntor aberto, com fator de potência relativamente alto com
o disjuntor fechado e TLI normal para o tanque em questão, indica um
possível problema de bucha.
Testes complementares de colar quente podem ser executados nas buchas
sempre que resultados altos de perdas de watts (potência) são registrados
com o disjuntor aberto.

4-38 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Alguns religadores podem ser projetados com um conjunto interruptor/


resistor conectado entre os terminais da bucha inferior. Um projeto com
essa característica é o tipo PRC da Westinghouse Electric Corporation.
Os resistores exercem influência especial nos testes padrão de religadores
abertos, o que dificulta a análise apropriada dos dados. Para unidades
desse tipo, o seguinte método alternativo deve ser utilizado. Para cada teste,
o cabo de alta tensão é colocado em uma bucha e o cabo de baixa tensão
na bucha oposta da mesma fase.

Tabela 4.15 Procedimento de teste alternativo para religadores GVO


Tipo PRC da Westinghouse ou outros projetos semelhantes
Teste nº Posição do Modo Bucha* Bucha* Bucha*
disjuntor de teste energizada guardada UST
1 Aberto GST 1 2 —
2 Aberto GST 2 1 —
3 Aberto GST 3 4 —
4 Aberto GST 4 3 —

March 17, 2006


5 Aberto GST 5 6 —
6 Aberto GST 6 5 —
7 Aberto UST 1 — 2
8 Aberto UST 3 — 4
9 Aberto UST 5 — 6
10 Fechado GST 1e2 — —
11 Fechado GST 3e4 — —
12 Fechado GST 5e6 — —
* As buchas das fases que não estão em teste permanecem desconectadas.

Os testes 1 a 6 são primariamente uma medição das perdas nas buchas


(o fator de potência não é calculado). A técnica GUARD elimina eficazmente
a influência do conjunto interruptor/resistor. Os testes 7, 8 e 9 são uma
medição direta das perdas associadas ao conjunto interruptor/resistor, embora
o fator de potência não seja calculado. Os testes 10, 11 e 12 testam ambas as
buchas em cada fase e incluem as perdas associadas à haste de operação e a
outros isolamentos do tanque.

72A-2244-03 Rev. A 4-39


Análise dos resultados

Disjuntores e religadores a vácuo


Alguns tipos de disjuntores e religadores a vácuo consistem em três fases
(seis buchas) montadas em um único tanque aterrado. O circuito dielétrico
de cada fase desse tipo de disjuntor/religador a vácuo pode ser representado
esquematicamente como mostrado na Figura 4.13:

B1 e B2 = Buchas de entrada
S1 e S2 = Isoladores de afastamento interno (se houver)
R = Haste de operação isolada
V = Interruptor de vácuo e carcaça
March 17, 2006

Figura 4.13 Circuito dielétrico para disjuntores/religadores a vácuo


convencionais

4-40 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tensões de teste
Os disjuntores e religadores a vácuo com classe de isolamento acima de
15 kV são testados a 10 kV. Os disjuntores e religadores a vácuo com classe de
isolamento de 15 kV e inferior são testados nas seguintes tensões:

Tabela 4.16 Tensões de teste recomendadas pela Doble para disjuntores


e religadores a vácuo (Tensão nominal na classe de 15 kV
e inferior)
Unidades de teste acima da classe de isolamento de 15 kV a 10 kV
Teste inicial para o tipo seco Testes de rotina para o tipo seco
e teste inicial e de rotina para o tipo
preenchido a óleo
1. Alguma tensão baixa inferior ————
ao início do efeito corona
(2 kV para a classe de 15 kV)
2. Tensão nominal de operação ————
linha em relação à terra (8 kV
para disjuntores utilizados

March 17, 2006


em sistemas de 13,8 kV)
3. 10% a 25% acima da tensão 1. 10% a 25% acima da tensão
nominal de operação linha em nominal de operação linha em
relação à terra (8,8 kV a 10 kV relação à terra (8,8 kV a 10 kV
para disjuntores utilizados em para disjuntores utilizados em
sistemas de 13,8 kV) sistemas de 13,8 kV)

Para os disjuntores e religadores a vácuo da classe de isolamento de 15 kV


operando a 13,8 kV, a série inicial de testes deve ser feita a 2,8 e 8,8 até 10 kV.
Após estabelecer um padrão de referência apropriado em várias tensões
(isto é, em que nenhum aumento considerável na perda de watts ou no fator
de potência com a tensão seja observado inicialmente para indicar a presença
de efeito corona), os testes de rotina de acompanhamento seriam realizados,
somente na tensão máxima selecionada para o teste inicial. Resultados
anormais verificados durante os testes de rotina devem ser investigados
realizando testes adicionais nas tensões mais baixas selecionadas para os
testes iniciais e para as quais dados padrão de referência tenham sido obtidos.
Os resultados de testes em várias tensões ajudarão a determinar se a condição
anormal é sensível à tensão.

72A-2244-03 Rev. A 4-41


Procedimento de teste

Procedimento de teste
Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos para os testes 1, 3 e 5 para acelerar
o processo. A seguir, os testes que são executados:
1. Ao executar um teste múltiplo no teste 1, são obtidos os testes 1 e 7.
2. Ao executar um teste múltiplo no teste 3, são obtidos os testes 3 e 8.
3. Ao executar um teste múltiplo no teste 5, são obtidos os testes 5 e 9.
• Caso prefira testes múltiplos nas buchas 1, 3 e 5, energize uma bucha
por vez com o cabo de alta tensão e colocar o cabo de baixa tensão
na bucha oposta da mesma fase (ela será guardada). Os testes únicos
ainda devem ser executados nas buchas 2, 4 e 6, como mostrado
na tabela a seguir. Execute os seis primeiros testes abaixo. O teste 7
será incluído quando for feito o teste 1, o 8 com o teste 3 e o 9
com o teste 5.
NOTA Como os testes múltiplos exigem que os testes 1, 3 e 5 sejam testes
GUARD e não de Terra (Ground), os resultados desses três testes
serão diferentes daqueles obtidos ao utilizar testes únicos. Portanto,
os resultados dos testes múltiplos não podem ser comparados
March 17, 2006

adequadamente aos resultados de testes ao realizar testes únicos!


• Caso prefira testes únicos, não há necessidade de utilizar o cabo
de baixa tensão para testes 1 a 6 e todas as buchas, com exceção da
energizada, permanecem desconectadas. Selecionar "Único" para
os testes 1, 3 e 5, exige a execução individual dos testes 7 a 9 e, para
esses três testes, o cabo de baixa tensão deve ser colocado na bucha
oposta da que está sendo energizada, na mesma fase. A técnica de
teste global para disjuntores/religadores a vácuo é a descrita a seguir
(testes únicos):

4-42 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 4.17 Procedimento de teste para disjuntores/religadores a vácuo


convencionais (Todos os testes com os disjuntores/religadores
na posição aberto)
Teste nº Modo Bucha Bucha Bucha*
de teste energizada desconectada UST
1 GST 1 2 —
2 GST 2 1 —
3 GST 3 4 —
4 GST 4 3 —
5 GST 5 6 —
6 GST 6 5 —

7 UST 1 — 2
8 UST 3 — 4
9 UST 5 — 6

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Análise dos resultados
Os testes 1, 3, e 5 incluem as buchas de entrada e os isoladores internos
associados que suportam uma extremidade do bujão de vácuo. Os testes 2,
4 e 6 fazem o mesmo e, além disso, incluem as perdas associadas à haste
de operação. Os testes 7, 8 e 9 são medições diretas no bujão de vácuo
do interruptor.
As correntes de carga esperadas para todos os testes são muito pequenas.
Os fatores de potência não são calculados e nenhuma correção de temperatura
é aplicada nesses testes. As correntes e os watts (potência) dos testes 1 a 6
são comparados entre si, com os resultados de testes anteriores (se houver)
e com os resultados registrados no sistema para outros disjuntores/religadores
semelhantes. A perda de watts é ainda comparada com os dados na seção
Disjuntor do Manual de referência de dados de teste da Doble.

72A-2244-03 Rev. A 4-43


Análise dos resultados

Os bujões de vácuo testados em condições de ambiente seco devem ter perdas


dielétricas próximas de zero e, portanto, as perdas de watts para os Testes 7,
8 e 9 devem ser extremamente pequenas e precisam ser comparadas entre
as fases, com os resultados de testes anteriores (se houver), com os dados
registrados no sistema para outros disjuntores/religadores semelhantes e
com os dados tabulados de unidades semelhantes no Manual de referência
de dados de teste. Perdas altas de UST para um interruptor a vácuo podem
provocadas por um bujão defeituoso, que permitiu a entrada de umidade, por
perdas de superfície externa através da carcaça de vácuo. Esta última condição
pode ser confirmada por meio de um teste ou da combinação de vários novos
testes, após: (1) a limpeza da superfície do bujão de vácuo; (2) a aplicação de
calor à superfície do bujão; e (3) a aplicação de um colar GUARD. Consulte
os comentários em "Geral" – "Escoamento superficial" na página 1-26.
Um escoamento superficial excessivo em bujões de vácuo pode ser uma
indicação de calor insuficiente ou aquecedores defeituosos na carcaça do
disjuntor/religador. Essa condição exige atenção apropriada para assegurar
que o ar ambiente ao redor dos bujões de vácuo esteja limpos e seco nas
condições de operação.
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Na investigação de resultados anormais, os testes de colar quente em buchas


são úteis para localizar rachaduras e confirmar a existência de perdas de
superfície, tanto acima quanto abaixo do flange de montagem da bucha.
Os testes de colar quente também podem ser aplicados aos isoladores de
suporte e a técnica de teste de três eletrodos é aplicável à haste de operação.
Consulte o tópico em "Diversos" – "Madeira e outros componentes isolantes"
na página 13-1.

4-44 72A-2244-03 Rev. A


5. Transformadores, reatores e reguladores

Transformadores de potência e distribuição


Introdução
O teste de perda dielétrica e fator de potência da Doble, da forma aplicada aos
transformadores (unidades com tensão nominal de 500 kVA ou menos são
classificadas como transformadores de distribuição e as de 501 kVA ou mais
são classificadas como transformadores de potência), é o teste mais abrangente
de umidade, carbonização e outras formas de contaminação de enrolamentos,
buchas e líquidos isolantes em transformadores de potência e distribuição
(as distorções dos enrolamentos são reveladas pela alteração da capacitância;
a capacitância é medida durante o teste do fator de potência. Espiras em curto e
parcialmente em curto são identificadas por um valor de corrente anormalmente
alto, obtido no teste de corrente de excitação. Consulte a seção intitulada "Testes
de corrente de excitação de transformadores" na página 5-49). Um teste que

March 17, 2006


é ainda mais sensível à distorção de enrolamentos é o teste de reatância de
fuga (consulte "Testes de reatância de fuga" na página 5-80). A deterioração
desenvolvida em enrolamentos, buchas e líquidos isolantes pode ser localizada
por testes separados nesses componentes, utilizando uma técnica que não exige
desconexão física da rede do transformador. Essa técnica também torna possível
a segregação do circuito dielétrico nos principais componentes do enrolamento
em relação à terra e entre enrolamentos para uma análise mais eficaz dos
resultados do teste.
Os transformadores de potência e distribuição podem ser monofásicos ou
trifásicos e serem do tipo seco (ar, gás) ou preenchidos a óleo, ascarel ou
líquido sintético. Três tipos gerais são considerados aqui:
• Transformador com dois enrolamentos.
• Autotransformador (com ou sem enrolamento terciário).
• Transformador com três enrolamentos.
Para fins de teste, o procedimento utilizado depende do número de enrolamentos
separados que estão acessíveis. Portanto, o procedimento de teste do fator de
potência de um autotransformador (com enrolamento terciário acessível) é o
mesmo que para um transformador com dois enrolamentos. A única diferença
está na nomenclatura utilizada para identificar os enrolamentos.

72A-2244-03 Rev. A 5-1


Tensões de teste

Ao testar os transformadores, as condições a seguir devem ser observadas:


1. O transformador deve ser desenergizado e completamente isolado
do sistema de potência.
2. A carcaça do transformador deve ser aterrada adequadamente. Isso
é especialmente importante no caso de unidades sobressalentes.
3. Todos os terminais de cada enrolamento, inclusive os neutros, precisam
estar interconectados. O objetivo é curto-circuitar cada enrolamento para
eliminar qualquer efeito de indutância dos enrolamentos nas medições de
isolamento. Os neutros não podem estar aterrados.
4. Se a unidade estiver equipada com um CDC (Comutador de derivações
em carga), ela deve ser ajustada em posição fora da neutra. Alguns tipos
de transformador possuem elementos do tipo pára-raios, associados ao
CDC, que não são eficazmente curto-circuitados com o CDC na posição
neutra, mesmo quando os terminais dos enrolamentos do transformador
estão em curto externamente.

Tensões de teste
March 17, 2006

Transformadores de Ao considerar as tensões de teste de fator de potência para transformadores


potência e distribuição de potência e distribuição preenchidos a líquido, é instrutivo consultar as
preenchidos a líquido seguintes normas:
• ANSI/IEEE C57.12.00-1987, American National Standard, Requisitos
gerais para transformadores de distribuição, potência e reguladores
imersos em líquido.
• ANSI/IEEE C57.12.90-1987, American National Standard, Código
de teste para transformadores de distribuição, potência e reguladores
imersos em líquido (Parte I) e Guia para testes de curto-circuito de
transformadores de distribuição e potência (Parte II).
A norma ANSI/IEEE C57.12.90 recomenda que, para os testes de fator de
potência de isolamento, a tensão não exceda metade da tensão de teste de baixa
freqüência recomendada pela norma ANSI/IEEE C57.12.00. O BIL (Nível
básico de isolamento de impulso de relâmpago) mais baixo fornecido pela norma
C57.12.00 é 30 kV, que se aplica até os enrolamentos de 120 volts e os neutros
do enrolamento. A tensão de teste de baixa freqüência, correspondente ao BIL de
30 kV, é 10 kV. Portanto, de acordo com as normas do ANSI/IEEE, uma tensão
do teste de fator de potência de isolamento de 5 kV concebivelmente poderia ser
aplicada a enrolamentos de 120 volts. A Doble recomenda as seguintes tensões
de teste para realizar testes de fator de potência em transformadores de potência
e distribuição preenchidos a líquido.

5-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 5.1 Tensões de teste de fator de potência recomendadas pela


Doble para transformadores de potência e distribuição
preenchidos a líquido
Tensão nominal do Tensão de teste
enrolamento do (L a G kV)
transformador
(L a L kV)
12 e acima 10
5,04 a 8,72 5
2,4 a 4,8 2
Abaixo de 2,4 1

Às vezes é útil investigar resultados anormais por meio de uma série de testes
em diversas tensões, para determinar se a condição que causa esse resultado
anormal é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste
da Doble. Isso pode incluir aumentar a tensão de teste além da norma. Por
exemplo, ir até 12 kV no caso de enrolamentos normalmente testados a 10 kV.
Consulte também a discussão em "Geral" – "Tensões de teste" na página 1-11.

March 17, 2006


Transformadores de Os testes da Doble podem ser executados em transformadores de potência
potência e distribuição e distribuição preenchidos a líquido na ausência de líquido isolante ou
preenchidos a líquido com uma redução na quantidade de líquido isolante. Em geral, a tensão de
testados na ausência teste deve ser limitada a 10% da tensão recomendada para testes de fator de
potência de isolamentos de transformadores nas tabelas 3, 4 e 5 da norma
de líquido isolante
ANSI/IEEE C57.12.00-1993 (ou última revisão) e no parágrafo 10.10.3 da
norma C57.12.90-1993 (ou última revisão). As tensões de teste recomendadas
relacionadas nesta seção atendem a esse requisito. Esta técnica de teste
pode ser utilizada para avaliar o processo de secagem do isolamento quando
o núcleo e a bobina estão em seu próprio tanque ou em uma câmara de
secagem. Esta técnica também se aplica quando o conjunto do núcleo e
da bobina precisa ser testado fora de seu próprio tanque.

72A-2244-03 Rev. A 5-3


Tensões de teste

AVISO Na presença de oxigênio, vapores de óleo e gases combustíveis podem se


inflamar devido a uma fonte de energia como um arco elétrico ou uma faísca.
Portanto:
• Sempre que um líquido isolante de um transformador for
removido ou reduzido, não aplique a tensão de teste antes de
determinar, por medição direta, que o espaço de gás e o líquido
contêm níveis seguros de gás combustível para a realização
dos testes da forma prescrita por sua empresa. Para minimizar
o risco de ignição associado à presença de oxigênio no tanque de
um transformador em condição desconhecida, nitrogênio seco pode
ser purgado através do tanque para reduzir o nível de oxigênio no
gás para menos de 2%. Um método eficaz para minimizar o nível de
oxigênio no transformador é preencher o espaço de gás com nitrogênio
seco à medida que o líquido isolante é drenado. Uma forma eficiente
de remover gases combustíveis é criar um vácuo no transformador,
que teve o óleo drenado, e, em seguida, quebrar o vácuo com
nitrogênio seco. O tanque deve ser projetado para suportar o vácuo
aplicado. Essa precaução é especialmente importante no caso
de transformadores suspeitos de estarem com defeito. Pode
March 17, 2006

ser prudente não testar um transformador que provavelmente


tenha sofrido danos devido a uma falha elétrica.
• Nunca aplique tensão de teste da Doble a um transformador
cujos enrolamentos estejam sob vácuo. A pressão do tanque deve
ser igual ou superior à pressão externa do tanque (uma atmosfera ou
pressão absoluta maior, que é o mesmo que zero ou superior à pressão
do medidor). O nível de vácuo que pode ser atingido dentro de um
transformador não garante resistência dielétrica suficiente para
executar o teste.
• Não aplique tensões que excedam as recomendadas neste documento
para transformadores com o líquido isolante removido. Para
transformadores suspeitos de estarem com defeito, sempre execute o
primeiro teste na tensão mais baixa possível e, em seguida, na ausência
de sinais adversos, aumentando gradualmente até a tensão máxima
permitida.
• Uma tensão de teste baixa é suficiente para avaliar o nível geral
de secura do sistema de isolamento de um transformador.
• Ao testar com alguns ou todos os cabos, núcleo e bobinas do
transformador fora do líquido, mantenha uma distância adequada
entre todos os condutores energizados, desconectados e aterrados.

5-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A Doble sugere as seguintes tensões de teste quando enrolamentos de


transformadores normalmente preenchidos a líquido são testados na
ausência do líquido isolante:

Tabela 5.2 Tensões de teste de fator de potência recomendadas pela


Doble para transformadores de potência e distribuição do tipo
preenchido a líquido testados na ausência de líquido isolante
e sob pressão atmosférica ou maior do que a pressão absoluta
(é necessária a conformidade estrita com os avisos precedentes).
Tensão nominal do enrolamento do transformador Tensão de teste
(L a L kV) (L a G kV)
Enrolamentos delta e estrela não aterrados
161 e acima 10
115 a 138 5
34 a 69 2
12 a 25 1
Abaixo de 12 0,5
Enrolamentos estrela aterrados e monofásicos com neutro

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12 e acima 1
Abaixo de 12 0,5

Os testes podem ser executados sob pressão atmosférica, ou superior,


pressão de ar ou nitrogênio.

72A-2244-03 Rev. A 5-5


Tensões de teste

Transformadores A seguir, as tensões de teste recomendadas pela Doble para transformadores


de potência e de potência e distribuição do tipo seco:
distribuição
Tabela 5.3 Tensões de teste de fator de potência recomendadas pela Doble
do tipo seco para transformadores de potência e distribuição do tipo seco
Tensão nominal do enrolamento do transformador Tensão de teste
(L a L kV) (L a G kV)
Enrolamentos delta e estrela não aterrado
Acima de 14,4 2 e 10
12 a 14,4 2, * e 10
5,04 a 8,72 2e5
2,4 a 4,8 2
Abaixo de 2,4 1
* Tensão de operação linha em relação à terra
Enrolamentos estrela aterrados e monofásicos com neutro
2,4 e acima 2
Abaixo de 2,4 1
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Sistema de isolamento nominal possível.

5-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformador com dois enrolamentos


Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos para economizar tempo. Apenas dois
testes múltiplos são necessários para concluir os testes de fator de potência:
1. Ao iniciar com o teste um na tabela abaixo, os testes múltiplos são um,
dois e três.
2. Ao iniciar com o teste cinco, os testes múltiplos são cinco, seis e sete.
NOTA Todos os terminais de cada enrolamento, inclusive os neutros, precisam
estar interconectados. O objetivo é curto-circuitar cada enrolamento para
eliminar qualquer efeito de indutância dos enrolamentos nas medições de
isolamento. Os neutros não devem estar aterrados.
Descrição
dosisolamentos
medidos

March 17, 2006


Figura 5.1 Representação do isolamento de um transformador
com dois enrolamentos

CH Refere-se a todos os isolamentos entre os condutores de


alta tensão e as peças aterradas (ou seja, carcaça do tanque
e núcleo magnético), incluindo buchas, isolamento dos
enrolamentos, componentes estruturais de isolamento e óleo.
Inclui o efeito de qualquer comutador de derivação incluído
no enrolamento.
CL Refere-se às mesmas peças e materiais entre os condutores
de baixa tensão e as peças aterradas.
CHL Refere-se a todos os isolamentos, barreiras e óleo entre
os enrolamentos de alta e baixa tensão do enrolamento.
Notavelmente, não inclui o efeito de nenhuma das buchas.

72A-2244-03 Rev. A 5-7


Transformador com dois enrolamentos

Procedimento O procedimento de teste padrão da Doble para transformadores com dois


de teste enrolamentos é descrito na Figura 5.2 e na Figura 5.3. Na tabela abaixo, o
cabo de alta tensão é colocado no enrolamento da coluna Energização e o
cabo de baixa tensão no enrolamento oposto.

Figura 5.2 Conexões do transformador com dois enrolamentos


para os testes 1, 2 e 3
March 17, 2006

Figura 5.3 Conexões do transformador com dois enrolamentos


para os testes 5, 6 e 7

5-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição


de teste (Ground)
1 GST Alto Baixo — — CH+CHL
2 GST Alto — Baixo — CH
3 UST Alto — — Baixo CHL
4 Teste 1 menos teste 2 (calculado) CHL
5 GST Baixo Alto — — CL+CHL
6 GST Baixo — Alto — CL
7 UST Baixo — — Alto CHL
8 Teste 5 menos teste 6 (calculado) CHL

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Figura 5.4 Correntes medidas, testes 1, 2 e 3
Deve-se observar (Figura 5.4) que o teste 1 inclui a combinação paralela CH
e CHL (CH medida por meio do cabo de aterramento de teste, CHL por meio
do cabo de baixa tensão), enquanto que o teste 2 inclui apenas CH (o cabo
de baixa tensão é guardado). As diferenças entre os dois conjuntos de leituras
são atribuíveis a CHL. As magnitudes de corrente e watts (potência) para CHL
são obtidas pela subtração dos valores da corrente (mA) e watts registrados
para os testes 1 e 2 (teste 1 menos teste 2) e por medição direta (teste 3) para
comparação. Os fatores de potência para CHL são calculados da maneira normal
([Watts x 10]/mA), utilizando os resultados da subtração. Um segundo conjunto
de dados comparáveis para CHL é obtido pela subtração dos valores de corrente
e watts para os testes 5 e 6 (teste 5 menos teste 6) e também novamente por
medição direta (teste 7).

72A-2244-03 Rev. A 5-9


Transformador com dois enrolamentos

É evidente que a corrente e os watts (potência) registrados para o teste 1 devem


ser maiores em magnitude do que os registrados para o teste 2. O teste 5 precisa
ser maior do que o teste 6. Se esse não for o caso, as conexões de teste devem
ser verificadas e os testes repetidos, da forma indicada.
O procedimento de teste para dois enrolamentos descrito foi desenvolvido
especialmente pela Doble e possui a vantagem de proporcionar uma
verificação cruzada. Por exemplo, os dois conjuntos de corrente e watts
calculados para CHL devem corresponder.
Os fatores de potência são calculados da maneira normal para CH, CL e CHL.
Os valores calculados são corrigidos para a temperatura máxima do óleo,
utilizando as instruções e os multiplicadores incluídos em "Geral" – "Variação
do fator de potência com a temperatura" na página 1-15.
Análise dos Transformadores de potência modernos preenchidos a óleo devem ter fatores
resultados do teste de potência de isolamento de 0,5% ou menos a 20 °C. Deve haver uma
justificativa razoável do fabricante para valores mais altos e a garantia de
que não resultam de secagem incompleta. Se um fator de potência mais
alto for provocado pelo uso de materiais que possuem fatores de potência
inerentemente mais altos, deve-se considerar sua substituição por materiais
disponíveis que atendam a todos os requisitos elétricos, mecânicos, térmicos
March 17, 2006

e de compatibilidade do projeto do transformador e que tenham baixos


fatores de potência.
Transformadores de potência mais antigos, transformadores de distribuição
preenchidos a óleo e outros transformadores de potência e de distribuição do
tipo seco ou preenchidos com outro líquido podem ter fatores de potência que
excedam 0,5%. Os dados devem ser analisados com base em testes anteriores
na mesma unidade, na comparação com resultados de testes em unidades
semelhantes e na consulta à tabulação de dados do Manual de referência
de dados de teste da Doble.
A capacitância (corrente de carga) de CH, CL e CHL deve ser comparada
com dados de fábrica, com resultados de testes anteriores (se houver)
e com resultados de testes em unidades iguais. A capacitância é uma
função da geometria do enrolamento e espera-se que ela seja estável com
a temperatura e o tempo de operação. A mudança na capacitância é uma
indicação de movimento no enrolamento, como o que pode ocorrer como
resultado de uma falha geral. Os isolamentos CL e CHL são onde essas
mudanças estão propensas a ocorrer.

5-10 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Fatores de potência anormais (altos ou baixos/negativos) ocasionalmente


são registrados nos isolamentos entre enrolamentos de transformadores
com dois enrolamentos. Pode ser o resultado de aterramento inadequado
(alta resistência) do tanque do transformador ou da utilização de blindagem
eletrostática aterrada entre os enrolamentos do transformador. No último caso,
como resultado da blindagem aterrada, a capacitância entre enrolamentos
é praticamente inexistente, exceto por capacitâncias parasitas entre cabos
de buchas. Os valores relativamente baixos de corrente e watts (potência),
resultantes da subtração de leituras relativamente grandes do medidor, estão
sujeitos a erros, não têm significado prático e devem ser desconsideradas
quando for verificada a existência de uma blindagem.
A investigação de resultados anormais deve incluir testes complementares
em diversas tensões (consulte a discussão em "Geral" – "Tensões de teste"
na página 1-11.
Testes de buchas Embora as buchas estejam incluídas em CH e CL, o efeito de uma única
bucha na medição global de CH ou CL pode ser pequeno, dependendo da
capacitância relativa da bucha e do componente global de CH ou CL. Quanto
menor for a capacitância da bucha em relação à capacitância global, menor

March 17, 2006


será seu efeito no fator de potência global. É possível, portanto, que uma
bucha defeituosa possa passar despercebida em um teste global devido
ao efeito de mascaramento da capacitância do enrolamento. Portanto,
é imperativo que testes separados sejam executados em todas as buchas
do transformador.
AVISO Os enrolamentos do transformador precisam permanecer em curto
para todos os testes de buchas e todas as buchas associadas a todos
os enrolamentos desenergizados devem ser aterradas por segurança.
Buchas com derivações de potencial ou de fator de potência podem ser
testadas separadamente pelo método UST. Buchas com cabos de engate,
camadas blindadas ou cabeçotes isolados podem ser testadas pelo método
GUARD frio. Buchas sem esses recursos de teste podem ser testadas pela
técnica de colar quente. Consulte "Buchas" na página 3-1.
Testes de corrente Os testes dos enrolamentos e buchas em transformadores de potência e
de excitação distribuição são complementados pelas medições da corrente de excitação.
Consulte "Testes de corrente de excitação de transformadores" na página 5-49
nesta seção.
Teste de líquidos Amostras do líquido isolante são retiradas de cada compartimento de tanque
isolantes separado do transformador (tanque principal, compartimento CDC, etc.)
e verificadas quanto ao fator de potência. Consulte "Líquidos isolantes"
na página 10-1.

72A-2244-03 Rev. A 5-11


Autotransformadores

Teste de reatância O enrolamento de um transformador pode ser deslocado ou distorcido pelas forças
de fuga de uma perturbação no sistema, sem queimar nem curto-circuitar nenhuma espira.
Nesse caso, o melhor teste a utilizar para detectar esse movimento pode ser o teste
de reatância de fuga (consulte "Testes de reatância de fuga" na página 5-80).

Autotransformadores
Para fins de teste, um autotransformador é considerado igual a um transformador
com dois enrolamentos, com as seguintes diferenças e considerações especiais:
• O enrolamento de alta tensão é de fato a combinação dos enrolamentos
de alta e baixa tensão (H e X), que não podem ser separados fisicamente.
Para curto-circuitar o enrolamento de alta tensão, todas as sete buchas
(três buchas para uma unidade monofásica) são interconectadas para o
teste: H1, H2, H3, X1, X2, X3 e H0X0.
• Com relação ao procedimento de teste descrito na Figura 5.2 e na
Figura 5.3, o isolamento terciário (CT) de um autotransformador é
análogo ao enrolamento de baixa tensão (CL) de um transformador
convencional com dois enrolamentos.
• Se apenas uma perna do enrolamento terciário trifásico for trazida para
March 17, 2006

fora através de uma bucha, o transformador ainda pode ser testado


como uma unidade com dois enrolamentos, desde que o enrolamento
de alta tensão esteja adequadamente curto-circuitado. Nesse caso, é
aceitável fazer conexões ao terciário por meio da única bucha (Y1).
• Se um autotransformador não possuir um terciário, ou se não houver
terminais terciários acessíveis, então apenas um teste global em relação
à terra é executado.
Os fatores de potência são calculados da maneira normal para CH, CT e CHT.
Os valores calculados são corrigidos para a temperatura máxima do óleo,
utilizando as instruções e os multiplicadores em "Geral" – "Variação do fator
de potência com a temperatura" na página 1-15. A análise dos resultados dos
testes do enrolamento em relação à terra e entre enrolamentos é a mesma
descrita para "Transformador com dois enrolamentos" na página 5-7.
Testes separados devem ser executados nas buchas e no óleo, e medições da
corrente de excitação devem ser realizadas nos enrolamentos, conforme descrito
para um transformador conectado em estrela para unidades trifásicas ou pela
técnica monofásica para unidades monofásicas.

5-12 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformador com três enrolamentos


Testes múltiplos O DTA pode realizar testes múltiplos para economizar tempo. Apenas três
testes múltiplos e um teste único são necessários para concluir os testes
globais de isolamento em um transformador com três enrolamentos:
1. Ao iniciar com o teste um na tabela abaixo, os testes múltiplos são o
teste um, o teste dois e o teste três.
2. Ao iniciar com o teste cinco, os testes múltiplos são o teste cinco, o
teste seis e o teste sete.
3. Ao iniciar com o teste nove, os testes múltiplos são o teste nove, o
teste dez e o teste onze.
Descrição dos
isolamentos medidos

March 17, 2006


Figura 5.5

72A-2244-03 Rev. A 5-13


Transformador com três enrolamentos

CH Refere-se a todos os isolamentos entre os condutores de alta


tensão e as peças aterradas (ou seja, carcaça do tanque e núcleo
magnético), incluindo buchas, isolamento dos enrolamentos,
componentes estruturais de isolamento e óleo. Inclui o efeito
de qualquer comutador de derivação incluído no enrolamento.
CL Refere-se às mesmas peças e materiais entre os condutores de baixa
tensão e as peças aterradas.
CT Refere-se às mesmas peças e materiais entre os condutores terciários
e as peças aterradas.
CHL Refere-se a todos os isolamentos, barreiras e óleo entre
os enrolamentos de alta e baixa tensão do enrolamento.
Notavelmente, não inclui o efeito de nenhuma das buchas.
CLT Refere-se a todos os isolamentos, barreiras e óleo entre os
enrolamentos de baixa tensão e de tensão terciária do enrolamento.
Notavelmente, não inclui o efeito de nenhuma das buchas.
CHT Refere-se a todos os isolamentos, barreiras e óleo entre os
enrolamentos de alta tensão e de tensão terciária do enrolamento.
March 17, 2006

Notavelmente, não inclui o efeito de nenhuma das buchas.

