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Melville Jean Herskovits nasceu em Bellefontaine (Ohio) 1895-1963

Um dos antropólogos norte-americanos responsáveis pelo estabelecimento de estudos


africanos e afro-americanos na academia norte americana
Bacharel em Filosofia pela universidade de Chicago. Mestre em Antropologia pela
Columbia (NY) sob a orientação de Franz Boas
Ele estudou a forma como alguns aspectos da cultura africana e tradições eram
evidentes em afro-americanos nos anos 1900.
Depois da Segunda Guerra Mundial, Herskovits defendeu publicamente a
independência africana e também atacou os políticos americanos por visualizar
a África como um objeto de estratégia de Guerra Fria.

Pesquisa feita por ele e a mulher.

Texto:
(Documento reeditado afro-asia)
Cenário: inauguração da faculdade de Filosofia da Bahia. Exalta o ensino
superior/academia.
Tentativa de definição dos objetivos que orientam a organização das pesquisas
etnológicas:
1° relação entre instituições econômicas, sociais, políticas, religiosas e artísticas.
2°desenvolvimento histórico da cultura em estudo. Através do contato com outras
civilizações e das transformações internas.(dinâmica cultural)
3° psicologia das culturas, relação entre os individuos e as normas de comportamento

Quebra da definição usual do termo “Exótico”, são estranhos/exóticos a nós pois não
estamos habituados.
Relativismo cultural, sendo assim a etnologia trata de compreender as culturas, não
julgá-las.
A verificação de que as culturas humanas possuem a mesma composição estrutural e
funcional teve como consequência a abertura para a etnologia de poder ser aplicada em
qualquer sociedade, não mais somente as ditas “primitivas”.
Estudo da aculturação: o contato das culturas. Dentro desse estudo, o dos descendentes
de africano que vivem nas américa apresenta resultados expressivos. Obtenção de
informações PRECISAS sobre as origens africanas. Intensidades de contatos com
estrangeiros, mudanças na estrutura social/familiar/economica... Estudo dos contatos
com não-europeus, outras tribos vizinhas. Diversidade de etnias africanas, diversidade
enorme de povos trazidos para as américas.
Preocupaçao na análise com as formas de conduta que se retiveram apesar da mudança
geográfica e das imposições feitas pelos brancos. Como essas formas se recriam...
análise importante para compreensão da cultura em geral
Exalta a imporância da Bahia como estudo etnográfico pela concentração de
descendentes africanos. Enxerga TOLERANCIA com as diferentes formas culturais??
Africanos falaram suas linguas até o começo do século XX, preservação da tradição
artística.
Estabelecer comparações entre os africanos na Bahia e os demais locais visitados pelo
autor Guiana Holandesa, Haiti,Trinidad e EUA.

Parte 2:
Reconhece a relevância de diversos trabalhos importantes mas aponta que estes,com
exceção de Gilberto Freyre e Pierson, se dedicam somente as questões religiosas.
A preocupação com os estudos religiosos reflete uma situação real. O candomblé
perpassa por diversas esferas da cultura, as coisas religiosas tem grande vulto no
cotidiano. Característica remanescente da Africa, relação intensa com o sobrenatural. Os
individuos gostam mais de discutir teologia e literatura.

Coloca as perguntas: o que na vida econômica resta da África rural? Como esses
elementos se integram as atividades cotidianas? Como as tradições familiares foram
moldadas? As bem entrelaçadas estruturais políticas e legais presentes em várias
sociedades africanas se mantiveram?
Cita alguns traços africanos bem claros nos negros da Bahia: cooperação no trabalho, a
baiana vendedora de comidas tipicas que se associa a outros produtores, existencia de
um líder do grupo.
Amasiada muito comum na Bahia, faz comparação com os povos de outros países que
possuem características culturais semelhantes. Forte relação com a mãe, os filhos
permanecem com a mãe quando há ruptura do casamento.
Relação com os rituais de nascimento,puberdade,casamento,morte.
No campo da religião se descreveu mais sobre os aspectos exteriores.

O autor busca estudar o conhecimento “atual” da mitologia africana e até que ponto elas
originam as sanções.
Aponta uma divisão de grupos africanos por parte dos estudiosos de acordo com ideias
preconcebidas, sem suas respectivas diferenças apresentadas em coerência com a
realidade. (Candomblé, termo nagô)
No estudo da aculturação deve-se estar atento tanto as semelhanças quanto as
diferenças. Sincretismo religioso é algo presente nas diversas sociedades africanas. Mas
fora da bahia não são bem estudados.

Pelo aspecto histórico se conhece bem o caso da Bahia, Nina Rodrigues e Manoel
Querino tiveram contato direto com africanos de nascença e isso somou às suas
pesquisas sobre as origens dos negros que estavam na Bahia.Caso diferente dos Estados
Unidos onde foi dificil tal reconstrução.
A recorrencia de costumes em diversas sociedades descendentes de africanos nos coloca
a questão: por que um número reduzido desses grupos dominou no Novo Mundo? Na
Bahia os Quetò dominaram os cultos. Talvez a resposta esteja na quantidade de pessoas
do mesmo grupo levadas para a Bahia. Necessida de pesquisar o Congo.

Retoma os estudos religiosos/Candomblé:


O Candomblé da sentido a vida e proteção contra a incerteza do mundo.
Secundariamente relaciona-se com o prestígio, força do poder exercido pelos pais e
mães de santo. Estrutura fortemente hierarquica. Espirito de competição semelhante ao
encontrado nas “sociedades bem ordenadas” capitalistas. Terceiramente assume um
valor estético, muito presente nas festas. Sincretismo com as estéticas Européias que
fizeram sobressair aspectos europeus em locais publicos e africanos nos privados.
Disciplina e rigidez do Candomblé. Presença da possessão, o santo se apodera do
individuo. Mostra como a visão da medicina e do senso comum está equivocada sobre a
possesão, as recorrências em diversas sociedades apresenta obstaculo para tal visão estar
coesa. Para o autor, a resposta se encontra na natureza da cultura e sua influência sobre
o homem. As normas consolidadas apresentam-se de maneira ocultas (opacidade de
Durkheim) e , portanto, não as discutimos. Paralelo com o termo “reflexo
condicionado”.
Colocada por fim a questão: por que nem todos pertencentes a esta cultura não ficam
possuídos? Resposta possivel é que pessoas caem mais no santo que outras. Outra
resposta é que trata-se questões constituitivas, pre estabelecidas.
Por que as mulheres caem no santo mais que os homens? O fato de alguns homens
ficarem possuidos e algumas mulheres não. Não por ser mais histeria, menos normal, a
resposta se encontra nas tradicionais sanções.
Deixa como aspecto importante para os futuros estudos a necessidade de enxergar uma
forma de vida amadurecida, deixando de se pensar tal cultura como uma sobrevivencia
original passando a tratar esses costumes como uma entidade cultural. Compreender a
cultura em suas proprias instituiçoes.

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