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Rio de Janeiro
Janeiro de 2014
EFEITO DOS PAINÉIS DE VEDAÇÃO NAS CARACTERÍSTICAS DINÂMICAS
DE EDIFICAÇÕES DE CONCRETO ARMADO
Examinada por:
________________________________________________
Profa. Michèle Schubert Pfeil, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Alexandre Landesmann, D.Sc.
________________________________________________
Profa. Eliane Maria Lopes Carvalho, D.Sc.
iii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por todo amor e por me ensinarem que o conhecimento é um dos bens
mais preciosos que podemos ter.
À minha namorada Bárbara, que soube ser paciente e companheira durante os anos
dedicados ao mestrado.
À professora Michèle Pfeil pela sua orientação, com ensinamentos valiosíssimos que
levarei por toda a vida, além de muita paciência para entender as dificuldades de tempo
de aluno de tempo parcial.
À professora Eliane Carvalho, por toda sua ajuda e orientação na elaboração deste
trabalho.
Aos colegas Rodolfo e Wilson, por toda a ajuda durante as disciplinas cursadas.
À empresa CSP Projetos e Consultoria, que através do Eng° César Pinto incentivou e
disponibilizou tempo para que pudesse cursar o mestrado.
iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Janeiro/2014
v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
January/2014
In the present work the effect of masonry infills in the stiffness and the dynamic
characteristics of reinforced concrete (RC) building structures is studied through
numerical modeling focusing serviceability limit states. The masonry infills were
modeled by means of shell finite elements considering different conditions in the
connections to the RC structure represented by frame elements and alternatively by the
concept of equivalent diagonal whose area is determined through a simplified
mathematical model. A parametric study performed for a single story infilled frame
with several width to height ratios, with and without openings, led to a proposal of an
adjustment factor in the diagonal area calculation to take into account the masonry to
frame connection. Three-dimensional finite element numerical models were developed
to analyze framed structures of two residential buildings with different concepts: (i)
conventional structure, (ii) structure with flat beams and frames and façade core. The
results demonstrated the validation of the equivalent diagonal adjusted model, and the
contribution of the masonry in the overall stiffness of the structure, and their
consequences on the dynamics for the purpose of analysis in SLS.
vi
Sumário
Lista de Figuras ............................................................................................................. ix
Lista de Tabelas ............................................................................................................ xii
Lista de Símbolos ......................................................................................................... xiv
Capítulo 1 – Introdução ............................................................................................. 1
1.1 Cenário do tema e motivação .................................................................................. 1
1.2 Objetivos e metodologia ......................................................................................... 2
1.3 Apresentação do trabalho ........................................................................................ 2
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica............................................................................ 4
2.1 Elementos de vedação ............................................................................................. 4
2.1.1 Tipos de Vedação ............................................................................................... 4
2.1.2 Blocos para paredes de alvenaria ....................................................................... 7
2.2 Características mecânicas de blocos e da alvenaria de vedação ........................... 10
2.2.1 Blocos cerâmicos e de concreto isolados ......................................................... 11
2.2.2 Prismas e paredes ............................................................................................. 12
2.2.3 Alvenaria de bloco cerâmico de vedação revestida de argamassa ................... 15
2.2.4 Painel de alvenaria de bloco de concreto de vedação revestido de argamassa 17
2.3 Técnicas de execução de “encunhamento” ........................................................... 18
2.4 Influência dos painéis de alvenaria de vedação no comportamento de estruturas:
modelo de diagonal equivalente ................................................................................... 20
Capítulo 3 – Modelos numéricos de painéis de alvenaria ..................................... 25
3.1 Introdução ............................................................................................................. 25
3.2 Características geométricas dos pórticos em estudo ............................................. 26
3.3 Modelo II de pórticos com painel de alvenaria ..................................................... 29
3.3.1 Tipo de elemento finito e ligações ................................................................... 29
3.3.2 Módulo de deformação longitudinal e espessura da alvenaria ......................... 31
3.3.3 Resultados para os painéis sem abertura .......................................................... 31
3.3.4 Painéis com abertura ........................................................................................ 32
3.4 Formulação do modelo de diagonal equivalente................................................... 33
3.5 Determinação da variação de kh com a geometria dos painéis de alvenaria isolados
36
3.5.1 Geometria dos painéis ...................................................................................... 36
3.5.2 Curvas de rigidez lateral kh para painéis com e sem aberturas ........................ 37
vii
3.6 Aplicação do modelo de diagonal equivalente aos pórticos em estudo ................ 40
3.7 Fator de ajuste da rigidez lateral do painel em função da ligação alvenaria x viga
superior ......................................................................................................................... 45
3.8 Comparação entre a formulação para rigidez equivalente deste trabalho e as da
literatuta ........................................................................................................................ 48
3.9 Painel não confinado ............................................................................................. 49
Capítulo 4 – Exemplo de edificação 1 ................................................................... 51