NOTA Em um transformador com três enrolamentos, freqüentemente o


enrolamento de baixa tensão fica fisicamente entre os enrolamentos de
alta tensão e de tensão terciária e, portanto, a medição do CHT resulta
em um valor muito pequeno. Em outros casos, os enrolamentos de
baixa tensão e tensão terciária são enrolados na perna do núcleo uma
acima do outro e o valor medido para CLT é aquele que é muito pequeno.
Procedimento O procedimento de teste padrão da Doble para transformadores com três
de teste enrolamentos é descrito na Figura 5.6, na Figura 5.7 e na Figura 5.8. Na
tabela abaixo, o cabo de alta tensão é colocado no enrolamento na coluna
Energização. Os cabos de baixa tensão vermelho e azul são utilizados. Um
é colocado em cada um dos outros dois enrolamentos que não estão sendo
energizados. Para ver um exemplo, consulte as três tabelas menores
associadas a cada figura abaixo.
Se estiver utilizando o DTA, você será solicitado, para cada série de testes
múltiplos (1-3, 5-7, 9-11), a informar em qual enrolamento colocou o cabo
vermelho de baixa tensão e em qual enrolamento colocou o cabo azul de
baixa tensão. A seguir, um exemplo.

5-14 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição


de teste (Ground)
1 GAR Alto Baixo Terciário — CH+CHL
2 GAR Alto — Baixo, — CH
terciário
3 UST Alto Terciário — Baixo CHL
4 Teste 1 menos teste 2 (calculado) CHL
5 GAR Baixo Terciário Alto — CL+CLT
6 GAR Baixo — Terciário, — CL
Alto
7 UST Baixo Alto — Terciário CLT
8 Teste 5 menos teste 6 (calculado) CLT
9 GAR Terciário Alto Baixo — CT+CHT
10 GAR Terciário — Alto, — CT
Baixo
11 UST Terciário Baixo — Alto CHT

March 17, 2006


12 Teste 9 menos teste 10 (calculado) CHT
13 GND Alto, — — — CH+CL+CT
Baixo,
terciário

Figura 5.6 Conexões de transformador com três enrolamentos, Testes 1, 2 e 3

72A-2244-03 Rev. A 5-15


Transformador com três enrolamentos

Figura 5.7 Conexões de transformador com três enrolamentos, Testes 5, 6 e 7


March 17, 2006

Figura 5.8 Conexões de teste de transformador com três enrolamentos,


Testes 9, 10 e 11

5-16 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A técnica de teste para um transformador com três enrolamentos é uma


extensão do procedimento de teste de transformadores com dois enrolamentos.
Os seguintes pontos devem ser observados:
1. Os cabos são alternados após cada série de três testes, exceto para o teste 13.
2. Consulte a Figura 5.6. Os transformadores com três enrolamentos são testados
de forma mais conveniente utilizando ambos os cabos de baixa tensão
(vermelho, V e azul, A), embora um cabo de baixa tensão possa ser utilizado
em conjunto com os terminais GUARD e aterramento do terminal de saída do
cabo de teste de alta tensão. Para ilustrar a conveniência de utilizar dois cabos
de baixa tensão para realizar os testes globais em transformadores com três
enrolamentos, considere os circuitos escolhidos para os testes 1, 2 e 3:
Conexão do cabo de alta tensão ao enrolamento de alta tensão
Conexão do cabo de baixa tensão (vermelho) ao enrolamento de baixa
tensão (X)
Conexão do cabo de baixa tensão (azul) ao enrolamento terciário (Y)

Teste nº Energização Terra GUARD UST Descrição

March 17, 2006


(Ground) do circuito
1 Alto Baixo Terciário — GAR-B
2 Alto — Baixo, — GAR-RB
terciário
3 Alto Terciário* — Baixo UST-R
* Para UST, GUARD e Terra (Ground) são os mesmos.

Para a tabela a seguir, consulte a colocação dos cabos na Figura 5.7.

Teste nº Energização Terra GUARD UST Descrição


(Ground) do circuito
5 Baixo (X) Terciário (Y) Alto — GAR-B
6 Baixo (X) — Terciário, — GAR-RB
Alto
7 Baixo (X) Alto* — Terciário (Y) UST-R
* Para UST, GUARD e Terra (Ground) são os mesmos.

Para a tabela a seguir, consulte a colocação dos cabos na Figura 5.8.

72A-2244-03 Rev. A 5-17


Transformador com três enrolamentos

Teste nº Energização Terra GUARD UST Descrição


(Ground) do circuito
9 Terciário (Y) Alto Baixo (X) — GAR-B
10 Terciário (Y) — Alto, Baixo — GAR-RB
11 Terciário (Y) Baixo* — Alto UST-R
* Para UST, GUARD e Terra (Ground) são os mesmos.

3. Os valores de corrente (mA) e watts (potência) para CHL, CLT e CHT são
calculados por subtração: teste 1 menos teste 2, teste 5 menos teste 6 e
teste 9 menos teste 10, respectivamente. Esses resultados são comparados
com as medições UST diretas de CHL, CLT e CHT, respectivamente (testes
nº 3, 7 e 11).
4. Como verificação cruzada das medições enrolamento em relação à terra,
o teste 13 inclui a combinação paralela de CH, CL e CT, na qual todos os
três enrolamentos são interconectados e energizados em conjunto, fazendo
uma medição em relação à terra para os três.
NOTA Não exceda a tensão de teste permitida para o enrolamento de menor
March 17, 2006

tensão incluído no teste 13.


5. Os fatores de potência são calculados da maneira normal para os isolamentos
enrolamento em relação à terra e entre enrolamentos. Os valores calculados
são corrigidos para a temperatura máxima do óleo, utilizando as instruções
e os multiplicadores incluídos em "Geral" – "Variação do fator de potência
com a temperatura" na página 1-15.
6. Em alguns casos, um transformador com três enrolamentos é construído
de forma que uma das capacitâncias entre enrolamentos é praticamente
inexistente. Essa condição pode ser o resultado de uma blindagem
eletrostática aterrada entre dois enrolamentos ou de uma disposição
concêntrica dos enrolamentos que coloca um enrolamento entre os
outros dois. O efeito da blindagem aterrada do enrolamento intermediário
é eliminar eficazmente a capacitância entre enrolamentos, exceto para
capacitâncias parasitas entre os cabos de buchas. Os valores relativamente
baixos de corrente e watts (potência) resultantes são determinados
pela subtração de leituras relativamente grandes no medidor e estão
sujeitos a erros consideráveis, não têm significado prático e devem
ser desconsiderados quando a existência de uma blindagem ou de
uma disposição concêntrica de enrolamentos for verificada.
Análise dos A análise dos resultados dos testes é a mesma descrita para "Transformador
resultados com dois enrolamentos" – "Análise dos resultados do teste" na página 5-10.

5-18 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Testes de fator de potência separados são executados nas buchas e no óleo


e medições da corrente de excitação realizadas nos enrolamentos da forma
descrita em "Testes de corrente de excitação de transformadores"
na página 5-49 nesta seção.
Para obter informações adicionais sobre manutenção e testes de transformadores,
consulte os Índices de Atas da Doble para consultar uma relação de artigos em
Atas de Conferências de clientes da Doble. Consulte também o Guia de
manutenção e teste de transformadores da Doble.

Reatores de derivação
Reatores de derivação preenchidos a óleo são empregados em sistemas de AT
e EAT para limitar surtos de sobretensão associados às linhas de transmissão
longas. Cada fase pode estar contida em seu próprio tanque separado ou todas
as três fases podem estar contidas em um tanque comum. No segundo tipo,
cada fase pode ter sua própria bucha neutra ou as fases podem ser inseparáveis
e todas estarem conectadas a uma bucha neutra comum (H01, H02 e H03 seriam
substituídas por uma bucha neutra comum, H0). Consulte a Figura 5.9.

March 17, 2006


Figura 5.9 Reatores de derivação

72A-2244-03 Rev. A 5-19


Procedimento de teste

Procedimento de teste
Para a unidade monofásica, apenas uma medição global é feita, curto-circuitando
H1 e H0 e fazendo uma medição GST em relação à terra (o cabo de alta tensão
energiza o enrolamento e a corrente retorna através do cabo de aterramento do
conjunto de teste).
Se estiver utilizando o DTA, o usuário precisa selecionar Configuração no
painel ID do reator [fases Separáveis ou Inseparáveis]. O procedimento de
teste para uma unidade trifásica é o seguinte:
Neutra comum Se todas as fases estiverem conectadas a uma bucha neutra comum
e forem inseparáveis:
1. A bucha neutra é isolada do aterramento.
2. Todas as buchas são interconectadas e energizadas.
3. A medição é feita em relação à terra utilizando um circuito GST-Terra
(Ground) da mesma forma que com a unidade monofásica acima.
Fases separáveis, O procedimento de teste é semelhante ao de para um transformador com três
buchas neutras não enrolamentos. O cabo de alta tensão é colocado na fase da coluna Energização
March 17, 2006

comum e os cabos vermelho e azul de baixa tensão são colocados cada um em uma
das outras fases. Se estiver utilizando o DTA, siga as solicitações descritas
nos procedimentos de teste para transformadores com três enrolamentos. São
executados testes múltiplos como nos transformadores com três enrolamentos.

5-20 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 5.4 Procedimento de teste para reatores de derivação trifásicos, a


linha e as buchas neutras correspondentes a cada fase estão
em curto
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição
de teste (Ground)
1 GUARD H1H01 H2H02 H3H03 — C1 + C12
2 GUARD H1H01 H2H02 C1
H3H03
3 UST H1H01 H3H03 — H2H02 C12
4 GUARD H2H02 H3H03 H1H01 — C2 + C23
5 GUARD H2H02 — H1H01 — C2
H3H03
6 UST H2H02 H1H01 H3H03 C23
7 GUARD H3H03 H1H01 H2H02 C3 + C31
8 GUARD H3H03 — H1H01 C3
H2H02

March 17, 2006


9 UST H3H03 H2H02 — H1H01 C31
10 Terra H3H03 — — — C1 + C2 +
(Ground) H2H02 C3 (todos)
H1H01

Os fatores de potência globais dos enrolamentos devem ser corrigidos para a


temperatura máxima do óleo, utilizando a curva da Doble identificada como
Transformadores de potência preenchidos a óleo (tipos selados, isolados a gás
e modernos com conservador de óleo com tensão nominal de 210 kV e superior,
com BIL acima de 750 kV). Os fatores de potência dos enrolamentos são
analisados da mesma maneira que em transformadores de potência.
Os resultados dos testes globais são complementados por testes nas buchas
pelos métodos UST, colar quente ou outros métodos aplicáveis, por testes
em amostras de óleo e por medições da corrente de excitação nas fases
individuais (H1 a H01, etc.).

72A-2244-03 Rev. A 5-21


Introdução

NOTA Para todos os testes nos enrolamentos e buchas (exceto os testes


de corrente de excitação), os enrolamentos devem estar em curto.
Às vezes é vantajoso investigar resultados anormais fazendo uma série de
testes a várias tensões para determinar se a condição que causa o resultado
anormal é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de
teste da Doble. Isso pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV.
Comparados com os transformadores de potência, os enrolamentos de reatores
de derivação possuem impedâncias CA muito baixas. Em alguns casos, pode
ser possível executar as medições de corrente de excitação a uma tensão de
teste reduzida, talvez dentro da faixa de 500 volts ou 1 kV.

Transformadores de potencial
Introdução
Os transformadores de potencial (TPs) são amplamente utilizados em sistemas de
potência de alta tensão para a indicação de tensão em aplicações que envolvam
medição e relés. Os testes da Doble são executados rotineiramente em isolamentos
de buchas e enrolamentos desse tipo de equipamento. Devido à baixa tensão
March 17, 2006

nominal de secundários de TPs, os testes da Doble nesses equipamentos ficam


confinados geralmente ao lado primário.
Para fazer os testes da Doble em um transformador de potencial, a unidade
é desenergizada e o(s) terminal(is) da linha são aterrados antes que qualquer
tentativa de isolar um terminal. Como os secundários de dois ou mais TPs
podem estar em paralelo, pode ocorrer regeneração da tensão através dos
secundários para produzir alta tensão no enrolamento primário em uma
unidade aparentemente desenergizada. Além de isolar e aterrar os terminalis
da linha do enrolamento primário, é necessário remover os fusíveis
secundários e outros cabos para isolar a unidade do sistema, de modo
completo e eficaz.

5-22 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tensão de teste
Para TPs projetados para operação linha em relação à linha, a tensão de teste
é determinada com base na tensão de operação que normalmente existe entre
os terminais da linha e o aterramento.
Para TPs projetados para operação linha em relação à terra, a tensão de teste
geralmente é limitada pela tensão nominal do terminal neutro. O neutro pode ter
uma tensão nominal de 5 kV e talvez menos. É preferível executar os vários testes
em cada TP na mesma tensão. Para o teste de verificação cruzada com a bucha
neutra conectada à GUARD, uma tensão de teste mais alta pode ser aplicada, já
que a bucha neutra está essencialmente no potencial de aterramento para essas
medições.
Os dois testes de corrente de excitação devem ser feitos na mesma tensão para
fins de comparação. No caso de TPs linha em relação à terra, essa tensão
de teste é limitada pela tensão nominal da bucha neutra, normalmente 5 kV
ou menos.
TPs linha em relação Para todas os kV nominais, uma série completa de testes (conforme descrito
à terra preenchidos posteriormente nesta seção para o tipo de TP adequado) é realizada na tensão

March 17, 2006


a líquido permitida pela tensão nominal do terminal neutro. Normalmente, essa tensão é
5 kV ou menos. Além disso, o teste de verificação cruzada com os terminalis
da linha energizados, e H0 guardado, é feito a 10 kV ou à tensão nominal linha
em relação à terra do transformador, aquela que for menor.
TPs linha em relação Para unidades com classe de isolamento de 15 kV (por exemplo, unidades
à linha preenchidos de 14,4 kV) e acima, execute a série completa de testes (conforme descrito
a líquido posteriormente nesta seção para o tipo de TP adequado) a 10 kV.
Para unidades com classe de isolamento abaixo de 15 kV (isto é, unidades
com tensão nominal na placa de identificação inferior a 12 kV), selecione
uma tensão de teste conveniente que seja igual ou inferior à tensão nominal
da placa de identificação.

Tabela 5.5 Tensões de teste recomendadas pela Doble para TPs linha em
relação à linha preenchidos a líquido
TPs linha em relação à linha com classe de isolamento abaixo de 15 kV
Tensão nominal do TP (kV) Tensão de teste (kV)
7,2 a 8,7 5,0
4,2 a 5,0 2,5
2,4 2,0

72A-2244-03 Rev. A 5-23


Tensão de teste

Às vezes é útil investigar resultados anormais nessas unidades (todas as


tensões nominais) fazendo uma série de testes a diversas tensões, para
determinar se a condição que causa esse resultado anormal é não-linear ou
sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da Doble. Isso pode
incluir o aumento da tensão de teste para 12 kV, no caso de unidades
normalmente testadas a 10 kV.
TPs linha em relação Para todas os kV nominais, uma série completa de testes (conforme descrito
à terra do tipo seco posteriormente nesta seção para o tipo de TP adequado) é executada na mesma
tensão. A tensão selecionada não deve exceder a tensão nominal do terminal
neutro. Normalmente, essa tensão é 5 kV ou menos. Além disso, o teste de
verificação cruzada com H1 energizado e H0 guardado é repetido a 10 kV
ou na tensão nominal linha em relação à terra do transformador, aquela que
for menor.
TPs linha em relação Para unidades com classe de isolamento acima de 15 kV, a série completa
à linha do tipo seco de testes (conforme descrito posteriormente nesta seção para o tipo de
TP adequado) é realizada a 2 kV e 10 kV.
Para unidades com classe de isolamento de 15 kV e inferior, os vários testes
(conforme descrito posteriormente nesta seção para o tipo de TP adequado)
March 17, 2006

devem ser executados nas seguintes tensões de teste:

Tabela 5.6 Tensões de teste de fator de potência recomendadas pela


Doble para TPs linha em relação à linha do tipo seco
(com classe de isolamento de 15 kV e inferior)
Designação do teste Tensões de teste
Global a. 2 kV
b. Tensão de operação linha em relação à terra
c. 10% a 25% acima da tensão de operação linha
em relação à terra
Verificação cruzada a. 2 kV
b. Tensão de operação linha em relação à terra
Corrente de excitação Tensão de operação linha em relação à terra

5-24 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformadores de potencial monofásicos


Procedimento Um transformador de potencial monofásico é mostrado na Figura 5.10.
de teste

March 17, 2006


Figura 5.10 Transformador de potencial monofásico

72A-2244-03 Rev. A 5-25


Transformadores de potencial monofásicos

Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos de uma só vez para economizar tempo:
1. Para o teste um, o segundo teste de um teste múltiplo é uma repetição do
teste um a 2 kV. Se iniciar com o teste a 2 kV, selecione Teste único para
o teste um.
2. Para o teste dois, os testes múltiplos são o teste dois e o teste quatro,
conforme mostrado no procedimento a seguir.
3. Para o teste três, os testes múltiplos são o teste três e o teste cinco.
4. Se os testes múltiplos forem selecionados, então todas as tensões de teste
devem ser limitadas pela tensão nominal da bucha neutra. Se desejar
executar o teste 2 a uma tensão maior, selecione o teste "Único" para
esse teste e execute os testes 2 e 4 separadamente.
O procedimento de teste da Doble para transformadores de potencial
monofásicos é descrito a seguir. Para o teste 1, o cabo de alta tensão energiza
o primário do TP que foi curto-circuitado. Para os testes de 2 a 5, o cabo
de jumper de curto-circuito é removido e o cabo de alta tensão é colocado
na bucha da coluna Energização, enquanto que um cabo de baixa tensão é
colocado na bucha da coluna GUARD ou da coluna UST. Os dois testes de
March 17, 2006

corrente de excitação, testes 4 e 5, precisam ser feitos na mesma tensão de


teste para permitir a comparação dos resultados.

Figura 5.11 Conexões de teste de TPs

5-26 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 5.7 Procedimento de teste para transformadores de potencial


monofásicos
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Descrição
de teste (Ground) do teste
1(5) GST H1H2(2) X1Y1 — — Global
2 GST H1 X1Y1 H2(2) — Verificação
cruzada de H1(3)
3 GST H2(2) X1Y1 H1 — Verificação
cruzada de H2(3)

4 UST H1 X1Y1 — H2 Excitação H1 a H2


H02
5 UST H2(2) X1Y1 — H3 Excitação H2 a H1
H03
6 Testes complementares de colar quente nas construções linha em
relação ao terminal primárias4

March 17, 2006


NOTA (1) Todos os cabos secundários não indicados estão isolados na caixa do
terminal secundário do TP e permanecem desconectados (ou seja, aterre
somente uma perna de cada enrolamento secundário e deixe os outros
terminais secundários desconectados). Além disso, se a unidade em teste
for sobressalente, ou não estiver instalada na posição de operação, aplique
um aterramento externo à carcaça do dispositivo.
(2) Alguns fabricantes podem designar a bucha H2 como H0, especialmente
se for uma bucha neutra em um TP linha em relação à terra.
(3) Para os testes de verificação cruzada, o potencial de teste é classificado
ao longo do enrolamento, do potencial de teste integral na bucha energizada
até aproximadamente tensão zero na bucha guardada e na extremidade do
enrolamento.
(4) Testes complementares de colar quente normalmente são realizados
nas buchas primárias linha em relação ao terminal, se essas buchas
forem de porcelana sólida, preenchidas por composto e buchas de TPs do
tipo moldado. Os testes de colar quente podem ser realizados em outros
tipos de buchas ao investigar resultados anormais em testes globais e de
verificação cruzada. Consulte 3."Buchas" – "Testes de colares quentes"
na página 3-6.
(5) Um teste alternativo pode ser utilizado quando o posicionamento das
buchas não permitir curto-circuitar o enrolamento primário para o teste
1, em "Transformadores de potencial em cascata" na página 5-32.

72A-2244-03 Rev. A 5-27


Transformadores de potencial monofásicos

Para executar o teste 1, curto-circuite o enrolamento primário, aterre os


secundários, depois conecte o cabo de teste de alta tensão ao primário e energize.
A descrição do circuito é GND-VA. Não é utilizado um cabo de baixa tensão
(BT) no teste 1, mas ele é usado nos testes 2 a 5. Para executar o teste 2, remova
o jumper de curto-circuito do enrolamento primário, depois conecte o cabo de
alta tensão a H1 e o cabo de BT a H2, com a descrição do circuito do conjunto
de teste ajustada como GAR-VA. Em seguida, ajuste a descrição do circuito
como UST-VA e execute o teste 4, uma das duas medições de corrente de
excitação. Depois de concluir os testes 2 e 4, desenergize o conjunto de teste
e mova o cabo de alta tensão para H2 e o cabo de BT para H1. Execute os
testes 3 e 5 da maneira descrita acima para os testes 2 e 4.
AVISO O terminal de aterramento H0 deve ser conectado novamente ao
aterramento antes de recolocar a combinação TP/TC monofásica
em operação.

A corrente e os watts (potência) são registrados para os testes 1, 2 e 3 e os fatores


de potência são calculados. Somente a corrente (ou seja, a corrente de excitação)
é registrada para os testes 4 e 5. Se a unidade for preenchida a óleo, os fatores de
March 17, 2006

potência calculados são corrigidos para temperatura ambiente utilizando a curva


identificada como: Transformadores de instrumento preenchidos a óleo. Os
fatores de potência dos TPs preenchidos a ascarel são corrigidos para temperatura
utilizando a curva identificada como: Ascarel e transformadores preenchidos a
ascarel. Consulte a discussão em "Geral" – "Variação do fator de potência com a
temperatura" na página 1-15. Os fatores de potência global e de verificação
cruzada medidos de TPs do tipo seco não são corrigidos para temperatura.
Análise dos O fator de potência global corrigido deve ser comparado com os resultados
resultados de testes anteriores (se houver), com os resultados registrados para outras
unidades semelhantes no sistema e com os dados tabulados na seção
Transformador de instrumento do Manual de referência de dados de teste.
Para a maioria dos TPs, ambos os fatores de potência de verificação cruzada são
comparáveis ao fator de potência global. Em algumas unidades, é normal que um
fator de potência de verificação cruzada seja mais alto do que o global. Isso é
exemplificado de alguma forma pelos dados mostrados para uma Unidade típica
em boas condições na discussão posterior dos "Transformadores de potencial em
cascata" na página 5-32. Esse padrão também pode ocorrer em TPs sem cascata.
Por exemplo, tipo ES da General Electric Company.

5-28 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Os testes de verificação cruzada fornecem dados complementares úteis,


particularmente quando os resultados do teste global forem questionáveis. Por
exemplo, se o fator de potência global for maior do que o esperado, os testes
de verificação cruzada ajudarão a diferenciar entre uma condição geral ou uma
localizada em uma bucha ou em uma extremidade de enrolamento. Observe o
seguinte exemplo:

Tabela 5.8 Resultados de testes em transformadores de potencial monofásicos


Unidades normais
Teste nº mA Watts Fator de potência %
1 (Global) 2,540 0,104 0,41
2 (Verificação 1,256 0,056 0,45
cruzada de H1)
3 (Verificação 1,248 0,046 0,37
cruzada de H2)
Unidades suspeitas
Teste nº mA Watts Fator de potência %

March 17, 2006


1 (Global) 2,650 0,350 1,32
2 (Verificação 1,356 0,313 2,31
cruzada de H1)
3 (Verificação 1,248 0,055 0,44
cruzada de H2)

Os resultados da unidade suspeita acima indicam um problema com a própria


bucha H1 ou, possivelmente, deterioração ou contaminação em uma área do
enrolamento primário relativamente próximo ao terminal H1.
Nos exemplos acima, observe que a soma dos dois valores de verificação
cruzada (mA) e de watts (não o fator de potência) são aproximadamente iguais
aos valores globais. Se os resultados não corresponderem, pode ser o resultado
de problemas internos no enrolamento (circuitos abertos) ou má conexão nos
terminais das buchas.
Portanto, essa técnica não é apenas eficaz na determinação da localização de
problemas de isolamento ou enrolamento, mas também é útil para verificar se
os testes globais e de verificação cruzada foram executados corretamente e se
as diversas leituras foram calculadas e registradas apropriadamente.

72A-2244-03 Rev. A 5-29


Transformadores de potencial monofásicos

Testes Embora os testes globais e de verificação cruzada convencionais normalmente


complementares forneçam informações completas, outros testes complementares (abaixo)
podem ser utilizados ocasionalmente para localizar melhor a fonte de perdas
e fatores de potência anormalmente altos.

Tabela 5.9 Testes complementares para transformadores de potencial


monofásicos
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Descrição
de teste (Ground) do teste
6 UST H1,H2 Y1 — X1 CHX
7 UST H1,H2 X1 — Y1 CHY

8 GST H1 — H2X1Y1 — Bucha H1


9 GST H2 — H1X1Y1 — Bucha H2

Para os testes 6, 7, 8 e 9, a corrente e a potência (watts) são registradas e os


fatores de potência calculados e corrigidos para temperatura, se aplicável. Os
testes 6 e 7 são medições diretas dos isolamentos entre enrolamentos. Os testes
8 e 9 são semelhantes aos testes 2 e 3, respectivamente, exceto pela eliminação
March 17, 2006

de perdas do isolamento entre enrolamentos, fazendo com que essas medições


sejam mais sensíveis à condição das buchas primárias. Os testes 8 e 9 não são
realizados se as medições UST convencionais forem feitas nas buchas H1 e H2
com derivações.
Testes de Os testes de colar quente único e/ou múltiplos são regularmente realizados
colar quente nas buchas primárias linha em relação ao terminal, se as buchas forem de
porcelana sólida, preenchidas por composto e de TPs do tipo moldado.
Testes de colar quente podem ser executados em outros tipos de buchas
ao investigar resultados anormais em testes globais e de verificação cruzada.
Consulte 3."Buchas" – "Testes de colares quentes" na página 3-6.
Testes de corrente As correntes de excitação obtidas para os testes 4 e 5 devem ser comparáveis.
de excitação Essa medição detecta problemas internos e de núcleo de enrolamentos,
conforme descrito em "Testes de corrente de excitação de transformadores"
na página 5-49.
Testes de líquidos A investigação de resultados anormais em TPs preenchidos a líquido pode
isolantes incluir testes de fator de potência separados e outros testes de triagem em
uma amostra representativa do líquido isolante. A retirada das amostras de
líquido pode não ser viável e deve levar em conta o volume total de líquido
da unidade, que pode ser pequeno.
A investigação de resultados de testes anormais em TPs geralmente deve
incluir testes complementares em diversas tensões (consulte as discussões
em "Geral" – "Tensões de teste" na página 1-11).

5-30 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformador de potencial monofásico com aterramento primário interno


Em alguns TPs monofásicos, o neutro do enrolamento primário é aterrado
internamente (Figura 5.12).

March 17, 2006


Figura 5.12 TP monofásico com neutro aterrado internamente

72A-2244-03 Rev. A 5-31


Transformadores de potencial em cascata

Procedimento Um teste de fator de potência global padrão não é possível no TP mostrado


de teste na Figura 5.12. Testes de fator de potência e corrente de excitação podem
ser executados da forma descrita a seguir:

Tabela 5.10 Procedimento de teste modificado para TPs monofásicos


Com neutro primário aterrado internamente
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Descrição
de teste (Ground) do teste
1 UST H1 H0 — X1,Y1 Isolamento
entre
enrolamentos
linha em
relação à
extremidade
2 GST H1 H0 X1,Y1 — Corrente de
excitação

Transformadores de potencial em cascata


March 17, 2006

Em transformadores de potencial em cascata, o enrolamento primário consiste


em um número de seções de enrolamentos conectadas em série, em que o
enrolamento secundário é acoplado indutivamente somente à última ou à
seção inferior do primário, como mostra a Figura 5.13.

Figura 5.13 Transformador de potencial em cascata

5-32 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento A técnica de teste padrão e a análise de resultados para transformadores


de teste de potencial em cascata (linha em relação à terra) é a mesma de unidades
convencionais. Em alguns TPs em cascata pode ser difícil curto-circuitar
H1 e H0 para o teste global. Um procedimento alternativo para executar
o teste global nesse tipo de unidade é descrito a seguir:

Tabela 5.11 Transformadores de potencial em cascata


Método alternativo para execução de testes globais
Teste nº Modo Energização Terra Desconectado Descrição
de teste (Ground) do teste
1A GST H0 X1, X3 H1 Global
Y1, Y3
Os secundários devem ser curto-circuitados e aterrados somente
para este teste! Os testes 2 a 5 são os mesmos de TPs convencionais
(consulte a página 5-25).

A técnica global alternativa descrita acima requer que os secundários estejam


em curto e aterrados. Os secundários em curto fazem o primário ser eficazmente

March 17, 2006


curto-circuitado pela ação do transformador, permitindo assim que se obtenham
resultados adequados para o teste.
AVISO O terminal de aterramento H0 deve ser conectado novamente ao
aterramento antes de recolocar a combinação TP/TC monofásica
em operação.

Análise dos Em um TP em cascata, a capacitância em relação à terra na extremidade H1


resultados normalmente é substancialmente menor do que a capacitância em relação à
terra na extremidade H0. Devido à baixa capacitância e às perdas normalmente
associadas ao teste de verificação cruzada de H1, essa medição pode ser
influenciada pelo escoamento superficial, produzindo assim um padrão em
que os fatores de potência global e de verificação cruzada de H2 são baixos
e aceitáveis, mas em que o fator de potência de verificação cruzada de H1
é aparentemente alto, como mostra o seguinte exemplo:

72A-2244-03 Rev. A 5-33


Transformadores de potencial em cascata

Tabela 5.12 Resultados de testes em transformadores de potencial


em cascata
Unidades em boas condições
Teste nº mA Watts Fator de potência %
1 (Global) 3,040 0,152 0,50
2 (Verificação 0,278 0,0312 1,12
cruzada de H1)
3 (Verificação 2,810 0,128 0,46
cruzada de H2)
Unidades questionáveis
Teste nº mA Watts Fator de potência %
1 (Global) 3,080 0,181 0,58
2 (Verificação 0,311 0,0682 2,19
cruzada de H1)
3 (Verificação 2,810 0,128 0,46
cruzada de H2)
March 17, 2006

Com uma exceção, a análise dos dados de testes da Doble para transformadores
de potencial em cascata é igual a de unidades convencionais. Devido à corrente
relativamente baixa normalmente registrada para o teste 2, como ilustrado
anteriormente para uma Unidade típica em boas condições, os resultados
registrados para essa medição devem ser analisados com base na potência
(watts). Isto é, a perda de watts registrada para o teste 2 é comparada com
testes anteriores (se houver) e com os watts registrados para outras unidades
semelhantes no sistema. Portanto, para TPs em cascata, comparar o fator
de potência da verificação cruzada de H1 com o fator de potência global
correspondente ou com os dados tabulados na seção Transformador
de instrumento do Manual de referência de dados de teste, que estão
baseados exclusivamente nos fatores de potência globais, induz a erro.
No exemplo acima, para a Unidade questionável, deve-se refazer o teste
após limpar e secar a superfície da porcelana H1. Consulte também a
discussão na seção de "Geral" – "Escoamento superficial" na página 1-26.

5-34 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformadores de potencial trifásicos


Procedimento O procedimento de teste para um transformador de potencial trifásico (três
de teste buchas de tensão de linha e uma bucha neutra em um único tanque aterrado)
é o seguinte:

Tabela 5.13 Procedimento de teste para transformadores


de potencial trifásicos
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Descrição
de teste (Ground)* do teste
1 GST H1,H2, X1,Y1 — — Global
H3,H0
2 GST H1 X1,Y1 H0,H2,H3 — Verificação
cruzada de H1
3 GST H2 X1,Y1 H0,H1,H3 — Verificação
cruzada de H2
4 GST H3 X1,Y1 H0,H1,H2 — Verificação
cruzada de H3

March 17, 2006


5 GST H0 X1,Y1 H1,H2,H3 — Verificação
cruzada de H0

6 UST H1 X1,Y1 H2,H3 H0 Excitação


H1 a H0
7 UST H2 X1,Y1 H1,H3 H0 Excitação
H2 a H0
8 UST H3 X1,Y1 H1,H2 H0 Excitação
H3 a H0
9 Testes complementares de colar quente nas buchas primárias
* Os terminais dos secundários não indicados permanecem desconectados para
todos os testes

O fator de potência é registrado para os testes 1 a 5 e corrigido para a temperatura


ambiente, enquanto que somente a corrente de carga é registrada para os testes
de corrente de excitação (testes 6, 7 e 8). A análise dos resultados para um
transformador de potencial trifásico é semelhante à de uma unidade monofásica.
NOTA A soma da corrente e da potência (watts) dos quatro testes de verificação
cruzada (testes 2, 3, 4 e 5) deve se aproximar da corrente e da potência
(watts) obtidas para o teste global 1.

