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FEAL
2017
Orientação para Dirigentes de Reuniões Doutrinárias e Precistas - 1
A INSTITUIÇÃO
DIRETORIA
DEPARTAMENTOS
DIVULGAÇÃO
MED IUN IDAD E DOUTRINÁRIA
CONSELHO FISCAL
Orientação para Dirigentes de Reuniões Doutrinárias e Precistas - 2
O TRABALHADOR
Pessoa de boa vontade, que deseja colaborar nas atividades da Casa Espírita, que possui
algum tempo de experiência na casa e que foi indicado para tal tarefa.
OS RECURS OS
A VOZ – O tom de voz é muito importante no trabalho de direção ou de prece, visto que, poderá
reter a atenção ou dispersar. Saber usá-la também é de grande valia.
A LINGUAGEM FALADA – Deve ser correta, simples, clara e concisa, para se fazer entender por
todos. O ideal é falar sempre na primeira pessoa do plural – NÓS.
A LINGUAGEM CORPORAL – Esforçar-se em:
• Controlar cacoetes;
• Não fechar os olhos enquanto o expositor estiver apresentando o tema;
• Não fixar olhar em determinada pessoa ou grupo da audiência para evitar constrangimento;
• Evitar segurar nervosamente as bordas da mesa ou caneta;
• Evitar conversas paralelas ou sinalizações dispensáveis, durante a exposição.
• Consultar a escala para certificar-se do tema ou livro da noite, do expositor (se da casa ou
convidado, se já se encontra no ambiente) se é uma data especial (como por exemplo,
aniversário de Kardec);
• Arrumar a mesa ou púlpito, retirando alguma poeira, colocando os livros em ordem;
• Limpar o quadro branco para o expositor poder usá-lo com tranqüilidade;
• Colocar o som em condições de operação, tanto para a música ambiente, como para
microfone. Se não souber manusear, procurar alguém que saiba;
3 - Orientação para Dirigentes de Reuniões Doutrinárias e Precistas
10. No encerramento da exposição, agradeça ao expositor, comente como foi útil o tema exposto
e se ele for de outra casa espírita, convide-o para outras vezes nos visitar e envie à casa onde
ele participa o abraço fraterno da Fraternidade Espírita Amigos da Luz – FEAL;
11. Convide o trabalhador selecionado para fazer a prece final;
12. Após a prece, dê os trabalhos por encerrados fazendo referência ao Criador, ao M estre e a
Espiritualidade M aior, demonstrando a humildade e a solidariedade do início dos trabalhos;
13. Aconselhe as pessoas a se manterem em silêncio, alimentando bons pensamentos, enquanto
aguardam a chamada para receberem o passe individual;
14. Não precisa convocar os passistas, esse é trabalho para o dirigente do passe e eles, os
passistas, conhecem a escala.
• Dar informes sobre o funcionamento do centro espírita e suas atividades, sobre ações do
M ovimento Espírita, as campanhas, as reformas, a implantação de trabalhos novos, a
mudança de horários, novos cursos, etc.
• Ler e comentar brevemente, uma pequena mensagem (recomenda-se a coleção FONTE
VIVA 1, da FEB), cujo teor seja diferente do tema da palestra principal.
Recomenda-se que o dirigente evite no exórdio...
• Leitura longa que adentre pelo tempo da palestra.;
• M ini-palestras após a leitura inicial; não se deve aproveitar o tempo do comentário da
mensagem para proferir uma pequena palestra. Isso atrapalha muito o orador, quando
não acontece de antecipar o assunto de sua palestra.;
• Convidar o público à prece inicial;
• Pedir dinheiro ao público ou anunciar rifa ou bingo;
• Chamar a atenção de alguém que dorme na platéia;
• Dar informes longos ou muitos informes. Para isso deve haver um mural na instituição.
• “Bater papo” ou gracejar com pessoas na tribuna antes da reunião. A palestra é um
momento solene e o dirigente é responsável pela harmonização do ambiente;
• M andar o público ficar de pé e/ou fechar os olhos para a prece. Há quem goste, queira
ou saiba fazer preces de olhos abertos;
• Solicitar que, durante a prece, a platéia não faça preces pessoais ou por seus entes. Cada
um é livre para orar por quem bem quiser.
ORIENTAÇÕES AO PORTADOR DA PRECE
Sabemos que todos nós estamos aptos a fazer uma prece desde que tenhamos crença em
Deus. Porém, na casa espírita, aquele que vai fazer a prece deve utilizar termos espíritas e ter noção
do momento em que se encontra para torná-la inteligível a todos os presentes e situá-los na
finalidade do trabalho que ali vai ocorrer ou ocorreu e promover melhor sintonia e unicidade de
pensamentos.
O QUE É A PRECE?
A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em
comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou
uma glorificação. A ação da prece dá-se através do pensamento, que é transmitido através do fluido
universal, onde estão mergulhados todos os seres da criação. Como o som é conduzido pelo ar
(ESSE cap. XXVII, item 09 e 10).
A intensidade da força desse pensamento/prece vai depender da vontade de quem ora. Daí,
podemos afirmar que o poder da prece está no pensamento e não depende das palavras, nem do
lugar, nem do momento, nem da forma como é feita.