4.1 Breve descrição da estrutura ................................................................................. 51
4.2 Modelos numéricos ............................................................................................... 54
4.3 Resultados em termos de frequências naturais da edificação ............................... 61
Capítulo 5 – Exemplo de edificação 2 ................................................................... 69
5.1 Breve descrição da estrutura ................................................................................. 69
5.2 Modelos numéricos ............................................................................................... 71
5.3 Resultados em termos de frequências naturais da edificação ............................... 77
Capítulo 6 – Conclusões ........................................................................................... 85
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 88
viii
Lista de Figuras
ix
Figura 3. 14 – Deslocamento x a/h no topo dos painéis. ................................................ 39
Figura 3. 15 – Curvas de rigidez lateral kh x a/h. ........................................................... 40
Figura 3. 16 – Curvas de rigidez lateral do modelo com diagonal equivalente: Painel
sem abertura. ................................................................................................................... 42
Figura 3. 17 – Curvas de rigidez lateral do modelo com diagonal equivalente: Painel
com abertura de porta. .................................................................................................... 42
Figura 3. 18 – Curvas de rigidez lateral do modelo com diagonal equivalente: Painel
com abertura de janela. ................................................................................................... 43
Figura 3. 19 – Curvas de Rigidez lateral dos modelos com painéis sem abertura. ........ 43
Figura 3. 20 – Curvas de rigidez lateral dos modelos com painéis com abertura de
janela............................................................................................................................... 44
Figura 3. 21 – Coeficientes de ajuste α x a/h para painéis sem abertura. ....................... 46
Figura 3. 22 – Coeficientes de ajuste α x a/h para painéis com abertura (E=7000 MPa).
........................................................................................................................................ 47
Figura 3. 23 – Rigidez lateral dos pórticos sem abertura – Diagonais corrigidas. ......... 48
Figura 3. 24 – Relação largura efetiva (w/d) da diagonal x parâmetro h de rigidez
relativa entre o pórtico e o painel ................................................................................... 49
Figura 3. 25 – Modelo numérico do painel de 7m com alvenaria isolada de 3m. .......... 50
Figura 4. 1 – Corte Vertical da estrutura do edifício exemplo 1
(CARVALHO&BATTISTA, 2002). .............................................................................. 52
Figura 4. 2 – Esboço do posicionamento dos painéis de alvenarias. .............................. 52
Figura 4. 3 – Planta de forma do pavimento tipo do edifício em análise. ...................... 53
Figura 4. 4 – Modelo em elementos finitos – estrutura (Modelo 1). .............................. 56
Figura 4. 5 – Modelo em elementos finitos – estrutura + paredes (Modelo 2A). .......... 57
Figura 4. 6 – Modelo em elementos finitos – estrutura + diagonais (Modelo 3). .......... 58
Figura 4. 7 – Corte A conforme indicado na Figura 4. 2: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).......................................................................... 59
Figura 4. 8 – Corte B conforme indicado na Figura 4. 2: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).......................................................................... 60
Figura 4. 9 – 1º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,52 Hz). ................ 64
Figura 4. 10 – 1º modo de vibração em vista superior – Modelo 1 (f=0,52 Hz) ............ 64
Figura 4. 11 – 2º Modo de vibração e perspectiva - Modelo 1 (f=0,64 Hz) ................... 65
Figura 4. 12 – 2º modo de vibração em vista superior - Modelo 1 (f=0,64 Hz)............. 65
Figura 4. 13 – 3º Modo de vibração em perspectiva - Modelo 1 (0,79 Hz) ................... 66
x
Figura 4. 14 – 3º modo de vibração em vista superior - Modelo 1 (f=0,79 Hz)............. 66
Figura 5. 1 – Corte vertical da estrutura do edifício exemplo 2 ..................................... 69
Figura 5. 2 – Planta de forma do pavimento tipo do edifício em análise. ...................... 70
Figura 5. 3 – Posicionamento dos painéis de alvenaria do pavimento tipo do edifício em
análise e definição dos eixos de referência. .................................................................... 70
Figura 5. 4 – Modelo em elementos finitos - estrutura (Modelo 1)................................ 72
Figura 5. 5 – Modelo em elementos finitos - estrutura + paredes (modelo 2A)............. 73
Figura 5. 6 – Modelo em elementos finitos - estrutura + diagonais (Modelo 3). ........... 74
Figura 5. 7 – Corte A, conforme indicado na Figura 5.3: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).......................................................................... 75
Figura 5. 8 – Corte B, conforme indicado na Figura 5.3: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).......................................................................... 76
Figura 5. 9 – 1º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,75 Hz). ................ 80
Figura 5. 10 – 1º Modo de vibração em vista superior – Modelo 1 (f=0,75 Hz). .......... 80
Figura 5. 11 – 2º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,82 Hz). .............. 81
Figura 5. 12 – 2º Modo de vibração em vista superior – Modelo 1 (f=0,82 Hz). .......... 81
Figura 5. 13 – 3º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,97 Hz). .............. 82
Figura 5. 14 – 3º Modo de vibração em vista superior – Modelo 1 (f=0,97 Hz). .......... 82
xi
Lista de Tabelas
Tabela 2. 1 – Resistência mínima à compressão de blocos de concreto. ....................... 12
Tabela 2. 2 – Módulos de deformação longitudinal para blocos cerâmicos segundo
algumas pesquisas nacionais (PARSEKIAN, 2002). ..................................................... 15
Tabela 2. 3 – Módulos de deformação longitudinal para blocos de concreto segundo
algumas pesquisas nacionais (PARSEKIAN, 2002). ..................................................... 15
Tabela 2. 4 – Incremento de resistência devido à influência do revestimento ............... 16
Tabela 2. 5 – Comparativo entre os processos de encunhamento (COSTA et al., 2005).