72A-2244-03 Rev. A 5-35


Introdução

Nos projetos em que o óleo das buchas de linha é o mesmo óleo do tanque
principal, os testes complementares de colar quente devem ser executados
nas três buchas de linha, com ênfase específica na corrente de carga, para
determinar que cada bucha tenha o nível adequado de óleo.
A investigação de resultados anormais em todos os TPs preenchidos a líquido
pode incluir testes separados de fator de potência e outros testes de triagem
em uma amostra representativa do líquido isolante.

Transformador de corrente
Introdução
TCs (transformadores de corrente) variam em tensão nominal, até as mais
altas tensões de sistemas em operação no momento. As unidades de AT e
EAT geralmente são do tipo preenchido a óleo. Unidades de tensão mais
baixa podem ser preenchidas a óleo, a ascarel ou do tipo seco. A seguinte
discussão lida com todos os projetos de TC, exceto transformadores do
tipo toroidal, que geralmente não são testados pela Doble.
March 17, 2006

Tensão de teste
TCs preenchidos Para unidades de classe de isolamento de 15 kV e superior, teste a 10 kV. Às
a líquido vezes é útil investigar resultados anormais nessas unidades por meio de uma
série de testes a várias tensões para determinar se a condição que causa esse
resultado anormal é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões
de teste da Doble. Isso pode incluir aumentar a tensão para 12 kV.
Para unidades com classe de isolamento abaixo de 15 kV, selecione uma
tensão de teste conveniente de valor inteiro que seja igual ou inferior à
tensão nominal da placa de identificação.
TCs do tipo seco Para unidades com classe de isolamento acima de 15 kV, execute os testes
a 2 e 10 kV.
Para unidades com classe de isolamento de 15 kV e inferior, execute os
testes da seguinte forma:

Tensões de teste recomendadas pela Doble para TCs do tipo seco


Com classe de isolamento de 15 kV e inferior
1. 2 kV
2. Tensão de operação linha em relação à terra
3. 10% a 25% acima da tensão de operação linha em relação à terra

5-36 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento de teste
Os transformadores de corrente têm um condutor primário de alta tensão que
pode consistir em uma espira única ou em múltiplas espiras. O primário deve
estar em curto para os testes da Doble e todos os enrolamentos secundários de
baixa tensão devem estar aterrados (também podem estar em curto, mas isso
não é necessário). Para TCs testados em armazenamento, a estrutura deve estar
aterrada externamente.
Para testes de rotina, a tensão de teste é aplicada ao primário e a perda de
corrente e watts (potência) em relação à terra são registradas. O fator de
potência é calculado. Não é necessário nenhum cabo de baixa tensão, já
que o cabo de aterramento do conjunto de teste é utilizado como retorno.
Alguns TCs de AT e EAT são equipados com derivações semelhantes às
das buchas. Para essas unidades, além do teste global, testes UST (Testes
de equipamentos não aterrados) complementares devem ser executados
no isolamento principal C1, juntamente com um teste no isolamento de
derivação C2 (o potencial de teste aplicado à derivação não pode exceder
a tensão nominal da derivação). Consulte "Buchas" na página 3-1. Esses
TCs normalmente têm na placa de identificação valores de fator de potência
e capacitância para C1 e C2.

March 17, 2006


Para TCs do tipo moldado, o teste global é complementado por testes de colar
quente nas buchas.
Teste de um TC Com o advento do M4000 e sua capacidade de eliminar os efeitos da
autônomo sem interferência eletrostática, pode não ser necessário desconectar os disjuntores
desconexão e chaves conectados. Ao testar um TC, o circuito GST-Terra (Ground) padrão
não pode ser utilizado, já que o equipamento conectado precisa ser guardado
da chave ou
do circuito de medição. Em vez disso, utilize os cabos de baixa tensão para
do disjuntor isolá-los, da seguinte forma:
conectado 1. Para proteger um disjuntor de tanque vivo estilo T ou Y, conecte um cabo
de baixa tensão ao cabeçote do disjuntor no lado oposto do interruptor
conectado ao TC.
2. Para proteger um disjuntor tipo castiçal, conecte um cabo de baixa
tensão ao ponto do disjuntor entre a porcelana interruptora e a
porcelana de suporte.
3. Para proteger uma chave de desligamento, coloque um cabo de baixa
tensão em um ponto entre as porcelanas em cada pilha de isoladores
conectada ao TC. Se os isoladores de porcelana que sustentam a chave
tiverem apenas uma unidade, utilize um colar GUARD, limpando
e secando bem a porcelana antes de aplicar o colar. Toda pilha de
isoladores conectada ao TC deve ser guardada.
4. Em todos os casos, após colocar os cabos de baixa tensão necessários,
utilize um circuito GST-GUARD para incluir todos os cabos utilizados.

72A-2244-03 Rev. A 5-37


Análise dos resultados

NOTA Embora seja possível testar um TC dessa forma, lembre-se de que


o barramento conectado pode contribuir substancialmente para os
resultados do teste e que é sempre preferível testar sem o barramento
conectado.
Se estiver utilizando o DTA, modifique o circuito GST-Terra (Ground)

predefinido. Depois de iniciar um teste clicando no ícone , a janela


Configurar contém campos para o kV e o circuito de teste. Selecione um
circuito GST-GUARD.

Análise dos resultados


O fator de potência do TC é corrigido para temperatura. Os fatores de potência
são corrigidos com base na temperatura ambiente no momento do teste. Unidades
preenchidas a óleo utilizam a curva identificada como Transformadores de
instrumento preenchidos a óleo e unidades preenchidas a ascarel são corrigidas
utilizando a curva Ascarel. As unidades do tipo seco não são corrigidas para
temperatura.
March 17, 2006

Os fatores de potência corrigidos devem ser comparados com resultados de testes


anteriores (se houver), com dados registrados de outras unidades semelhantes
no sistema, com dados do fabricante ou da placa de identificação (se houver)
e com dados tabulados para unidades semelhantes na seção Transformador de
instrumento do Manual de referência de dados de teste. TCs do tipo seco são
analisados adicionalmente com base no incremento (Tip-up) do fator de potência.
A investigação de resultados anormais em CTs preenchidos a líquido pode
incluir testes separados de fator de potência e outros testes de triagem em
uma amostra representativa do líquido. A retirada de amostras de líquido
pode não ser viável e deve levar em conta o volume total de líquido da
unidade, que pode ser pequeno.

5-38 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Combinações TP/TC monofásicas


Introdução
As combinações TP/TC monofásicas combinam um TC e um TP na mesma
carcaça. Um terminal superior do TC (H1) também é o terminal superior do TP
(P1). O outro terminal superior é o segundo terminal do TC (H2). O segundo
terminal do TP (H3 ou P0) é uma pequena bucha na base da combinação
TP/TC (ela pode estar localizada dentro de uma caixa de terminal) que é
aterrada em operação (conectada à carcaça por uma ligação ou correia de
aterramento) e deve ser desconectada do aterramento para a execução dos
testes. As placas de identificação e os manuais de instrução devem ser
examinados cuidadosamente antes dos testes, pois a nomenclatura varia
entre os diferentes fabricantes. Uma disposição típica é mostrado a seguir:

March 17, 2006


Figura 5.14 Combinação TP/TC monofásica

72A-2244-03 Rev. A 5-39


Tensões de teste

Tensões de teste
Para os testes 1, 3 e 5, a tensão de teste aplicada não pode exceder a tensão
nominal do fabricante para o terminal neutro (H3), normalmente 5 kV ou
menos.
Às vezes é produtivo investigar resultados anormais em combinações
TP/TC (todas as tensões nominais) por meio de uma série de testes a várias
tensões, para determinar se a condição que causa esse resultado anormal
é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da
Doble. Isso pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV, no caso de
unidades normalmente testadas a 10 kV. Devido às limitações do terminal
H3, o único teste em que essas tensões podem ser aplicadas é o teste 2.
Os testes 4 e 5 precisam ser executados na mesma tensão para que ocorra
uma comparação adequada. A tensão de teste será limitada pela tensão
nominal do terminal H3.

Procedimento de teste
Como preparação para o teste, uma extremidade do secundário do TC,
March 17, 2006

bem como uma extremidade de cada secundário do TP, precisa ser aterrada.
Se estiver utilizando o DTA, o formulário para TPs é utilizado.
Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos de uma só vez para economizar tempo:
1. Para o teste um, o segundo teste de um teste múltiplo é uma repetição do
teste um a 2 kV. Se iniciar testando a 2 kV, selecione Teste único para o
teste um.
2. Para o teste dois, os testes múltiplos são o teste dois e o teste quatro,
como mostra o procedimento a seguir.
3. Para o teste três, os testes múltiplos são o teste três e o teste cinco.
4. Se os testes múltiplos forem selecionados, todas as tensões de teste devem
ser limitadas pela tensão nominal da bucha neutra. Se desejar executar
o teste 2 a uma tensão maior, selecione o teste "Único" para esse teste e
execute os testes 2 e 4 separadamente.

5-40 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

O procedimento de teste para a combinação TP/TC monofásica é semelhante ao


do TP: para o teste 1, o cabo de alta tensão energiza o primário da combinação
TP/TC que foi curto-circuitado. Para os testes 2 a 5, o cabo de jumper de
curto-circuito é removido e o cabo de alta tensão é colocado na bucha da coluna
Energização, enquanto que um cabo de baixa tensão é colocado na bucha da
coluna GUARD ou da coluna UST. Os dois testes de corrente de excitação,
testes 4 e 5, precisam ser realizados na mesma tensão de teste para permitir a
comparação dos resultados. O procedimento é o seguinte:

March 17, 2006


Figura 5.15 Conexões de teste de combinações TP/TC monofásicas

Tabela 5.14 Procedimento de teste para combinações TP/TC monofásicas


Número do teste Energização Terra GUARD UST
(Ground)
1 (Global) H1/P1, X1, X3 e — —
H2 e H3* Y1, Z1
2 (Verificação cruzada H1/P1 X1, X3 e H3 —
de H1/P1) 7 Y1, Z1
3 (Verificação cruzada H3* X1, X3 e H1/P1 —
de H3) 7 Y1, Z1
4 (Excitação de H1/P1) H1/P1 X1, X3 e — H3
Y1, Z1
5 (Excitação de H3) H3* X1, X3 e — H1/P1
Y1, Z1
6 Testes de colar quente em buchas, como indicado.
7 Testes de líquidos, se indicado.

* O H3, ou terminal de aterramento, pode ter uma tensão nominal menor


do que as buchas H1 ou H2 e deve ser testado a 5 kV ou menos.

72A-2244-03 Rev. A 5-41


Análise dos resultados

Em alguns casos, um protetor de desvio (ou pára-raios) estará conectado ao


enrolamento primário do TC. Esse protetor deve ser desconectado durante
os testes ou o primário do TC deve estar em curto.
NOTA (1) Todos os cabos secundários não indicados são isolados na caixa do
terminal secundário do TP e permanecem desconectados (ou seja, aterre
somente uma perna de cada enrolamento secundário e deixe os outros
terminais secundários desconectados). Além disso, se a unidade em teste
for sobressalente, ou não estiver instalada na posição de operação,
aplique um aterramento externo à carcaça do dispositivo.
(2) Alguns fabricantes podem designar a bucha H2 como H0, especialmente
se for uma bucha neutra em um TP linha em relação à terra.
(3) Para os testes de verificação cruzada, o potencial de teste é classificado
ao longo do enrolamento, do potencial de teste integral na bucha energizada
até aproximadamente tensão zero na bucha guardada e na extremidade do
enrolamento.
(4) Testes complementares de colar quente normalmente são realizados
nas buchas primárias linha em relação ao terminal, se essas buchas forem
de porcelana sólida, preenchidas por composto e buchas de TPs do tipo
March 17, 2006

moldado. Testes de colar quente podem ser executados em outros tipos de


buchas ao investigar resultados anormais em testes globais e de verificação
cruzada. Consulte 3."Buchas" – "Testes de colares quentes" na página 3-6.
(5) Um teste alternativo pode ser utilizado quando o posicionamento das
buchas não permitir curto-circuitar o enrolamento primário para o teste
1, em "Transformadores de potencial em cascata" na página 5-32.

AVISO O terminal de aterramento H3 deve ser conectado novamente à terra


antes de recolocar a combinação TP/TC monofásica em operação.

Análise dos resultados


A análise para combinações TP/TC monofásicas é igual à do TP monofásico.

5-42 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Combinações TP/TC trifásicas


Introdução
O enrolamento de alta tensão de uma combinação TP/TC trifásica normalmente
consiste em dois enrolamentos de corrente e dois enrolamentos de potencial,
localizados em um tanque comum preenchido a líquido, como mostra a
Figura 5.16. Além disso, há enrolamentos secundários. Em vista da tensão
nominal relativamente baixa, os testes geralmente não são realizados nos
secundários.

March 17, 2006


Figura 5.16 Combinação TP/TC

Os dois cabos do enrolamento de corrente A-B são introduzidos pela bucha


I1 e os dois cabos do enrolamento de corrente D-E são introduzidos pela
bucha I2. Uma extremidade de cada um dos enrolamentos de potencial B-C
e D-C é conectado ao parafuso da terceira bucha P. A outra extremidade
de cada enrolamento de potencial é conectada ao enrolamento de corrente
correspondente e, portanto, às buchas I1 e I2.
As precauções a serem observadas ao testar transformadores de potencial
também se aplicam às combinações TP/TC. Todos os terminais dos
enrolamentos primário e secundário precisam ser completamente isolados do
sistema de potência. Consulte 5."Transformadores, reatores e reguladores" –
"Transformadores de potencial" na página 5-22.

72A-2244-03 Rev. A 5-43


Tensões de teste

Tensões de teste
Para combinações TP/TC com classe de isolamento 15 kV (por exemplo,
unidades de 14,4 kV), e superior, execute todos os testes a 10 kV.
Para unidades preenchidas a líquido com classe de isolamento de 15 kV (ou
seja, unidades com tensão nominal na placa de identificação abaixo de 12 kV),
selecione uma tensão de teste conveniente que seja igual, ou inferior, à tensão
nominal da placa de identificação.
Para unidades do tipo seco, consulte a discussão em "Transformador de
corrente" – "TCs do tipo seco" na página 5-36.
Às vezes é produtivo investigar resultados anormais em combinações TP/TC
(todas as tensões nominais) por meio de uma série de testes a várias tensões,
para determinar se a condição que causa esse resultado anormal é não-linear
ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste da Doble. Isso
pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV, no caso de unidades
normalmente testadas a 10 kV.

Procedimento de teste
March 17, 2006

Para os testes, os dois enrolamentos de corrente devem estar em curto. Isso


pode ser realizado curto-circuitando os terminais de enrolamento nas tampas
das buchas I1 e I2. Em alguns casos, quatro conexões são introduzidas pela
bucha. Isso é feito para que um enrolamento duplo possa ser conectado em
série ou em paralelo.
Para todos os testes, um lado de cada enrolamento secundário é conectado
ao aterramento, com os outros terminais secundários desconectados.

5-44 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

O procedimento de teste para uma combinação TP/TC trifásica é o seguinte:

Tabela 5.15 Procedimento de teste para combinações TP/TC trifásicas


Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Descrição
de teste (Ground)* do teste
1 GST I1,P,I2 X1,Y1 — — Global
2 GST I1 X1,Y1 P,I2 — Verificação
cruzada de I1
3 GST P X1,Y1 I1,I2 — Verificação
cruzada de P
4 GST I2 X1,Y1 I1,P — Verificação
cruzada de I2

5 UST I1 X1,Y1 — I2,P Teste de


excitação
6 UST I2 X1,Y1 — I1,P Teste de
excitação

March 17, 2006


* Em um aparelho de medição testado no armazenamento, a carcaça precisa
estar aterrada externamente.

Análise dos resultados


A corrente e os watts (potência) são registrados para os testes 1 a 4 e o fator
de potência é calculado e, em seguida, corrigido para a temperatura ambiente
utilizando a curva de correção identificada como Transformadores de
instrumento preenchidos a óleo.
O teste 1 é uma medição global do isolamento primário. O fator de potência
corrigido para esse teste é comparado com os resultados de testes anteriores
(se houver), com resultados registrados para outras unidades semelhantes no
sistema e com os dados tabulados da seção Transformador de instrumento
do Manual de referência de dados de teste.
Nos três testes de verificação cruzada, o potencial de teste é classificado ao
longo do enrolamento de potencial, desde o potencial integral na bucha ou na
extremidade do enrolamento energizada até aproximadamente a tensão zero
nas buchas ou extremidades do enrolamento guardadas. Assim, cada teste
de verificação cruzada está confinado à bucha energizada e, essencialmente,
à extremidade do enrolamento adjacente à bucha energizada.

72A-2244-03 Rev. A 5-45


Introdução

Se o fator de potência global for alto, as verificações cruzadas ajudarão a


determinar se a condição é geral ou se as altas perdas estão restritas a uma
área (por exemplo, uma das buchas pode estar contribuindo para perdas altas).
A soma da corrente e dos watts (potência) para os testes 2, 3, e 4 deve se
aproximar dos valores globais (teste 1). Se houver uma grande discrepância
entre os watts (potência) do teste global e de verificação cruzada, isso pode
indicar uma descontinuidade no circuito do enrolamento primário.
Os testes 5 e 6 são medições da corrente de excitação que detectam problemas
internos do enrolamento e do núcleo. Consulte "Testes de corrente de excitação
de transformadores" na página 5-49. Somente o valor da corrente é registrado
para os testes 5 e 6 (ambos executados no mesmo potencial de teste) e devem ser
iguais. As correntes de excitação devem corresponder aos resultados anteriores
(se houver) e aos resultados obtidos para outras unidades semelhantes.
A investigação de resultados anormais em combinações TP/TC pode incluir
testes separados de fator de potência e outros testes de triagem em uma
amostra representativa do óleo isolante. A retirada das amostras de líquido
pode não ser viável e deve levar em conta o volume total de líquido da
unidade, que pode ser pequeno.
March 17, 2006

Reguladores de tensão
Introdução
Os reguladores de tensão são do tipo degrau de tensão ou indução. Os reguladores
podem ser monofásicos ou trifásicos e serem aplicados linha em relação ao neutro
ou linha em relação à linha. A grande maioria das unidades é preenchida a líquido,
embora se saiba que pelo menos uma é do tipo seca. As buchas são normalmente
designadas como: S (fonte); L (carga); e SL (neutro ou linha), como mostra a
Figura 5.17.

Figura 5.17 Regulador de tensão monofásico

5-46 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tensões de teste
As seguintes tensões de teste são recomendadas para todos os reguladores de
tensão preenchidos a líquido. Isto é, unidades projetadas para aplicações linha
em relação à linha, bem como as projetadas para aplicações linha em relação
ao neutro:

Tabela 5.16 Tensões de teste recomendadas pela Doble para reguladores


de tensão preenchidos a líquido
Tensão nominal do regulador (kV) Tensões de teste (kV)
12 e acima 10
5 a 8,66 5
Abaixo de 5 2

Para reguladores de tensão do tipo seco, consulte a discussão nesta seção em


"Transformadores de potência e distribuição" – "Transformadores de potência
e distribuição do tipo seco" na página 5-6.

Procedimento de teste

March 17, 2006


Normalmente, os enrolamentos de derivação e em série não podem ser isolados
eficazmente uns dos outros e, portanto, o teste do regulador de tensão consiste em
uma medição em relação à terra, com os terminais S, L e SL interconectados. As
buchas com jumper são energizadas e nenhum cabo de baixa tensão é necessário,
pois a corrente de retorno é medida utilizando o cabo de aterramento de teste.
Se um regulador trifásico tiver somente um terminal SL, novamente somente um
teste de fator de potência é executado, com todos os terminais de linha e o neutro
interconectados. Se um regulador trifásico tiver três terminais SL, teste-o como
um reator de derivação trifásico (Figura 5.9).
NOTA Todos os testes de fator de potência devem ser executados com o
comutador de derivação fora da posição neutra para curto-circuitar
eficazmente todos os elementos de válvula de pára-raios conectados
entre os enrolamentos com derivação e excitação.
Os fatores de potência medidos, obtidos para os reguladores preenchidos a
óleo, devem ser corrigidos para a temperatura utilizando a curva identificada
como Óleo e transformador de potência preenchido a óleo (tipos respiro
livre e mais antigo com conservador de óleo).

72A-2244-03 Rev. A 5-47


Análise dos resultados

Quando as unidades não estão equipadas com medidores de temperatura de


líquido, a temperatura máxima do óleo precisa ser aproximada. Uma unidade
que tenha ficado fora de operação por um tempo considerável pode estar
próxima da temperatura ambiente. Para uma unidade que acabou de sair
de operação, a temperatura máxima do óleo pode ser aproximada, como
descrito em "Geral" – "Variação do fator de potência com a temperatura"
na página 1-15.
Devem ser realizados testes separados nas buchas. Como no caso de
transformadores de potência, todos os enrolamentos devem estar em curto
para os testes de buchas. Testes de colar quente devem ser executados nas
buchas se elas não estiverem equipadas com derivações.
Testes de corrente de excitação também devem ser executados com o terminal
L energizado e o terminal SL conectado a UST (o terminal S permanece
desconectado). Testes de excitação devem ser realizados em diversas posições
do comutador sob carga, conforme descrito em "Testes de corrente de
excitação de transformadores" a seguir.
Uma amostra de óleo deve ser retirada para testar o fator de potência.
March 17, 2006

Análise dos resultados


Os fatores de potência de isolamentos de enrolamentos devem ser comparados
com os resultados de testes anteriores (se houver), com resultados semelhantes
registrados para unidades no sistema e com os dados tabulados da seção
Regulador do Manual de referência de dados de teste.
Se for obtido um fator de potência alto, verifique se o CDC estava fora
da posição neutra durante o teste. Caso contrário, um fator de potência
anormalmente alto pode ocorrer como resultado de elementos internos
do pára-raios que não estão em curto o CDC na posição neutra.
Às vezes é útil investigar resultados anormais por meio de uma série de testes
em diversas tensões, para determinar se a condição que causa esse resultado
anormal é não-linear ou sensível à tensão, dentro da faixa de tensões de teste
da Doble. Isso pode incluir aumentar a tensão de teste para 12 kV, no caso de
reguladores normalmente testados a 10 kV.

5-48 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Testes de corrente de excitação de transformadores


Introdução
A utilização de equipamentos de teste da Doble na medição das correntes de
excitação de transformadores (Ie) durante os testes rotineiros de aceitação em
campo e de manutenção preventiva são recomendados desde 1967. Esse teste
tem sido eficaz na detecção de confirmação de defeitos em enrolamentos e
núcleos, embora, em algumas circunstâncias, tenham sido obtidos resultados
de teste normais de resistência do enrolamento e de relação de espiras.

Considerações sobre o teste


Os comentários a seguir resumem a técnica e devem ser orientações úteis na
realização de testes deste tipo:
1. Todas as cargas devem ser desconectadas e o transformador desenergizado.
2. Os testes podem, normalmente, ficar restritos aos enrolamentos de alta tensão.
Os defeitos nos enrolamentos de baixa tensão ainda serão detectados e a
corrente de carga necessária será reduzida. No caso de suspeita de problemas

March 17, 2006


ou defeitos nos transformadores, deve-se considerar a possibilidade de tentar
medir a corrente de excitação em enrolamento(s) de baixa tensão.
3. Se a bucha neutra não estiver acessível, métodos alternativos de teste
são apresentados.
4. Terminais de enrolamento normalmente aterrados em operação devem
estar aterrados durante os testes de rotina, exceto o enrolamento específico
energizado para o teste. Por exemplo, com um transformador estrela-estrela,
o neutro do enrolamento energizado para teste seria conectado ao circuito
UST (Teste de equipamento não aterrado), enquanto que o neutro do
segundo enrolamento seria conectado à terra.
5. Deve-se ter cuidado na vizinhança de todos os terminais do transformador,
pois a tensão será induzida em todos os enrolamentos durante o teste.

72A-2244-03 Rev. A 5-49


Considerações sobre o teste

6. A seguinte série de medições da corrente de excitação deve ser executada


nos testes iniciais de todos os transformadores e durante a investigação de
unidades questionáveis:
• Em todas as posições de comutação sob carga (CDC), teste Aumentar
ou Diminuir. Se o transformador também estiver equipado com um
comutador sob carga desenergizado ou CDSC (às vezes chamado
de comutador sem carga ou NLTC), ele deve ser configurado para
a posição de tensão nominal ou a posição normalmente utilizada
para esses testes.
• Uma posição de derivação na direção oposta à selecionada acima. Isto é,
uma posição de derivação fora do neutro, Diminuir ou Aumentar.
• A posição neutra.
• Todas as outras posições do CDSC com o CDC no neutro.
7. Rotineiramente, as medições da corrente de excitação devem ser realizadas
nas seguintes posições de CDC com o CDSC (se houver) na posição
normalmente utilizada:
• CDC em Aumentar total ou Diminuir total.
• CDC uma posição fora do neutro na direção Aumentar e uma posição
March 17, 2006

fora do neutro na direção Diminuir. Ambos os testes incluem o


autotransformador preventivo do CDC e, além disso, verifique
se a chave de reversão do CDC está operando corretamente.
• CDC no neutro.
8. Todos os testes de corrente de excitação da Doble são executados no modo
UST utilizando a Reversão do sincronismo de linha (não a Modulação
de freqüência de linha usual). Se estiver utilizando o formulário modelo,
selecione Reversão do sincronismo de linha na coluna LC. O DTA
seleciona automaticamente esse modo para você.
9. As tensões de teste não devem exceder a tensão nominal linha em relação
à linha para enrolamentos conectados em delta, a tensão nominal linha em
relação ao neutro para enrolamentos conectados em estrela ou a tensão
nominal do enrolamento para transformadores monofásicos.

5-50 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

10. As tensões de teste devem ser as mesmas para cada fase e, devido ao
comportamento não-linear da corrente de excitação em tensões de teste
baixas, elas devem ser ajustadas precisamente para comparar os resultados.
Resultados anormais de corrente de excitação devem ser investigados
executando testes em diversas tensões. Para transformadores trifásicos, é
interessante observar se, e até que ponto, o padrão normal é afetado em
diferentes potenciais de teste. Comece a investigação com um teste em uma
tensão relativamente baixa quando comparada com a tensão de teste normal.
Em seguida, faça medições sucessivas à medida que a tensão é aumentada,
em incrementos de 1 ou 2 kV, até a tensão máxima de teste permitida,
talvez até 12 kV.
NOTA As medições de corrente de excitação devem ser executadas na tensão de
teste mais alta possível dentro do intervalo do conjunto, mas nunca devem
exceder a tensão nominal do enrolamento em que a tensão de teste é aplicada.
Embora geralmente seja recomendável fazer todos os testes de corrente de
excitação de um determinado transformador no mesmo potencial, podem
existir exceções no caso de unidades com CDC. Ás vezes, é possível excitar
cada enrolamento a 10 kV quando os autotransformadores preventivos
associados a cada fase do CDC são desviados eficazmente.

March 17, 2006


Pode não ser possível excitar o enrolamento acima de uma tensão
relativamente baixa (digamos, por exemplo, 2 kV) quando a posição
CDC é tal que o autotransformador preventivo está incluído no
circuito do enrolamento. Essa é uma situação em que é recomendável
realizar os testes de corrente de excitação a uma tensão relativamente
alta (por exemplo, 10 kV) nas derivações que não incluem o
autotransformador preventivo e a uma tensão de teste mais baixa
quando o autotransformador preventivo estiver incluído no circuito
do enrolamento.
Se a tensão de teste puder ser aumentada a um nível moderado
(por exemplo, 6 kV) com o autotransformador preventivo no circuito,
então faça todos os testes em todas as posições do CDC a uma tensão
conveniente como 5 kV.
11. Registre as correntes de excitação com os enrolamentos energizados
alternadamente a partir das extremidades opostas dos transformadores
monofásicos. Isso deve ser feito em fases individuais de transformadores
trifásicos, se a unidade for suspeita ou se as medições iniciais da corrente
de excitação forem questionáveis.
12. A probabilidade de magnetismo residual de magnitude suficiente afetar
os testes de rotina é pequena

72A-2244-03 Rev. A 5-51


Procedimentos de teste

13. Essa possibilidade deve ser considerada se correntes anormais (altas)


forem medidas em um determinado transformador. Métodos para
neutralizar o magnetismo residual estão descritos nas Conferências
de clientes da Doble (consulte as Atas da Conferência de clientes da
Doble de 1976, Seção 6-1101, artigo intitulado "Corrente de excitação
de transformadores medida com equipamentos Doble (Um relatório
de progresso)".
As seções a seguir resumem as conexões de teste recomendadas para utilização
em testes de rotina e investigativos e discutem os padrões dos resultados de teste
registrados. Uma discussão mais completa dos padrões de resultados de teste
pode ser encontrada nas Atas da conferência de clientes da Doble de 1992,
Seção 6-6.1, no artigo intitulado "A influência de comutadores sob carga de
transformadores nos resultados dos testes de corrente de excitação monofásicos"
de M. F. Lachman.

Procedimentos de teste
Testes múltiplos O DTA pode executar testes múltiplos para economizar tempo. Esses testes
múltiplos aplicam-se somente aos casos em que diversas derivações de
March 17, 2006

comutadores sob carga estão sendo testadas. Os testes múltiplos são feitos
em uma fase por vez, começando na linha de corrente e descendo pela página.
Entre os testes, uma mensagem é exibida recomendando que o testador altere
a derivação e continue o teste quando estiver pronto. A tensão de teste é
mantida no comutador de derivação durante o teste múltiplo. Ao concluir
os testes de todas as derivações desejadas na primeira fase, o testador deve
mover o cursor no DTA para o início do próximo teste múltiplo na próxima
fase e começar o próximo teste múltiplo. Para utilizar o recurso de teste
múltiplo, são necessários três testes múltiplos, um por fase. Caso realize a
primeira série de testes de 16R a 16L, é possível fazer a segunda série de
testes de 16L a 16R, e assim por diante.
NOTA Ao executar testes múltiplos de corrente de excitação, não opere
manualmente o comutador de derivação (isto é, girando manualmente
o mecanismo). Em vez disso, opere eletricamente.
A Figura 5.18 até a Figura 5.25 ilustram os procedimentos de teste para
a medição de rotina de correntes de excitação (Ie) em enrolamentos de
transformadores.

5-52 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Transformador
monofásico Teste nº Modo Energização UST Desconectado* Ie
de teste
1 UST H1 H2** X1X2 H1–H2*
2 UST H2 * H1 X1X2 H2*–H1
* Alguns transformadores possuem enrolamentos para operação a baixa
tensão. Por exemplo, transformadores de potencial com enrolamentos
secundários de 120 V. Uma tensão excessiva pode estar impressa nesses
enrolamentos de baixa tensão devido ao acoplamento eletrostático advindo
do enrolamento energizado. Para transformadores com enrolamentos
secundários ou terciários de baixa tensão nominal, aterre uma perna de
cada enrolamento de baixa tensão para os testes de corrente de excitação.
** H2 pode ser designado como H0.
Normalmente, os terminais aterrados de X e Y devem ser aterrados.

March 17, 2006


Figura 5.18 Medição de Ie em um transformador monofásico

Coloque o cabo de alta tensão na bucha da coluna Energização e coloque um


cabo de baixa tensão na bucha da coluna UST.

72A-2244-03 Rev. A 5-53


Procedimentos de teste

Autotransformador
monofásico Teste nº Modo Energização UST Desconectado* Ie
de teste
1 UST H1 H0X0 Y1Y2 H1–H0X0
2 UST H0X0 H1 Y1 Y2 H0X0–H1
* Se presente.

Figura 5.19 Medição de Ie em um autotransformador monofásico


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Coloque o cabo de alta tensão na bucha da coluna Energização e coloque


um cabo de baixa tensão na bucha da coluna UST.

