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Texto:
(Documento reeditado afro-asia)
Cenário: inauguração da faculdade de Filosofia da Bahia. Exalta o ensino
superior/academia.
Tentativa de definição dos objetivos que orientam a organização das pesquisas
etnológicas:
1° relação entre instituições econômicas, sociais, políticas, religiosas e artísticas.
2°desenvolvimento histórico da cultura em estudo. Através do contato com outras
civilizações e das transformações internas.(dinâmica cultural)
3° psicologia das culturas, relação entre os individuos e as normas de comportamento
Quebra da definição usual do termo “Exótico”, são estranhos/exóticos a nós pois não
estamos habituados.
Relativismo cultural, sendo assim a etnologia trata de compreender as culturas, não
julgá-las.
A verificação de que as culturas humanas possuem a mesma composição estrutural e
funcional teve como consequência a abertura para a etnologia de poder ser aplicada em
qualquer sociedade, não mais somente as ditas “primitivas”.
Estudo da aculturação: o contato das culturas. Dentro desse estudo, o dos descendentes
de africano que vivem nas américa apresenta resultados expressivos. Obtenção de
informações PRECISAS sobre as origens africanas. Intensidades de contatos com
estrangeiros, mudanças na estrutura social/familiar/economica... Estudo dos contatos
com não-europeus, outras tribos vizinhas. Diversidade de etnias africanas, diversidade
enorme de povos trazidos para as américas.
Preocupaçao na análise com as formas de conduta que se retiveram apesar da mudança
geográfica e das imposições feitas pelos brancos. Como essas formas se recriam...
análise importante para compreensão da cultura em geral
Exalta a imporância da Bahia como estudo etnográfico pela concentração de
descendentes africanos. Enxerga TOLERANCIA com as diferentes formas culturais??
Africanos falaram suas linguas até o começo do século XX, preservação da tradição
artística.
Estabelecer comparações entre os africanos na Bahia e os demais locais visitados pelo
autor Guiana Holandesa, Haiti,Trinidad e EUA.
Parte 2:
Reconhece a relevância de diversos trabalhos importantes mas aponta que estes,com
exceção de Gilberto Freyre e Pierson, se dedicam somente as questões religiosas.
A preocupação com os estudos religiosos reflete uma situação real. O candomblé
perpassa por diversas esferas da cultura, as coisas religiosas tem grande vulto no
cotidiano. Característica remanescente da Africa, relação intensa com o sobrenatural. Os
individuos gostam mais de discutir teologia e literatura.
Coloca as perguntas: o que na vida econômica resta da África rural? Como esses
elementos se integram as atividades cotidianas? Como as tradições familiares foram
moldadas? As bem entrelaçadas estruturais políticas e legais presentes em várias
sociedades africanas se mantiveram?
Cita alguns traços africanos bem claros nos negros da Bahia: cooperação no trabalho, a
baiana vendedora de comidas tipicas que se associa a outros produtores, existencia de
um líder do grupo.
Amasiada muito comum na Bahia, faz comparação com os povos de outros países que
possuem características culturais semelhantes. Forte relação com a mãe, os filhos
permanecem com a mãe quando há ruptura do casamento.
Relação com os rituais de nascimento,puberdade,casamento,morte.
No campo da religião se descreveu mais sobre os aspectos exteriores.
O autor busca estudar o conhecimento “atual” da mitologia africana e até que ponto elas
originam as sanções.
Aponta uma divisão de grupos africanos por parte dos estudiosos de acordo com ideias
preconcebidas, sem suas respectivas diferenças apresentadas em coerência com a
realidade. (Candomblé, termo nagô)
No estudo da aculturação deve-se estar atento tanto as semelhanças quanto as
diferenças. Sincretismo religioso é algo presente nas diversas sociedades africanas. Mas
fora da bahia não são bem estudados.
Pelo aspecto histórico se conhece bem o caso da Bahia, Nina Rodrigues e Manoel
Querino tiveram contato direto com africanos de nascença e isso somou às suas
pesquisas sobre as origens dos negros que estavam na Bahia.Caso diferente dos Estados
Unidos onde foi dificil tal reconstrução.
A recorrencia de costumes em diversas sociedades descendentes de africanos nos coloca
a questão: por que um número reduzido desses grupos dominou no Novo Mundo? Na
Bahia os Quetò dominaram os cultos. Talvez a resposta esteja na quantidade de pessoas
do mesmo grupo levadas para a Bahia. Necessida de pesquisar o Congo.