........................................................................................................................................ 20
Tabela 2. 6 – Expressões para a largura w da diagonal equivalente (ver a Figura 2. 11),
apud ASTERIS et al., 2011. ........................................................................................... 23
Tabela 3. 1 – Propriedades geométricas dos elementos em concreto armado. ............... 27
Tabela 3. 2 – Variação do comprimento “a”. ................................................................. 36
Tabela 3. 3 – Áreas da diagonal equivalente para painéis de alvenaria de blocos
cerâmicos (E=2000 MPa). .............................................................................................. 41
Tabela 3. 4 – Áreas da diagonal equivalente para painéis de alvenaria de blocos de
concreto (E=7000 MPa). ................................................................................................ 41
Tabela 3. 5 – Coeficientes α para painéis de alvenaria de blocos cerâmicos sem abertura.
........................................................................................................................................ 45
Tabela 3. 6 – Coeficientes α para painéis de alvenaria de blocos de concreto com
abertura de janela. ........................................................................................................... 45
Tabela 4. 1 – Propriedades dos elementos do edifício do exemplo 1............................. 55
Tabela 4. 2 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com alvenaria
de bloco de concreto (E=7000 MPa). ............................................................................. 61
Tabela 4. 3 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com alvenaria
(E=2000 MPa). ............................................................................................................... 62
Tabela 4. 4 – Comparativo entre os modelos com diagonais corrigidas rígidas,
corrigidas semi-rígidas e sem correção para blocos de concreto (Ealv=7000 MPa). ...... 62
Tabela 4. 5 – Comparativo entre os modelos com diagonais corrigidas rígidas,
corrigidas semi-rígidas e sem correção para blocos cerâmicos (Ealv=2000 MPa)......... 63
Tabela 4. 6 – Relações entre frequências. ...................................................................... 63
Tabela 5. 1 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com alvenaria
(Ealv=7000 MPa). ............................................................................................................ 77
xii
Tabela 5. 2 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com alvenaria
(Ealv=2000 MPa). ............................................................................................................ 78
Tabela 5. 3 – Comparativo entre os modelos com diagonais Corrigidas Rígidas,
Corrigidas Semi-Rígidas e Sem Correção (E=7000 MPa). ............................................ 78
Tabela 5. 4 – Comparativo entre os modelos com diagonais Corrigidas Rígidas,
Corrigidas Semi-Rígidas e Sem Correção (E=2000 MPa). ............................................ 79
Tabela 5. 5 – Relações entre frequências. ...................................................................... 79
xiii
Lista de Símbolos
A Área da seção transversal de um determinado elemento
a Largura do pórtico bidimensional (eixo a eixo dos pilares)
Ad Área da diagonal equivalente
E Módulo de deformação longitudinal
Ealv Módulo de deformaçãolongitudinal da alvenaria
Ecs Módulo de deformação longitudinal do concreto
F Força aplicada nos painéis bidimensionais
f Frequência natural
fb Resistência à compressão individual dos blocos de vedação
fbk Resistência à compressão característica individual dos blocos de vedação
Fh Força resultante horizontal
fp Resistência à compressão de prismas dos blocos de vedação
fpk Resistência à compressão característica de prismas dos blocos de vedação
h Distância de eixo a eixo entre a viga superior e a inferior do pórtico bidimensional
I Momento de inércia de um determinado elemento
kg Rigidez lateral do pórtico bidimensional
kh Rigidez lateral do painel
αrig Fator de ajuste da rigidez lateral do painel para ligação rigida
αsrig Fator de ajuste da rigidez lateral do painel para ligação semi-rigida
Δ Encurtamento da diagonal equivalente
δi Deslocamento medido nos cantos do pórtico bidimensional
η Fator de eficiência dos prismas
λh Parâmetro de rigidez relativa entre o pórtico e o painel de alvenaria
ρ Massa específica do material
xiv
Capítulo 1 – Introdução
1
serviço tais como vibrações excessivas devidas a ações sísmicas, explosões e ação do
vento.
