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BALANÇO GERAL - CONSOLIDADO

RELATÓRIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL E


FISCAL
RELATÓRIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL E FISCAL

6.1. CENÁRIO ECONÔMICO BRASILEIRO

O ano de 2015 foi marcado pela recessão econômica, disparada da inflação e aumento de vários tributos pelo governo
federal. A previsão inicial do governo (com base nas projeções de mercado) apontava um crescimento do Produto Interno Bruto – PIB
de 0,80%1 em 2015, no entanto, o PIB encerrou ano com uma queda de 3,8%, em relação ano anterior, a maior série histórica
iniciada em 1996. A inflação continuou persistente e sendo motivo de preocupação para o governo brasileiro.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) fechou 2015 em 10,67%, superior a 2014, quando acumulou
6,41% (maior inflação desde 2002, quando atingiu 12,53%). Com esse resultado, a inflação ficou acima do teto da meta estipulada
pelo governo (Banco Central) no ano passado. A meta foi estimada em 4,50%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou
menos, o que permite que a taxa varie de 2,50% a 6,50%. Outros índices, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC/IBGE) e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI/FGV) fecharam 2015 com 11,28% e 10,68%,
respectivamente.
A balança comercial brasileira foi superavitária em US$ 19,69 bi em 2015 (exportações de US$ 191,13 bi e importações de
US$ 171,45 bi), enquanto em 2014 foi deficitária em US$ 4,05 bi. Houve queda de 15% nas exportações de 2014 para 2015 e de
25% nas importações. Enquanto as exportações reduziram US$ 34 bi de 2014 para 2015, as importações reduziram US$ 58 bi no
mesmo período. Em 2014, foram exportados cerca de US$ 23,27 bi de soja, principal produto da pauta de exportações do Brasil. Em
2015, as exportações desse mesmo produto caíram para US$ 20,98 bi, reduzindo 9,85%, ou US$ 2,29 bi. Já o minério de ferro, 2o
produto da pauta de exportações do Brasil em 2014 e 3o em 2015, a redução foi de R$ 9,60 bi (foram exportados cerca de US$ 10,38

1
Fonte: Ministério do Planejamento: Orçamento anual de 2015. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2015. Anexo IV, Metas Fiscais, IV.1 – Anexo de Metas Fiscais Anuais (art. 4o, § 2o, inciso I, da
Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000).
bi em 2015 e US$ 19,98 bi em 2014, reduzindo 48,06%). As importações de óleos brutos de petróleo, principal produto da pauta de
importações brasileira, reduziram 52,48% ou US$ 8,15 bi, passando de US$ 15,53 bi em 2014 para US$ 7,38 bi em 2015.
Com relação ao comércio exterior brasileiro, cabe destaque, ainda, as quedas nas exportações de 12,33% para a China,
principal destino dos produtos brasileiros (US$ 40,62 bi em 2014 e US$ 35,61 bi em 2015) e de 10,91% para os Estados Unidos,
segundo parceiro comercial do Brasil (US$ 27,03 bi em 2014 e US$ 24,08 bi em 2015).
No mercado de trabalho, foram fechados 1.542.371 (saldo) postos de trabalho celetistas em 2015, enquanto em 2014
foram criados 396.993. Dos setores acompanhados, apenas a Agricultura teve saldo positivo, criando 9.821 postos de trabalho,
enquanto a Indústria de Transformação (-608.878), a Construção Civil (-416.959), o setor de Serviços (-276.054), o Comércio (-
218.650), a Indústria Extrativa Mineral (-14.039), a Administração Pública (-9.238) e os Serviços Industriais de Utilidade Pública (-
8.374) tiveram redução significativa de postos de trabalho.
TABELA 1 - PARÂMETROS ECONÔMICOS DO BRASIL, 2014-2015

PARÂMETROS 2014 2015


Desempenho do PIB:

A Preços de Mercado (R$ trilhões)1 5,69 5,9


1
A Preços de Mercado (var. %) 6,98 3,82
1
Série com Ajuste Sazonal (var. %) 0,1 -3,8
2
Saldo da Balança Comercial (US$ FOB bilhões) -4,05 19,69
3
Saldo da Geração de Empregos (milhões) 0,4 -1,54
4
Salário Mínimo (R$ 1,00) 788 880

IPCA (var. % acumulada)5 6,41 10,67

INPC (var. % acumulada)6 6,23 11,28


7
IGP-DI (var. % acumulada) 3,78 10,68

Taxa de Câmbio Média (R$/US$)8 2,35 3,34


9
Reservas internacionais (US$ bilhões) 374,05 368,74
10
Meta da Taxa Selic (% a.a.) 10,00 / 11,75 11,75 / 14,25
1) IBGE (Desempenho do PIB: 2014 – var. % dos valores de 2014 comparados com os valores de 2013; 2015 –
var. % dos valores de 2015 comparados com os valores de 2014); 2) MDIC; 3 e 4) MTE (Saldo da Geração de
Empregos: série ajustada); 5 e 6) IBGE; 7) Fundação Getúlio Vargas – FGV; 8 a 10) Bacen – Reservas
O PIB brasileiro a Internacionais no conceito de liquidez, posição das reservas no último mês do ano; Meta da Taxa Selic (% preços de mercado aumentou
a.a.): taxas de juros f ixadas pelo Comitê de Política Monetária – Copom que iniciaram e f inalizaram o ano.
5,90% no comparativo de 2015 com 2014 (R$ 5,69 tri em 2014 e R$ 5,90 tri em 2015), superior ao comparativo de 2013 com 2014,
que foi de 5,69%. Levando-se em consideração a série com ajuste sazonal, o PIB 2015 teve uma queda de 3,80% em relação a
2014. Em 2014, o crescimento acumulado em relação ao mesmo período de 2013 foi de 0,10%.
Considerando o Valor Adicionado das atividades em 2015, a Agropecuária registrou R$ 263,63 bi, a Indústria R$ 1,15% tri
e os Serviços R$ 3,64 tri. Os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios somaram R$ 848,96 bi. Entre os componentes da
demanda, a Despesa de Consumo das Famílias totalizou R$ 3,74 tri, a Despesa de Consumo da Administração Pública R$ 1,19 tri, a
Formação Bruta de Capital Fixo R$ 1,07 tri e a Variação de Estoques R$ -26,69 bi. A Balança de Bens ficou deficitária em R$ 75,70
bi. O setor de Serviços representou 72,05% do valor adicionado gerado pela economia brasileira, enquanto a Indústria foi
responsável por 22,74% e o setor Agropecuário por 5,21%. As atividades econômicas da Agropecuária, Indústria e Serviços (valores
correntes) tiveram o seguinte desempenho: 3,48% (1,83% na série com ajuste sazonal), -1,69% (-6,21% na série com ajuste sazonal)
e 5,45% (-2,66% na série com ajuste sazonal), respectivamente, no comparativo de 2015 com 2014.2
Por fim, após a apresentação dos principais indicadores da economia brasileira, cabe uma análise mais direcionada à
relação entre governo federal e governos subnacionais, especificamente à política do governo federal para a distribuição de suas
receitas aos estados e municípios, já que é notória a dependência destes aos Fundos de Participação dos Estados e Municípios –
FPE e FPM, constituídos do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR e do Imposto Sobre Produtos
Industrializados – IPI.
O Gráfico 1 demonstra que houve um redução nas receitas compartilhadas com estados e municípios nos últimos 26 anos
(base das Transferências Constitucionais). Em 1989, 62% das receitas arrecadadas pela União eram compartilhadas com estados e
municípios, reduzindo para 44% em 2015, representando uma perda de 18%. Atualmente, a União fica com 56% de suas receitas,
em 1989 ficava com apenas 38%.

