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CRATO – CE
2018
CICERO PHILIPE MENEZES GOMES DE ANDRADE
CRATO – CE
2018
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http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=29955. Acesso em 13 Set. 2018
2
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2166092. Acesso em 13 Set. 2018
3
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=944325. Acesso em 13 Set. 2018
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Projeto de Lei 48/20153: Trata-se da proposta pelo deputado Reginaldo Lopes, do PT-
MG. O PL é simples e direto: extinguir e proibir a circulação de cédulas de dinheiro,
que poderiam ser mantidas apenas para registro histórico. Para compensar, bancos e
empresas de crédito não poderiam cobrar um percentual nas operações de débito.
4
Coelho, Fábio Ulhoa, Curso de Direito Comercial – Direito de Empresa, 1.º vol., 10ª ed., Editora Saraiva, São
Paulo, 2006, pág. 466, apud Ripert, Georges & Roblot, René, Traité de droit commercial, 2.º vol., 14ª ed.,
LGDJ, Paris, 1991, págs. 136-137.
5
Boiteux. Fernando Neto, Títulos de Crédito em conformidade com o Novo Código Civil, São Paulo. Dialética,
2002, pág. 47.
4
hoje não mais pode nem deve ser tratado como fundamental à produção de riquezas.”
(parágrafo 2º da pag. 2)
“Conforme verificado, a desmaterialização dos títulos de crédito no Brasil foi inserida
aos poucos no cenário comercial, e o estudo visou verificar se essa prática deve realmente se
manter no ápice da utilização no mercado mundial, (e espera-se que em um futuro próximo
alcance o ápice).” (paragráfo 1º da pag. 21)
“Sendo assim, espera-se que normas e discussões possam ser proferidas quanto ao
tema para que, de fato, possibilite o seu desenvolvimento de acordo com as atitudes
tomadas pela sociedade, visando especialmente à maior circulação de riquezas, à
modernização da matéria, à preservação do meio ambiente.” (paragráfo 6º da pag. 21)
Nota- se que os autores nas suas considerações finais, positiva suas ideias utilizando-
se de quatro pilares, como demostrado no recorte supracitado, alegando “desenvolvimento”
de acordo com:
(1) As atitudes tomadas pela sociedade;
(2) À maior circulação de riquezas;
(3) À modernização da matéria;
(4) À preservação do meio ambiente.
Estamos evoluindo nosso lado humano e tendo orgulho dessa evolução tanto
quanto da tecnologia?
Life deu uma palestra em São Paulo6 sobre o tema Tecnologia e Humanidade e lembrou que
perdemos o poder da lentidão por exemplo, de cultivar o pensamento lento, perdemos também
a alegria da imperfeição, afinal estamos longe de sermos perfeitos seja no que for.
No que diz respeito aos títulos de crédito virtual e a moeda escritural; os bancos, as
tecnologias e outros operadores preparam-se para o previsível e profético fim do dinheiro
impresso. A digitalização dos pagamentos já é presente em alguns países como a Suécia,
Dinamarca e Bélgica.
Em meio a isso, considero que a substituição total e obrigatória de um meio por outro
também gera aprisionamento e exclusão, de modo que impossibilita a compra e venda àqueles
que não aderirem a esse sistema de moeda escritural obrigatória, pois a moeda escritural que
se tem hoje é um tipo de dinheiro não físico usado como meio de pagamento, ou seja, o saldo
em conta-corrente. Ela é movimentada principalmente por depósitos e transferências
eletrônicas entre contas bancárias. Outros meios de movimentação são os cheques e os cartões
de crédito e débito.
Diferente do papel-moeda, que tem curso forçado, a moeda escritural se caracteriza
como uma moeda fiduciária, portanto não é obrigatório a sua aceitação como forma de
pagamento.
E concluo meu pensamento utilizando-se da entrevista feita ao filófoso francês Jean-
Michel Besnier encontrado no site da revista O GLOBO7. Para esse professor de Filosofia da
Sorbonne, que se define como um humanista, as pessoas deveriam se questionar sobre o tema
para tentar pôr limites. Com o rápido avanço da tecnologia, os seres humanos perdem, pouco
a pouco, uma parte de sua liberdade, sem sequer se preocuparem com isso, lamenta o filósofo.
JMB: Sim. Não digo que vamos criar um Frankenstein, mas acho que estamos em
um mundo, no qual os engenheiros não sabem exatamente o que fazem. Fabricam criaturas
que surpreendem a eles mesmos.
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https://exame.abril.com.br/blog/o-que-te-motiva/tecnologia-e-humanidade/. Acesso em 13 Set. 2018
7
https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/tecnologia-deixa-homem-cada-vez-menos-livre-diz-filosofo-
frances-19238566. Acesso em 13 Set. 2018
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JMB: Uma parte da humanidade considera que é melhor despojar os humanos, já que
são os responsáveis pelas desordens ecológicas e por monstruosidades como o Holocausto.
Para eles, a tecnologia é sinônimo de esperança, já que a consideram como mais confiável e
controlável. Os transhumanistas, que esperam um dia eliminar o sofrimento e até a morte,
fazem parte dessa categoria. Mas há uma segunda categoria, à qual pertenço, que considera
que somos seres mortais e que decidimos nosso destino. A nós, os humanistas, preocupa-nos
muito o desenvolvimento desse mundo desumanizante, que não concede qualquer importância
à dignidade humana, ou à liberdade.
JMB: Devemos recuperar nossa autoestima, a estima dos humanos para, assim, poder
decidir o que é desejável ou não fazer, o que aprovamos e o que proibimos. Sonho com que as
pessoas sejam suficientemente inteligentes para se dar conta do que está acontecendo para,
assim,imporregras.