2
particularmente a resistência à compressão e o módulo de deformação longitudinal. São
abordadas também as técnicas de ligação entre a alvenaria e viga superior de concreto
armado (encunhamento) e os estudos referentes à influência dos painéis de alvenaria de
vedação no comportamento de estruturas e simulação dos mesmos como diagonais
equivalentes. Considera-se a hipótese de que os painéis de alvenaria encontram-se
íntegros.
3
Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica
Esta mesma normatização cita ainda que: “Mesmo sem função estrutural, as
vedações podem atuar como contraventamento de estruturas reticuladas, ou sofrer as
ações decorrentes das deformações das estruturas, requerendo assim uma análise
conjunta do desempenho dos elementos que interagem. Podem também interagir com
demais componentes, elementos e sistemas da edificação, como caixilhos, esquadrias,
estruturas, coberturas, pisos e instalações. As vedações verticais exercem ainda outras
funções, como estanqueidade à água, isolação térmica e acústica, capacidade de fixação
de peças suspensas, capacidade de suporte a esforços de uso, compartimentação em
casos de incêndio etc.”.
4
Os elementos de vedação devem possuir características técnicas dentre as quais
se cita:
Resistência mecânica
Isolamento térmico e acústico
Resistência ao fogo
Estanqueidade
Durabilidade
(a) (b)
Figura 2. 1 – Exemplo de divisória: (a) modular; (b) gesso acartonado.
5
As paredes maciças podem ter como material constituinte o concreto, concreto
celular, solo-cimento, dentre outros. Podem ser de 2 tipos:
6
seu peso próprio) todos os carregamentos das lajes e prover a estabilidade global da
edificação. Este sistema construtivo é um dos mais antigos utilizados pela humanidade.
7
vermelha tem faturamento anual de R$ 18 bilhões e representa 4,8% da indústria da
construção civil.
É o tipo de tijolo mais barato do mercado, mas tem altos índices de quebra e por
isso contribui muito com o aumento de entulho no canteiro de obras. Geralmente são
assentados com os furos na direção horizontal e encontrados os de 6 e de 8 furos, mas
há uma grande variedade de tijolos vazados. Os tijolos apresentam capacidade térmica
superior e menor absorção de água que os blocos de concreto, além de serem mais leves
(Figura 2. 5 (a)).
8
(a) (b)
Figura 2. 5 – Exemplo de tijolo baiano de 8 furos (a) e bloco com furos na
vertical (b).
São assentados com furos na direção vertical para permitir uma alvenaria mais
racionalizada, onde não há rasgos nas paredes posteriores a sua produção. Como os
furos estão na vertical as tubulações elétrica e hidráulica vão “caminhar” por estes furos.
9
de assentamento em relação aos blocos cerâmicos. De acordo com POZZOBON (2013)
em estudo sobre vários tipos de paredes de alvenaria, o peso da parede em alvenaria de
blocos de concreto (14x19x39) foi 14% maior que a parede em alvenaria de blocos
cerâmicos (9x14x19), apesar do peso unitário dos blocos de concreto ser cerca de 40%
maior. Isto ocorre por causa da economia de argamassa proporcionada pelo bloco de
concreto, diminuindo o peso total parede.
10
Além das características geométricas e mecânicas dos blocos, a rigidez lateral da
parede depende ainda dos seguintes aspectos (SANTOS, 2003):
- qualidade da execução da alvenaria;
- rigidez da argamassa das juntas de assentamento nas direções vertical e
horizontal e aderência aos blocos;
- tipo de ligação da parede com os componentes do pórtico estrutural, seja de
concreto armado ou de aço, especialmente da ligação com a viga superior;
- rigidez da argamassa de revestimento.
11
Para blocos usados com furos na direção horizontal ≥ 1,5 MPa.
Resistência
Classe característica
Fbk (MPa)
A ≥ 6,0
B ≥ 4,0
C ≥ 3,0
D ≥ 2,0
FERRAZ (2011) ensaiou prismas de blocos cerâmicos vazados com doze furos
na direção horizontal, para alvenaria de vedação e possuía as dimensões nominais de 14
cm x 19 cm x 29 cm. Foram adotados dois tipos de argamassa para as juntas: a
industrializada e a dosada na obra com traço 1:3:8 (cimento:cal:areia). Os resultados
apresentaram média de resistência à compressão de 0,3 MPa para os dois tipos de
argamassas, muito abaixo das prescrições normativas.
12
DAMASCENO (2006) ensaiou prismas de blocos cerâmicos vazados com seis
furos na direção horizontal (entre outros), para alvenaria de vedação, tendo como
objetivo principal avaliar os parâmetros que influenciam a resistência à compressão
desses prismas. O programa experimental constituiu em moldar prismas de dois e três
blocos cerâmicos, e rompê-los à compressão simples. A resistência média obtida foi de
1,7 MPa.