2
Indicadores IBGE – Contas Nacionais Trimestrais – Indicadores de Volume e Valores Correntes – Julho a Setembro 2015.
GRÁFICO 1 - % das Receitas da União Compartilhadas com Estados e Municípios e
Exclusivas da União (1989-2015)

%
65

60
62 59 59 58
57 57 56
56 56
55
56 57
57
56
55 54 55 55 54
55 53 53
52 52
55 55 51 51
50

45 45 49 49
48
45 48 47 47
45 46 45 45 46
45
44 44 44 43
40 38 43 43 44
42
43 44
41 41

35
1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015
IPI, IR, ITR e Cide = Tributos compartilhados com os Estados
Compartilhadas com Estados e Municípios
Contribuições e outros impostos (II, IOF) - Tributos não compartilhados
No cálculo, não foram consideradas as Receitas Previdenciárias. Exclusivas da União

6.1 .1 CENÁRIO ECONÔMICO DO TOCANTINS

A expectativa é de que o PIB do Tocantins chegue em 2015 aos R$ 29,30 bi3 (preços correntes), crescendo 9,23% em
relação a 2014, quando o PIB foi previsto em R$ 26,83 bi (Gráfico 2). O PIB per capita acompanhou o desempenho positivo do PIB,
sendo previsto R$ 17.922 para 2014 e R$ 19.341 para 2015, crescimento de 7,92% (Gráfico 3).

3
O último dado oficial do PIB dos Estados brasileiros divulgado pelo IBGE é o de 2013, no entanto, a Secretaria do Planejamento e Orçamento – Seplan-TO faz uma previsão para os anos de 2014 e
2015.
GRÁFICO 2 - PIB a Preços Correntes do Estado do Tocantins, 2011-2015*
Em R$ milhões
30.000 29.304 GRÁFICO 3 - PIB per capita do Estado do Tocantins, 2011-2015* (Em R$)
28.000 26.827 20.000 19.341
26.000 17.922
23.778 18.000
24.000
16.086
22.000 20.676 16.000
20.000 14.584
18.356
18.000 14.000 13.103
16.000
12.000
14.000
12.000 10.000
10.000
8.000
2011 2012 2013 2014 2015
2011 2012 2013 2014 2015
Fonte: IBGE (2011-2013); Seplan-TO (* previsão 2014-2015)
Fonte: IBGE (2011-2013); Seplan-TO (* previsão 2014-2015)

O mercado de trabalho formal celetista perdeu 2.023 empregos em 2015, sendo 83.229 admissões e 85.252
desligamentos (Gráfico 4). No comparativo de 2014 com 2015, houve queda no Tocantins (-127,65%) e no Brasil (-487,40%),
conforme pode ser visualizado no Gráfico 5.
Os principais setores econômicos que contribuíram com o saldo positivo na geração de empregos em 2015 foram (Gráfico
6): Serviços (24.391 admissões, 23.468 desligamentos e saldo de 923), Agropecuária (11.254 admissões, 10.869 desligamentos e
saldo de 385 empregos), Indústria de Transformação (8.884 admissões, 8.653 desligamentos e saldo de 231 empregos), Serviço
Industrial de Utilidade Pública (769 admissões, 647 desligamentos e saldo de 122 empregos) e Administração Pública (116
admissões, 36 desligamentos e saldo de 80 empregos). Os piores saldos vieram da Construção Civil (13.471 admissões, 16.299
desligamentos e saldo de -2.828 empregos), do Comércio (23.951 admissões, 24.461 desligamentos e saldo de -510 empregos) e da
Extrativa Mineral (393 admissões, 819 desligamentos e saldo de -426 empregos)4.
.

4
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE / Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED: as informações têm como base o mercado de trabalho formal celetista. Série ajustada em
dezembro de 2015.
GRÁFICO 5 - Var. % do Saldo de Empregos
2015/2014
GRÁFICO 4 - Geração de Empregos (Saldo) no Estado do Tocantins,
2011-2015 -
10.000 8.419 8.264
-100,00 Tocantins Brasil
8.000 6.547 7.316
6.000 -200,00 -127,65
4.000
2.000 -300,00

0
-2.023 -400,00
-2.000 2011 2012 2013 2014 2015
-4.000 -500,00
-487,40
-600,00
Fonte: MTE/CAGED - Série Ajustada (dez/15) Fonte: MTE/CAGED - Série Ajustada (dez/15)

GRÁFICO 6 - Geração de Empregos (Saldo) do Estado do Tocantins por Setor


Econômico em 2015
1.500
923
1.000
385 231
500 122 80
-
-500 Serviços Agropec. Ind. Transf. Serv. Ind. Adm. Pública Extrativa Comércio Construção
-1.000 Util. Pública Mineral Civil
-426 -510
-1.500
-2.000
-2.500
-3.000
-2.828
-3.500
Fonte: MTE/CAGED - Série Ajustada (dez/15)

No comércio exterior, o Estado do Tocantins teve excelente desempenho em 2015, quando foram exportados US$ 902 mi,
4,89% a mais do que em 2014 (US$ 860 mi). As importações tiverem uma redução de 40,10%, passando de US$ 239 mi em 2014
para US$ 143 mi em 2015 (Gráfico 7). A balança comercial tocantinense foi superavitária em US$ 759 mi, maior superávit da série
histórica disponível (1997-2015). O saldo da balança comercial do Tocantins teve um aumento de 22,17% no comparativo de 2014
com 2015. A brasileira teve um aumento significativo de 585,63% (Gráfico 8).
Os principais produtos exportados foram: Soja e seus resíduos (US$ 647,63 mi ou 71,81% do total), Carnes e seus
subprodutos (US$ 161,85 mi ou 17,95% do total), Milho (US$ 75,31 mi ou 8,35% do total) e Couros (US$ 13,46 mi ou 1,49% do total),
conforme pode ser visualizado no Gráfico 9. Esses produtos corresponderam a 99,61% das exportações tocantinenses.
A pauta de exportações foi composta de 37 tipos diferentes de produtos, destinados a mais de 30 países, dentre eles
China (US$ 351,71 mi ou 39% do total), Espanha (US$ 129,55 mi ou 14,37% do total), Holanda (US$ 64,05 mi ou 7,10% do total) e
Rússia (US$ 49,83 mi ou 5,53% do total). A esses 4 países foram destinados 66% das exportações do Estado.

Já as importações tiveram mais de 100 tipos diferentes de produtos, vindos de mais de 30 países, sendo os principais:
China (US$ 49,74 mi ou 34,82% do total), Estados Unidos (US$ 31,88 mi ou 22,32% do total) e Peru (US$ 9,41 mi ou 6,59% do total),
totalizando 63,72% das importações do Tocantins.

GRÁFICO 7 - Comércio Exterior do Estado do Tocantins, 2011-2015 GRÁFICO 8 - Var. % do Saldo da Balança
(Em US$ Fob milhões) Comercial, 2015/2014
1.000 902
860 700,00
800 702 585,63
644 600,00
600 486 500,00

400 400,00
300,00
200
239 200,00
162 187
- 128 143 100,00
2011 2012 2013 2014 2015
22,17
-
Exportações Importações
Fonte: Secex/MDIC Tocantins Brasil
Fonte: Secex/MDIC
GRÁFICO 9 - Exportação do Estado do Tocantins por Produtos em 2015
(US$ 1.000.000 FOB)
700,00 647,63
600,00
500,00
400,00
300,00
200,00 161,85
100,00
75,31
13,46 3,56
-

Soja e seus Carnes e derivados Milho Couros Outros


resíduos
Fonte: Secex/MDIC

6.2 AÇÃO PRINCIPAL DO GOVERNO

A relevância que levou a gestão 2015-2018 a aprimorar a ação Governo do Tocantins Mais Perto de Você foram, as
condições sociais de sua população que ainda apresentam grandes disparidades entre a região Norte e o Sul do Estado do
Tocantins: enquanto a região centro-oeste e sudeste possui condições socioeconômicas equiparáveis a Estado desenvolvidos, a
região Norte, mais precisamente - Bico do Papagaio –, é mais vulnerável em termos econômicos e sociais, ou seja, as comunidades
da região do Bico do Papagaio se encontram em situação de desamparo pontual, o que propicia o risco social. A superação dessas
desigualdades demanda que o Estado trabalhe na busca da igualdade e ampliação das oportunidades. Nesse sentido, a ação
Governo do Tocantins Mais Perto de Você visa: promover a melhoria da qualidade na educação e na saúde pública; garantir mais
segurança e tranquilidade às pessoas; desenvolver programas articulados, com ênfase na inclusão social, na autonomia, no
desenvolvimento da capacidade produtiva, no espírito empreendedor e, sobretudo na melhoria da qualidade de vida do cidadão
tocantinense mais pobre; e ampliar a infraestrutura física. Apoiado nessa crença e na premissa de que o agir ou não agir de cada um
contribui para a formação e consolidação da ordem social em que vivemos, o Governo do Estado de Tocantins, busca também
aprimorar a gestão pública por meio de ferramentas e tecnologias mais modernas de gestão.
Assim, o Governo do Tocantins, apresenta alguns indicadores sociais e o resultado das ações estaduais nas áreas da
educação, saúde, assistência social, segurança pública, justiça e cidadania, defesa civil, infraestrutura, com as quais o Governo
tentou em 2015 melhorar a qualidade de vida do cidadão e reduzir as diferenças sociais.