A prece de vibração, que é feita no final da reunião para auxiliar a espiritualidade no passe
coletivo, é uma prece em conjunto. Sua ação é mais poderosa, pois todos se associam de coração a
um mesmo pensamento e têm um mesmo objetivo. Por isso é necessário que a pessoa portadora
da prece de vibração tenha noção da responsabilidade que assume, pois todos vibrarão de
acorde com o seu pensamento e as suas palavras.
Os espíritos nunca determinaram que deveria haver uma fórmula padrão de prece, porém,
recomendam que a prece deva possuir certas qualidades:
• Ser inteligível;
• Possuir clareza, simplicidade, concisão e precisão;
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Integram esta coleção os livros Caminho, Verdade e Vida; Pão Nosso; Vinha de Luz; Fonte Viva e Ceifa de Luz, todos
eles da autoria espiritual de Emmanuel, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier
Orientação para Dirigentes de Reuniões Doutrinárias e Precistas - 6
CONTEÚDO DA PRECE
• Evocação;
• Explicação ou finalidade da reunião;
• Rogativa de permissão, proteção, amparo, iluminação, etc.;
• Agradecimento pela oportunidade, pelas bênçãos, pelo amparo, etc.;
• Quando de vibração para auxílio no passe a rogativa deve englobar o derramamento de
fluidos salutares para todos, encarnados e desencarnados; deve conter um espaço para os
familiares, os lares, os sofredores de modo geral e em especial aqueles que passam agora em
nossa tela mental (nossa lembrança), podendo incluir também os governantes de nossa
nação e, em alguns casos alguém que desencarnou naquele dia e cujo nome foi indicado para
nossas vibrações.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
1. Não confundir preguiça ou timidez com humildade, abraçando os encargos que lhe couberem
com desassombro e valor. “A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos”.
2. Apresentar-se sorridente e tranquilo. “O proveito de uma sessão é fruto da paz naqueles que a
integram”.
3. Ser atencioso, sereno e compreensivo no trato, aliando humildade e energia, tanto quanto
respeito e disciplina na consecução das próprias tarefas. “Somente a forja do bom exemplo
plasma a autoridade moral”.
7 - Orientação para Dirigentes de Reuniões Doutrinárias e Precistas
4. Dedicar a melhor atenção aos expositores, sem conversação, bocejo, tosse barulhenta ou olhos
fechados. “Os atos da criatura revelam-lhe os propósitos”.
5. Esclarecer com bondade quantos se apresentarem sob exaltação religiosa ou com excessivo
zelo pela Doutrina Espírita à feição de fronteiriços do fanatismo. “O conselho fraterno existe
como necessidade mútua”.
6. Apresentar-se modestamente, porém, esforçar-se para impressionar favoravelmente os
ouvintes. “Correção no trajar e higiene pessoal são fundamentais para aceitação da pessoa”.
7. Calar referências nominais: se elogiosas, dão margem à vaidade; se depreciativas, trazem
desânimo e promovem discórdia.
8. Silenciar alusões a auditórios maiores ou menores. O que importa é o trabalho no momento.
9. Evitar individualizações como “Sr. Presidente” e “Sr. Diretor”. No meio espírita, o título mais
honroso que se pode dar a alguém é o de “companheiro”.
10. Respeitar pessoas e instituições nos comentários e referências, nunca estabelecendo paralelos
ou confrontos suscetíveis de humilhar ou ferir. “Verbo sem disciplina gera males sem conta”.
11. Falar com naturalidade, governando as próprias emoções, sem azedume, nervosismo e
momices, fugindo de prelecionar mais que o tempo indicado no horário previsto. “A palavra
revela o equilíbrio”.
12. Sustentar a dignidade espírita diante das assembléias, abstendo-se de historielas impróprias ou
anedotas reprováveis.
13. Evitar gírias, vocabulários impróprios, de difícil entendimento ou pouco conhecidos, bem
como chavões de qualquer natureza. “O culto da caridade inclui a palavra em todas as suas
aplicações”.
14. Em tempo algum, empolgar-se por emoções desordenadas ante ocorrências que apaixonem a
opinião pública, como, por exemplo, delitos, catástrofes, epidemias, fenômenos geológicos e
outros quaisquer. “Acalmar-se é acalmar os outros”.
15. Guardar atitude ponderada, à face dos acontecimentos considerados escandalosos, justapondo
a influência do bem ao assédio do mal. “A palavra cruel aumenta a força do crime”.
16. Pronunciar bem e integralmente as palavras, não forçando letras desnecessárias (sss), evitando
“engolir” sílabas, principalmente no final da frase, ou trocar letras
17. Fugir de julgar-se superior somente por ocupar uma posição de destaque. “Não é a posição
que exalta o trabalhador, mas sim o comportamento moral com que se conduz dentro dela”.
18. Comparecer, pelo menos, a duas reuniões públicas por mês, mesmo não estando escalado para
os trabalhos.
BIBLIOGRAFIA
CELV - CENTRO ESPÍRITA LUZ E VERDADE: Manual dos Dirigentes de Reunião Pública,
Apresentadores de Livros e Auxiliares, 2012.
FEB - FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA: Orientação ao Centro Espírita.
FEP - FEDERAÇÃO ESPÍRITA PERNAM BUCANA: O Dirigente da Reunião Pública
Doutrinária.
KARDEC, ALLAN: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
SCHUTEL, CAIBAR: Preces Espíritas, 1936.
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