Para blocos cerâmicos, a ABNT NBR 15812/2010 em seu item 6.2.1 determina
o valor do módulo de deformação longitudinal de 600 x fpk, limitando seu valor máximo
a 12 GPa.
13
Para blocos de concreto, a ABNT NBR 15961–1/2011 em seu item 6.2.1
determina o valor do módulo de deformação longitudinal de 800 x fpk, limitando seu
valor máximo a 16 GPa.
14
Tabela 2. 2 – Módulos de deformação longitudinal para blocos cerâmicos segundo
algumas pesquisas nacionais (PARSEKIAN, 2002).
Tipo de fp E Média de
Fonte E/fp Observações
bloco (MPa) (MPa) E/fp
2,40 3593 1497
bloco
GOMES 3,10 2775 895 ensaios de parede
cerâmico 1152
(1983) 2,60 2448 942 (fp e E)
vazado
2,90 3692 1273
5,85 3661 626
bloco ensaios de
FRANCO 5,52 2900 525
cerâmico 529 prisma (fp) e
(1987) 5,57 2816 506
perfurado parede (E)
4,82 2204 457
bloco 5,95 3326 559 ensaios de
MULLER
cerâmico 5,70 2523 443 478 prisma (fp) e
(1989)
vazado 5,37 2326 433 parede (E)
Tipo de fp E Média de
fonte E/fp Observações
bloco (MPa) (MPa) E/fp
blocos 6,40 6846 1070 ensaios de
ALY (1983) vazados de 9,30 7434 799 972 prisma (fp) e
concreto 9,80 10259 1047 parede (E)
4,28 3900 911
4,83 4200 870
blocos
MEDEIROS 4,97 5500 1107 ensaios de
vazados de 984
(1993) 4,64 4300 927 parede (fp e E)
concreto
5,26 5100 970
6,52 7300 1120
10,56 9100 862
8,60 6712 780
blocos 8,17 4499 551
MOHAMAD ensaios de
vazados de 8,74 3373 447 660
(1998) prisma (fp e E)
concreto 11,70 9167 784
10,80 5809 538
8,84 5848 662
15
(prismas chapiscados e revestidos nas duas faces, com a espessura do revestimento 2,0
cm e o traço fraco); P4 (prismas chapiscados e revestidos nas duas faces, com a
espessura do revestimento 2,0 cm e o traço utilizado médio); P5 (prismas chapiscados,
revestidos nas duas faces, com a espessura do revestimento 3,0 cm e o traço fraco); P6
(prismas chapiscados e revestidos nas duas faces, com a espessura do revestimento de
3,0 cm e o traço médio).
16
de carga de carga referente ao reforço dos prismas com revestimento de 2 blocos foi de
165 %.
17
Diante da grande variação dos valores dos módulos de deformação longitudinal
encontrados na bibliografia apresentados nesse item 2.2, serão usados nesta pesquisa os
dois valores descritos a seguir:
Ealv=2000 MPa para painéis preenchidos com alvenaria de baixa resistência à
compressão (blocos cerâmicos);
Ealv=7000 MPa para painéis preenchidos com alvenaria de alta resistência à
compressão (blocos de concreto).
a) Tijolo maciço
18
Figura 2. 7 – Exemplo de encunhamento com tijolo maciço (COSTA et al., 2005).
b) Argamassa industrializada
19
Figura 2. 9 – Exemplo de encunhamento com argamassa industrializada com aditivo
expansor (COSTA et al., 2005).
20
Esta modelagem decorreu da observação de que o comportamento da estrutura
sob carga crescente se caracteriza pelo descolamento entre o pórtico e a alvenaria,
exceto em apenas dois cantos opostos, formando um elemento diagonal resistente (ver a
Figura 2. 10).
B A
D C
21
( EI ) painel sen 2
h h 4 (2.1)
4 ( EI ) p hw
onde
= rigidez à flexão do pórtico.
= rigidez à flexão do painel de alvenaria.
= altura do painel.
( ) = inclinação da biela.
22
Tabela 2. 6 – Expressões para a largura w da diagonal equivalente (ver a Figura
2. 11), apud ASTERIS et al., 2011.
Autor (es) Ano Expressão para w Eq.
1
Holmes 1961 w d (2.2)
3
0,064
Smith & Carter 1969
w 0,58 1 h 0,445
hh
' 0,335d z 1 h (2.3)
0,95 sen2
Liaw & Kwan 1984 wd (2.5)
2 h
Alvenaria íntegra:
Flnagan & w , C=constante empírica,
1999, 2001 Ch cos (2.8)
Bennet função do deslocamento lateral relativo
entre pisos de uma edificação.
23
Figura 2. 12 – Pórtico preenchido com abertura (LIAUW e LEE, 1977 apud
TANAKA, 2011).