6.2.1 INDICADORES SOCIAIS


O Brasil avançou nas últimas décadas em termos sociais e econômicos, porém, continua com elevados déficits em relação
aos países desenvolvidos. Ainda perduram significativas desigualdades entre os Estados da Federação.
O Estado do Tocantins diante do seu nível de desenvolvimento humano, de sua distribuição de riquezas, dos serviços
ofertados aos cidadãos, de sua população economicamente ativa, conseguiu fechar o ano de 2015 acima da média nacional mais
uma vez, demonstrando que a gestão está no caminho certo.

6.2.1.1 AS 6 MELHORES CIDADES PRA MORAR NO TOCANTINS


O Instituto de Pesquisa Econômica – IPEA em pareceria com a Fundação João Pinheiro publicou no mês de setembro de
2015, lista das 10 melhores cidades brasileira pra se morar.
Na lista das 10 cidades mais bem colocadas no ranking nacional, o Estado do Tocantins possui 6 cidades. O
levantamento foi montado exclusivamente com os dados que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM e
basicamente, são levados em conta três itens: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de
vida (renda). As informações estão disponíveis na última edição do Atlas do Desenvolvimento Humano.
A metodologia do índice foi adaptada do IDH Global pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD,
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro.
 PALMAS
A capital é a maior cidade do Estado e consta no topo da lista quando o critério é desenvolvimento humano, com IDHM de
0,788. O município é jovem, foi fundado em 1989, logo após a criação do Estado de Tocantins pela Constituição de 1988. Assim
como Brasília, Palmas foi planejada por arquitetos antes de ser povoada e oficializada como a capital do estado. Hoje o município
tem em torno de 266 mil habitantes.
 PARAÍSO DO TOCANTINS
O nome do município faz referência às belezas naturais da região, como as águas cristalinas dos rios Pernada e Buriti, a
Serra do Estrondo e a exuberância da vegetação típica do cerrado. Trata-se de uma cidade pequena, com cerca de 46 mil habitantes.
O IDHM da cidade é de 0,764.

 GURUPI
Localizada no sul do Estado, Gurupi tem economia baseada em pecuária e agricultura. A cidade tem 82 mil habitantes
aproximadamente e abriga um campus da Universidade Federal do Tocantins – UFT. A história de Gurupi está diretamente ligada à
construção da BR-153, rodovia que liga Belém à Brasília, também chamada de Rodovia Transbrasiliana. O IDHM do município é de
0,759.
 ARAGUAÍNA
Foi a maior cidade do Estado durante os primeiros anos de existência do Tocantins, sendo posteriormente ultrapassada
por Palmas. Araguaína tem hoje em torno de 167 mil habitantes, IDHM de 0,752 e sua maior força econômica está na agropecuária,
incluindo três frigoríficos considerados como referências nacionais: Bertin, Minerva e Boiforte. A cidade é rodeada por médias e
grandes fazendas.
 GUARAÍ
É outro município que foi impulsionado pela construção da rodovia BR-153. Desde 1991, Guaraí tem evoluído em todos os
critérios considerados para o cálculo do IDHM, mas há especial destaque para os índices educacionais. Há 15 anos apenas 2% da
população possuía curso superior. Agora, esse número foi elevado a 12,9%. A população é de 24 mil habitantes. O IDHM, de 0,741.
 PORTO NACIONAL
No século XIX, a principal via de acesso ao antigo povoado era o rio Tocantins, e por meio dele eram transportadas
mercadorias de Porto Nacional para Belém, com a construção da rodovia BR-153, é que o fluxo de pessoas e cargas passou a se
dar, principalmente, por via terrestre. A cidade tem aproximadamente 51 mil habitantes e seu IDHM é de 0,740.

Tabela 2 - IDHM das 6 Melhores Cidades do Tocantins


ESTIMATIVA DE
RANKING CIDADE HABITANTES IDHM
1º Lugar Palmas 266 mil 0,788
2º Lugar Paraíso do Tocantins 46 mil 0,764
3º Lugar Gurupi 82 mil 0,759
4º Lugar Araguaína 167 mil 0,752
6º Lugar Guaraí 24 mil 0,741
7º Lugar Porto Nacional 51 mil 0,74
Fonte: IPEA
6.3 AÇÕES PRIORITÁRIAS DE GOVERNO

6.3.1 EDUCAÇÃO
O Governo do Estado vem investindo em diversas frentes para qualificar a educação no Tocantins. O trabalho inclui desde
construção, reforma e a ampliação de escolas até capacitação de Professores e atualização curricular.
O sistema educacional do Estado é formado pela educação básica e pelo ensino superior. A educação básica, em 2015,
possui 532 Unidades Escolares e 9.122 Professores efetivos, além dos temporários, para atender 182.231 estudantes, distribuídos
nas seguintes modalidades, como pode ser observado no Gráfico 10.
Dos Professores efetivos da educação básica,
56% possui especialização, conforme Gráfico 11.
 GESTÃO COMPARTILHADA
O Governo do Estado do Tocantins prioriza a educação pública de qualidade, buscando alternativas e inovações que
favoreçam a eficácia do Sistema Estadual de Ensino, de modo que a participação efetiva da comunidade no processo educacional e
a conquista de uma autonomia são indispensáveis para a consolidação de um ensino de qualidade para todos.
Com a gestão democrática, a escola pública utiliza de instrumentos como a mobilização, a organização e a articulação das
condições materiais e humanas para o avanço dos seus processos socioeducacionais.
Uma educação de qualidade resulta do conjunto das relações dos fatores interno e externos existentes no espaço escolar,
e da forma como essas relações estão organizadas.
O Programa Escola Comunitária de Gestão Compartilhada propõe, dessa forma, um novo panorama para as relações
internas e externas das Unidades Escolares.
O cálculo do montante dos repasses é realizado com base no número de alunos apresentados no CENSO 2014, e, quando
a Unidade Escolar apresentar variação de número de alunos matriculados, no exercício vigente, no Sistema de Gerenciamento
Escolar - SGE, em relação ao censo escolar do ano anterior, haverá adequação dos valores, observando a disponibilidade
orçamentário-financeira.
Para cobrir os custos com a manutenção das Unidades Escolares, a SEDUC, por meio do Programa Escola Comunitária
de Gestão Compartilhada, repassa os recursos financeiros às Associações de Apoio as Escolas, em 10 parcelas. As transferências
são efetuadas a partir dos valores estabelecidos para cada Unidade Executora, quando é elaborado o Cronograma de Desembolso
anual, contendo os valores das parcelas a serem repassadas.
Para as escolas que oferecem o ensino de forma convencional e de tempo integral, bem como Escolas Agrícolas e
Especiais, o valor da per capita é definido de forma diferenciada, com intuito de adequar às despesas demandadas por tais escolas.
Para que seja feito às transferências dos recursos, a SEDUC, em conformidade com a Lei nº. 1.616, de 13 de outubro de
2005, repassa automaticamente os recursos, sem necessidade de formalizar convênio, no entanto, há a necessidade de apresentar a
prestação de contas, conforme Instrução Normativa nº. 006, de 18 de agosto de 2010, alterada pela IN nº. 014 de 16 de setembro de
2011.
Trata-se de um processo gerencial de planejamento, elaborado de forma participativa e coordenado pela liderança da
escola, com o apoio da Superintendência de Administração, Infraestrutura e Finanças, Diretoria Financeira e a Gerência de
Convênios e Contratos.