5-54 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Enrolamento trifásico
conectado em estrela Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
de teste (Ground)
1 UST H1 H0 * H2H3, H1–H0
X1X2X3
(Y1Y2Y3)
2 UST H2 H0 * H1H3, H2–H0
X1X2X3
(Y1Y2Y3)
3 UST H3 H0 * H1H2, H3–H0
X1X2X3
(Y1Y2Y3)
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam
ser aterrados.

March 17, 2006


Figura 5.20 Medição de Ie em um enrolamento de transformador
conectado em estrela (Método de rotina)

Coloque o cabo de alta tensão na bucha da coluna Energização e coloque um


cabo de baixa tensão na bucha da coluna UST. Desconecte as outras duas buchas.

72A-2244-03 Rev. A 5-55


Procedimentos de teste

Enrolamento Tabela 5.17 Método padrão de bucha neutra não acessível


trifásico conectado Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
em estrela, sem de teste (Ground)
neutro acessível 1 UST H1 H2 * H3, H1–H0 +
X1X2X3 H0-H2
(Y1Y2Y3)
2 UST H2 H3 * H1, H2–H0
X1X2X3 +H0-H3
(Y1Y2Y3)
3 UST H3 H1 * H2, H3–H0 +
X1X2X3 H0-H1
(Y1Y2Y3)
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam
ser aterrados.
March 17, 2006

Figura 5.21 Método padrão de bucha neutra não acessível

Coloque o cabo de alta tensão na bucha da coluna Energização e coloque um


cabo de baixa tensão na bucha da coluna UST. Desconecte as outras duas buchas.
Embora o método mostrado abaixo seja o preferido quando se encontra
um enrolamento conectado em estrela sem bucha neutra acessível, pode
ser que o teste anterior tenha sido feito utilizando um método alternativo.
O método alternativo difere do método acima pelo fato de que duas buchas
são curto-circuitadas em conjunto para cada teste e a medição é feita entre
as duas buchas em curto e a terceira, deconectada. O procedimento de
teste seria o seguinte:

5-56 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 5.18 Método alternativo de bucha neutra não acessível


Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
de teste (Ground)
1 UST H1 + H 2 H3 * X1X2X3 H1H2 -
(Y1Y2Y3) H3
2 UST H 2 + H3 H1 * X1X2X3 H2H3 -
(Y1Y2Y3) H1
3 UST H 3 + H1 H2 * X1X2X3 H3H1 -
(Y1Y2Y3) H2
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam
ser aterrados.

O método padrão produziria duas leituras semelhantes e uma leitura alta corrente,
enquanto que o método alternativo produziria duas leituras semelhantes e uma
leitura baixa. Existe ainda uma segunda alternativa, semelhante ao método
preferido descrito acima na Tabela 5.17, mas com a terceira bucha aterrada,
ao invés de desconectada.

March 17, 2006

72A-2244-03 Rev. A 5-57


Procedimentos de teste

Enrolamento
conectado em delta Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
de teste (Ground)
1 UST H1 H2 H3* X1X2X3 H1–H2
(Y1Y2Y3)
2 UST H2 H3 H1* X1X2X3 H2–H3
(Y1Y2Y3)
3 UST H3 H1 H2* X1X2X3 H3–H1
(Y1Y2Y3)
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam
ser aterrados.
March 17, 2006

Figura 5.22 Medição de Ie em um enrolamento de transformador conectado


em delta (método de rotina)

Coloque o cabo de alta tensão na bucha da coluna Energização e coloque um


cabo de baixa tensão em cada uma das outras duas buchas. Uma será medida,
a outra aterrada. Se utilizar o DTA, siga os prompts. Por exemplo, se estiver
testando a fase B (geralmente denominada H1-H2) com o cabo de alta tensão
em H1 e o cabo vermelho em H2, o azul em H3, você deseja medir o vermelho
e aterrar o azul. Portanto, você escolhe o circuito UST-R na lista de opções.
No DTA, as três fases (H1-H2, H2-H3, H3-H1) são testadas na mesma linha,
ao longo da tela. A ordem das identificações das conexões dita a ordem em
que os testes serão encontrados nas três colunas mA.
A Figura 5.23, a Figura 5.24 e a Figura 5.25 representam os métodos utilizados
para verificar ou investigar resultados questionáveis. Os procedimentos são
relativamente diretos e exigem poucas explicações.

5-58 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Enrolamento
conectado em estrela, Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
método reverso de teste (Ground)
1 UST H0 H1 * H2H3, H0–H1
X1X2X3
(Y1Y2Y3)
2 UST H0 H2 * H1H3, H0–H2
X1X2X3
(Y1Y2Y3)
3 UST H0 H3 * H1H2, H0–H3
X1X2X3
(Y1Y2Y3)
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam
ser aterrados.

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Figura 5.23 Medição de Ie em um enrolamento de transformador conectado
em estrela (método reverso)

72A-2244-03 Rev. A 5-59


Procedimentos de teste

Enrolamento
conectado em delta,
Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
método reverso de teste (Ground)
1 UST H1 H3 H2* X1X2X3 H1–H3
(Y1Y2Y3)
2 UST H3 H2 H1* X1X2X3 H3–H2
(Y1Y2Y3)
3 UST H2 H1 H3* X1X2X3 H2–H1
(Y1Y2Y3)
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam
ser aterrados.
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Figura 5.24 Medição de Ie em um enrolamento de transformador conectado


em delta (método reverso)

5-60 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Enrolamento em
delta, método Teste nº Modo Energização UST Terra Desconectado Ie
alternativo de teste (Ground)
1 UST H1 H2,H3 * X1X2X3 (H1–H2)+
(Y1Y2Y3) (H1–H3)
2 UST H2 H1,H3 * X1X2X3 (H2–H1)+
(Y1Y2Y3) (H2–H3)
3 UST H3 H1,H2 * X1X2X3 (H3–H1)+
(Y1Y2Y3) (H3–H2)
* Normalmente, terminal(is) aterrado(s) dos enrolamentos X e/ou Y precisam ser
aterrados.

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Figura 5.25 Medição de Ie em um enrolamento de transformador conectado
em delta (método alternativo)

72A-2244-03 Rev. A 5-61


Análise dos resultados

Análise dos resultados


A análise depende da presença de um CDC e de se o teste é inicial ou subseqüente.
Quando um CDC está presente, tanto o padrão CDC quanto o valor absoluto
da leitura são avaliados. Quando um CDC não está presente, somente o valor
absoluto da leitura é avaliado.
Em transformadores modernos (predominantemente em unidades EAT
monofásicas), a combinação de núcleo de aço de alta qualidade (que
requer menos energia indutiva) e alta capacitância espira em relação à
espira (para controlar a distribuição da tensão do impulso) resultam na
energia armazenada no componente espira em relação à espira e em outros
componentes do isolamento ser comparável à energia armazenada no núcleo.
Em tais transformadores, o IL pode corresponder ao IC e, em algumas
unidades, pode até ser menor, resultando em uma corrente capacitiva medida.
As conseqüências podem ser um padrão de corrente inesperado, como
descrito a seguir.
Teste inicial com Sugerimos as seguintes etapas para o teste inicial:
o CDC presente 1. Para estabelecer um padrão de referência confiável, a unidade deve ser
March 17, 2006

desmagnetizada antes de executar o teste inicial.


2. O padrão CDC deve ser identificado comparando o comportamento dos
dados com um dos padrões típicos (consulte o artigo "A influência de
comutadores sob carga de transformadores nos resultados do teste de
corrente de excitação monofásica" de Mark F. Lachman, no "Manual
de referência geral" branco da Doble). Ele deve ser o mesmo em todas
as três fases, tanto para a corrente de excitação quanto para a perda.
3. Para avaliar o valor absoluto, os dados das diferentes fases devem
ser comparados para cada posição de CDC com o CDSC na posição
normalmente utilizada, bem como para as posições de CDSC restantes
com o CDC no neutro. Essa comparação é chamada de identificação
do padrão da fase. Para unidades em que as três fases representam
um equipamento indutivo, observou-se o seguinte:
a) As duas leituras altas semelhantes e uma leitura baixa são obtidas em qualquer
unidade tipo núcleo com três pernas e qualquer unidade tipo carcaça com
cinco pernas. (Nessas unidades tipo carcaça, a fase intermediária normalmente
é invertida). A leitura mais baixa é obtida em uma fase localizada na perna
intermediária do núcleo. Se a medição for executada testando duas fases do
enrolamento conectado em estrela em série (utilizado quando o ponto neutro
não está acessível) ou testando duas fases do enrolamento conectado em delta
em paralelo (curto-circuitando a terceira fase), o padrão de fase resultante são
duas leituras semelhantes mais baixas e uma leitura alta.

5-62 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

b) Três leituras semelhantes são obtidas em qualquer unidade tipo núcleo


com cinco pernas e em três unidades monofásicas.
c) O mesmo padrão de fase é obtido, tanto para as leituras da corrente de
excitação como para as da perda.
Para unidades em que pelo menos uma fase representa um equipamento
capacitivo (normalmente, todas as três fases são capacitivas), observou-se
o seguinte:
a) A leitura da corrente de excitação depende dos valores relativos dos
componentes indutivos e capacitivos e, portanto, pode resultar em qualquer
padrão de fase. Conseqüentemente, o padrão de fase obtido é aceito como
o padrão de referência inicial. No entanto, algumas considerações práticas
podem ser aplicadas. Por exemplo, se a leitura de uma das fases for o dobro
(ou somente uma fração pequena) das leituras nas outras duas fases, isso
provavelmente representa uma condição anormal.
b) O padrão de fase obtido para a corrente de excitação pode diferir do obtido
para a perda. A leitura da perda é sempre dominada pela perda do núcleo e,
assim, normalmente terá o padrão de fase definido acima para equipamentos
indutivos. A última observação torna-se muito útil na interpretação das leituras

March 17, 2006


de corrente. Por exemplo, quando a corrente apresenta três leituras diferentes
e a perda mostra o padrão familiar de duas leituras altas semelhantes e uma
mais baixa, é muito provável que o padrão de corrente esteja influenciado pela
capacitância do isolamento e deve ser aceito como uma leitura de referência.
Algumas unidades são indutivas nas posições de ponte e capacitivas nas
posições fora de ponte. Outras unidades são indutivas para uma faixa de
posições de derivação seqüencial e, em seguida, tornam-se capacitivas para
as posições restantes. Nesses casos (muito raros), as posições indutivas e
capacitivas devem ser analisadas de forma diferente. Embora a identificação
do padrão de fase exija familiaridade com as informações acima, isso deixa
de ser essencial quando um padrão de referência confiável é obtido e um
teste subseqüente é executado.
Teste subseqüente Sugerimos as seguintes etapas para o teste subseqüente:
com o CDC presente 1. O padrão CDC é comparado com o padrão CDC inicial. Ambos devem
ser obtidos na mesma posição CDSC.
2. Para cada posição CDC, o valor absoluto é comparado com a medição
inicial. Em alguns casos, a presença de magnetismo residual alterou a
leitura subseqüente em até 30 a 50%.

72A-2244-03 Rev. A 5-63


Análise dos resultados

Teste inicial quando Sugerimos as seguintes etapas para o teste inicial:


o CDC não está 1. Para estabelecer um padrão de referência confiável, a unidade deve ser
presente desmagnetizada antes de executar o teste inicial.
2. Para avaliar o valor absoluto, os dados de diferentes fases devem ser
comparados para cada posição CDSC. A análise é a mesma descrita no
item 3 da seção Teste inicial com o CDC presente. Algumas unidades são
indutivas para uma faixa de posições de derivação CDSC seqüenciais e,
em seguida, tornam-se capacitivas para as posições restantes. Nesses casos
(muito raros), as posições indutivas e capacitivas devem ser analisadas de
forma diferente.
Teste subseqüente Sugerimos o seguinte para o teste subseqüente:
quando o CDC 1. Para uma posição CDSC utilizada normalmente, o valor absoluto é
não está presente comparado com a medição inicial. Em alguns casos, a presença de
magnetismo residual alterou a leitura em até 30 a 50%.
A Figura 5.22 ilustra a conexão de teste de rotina em uma unidade trifásica
conectada em delta. Como observado, o enrolamento não energizado ou
estático (H2–H3) da conexão mostrada está fazendo a derivação do medidor
March 17, 2006

durante o teste. Na maioria das vezes, essa derivação teve efeito pequeno, se
é que teve, nas medições. O padrão de correntes registrado para as três fases
seria o padrão típico de duas correntes altas semelhantes e uma corrente mais
baixa. Foram recebidos dados sobre os enrolamentos delta que não seguiram
esse padrão, mas sim que incluíram a corrente mais baixa com duas correntes
mais altas, mas diferentes. Esse último padrão foi atribuído ao magnetismo
residual ou ao efeito de derivação do enrolamento não energizado ou estático.
Para eliminar a questão do efeito de derivação do enrolamento estático, o
procedimento descrito na Figura 5.25 pode ser utilizado. O padrão normal
de correntes para essa medição em paralelo de duas fases de um enrolamento
conectado em delta seria duas correntes semelhantes, com uma terceira
corrente maior em vez de menor, como foi observado nominalmente nas
fases individuais.

5-64 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Se for considerado que as correntes registradas para uma fase individual são as
mesmas quando medidas a partir de extremidades alternadas, isto é, H1 a H2 ou H2
a H1, então as correntes das fases individuais podem ser calculadas somando as
correntes registradas para quaisquer duas medições na Figura 5.25, subtraindo a
terceira e dividindo por dois. Por exemplo, para determinar um valor de H1–H2:

(H1–H2)+(H1–H3)
Some:
(H2–H1)+(H2–H3)
2(H1–H2)+(H2–H3)+(H1–H3)

(H3–H2)+(H3–H1)
Subtraia:
2(H1–H2)

Dividir por 2 resultará na corrente do enrolamento H1–H2.


Enrolamento Se o método padrão for utilizado, os resultados serão duas correntes semelhantes
conectado em estrela, e uma alta. Essa combinação incomum é devida ao fato de que estamos medindo
sem bucha neutra duas correntes de fase juntas a cada vez. Se considerarmos que as duas fases

March 17, 2006


acessível externas (H1-H0 e H3-H0) têm uma corrente "alta" e a fase intermediária (H2-H0)
tem uma corrente "baixa", as medições resultantes são as seguintes: H1-H2 é
"alta" (H1-H0) mais uma "baixa" (H2-H0); H2-H3 é uma "baixa" (H2-H0) mais
uma "alta" (H3-H0); e H3-H1 é uma "alta" (H3-H0) mais uma "alta" (H1-H0).
Portanto, há duas medições "baixa" mais "alta" e uma "alta" mais "alta",
resultando em duas leituras semelhantes e uma alta. Se o método alternado
for utilizado, você estará curto-circuitando duas das três fases, de forma que,
essencialmente, estará medindo novamente a corrente através de uma fase por
vez, a fase que não está em curto. O padrão de duas correntes semelhantes e
uma baixa é obtido.

72A-2244-03 Rev. A 5-65


Introdução

Testes de relação de espiras com o Capacitor Doble


Introdução
Os testes de relação de espiras tradicionalmente são realizados a uma tensão
muito baixa (talvez 100 volts), que confirmará o status do enrolamento em
quase todos os casos. Um exemplo desse caso seria uma mancha em uma
espira em que o isolamento tenha sido quase que inteiramente perdido devido
a algum tipo de atividade indesejada, mas em que ainda há resistência
suficiente para suportar a baixa tensão aplicada pelo conjunto de teste
TTR típico. Pegue essa mesma mancha e energize-a a 10 kV e os poucos
isolamentos restantes sofreriam uma ruptura e apresentariam a espira em
curto. Esta é uma ferramenta extra especialmente útil em um transformador
suspeito em que outros testes possam não produzir informações úteis.
Além disso, como os resultados do teste são inseridos automaticamente em
formulários eletrônicos se o M4000 estiver sendo utilizado com o programa
DTA, as relações esperadas e os limites permissíveis para cada teste são
automaticamente calculados para o usuário, economizando tempo e ajudando
a evitar erros humanos.
March 17, 2006

Os testes de relação de espiras de transformadores a 10 kV podem ser


executados com o M4000, desde que o capacitor de relação de espiras
opcional da Doble esteja disponível. A capacitância do capacitor de relação
de espiras é medida e utilizada como o "verdadeiro" valor de capacitância.
Em seguida, o capacitor é medido novamente energizando o enrolamento
de alta tensão do transformador com o capacitor conectado ao enrolamento
correspondente do enrolamento de baixa tensão ou oposto. Isso é a chamado
de capacitância "aparente". Em seguida, a relação de espiras é calculada
utilizando a relação entre a capacitância "verdadeira" e a "aparente".
Como esse é um teste monofásico, é feito um teste separado para cada fase.
No caso de um transformador com três enrolamentos, são feitos três conjuntos
de testes de relação: Alta para baixa, alta para terciária e baixa para terciária.
NOTA A determinação das fases em enrolamentos opostos que correspondem
umas às outras é feita utilizando o diagrama de vetores da placa de
identificação.

5-66 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Como fazer as conexões corretas


Para que o teste de relação de espiras produza resultados positivos, as
conexões precisam ser feitas com as fases correspondentes e na polaridade
correta. Essas informações estão no diagrama de vetores localizado na placa
de identificação do transformador. Fases correspondentes significam que os
enrolamentos de AT e EAT devem ser representados por linhas paralelas no
diagrama de vetores. A polaridade correta significa que a mesma extremidade
de cada uma dessas linhas paralelas deve estar aterrada para o teste. Por
exemplo, utilizando a Figura 5.26 na página 5-68, a linha H1-H2 é paralela
à linha X0-X2, portanto, sabemos que ambas correspondem à mesma fase.
Para obter a polaridade correta, H2 está na mesma extremidade da linha
H1-H2 assim como X2 está na linha X0-X2, portanto, H2 corresponde a
X2 na polaridade, assim como H1 a X0. Assim, se decidirmos energizar
a extremidade H2 do enrolamento H1-H2 e aterrar a extremidade H1,
precisaremos colocar o capacitor Doble na extremidade correspondente
da fase correspondente do enrolamento X. Isto é, o capacitor Doble fica
na extremidade X2 do enrolamento X2-X0 e a extremidade X0 é aterrada.
NOTA As conexões mostradas nos exemplos a seguir correspondem aos seus

March 17, 2006


diagramas de vetor associados. Utilize-as como guia para determinar
as conexões corretas para outros diagramas de vetor que você possa
encontrar.

72A-2244-03 Rev. A 5-67


Campos de conexões do DTA

Campos de conexões do DTA


Se estiver utilizando o DTA, há campos para registrar as conexões feitas para
cada uma de até três testes (fases) por par de enrolamentos. Para cada fase
testada, há quatro campos: terminal do enrolamento energizado e terminal do
enrolamento aterrado, alta tensão; e terminal do enrolamento em UST através
do capacitor Doble e terminal do enrolamento aterrado, baixa tensão. "Colocar
em UST um terminal de enrolamento através de um capacitor Doble" significa
conectar seu gancho a esse terminal de enrolamento e conectar um cabo de
baixa tensão à outra extremidade do capacitor Doble. A seguir, um campo
Conexões típico preenchido para um transformador delta-estrela trifásico
cujo diagrama de vetores da placa de identificação também é apresentado:
March 17, 2006

Figura 5.26 Conexões típicas para o teste de relação de espiras

Neste exemplo, o primeiro teste seria executado energizando H1, aterrando


H3, colocando X1 em UST através do capacitor e aterrando X0. As conexões
do enrolamento H foram selecionadas de modo que a conexão neutra do
enrolamento X (X0) possa permanecer a mesma durante os três testes. Para
cada um dos três conjuntos de quatro campos descritos acima, há uma coluna
na qual se deve digitar os dados de teste resultantes, representando um teste
monofásico em um par de enrolamentos. As três colunas são denominadas
Relação:

Figura 5.27 Colunas de entrada de dados de relação de espiras DTA,


correspondente à identificação "Conexões"

5-68 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tensões de teste
O capacitor Doble pode ser energizado até 10 kV. Siga as instruções para
energizar os transformadores em "Tensões de teste" na página 5-2.

Medição do capacitor Doble


1. Se estiver utilizando o DTA, use a tela Testes de relação da Doble
e coloque o cursor no campo Capacitância atual para as três etapas
seguintes.
2. Meça o capacitor Doble estático colocando o cabo de alta tensão na
extremidade do gancho do capacitor.
3. Coloque o cabo de baixa tensão na extremidade oposta do capacitor.
A capacitância é medida energizando o capacitor a 10 kV, utilizando
um circuito UST.
4. Registre os resultados (picofarads). Se estiver utilizando o DTA,
os resultados serão automaticamente inseridos no campo
Capacitância atual.

March 17, 2006


Figura 5.28 Medição da capacitância "real" da relação de espiras

72A-2244-03 Rev. A 5-69


Teste de relação de espiras, transformadores monofásicos

Teste de relação de espiras, transformadores monofásicos


Dois enrolamentos 1. Registre as tensões alta e baixa de enrolamento para as posições de
derivação que pretende relacionar com a placa de identificação do
transformador, bem como as próprias posições de derivação.
2. Registre a capacitância "verdadeira" do capacitor Doble como
descrito acima.
3. Se estiver utilizando o DTA, use os dois formulários de transformador
de enrolamento com Configuração definida como Fase 1 e Nº de fases
definido como 1. Digite nos campos "Conexões" os terminais H, X, ou
Y correspondentes a cada coluna de dados de teste nas colunas Relação.
Por exemplo, se planejar seu primeiro teste para ser: energizar H1,
aterrar H2 e UST em X1, aterrar X2 digite as entradas a seguir:
March 17, 2006

4. Como haverá apenas um teste nesse caso, o restante dos campos


"Conexões" será deixado em branco.
5. Coloque o gancho de alta tensão em uma extremidade do enrolamento
de alta tensão (H1) e aterre a outra (H2).
6. Coloque o gancho do capacitor Doble em uma das extremidades
do enrolamento de baixa tensão (X1), aterre a outra (X2) e conecte
o cabo de baixa tensão à outra extremidade do capacitor.

Figura 5.29 Medição da capacitância "aparente" da relação de espiras,


transformador monofásico com dois enrolamentos

5-70 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

7. Se estiver utilizando o DTA, leve o cursor até a primeira das três


colunas Ratio.
8. A tensão de teste é determinada pelas tensões nominais do transformador
e dos isolamentos das buchas (consulte "Tensões de teste" na página 1-11).
9. Execute o teste utilizando o modo de teste UST e registre os resultados.
Se estiver utilizando o DTA, ele comparará os resultados com o valor da
coluna "Calcular relação". Eles serão classificados como "G" se o valor
medido for de até 0,5% da relação calculada.
Três enrolamentos Siga os procedimentos descritos acima para um transformador monofásico
com dois enrolamentos, exceto que, se estiver utilizando o DTA, o formulário
de transformador de três enrolamentos será utilizado e três testes serão
executados em vez de um, um para cada par de enrolamentos. Utilize as
conexões mostradas abaixo:
Tabela 5.19 Procedimento de teste, transformadores monofásicos
com três enrolamentos

Teste Relação medida* Energização UST através Terra


do capacitor (Ground)

March 17, 2006


1 H1-H2/X1-X2 H1 X1 H2, X2
2 H1-H2/Y1-Y2 H1 Y1 H2, Y2
3 X1-X2/Y1-Y2 X1 Y1 X2, Y2

* Essas relações são determinadas utilizando o desenho da placa de identificação


do transformador com o processo descrito em "Como fazer as conexões
corretas" na página 5-67.
Se estiver utilizando o DTA, cada um dos pares de enrolamentos possui
um formulário (H-X, H-Y, X-Y), assim cada teste será feito na primeira das
colunas Ratio na página correspondente. Nos campos Conexões em cada
página, digite nos campos H, X e Y o conteúdo das colunas "Energização"
(no primeiro campo) e "Terra" (no segundo campo) da tabela acima para
cada enrolamento respectivo.

72A-2244-03 Rev. A 5-71


Teste de relação de espiras, transformadores monofásicos

Autotransformador Siga os procedimentos descritos acima para um transformador monofásico


monofásico com com dois enrolamentos, exceto que, se estiver utilizando o DTA, o formulário
terciário de transformador de três enrolamentos será utilizado e três testes serão
executados em vez de um, um para cada par de enrolamentos. Utilize as
conexões mostradas abaixo:
Tabela 5.20 Procedimento de teste, autotransformador monofásico
com terciário delta

Teste Relação medida* Energização UST através Terra


do capacitor (Ground)
1 H1-H0X0/X1-H0X0 H1 X1 H0X0
2 H1-H0X0/Y1-Y2 H1 Y1 H0X0, Y2
3 X1-H0X0/Y1-Y2 X1 Y1 X0H0, Y2

* Essas relações são determinadas utilizando o desenho da placa de identificação


do transformador com o processo descrito em "Como fazer as conexões corretas"
na página 5-67.
March 17, 2006

Se estiver utilizando o DTA, cada um dos pares de enrolamentos possui


um formulário (H-X, H-Y, X-Y), assim cada teste será feito na primeira das
colunas RELAÇÃO MEDIDA verdadeira/aparente na página correspondente.
Nos campos Conexões em cada página, digite nos campos H, X e Y
o conteúdo das colunas "Energização" (no primeiro campo) e "Terra"
(no segundo campo) da tabela acima para cada enrolamento respectivo.
Autotransformador Siga o procedimento para um transformador monofásico com dois
monofásico sem enrolamentos
terciário Tabela 5.21 Procedimento de teste, autotransformador monofásico
sem terciário

Teste Relação medida Energização UST através do Terra


capacitor (Ground)
1 H1-H0X0/X1-H0X0 H1 X1 H0X0

5-72 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste de relação de espiras, transformadores trifásicos


Dois enrolamentos 1. Registre as tensões alta e baixa de enrolamento para as posições de
derivação que pretende relacionar com a placa de identificação do
transformador, bem como as próprias posições de derivação.
2. Preencha os campos Conexões na tela de teste de relação da Doble.

Figura 5.30 Conexões para configurações estrela-delta (esquerda)


e delta-estrela da Figura 5.31 e da Figura 5.32

3. Registre a capacitância "verdadeira" do capacitor Doble como descrito


em "Medição do capacitor Doble" na página 5-69.
4. Coloque o gancho de alta tensão em uma das extremidades do terminal do
enrolamento (a coluna Energização nos exemplos abaixo) e aterre a outra
extremidade do enrolamento.

March 17, 2006


5. Coloque o gancho do capacitor Doble em um terminal do enrolamento
de baixa tensão (a coluna UST através do capacitor no exemplo abaixo)
e conecte o cabo de baixa tensão à outra extremidade do capacitor Doble.
6. Para determinar os terminais de enrolamentos correspondentes a utilizar,
observe sempre o diagrama de vetores da placa de identificação. Consulte
os exemplos na Figura 5.31 e na Figura 5.32.
7. Aterre a outra extremidade do enrolamento de baixa tensão.
8. Todas as outras buchas permanecem desconectadas.

Figura 5.31 Configuração de teste para uma fase de um transformador


delta-estrela

72A-2244-03 Rev. A 5-73


Teste de relação de espiras, transformadores trifásicos

Figura 5.32 Configuração de teste para uma fase de um transformador


estrela-delta

9. Se estiver utilizando o DTA, leve o cursor até a primeira das três


colunas Relação.
10. A tensão de teste é determinada pelas tensões nominais do transformador
e dos isolamentos das buchas (consulte "Tensões de teste" na página 5-2).
11. Execute o teste e registre os resultados. Se estiver utilizando o DTA,
ele comparará os resultados com o valor da coluna "Calcular relação".
March 17, 2006

Eles serão classificados como "G" se o valor medido for de até 0,5%
da relação calculada.
12. Repita o teste para cada fase utilizando o diagrama de vetores da placa
de identificação como guia para fazer as conexões. Observe a polaridade
dos enrolamentos. Se estiver utilizando o DTA, vá até a segunda coluna
Relação para a segunda fase e até a terceira coluna para a terceira fase.
Tabela 5.22 Procedimento de teste para a Figura 5.31 acima

Teste Relação medida Energização UST através Terra


do capacitor (Ground)
1 H1-H3/X1-X0 H1 X1 H3, X0
2 H2-H1/X2-X0 H2 X2 H1, X0
3 H3-H2/X3-X0 H3 X3 H2, X0

5-74 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 5.23 Procedimento de teste para a Figura 5.32 acima

Teste Relação medida Energização UST através Terra


do capacitor (Ground)
1 H1-H0/X1-X2 H1 X1 H0, X2
2 H2-H0/X2-X3 H2 X2 H0, X3
3 H3-H0/X3-X1 H3 X3 H0, X1

Enrolamentos Conecte aos terminais de um enrolamento em ziguezague como se ele fosse


ziguezague um enrolamento em delta.

Tabela 5.24 Procedimento de teste para delta-ziguezague


Teste Relação Energização UST Terra Diagrama de vetores,
medida através do (Ground) conexões
capacitor
1 H1-H2/ H1 X1 H2, X2

March 17, 2006


X1-X2
2 H2-H3/ H2 X2 H3, X3
X2-X3
3 H3-H1/ H3 X3 H1, X1
X3-X1

Tabela 5.25 Procedimento de teste para ziguezague-delta


Teste Relação Energização UST Terra Diagrama de
medida através do (Ground) vetores, conexões
capacitor
1 H1-H2/ H1 X1 H2, X2
X1-X2
2 H2-H3/ H2 X2 H3, X3
X2-X3
3 H3-H1/ H3 X3 H1, X1
X3-X1

72A-2244-03 Rev. A 5-75


Teste de relação de espiras, transformadores trifásicos

Autotransformador Um autotransformador com terciário é testado como um transformador com três


com terciário enrolamentos, pois há nove testes. Os testes entre cada par de enrolamentos estão
em suas próprias páginas. Teste todas as três fases de cada par de enrolamentos
antes de passar para o próximo par. Todos os terminais de enrolamentos não
sendo testados permanecem desconectados. Siga os mesmos procedimentos da
configuração de dois enrolamentos trifásicos descrita acima, utilizando a tabela
de procedimentos de teste a seguir.

Tabela 5.26 Procedimento de teste para autotransformador com terciário delta

Teste Relação medida Energização UST através Terra Diagrama de


do capacitor (Ground) vetores, conexões
1 H1-H0X0/X1-H0X0 H1 X1 HOXO
2 H2-H0X0/X2-H0X0 H2 X2 H0X0
3 H3-H0X0/X3-H0X0 H3 X3 H0X0
March 17, 2006

4 H1-H0X0/Y1-Y2 H1 Y1 HOXO,Y2
5 H2-H0X0/Y2-Y3 H2 Y2 H0X0, Y3
6 H3-H0X0/Y3-Y1 H3 Y3 H0X0, Y1
7 X1-H0X0/Y1-Y2 X1 Y1 H0X0, Y2
8 X2-H0X0/Y2-Y3 X2 Y2 H0X0, Y3
9 X3-H0X0/Y3-Y1 X3 Y3 H0X0, Y1

5-76 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Autotransformador Há um par de enrolamentos e os testes estão todos em uma página, se o


sem terciário DTA estiver sendo utilizado.

Tabela 5.27 Procedimento de teste para autotransformador sem terciário

Teste Relação medida Energização UST através Terra Diagrama de vetores, conexões
do capacitor (Ground)
1 H1-H0X0/X1-H0X0 H1 X1 H0X0
2 H2-H0X0/X2-H0X0 H2 X2 H0X0
3 H3-H0X0/X3-H0X0 H3 X3 H0X0

March 17, 2006

72A-2244-03 Rev. A 5-77


Teste de relação de espiras, transformadores trifásicos

Três enrolamentos Há nove testes. No DTA, os três testes entre cada par de enrolamentos estão
em suas próprias páginas. Teste todas as três fases de cada par de enrolamentos
antes de passar para o próximo par. Todos os terminais de enrolamentos não
sendo testados permanecem desconectados. Siga os mesmos procedimentos
da configuração de dois enrolamentos trifásicos descrita acima, utilizando a
tabela de procedimentos de teste a seguir.