24
Capítulo 3 – Modelos numéricos de
painéis de alvenaria
3.1 Introdução
25
Obtenção das curvas kh x a/h para os pórticos de concreto armado preenchidos
com alvenarias de dois tipos de materiais, tijolo cerâmico e bloco de concreto,
sem e com aberturas representativas de portas e janelas, considerando diferentes
tipos de ligações entre as alvenarias e os elementos do pórtico (item 3.3);
Formulação do modelo analítico para o cálculo da rigidez ''EA" das diagonais
equivalentes (item 3.4);
Determinação através de modelos numéricos refinados das curvas kh x a/h dos
painéis de alvenaria isolados (item 3.5);
Aplicação do modelo de diagonal equivalente proposto aos pórticos dos itens 3.2
e 3.3. Foi feita a comparação dos resultados obtidos com os modelos I e II (item
3.6);
Finalmente foram determinados fatores de ajuste para considerar o pórtico
preenchido em função do tipo de ligação (rígida e semi-rígida) entre a alvenaria
e os elementos de concreto (item 3.7).
26
Os pórticos típicos conforme ilustração da Figura 3. 1 apresentam as seguintes
características:
kG= (3. 1)
27
Figura 3. 2 – Deslocamentos do Pórtico em concreto armado sem painel de vedação.
140
120
100
Rigidez (kN/cm)
80
60
40
20
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
28
3.3 Modelo II de pórticos com painel de alvenaria
Os pórticos básicos do item 3.2 serão preenchidos com alvenaria de dois tipos de
materiais, tijolo cerâmico e bloco de concreto, considerando diferentes tipos de ligações
e aberturas.
29
Figura 3. 4 – Painel preenchido com alvenaria – ligação rígida.
Detalhe A
Molas com coeficientes de
rigidez normal e cisalhante
30
Detalhe B
Sem ligação entre alvenaria
e viga superior
31
apresentaram o mesmo comportamento de rigidez lateral, motivo pelo qual a partir de
então adotaremos somente uma delas, a semi-rígida.
8000
Rigidez (kN/cm) 7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
32
Figura 3. 8 – Exemplo de aberturas nos painéis.
(3. 2)
33
8000
7000
Rigidez (kN/cm)
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
Rígido Semi-rígido
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
Rígido Semi-Rígido
34
A contribuição da diagonal à rigidez lateral do quadro do encurtamento Δ dado
por:
(3. 3)
(3. 4)
(3. 5)
F/2 F/2
35
3.5 Determinação da variação de kh com a geometria
dos painéis de alvenaria isolados
36
F F
h h
a a
37
Painéis a Dimensões janelas
(m) bj x hj (m)
3,0
38
0.002
deslocamento (m)
0.0015
0.001
0.0005
0
0 1 2 3 4 5 6
a/h
0.002
deslocamento (m)
0.0015
0.001
0.0005
0
0 1 2 3 4 5 6
a/h
39
1400000
1200000
Kh (kN/m²)
1000000
800000
600000
400000
200000
0
0 1 2 3 4 5 6
a/h
800000
600000
400000
200000
0
0 1 2 3 4 5 6
a/h
Neste item foram calculadas as áreas das diagonais equivalentes. De posse das
mesmas, foi possível atribuir as propriedades das diagonais equivalentes simulando
painéis de alvenaria de vedação que serão inseridas nos pórticos em estudo do item 3.2 e
então calculadas as rigidezes laterais.
40
Tabela 3. 3 e Tabela 3. 4 para painéis de alvenaria de blocos cerâmicos e de concreto,
respectivamente.
41
Após produzidas as curvas de rigidez lateral, as mesmas são apresentadas
isoladamente (Figura 3. 16 à Figura 3. 18) e depois de forma comparativa (Figura 3. 19
e Figura 3. 20) juntamente com as curvas obtidas para os modelos rígido e semi-rígido
com e sem aberturas.
4500
4000
3500
Rigidez (kN/cm)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a /h
4500
4000
3500
Rigidez (kN/cm)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a /h
42
4500
4000
3500
Rigidez (kN/cm)
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
8000
7000
Rigidez (kN/m)
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
43
8000
7000
Rigidez (kN/m)
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 2 4 6 8
a (m)
44
3.7 Fator de ajuste da rigidez lateral do painel em
função da ligação alvenaria x viga superior
45
Nas Figura 3. 21 e Figura 3. 22 apresentam-se os gráficos dos valores obtidos de
α em função do módulo E (igual a 2000 MPa e 7000 MPa) e da relação geométrica a/h,
para os casos com e sem aberturas.
Observa-se nestas figuras que para a ligação Rígida com a/h < 1,33 o fator de
correção α varia segundo lei linear e para a/h > 1,33 apresenta tendência a um valor
constante. Para ligações Semi- ígidas na faixa de valores a/h < 1,33 o fator α apresenta
não-linearidade em relação a a/h.
4.5
4
3.5
3
2.5
α
2
1.5
1
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
α Rig. α S. Rig.