 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDIGENA


Em 2015, as comunidades indígenas do Tocantins receberam ampla assistência na área da educação iniciou o ano letivo
com Aula Inaugural na comunidade indígena Xerente, aldeia Funil, município de Tocantínia. As Unidades Escolares das aldeias
indígenas atenderam, em 2015, 4.300 alunos de 49 escolas de ensino fundamental, 818 alunos de 33 escolas de ensino médio e 454
alunos de 12 escolas de Educação e Jovens e Adultos.
 INFRAESTRUTURA
O Governo do Estado do Tocantins, com recurso da União e do Banco Interamericano para Reconstrução e
Desenvolvimento, esta investindo na construção, ampliação e reforma de dezenas de escolas. Em 2015, foi inaugurada a Escola
Estadual Meira Matos uma antiga demanda da comunidade de Aparecida do Rio Negro, haja vista que antes a comunidade estudantil
era atendida em uma escola de placa construída pelo Governo do Estado de Goiás. A nova Unidade Escolar atenderá um público de
1.440 estudantes, em uma estrutura que conta com 12 salas de aula, biblioteca, quadra poliesportiva coberta, refeitório coberto, três
laboratórios e um miniauditório. Ao todo, foram investidos mais de R$ 4,8 milhões entre recursos federais e contrapartidas do Estado.
As novas instalações da Escola Estadual de Tempo Integral Meira Matos oferecem espaço para desenvolvimento das
atividades cultural e esportiva. Na estrutura esportiva, há quadra poliesportiva coberta com arquibancada com capacidade para mais
de 200 pessoas.
Atualmente são cerca de R$ 100 milhões em investimentos por meio de recursos do tesouro estadual e convênios para
construção de 13 escolas estaduais distribuídas nos municípios de Palmas, Araguaína, Araguatins, Arraias, Filadélfia, Miranorte,
Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso e Porto Nacional. Destas, sete são modelo padrão, cada uma com capacidade para 1,5 mil
estudantes em tempo integral.
Conforme dados da Diretoria de Obras Educacionais da SEDUC, além das obras para construção de novas escolas, 22
unidades de ensino da rede estadual passaram por reforma para melhoria ou ampliação da estrutura com a construção de novas
salas de aula, pátios cobertos, quadras esportivas, paisagismo, entre outros espaços nas unidades de ensino. Neste caso, entre
recursos próprios e por meio de convênios, o investimento é de R$ 8,2 milhões.

 JOGOS ESTUDANTIS DO TOCANTINS – JET’s


É dever do Estado promover o acesso às atividades esportivas, como parte da formação integral dos alunos, possibilitando
a sua participação e socialização, uma vez que o esporte é um agente transformador cada vez mais atuante na sociedade,
proporcionando o intercâmbio sócio-esportivo entre os estudantes do estado do Tocantins e demais Entes da Federação.
Assim, as Escolas da rede estadual, municipal e privada do Estado do Tocantins participam dos Jogos Escolares da
Juventude – JEJ’s, exercício 2015. Para participar desse evento foi necessário que as escolas disputem as fases municipal, regional
e estadual, conforme Regulamento Geral 2015 do JET’s.
Os Jogos Escolares da Juventude integram atletas escolares da rede pública e privada do país, envolvendo
aproximadamente seis mil jovens nas idades de 12 a 14 e 15 a 17, em duas edições anuais. Para participar do evento os alunos-
atletas do Estado do Tocantins passou por seletivas municipais, regionais e estaduais até chegar à etapa nacional, em que os atletas
escolares representam a escola do Estado de origem.
Seguindo o padrão de organização do Comitê Olímpico Brasileiro – COB, o JET’s, para o exercício de 2015, o Governo do
Estado do Tocantins procurou oferecer melhores condições de arbitragem aos seus participantes, ou seja, as regras dos jogos foram
adequadas ao CÓDIGO NACIONAL DE ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA E DISCIPLINA DESPORTIVA – CNOJDD, que dispõe sobre a
organização da justiça desportiva, o processo e as medidas disciplinares relativas aos eventos esportivos sob a organização,
coordenação e/ou supervisão do Ministério do Esporte e Turismo – MET / Secretaria Nacional de Esporte – SNE, demonstrando
assim, a imparcialidade dos Professores de Educação Física – lotados na rede pública ou privado.

 FORMAÇÃO CONTINUADA
Valorizar o servidor e dar condições para o aprimoramento profissional dos educadores tocantinenses são objetivos do
Governo do Estado em busca da melhoria constante da educação básica na rede estadual de ensino. Este ano, por meio da
Secretaria de Estado da Educação foram deferidas 25 concessões de afastamento para que professores possam cursar mestrado e
doutorado. A licença é de dois anos e remunerada.
Para o Governo do Tocantins, é de grande relevância o investimento na formação constante dos servidores da educação,
pois somente assim o Estado alcançará os resultados os indicadores educacionais e sociais, a concessão do afastamento
remunerado para fazer mestrado, doutorado, assim como as diversas formações que são oferecidas aos servidores da Educação,
são apenas reflexo da política de valorização dos educadores.
Foi ofertada também, formação continuada a 135 Diretores de escola utilizando a técnica Coaching em Liderança
Educacional – processo de aprimoramento humano e aceleração de resultados. O processo busca o alcance de metas e objetivos,
por meio do desenvolvimento de capacidades e habilidades emocionais, psicológicas e comportamentais –, com recurso de
empréstimo firmado entre Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) para Projeto de Desenvolvimento
Regional Integrado e Sustentável – PDRIS, Programa Estrada do Conhecimento.

6.3.2 ASSISTÊNCIA SOCIAL


Diminuir a extrema pobreza, garantir os direitos sociais e investir na qualificação e geração de renda são os eixos
estruturantes, criados pelo Governo do Estado para promover o bem-estar da população tocantinense. No exercício de 2015 a
Secretaria do Trabalho e Assistência Social realizou várias ações, as mais relevantes:

 PROGRAMA TOCANTINS DO TRABALHO DECENTE


O trabalho escravo existe desde a antiguidade e infelizmente ainda persiste na sociedade contemporânea. O Governo do
Tocantins no exercício de 2015 uniu forças com outros Poderes, Legislativo, Judiciário e Civil com a intenção única de resgatar a
dignidade dos trabalhadores tocantinenses.
Assim com o objetivo de debater aspectos do trabalho escravo, suas facetas, a importância da atuação dos órgãos
públicos na repressão e no combate ao trabalho escravo contemporâneo e promover os direitos dos trabalhadores tocantinenses, o
Governo do Estado cria o “Programa Tocantins do Trabalho Decente”.
 CASA DE APOIO VERA LUCIA PAGANI
As pessoas do interior do Tocantins e até mesmo de outros Estados da Região que utilizam os hospitais públicos de
Palmas contam com uma atenção especial do Governo do Estado no momento em que mais precisam. Para proporcionar segurança,
conforto e a proximidade dos familiares com os pacientes internados, ou mesmo aqueles que receberam alta médica e ainda não
voltaram para a sua cidade de origem o governo oferece acomodação na “Casa de Apoio”. O aludido espaço de apoio fornece
hospedagem e alimentação para pacientes e familiares de pacientes, serviços de apoio aos internos como orientação psicológica,
pedagógica, assistência social e um cronograma diversificado de atividades, como realização de palestras, atividades religiosas,
contação de histórias, dentre outras.

 TRABALHO E RENDA
O ”Projeto Apoiando e Acreditando nas Famílias Tocantinenses”, em 2015, capacitou mais de 700 pessoas e muitos já
conseguiram montar o próprio negócio. A AAFETO é um projeto de inclusão produtiva realizado em Palmas com o intuito de
incentivar e apoiar mães de família a se profissionalizarem e buscarem sua própria renda. O Projeto tem sido um importante apoio do
Governo do Estado para realização de sonhos como aprender um ofício, conquistar um emprego ou abrir o próprio negócio. O
programa de geração de renda tem a pretensão de transformar cada tocantinense que passar pelo AAFETO num empreendedor.