Tabela 5.28 Procedimento de teste para configuração estrela-estrela-delta

Teste Relação medida Energização UST através Terra Diagrama de vetores, conexões
do capacitor (Ground)
1 H1-H0/X1-X0 H1 X1 H0, X0
2 H2-H0/X2-X0 H2 X2 H0, X0
3 H3-H0/X3-X0 H3 X3 H0, X0
4 H1-H0/Y1-Y2 H1 Y1 H0, Y2
5 H2-H0/Y2-Y3 H2 Y2 H0, Y3
March 17, 2006

6 H3-H0/Y3-Y1 H3 Y3 H0, Y1
7 X1-X0/Y1-Y2 X1 Y1 X0, Y2
8 X2-X0/Y2-Y3 X2 Y2 X0, Y3
9 X3-X0/Y3-Y1 X3 Y3 X0, Y1

5-78 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 5.29 Procedimento de teste para configuração estrela-delta-delta

Teste Relação medida Energização UST através Terra Diagrama de vetores, conexões
do capacitor (Ground)
1 H1-H0/X1-X2 H1 X1 H0, X2
2 H2-H0/X2-X3 H2 X2 H0, X3
3 H3-H0/X3-X1 H3 X3 H0, X1
4 H1-H0/Y1-Y2 H1 Y1 H0, Y2
5 H2-H0/Y2-Y3 H2 Y2 H0, Y3
6 H3-H0/Y3-Y1 H3 Y3 H0, Y1
7 X1-X2/Y1-Y2 X1 Y1 X2, Y2
8 X2-X3/Y2-Y3 X2 Y2 X3, Y3
9 X3-X1/Y3-Y1 X3 Y3 X1, Y1

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Tabela 5.30 Procedimento de teste para configuração delta-estrela-estrela

Teste Relação medida Energização UST através Terra Diagrama de vetores, conexões
do capacitor (Ground)
1 H1-H3/X1-X0 H1 X1 H3, X0
2 H2-H1/X2-X0 H2 X2 H1, X0
3 H3-H2/X3-X0 H3 X3 H2, X0
4 H1-H3/Y1-Y0 H1 Y1 H3, Y0
5 H2-H1/Y2-Y0 H2 Y2 H1, Y0
6 H3-H2/Y3-Y0 H3 Y3 H2, Y0
7 X1-X0/Y1-Y0 X1 Y1 X0, Y0
8 X2-X0/Y2-Y0 X2 Y2 X0, Y0
9 X3-X0/Y3-Y0 X3 Y3 X0, Y0

72A-2244-03 Rev. A 5-79


Análise dos resultados

Análise dos resultados


A relação de espiras medida precisa ser de até 0,5% da relação calculada.
Se estiver utilizando o DTA, a relação calculada é automaticamente exibida
assim que as tensões dos dois enrolamentos que estão sendo medidos forem
registradas no formulário de relação de espiras da Doble e os limites superior
e inferior também são exibidos com base na regra de 0,5%.

Testes de reatância de fuga


Introdução
A deformação no enrolamento que leva a uma falha imediata do transformador
pode ser provocada por diversos eventos de sobrecorrente. A probabilidade
de condições de sobrecorrente não é muito alta e, portanto, um transformador
pode permanecer em operação com enrolamentos parcialmente deformados,
embora a confiabilidade de tal transformador seja reduzida. Muitas falhas
de transformador começam com uma deformação mecânica, mas acabam
ocorrendo por razões elétricas. Conseqüentemente, a determinação de
deformação mecânica deve ser seriamente considerada. Até mesmo pequenas
March 17, 2006

alterações nos parâmetros medidos devem ser tratadas com o máximo respeito.
Diversos métodos foram utilizados para detectar deformação em
enrolamentos. São eles:
• análise de resposta de freqüência;
• teste de impulso de baixa tensão;
• medição da capacitância;
• medição da reatância de fuga.
Inerentemente, os métodos um e dois têm recursos de pesquisa muito
promissores. A relativa sofisticação dos instrumentos e a experiência
necessária para essas medições ainda poderão permitir que eles se tornem
"ferramentas básicas" em muitas instalações.
As medições de capacitância são executadas como parte dos testes rotineiros de
isolamento CA e normalmente incluem todas as três fases. A capacitância entre os
enrolamentos e entre cada enrolamento e o núcleo/tanque é uma função de seus
relacionamentos geométricos, bem como das constantes dielétricas do isolamento
interventor. Sabe-se que a capacitância pode apresentar pequenas variações devido
a alterações na temperatura ou a uma contaminação grave.
As medições de reatância de fuga são executadas curto-circuitando o enrolamento
de baixa tensão (para obter detalhes, consulte "Configuração de teste utilizando o
M4110 ou o M4130" na página 5-91.

5-80 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Considerações sobre o teste


Há duas opções sendo oferecidas para medir a reatância de fuga utilizando o
M4000. O Módulo de reatância de fuga M4130 exige a utilização de um variac
externo fornecido pelo usuário e de cabos de corrente fornecidos pelo usuário.
A interface de reatância de fuga M4110 inclui todos os controles, cabos e
engrenagens de segurança e o Módulo de reatância de fuga em um único
pacote. A seguir, as instruções para utilização do M4110.
Além do M4000, é necessário ter os seguintes equipamentos para o teste de
reatância de fuga:
• Interface de reatância de fuga Doble, incluindo
• Conjunto de cabos de fonte de tensão do M4110
• Conjunto de cabos de detecção de tensão do M4110
• Cabo de aterramento do M4110
• O módulo do software de reatância de fuga do M4110 para o M4000
Se estiver utilizando o Módulo de reatância de fuga do M4130, são necessários
um variac e três cabos para conectar o autotransformador de variac às buchas do
transformador e ao Módulo de reatância de fuga. O tamanho do cabo precisa estar
de acordo com o valor nominal do variac. Observe que o Módulo de reatância de

March 17, 2006


fuga do M4130 possui uma tensão nominal de 400 volts, 50 ampères. O M4130 é
fornecido com cabos de detecção de tensão e um cabo de fonte de alimentação CC.
Informações Embora seja possível executar um teste sem nenhuma informação da placa de
necessárias antes da identificação do transformador ou de dados da placa de identificação, sem eles a
execução de um teste reatância % e impedância % não podem ser calculadas. As placas de identificação
do transformador incluem as seguintes informações que devem ser inseridas no
programa do M4000 antes de executar um teste:
• Impedância percentual
• Tensão-corrente básica (em MVA) para essa impedância
• Tensão linha em relação à linha básica (em kV) para essa impedância
• Posições de derivação para as quais os valores de placa de
identificação foram obtidos
NOTA Apenas para transformadores monofásicos, a tensão básica em kV deve
ser a de linha em relação à terra e não a de linha em relação à linha, kV.
Se estiverem disponíveis de testes anteriores, as seguintes informações de
padrão de referência adicionais devem ser inseridas:
• Padrão de referência da impedância percentual
• Padrão de referência da reatância percentual
Se não estiverem disponíveis, utilize a impedância da placa de identificação
nesses campos.

72A-2244-03 Rev. A 5-81


Considerações sobre o teste

Tensões de teste O objetivo é selecionar uma tensão suficiente para permitir uma medição precisa
da reatância de fuga. A fonte pode ser uma tomada de 120 ou 240 volts. A
interface de reatância de fuga do M4000 pode fornecer uma corrente máxima de
teste de 25 ampères durante 3 a 5 minutos antes de disparar o disjuntor de saída.
Seu valor nominal máximo de corrente contínua de saída é 9,5 ampères. Ela está
equipada com um circuito de desligamento térmico que evita que a saída seja
energizada no caso da temperatura do autotransformador de variac exceder o
limite operacional seguro. A luz vermelha indica sobrecarga.
Se estiver utilizando o Módulo de reatância de fuga do M4130, escolha um
variac com os valores nominais do M4130 em mente (50 A, 400V).
Após inserir as informações da placa de identificação do transformador
(impedância percentual, kV, MVA e posições de derivação em que este número
se baseia) e as informações de padrão de referência, o M4000 calcula e sugere
uma corrente de teste. Em seguida, é possível ajustar o variac à corrente de
teste recomendada.
Se as informações da placa de identificação do transformador e as informações
de referência não estiverem disponíveis, o teste ainda pode ser executado. No
entanto, se estiver utilizando o M4110, será necessário ajustar o variac para
March 17, 2006

atingir pelo menos 15 volts no enrolamento.


CUIDADO Tome cuidado para garantir que todos os cabos de conexão suportem o valor
nominal da corrente de teste esperada. Como um dos enrolamentos será
curto-circuitado para este teste, os cabos de jumper precisam suportar o
valor nominal da corrente esperada no enrolamento em curto. Embora
os cabos de corrente utilizados para energizar um enrolamento precisem
carregar 25 ampères ou menos, os jumpers utilizados para curto-circuitar
o enrolamento oposto podem precisar suportar muitas vezes essa corrente.
Método de teste É recomendada a seguinte abordagem para selecionar o tipo de teste.
seletivo Em um transformador trifásico novo ou recondicionado ou durante o teste
inicial em um transformador usado, um teste de equivalente trifásico e testes
por fase devem ser executados. Isso permite a comparação com o valor da
placa de identificação (o teste de equivalência trifásico), entre as fases (testes
monofásicos (por fase)) e proporciona um padrão de referência para testes
futuros (testes monofásicos (por fase)). Em uma unidade monofásica, somente
um teste pode ser executado (Figura 5.35 Configuração do M4110 (a)). Para a
comparação, os testes devem ser executados nas mesmas posições CDC dos
valores da placa de identificação.

5-82 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Quando a comparação com a placa de identificação for feita, testes de


acompanhamento podem incluir apenas testes monofásicos (por fase). Além
de ser um teste de pesquisa mais eficiente, ele permite a comparação não
apenas com os resultados de testes anteriores, mas também entre as fases.
Os testes iniciais devem ser executados em todas as posições desenergizadas
do comutador de derivação. É concebível que, durante toda sua vida útil, um
transformador tenha que ser energizado em diversas posições CDSC. Quando
as unidades ficam off-line, o pessoal da manutenção pode ficar relutante em
alterar as posições CDSC exclusivamente para executar um teste nas posições
em que a medição de reatância de fuga inicial foi realizada.
Considerações O teste executado a partir do enrolamento de alta tensão em uma determinada
especiais tensão requer uma corrente mais baixa da fonte que o teste realizado na mesma
tensão a partir do enrolamento de baixa tensão.
Recomendamos executar o teste na tensão mais alta possível para minimizar
os efeitos da reatância de magnetização. Para obter informações adicionais,
consulte as Atas da 62ª Conferência internacional anual de clientes da
Doble, 1995, seção 8-12.1. Quando os dados da placa de identificação estão
disponíveis e são inseridos no software do M4000, esses conjuntos de teste

March 17, 2006


são selecionados para você.
Para determinadas configurações de enrolamento, os resultados do teste
monofásico (por fase) não corresponderão aos valores da placa de identificação
ou aos resultados do teste de equivalência trifásico. Para obter informações
adicionais, consulte as Atas da 62ª. Conferência internacional anual de
clientes da Doble, 1995, seção 8-13.1.
Conexões de teste As conexões de teste para utilização com o M4110 são mostrados na Figura 5.35
Configuração do M4110 (a) e na Figura 5.36 Configuração M4110 (b). As
conexões de teste para utilização com o M4130 são mostrados na Figura 5.37
Configuração do M4130 (a) e na Figura 5.38 Configuração do M4130 (b).

72A-2244-03 Rev. A 5-83


Considerações sobre o teste

NOTA Essas conexões de teste representam relacionamentos comuns de vetores


de enrolamentos do transformador. Verifique sempre o desenho da placa
de identificação do transformador para ter certeza de que a fase em
curto corresponde à fase energizada! A conseqüência de curto-circuitar
o enrolamento errado será o testador não conseguir obter a corrente
recomendada para executar o teste. Por exemplo, para um teste em estrela
por fase, um transformador com a seguinte representação de vetores de seu
relacionamento de enrolamentos exigiria as diferentes conexões mostradas:
Tabela 5.31 Exemplo de conexões modificadas para teste de reatância
de fuga em estrela por fase
Conexões mostradas no Conexões necessárias para
manual de teste em estrela o teste em estrela por fase
por fase para o diagrama de vetores
estrela-delta mostrado abaixo
Energização Curto Energização Curto
H1-H0 X1-X3 H1-H0 X2-X1
H2-H0 X2-X1 H2-H0 X3-X2
H3-H0 X3-X2 H3-H0 X1-X3
March 17, 2006

Figura 5.33 Exemplo de diagrama de vetores de enrolamentos


de transformador que requer conexões de teste de reatância
de fuga modificadas

Procedimentos de Com o Analisador de isolamento M4000, que utiliza excitação monofásica, a


teste para unidade reatância de fuga de uma unidade trifásica pode ser medida por dois métodos:
trifásica com dois teste de equivalência trifásico e teste monofásico (por fase).
enrolamentos

5-84 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste de Um teste é executado em cada fase, conectando a fonte de tensão e os cabos


equivalência de detecção da interface de reatância de fuga a cada par de terminais de linha.
trifásico Todos os três terminais de linha do enrolamento oposto são interconectados
com os jumpers, como mostra a Figura 5.36 Configuração do M4110 (b)
(se estiver utilizando o M4110) e a Figura 5.38 Configuração do M4130 (b)
(se estiver utilizando o M4130).
Teste monofásico Um teste é executado em cada fase, conectando os cabos de tensão (fonte e
(por fase) detecção) da interface de reatância de fuga aos terminais de linha e neutro em
enrolamentos em estrela e ziguezague ou a um par de terminais de linha em
um enrolamento em delta. Os terminais no enrolamento devem estar em curto,
como mostra a Figura 5.35 Configuração do M4110 (a) (se estiver utilizando
o M4110) e a Figura 5.37 Configuração do M4130 (a) (se estiver utilizando
o M4130).
NOTA Utilize o diagrama de vetores da placa de identificação do transformador
para verificar se a fase que está sendo curto-circuitada corresponde à fase
que está sendo energizada. Os exemplos das figuras acima mencionadas nem
sempre podem corresponder aos diagramas de vetores que representam seu
transformador.

March 17, 2006


Procedimentos As conexões de teste de uma unidade monofásica são mostradas na Figura 5.35
de teste para Configuração do M4110 (a) ou na Figura 5.36 Configuração do M4110 (b)
uma unidade (se estiver utilizando o M4110) e na Figura 5.37 Configuração do M4130 (a)
monofásica com ou na Figura 5.38 Configuração do M4130 (b) (se estiver utilizando o M4130).
dois enrolamentos
CUIDADO Cuidado com a relação de espiras do transformador e com as altas
correntes que podem ocorrem no enrolamento em curto. Verifique
se os cabos de jumper suportam essa corrente!

72A-2244-03 Rev. A 5-85


Considerações sobre o teste

Procedimentos Em uma unidade com múltiplos enrolamentos (mais de dois enrolamentos),


de teste para a reatância de fuga associada a cada par de enrolamentos deve ser testada.
uma unidade Escolha dois enrolamentos para os quais deseja medir a reatância de fuga
com múltiplos e (após inserir os dados da placa de identificação correspondente a esse par
enrolamentos de enrolamentos) energize aquele com tensão maior enquanto curto-circuita
o de tensão mais baixa, de acordo com as instruções de conexão. Os terminais
de linha dos outros enrolamentos devem permanecer desconectados. Em uma
unidade com três enrolamentos, os procedimentos de teste descritos acima
são aplicados a três pares de enrolamentos. Em uma unidade com quatro
enrolamentos, eles são aplicados a seis pares de enrolamentos. A figura a
seguir mostra o teste de reatância de fuga por fase em uma fase entre os
enrolamentos H e X de um transformador com três enrolamentos. Os testes
seriam feitos entre os enrolamentos H e Y (X desconectado) e entre X e Y
(H desconectado).
March 17, 2006

Figura 5.34 Teste de reatância de fuga em um transformador com


três enrolamentos

5-86 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006

Figura 5.35 Configuração do M4110 (a)

72A-2244-03 Rev. A 5-87


Considerações sobre o teste
March 17, 2006

Figura 5.36 Configuração do M4110 (b)

5-88 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006

Figura 5.37 Configuração do M4130 (a)

72A-2244-03 Rev. A 5-89


Considerações sobre o teste
March 17, 2006

Figura 5.38 Configuração do M4130 (b)

5-90 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Configuração de teste utilizando o M4110 ou o M4130


Utilize a Figura 5.35 Configuração do M4110 (a), a Figura 5.36 Configuração
do M4110 (b), a Figura 5.37 Configuração do M4130 (a) e a Figura 5.38
Configuração do M4130 (b) para selecionar a conexão que se aplica a sua
configuração de enrolamentos do transformador.
Configuração 1. Conecte o conjunto de teste M4100 ao aterramento utilizando o cabo
para um teste de de aterramento.
transformador 2. Conecte o cabo de aterramento da Interface de reatância de fuga M4110
monofásico, M4110 ao aterramento. Verifique se os cabos de aterramento de teste do M4100
e M4110 estão conectados a um ponto de aterramento comum.
3. Conecte uma extremidade de cada um dos dois cabos de fonte de tensão
no enrolamento a ser energizado e a outra extremidade de cada um aos
terminais de fonte de tensão da Interface de reatância de fuga M4110.
4. Conecte as garras branca e preta em uma das extremidades do cabo de
detecção de tensão no mesmo enrolamento dos cabos da fonte de tensão,
conecte o conector na outra extremidade dos terminais de detecção de
tensão da Interface de reatância de fuga, observando a codificação por

March 17, 2006


cores dos cabos. OS CABOS DA FONTE DE TENSÃO E DE DETECÇÃO
DE TENSÃO DEVEM SER CONECTADOS DE MODO QUE OS
TERMINAIS PRETOS DE CADA UM SEJAM CONECTADOS À
MESMA BUCHA; E OS TERMINAIS DE FONTE VERMELHO E
DE DETECÇÃO BRANCO SÃO CONECTADOS À OUTRA BUCHA.
5. Interconecte com o jumper os dois terminais do enrolamento oposto
(consulte a Figura 5.35 Configuração do M4110 (a) ou a Figura 5.36
Configuração do M4110 (b)).
6. Conecte a chave de segurança do M4100 à Interface de reatância de
fuga M4110.
7. Conecte o estroboscópio de segurança do M4100 à Interface de reatância
de fuga M4110.
8. Conecte os cabos vermelho e azul entre o M4100 e a Interface de reatância
de fuga M4110, observando a codificação por cores.
9. Conecte o M4200c, o M4100 e o M4110 à fonte de alimentação CA.

72A-2244-03 Rev. A 5-91


Configuração de teste utilizando o M4110 ou o M4130

Configuração 1. Conecte o conjunto de teste M4100 ao aterramento utilizando o cabo


para um teste de de aterramento.
transformador 2. Conecte o cabo da fonte de alimentação CC do M4130 entre o Módulo
monofásico de reatância de fuga M4130 e o conector nº 1 da chave de segurança
utilizando o M4130 do M4100.
3. Conecte as três seções dos cabos de corrente fornecidos pelo usuário para
completar um circuito do variac fornecido pelo usuário ao enrolamento
a ser energizado, por meio do Módulo de reatância de fuga M4130 e de
volta ao variac (consulte a Figura 5.37 Configuração do M4130 (a)).
4. Conecte os cabos branco e preto de uma das extremidades do cabo de
tensão no mesmo enrolamento dos cabos de corrente e os cabos da outra
extremidade aos terminais de entrada de tensão do Módulo de reatância de
fuga M4130, observando a codificação por cores dos cabos. OS CABOS
DE CORRENTE E DE TENSÃO CONECTADOS AOS TERMINAIS
PRETOS NO M4130 DEVEM SER CONECTADOS À MESMA BUCHA
DO TRANSFORMADOR E O CABO DE CORRENTE CONECTADO
AO TERMINAL VERMELHO DO M4130 DEVE SER CONECTADO
À MESMA BUCHA QUE O CABO DE TENSÃO CONECTADO AO
March 17, 2006

TERMINAL BRANCO DO M4130 (consulte a Figura 5.37 Configuração


do M4130 (a) ou a Figura 5.38 Configuração do M4130 (b)).
5. Interconecte com o jumper os dois terminais do enrolamento oposto
(consulte a Figura 5.37 Configuração do M4130 (a) ou a Figura 5.38
Configuração do M4130 (b)).
6. Conecte os cabos vermelho e azul entre o M4100 e o Módulo de reatância
de fuga M4130, observando a codificação por cores.
7. Conecte o M4200c e o M4100 à fonte de alimentação CA.

5-92 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Configuração para 1. Conecte o conjunto de teste M4100 ao aterramento utilizando o cabo


um teste de de aterramento.
transformador 2. Conecte o cabo de aterramento da Interface de reatância de fuga M4110
trifásico utilizando ao aterramento. Verifique se os cabos de aterramento de teste do M4100
o M4110 e M4110 estão conectados a um ponto de aterramento comum.
3. Se estiver executando um teste monofásico (por fase), conecte uma
extremidade dos cabos da fonte de tensão a uma fase de um enrolamento
(como H3–H1 ou H3-H0), e a outra extremidade aos terminais de saída
da Interface de reatância de fuga M4110, correspondendo as cores do
terminal às dos conectores dos cabos. Se estiver executando um teste
de equivalência trifásico, conecte uma extremidade dos cabos da fonte
de tensão a dois terminais de fase (a bucha neutra não é utilizada) e a
outra extremidade aos terminais de saída da Interface de reatância de fuga
M4110, correspondendo as cores do terminal às dos conectores dos cabos.
4. Conecte uma extremidade dos cabos de detecção de tensão aos mesmos
terminais dos cabos da fonte de tensão. Conecte a outra extremidade dos
terminais de entrada de tensão da Interface de reatância de fuga M4110,
observando a codificação por cores dos cabos. OS CABOS DA FONTE

March 17, 2006


E DE DETECÇÃO DEVEM SER CONECTADOS DE MODO QUE OS
CONECTORES PRETOS DOS CABOS DA FONTE E DE DETECÇÃO
SEJAM CONECTADOS À MESMA BUCHA NO TRANSFORMADOR
EM TESTE. TAMBÉM, O CABO DA FONTE VERMELHO E O CABO
DE DETECÇÃO BRANCO DEVEM SER CONECTADOS À BUCHA
NA OUTRA EXTREMIDADE DO ENROLAMENTO DO
TRANSFORMADOR EM TESTE.
5. Se estiver executando um teste monofásico (por fase), conecte
com o jumper somente a fase do enrolamento oposto correspondente
à fase em teste, como determina o diagrama de vetores de enrolamentos
na placa de identificação do transformador, exceto no caso de um
enrolamento ziguezague (consulte a Figura 5.35 Configuração do M4110
(a)). Se estiver executando um teste de equivalência trifásico, conecte
com o jumper todos os três terminais de linha do enrolamento oposto.
6. Conecte a chave de segurança do M4100 à Interface de reatância de
fuga M4110.
7. Conecte o estroboscópio de segurança do M4100 à Interface de reatância
de fuga M4110.
8. Conecte os cabos vermelho e azul entre o M4100 e a Interface de reatância
de fuga, observando a codificação por cores.
9. Conecte o M4200c, o M4100 e o M4110 à fonte de alimentação CA.

72A-2244-03 Rev. A 5-93


Configuração de teste utilizando o M4110 ou o M4130

Configuração 1. Conecte o conjunto de teste M4100 ao aterramento utilizando o cabo


para um teste de de aterramento.
transformador 2. Conecte o cabo da fonte de alimentação CC do M4130 entre o Módulo
trifásico utilizando de reatância de fuga M4130 e o conector nº 1 da chave de segurança
o M4130 do M4100.
3. Se estiver executando um teste monofásico (por fase), conecte uma
extremidade dos cabos da fonte de tensão a uma fase de um enrolamento
(como H3–H1 ou H3-H0) e a outra extremidade aos terminais de saída
do Módulo de reatância de fuga M4130, correspondendo as cores dos
terminais às dos conectores dos cabos. Se estiver executando um teste
de equivalência trifásico, conecte uma extremidade dos cabos da fonte
de tensão a dois terminais de fase (a bucha neutra não é utilizada) e a
outra extremidade aos terminais de saída do Módulo de reatância de
fuga M4130, correspondendo as cores dos terminais às dos conectores
dos cabos.
4. Conecte uma extremidade dos cabos de corrente a uma fase de um
enrolamento (como H3–H1) e a outra extremidade aos terminais de
entrada do Módulo de reatância de fuga M4130.
5. Conecte uma extremidade dos cabos de tensão à mesma fase dos
March 17, 2006

cabos de corrente. Conecte a outra extremidade aos terminais de


entrada de tensão do Módulo de reatância de fuga M4130, observando
a codificação por cores dos cabos. OS CABOS DE CORRENTE E
DE TENSÃO DEVEM SER CONECTADOS DE MODO QUE O
CABO DE CORRENTE E O CABO DE TENSÃO CONECTADOS
A SEUS RESPECTIVOS TERMINAIS PRETOS NO MÓDULO DE
REATÂNCIA DE FUGA M4130 SEJAM CONECTADOS À MESMA
BUCHA DO TRANSFORMADOR EM TESTE. TAMBÉM, O CABO
DE CORRENTE CONECTADO AO TERMINAL VERMELHO E
O CABO DE TENSÃO CONECTADO AO TERMINAL BRANCO
NO MÓDULO DE REATÂNCIA DE FUGA M4130 DEVEM SER
CONECTADOS À BUCHA NA OUTRA EXTREMIDADE DO
ENROLAMENTO DO TRANSFORMADOR EM TESTE.
6. Se estiver executando um teste monofásico (por fase), conecte com
o jumper somente a fase do enrolamento oposto correspondente à fase
em teste, como determina o diagrama de vetores de enrolamentos na placa
de identificação do transformador, exceto no caso de um enrolamento
ziguezague (consulte a Figura 5.37 Configuração do M4130 (a)).
Se estiver executando um teste de equivalência trifásico, conecte
com o jumper todos os três terminais de linha do enrolamento oposto.
7. Conecte os cabos vermelho e azul entre o M4100 e o Módulo de reatância
de fuga M4130, observando a codificação por cores.
8. Conecte o M4200c e o M4100 à fonte de alimentação CA.

5-94 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Configuração para 1. Siga as instruções para um transformador com dois enrolamentos.


um transformador 2. A reatância de fuga deve ser medida entre todos os pares de enrolamentos
com três ou mais (H-X, H-Y, X-Y, etc.).
enrolamentos 3. Os enrolamentos que não estão em teste devem permanecer
desconectados.

Execução de um teste
1. Assim que as conexões forem feitas, ligue o conjunto de teste.
2. Selecione Modo/Reatância de fuga na barra Menu principal ou clique

o ícone de reatância de fuga .


3. Selecione a configuração do enrolamento. Essa é a primeira coisa a
ser feita, pois ajusta automaticamente a configuração de teste disponível
e os campos de entrada de dados da placa de identificação e de padrão
de referência. Se estiver utilizando o DTA, eles serão preenchidos
automaticamente na tela da placa de identificação Reatância de fuga
quando se insere a configuração do transformador na tela principal

March 17, 2006


da placa de identificação.
4. Algumas das configurações de teste estão disponíveis para seleção
somente com determinadas configurações de enrolamento.
Selecione uma configuração de teste:

Configuração Configurações de teste disponíveis


do enrolamento
Monofásico Monofásico
Delta-Estrela Equivalência trifásico, delta por fase, estrela por fase.
Delta-delta Equivalência trifásico, delta por fase
Estrela-delta Equivalência trifásico, estrela por fase
Estrela-estrela Equivalência trifásico, estrela por fase
Delta-ziguezague Equivalência trifásico, delta por fase, e ziguezague
por fase
Estrela-ziguezague Equivalência trifásico, estrela por fase, e ziguezague
por fase
Outros Equivalência trifásico, por fase, outros

72A-2244-03 Rev. A 5-95


Execução de um teste

5. Digite a identificação do transformador nos campos de informações da


placa de identificação.
Para inserir essas informações da placa de identificação e de padrão de
referência:
• No formulário de reatância de fuga, clique a guia Padrão de referência.
• Digite as posições de derivação (ignore um campo se não houver
um comutador sob carga) na primeira linha disponível.
• Na coluna Fase, identifique a fase.
• Em Tensão-corrente básica (MVA) e em Tensão básica (kV), digite
os valores fornecidos na placa de identificação.
• Em Impedância % da placa de identificação, digite a impedância
da placa de identificação.
March 17, 2006

• Se não for o primeiro teste, digite os valores obtidos para a impedância


% e para reatância % para cada fase dos primeiros testes monofásicos
(por fase) (padrão de referência). Se for o primeiro teste e você não
tiver dados de padrão de referência, digite a impedância da placa de
identificação do transformador nos dois campos e os resultados desse
primeiro teste monofásico (por fase) serão inseridos como os valores
de padrão de referência para todos os testes futuros.
• Se estiver utilizando o DTA, os dados do padrão de referência
são inseridos na tela de teste Reatância de fuga e os valores para
Impedância % e Reatância % inseridos na tela correspondente
à guia selecionada abaixo.
6. Haverá um valor da placa de identificação e um valor de padrão de referência
para cada transformador monofásico. O M4000 permite que três testes
monofásicos sejam realizados em uma única tela, caso o usuário esteja
testando um banco de três transformadores monofásicos. Quando a opção
Configuração do enrolamento é selecionada como Único, a letra ao lado
do campo Número de série indica qual transformador monofásico está
sendo identificado. Clique no botão para avançar a exibição para o próximo
número serial.
7. O teste de equivalência trifásico terá um valor de placa de identificação
e um valor de padrão de referência.
8. Os testes monofásicos (por fase)-delta (ou estrela) terão um valor de placa
de identificação e três valores de padrão de referência, um por fase.

5-96 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

NOTA Para todos os transformadores, exceto os monofásicos, a tensão básica


deve ser linha em relação à linha; para transformadores monofásicos,
ela deve ser linha em relação à terra.
9. Insira as informações nos botões Administração e Condições de teste,
de acordo com o necessário.
10. Dependendo da configuração de teste selecionada, pode haver até três
linhas (fases) em que os dados de teste serão inseridos. Verifique se a linha
desejada da coluna Fase está preenchida antes do teste, para identificar
os terminais energizados e os terminais em curto para o registro. Ao iniciar
o teste, você será solicitado a definir qual linha (fase) está testando.

March 17, 2006


Figura 5.39 Dados da placa de identificação do teste de reatância de fuga

11. Para iniciar o teste, pressione F2 ou clique no ícone de raio. Se os dados


da placa de identificação ainda não foram inseridos, uma tela de aviso
final será apresentada antes de você iniciar o teste.
AVISO Se estiver utilizando o Módulo de reatância de fuga M4130, as chaves e o
estroboscópio de segurança não serão utilizados! Observe as precauções
de segurança necessárias!
12. Ajuste o variac até que o valor de corrente oposto à barra de corrente
analógica na tela cair o mais próximo possível da faixa de corrente de
teste recomendada. A tensão de teste deve ser de, no mínimo, 15 volts.
13. Pressione a tecla F3 para medir. A mensagem "Não altere a tensão;
coletando dados" será exibida.
14. Quando o M4000 tiver realizado as medições necessárias, o sistema
exibirá a mensagem "Teste executado".

72A-2244-03 Rev. A 5-97


Interpretação dos resultados do teste

15. Pressione F5 para aceitar os resultados ou qualquer outra tecla cujas


funções estão descritas na parte inferior da tela:
F1 Ajuda na tela
F2 Reiniciar teste
F5 Aceitar resultados
F6 Descartar resultados
F7 Imprimir resultados
F8 Salvar resultados
16. Repita o teste para cada fase do enrolamento, verificando se a coluna
correta está destacada antes de iniciar.
17. Inicie um novo formulário de reatância de fuga para cada par de enrolamentos
sendo testado. Serão necessários três formulários para um transformador com
três enrolamentos e seis para um transformador com quatro enrolamentos.

Interpretação dos resultados do teste


Há três guias que mostram os resultados do teste: a guia Resultados mostra
March 17, 2006

muitas das variáveis medidas. A principal análise é feita com os dados das
guias Impedância % e Reatância %. Além dos valores medidos e de padrão de
referência, elas contêm os valores de delta padrão de referência e médios do
delta. A análise depende de o teste ser inicial ou subseqüente. Durante o teste
inicial, são realizadas as medições de equivalência trifásico e por fase. O teste
subseqüente (com algumas exceções, discutido abaixo) requer somente as
medições por fase.
Os dados de fábrica normalmente são expressos em termos de impedância de
curto-circuito média. Portanto, eles devem ser comparados ao valor de impedância
medido no campo utilizando a medição de equivalência trifásico. A comparação
entre os testes inicial e subseqüente deve ser realizada com base nos resultados do
teste de reatância de fuga por fase. Para transformadores cuja impedância da placa
de identificação for inferior a 5% e cuja potência nominal for inferior ou igual a
500 kVA, o testador deve realizar somente o teste monofásico (por fase) e sua
análise dos resultados e não o equivalência trifásico.