2
1.5
1
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
α Rig. α S. Rig.
46
4.5
4
3.5
3
2.5
α
2
1.5
1
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
α Rig. α S. Rig.
2
1.5
1
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
α Rig. α S. Rig.
47
8000
7000
6000
Rigidez (kN/cm)
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
7000
6000
Rigidez (kN/cm)
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
a/h
48
(3.5) e adicionalmente com os ajustes em função da ligação entre a
alvenaria e o pórtico: rígida e semi-rígida.
1.4
1.2
1.0
0.8
w/d
0.6
0.4
0.2
0.0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
λh
49
Para este estudo, foi escolhido o painel de 7m de largura (Econc=28 GPa),
contendo isoladamente um painel de alvenaria rigidamente ligado de 2m de largura com
módulo de elasticidade longitudinal de 2000 MPa, conforme a Figura 3. 25.
50
Capítulo 4 – Exemplo de edificação 1
51
Figura 4. 1 – Corte Vertical da estrutura do edifício exemplo 1
(CARVALHO&BATTISTA, 2002).
Corte A
Corte A
52
Figura 4. 3 – Planta de forma do pavimento tipo do edifício em análise.
53
4.2 Modelos numéricos
54
Modelo 3C: painéis de alvenaria modelados por diagonais sem correção.
55
Figura 4. 4 – Modelo em elementos finitos – estrutura (Modelo 1).
56
Figura 4. 5 – Modelo em elementos finitos – estrutura + paredes (Modelo 2A).
57
Figura 4. 6 – Modelo em elementos finitos – estrutura + diagonais (Modelo 3).
58
Figura 4. 7 – Corte A conforme indicado na Figura 4. 2: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).
59
Figura 4. 8 – Corte B conforme indicado na Figura 4. 2: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).
60
4.3 Resultados em termos de frequências naturais da
edificação
61
Tabela 4. 3 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com
alvenaria (E=2000 MPa).
Modelo 1 Modelo 2A
Descrição da Descrição da
N* f 1(Hz) N* f (Hz)
forma modal forma modal 2A
Flexão Flexão
1 0,52 1 1,20
longitudinal transversal
2 Torção 0,64 2 Torção 1,56
Flexão Flexão
3 0,79 3 1,60
transversal longitudinal
2º de Flexão 2º de Flexão
4 1,66 4 3,72
longitudinal transversal
2º de Flexão
5 2º de Torção 2,07 5 5,09
longitudinal
2º de Flexão
6 2,56 6 2º de Torção 5,47
transversal
62
Tabela 4. 5 – Comparativo entre os modelos com diagonais corrigidas rígidas,
corrigidas semi-rígidas e sem correção para blocos cerâmicos (Ealv=2000 MPa).
63
Figura 4. 9 – 1º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,52 Hz).
64
Figura 4. 11 – 2º Modo de vibração e perspectiva - Modelo 1 (f=0,64 Hz)
65
Figura 4. 13 – 3º Modo de vibração em perspectiva - Modelo 1 (0,79 Hz)
66
Pôde-se notar a partir dos dados da Tabela 4. 2 à Tabela 4. 6:
67
Observa-se que a não consideração da rigidez da alvenaria resulta em
frequências naturais abaixo de 1Hz, o que segundo as normas vigentes
faria com que houvesse a necessidade da analise dinâmica da estrutura
sob a ação do vento. No entanto, com a consideração da rigidez da
alvenaria as frequências naturais apresentam valores acima de 1Hz,
podendo ser considerada a ação do vento como equivalente estático.
68
Capítulo 5 – Exemplo de edificação 2
Corte A Corte A
Corte B
Corte B
70
5.2 Modelos numéricos
Além das premissas adotadas no item 4.2 do capitulo anterior, foram adotadas as
seguintes simplificações de modo a facilitar a modelagem:
As formas dos pavimentos semi-enterrado, térreo, piso da cobertura e teto da
cobertura foram consideradas iguais a do pavimento tipo (inclusive o pé-direito
estrutural);
Admitiu-se que as divisórias em paredes de gesso acartonado (drywall) têm peso
desprezível e que não contribuem para a rigidez lateral do sistema. Alvenarias
com contribuição de massa e rigidez somente na periferia e caixas de elevador e
escada;
As curvas de rigidez lateral, áreas das diagonais e coeficientes de ajustes são
calculados conforme o capitulo 3, sendo suprimidas suas respectivas
demonstrações.
71
Figura 5. 4 – Modelo em elementos finitos - estrutura (Modelo 1).
72
Figura 5. 5 – Modelo em elementos finitos - estrutura + paredes (modelo 2A).
73
Figura 5. 6 – Modelo em elementos finitos - estrutura + diagonais (Modelo 3).
74
Figura 5. 7 – Corte A, conforme indicado na Figura 5.3: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).