6.3.3 SEGURANÇA PÚBLICA


O Governo do Tocantins vem investindo continuamente em ações de segurança pública, com o objetivo de honrar
compromisso de proteger as pessoas. Em 2015, os investimentos continuaram concentrados em estrutura física, mobilidade policial,
equipamentos de proteção individual e ampliação do sistema de vigilância eletrônica, fomentando a integração.
Os investimentos foram realizados com recursos do Tesouro Estadual e com Parceria Pública e Privada, conforme
apresentado a seguir:
 LABORATÓRIO CONTRA LAVAGEM DE DINHEIRO
O “Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro” da Polícia Civil do Estado do Tocantins/LAB-LD PC/TO, fruto
de convênio com o Ministério da Justiça, foi instituído no âmbito da Diretoria de Inteligência e Estratégia por meio da Portaria SSP nº
716, de 20 de agosto de 2015, publicada no Diário Oficial do Estado nº 4.445, de 26 de agosto de 2015.
Órgão de assessoramento e sistematização, o Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro possui diversas
atribuições, destacando-se a operacionalização do Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias – SIMBA e a elaboração
de relatórios de análise cadastral, bancária, financeira (RIFCOAF), fiscal e evolução patrimonial. Destarte, com a implantação do
Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, a Polícia Civil do Estado do Tocantins terá instrumentos que garantirão
maior efetividade nas investigações de crimes de lavagem de dinheiro, financeiros, contra a administração pública, dentre outros.

 REAPARELHAMENTO DAS UNIDADES DE SEGURANÇA PÚBLICA


Tendo como objetivo aparelhar a segurança pública, o Governo do Tocantins firmou Termo de Convênio com a União e
Termo de Cooperação com Instituições Financeira e Poder Judiciário: Banco do Brasil S.A., Caixa Econômica Federal, Tribunal
Regional Federal, Justiça Federal, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas do Estado, recebendo por doação: mobiliários,
aparelhos e utensílios domésticos e Equipamentos de Tecnologia da Informação.

 PROJETO MULHERES DA PAZ


Visando a promoção da cidadania e autonomia das mulheres tocantinenses por meio de orientações jurídicas e realização
de capacitações profissionais, o Governo do Estado intensificou, no exercício 2015, ações de conscientização entre as mulheres do
interior do Tocantins. O trabalho esta sendo realizado com o auxílio de dois ônibus doados pela Secretaria de Políticas para as
Mulheres, da Presidência da República.
Os veículos foram equipados para promover minipalestras sobre a Lei Maria da Penha e assuntos como
empreendedorismo, oferecendo informação às mulheres para promover a sua autonomia, enquanto cidadãs. Os ônibus percorreram
seis polos regionais em todo o Estado.

6.4 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

6.4.1 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

O Balanço Orçamentário apresenta as receitas detalhadas por categoria econômica e origem, especificando a previsão
atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo. Demonstra também as despesas fixadas por categoria econômica e grupo
de natureza de despesa, discriminando a dotação inicial, dotação atualizada para o exercício financeiro, despesas empenhadas,
despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação. Sua estrutura obedece ao modelo que foi estabelecido na Lei nº
4.320/1964. A partir da comparação entre as receitas e as despesas, o resultado poderá ser deficitário, superavitário ou de equilíbrio
orçamentário.
O Balanço Orçamentário do Estado Tocantins apresentado de forma resumida no exercício 2015, demonstra as receitas e
despesas previstas em confronto com as realizadas. Tabela 3.
Tabela 3 - BALANÇO ORÇAMENTÁRIO RESUMIDO
RECEITAS ORCAMENTARIAS PREVISAO INICIAL PREVISAO ATUALIZADA RECEITAS REALIZADAS
RECEITAS CORRENTES (I) 8.537.992.713,00 8.551.465.158,00 7.685.400.288,01
RECEITA TRIBUTARIA 2.295.887.472,00 2.294.365.750,00 2.396.604.317,52
RECEITA DE CONTRIBUICOES 1.318.818.951,00 1.318.818.951,00 872.903.892,53
RECEITA PATRIMONIAL 644.533.700,00 644.667.022,00 514.084.004,89
RECEITA DE SERVICOS 51.156.252,00 52.677.974,00 38.950.861,86
TRANSFERENCIAS CORRENTES 4.076.955.834,00 4.089.382.336,00 3.729.065.715,00
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 150.640.504,00 151.553.125,00 133.791.496,21
RECEITAS DE CAPITAL (II) 1.186.620.414,00 1.184.421.380,00 446.722.386,18
OPERACOES DE CREDITO 796.026.742,00 796.026.742,00 366.714.315,01
ALIENACAO DE BENS 13.109.705,00 13.109.705,00 10.681.974,41
AMORTIZACOES DE EMPRESTIMOS 35.000.000,00 35.000.000,00 11.832.747,28
TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 342.483.967,00 340.284.933,00 10.525.971,20
OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 0 0 46.967.378,28
SUBTOTAL DAS RECEITAS (IV) = (I+II+III) 9.724.613.127,00 9.735.886.538,00 8.132.122.674,19
SUBTOTAL C/ REFINANCIAMENTO (VI) = (IV+V) 9.724.613.127,00 9.735.886.538,00 8.132.122.674,19
DEFICIT (VII) 0 66.702.214,96 0
TOTAL (VIII) = (VI+VII) 9.724.613.127,00 9.802.588.752,96 8.132.122.674,19
SALDOS DE EXERCICIOS ANTERIORES 0 66.702.214,96 0
SUPERAVIT FINANCEIRO 0 66.702.214,96 0
DESPESAS ORCAMENTARIAS DOTACAO INICIAL DOTACAO ATUALIZADA DESPESAS EMPENHADAS
DESPESAS CORRENTES (IX) 7.471.028.640,00 7.503.170.341,00 6.808.227.870,10
PESSOAL E ENCARGO SOCIAL 4.793.850.720,00 4.922.855.954,00 4.465.597.951,80
JUROS E ENCARGOS DA DIVIDA 152.806.229,00 160.183.954,00 158.338.065,67
OUTRAS DESPESAS CORRENTES 2.524.371.691,00 2.420.130.433,00 2.184.291.852,63
DESPESAS DE CAPITAL (X) 1.565.965.658,00 1.658.361.895,96 677.821.625,76
INVESTIMENTOS 1.310.841.389,00 1.286.679.780,96 341.709.219,83
INVERSOES FINANCEIRAS 35.300.000,00 42.705.209,00 8.749.094,73
AMORTIZACAO DA DIVIDA 219.824.269,00 328.976.906,00 327.363.311,20
RESERVA DE CONTINGENCIA (XI) 687.618.829,00 641.056.516,00 0
SUBTOTAL DAS DESPESAS (XII) = (IX+X+XI) 9.724.613.127,00 9.802.588.752,96 7.486.049.495,86
SUBTOTAL C/ REFINANCIAMENTO (XIII) = XII 9.724.613.127,00 9.802.588.752,96 7.486.049.495,86
SUPERAVIT (XV) 0 0 646.073.178,33
TOTAL (XVII) = (XV+XVI) 9.724.613.127,00 9.802.588.752,96 8.132.122.674,19
SIAB0020 - 28/03/2016 - 09:22:39
A Receita Total atingiu o montante de R$ 8.132.122.674,19, o que corresponde a 83,53% do orçamento previsto e
atualizado; apresenta frustração na arrecadação de R$ 1.603.763.863,81, ou seja, 16,47%.
Mais vale à pena observar que a maior frustração de receita ocorreu no grupo de receita de Capital – apenas 37,72% -, ou
seja, o Estado do Tocantins deixou de captar de Receita de Capital 62,28%.
No que tange as despesas, observa-se que do valor de R$ 9.802.588.752,96 fixado, foi empenhado somente R$
7.486.049.495,86 representando 76,37% da previsão atualizada.
Frisa-se, ainda, que do montante das Despesas Orçamentárias de Capital fixada o Estado executou somente 40,87%
impulsionada pela Amortização da Dívida que atingiu 99,51%.