5-98 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Teste inicial O teste inicial tem dois objetivos: comparar resultados com dados de fábrica e
estabelecer um padrão de referência para testes subseqüentes. A finalidade do
teste de equivalência trifásico é produzir resultados para comparação com os
dados de fábrica (Delta padrão de referência, se a impedância da placa de
identificação de fábrica foi utilizada como um valor de padrão de referência).
Quando os resultados não estão na faixa de 3% dos valores da placa de
identificação, a explicação pode estar nos diferentes instrumentos e
configurações de teste (uma derivação desenergizada diferente foi utilizada),
na diferença na distribuição de fluxo sob excitação monofásica e trifásica e/ou
na presença de distorção no enrolamento. Esta pode ser confirmada por meio
do teste monofásico (por fase), em que a comparação entre fases (padrão
de fase) pode ajudar a explicar a diferença entre os resultados de fábrica e de
campo. O valor médio das três impedâncias por fase é calculado e a diferença
percentual entre cada valor por fase e a média são mostradas na coluna Média
de delta. Se cada uma das três fases estiver na faixa de 3% de seu valor médio,
a distorção do enrolamento muito provavelmente não é um problema. Para
as unidades monofásicas (por razões óbvias), todas as análises são baseadas
somente nas medições por fase.
Normalmente, os resultados das medições por fase são utilizados como um
padrão de referência para medições subseqüentes. Em algumas unidades, no

March 17, 2006


entanto, os resultados por fase são influenciados pela relutância do caminho
do fluxo de fuga fora do canal de fuga (devido às peculiaridades da excitação
monofásica), mascarando, assim, as alterações no canal de fuga. Nessas
condições, todos os três valores por fase podem exceder os dados de fábrica
em até 10 a 30%, enquanto que o teste de equivalência trifásico pode
corresponder aos dados de fábrica. Portanto, nesses casos, os resultados
da medição de equivalência trifásico podem ser utilizados como um padrão
de referência para testes subseqüentes.
Em uma unidade com três enrolamentos, o sinal de uma alteração na reatância
de fuga associada aos três pares de enrolamentos pode ser utilizado para
identificar o enrolamento distorcido. Os limites simplesmente estabelecem se
há distorção. O desafio real é definir os limites que, se não forem excedidos,
permitirão que a unidade permaneça em operação mesmo com enrolamentos
distorcidos. Ao mesmo tempo, a mesma mudança percentual na reatância
de fuga medida pode ser provocada por diferentes níveis de distorção em
transformadores distintos. Portanto, esses limites podem ser diferentes para
projetos distintos de transformadores. Enquanto isso, a experiência sugere que
pode-se suspeitar de uma distorção no enrolamento se ambos os resultados
dos testes de equivalência trifásico desviarem-se dos dados de fábrica e os
resultados por fase desviarem-se uns dos outros em mais de 3% do
valor medido.

72A-2244-03 Rev. A 5-99


Interpretação dos resultados do teste

Concluindo, o Delta padrão de referência normalmente é utilizado para a


análise dos dados do teste inicial, usando o teste equivalência trifásico e, para
os testes subseqüentes, usando os testes monofásicos (por fase). A Média
de delta é utilizada principalmente para o teste inicial por fase, antes de se
estabelecer um padrão de referência real para esses valores.
Teste subseqüente Durante o teste subseqüente, os resultados do teste monofásico (por fase) ou
(se aplicável) do teste de equivalência trifásico são comparados aos resultados
das medições iniciais (padrão de referência). Recome ndamos tratar as
alterações que excedam 2% da reatância de fuga medi da durante os testes
iniciais como uma indicação de distorção do enrolamento.
March 17, 2006

5-100 72A-2244-03 Rev. A


6. Pára-raios

Introdução
O pára-raios é um dos dispositivos de proteção mais importantes para
sistemas elétricos, assegurando a continuidade da operação, a despeito de
surtos repetidos decorrentes de relâmpagos e comutação. Sua função deve
ser a de um disjuntor, normalmente aberto, mas fechando para descarregar
correntes transientes que acompanham uma perturbação. Após descarregar
as correntes transientes, ele deve reabrir para evitar o fluxo de potência no
sistema, que seria destrutivo para ele próprio e resultaria em perturbações
no sistema. Ele deve ser um isolante sob condições normais, mas no instante
de uma perturbação, deve atuar como um condutor de resistência baixa o
suficiente para evitar o desenvolvimento de tensões perigosas, que destruiriam
o equipamento que ele protege. Ao fim da perturbação, ele deve voltar a
atuar como um isolante.

March 17, 2006


Com exceção de unidades extremamente antigas e algumas unidades de ATs,
a maioria dos pára-raios da classe de estação e intermediaria atualmente instalada
nos sistemas são do tipo "montagem unitária", onde o entreferro e os elementos
da válvula são montados em uma única carcaça de porcelana, resultando em
que cada unidade se constitui em um pára-raios independente. Estes empregam
um elemento de entreferro em série com resistores de derivação para blindar os
entreferros e proporcionar uma distribuição uniforme de tensão nos entreferros
e unidades individuais. Além disso, os resistores de derivação produzem calor
suficiente para manter a temperatura interna ligeiramente acima da ambiente,
auxiliando assim a proteger os entreferros contra umidade. Todos os elementos de
válvula utilizam materiais que exibem características de tensão-ampére não linear,
o que resulta na capacidade do material de reduzir suas resistências elétricas
quando a tensão entre seus terminais aumenta.
Os elementos de entreferro com derivação e os elementos de válvulas em um
pára-raios constituem um circuito em série, em que a derivação é feita pela
carcaça de porcelana. O pára-raios, portanto, possui características elétricas,
tais como correntes CA gradiente e perdas dielétricas, que são mensuráveis.
Os resistores que fazem a derivação dos elementos do entreferro geralmente
são selecionados pela uniformidade, de modo que suas contribuições para
essas características sejam relativamente consistentes entre unidades similares.
Os blocos de válvulas, por terem uma resistência relativamente alta, não têm
qualquer efeito considerável nas características de teste de um pára-raios em
boas condições.

72A-2244-03 Rev. A 6-1


Os pára-raios modernos do tipo filme de óxido são disponibilizados atualmente
pelos principais fabricantes. Alguns utilizam entreferros em seus projetos,
outros não.
As falhas em pára-raios modernos, na maioria dos casos, podem ser atribuídas
a uma de cinco causas. São elas:
1. Unidades danificadas, com defeito ou contaminadas.
2. Raios diretos ou quase diretos.
3. Surtos de longa duração, resultantes de comutação, etc.
4. Utilização inadequada.
5. Sobretensões dinâmicas prolongadas.
Destas, as quatro últimas são questões de projeto e aplicação. A experiência
demonstra que a medição da perda dielétrica é eficaz na detecção de pára-raios
com defeito, contaminados e deteriorados. Embora o teste de perda dielétrica
possa não se relacionar diretamente às características de proteção de um
pára-raios, é um teste de sua condição mecânica e qualidades de isolamento,
devendo ser lembrado que durante quase toda a vida útil de um pára-raios,
ele depende de sua capacidade de isolador. Essas condições, que alteram as
March 17, 2006

qualidades mecânicas e de isolamento de um pára-raios, também pode afetar


sua capacidade de funcionar como um dispositivo de proteção.

6-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tensões de teste
Os pára-raios apresentam características tensão-amperagem não lineares
(isto é, a resistência/impedância varia com a tensão aplicada). É importante
que os testes de perda dielétrica de CA da Doble em pára-raios sejam
executados nas tensões de teste prescritas, para permitir que sejam feitas
comparações significativas entre as unidades. As tensões a seguir devem
ser aplicadas para os testes da Doble em pára-raios:

Tipo de MCOV kV Tensão nominal Tensão de


pára-raios da unidade de teste da
pára-raios (kV) Doble (kV)
Carbeto 3,0 2,5
de silício 4,5 4,0
6,0 5,0
7,5 7,0
9,0/10,0 7,5
12,0 e acima 10,0

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Óxido 2,2 a 2,55 2,7 a 3,0 2,0
metálico 3,7 a 10,6 4,5 a 12,0 2,5
12,7 e superior 15,0 e superior 10,0

Em alguns casos, os dados tabulados de perda de potência (watts) obtidos


utilizando os conjuntos de 10 kV da Doble são limitados para determinadas
marcas e tipos de pára-raios. Embora, para algumas dessas unidades, seja
possível haver dados registrados em termos de miliwatts obtidos utilizando
conjuntos de 2,5 kV da Doble. Nesses casos, testes complementares devem
ser realizados a 2,5 kV utilizando o conjunto M4000 e os valores das perdas
de watts (potência) equivalentes a 10 kV obtidos devem ser convertidos na
potência em miliwatts equivalente a 2,5 kV com a seguinte fórmula:
• Potência em miliwatts equivalente a 2,5 kV = 62,5 x Potência em
watts equivalente a 10 kV*
* Conforme medido com o conjunto M4000 a para uma tensão
de teste de 2,5 kV.
Em seguida, a potência em miliwatts equivalente a 2,5 kV calculada é comparada
diretamente com as tabulações de miliwatts obtidas com os conjuntos de 2,5 kV
da Doble.

72A-2244-03 Rev. A 6-3


Testes múltiplos

Procedimentos de teste
Testes múltiplos
O DTA pode realizar testes múltiplos para economizar tempo. Nos procedimentos
descritos a seguir, quaisquer duas unidades de pára-raios que possam ser testadas
sem trocar os cabos de teste podem ser testadas com um teste múltiplo. O usuário
só precisa especificar o cabo de baixa tensão usado e o circuito de teste a ser
utilizado para cada teste. Por exemplo:
1. No procedimento de teste de pilha de duas unidades de pára-raios descrito
abaixo, os testes 1A e 2A podem ser feitos com um teste múltiplo. Se o
cabo de baixa tensão vermelho foi conectado a (1), os dois circuitos de
teste a serem selecionados quando solicitado pelo DTA são: teste 1A)
medida UST vermelho, terra azul para medir a unidade A; e teste 2A)
GST-GUARD vermelho para medir a unidade B.
2. No procedimento de teste de pilha de cinco unidades de pára-raios descrito
abaixo, os testes 2 e 3 podem ser feitos com um teste múltiplo e os testes
4 e 5 com outro. Para os testes 2 e 3, as seleções de circuitos a serem feitas
na conexão do cabo azul a 2 e do vermelho a 4 seriam: teste 2) GST-GUARD
March 17, 2006

vermelho e terra azul para medir a unidade B, e teste 3) UST vermelho e terra
azul para medir a unidade C. Para os testes 4 e 5, com o vermelho conectado
a 4, as seleções de circuitos seriam: teste 4) UST vermelho e terra azul;
e teste 5) GST-GUARD vermelho e terra azul (ignorar o azul neste teste,
já que não está sendo utilizado).
Os conjuntos de pára-raios que consistem em unidades únicas por fase
normalmente são testados pelo método de teste de equipamento aterrado
(GST), como mostrado na tabela Tabela 6.1. Primeiro, a linha conectada
ao pára-raios é desenergizada e aterrada e, em seguida, desconectada dos
pára-raios.

6-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 6.1 Procedimento de teste para pilha de pára-raios de unidade única


Teste nº Modo KV de Energizar Terra Medição Barramento
de teste teste (Ground) desconectado
1 GST * 1 2 A
* Consulte o item TENSÕES DE TESTE

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Figura 6.1 Pára-raios, pilhas de uma e duas unidades, conexões de teste

Deve se ter cuidado no caso de unidades de pára-raios aterrados por meio de


detectores de corrente de fuga ou contadores de descarga. Para fins de teste,
o detector ou o contador deve ser curto-circuitado aplicando um aterramento
diretamente à base do pára-raios. O curto-circuito deve ser removido antes
do pára-raios ser colocado novamente em serviço.
Os conjuntos constituídos de duas unidades por fase são testados conforme
descrito na Tabela 6.2. Novamente, a linha é desenergizada e aterrada e, em
seguida, desconectada da pilha de pára-raios.

72A-2244-03 Rev. A 6-5


Testes múltiplos

Tabela 6.2 Técnica de teste em pilha de duas unidades de pára-raios


Teste nº Modo KV de Energizar Terra GUARD UST Medição Barramento
de teste teste (Ground) desconectado
1 GST * 1 2 — — A
2 GST * 2 3 — — B
ou
1A** UST * 2 3 — 1 A
2A** GST * 2 3 1 — B
* Consulte o item TENSÕES DE TESTE
** Consulte a Figura 6.1 acima.

Dois métodos distintos são descritos na Tabela 6.2, um envolvendo medições


diretas pelo GST (Testes 1 e 2) e um método alternativo com medições tanto
pelo método UST quanto pelo GST (Testes 1A e 2A). Deve se observar que
no método envolvendo a medição UST, as perdas dielétricas medidas para
as unidades A e B devem ser praticamente idênticas se elas forem do mesmo
tipo e regime kV. A corrente de carga das medições UST (Teste 1A) pode ser
March 17, 2006

consideravelmente menor que a corrente medida na medição GST (Teste 2A),


já que as correntes parasitas para o terra, incluídas na medição GST, não são
incluídas na leitura do UST. A Figura 6.1 acima ilustra as conexões de teste
para os testes 1A e 2A.
No caso de conjuntos de três ou mais pára-raios por fase, é necessário
desenergizar apenas a linha e aterrar a parte superior da pilha de pára-raios.
O barramento não precisa ser desconectado da pilha de pára-raios. As unidades
individuais na pilha podem ser testadas utilizando diversas variações dos
métodos GST e UST. Uma variação é mostrada na Tabela 6.4.

6-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Tabela 6.3 Técnica de teste de pilha de três unidades


Teste nº Modo KV de Energizar Terra GUARD UST Medição Barramento
de teste teste (Ground) desconectado
1 GST * 2 1, 4 3 — A
2 UST * 3 1, 4 2 B
3 GST * 3 1, 4 2 — C
* Consulte o item TENSÕES DE TESTE

Figura 6.2 Pára-raios, conexões de teste para pilhas de três unidades March 17, 2006

72A-2244-03 Rev. A 6-7


Testes múltiplos

Tabela 6.4 Procedimento de teste para pilhas com múltiplas unidades (5) de pára-raios
Teste nº Modo KV de Energizar Terra GUARD UST Medição Barramento
de teste teste (Ground) desconectado
1 GST * 2 1,6 3 — A
2 GST * 3 1,2,6 4 — B
3 UST * 3 1,2,6 — 4 C
4 UST * 5 1,6 — 4 D
5 GST * 5 1,6 4 — E
* Consulte o item TENSÕES DE TESTE

Todos os pára-raios devem ser testados individualmente e não em paralelo.


Observe que, nas medições de UST da Tabela 6.4 (Testes 3 e 4), as correntes
March 17, 2006

medidas nos pára-raios podem ser inferiores àquelas registradas para unidades
similares nas medições de GST, devido à eliminação das correntes parasitas
para o terra na determinação de UST: embora as perdas de watts (potência)
devam ser similares.

Análise dos resultados


Para auxiliar na análise dos resultados dos testes, são publicadas tabulações sobre
as várias marcas e tipos de pára-raios de classes de estação e intermediária. Estes
dados aparecem no Guia de testes em campo de pára-raios da Doble e na seção
sobre Pára-raios no Manual de referência de dados de teste.
Nos casos em que faltam dados para um tipo específico, o engenheiro de
testes deve fazer a análise comparando as perdas obtidas para unidades
similares testadas no mesmo horário e com a mesma tensão de teste, nas
mesmas condições. Isto normalmente é possível, já que pára-raios similares
normalmente são instalados no mesmo local. Após a definição de uma faixa de
perdas, qualquer desvio, seja para mais ou para menos, deve ser investigado.
Devido às características básicas dos pára-raios, a tensão nominal dos testes é
determinada com base nas perdas obtidas. O fator de potência não precisa ser
calculado. Os fatores de correção de temperatura são desnecessários em toda
a faixa normal de temperaturas encontradas.

6-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Como os resultados dos testes em pára-raios são afetados em graus variados pelo
escoamento superficial, a análise dos resultados dos testes deve levar isso em
conta. As perdas de superfície normalmente podem ser minimizadas limpando a
porcelana com um pano comum seco, mas pode ser necessário o uso de agentes
de limpeza e ceras, a aplicação de calor à superfície da porcelana ou a utilização
de colares GUARD.
Onde os efeitos do escoamento superficial puderem ser descontados, as perdas
anormais geralmente podem ser atribuídas a uma ou mais das seguintes causas:

Perdas maiores que as normais


1. Contaminação por umidade e/ou depósitos de sujeira ou poeira nas superfícies
internas da carcaça de porcelana ou nas superfícies externas das carcaças dos
entreferros selados.
2. Entreferros com corrosão.
3. Depósitos de sais de alumínio aparentemente causados pela interação entre
umidade e produtos resultantes do efeito corona.
4. Porcelana rachada.

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Perdas menores que as normais
1. Resistores de derivação quebrados.
2. Elementos pré-ionizantes quebrados.
3. Erro na montagem.
4. Mau contato e circuitos abertos entre os elementos.
NOTA SEGURANÇA NA MANIPULAÇÃO DE PÁRA-RAIOS SUSPEITOS
Certas precauções devem ser tomadas ao manipular pára-raios considerados
defeituosos. Por exemplo, com relação a pára-raios "suspeitos" equipados
com diafragmas de alívio, podem existir pressões de gás abaixo da pressão
de ruptura do diafragma. Essas unidades devem ser manipuladas com o
cuidado apropriado. Se for decidido desmontar uma unidade suspeita, ela
deve ser despressurizada de acordo com as práticas de segurança da empresa
antes de se iniciar o processo de desmontagem. Para obter informações
adicionais, consulte o Guia de teste em campo de pára-raios da Doble.

72A-2244-03 Rev. A 6-9


Perdas menores que as normais
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6-10 72A-2244-03 Rev. A


7. Capacitores

TPs capacitivos
Introdução
Os testes da Doble são ideais para os TPs capacitivos de papel-óleo ou para os
mais novos de papel/filme/fluido sintético. Eles testam não apenas as qualidades
de isolamento de uma unidade, mas também suas características funcionais.
Os capacitores são projetados para um baixo fator de potência de isolamento,
que, junto com sua capacitância projetada, deve permanecer estável. Alterações
anormais em qualquer desses valores podem não só afetar o desempenho de
uma instalação de capacitor, mas também indicar o desenvolvimento de um
risco de falha.
Um TP capacitivo típico é construído com uma disposição em série-paralelo
de unidades de capacitores de papel laminado impregnado com óleo ou fluido

March 17, 2006


sintético ou filmes laminados de papel-polipropileno. É evidente, portanto,
que à medida que as tensões nominais do TP capacitivo aumentam, cresce
também o número de unidades e o efeito de uma única unidade nos resultados
do teste global diminui. As medições e a interpretação devem ser feitas com
cuidado, se pequenas alterações, porém significativas, devem ser detectadas.
A primeira porcelana, ou a inferior, na pilha contém dois capacitores (C2 e C1-1)
interconectados dentro da porcelana no terminal de potencial (POT). Os TPs
capacitivos modernos não permitem acesso direto ao terminal POT para testes.
Em vez disso, o terminal é aterrado através da chave de aterramento de potencial
e cada um dos dois capacitores são testados energizando suas extremidades
opostas e executando um teste GST em relação à terra por meio dessa chave
de aterramento. O fator de potência percentual e a capacitância do capacitor
C2 normalmente estão disponíveis na placa de identificação, mas os dados do
C1-1 podem não estar. Em vez disso, podem ser fornecidos os valores para
uma combinação de C2 e C1-1. Portanto, pode ser necessário utilizar o método
alternativo (testar C2 e C1-1 em série) ou fazer alguns cálculos em campo para
obter um valor para C1-1 para comparar com a placa de identificação. Se não
houver nenhuma chave de aterramento de potencial, então esse teste alternativo
pode ser o único disponível.
O limite aceitável de fator de potência para o tipo óleo/papel é 0,5%. O limite
aceitável de fator de potência para o tipo fluido sintético/papel/filme é 0,2%.

72A-2244-03 Rev. A 7-1


Tensões de teste

Tensões de teste
Todos os testes são realizados a 10 kV, exceto quando os terminais de
potencial (POT) ou de portadora (CAR) estão energizados. O terminal
POT normalmente possui uma tensão nominal de 5 kV. Em caso de dúvida,
consulte o manual de instruções do fabricante. O terminal CAR não deve
ser energizado com mais de 2 kV, a não ser se especificado pelo fabricante.

Procedimentos de teste
A Figura 7.1 até a Figura 7.3 mostram instalações típicas de TPs capacitivos.
Observe que uma instalação geralmente consiste em unidades de capacitores
revestidos de porcelana, montadas acima de uma carcaça de base que contém
redes de dispositivos de corrente de portadora e/ou de potencial. É óbvio que,
se os resultados dos testes em campo serão comparados com os dados da placa
de identificação ou de campo anteriores, os procedimentos de teste devem
ser consistentes. É necessário também conhecer as redes de dispositivos de
portadora e potencial, para que eles possam ser aterrados ou desconectados
apropriadamente para eliminar qualquer efeito que possam ter na medição.
Os procedimentos de teste descritos a seguir foram criados para produzir
March 17, 2006

os dados necessários para c apacitores individuais, com um mínimo de


desconexão, e aumentar a segurança. Basicamente, os procedimentos podem
ser resumidos como mostrado a seguir:
1. Desenergize o capacitor.
2. Aterre o terminal de linha do capacitor utilizando um aterramento de
segurança. Em unidades com o terminal POT acessível, o aterramento
normalmente permanece conectado durante os testes de rotina descritos.
Se o terminal POT não estiver acessível e a pilha tiver duas unidades de
porcelana ou menos, o aterramento deve ser removido para os testes.
3. A não ser especificado em contrário, feche ambas chaves de aterramento
na carcaça do dispositivo para aterrar o terminal inferior do capacitor e
o terminal POT.
NOTA Em instalações com múltiplas unidades, as unidades individuais devem
ser descarregadas separadamente antes de fazer as conexões de teste.
4. Remova as conexões aos terminais do capacitor conforme necessário.
5. Continue com as conexões de teste e medições conforme descrito a seguir.

7-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

6. Unidades com terminais POT acessíveis geralmente são caracterizadas por


uma caixa da base preenchida a ar. As com os terminais POT inacessíveis
geralmente possuem caixas da base preenchidas a óleo.

Figura 7.1 TP capacitivo de porcelana única com terminal POT acessível

March 17, 2006


Procedimento de 1. Desenergize o capacitor desconectando-o da linha de potência.
teste, uma unidade de 2. Sem desconectar o terminal de linha, aterre B1 (Topo) utilizando
porcelana e terminal o aterramento de segurança.
POT acessível 3. Feche as chaves de aterramento S1 e S2 na lateral da carcaça do
dispositivo.
4. Desconecte os terminais POT e CAR no interior da carcaça do dispositivo.
É possível que eles estejam interconectados ou o terminal POT pode estar
desconectado, caso o capacitor seja utilizado somente com equipamentos
de portadora. O terminal CAR estará aterrado se o capacitor for utilizado
apenas com um dispositivo de potencial.
5. Se estiver utilizando o DTA, este é a disposição de capacitores nº 7. Testar
como mostrado a seguir:
NOTA Todos os testes são executados a 10 kV, exceto quando indicado de outra
forma com um asterisco.

Teste nº Teste Energização Terra GUARD UST Medição


(Ground)
1 UST POT* B1 (Topo) — CAR C2
2 GST POT* B1 (Topo) CAR — C1-1
3** GST CAR* B1 (Topo) — — C2, C1-1
em série

72A-2244-03 Rev. A 7-3


Procedimentos de teste

Em algumas situações, pode ser mais conveniente desconectar o terminal da


linha (depois de aterrar) em uma instalação de uma unidade. Nesses casos,
os testes podem ser feitos da seguinte forma:

Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição


de teste (Ground)
1A UST POT* — — CAR C2
2A UST B1 — — POT C1-1
3A** UST B1 — — CAR C1-1, C2
em série

* As tensões de teste não devem exceder a tensão nominal dos terminais do


capacitor auxiliar. Não exceda 2 kV para o terminal CAR, a não ser que seja
de conhecimento uma tensão nominal maior. O terminal POT normalmente
possui uma tensão nominal de 5 kV ou superior. Em caso de dúvida, consulte
o tipo específico de dispositivo no manual de instruções do fabricante.
** Os testes 3 e 3A são testes "alternativos", necessários apenas se for desejado
obter a capacitância desta combinação em série para comparar com um valor de
placa de identificação.
March 17, 2006

Figura 7.2 Capacitor de múltiplas unidades com terminal POT acessível

7-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento de 1. Desenergize o capacitor desconectando-o da linha de potência.


teste, duas unidades 2. Sem desconectar o terminal de linha, aterre B2 (Topo) utilizando o
de porcelana e aterramento de segurança.
terminal POT 3. Feche as chaves de aterramento S1 e S2 na lateral da carcaça do dispositivo.
acessível
NOTA Em instalações com múltiplas unidades, as unidades individuais devem
ser descarregadas separadamente antes de fazer as conexões de teste.
4. Desconecte os terminais POT e CAR no interior da carcaça do dispositivo.
É possível que eles estejam interconectados ou o terminal POT pode estar
desconectado, caso o capacitor seja utilizado somente com equipamentos
de portadora. O terminal CAR estará aterrado se o capacitor for utilizado
apenas com um dispositivo de potencial.
5. Se estiver utilizando o DTA, este é a disposição de capacitores nº 8. Teste
como mostrado a seguir:
NOTA Todos os testes são executados a 10 kV, exceto quando indicado de outra
forma com um asterisco.

March 17, 2006


Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição
de teste (Ground)
1 UST POT* B2 (Topo) — CAR C2
2 UST B1 B2 (Topo) — POT C1–1
3 GST B1 B2 (Topo) — — C1–2
4** UST B1 B2 (Topo) — CAR C1-1, C2
em série
* As tensões de teste não devem exceder a tensão nominal do terminal
POT do capacitor auxiliar. O terminal POT normalmente possui uma
tensão nominal de 5 kV ou superior. Em caso de dúvida, consulte o
tipo específico de dispositivo no manual de instruções do fabricante.

** O teste 4 é um teste "alternativo", necessário apenas se for desejado obter


a capacitância desta combinação em série para comparar com os valores da
placa de identificação.

72A-2244-03 Rev. A 7-5


Procedimentos de teste

Procedimento de 1. Siga as etapas 1 a 5 acima. Se estiver utilizando o DTA, este é o disposição


teste, três unidades de capacitores nº 9. Teste como mostrado a seguir:
de porcelana e
terminal POT
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição
acessível de teste (Ground)
1 UST POT* B3 (Topo) — CAR C2
2 UST B1 B3 (Topo) — POT C1–1
3 UST B1 B3 (Topo) — B2 C1-2
4 GST B2 B3 (Topo) — — C1–3
5** UST B1 B3 (Topo) — CAR C1-1, C2
em série
* As tensões de teste não devem exceder a tensão nominal do terminal
POT do capacitor auxiliar. O terminal POT normalmente possui uma
tensão nominal de 5 kV ou superior. Em caso de dúvida, consulte o
tipo específico de dispositivo no manual de instruções do fabricante.

** O teste 5 é um teste "alternativo", necessário apenas se for desejado obter


March 17, 2006

a capacitância desta combinação em série para comparar com os valores da


placa de identificação.

7-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

March 17, 2006


Figura 7.3 Capacitor de múltiplas unidades sem terminal POT acessível

72A-2244-03 Rev. A 7-7


Procedimentos de teste

Procedimento de 1. Desenergize o capacitor desconectando-o da linha de potência.


teste, uma unidade de 2. Aterre o topo utilizando o aterramento de segurança. Em unidades com
porcelana e terminal múltiplas porcelanas, as unidades individuais devem ser descarregadas
POT inacessível separadamente antes de fazer as conexões de teste. A carcaça do
dispositivo (caixa da base) deve ser aterrada.
3. Em unidades com uma e duas unidades de porcelana, desconecte o
terminal de linha, removendo as conexões da linha e de aterramento.
Em unidades com três ou mais seções de porcelana, deixe o terminal
de linha conectado e aterre-o.
4. Feche a chave de aterramento de potencial S2 na lateral da carcaça do
dispositivo. Se não houver essa chave, então apenas o teste alternativo
poderá ser realizado (consulte "Teste alternativo, medição em série de C2
e C1-1, terminal POT inacessível" na página 7-10).
5. Desconecte o terminal CAR no interior da carcaça do dispositivo apenas
para o teste 1. Verifique se o cabo da portadora está afastado dos terminais
P1 e P2, devido à alta tensão ali presente. O terminal CAR estará aterrado
se o capacitor for utilizado apenas com um dispositivo de potencial.
March 17, 2006

AVISO O cabo da portadora deve ser reconectado antes de recolocar o TP


capacitivo em operação.
6. Se estiver utilizando o DTA, este é a disposição de capacitores nº 1.
Teste como mostrado a seguir:
NOTA Todos os testes são executados a 10 kV, exceto quando indicado de
outra forma com um asterisco.

Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição


de teste (Ground)
1 GST CAR* POT — — C2
2 GST Topo POT, CAR — — C1-1

* Não energize o terminal da portadora com mais de 2 kV.

7-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimento de 1. Siga as etapas 1 a 5 como mostradas no procedimento de teste para uma


teste, duas unidades unidade de porcelana e terminal POT inacessível.
de porcelana e 2. Se estiver utilizando o DTA, este é a disposição de capacitores nº 2.
terminal POT Teste como mostrado a seguir:
inacessível
Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição
de teste (Ground)
1 GST CAR* POT — — C2
2 GST B1 POT, CAR Topo — C1-1
3 UST B1 POT, CAR — Topo C1-2

Não energize o terminal da portadora com mais de 2 kV.


Procedimento de 1. Desenergize a linha de potência.
teste, três unidades 2. Aterre o topo utilizando o aterramento de segurança. Em unidades com
de porcelana e múltiplas porcelanas, as unidades individuais devem ser descarregadas
terminal POT separadamente antes de fazer as conexões de teste. A carcaça do
inacessível dispositivo (caixa da base) deve ser aterrada.

March 17, 2006


3. O terminal de linha pode permanecer conectado, mas o topo precisa
estar aterrado.
4. Feche a chave de aterramento de potencial (S2).
5. O cabo da portadora é desconectado apenas para o teste 1. Verifique se
o cabo da portadora está afastado dos terminais P1 e P2, devido à alta
tensão ali presente.
AVISO O cabo da portadora deve ser reconectado antes de recolocar o TP
capacitivo em operação.
6. Se estiver utilizando o DTA, este é a disposição de capacitores nº 3.
Teste como mostrado a seguir:
NOTA Todos os testes são executados a 10 kV, exceto quando indicado de
outra forma com um asterisco.

Teste nº Modo Energização Terra (Ground) GUARD UST Medição


de teste
1 GST CAR* B3 (Topo), POT — — C2
2 GST B1 B3, POT, CAR B2 — C1-1
3 UST B2 B3, POT, CAR — B1 C1-2
4 GST B2 B3, POT, CAR B1 — C1-3

* Não energize o terminal da portadora com mais de 2 kV.

72A-2244-03 Rev. A 7-9


Procedimentos de teste

Teste alternativo, Em alguns casos, não há valor na placa de identificação para a capacitância
medição em série de C1-1, mas o valor combinado de C2 e C1-1 é fornecido em seu lugar. Os
C2 e C1-1, terminal procedimentos acima para TPs capacitivos com terminais POT acessíveis
POT inacessível incluem uma provisão para este teste alternativo. O procedimento de teste
alternativo para TPs capacitivos com terminal POT inacessível é mostrado
abaixo. No procedimento a seguir, lembre-se de que este teste alternativo para
unidades com bases preenchidas a óleo e terminal POT inacessível é indicado
para a medição da capacitância C2 e C1-1 em série, mas não para medir o fator
de potência! Este procedimento de teste também deve ser seguido para TPs
capacitivos sem uma chave de aterramento de potencial. O usuário pode seguir
este procedimento:
1. Sigas as etapas 1 a 5 acima aplicáveis ao número de unidades de
porcelana, mas não feche a chave de aterramento de potencial.
Essa chave deve permanecer aberta para este teste alternativo.
2. Remova as ligações de aterramento do transformador, permitindo que o
terminal fique desconectado. Caso contrário, o teste medirá um caminho
alternativo para a terra através do transformador e a capacitância medida
pode não corresponder ao valor da placa de identificação (consulte a
March 17, 2006

Figura 7.3). Trench e Ritz chamam este terminal de P2.