75
Figura 5. 8 – Corte B, conforme indicado na Figura 5.3: Vista de um dos planos
preenchidos com diagonais (Modelo 3).
76
5.3 Resultados em termos de frequências naturais da
edificação
Modelo 1 Modelo 2A
Descrição da Descrição da
N* f 1(Hz) N* f2A(Hz)
forma modal forma modal
1 Flexão em X 0,75 1 Flexão em X 1,42
2 Flexão em Y 0,82 2 Flexão em Y 1,66
3 Torção 0,97 3 Torção 1,87
2º de Flexão em 2º de Flexão em
4 2,31 4 4,77
X X
2º de Flexão em 2º de Flexão em
5 2,70 5 5,24
Y Y
6 2º de torção 2,97 6 2º de torção 6,71
77
Tabela 5. 2 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com alvenaria
(Ealv=2000 MPa).
Modelo 1 Modelo 2A
Descrição da Descrição da
N* f 1(Hz) N* f2A(Hz)
forma modal forma modal
1 Flexão em X 0,75 1 Flexão em X 1,14
2 Flexão em Y 0,82 2 Flexão em Y 1,41
3 Torção 0,97 3 Torção 1,52
2º de Flexão em 2º de Flexão em
4 2,31 4 3,57
X X
2º de Flexão em 2º de Flexão em
5 2,7 5 4,40
Y Y
6 2º de torção 2,97 6 2º de torção 5,14
78
Tabela 5. 4 – Comparativo entre os modelos com diagonais Corrigidas Rígidas,
Corrigidas Semi-Rígidas e Sem Correção (E=2000 MPa).
2º de Flexão em
2,06 0,94 1,18 0,99 1,55 0,99 1,15 0,99
X
2º de Flexão em
1,94 0,90 1,10 0,96 1,63 0,93 1,11 0,96
Y
2º de Torção 2,26 0,89 1,22 0,94 1,73 0,88 1,17 0,96
79
Figura 5. 9 – 1º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,75 Hz).
80
Figura 5. 11 – 2º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,82 Hz).
81
Figura 5. 13 – 3º Modo de vibração em perspectiva – Modelo 1 (f=0,97 Hz).
82
Tabela 5. 1 – Comparativo entre os modelos não preenchido e preenchido com
alvenaria (Ealv=7000 MPa).
Modelo 1 Modelo 2A
Descrição da Descrição da
N* f 1(Hz) N* f2A(Hz)
forma modal forma modal
1 Flexão em X 0,75 1 Flexão em X 1,42
2 Flexão em Y 0,82 2 Flexão em Y 1,66
3 Torção 0,97 3 Torção 1,87
2º de Flexão em 2º de Flexão em
4 2,31 4 4,77
X X
2º de Flexão em 2º de Flexão em
5 2,70 5 5,24
Y Y
6 2º de torção 2,97 6 2º de torção 6,71
83
Neste caso, a consideração da alvenaria na modelagem global da estrutura não
mudou as formas modais da mesma, devido à forte tendência de retangularidade
tanto da estrutura quanto na distribuição das alvenarias;
A não consideração das alvenarias no modelo global da estrutura (de forma
análoga ao exemplo 1) subestima de maneira bastante considerável as
frequências naturais;
O modelo com diagonal equivalente corrigida para ligação semi-rígida forneceu,
conforme esperado, valores de frequências naturais menores do que os obtidos
com ligação rígida.
Observa-se que a não consideração da rigidez da alvenaria resulta em
frequências naturais abaixo de 1Hz, o que segundo as normas vigentes faria com
que houvesse a necessidade da analise dinâmica da estrutura sob a ação do
vento. No entanto, com a consideração da rigidez da alvenaria as frequências
naturais apresentam valores acima de 1Hz, podendo ser considerada a ação do
vento como equivalente estático.
84
Capítulo 6 – Conclusões
85
concreto. No exemplo de edificação 1 a concepção estrutural é tradicional, com pórticos
bem definidos nas duas direções em planta que conferem estabilidade global à
edificação. As alvenarias estão distribuídas preferencialmente no interior da edificação.
Já no exemplo de edificação 2 a concepção estrutural é mais atual, com lajes apoiadas
em vigas existentes somente na periferia e caixas de elevador e escada, com alvenarias
apoiadas somente sobre estas vigas.
86
Ensaios de pórticos de concreto armado preenchidos com blocos
cerâmicos e blocos de concreto destinados a vedação em escala natural
submetidos a carregamentos laterais, com o intuito de avaliar o
comportamento do conjunto, sobretudo no que diz respeito aos
deslocamentos, resistência a compressão e módulo de elasticidade das
paredes de alvenaria.
Investigar a ligação alvenaria x estrutura de concreto, de maneira a
estabelecer coeficientes de rigidez normal e cisalhante para estas
ligações.
Elaborar modelos mais refinados, com interação solo-estrutura e
consideração da alvenaria como um material ortotrópico, entre outros.
87
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