6.4.1.1 ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO POR MEIO DE QUOCIENTES RESULTADO ORÇAMENTÁRIO

A análise de balanço por quocientes é determinada em função da relação existente entre dois elementos heterogêneos de
um mesmo exercício, indicando-se quantas vezes o divisor esta contido no dividendo, como na operação matemática de divisão.

 QUOCIENTE DO RESULTADO ORÇAMENTÁRIO: é a relação entre a Receita Realizada e a Despesa Executada,


indicando se o resultado foi superávit, deficitário ou nulo.
Esse quociente indica que para cada R$ 1,00 de Receita Realizada serve de cobertura para Despesa Executada.

Interpretação do quociente:
Quando o quociente for = (igual) a 1, Receita Realizada é igual à Despesa Executada.
Quando o quociente for > (maior) que 1, Receita Realizada é maior do que a Despesa Executada, portanto, a diferença
representa um superávit.
Quando o quociente for < (menor) que 1, Receita Realizada é menor do que a Despesa Executada, portanto, a diferença
representa um déficit.
No exercício financeiro de 2015 o quociente é o que segue:

RECEITA ARRECADADA = 8.132.122.674,19 = 1,08


DESPESA EMPENHADA 7.486.049.495,86

 QUOCIENTE DA EXECUÇÃO DA RECEITA: esse índice demonstra qual o montante da Receita Prevista Atualizada
que o Estado do Tocantins conseguiu arrecadar, excetuando aqui a dedução do Déficit Financeiro de Exercícios Anteriores.

Interpretação do quociente:
Quando o quociente for = (igual) a 1, a arrecadação foi exatamente o valor previsto.
Quando o quociente for > (maior) que 1, houve excesso de arrecadação
Quando o quociente for < (menor) que 1, houve insuficiência de arrecadação.

RECEITA ARRECADADA = 8.132.122.674,19 = 0,83


RECEITA PREVISTA ATUALIZADA 9.802.588.752,96
Portanto, para o exercício financeiro de 2015, houve frustração de arrecadação, ou seja, para cada R$ 1,00 de receita
prevista foi arrecadado somente R$ 0,83, com a diferença de R$ 0,17.

 QUOCIENTE DA EXECUÇÃO DA DESPESA demonstra a relação entre a Despesa Empenhada e a Despesa Fixada e
tem por finalidade indicar a economia orçamentária. No exercício de 2015 verifica-se que para cada R$ 1,00 de despesa fixada,
executou-se aproximadamente R$ 0,77, conforme calculado abaixo:

DESPESA EMPENHADA = 7.486.049.495,86 = 0,76


DESPESA FIXADA 9.802.588.752,00
Assim, para cada R$ 1,00 de Despesas Orçamentárias fixadas no exercício financeiro de 2015, o Estado do Tocantins
empenhou somente R$ 0,76, motivado pela frustração de receita.

6.4.1.2 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO

O Estado do Tocantins, no exercício de 2015, apresentou superávit orçamentário no montante de R$ 646.073.178,33,


resultado da diferença do total das Receitas Realizadas e das Despesas Empenhadas, conforme apresentado na Tabela 3.
Colacionando o resultado do exercício de 2015 com o resultado de 2014, percebe-se que houve um aumento no superávit
corrente e de capital.
As Receitas Correntes no quadriênio PPA 2012-2015 tiveram um aumento em média de 28,37%, e em contrapartida a
Despesas Correntes um acrescentamento de 33,84%, conforme demonstrado na Tabela 4. Já as Receitas e Despesas de Capital
tiveram decréscimo de 11,68% e 1,15%, respectivamente.

Tabela 4 - Resultado Orçamentário Resumido

ESPECIFICAÇÃO 2015 AV AH 2014 AV AH 2013 AV AH 2012


RECEITAS
RECEITA CORRENTES 7.685.400.288,01 94,51% 11,26% 6.907.556.501,99 86,21% 14,47% 6.034.604.898,13 86,79% 6,89% 5.645.649.684,60
REC. CORRENTES INTRA-ORÇAMENTÁRIA - 0,00% 551.257.051,19 6,88% 31,65% 418.717.000,85 6,02% 22,71% 341.226.825,52
RECEITA DE CAPITAL 446.722.386,18 5,49% -19,38% 554.112.580,32 6,92% 10,83% 499.946.658,66 7,19% -29,01% 704.256.446,44
TOTAL DAS RECEITAS 8.132.122.674,19 100,00% 8.012.926.133,50 1,49% 15,24% 6.953.268.557,64 100,00% 3,92% 6.691.132.956,56
DESPESAS
DESPESAS CORRENTES 6.808.227.870,10 90,95% 18,13% 5.763.496.601,23 76,77% 9,30% 5.273.300.275,62 79,58% 11,89% 4.712.890.935,84
DESP. COR. INTRA-ORÇAMENTÁRIA 0,00% 553.962.295,32 7,38% 33,65% 414.500.264,46 6,26% 17,92% 351.497.335,47
DESPESAS DE CAPITAL 677.821.625,76 9,05% -43,04% 1.189.976.390,37 15,85% 26,77% 938.708.860,35 14,17% 30,67% 718.372.516,09
TOTAL DAS DESPESAS 7.486.049.495,86 100,00% 7.507.435.286,92 100,00% 13,29% 6.626.509.400,43 100,00% 14,59% 5.782.760.787,40
Fonte: SIAFEM

6.4.2 DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA


A receita pública é a entrada de recursos financeiros nos cofres públicos de forma definitiva, incondicional e que acresça
um elemento positivo no patrimônio do Estado ou ingressos extra-orçamentários, quando representam apenas entradas
compensatórias.
São orçamentárias as receitas que estiverem previstas no orçamento de modo que serão consideradas quando da fixação
das despesas públicas. O gestor público poderá contar com elas para fazer frente às despesas públicas.
Para o exercício de 2015, a receita foi orçada em R$ 9.724.613.127,00, alcançando, em 31 de dezembro, o montante
realizado de R$ 8.132.122.674,19. A partir do exercício de 2007, por força das Portarias Interministeriais STN/SOF 688, de 14 de
outubro de 2005, e 338, de 26 de abril de 2006, as transações entre órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais
dependentes e outras entidades integrantes da mesma esfera de governo, decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços,
pagamento de impostos, taxas e contribuições, passaram a ser tratadas orçamentariamente, sob o título de Despesas e Receitas
Intraorçamentárias. Em valores originais, a composição da receita realizada ficou assim representada:
Tabela 5 - ANÁLISE DA RECEITA PREVISTA E RECEITA REALIZADA
ESPECIFICACAO 2015 2014
PREVISÃO ATUAL AV ARRECADADA AV PREVISÃO AV ARRECADADA AV
TOTAL RECEITA TRIBUTARIA 2.607.416.347,00 26,78% 2.722.517.972,44 33,48% 2.350.030.678,00 26,75% 2.465.111.005,35 30,76%
TOTAL RECEITAS DE CONTRIBUICOES 476.042.214,00 4,89% 415.191.784,15 5,11% 398.137.325,00 4,53% 416.277.220,35 5,20%
TOTAL RECEITA PATRIMONIAL 644.667.022,00 6,62% 514.981.155,19 6,33% 521.034.229,00 5,93% 607.016.623,75 7,58%
TOTAL RECEITA DE SERVICOS 52.677.974,00 0,54% 38.952.339,86 0,48% 42.827.156,00 0,49% 45.010.685,71 0,56%
TOTAL TRANSFERENCIAS CORRENTES 4.806.875.067,00 49,37% 4.393.419.952,40 54,03% 4.674.275.212,00 53,21% 4.200.132.718,88 52,42%
TOTAL OUTRAS RECEITAS CORRENTES 145.561.133,00 1,50% 118.253.996,76 1,45% 91.179.548,00 1,04% 91.668.790,52 1,14%
TOTAL DEDUCOES DA RECEITA -1.030.543.328,00 -10,58% -1.006.640.173,80 -12,38% -979.884.249,00 -11,16% -917.675.983,51 -11,45%
TOTAL RECEITAS CORRENTES 7.702.696.429,00 79,12% 7.196.677.027,00 88,50% 7.097.599.899,00 80,80% 6.907.541.061,05 86,20%
TOTAL OPERACOES DE CREDITO 796.026.742,00 8,18% 366.714.315,01 4,51% 1.008.482.200,00 11,48% 413.430.722,54 5,16%
TOTAL ALIENACAO DE BENS 13.109.705,00 0,13% 10.681.974,41 0,13% 25.617.079,00 0,29% 23.778.538,41 0,30%
TOTAL AMORTIZACAO DE EMPRESTIMOS 35.000.000,00 0,36% 11.836.964,43 0,15% 34.000.000,00 0,39% 16.495.906,14 0,21%
TOTAL TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 340.284.933,00 3,50% 10.525.971,20 0,13% 616.927.069,00 7,02% 100.422.854,17 1,25%
TOTAL OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL - 0,00% 46.967.378,28 0,58% 0,00% 0,00%
TOTAL RECEITAS DE CAPITAL 1.184.421.380,00 12,17% 446.726.603,33 5,49% 1.685.026.348,00 19,18% 554.128.021,26 6,92%
TOTAL RECEITAS CORRENTES INTRA-ORCAMENTARIAS 848.768.729,00 8,72% 488.719.043,86 6,01% 1.357.657,00 0,02% 551.257.051,19 6,88%
TOTAL GERAL DO ESTADO: 9.735.886.538,00 8.132.122.674,19 8.783.983.904,00 8.012.926.133,50
SIAB0047 - 25/02/2016 - 21:20:49