AVISO A ligação de aterramento do transformador e o cabo da portadora devem
ser reconectados antes de recolocar o TP capacitivo em operação.
3. Conecte o cabo de baixa tensão ao terminal CAR.

NOTA Como a chave de aterramento de potencial está aberta e a ligação de


aterramento do transformador foi removida, lembre-se de que haverá
uma alta tensão neste ponto de ligação para este teste.
4. Faça o teste da seguinte forma:

Teste nº Modo Energização Terra GUARD UST Medição


de teste (Ground)
1 UST B1 * — CAR C2, C1-1
em série

* Este procedimento de teste alternativo é uma extensão dos procedimentos


para TPs capacitivos sem terminais POT acessíveis relacionados acima.
Analogamente, o topo é aterrado apenas se três ou mais unidades de
porcelana existirem na pilha do capacitor.

7-10 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Análise dos resultados


O fator de potência e a capacitância do isolamento de uma nova unidade
devem ser comparáveis aos valores na placa de identificação, quando ele
forem fornecidos, ou aos valores de outras unidades do mesmo fabricante,
tipo e tensão nominal. Unidades com fatores de potência e/ou capacitâncias
que sejam superiores ao normal, ou que tenham aumentado significativamente
desde o teste anterior, devem ser retiradas de serviço em uma operação de
rotina ou imediatamente, dependendo dos valores obtidos.
Os limites do fator de potência percentual dependem dos materiais empregados
na fabricação dos capacitores. TPs capacitivos mais antigos do tipo papel/óleo
têm fatores de potência da ordem de 0,25% quando novos. Unidades com fator
de potência acima de 0,5% devem ser retiradas de operação (uma exceção sendo
alguns capacitores antigos tipo C2 e C3 de 46 kV da General Electric Company,
que podem ter fatores de potência de isolamento "normais" na faixa de 2% a
3,5%). TPs capacitivos mais novos do tipo papel/laminado/fluido sintético
possuem fatores de potência da ordem de 0,1% quando novos. Unidades desse
novo tipo de fabricação com fatores de potência acima de 0,2% justificam uma
chamada à Doble para discussão. Um aumento na capacitância em um percentual

March 17, 2006


elevado é uma indicação de camadas de isolamento em curto, exigindo que a
unidade seja retirada de operação.
Observe que o teste auxiliar para unidades com terminal POT inacessível incluem
a influência do circuito eletromagnético, que não pode ser desconectado para o
teste. Devido a essa influência, o teste auxiliar para estes layouts pode ser utilizado
para confirmar a capacitância na placa de identificação, mas não o fator de
potência nela.
A experiência até esta data indica, que na faixa normal de temperaturas em
que os TPs capacitivos provavelmente seriam testados, apenas uma pequena
correção de temperatura, se houver, é necessária. Além disso, várias unidades
são testadas ao mesmo tempo e podem ser comparadas à mesma temperatura
de teste, reduzindo assim a necessidade de correção de temperatura para a
análise dos resultados dos testes.

72A-2244-03 Rev. A 7-11


Testes complementares

Testes complementares
Os procedimentos de teste de rotina descritos acima se destinam a verificar
os elementos do condensador principal de cada capacitor, que são de vital
importância. Para capacitores mais antigos do tipo base (unidades montadas na
carcaça do dispositivo) com terminais POT acessíveis e carcaças preenchidas
a ar, é possível medir separadamente os isoladores de porcelana associados aos
terminais POT e CAR. Em alguns projetos de capacitores isso também inclui
uma placa de terminação de cobertura isolada, que veda a extremidade inferior
do capacitor em volta dos terminais POT e CAR.
Recomendamos, quando for prático, que os seguintes testes complementares
sejam executados. Isso é especialmente importante ao investigar resultados
anormais da Doble nos elementos do capacitor principal e ao investigar
dispositivos suspeitos (por exemplo, unidades cuja saída do dispositivo
de potencial está baixa ou irregular).

Tabela 7.1 A pilha de capacitores deve ser desconectada da linha


de potência e todos os terminais devem ser isolados.
O procedimento se aplica a unidades com capacitor
auxiliar em carcaça de porcelana. Se na base, energize
March 17, 2006

o terminal POT e a GUARD B1. (O teste 1 não é possível)


Teste Modo Energização GUARD Medição
complementar nº
1 GST CAR* POT Terminal de buchas CAR
2 GST POT* B1 e Terminal de buchas POT
CAR

* Os testes são executados a tensões reduzidas. Consulte os procedimentos


de teste acima.
Nos testes anteriores, espera-se que as correntes de carga e perdas dielétricas
sejam muito pequenas e as porcelanas associadas aos terminais POT e CAR
devem estar perfeitamente limpas e secas. É possível que rachaduras nas
buchas de porcelana dos terminais POT e do CAR (talvez mascaradas durante
os testes padrão) sejam reveladas por estas medições complementares. Isso
pode se manifestar pelas leituras flutuantes da medição de watts (potência).

7-12 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Capacitores de correção de fator de potência


Os capacitores de correção de fator de potência possuem capacitâncias muito
altas. Eles são utilizados para aprimorar o fator de potência ou ângulo de fase
de uma corrente de carga quando esta está atrasada ou altamente indutiva. Os
capacitores de correção de fator de potência são do tipo de uma bucha ou de
bucha dupla. Devido à capacitância relativamente alta do isolamento principal
(C1) desses capacitores, eles geralmente estão além da faixa de medição do
conjunto, embora sejam possíveis testes no isolamento de aterramento (C2)
de capacitores de correção de duas buchas.
Antes de se fazer qualquer conexão de teste ao capacitor, a carcaça e ambas
as buchas devem ser aterradas, de modo que a unidade seja completamente
descarregada. Isso se aplica a unidades que não foram energizadas, bem como
àquelas que acabaram de ser retiradas de operação. O isolamento de aterramento
(C2 = C2' + C2") de um capacitor de duas buchas pode ser testado no modo
GST como mostrado na Figura 7.4. A tensão de teste não deve exceder a tensão
nominal da linha em relação à terra. Embora este método não meça o isolamento
principal (C1), ele é eficaz na detecção de problemas associados às buchas e ao
isolamento interno da parede de aterramento.

March 17, 2006


O fator de potência do isolamento de aterramento deve ser d ordem de 0,5%
ou menos e deve ser comparado com unidades semelhantes testadas sob as
mesmas condições.
NOTA O isolamento principal C1 desses capacitores possui um fator de potência
inerente muito inferior.

Figura 7.4 Teste pelo método GST do isolamento de aterramento de um


capacitor de duas buchas

72A-2244-03 Rev. A 7-13


Testes complementares

Capacitores de surto
Os capacitores de surto são utilizados em conjunto com pára-raios para
proteger o isolamento de máquinas rotativas inclinando a frente de onda
de surtos de tensão, reduzindo assim a carga de tensão espira-a-espira.
A capacitância dos capacitores de surto normalmente está dentro da faixa do
conjunto M4000, embora possa ser necessário testá-los a tensões reduzidas,
abaixo da tensão nominal de operação linha em relação à terra.
NOTA A capacitância nominal típica de um capacitor de surto é 0,25 microfarad.
Isso representa um equipamento de cerca de 1.000 miliampères.
Quando o indutor de ressonância tipo C da Doble é utilizado com o conjunto
M4000, pode ser possível testar esses capacitores até sua tensão nominal de
operação linha em relação à terra (por exemplo, 8 kV para um capacitor de
surto aplicado a um gerador de 13,8 kV).
Como capacitores de surto são aplicados em linha em relação à terra, eles
geralmente consistem em uma bucha em uma carcaça de metal aterrada
(ou "lata"). Para testar, o capacitor inicialmente é completamente isolado.
Em seguida, a lata deve ser aterrada de forma apropriada. Energize o terminal
March 17, 2006

de linha com o a descrição de circuito do conjunto de teste ajustado para


GND-VA. Os resultados são classificados com base no fator de potência
e na capacitância. A capacitância deve ser comparável ao valor na placa
de identificação e aos valores de teste obtidos com unidades semelhantes.
Os fatores de potência medidos geralmente são inferiores a 0,5% e também
devem ser comparados com unidades similares. Os fatores de potência de
capacitores de surto não são corrigidos para temperatura.

7-14 72A-2244-03 Rev. A


8. Máquinas rotativas

Geradores, motores e condensadores síncronos


Geral
Os testes da Doble de perda dielétrica e fator de potência no isolamento de
enrolamentos de estator de geradores, motores e condensadores síncronos
são úteis para determinar a presença de umidade, outros contaminantes e
efeito corona. Os testes de fator de potência feitos em um enrolamento novo
antes da entrada em operação mostram se ele absorveu umidade excessiva
durante o transporte e a instalação. O teste inicial também é importante para
fornecer dados de padrão de referência com os quais os resultados de testes
de manutenção subseqüentes podem ser comparados. Para ver comentários
adicionais, consulte a seção Máquinas rotativas do Manual de referência de
dados de teste e o Guia de testes de isolamento de máquinas rotativas da

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Doble. Se realizar esses testes utilizando o formulário modelo, é necessário
selecionar o modo Reversão do sincronismo de linha, na coluna LC.
Se utilizar o DTA, ele escolherá esse circuito para você.

Tensões de teste
Os testes da Doble no isolamento fase em relação à terra dos enrolamentos de
estatores são executados em diversas tensões, começando em uma tensão abaixo
de qualquer atividade parcial de descarga, normalmente 2 kV, e continuando, em
etapas, até a tensão nominal de operação linha em relação à terra. Algumas vezes,
não é possível atingir a tensão de operação linha em relação à terra, porque a
tensão nominal da máquina (isto é, a tensão nominal linha em relação à terra de
operação) é maior que 12 kV (que é a tensão máxima de saída do M4000) ou
porque a capacitância de isolamento da máquina é tão alta que o M4000 não
pode atender aos requisitos de corrente de carga. Na primeira situação, faça o
teste da tensão superior a uma tensão conveniente próxima do máximo possível.
Na segunda situação, é possível utilizar o Ressonador tipo C em conjunto com
o M4000, o que permite um aumento nas capacidades da corrente de carga e,
portanto, a obtenção da tensão de teste adequada. Consulte o Capítulo 2.
"Utilização de um ressonador".

72A-2244-03 Rev. A 8-1


Enrolamento único trifásico

Sempre que possível, é aconselhável que o isolamento do estator seja testado


adicionalmente em 10% a 25% acima da tensão linha em relação à terra de
operação. Isso pode acentuar a condição de efeito corona além do observada na
tensão linha em relação à terra de operação. Consulte a Tabela 8.1 na página 8-2.
Tabela 8.1 Tensões de teste recomendadas

Tensão nominal da máquina (kV) Tensão de teste (kV)


2,4 1,4
4,16 0,5; 2,4
7,2 1; 4
12,47 2; 4; 6; 7,2
13,8 2; 4; 6; 8
14,4 2; 4; 6; 8; 8,3
18 2; 4; 6; 8; 10,4
20 2; 4; 6; 8; 10; 11,5
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Procedimento de teste
Enrolamento único trifásico
Antes de testar o isolamento do enrolamento do estator de uma máquina
rotativa, é necessário desconectar a máquina do barramento da estação e
abrir o neutro, para que cada fase seja completamente isolada. As desconexões
devem ser feitas nos terminais para evitar a inclusão do isolamento do cabo
e do barramento no circuito de teste. É necessário separar as fases para que
cada fase possa ser testada individualmente e testes possam ser feitos no
isolamento da interfase. As extremidades da linha e do neutro da fase
energizada estão em curto. Os equipamentos auxiliares a seguir também
são aterrados na estrutura da máquina: RTDs (detectores de temperatura
da resistência) e TCs (termopares) do estator, enrolamentos auxiliares
do estator e quaisquer outros dispositivos associados ao enrolamento
do estator, aos enrolamentos secundários do transformador de corrente,
aos terminais e ao eixo do enrolamento do rotor. Os testes são realizados
conforme descrito na Tabela 8.2.

8-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Se utilizar o DTA, selecione esse tipo de layout na lista de opções Config.

Tabela 8.2 Procedimento de teste para unidades sem resfriamento a água


Teste nº Modo Fase Fase Fase Medição do
de teste energizada aterrada UST isolamento
1 GST A B,C — A+(A–B & A–C)
2 UST A C B** A–B (Interfase)***

3 GST B C,A — B+(B–C & B–A)


4 UST B A C** B–C (Interfase)***

5 GST C A,B — C+(C–A & C–B)


6 UST C B A** C–A (Interfase)***
* Os terminais da linha e do neutro da fase energizada estão sempre em curto.
** Se esta fase estiver aterrada pelo cabo de baixa tensão durante o teste
anterior, as conexões desta medição fase em relação à fase permanecem
as mesmas. A descrição do circuito é simplesmente alterada de TERRA

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(GROUND) para UST.
*** Faça uma anotação especial da polaridade das leituras de perda de
watts (potência).

Figura 8.1 Procedimento de teste para o isolamento do estator


de máquinas rotativas

72A-2244-03 Rev. A 8-3


Unidade trifásica resfriada a água

A corrente de carga e a perda de watts (potência) são registradas para as seis


medições e os fatores de potência calculados. Observou-se que o isolamento
do estator da máquina rotativa exibe muito pouca variação com a temperatura
na faixa de temperaturas normalmente encontrada durante os testes. Os fatores
de potência não são corrigidos para temperatura.
Para os testes de interfase, deve-se prestar atenção especial à polaridade das
leituras de perdas de watts. Às vezes, a polaridade do valor da perda de watts
(e, subseqüentemente, do fator de potência calculado) é negativa.

Unidade trifásica resfriada a água


Unidades resfriadas a água têm perdas adicionais devido às colunas e mangueiras
isoladas associadas ao sistema de resfriamento a água. O procedimento de teste
apropriado exige que essas perdas sejam determinadas e removidas das medições
do fator de potência das medições do enrolamento em relação à terra. A medição
corrigida aproxima a perda de watts do fator de potência do isolamento do
enrolamento.
O procedimento exige que água desionizada esteja circulando no enrolamento
durante o teste. A condutividade da água não deve ser superior a 0,25
March 17, 2006

microsiemen por centímetro (micromho por centímetro). As perdas


provocadas pelo sistema de resfriamento a água são medidas executando
um teste de resistência de isolamento CC em cada enrolamento da fase. Em
seguida, o resultado é normalizado para a tensão de teste CA. A capacitância e
o fator de potência de cada enrolamento de fase deve ser medido em diversas
tensões. Consulte a Figura 8.1 acima para obter a conexão e os procedimentos
de teste adequados. Os testes adicionais associados a uma unidade resfriada a
água são descritos na Tabela 8.3.
Se utilizar o DTA, selecione esse tipo de layout na lista de opções Config.

Tabela 8.3 Teste de resistência de isolamento CC (medido com instrumento


de terceiros)

Teste Nº Fase energizada Fase aterrada Isolamento medido


1 A B, C RA
2 B C, A RB
3 C A, B RC

Os enrolamentos trifásicos são separados e a água de resfriamento fica


circulando em fluxo nominal. A resistência de isolamento CC de cada
enrolamento de fase normalmente é medida a 2,5; 5,0 ou 10,0 kV CC.

8-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Para cada enrolamento de fase, calcule as perdas de potência CC (PLdc),


normalizadas para a tensão de teste CA (Vac), utilizando a resistência de
isolamento CC medida (Rdc) e a tensão de teste CA*.

V ac 2 2
V
**P Ldc = ---------- = ------------------------
R dc Megohms

* A tensão de teste CA é sempre 10, pois a tensão de teste tem como


referência 10 kV.
** A tensão está em kV, a resistência está em megaohms e a potência
em watts.
*** A correção é executada apenas no isolamento de aterramento do
enrolamento do estator.

Subtraia as perdas de potência CC (PLdc) das perdas de potência CA (PLac)


medidas em cada tensão de teste CA para obter a perda de potência
corrigida, Pcorr.

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PLac - PLdc = Pcorr

Calcule o fator de potência corrigido utilizando a perda corrigida (Pcorr)


em cada tensão com a seguinte equação:

P corr × 10
----------------------- = % PF
mA

Figura 8.2 Testes adicionais para unidades resfriadas a água

72A-2244-03 Rev. A 8-5


Máquina trifásica com dois enrolamentos duplo e doze terminais

Máquina trifásica com dois enrolamentos duplo e doze terminais


Um motor ou gerador com dois enrolamentos requer testes adicionais para
avaliar adequadamente as condições de isolamento de ambos os enrolamentos.
O isolamento fase em relação à terra de ambos os enrolamentos é medido
energizando cada fase e aterrando as fases restantes. O isolamento fase em
relação à fase é medido energizando cada fase e medindo até a fase adjacente
do mesmo enrolamento e medindo até cada fase do segundo enrolamento.
Se utilizar o DTA, selecione esse tipo de layout na lista de opções Config.

Teste nº Fase Fase Fase Medição


energizada aterrada UST
1 A B,C,A',B',C' — CA+CAB+CAC+
CAA'+CAB'+CAC'
2 A C,A',B',C' B CAB
3 A B,C,B',C' A' CAA'
4 A B,C,C',A' B' CAB'
5 A B,C,A',B' C' CAC'
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6 B C,A,A',B',C' — CB+CBC+CBA+
CBA'+CBB'+CBC'
7 B A,A',B',C' C CBC
8 B C,A,C',A' B' CBB'
9 B C,A,A',B' C' CBC'
10 B C,A,B'C' A' CBA'
11 C A,B,A',B',C' — CC+CCA+CCB+
CCA'+CCB'+CCC'
12 C B,A',B',C' C CCA
13 C A,B,A',C' B' CCC'
14 C A,B,B',C' C' CCA'
15 C A,B,C',A' A' CCB'
16 A' A,B,C,B',C' — CA+CA'A+CA'B+
CA'C+CA'B'+CA'C'
17 A' A,B,C,C' B' CA'B'
18 B' A,B,C,C',A' — CB'+CB'A+CB'B+
CB'C+CB'C'+CB'A'
19 B' A,B,C,A' C' CB'C'
20 C' A,B,C,A',B' — CC'+CC'A+CC'B+
CC'C+CC'A'+CC'B'
21 C' A,B,C,B' A' CC'A'

8-6 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Geradores resfriados a hidrogênio


Uma unidade resfriada a hidrogênio pode ser testada no ar com o hidrogênio
removido ou com o hidrogênio presente à pressão normal de operação. O
hidrogênio em pressões inferiores a 15 psig tem uma tensão de ruptura menor
do que o ar à pressão atmosférica. Em altas pressões de hidrogênio, a atividade
do efeito corona é suprimida.

Diversos
Se o enrolamento de um motor ou gerador for de tal forma que o ponto neutro
não possa ser separado, o procedimento de teste adequado é realizar um teste
global em relação à terra. Isso é realizado amarrando os cabos da linha juntos,
colocando o cabo de aterramento no aterramento da máquina e selecionando
o modo GST-Terra (Ground).

Análise dos resultados


O fator de potência, o incremento (Tip-up) do fator de potência, a capacitância
e, quando executado o teste, a RIV (tensão com influência de rádio) devem ser

March 17, 2006


comparados entre as fases, com os resultados de testes anteriores (se houver),
com os dados registrados de unidades semelhantes no sistema, com os dados
de fábrica (se houver) e com os dados tabulados de unidades semelhantes na
seção Máquinas rotativas do Manual de referência de dados de teste da Doble.
Os resultados devem ser próximos entre as fases.
Uma indicação do fator de potência inerente do material isolante do estator e
de sua condição em relação à deterioração geral, umidade e/ou sujeira é o que
se pode esperar de um teste de fator de potência em potenciais de teste abaixo
da tensão inicial do efeito corona. Para confirmar a presença ou ausência de
contaminação atmosférica, o procedimento de teste de rotina inclui testes de
equipamento não aterrados entre as fases. Devido ao efeito provocado pelo
ferro do estator que blinda as seções de slots das fases umas das outras, o
teste de interfase torna-se essencialmente um teste do isolamento da espira
final exposta, que é a mais afetada pela contaminação atmosférica. Os fatores
de potência da interfase geralmente são mais altos do que os registrados
para o isolamento fase em relação à terra, pois são afetados não apenas
pela contaminação, mas também pelo tipo de controle de efeito corona nas
espiras finais.

72A-2244-03 Rev. A 8-7


Diversos

Preste atenção também à capacitância fase em relação à terra (corrente de


carga) do enrolamento do estator, especialmente para os primeiros testes
diversos em um novo enrolamento. Uma redução drástica na capacitância
de um novo enrolamento após o período inicial de operação pode indicar
cura incompleta do enrolamento e ser um precursor da perda de compactação
e efeito corona nas seções de slots. Esse tópico é discutido em detalhes no
artigo da Conferência intitulado "Testes da Doble em isolamentos de
geradores (Relatório de status)" Seção 7-401, Minutas da conferência
Doble de 1964 e em apresentações de conferências mais recentes.
O aumento do fator de potência relacionado à tensão é chamado de incremento
(Tip-up) do fator de potência e dá uma indicação do conteúdo de lacunas
no isolamento. (O aumento do fator de potência entre a tensão de teste mais
baixa (normalmente 2 kV) e a tensão linha em relação à terra de operação
é considerado o incremento (Tip-up) fundamental. Esse é o valor tabulado
na seção Máquinas rotativas do Manual de referência de dados de teste).
O incremento (Tip-up) do fator de potência também funciona como uma
medida da potência disponível para atacar o material de ligação das bobinas
do estator.
March 17, 2006

Ocasionalmente, a perda de watts (potência) e o fator de potência da interfase


têm polaridade negativa. Isso pode ser provocado pelos efeitos da tinta
semicondutora usada para classificar a carga de tensão na área em que as
bobinas deixam os slots. Em geral, perdas de watts e fatores de potência
negativos não são em si causa para preocupação, a menos que haja uma
discrepância drástica entre as fases ou com resultados anteriores. Para ler
comentários adicionais sobre fator de potência negativo, consulte o artigo
da Conferência de clientes da Doble de 1960, "Aplicação e significado de
testes de equipamentos não aterrados" (Seção 3-201, 27AC60), que pode
ser encontrado na seção Geral do Manual de referência de dados de teste
(Seção 1-2.1, TDRB).
RIVs (Tensões com influência de rádio) medidas para o isolamento de
estatores fornecem uma indicação quantitativa do efeito corona resultante
da sobrecarga e da ionização de lacunas no isolamento. Uma RIV alta
pode também ser o resultado de folga das bobinas nos slots. Em condições
normais, as tensões com influência de rádio registradas para fases individuais
de um determinado estator devem ser semelhantes. A experiência mostra
que também deve se esperar semelhança entre os resultados registrados
em testes periódicos no mesmo enrolamento.

8-8 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

A temperatura na faixa encontrada parece ter pouco efeito sobre os resultados


das medições de RIV, embora a umidade e a contaminação da superfície
tenham efeitos bem definidos. Esses fatores devem ser considerados ao se
comparar os resultados de testes em fases individuais de uma máquina ou
os resultados de uma série de testes na mesma máquina. Em alguns casos é
necessário limpar cuidadosamente as superfícies das buchas dos terminais
para se obter leituras aceitáveis.
Não parece possível, no momento, comparar RIVs registradas para diferentes
tipos e tamanhos de máquinas. Isso se deve às diferenças em materiais e projetos
e aos efeitos de atenuação ou derivação de capacitância do equipamento.

Teste de bobinas individuais de um estator


Uma das aplicações mais importantes do incremento (Tip-up) do fator de
potência é no teste de bobinas individuais de um estator para determinar
se elas estão em conformidade com as especificações de compra ou dentro
de uma faixa considerada aceitável. (O Instituto de engenheiros elétricos e
eletrônicos dos EUA publicou o Padrão nº 286-1975, "Prática recomendada
pelo IEEE para medição do incremento (Tip-up) do fator de potência do

March 17, 2006


isolamento de estatores de máquinas rotativas)". A técnica do incremento
(Tip-up) também é útil para determinar as condições de uma determinada
bobina para possível reutilização no re-enrolamento de uma máquina.
Para ler comentários adicionais relacionados a testes do incremento (Tip-up)
do fator de potência de bobinas individuais, consulte o Guia de teste de
isolamentos de máquinas rotativas da Doble.

72A-2244-03 Rev. A 8-9


Diversos
March 17, 2006

8-10 72A-2244-03 Rev. A


9. Cabos e terminações ("terminais")

Introdução
O teste dos cabos geralmente exige precauções adicionais por parte do engenheiro
de teste, já que todo o equipamento sujeito à tensão de teste não está visível.
As duas extremidades do cabo em teste devem estar claramente identificadas
e isoladas.
Testes eficazes de fator de potência podem ser realizados em cabos de
comprimento relativamente curtos (principalmente em cabos blindados
e cabos não blindados envoltos em revestimento metálico). Os testes dos
cabos devem ser realizados em ambas as extremidades.
O fator de potência medido pode ser considerado como a média do fator de
potência de cada comprimento elementar do isolamento. Assim, a capacidade
de detectar uma falha localizada diminui à medida que o comprimento do cabo
em teste aumenta. Os testes de fator de potência provaram serem úteis para

March 17, 2006


indicar deterioração e/ou contaminação geral. Um aumento no fator de
potência com a tensão de teste (ou seja, incremento (Tip-up) do fator de
potência) pode ser uma indicação de condição grave de efeito corona no
isolamento.
Métodos de colar quente proporcionam o teste mais eficaz para terminações
associadas a cabos, independentemente do comprimento do cabo. Além disso,
terminações de alta tensão podem estar equipadas com derivações de teste
de fator de potência para facilitar o teste das terminações instaladas.

Tensões de teste
Cabos com tensão nominal até a classe de isolamento de 15 kV devem ser
testados em diversas tensões até a tensão linha em relação à terra de operação.
Por exemplo, um cabo com classe de isolamento de 15 kV em sistemas de
13,8 kV opera em tensões de 8 kV em relação à terra e deve ser testado em
diversas tensões até 8 kV. Testes adicionais, realizados de 10% a 25% acima
da tensão linha em relação à terra de operação são desejáveis, pois eles podem
acentuar o efeito corona e outras condições de alta perda.
Os testes da Doble em cabos de classe 25 kV devem ser feitos em pelo menos
duas tensões, começando com 2 kV e continuando até a tensão de teste mais
alta possível ou permitida.
Cabos com classe de isolamento acima de 25 kV devem ser testados a 10 kV
ou na tensão de teste mais alta possível ou permitida.

72A-2244-03 Rev. A 9-1


Cabo de condutor único blindado ou revestido

Testes de cabos
Cabo de condutor único blindado ou revestido
O cabo deve ser retirado de operação e todos os equipamentos elétricos
associados desconectados. O procedimento de teste consiste em aplicar a
tensão de teste ao condutor do cabo com a blindagem ou o revestimento do
cabo efetivamente aterrado. O teste é feito no modo GST com a descrição
do circuito definida como TERRA (GND)-VA.

Cabos de condutor único sem blindagem e sem revestimento


É utilizado um procedimento de teste semelhante ao descrito para cabos blindados
de condutor único. Quando os testes são feitos em cabos de condutor único sem
blindagem, a medição pode não estar restrita apenas ao isolamento do cabo, mas
pode incluir o material que envolve o cabo (por exemplo, dutos de fibra) ou
qualquer material que forme o caminho de retorno do aterramento da corrente de
fuga. Isto é, perdas no material estranho (que podem não ser uma parte essencial
do isolamento do cabo) são incluídas na medição, resultando em fatores de
potência altos imprevisíveis.
March 17, 2006

Cabos com múltiplos condutores blindados individualmente


Deve-se utilizar um procedimento semelhante ao descrito para cabos blindados
com condutor único. Os condutores do cabo que não estiverem em teste devem
ser aterrados.

Cabos com múltiplos condutores sem blindagem e sem revestimento


As mesmas condições de um cabo sem blindagem com condutor único existem
para um cabo sem blindagem com múltiplos condutores. Nesse caso é possível,
por UST, executar medições do fator de potência entre dois condutores que estão
praticamente restritos ao isolamento entre os dois condutores. Todos os outros
condutores não incluídos no teste estão aterrados. O procedimento é repetido
para incluir todos os condutores individualmente em pelo menos uma medição.

9-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Cabos sem blindagem com múltiplos condutores recobertos por um revestimento


metálico comum
Ao testar cabos com múltiplos condutores, cada condutor é testado
individualmente com o revestimento e os outros condutores aterrados.
O teste global é feito com todos os condutores conectados juntos e
energizados com o revestimento aterrado. Quando existe uma diferença
significativa no fator de potência entre os condutores, testes complementares
devem ser realizados para determinar as condições do isolamento entre dois
condutores com o método UST (Teste de equipamento não aterrado).

Cabos parcialmente blindados


O trançado de amianto sobre um cabo sem blindagem torna-se semicondutor
em condições de umidade moderada ou alta e atua como uma blindagem ruim.
Uma capa trançada impregnada com grafite é uma blindagem mais eficiente,
mas tem uma resistividade apreciável, freqüentemente não uniforme. Em toda
blindagem que não seja boa condutora, são produzidas perdas na blindagem
pela corrente de carga do cabo. A magnitude da perda depende da resistividade
da blindagem e da distância entre os pontos de aterramento na blindagem. As

March 17, 2006


perdas provocam um aumento aparente no fator de potência do isolamento do
cabo, que é difícil de considerar quando os resultados do teste são analisados.
Felizmente, do ponto de vista do teste, cabos sem blindagem e parcialmente
blindados são utilizados, na maioria das vezes, em circuitos de baixa tensão,
que são menos críticos.

Testes de terminações (terminais)


Testes de colar quente são extremamente eficazes para detectar contaminação
e lacunas em terminações associadas a cabos. Eles são executados de acordo
com as instruções em "Técnica de teste - Buchas em equipamentos" – "Testes
de colares quentes" na página 3-6.
Em sistemas de cabos de alta tensão do tipo tubo, as terminações podem ser
equipadas com eletrodos de derivação de teste para facilitar o teste pelo método
UST. Os testes podem ser realizados energizando o cabo e conectando o eletrodo
de derivação de teste ao circuito UST. Com freqüência, a alta capacitância do
isolamento do cabo torna impossível o acúmulo de uma tensão de teste apreciável
no cabo. Nesse caso, as terminações são testadas pelo método UST invertido
(consulte "Técnica de teste - Buchas em equipamentos" – "UST invertido
(derivação ao condutor central, C1)" na página 3-13). O eletrodo da derivação
de teste é energizado à tensão de derivação nominal com o condutor do cabo
conectado ao circuito UST.

72A-2244-03 Rev. A 9-3


Análise dos resultados dos testes de cabos e terminais

Análise dos resultados dos testes de cabos e terminais


A correção dos efeitos da temperatura nos fatores de potência de cabos
normalmente não é feita, pois exige uma aproximação razoável da temperatura
do cabo, conhecimento do tipo de isolamento e da data de fabricação, e das
características de temperatura, que não estão normalmente disponíveis.
A avaliação dos testes de cabos deve ter como base um ou mais dos itens a seguir:
1. Comparação dos fatores de potência obtidos para cabos isolados
semelhantes no momento do teste e nas mesmas condições.
2. Comparação com resultados de testes anteriores.
3. Comparação dos resultados obtidos em ambas as extremidades.
4. Comparação com os dados tabulados de fator de potência de cabos
semelhantes na seção Cabos e acessórios do Manual de referência
de dados de teste.
5. Comparação com os dados disponíveis do fabricante.
Os resultados dos testes de colar quente são analisados de acordo com as
instruções em "Teste de colar quente único" . Valores anormalmente altos
March 17, 2006

de corrente e watts (potência) indicam a presença de umidade na vizinhança


do colar aplicado. Valores anormalmente baixos de corrente indicam lacunas
ou ausência de composto ou óleo de preenchimento.
A avaliação dos resultados dos testes de terminações obtidos pelos métodos UST
utilizando derivações de teste devem se basear nas comparações dos fatores de
potência e capacitâncias medidos com os dados da placa de identificação, com
os resultados de testes anteriores e com os resultados de testes em equipamentos
semelhantes testados ao mesmo tempo. A expectativa é de que os fatores de
potência de terminações de alta tensão modernas sejam de 0,5% ou inferiores.
Para obter informações adicionais sobre cabos e terminações, consulte o
Manual de referência de cabos e acessórios da Doble.