Gráficos 12 e 13 demonstram os percentuais de cada receita no montante arrecadada.


O

O Estado do Tocantins apresentou no exercício financeiro de 2015, receita inferior a prevista, no montante de R$
1.603.763.863,81, representando 23,63% do valor previsto, motivado pelo reflexo da crise econômica que o País vem passando.
Observando as receitas por categoria verifica-se um montante arrecadado de R$ 7.196.677.027,00 de receitas correntes e
R$ 446.726.603,33 de receitas de capital, sendo que as correntes foram responsáveis pelo percentual de 88,50%, de capital de
5,49% e as Receitas Intra-Orçamentárias 6,01%.

6.4.2.1 RECEITAS CORRENTES

São os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, visando à consecução dos objetivos
constantes dos programas e ações do governo, ou seja, são aquelas que aumentam o patrimônio público. Assim, são correntes as
receitas que se encaixam dentro da atividade estatal corriqueira, cotidiana, de obtenção de recursos, por isso chamadas receitas
correntes.
6.4.2.1.1 RECEITA TRIBUTÁRIA COM ÊNFASE NA ARRECADAÇÃO DO ICMS

A arrecadação do ICMS, principal tributo do Estado do Tocantins, teve um desempenho positivo, passando de R$ 1,89 bi
em 2014 para R$ 2,06 bi em 2015 (Gráfico 14), com crescimento nominal de 8,84% e real de -0,12%, percentual abaixo da média
histórica do período analisado (2007-2015), que foi de 12,47% (nominal) e 6,25% (real).

Mesmo nesse momento de crise econômica, a arrecadação do ICMS do Estado do Tocantins teve o 4o melhor
desempenho do Brasil, no comparativo de 2014 com 2015, com crescimento nominal de 8,84%, ficando atrás apenas do Mato
Grosso, que cresceu 12,94%, do Paraná, com 9,32% e do Acre, com 9,17% (Tabela 6).
O desempenho da arrecadação do ICMS do Estado do Tocantins foi bem superior à média brasileira, 3,40%. Em 2014, o
ICMS do Tocantins representou 0,49% do ICMS recolhido no Brasil, em 2015, essa participação aumentou para 0,51%. Na região
Norte, o Estado foi responsável por 8,30% do ICMS arrecadado em 2015, em 2014 representou 7,85%.
ARRECADAÇÃO DO ICMS DO BRASIL, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO
2014-2015
Em R$ mil
Unidades da 2014 2015
Var. %
Federaçao Valor % Total Valor % Total
1
Mato Grosso 8.038.089 2,07 9.078.004 2,26 12,94
2
Paraná 22.815.805 5,87 24.941.842 6,21 9,32
3
Acre 896.908 0,23 979.178 0,24 9,17
4
TOCANTINS 1.894.719 0,49 2.062.226 0,51 8,84
5
Piauí 2.979.359 0,77 3.222.825 0,80 8,17
6
Pará 9.067.286 2,33 9.740.023 2,42 7,42
7
Roraima 606.921 0,16 648.604 0,16 6,87
8
Sergipe 2.732.000 0,70 2.917.660 0,73 6,80
9
Alagoas 2.927.852 0,75 3.120.601 0,78 6,58
10
Bahia 18.116.514 4,66 19.289.647 4,80 6,48
11
Maranhão 4.715.626 1,21 5.018.954 1,25 6,43
12
Espírito Santo 9.025.731 2,32 9.473.466 2,36 4,96
13
Rio Grande do Sul 25.854.212 6,65 27.125.892 6,75 4,92
14
Rondônia 3.006.652 0,77 3.142.647 0,78 4,52
15
Demais UFs 275.978.434 71,01 281.105.312 69,95 1,86
BRASIL 388.656.108 100,00 401.866.882 100,00 3,40
Fo nte: Secretaria de Fazenda, Finanças o u Tributação ; No ta: 2015 - M S (ago , set, o ut, no v e dez co m base na média
de jan-jul)

Os segmentos econômicos com maior representatividade na arrecadação do ICMS em 2015 foram (Tabela 7):
Combustíveis, Lubrificantes, GLP e Outros Derivados de Petróleo (R$ 731,91 mi ou 35,49% do total); Energia Elétrica (R$ 259,53 mi
ou 12,59% do total); Telecomunicações (R$ 160,07 mi ou 7,76% do total); Veículos Automotores e Componentes (R$ 133,98 mi ou
6,50% do total); Bebidas em Geral (R$ 116,22 mi ou 5,64% do total) e Material de Construção em Geral (R$ 87,32 mi ou 4,23% do
total). Essas 6 atividades econômicas representaram 72,21% do total do ICMS recolhido em 2015.
Os melhores desempenhos em 2015, comparados com 2014, entre os principais segmentos econômicos foram (Tabela 7):
Energia Elétrica (45,25%, sendo R$ 178,68 mi em 2014 e R$ 259,53 mi em 2015); Carnes e Derivados (23,54%, sendo R$ 43,95 mi
em 2014 e R$ 54,29 mi em 2015); Hipermercados e Congêneres (19,20%, sendo R$ 58,06 mi em 2014 e R$ 69,21 mi em 2015) e;
Produtos Agropecuários e Veterinários (14,23%, sendo R$ 17,97 mi em 2014 e R$ 20,52 mi em 2015). Os piores desempenhos
vieram de Transportes em Geral e Armazenagens (-19,70%, sendo R$ 30,44 mi em 2014 e R$ 24,44 mi em 2015); Móveis,
Eletrodomésticos, Aparelhos Eletrônicos, de uso Pessoal e Doméstico (-13,31%, sendo R$ 50,33 mi em 2014 e R$ 43,64 mi em
2015) e Veículos Automotores e Componentes (-8,69%, sendo R$ 146,74 mi em 2014 e R$ 133,98 mi em 2015).
O Cadastro de Contribuintes do ICMS é composto de 115.475 contribuintes ativos, sendo 24.402 empresas, pessoas
jurídicas (21,13% do total), e 91.073 produtores rurais, pessoas físicas (78,87% do total). As atividades econômicas mais
representativas entre as empresas foram (Tabela 7): Hipermercados e Congêneres (2.757 empresas ou 11,30% do total); Material de
Construção em Geral (2.703 empresas ou 11,08% do total); Tecidos, Confecções, Vestuário e Calçados (2.282 empresas ou 9,35%
do total) e; Veículos Automotores e Componentes (2.269 empresas ou 9,30% do total).
TABELA 7 – Arrecadação do ICMS do Estado do Tocantins por Segmento Econômico
2014-2015 Em R$ milhões
Qtde. Con- % Total
Segmentos Econômicos 2014 2015 Var. %
tribuintes 2015
Combustíveis, Lubrificantes, GLP e Outros Derivados de Petróleo 1.206 666,44 731,91 9,82 35,49
Energia Elétrica 51 178,68 259,53 45,25 12,59
Telecomunicações 145 144,77 160,07 10,57 7,76
Veículos Automotores e Componentes 2.269 146,74 133,98 -8,69 6,50
Bebidas em Geral 430 113,17 116,22 2,69 5,64
Material de Construção em Geral 2.703 88,77 87,32 -1,63 4,23
Produtos Alimentícios em Geral 1.367 77,16 82,75 7,24 4,01
Hipermercados e Congêneres 2.757 58,06 69,21 19,20 3,36
Produtos Médicos e Odontológicos, Farmacêuticos, de Higiene
1.293 65,54 62,27 -4,98 3,02
Pessoal e Limpeza
Carnes e Derivados 575 43,95 54,29 23,54 2,63
Móveis, Eletrodomésticos, Aparelhos Eletrônicos, de uso Pessoal e
1.104 50,33 43,64 -13,31 2,12
Doméstico
Tecidos, Confecções, Vestuário e Calçados 2.282 33,31 37,35 12,14 1,81
Transportes em Geral e Armazenagens 998 30,44 24,44 -19,70 1,19
Produtos Agropecuários e Veterinários 591 17,97 20,52 14,23 1,00
Demais Atividades Econômicas (Pessoa Jurídica) 6.631 79,86 78,04 -2,28 3,78