9-4 72A-2244-03 Rev. A


10. Líquidos isolantes

Introdução
Para que as amostras de líquidos isolantes sejam testadas com os conjuntos
de teste da Doble, foi desenvolvida uma célula de teste de óleo especial, que,
essencialmente, é um capacitor que utiliza o líquido isolante como dielétrico.
É fornecido com a célula um contêiner plástico em que a célula pode ser
alojada e carregada quando não estiver em uso ou pode ser utilizado para
isolar a célula da terra durante o teste. A Figura 10.1 mostra a célula e o
contêiner plástico. Obviamente, a célula deve ser limpa toda vez que uma
amostra diferente for testada. Geralmente, desde que seja testado o mesmo
tipo de líquido, a célula pode ser limpa adequadamente lavando-a com
uma nova amostra de óleo ou com uma parte da amostra a ser testada. Se a
célula estiver suja ou será utilizada para testar um tipo diferente de líquido,
ela deve ser lavada com um solvente adequado e o conteúdo descartado
adequadamente. Em seguida, a célula deve ser seca. É melhor não usar

March 17, 2006


um pano para secar o contêiner, pois podem ficar fibras de algodão, etc.,
na célula e afetar os resultados do teste da amostra.
Ao extrair uma amostra de líquido isolante de um transformador ou disjuntor,
tenha cuidado para obter uma amostra representativa. Deixe que líquido
suficiente seja drenado pelo tubo e pela válvula de amostra, de modo que
qualquer sujeira ou água alojada no tubo seja drenada antes de encher a célula.
A célula de teste comporta aproximadamente 946 ml e deve ser enchida até
que haja cerca de 2 cm de líquido acima da borda do cilindro dentro da célula.
Quando a tampa for recolocada, o cilindro ou a campânula da tampa deve
ficar coberto com líquido. Se houver uma quantidade insuficiente de líquido
na célula, podem ocorrer faíscas acima do nível do líquido.

72A-2244-03 Rev. A 10-1


A célula de teste deve ser colocada no fundo do contêiner plástico (mostrado
na Figura 10.1) ou sobre algum material isolante em uma base nivelada, para
que a superfície do líquido fique aproximadamente nivelada. A tampa deve ser
assentada adequadamente. Bolhas de ar, água e outros materiais estranhos são
a causa usual de rupturas na célula. Se a amostra for deixada descansando na
célula por um curto período antes de se fazer o teste, o ar preso tem a chance
de ser liberado e as partículas estranhas de se assentarem no fundo. Além
disso, as bolhas de ar presas no líquido podem ser liberadas através de furos
no cilindro interno ou campânula da tampa, girando-se lentamente a tampa
assentada.

Estojo de transporte Eletrodo da Eletrodo e tampa removível


célula externa da célula interna
March 17, 2006

Figura 10.1 Célula de teste do fator de potência de líquido isolante e


estojo de transporte da Doble

Procedimento de teste
As conexões de teste são feitas como mostra a Figura 10.2. O terminal de alta
tensão ou o gancho do cabo de alta tensão deve ser conectado à alça da tampa
da célula com um cabo curto com garra para reduzir correntes parasitas. O anel
GUARD no terminal de saída do cabo deve ser conectado ao anel de proteção
na tampa da célula, utilizando outro cabo com garra adequado. O cilindro
externo deve ser isolado da terra e conectado ao circuito UST. Deve-se manter
uma folga de vários centímetros entre o gancho do cabo e o anel GUARD da
célula, para que não ocorra um arco entre essas peças.
A tensão de teste deve ser aumentada gradualmente até 10 kV. Como a
distância entre as placas da célula é de cerca de 4,8 mm, a amostra não deve
sofrer rupturas nessa tensão, a menos que esteja em más condições (se o
M4000 abrir antes de atingir 10 kV, tente fazer uma medição em uma tensão
mais baixa, como 2 kV). As leituras dos medidores de corrente e potência
devem ser feitas e o fator de potência calculado normalmente.

10-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Imediatamente após a amostra ser testada, sua temperatura deve ser medida
com a amostra ainda na célula. Em seguida, o fator de potência deve ser
corrigido para 20 °C, utilizando as instruções e a tabela de multiplicadores
em "Variação do fator de potência com a temperatura" na página 1-15.
Ao transportar a célula, embale-a com cuidado para evitar danos. O estojo plástico
de transporte no qual a célula é enviada deve ser utilizado para esse fim.
Cabo de teste de
alta tensão (terminal de saída)
Eletrodo do
cabo com garra
De alta tensão

Conexão do Eletrodo de
cabo com garra alta tensão
de proteção da célula interna
Anel GUARD
Anel GUARD da
do cabo de alta tensão
tampa da célula interna
Eletrodo para o Eletrodo da
anel GUARD célula externa

March 17, 2006


Metade inferior do
Cabo de baixa
estojo de transporte
tensão

Figura 10.2 Célula de líquido isolante (conectada para teste)

Análise dos resultados - Óleo


Óleo novo bom possui um fator de potência de 0,05% ou menos a 20 °C.
Fatores de potência mais altos indicam deterioração e/ou contaminação por
umidade, carbono ou outros materiais condutores ou por verniz, gliptal,
sabões de sódio, compostos de asfalto ou produtos de deterioração. Carbono
ou asfalto no óleo pode provocar descoloração. Carbono no óleo não aumenta
necessariamente o fator de potência do óleo, a menos que também haja
umidade presente. Sugerimos que as seguintes diretrizes para classificar
o óleo de acordo com os testes do fator de potência:
• Óleo usado com fator de potência inferior a 0,3% a 20 °C normalmente
é considerado satisfatório para o operação contínua.
• Óleo com fator de potência superior a 0,5% a 20 °C deve ser considerado
como em condição duvidosa e, no mínimo, algum tipo de investigação
(testes de ruptura dielétrica) deve ser feita.
• Óleo com fator de potência superior a 1,0% a 20 °C deve ser
investigado e recondicionado ou substituído.

72A-2244-03 Rev. A 10-3


Podemos acrescentar que um óleo bom, novo, tem um fator de potência de
aproximadamente 0,05% ou menos a 20 °C, e que o fator de potência pode
aumentar gradualmente em operação para um valor de até 0,5% a 20 °C,
sem que isso indique, na maioria dos casos, uma deterioração suficiente
para justificar uma investigação. Quando o fator de potência excede 0,5%,
é indicada uma investigação. A questão de qual decisão tomar em relação
ao descarte do óleo depende do que está provocando o alto fator de potência.
Testes de ruptura dielétrica ou de conteúdo de água devem ser realizados
para determinar a presença de umidade. A necessidade de testes adicionais
depende, em grande parte, da magnitude do fator de potência, da importância
do equipamento em que o óleo foi usado, de sua classificação e da quantidade
de óleo envolvida.

Análise dos resultados - Ascarel


O ascarel tem fator de potência de 0,05% ou inferior a 20 °C. Fatores de
potência mais altos indicam contaminação por umidade, carbono ou outro
material condutor ou por compostos de asfalto, verniz, gliptal, materiais
de gaxeta e/ou outros materiais estranhos, ou produtos de deterioração.
Sugerimos as seguintes diretrizes para classificar o ascarel de acordo
March 17, 2006

com os testes do fator de potência:


• Ascarel com um fator de potência inferior a 0,5% a 20 °C normalmente
é considerado satisfatório para operação.
• Ascarel com um fator de potência superior a 0,5% a 20 °C deve
ser considerado em condição duvidosa e, no mínimo, algum tipo
de investigação (testes de ruptura dielétrica) deve ser realizado.
• Ascarel com um fator de potência superior a 2,0% a 20 °C deve
ser investigado para determinar a causa do alto fator de potência.
Se o alto fator de potência for provocado por água ou outro material
condutor, cloretos livres ou um alto número de neutralização, o ascarel
provavelmente é um risco para a operação. Se o alto fator de potência
não for devido a essas causas, provavelmente ele não oferece risco para
a operação, exceto que quando o fator de potência está muito alto, ele
pode provocar aquecimento excessivo do dispositivo em que está sendo
usado. Deve-se também tomar cuidado para que o alto fator de potência
não seja devido a material dissolvido de gaxetas ou isolamento necessário
para a operação segura do dispositivo preenchido a ascarel. O alto fator
de potência provocado por contaminação do ascarel pode mascarar
outros defeitos em dispositivos preenchidos a ascarel.
NOTA O ascarel é considerado nocivo ao meio ambiente e deve ser descartado
de acordo com as regulamentações governamentais.

10-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Outros líquidos isolantes


Os procedimentos de teste e os comentários anteriores, especialmente os
relacionados ao óleo, podem ser aplicados a outros fluidos de silicone e
hidrocarboneto usados em equipamentos elétricos e que tenha fatores de
potência comparáveis ou inferiores aos do óleo quando novo.
Para obter informações adicionais, consulte o Manual de referência sobre
líquidos e gases isolantes da Doble.

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72A-2244-03 Rev. A 10-5


March 17, 2006

10-6 72A-2244-03 Rev. A


11. Isoladores

Isoladores de suspensão
Os isoladores de suspensão de porcelana que fazem parte de uma seqüência
podem ser testados pelo método de perda dielétrica. A seção da linha conectada
aos isoladores deve ser retirada de operação e aterrada.
O procedimento consiste em aterrar a ferragem acima de um isolador e abaixo
de outro, com o potencial de teste de 10 kV aplicado à ferragem entre eles,
testando assim dois isoladores em paralelo.

March 17, 2006


Figura 11.1 Teste de um isolador de suspensão

Após testar algumas unidades semelhantes nas mesmas condições, os


valores médios normais de corrente e de perda de watts (potência) podem
ser determinados. Isoladores com correntes e perdas consideravelmente
acima da média devem ser retirados de operação.
A experiência mostra que um par de bons isoladores típicos, testado da
forma mostrada acima, tem corrente e perda de 250 a 300 microamperes
e 0,05 a 0,10 watt, respectivamente, a 10 kV.

72A-2244-03 Rev. A 11-1


Isoladores de barramento
Isoladores de porcelana de peça única (Figura 11.2) que façam parte de uma
estrutura de barramentos podem ser testados individualmente pelo método
de perda dielétrica.
O procedimento consiste em aterrar o barramento e a base do isolador e
aplicar um potencial de teste de 10 kV ao centro da porcelana. Esse teste
mede as perdas nas metades superior e inferior da porcelana em paralelo
com o aterramento. O contato com a porcelana deve ser feito por um colar
quente bem justo.
March 17, 2006

Figura 11.2 Procedimento de teste em isolador de barramento de


peça única do tipo coluna

Após testar algumas unidades semelhantes nas mesmas condições, os valores


médios normais de corrente e watts (potência) podem ser determinados.
Isoladores com perdas consideravelmente acima da média devem ser removidos
da estrutura de barramento, para testes adicionais, e examinados para verificar
se há rachaduras e a possibilidade de contaminação interna.

11-2 72A-2244-03 Rev. A


12. Barramento

Procedimentos de teste
Barramento de fase isolada

Nº do Energização Cabo Chave Terra Medição


teste de BT de BT (Ground)
1 A — Terra — CA
(Ground)
2 B — Terra — CB
(Ground)
3 C — Terra — CC
(Ground)

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Barramento não segregado e de manobra abrigadas em media tensão

Nº do Energização Cabo Chave de Terra Medição


teste de BT BT (Ground)
1 A B Terra C CA+CAB+CAC
(Ground)
2 A B UST C CAB
3 B C Terra A CB+CBA+CBC
(Ground)
4 B C UST A CBC
5 C A Terra B CC+CCA+CCB
(Ground)
6 C A UST B CCA

NOTA 1. O cabo de aterramento de teste do conjunto de teste deve ser conectado


ao terminal de aterramento do gabinete do barramento.

72A-2244-03 Rev. A 12-1


Barramento não segregado e de manobra abrigadas em media tensão

2. Se permitido pela tensão nominal do barramento, os testes aterrados


devem ser realizados a 2 kV e na tensão fase em relação à terra (isto é,
2 e 8 kV para barramento de 13,8 kV) para determinar se os resultados
do teste são sensíveis à tensão (incremento (Tip-up) do fator de potência).
Os testes de equipamento não aterrado (UST) normalmente são
executados na tensão fase re relação à terra.
3. Barramentos com isolamento de porcelana normalmente possuem
fatores de potência de 0,5% ou menos. Barramentos isolados com outros
materiais podem ter fatores de potência que chegam a 4%. Barramentos
curtos devem ser avaliados pela corrente e perdas medidas. Uma seção
com perdas questionáveis deve ser comparada com uma seção que se
saiba estar em boas condições.
4. Altos fatores de potência medidos para barramentos isolados de porcelana
devem ser investigados executando um teste de colar quente em cada isolador
e pelo procedimento mostrado na Figura 11.2 na página 11-2.
March 17, 2006

12-2 72A-2244-03 Rev. A


13. Madeira e outros componentes isolantes

Geral
As qualidades isolantes da madeira ou de outros componentes isolantes podem
ser julgadas pela perda dielétrica (ou resistência CA) medida entre bandas
condutoras localizadas a alguma distância ao longo do componente. Qualquer
um dos colares condutores fornecidos com os conjuntos de teste da Doble pode
ser utilizado nesta aplicação. Se nenhum tiver o tamanho adequado para um
determinado componente isolante, ou no caso de componentes retangulares,
podem ser utilizadas bandas de metal laminado. Se for usado o metal laminado,
pode ser necessário atar as bandas ao equipamento utilizando uma ou duas
espiras de fio fino para garantir que haja contato estreito entre o laminado e
o contorno da superfície do componente isolante.

Procedimentos de teste

March 17, 2006


Normalmente, duas seções de 7,62 cm de material isolante são testadas ao
mesmo tempo, enrolando o componente com três bandas condutoras distantes
cerca de 7,62 cm uma da outra. Consulte a Figura 13.1. Essas bandas devem ter
aproximadamente 2,5 cm de largura. As duas bandas externas são conectadas ao
UST e a banda intermediária é energizada a 10 kV. Se for obtida uma perda alta
para as duas seções em paralelo, cada seção pode ser testada separadamente
conectando a banda externa da outra seção ao circuito GUARD aterrado. A
seção do componente entre o eletrodo energizado e o eletrodo GUARD aterrado
não fica, então, no circuito de medição e as perdas nessa seção não são medidas.
Também são possíveis métodos de teste alternativos utilizando o circuito GST.

Figura 13.1 Técnica de teste de três eletrodos

72A-2244-03 Rev. A 13-1


O método de três eletrodos descrito permite testes em uma seção relativamente
curta de um componente isolante. Dependendo do comprimento do componente,
pode ser aconselhável executar testes em diversos pontos. Um sistema de
eletrodos que reduz o tempo necessário para testes em bastões de ligação e
ferramentas para linha viva e permite testes ao longo de todo o comprimento é
descrito nasAtas da conferência de clientes da Doble, de 1947, Seção 3-201,
bem como em outros artigos mais recentes.

Análise dos resultados


As barras de elevação do disjuntor e os componentes de guia são considerados
adequados para operação quando a perda para uma seção de 7,62 cm é inferior
a 0,20 watt a 10 kV. Membros revestidos com plástico são considerados
adequados para operação quando a perda para uma seção de 7,62 cm é inferior
a 0,15 watt a 10 kV. A perda para uma seção de 7,62 cm de qualquer um dos
materiais em condições excelentes normalmente é inferior a 0,02 watt a 10 kV.
Para que os resultados dos testes sejam independentes da tensão de teste,
pode-se utilizar como critério a resistência CA no lugar da perda dielétrica.
A fórmula para resistência CA é:
March 17, 2006

2
R= E
W

onde E é a tensão de teste em volts e W é a perda de watts (potência) medida.


Para calcular a resistência CA em megaohms utilizando perda de watts de 10
kV ou equivalente a 10 kV registrada com o conjunto tipo M2H, a fórmula é:

R (megohms) = 100
Watts

13-2 72A-2244-03 Rev. A


14. Dispositivo de potencial de
acoplamento resistivo

Geral
Alguns dispositivos de potencial de acoplamento utilizam um elemento resistivo
no lugar de um capacitor para se acoplar a uma linha de alta tensão. O resistor de
alta tensão de um dispositivo como esse é imerso em óleo isolante e vedado em
uma carcaça de porcelana para ambientes externos. Os valores dos resistores
das diversas unidades são determinados de forma a fornecer a mesma corrente
nominal na tensão nominal de cada unidade.
Como as unidades são resistivas, seus fatores de potência se aproximam de
100%. Portanto, sua condição tem como base uma comparação das correntes
e perdas e não do fator de potência. Se desejado, a resistência da unidade
pode ser calculada e comparada com o valor da placa de identificação ou

March 17, 2006


com as informações fornecidas pelo fabricante. O cálculo da resistência CA
é discutido em "Madeira e outros componentes isolantes" na página 13-1.

72A-2244-03 Rev. A 14-1


Procedimentos de teste
O procedimento para teste do elemento resistivo de um dispositivo de
potencial do tipo resistência é mostrado na Figura 14.1.
March 17, 2006

Figura 14.1 Procedimentos de teste para dispositivo de potencial


do tipo resistência

1. Desenergize a linha de potência.


2. Sem desconectar a linha de potência, aterre B1.
3. Feche a chave de aterramento S na lateral da carcaça do dispositivo.
4. Desconecte B2 dentro da carcaça do dispositivo.
5. Faça o teste da seguinte forma:

kV de Modo Energização GUARD Medição


teste de teste
2,5 GST B2 B1 R

14-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Em algumas situações, pode ser mais conveniente desconectar o terminal da


linha (depois de aterrar). Nesses casos, pode-se fazer um teste da seguinte
forma:

kV de Modo Energização GUARD Medição


teste de teste
10 GST B1 B2 R

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72A-2244-03 Rev. A 14-3


March 17, 2006

14-4 72A-2244-03 Rev. A


15. Perguntas freqüentes

Suporte técnico
É possível entrar em contato com o Engenheiro da Doble pelo telefone
617-393-2900 (EUA), por e-mail ou FAX 617-926-0528 (EUA). Se ele não
conseguir resolver o problema, outro funcionário do suporte técnico estará
disponível para ajudá-lo. A Doble também mantém uma lista de discussão
por e-mail para questões relacionadas ao DTA. Entre em contato com o
engenheiro da Doble se desejar assinar a lista de discussão por e-mail
(requer que o usuário tenha recursos de e-mail na Internet).

Software DTA opcional


1. Instalei o software no meu laptop, mas não consigo executar um teste.
• A porta de comunicação incorreta pode ter sido escolhida. Selecione
Configuração no menu Ferramentas, vá para a guia Instrumento e

March 17, 2006


selecione a porta COM correta para seu computador (normalmente
Com 1).
• Outro programa está utilizando sua porta COM. Desative todos os
outros programas que possam utilizar a porta COM na inicialização.
2. O que é um arquivo XML?
• É a nova estrutura de arquivos que substitui o antigo CDS (Conjunto
de dados compactados). Toda vez que o DTA abre um arquivo com a
estrutura de arquivos antiga, ele o salva na nova estrutura de arquivos
XML. Os novos arquivos permitem ao usuário dar nomes a eles, de
forma que sejam identificados com facilidade quando exibidos com
o Windows Explorer.
3. Como desaprovar temporariamente um conjunto de dados?
• Esta função não está mais disponível. Todos os conjuntos de dados
agora estão "desbloqueados" e acessíveis.

72A-2244-03 Rev. A 15-1


4. Como faço o backup de meus arquivos de dados do DTA (XML)?
• O backup de arquivos XML deve ser feito periodicamente para evitar
perda de dados de teste. Ele deve ser feito utilizando o DTA Office
System. O DTA Office System é um programa de banco de dados
relacional utilizado para criar um banco de dados de todos os arquivos
XML. O backup desse banco de dados pode ser feito facilmente
e é o repositório central a partir do qual todos os CDS devem ser
gerenciados.
5. O equipamento que estou testando não está relacionado nas listas de
opções do DTA. O que devo fazer?
• Se estiver utilizando o sistema DTA apenas para avaliar a condição do
equipamento, então não é necessário inserir a variação completa do
tipo no campo Tipo. O DTA avalia a condição do equipamento com
base apenas em tipos genéricos. Informações adicionais sobre tipos
são supérfluas aos olhos do DTA. Por exemplo, os tipos de disjuntor
GE FK-115, FK-115-10000, FK-1 15-10000-l e FK-115-10000-2 são
todos iguais aos olhos do DTA, portanto, o usuário pode simplesmente
inserir FK-115 como o tipo do disjuntor.
March 17, 2006

• Contudo, se estiver utilizando o DTA como um sistema de controle de


inventário, recomendamos inserir a designação completa de tipo. Se a
designação completa de tipo não estiver na lista de opções, selecione
Outro como o tipo e digite as informações necessárias no bloco de
notas. Notifique o Engenheiro da Doble que você tem informações
adicionais que precisam ser incluídas nos arquivos de limite do DTA.
Quando os novos arquivos de limite forem criados, você receberá
outro disquete com os arquivos de limite atualizados.
6. Eu costumava enviar à Doble cópias em papel dos dados de teste para
revisão e armazenamento. Como envio à Doble cópias de dados de
testes eletrônicos?
• Os disquetes devem ser enviados por correio postal, para o engenheiro
da Doble. Também é possível compactar e anexar os dados a uma
mensagem de e-mail e enviá-la à Doble. Entre em contato com o
engenheiro da Doble para obter instruções sobre como fazer isso.
7. A Doble tem um site a partir do qual é possível fazer o download de arquivos?
• Sim, nosso site é http://www.doble.com.

15-2 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Procedimentos de teste
1. Como devo configurar o conjunto de teste com um ressonador?
• Consulte o Capítulo 2 – "Utilização de um ressonador" na página 2-1.
2. Como executo um teste no modo manual?
• No menu Ferramentas, selecione Configuração. A seguir, clique na
guia Sistema e selecione "Tensão manual" como o Modo Rampa e
clique no botão OK.
NOTA Lembre-se de retornar o ajuste para automático ao concluir.
3. Posso utilizar o M4000 para fazer um teste de relação de espiras?
• Sim, consulte "Testes de relação de espiras com o Capacitor Doble"
na página 5-66.
4. Como salvo a mesma tela do formulário modelo várias vezes
(conforme adiciono mais linhas de dados de teste)?
• Clique no ícone de disquete para salvar um teste (ou em Arquivo/
Salvar como...). O sistema solicitará a seleção de um diretório e um
nome de arquivo para a tela do formulário modelo. Utilize o diretório

March 17, 2006


padrão (por exemplo, C:\Doble\Dta\Data) e escolha um nome de
arquivo alfanumérico com até oito letras. Clique no botão OK.
Todas os salvamentos subseqüentes da mesma tela resultarão na
mensagem, "Este arquivo já existe. Deseja substituí-lo?". Selecione
"Sim" para salvar. Está correto substituir o arquivo anterior, pois
cada "salvamento" subseqüente inclui os dados salvos anteriormente.
Caso selecione "Não", os dados salvos anteriormente permanecerão,
mas os novos dados não serão salvos. Em seguida, ao desligar o
conjunto de teste, os dados serão perdidos.
• Todas as telas cheias de dados precisam receber seu próprio nome,
portanto, quando você preenche uma tela de formulário modelo
e precisa iniciar uma nova, essa nova tela PRECISA RECEBER
UM NOVO NOME.
5. Como posso desativar o alarme sonoro? O que acontece se eu não desejar
utilizar a luz estroboscópica?
• No menu Exibir, selecione Configuração e, em seguida, a guia
"Instrumento". Em Ajustes de segurança, é possível desativar o alarme
sonoro ou escolher fazer com que o estroboscópio não seja necessário
para um teste.

72A-2244-03 Rev. A 15-3


6. Desejo utilizar um inversor como fonte de alimentação. O que a
Doble sugere?
• Para operar o M4200c, basta um inversor de 2.400 watts. Utilize
um inversor projetado para uso com equipamentos eletrônicos,
que possa atender às necessidades de comutação do M4100. Se o
inversor for montado em um veículo, verifique se este está aterrado
adequadamente e se o aterramento do inversor/veículo é idêntico
ao do M4000/equipamento. Tome todos os cuidados relativos ao
escapamento do veículo, caso ele esteja em movimento.
7. Não consigo testar utilizando uma tensão superior a 7 kV.
• Verifique se a tensão de entrada está acima de 105 volts (em um
sistema 120/208Y). Abaixo desse valor, você pode não conseguir
testar em tensão plena. Talvez o equipamento puxe mais corrente
do que o conjunto de teste consegue fornecer a uma tensão
superior a sete.
8. Os resultados de meus testes contêm valores negativos de watts (potência),
resultando em um fator de potência percentual negativo.
• Verifique se este resultado não se deve meramente ao efeito de watts
March 17, 2006

negativos, descrito nas Atas da Doble de 1987, pág. 2-501. Isso pode
afetar as medidas C1 das buchas, medidas de CHL do transformador
e medidas das espiras finais de máquinas rotativas, por exemplo.
Watts negativos também podem ser obtidos ao medir equipamentos
de capacitância muito baixa com contaminação de superfície.
Limpe as superfícies envolvidas e execute o teste novamente.
• Execute um teste de verificação de calibração, no menu Diagnósticos.
Se os resultados demonstrarem uma falha na perda de watts em GST,
siga o procedimento em "Interpretação dos resultados de testes de
diagnóstico", no Capítulo Sete.

15-4 72A-2244-03 Rev. A


Procedimentos de teste da Doble

Geral
1. Instalei o software do M4000 no meu computador e agora, sempre que
ligo o PC, o software do M4000 inicializa automaticamente.
• Ao instalar o software, foi carregado um ícone de atalho na pasta de
inicialização do Windows. Se estiver executando o Windows 95 ou
posterior, clique com o botão direito do mouse no botão Iniciar, abra
a pasta Programas, abra a basta Inicializar e exclua o ícone do M4000.
2. Tenho um problema com o meu M4000 e preciso trocá-lo. Não consigo
obter os dados de teste do disco rígido da unidade. A Doble poderá
salvá-los para mim?
• Rotineiramente e sempre que possível, a Doble salva os dados de
discos rígidos de entrada do M4200c, com o comando Backup do
MS-DOS. Se notificada, a Doble enviará esses dados a você e eles
podem ser restaurados utilizando o comando Restaurar do MS-DOS.
3. O dispositivo apontador (mouse) do M4200c não tem os botões direito
e esquerdo. Como ajusto a largura das colunas?
• Primeiramente, mova o mouse para perto do cabeçalho da coluna

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ou da linha divisória que deseja mover.
• Quando o cursor se tornar uma seta dupla, bata duas vezes de leve no
mouse pad do dispositivo apontador, mas mantenha o dedo no mouse
pad após a segunda batida, congelando a seta dupla.
• Leve a seta dupla para a nova posição e, quando chegar a ela, levante
o dedo do mouse pad. Em seguida, afaste o mouse da linha divisória
para parar de arrastar.
4. O dispositivo apontador (mouse) do M4200c não tem os botões direito
e esquerdo. Como faço para selecionar um campo inteiro para substituir
o conteúdo?
• Coloque o cursor no campo que deseja selecionar e bata de leve duas
vezes no mouse pad.
5. O dispositivo apontador (mouse) do M4200c não tem botões direito e
esquerdo. Como exibo um menu normalmente ativado pelo botão direito?
• Posicione o cursor no campo desejado e bata de leve no triângulo de
cor diferente no canto superior direito do mouse pad do dispositivo
apontador.

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15-6 72A-2244-03 Rev. A


16. Caminhões-cesto

A lança isolante de caminhões-cesto pode ser testada fabricando eletrodos


conforme descrito em "Madeira e outros componentes isolantes" na página 13-1.
Eletrodos com áreas de superfície relativamente grandes devem ser utilizados
para acelerar os testes de lanças relativamente compridas. Ainda não foram
estabelecidos limites de teste definitivos para caminhões-cesto, mas os resultados
podem ser comparados com equipamentos semelhantes e resultados de testes
anteriores. Os testes devem ser realizados em ambientes internos, ou externos
com condições atmosféricas favoráveis, tomando precauções para minimizar
o escoamento superficial.
Testes globais também podem ser executados entre várias seções. Por exemplo,
energizando os controles da caçamba a 10 kV e medindo a corrente e a perda de
watts (potência) para o chassi aterrado do caminhão.
O fator de potência e a resistência da ruptura dielétrica podem ser verificados
no fluido hidráulico. Não é incomum obter fatores de potência relativamente

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altos para fluidos hidráulicos, principalmente devido aos efeitos de aditivos.

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Procedimentos de teste da Doble

A S
Adaptadores de derivação de buchas 3-2 Superficial
Adaptadores, derivação de buchas 3-2 Escoamento 1-26
Ascarel 10-4 Superfície
B Limpeza 1-28
Barramento e isoladores, conectados 1-32 Suporte técnico 15-1
C T
Capacitor Doble 5-66 Teste
CH 5-7 Cabos e terminações 9-1
CHL 5-7 Caminhões-cesto 16-1
CL 5-7 Capacitores de correção de fator
Colares GUARD 1-29 de potência 7-13
Conexões, teste de relação de espiras 5-68 com ressonador 2-1
Correção de temperatura 1-15 Combinações TP/TC monofásicas 5-39
D Corrente de excitação 5-49
Desativação da luz estroboscópica 15-3 Disjuntor de tanque vivo 4-25
Desativação do alarme sonoro 15-3 Disjuntores a ar de BT 4-35
Desativar Disjuntores a sopro magnético 4-33
Alarme sonoro 15-3 Disjuntores de tanque morto SF6 4-20

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Estroboscópio 15-3 Disjuntores e religadores a vácuo 4-40
E Disjuntores tipo castiçal 4-29
Equipamento 1-2 Dispositivo de potencial de
F acoplamento resistivo 14-1
Fator de Potência 1-4 Equipamento 1-2
G Isoladores de barramento 11-2
Gancho de alta tensão 1-9 Líquidos isolantes 10-1
I Madeira e outros 13-1
Índice de perda no tanque 4-8 Máquinas rotativas 8-1
Inversores 15-4 Modos 1-4
Isoladores de suspensão 11-1 Pára-raios 6-1
Isolamento 5-7 Reatância de fuga 5-80
Isolamento do transformador 5-7 Reatores de derivação 5-19
M Reguladores de tensão 5-46
Madeira e outros testes 13-1 Relação de espiras 5-66
Modo de teste UST 1-7 Religadores 4-37
Modos de teste GST 1-5 RIV 2-4
P Tensões 1-11
Perguntas freqüentes TPs capacitivos 7-1
Procedimentos de teste 15-3 Transformadores de corrente 5-36
Software DTA 15-1 Transformadores de potencial 5-22
Testes com ressonador 15-3 Transformadores e reguladores 5-1
Potência (watts) negativa 15-4

72A-2244-03 Rev. A 1
Índice

Teste da RIV 2-4


Teste de C1 3-8
Teste de C2 3-17
Teste de equivalência trifásico 5-82
Teste de reatância de fuga 5-80
Teste de relação de espiras 5-66
Teste de resistência do isolamento 8-4
Teste do dispositivo de potencial de
acoplamento resistivo 14-1
Teste global de buchas 3-7
Teste GUARD frio 3-16
Teste monofásico (por fase) 5-82
Testes com ressonador 2-1
Testes de cabos e terminações 9-1
Testes de caminhões-cesto 16-1
Testes de capacitores de correção de fator
de potência 7-13
Testes de colar quente 3-19
Testes de combinações TP/TC monofásicas 5-39
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Testes de corrente de excitação 5-49


Testes de disjuntores a ar de BT 4-35
Testes de disjuntores a sopro magnético 4-33
Testes de disjuntores de tanque morto SF6 4-20
Testes de disjuntores de tanque vivo 4-25
Testes de disjuntores e religadores a vácuo 4-40
Testes de disjuntores tipo castiçal 4-29
Testes de isoladores de barramento 11-2
Testes de líquidos isolantes 10-1
Testes de máquinas rotativas 8-1
Testes de pára-raios 6-1
Testes de reatores 5-19
Testes de reatores de derivação 5-19
Testes de reguladores de tensão 5-46
Testes de religadores 4-37
Testes de TPs capacitivos 7-1
Testes de transformadores de corrente 5-36
Testes de transformadores de potencial 5-22
Testes de transformadores e reguladores 5-1
TLI 4-8

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