Subtotal 24.402 1.795 1.962 9,27 95,12

Produtor Rural (Pessoa Física) e Contribuinte Eventual 91.073 99,53 100,65 1,13 4,88

TOTAL GERAL 115.475 1.895 2.062 8,84 100,00


Fonte: SEFAZ/TO

Notas: Qtde. Contribuintes: Quantidade de contribuintes inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS - CCI-TO e ativos na elaboração do relatório
(11/01/16), cadastrados até 31/12/15; A qtde. de contribuintes informada no item Produtor Rural Pessoa Física e Contribuinte Eventual refere-se apenas ao
Produtor Rural Pessoa Física; 2014 e 2015: Arrecadação com todos códigos de receita do ICMS (inclui: juros, multa, correção monetária e dívida ativa);
Regime de Caixa; Nas atividades econômicas, foram consideradas as Pessoas Jurídicas inscritas no CCI-TO, inclusive os optantes do Simples Nacional;
Produtor Rural Pessoa Física (contribuintes inscritos no CCI-TO com CPF) e Contribuinte Eventual (contribuintes sem inscrição estadual).
O Simples Nacional e o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), este último com destaque para a Nota Fiscal
Eletrônica – NF-e, merecem uma análise individualizada no contexto da arrecadação do ICMS, tendo em vista sua importância para
economia do Estado, seja na geração de empregos fomentada pelo Simples Nacional, como pelo aumento da arrecadação
proporcionada pela NF-e.
A Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, instituiu o Simples Nacional, um regime tributário diferenciado,
simplificado e favorecido, resultado de ampla negociação entre a representação política do pequeno empresariado e as três esferas
de Governo. Nasceu com expectativa, entre outras, de redução da informalidade, de uma efetiva integração entre as administrações
tributárias e de uma melhoria do ambiente de negócios no país que facilitasse para o pequeno empreendedor o desenvolvimento de
seu negócio. O contribuinte optante pelo Simples Nacional, ao invés de apurar os oito tributos abrangidos pelo regime unificado
(IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da
pessoa jurídica) separadamente, apura os valores devidos em um único aplicativo de cálculo que emite também uma única guia de
pagamento.
Em 2015, as empresas que auferiram receita bruta igual ou inferior a R$ 2,52 mi tiveram direito ao benefício no Tocantins.
As empresas optantes pelo Simples Nacional recolheram R$ 51,05 mi em 2015, 2% do total do ICMS recolhido pelo Estado e 18,98%
a mais que em 2014, quando foram recolhidos R$ 42,91 mi (Gráficos 15 e 16). Das 24.402 empresas ativas que compõem o
Cadastro de Contribuintes do ICMS, 17.281 são optantes pelo Simples Nacional, representando 71% do total de contribuintes
(Gráfico 16).
Sped foi instituído pelo Decreto Federal no 6.022/2007 e constitui-se em mais um avanço na informatização da relação
entre o fisco e os contribuintes. O Sped tem como objetivos, entre outros, promover a integração dos fiscos, mediante a padronização
e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais; racionalizar e uniformizar as obrigações
acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes
órgãos fiscalizadores; tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no
acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. Iniciou-se com
três grandes projetos: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a Nota Fiscal Eletrônica – NF-e.
Desde o início, em 2008, até 2015, foram emitidas 63,89 milhões de NF-e no Tocantins. Só em 2015 foram emitidas 13,2
milhões, 4,35% a mais do que em 2014, quando foram emitidas 12,65 milhões (Gráfico 17). Em 2008, apenas as empresas de
algumas atividades econômicas eram obrigados a emitir a NF-e, a seguir exemplificados: fabricantes, distribuidores ou atacadistas de
cigarros; fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas; fabricantes de cimento; fabricantes de
bebidas alcoólicas, inclusive cervejas e chopes e; fabricantes de refrigerantes. A partir de 2010, além de ampliar a quantidade de
atividades econômicas, passou a ser obrigatória a emissão da NF-e em todas as operações interestaduais, independentemente da
atividade econômica.
As principais ações desenvolvidas pela Sefaz em 2015 na área tributária, com ênfase na fiscalização das receitas e
combate à sonegação foram:
1. Planejamento das ações de fiscalização em estabelecimentos com regimes de tributação normal e
do Simples Nacional baseadas na análise de dados e informações tributário-fiscais, com a finalidade de elaboração de
roteiros e de programas de fiscalização, sendo:
a) Auditoria:
 Evitar a decadência;
 Verificar as divergências entre os valores de vendas declaradas com as informações fornecidas
pelas Administradoras de Cartões de Crédito/Débito;
 Lançamento dos créditos decorrentes do Imposto Declarado e Não Recolhido – IDNR.

b) Monitoramento:
 Programa de Regularidade Fiscal – PRF com o objetivo de verificar a regularidade no cumprimento
das obrigações tributárias das empresas com regime de tributação normal e do Simples Nacional;
 Relatório comparativo entre os valores declarados na Guia de Informação e Apuração Mensal do
ICMS – GIAM com os valores efetivamente recolhidos. Ação executada nas Delegacias Regionais da Sefaz;
 Programa de fiscalização nas empresas Distribuidoras de Bebidas;
 Contribuintes inadimplentes com o envio das obrigações tributárias (Documento de Informações
Fiscais – DIF).
2. Capacitação e Treinamentos:
 Curso de Excel Avançado para Auditores Fiscais;
 Curso Auditor Eletrônico;
 Programa de treinamento para multiplicadores do Sistema Único de Fiscalização e Contencioso do
Simples Nacional – Sefisc promovido pela Secretaria-Executiva do Comitê Gestor do Simples Nacional –
CGSN/SE e realizado pelo Centro de Treinamento da Escola de Administração Fazendária em São Paulo –
Centresaf/SP (Esaf/SP).
3. Operações em conjunto com a Sefaz-MA no trânsito de mercadorias;
4. Blitzen programadas;
5. Combate à inadimplência do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA;
6. Sistema Fronteira Rápida;
7. Avaliação de bens para cobrança do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de
Quaisquer Bens ou Direitos – ITCD;
8. Auditoria Eletrônica: disponibilização das informações de Escrituração Fiscal Digital – EFD, da Nota
Eletrônica – NF-e, do Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e, dos registros de passagens, dos arquivos de
Operações Interestaduais – OIE e das Operações com cartões, débito e similares;
9. Mapeamento da produção de soja na região da zona de conflito;
10. Operação com Emissor de Cupom Fiscal – ECF;
11. Educação Fiscal: as principais ações desenvolvidas pelo Grupo de Educação Fiscal Estadual –
Gefe-TO, no âmbito do Programa Estadual de Educação Fiscal – PEEF do Tocantins, foram: 1) Participação da criação
do Observatório Social de Palmas (espaço para o exercício da cidadania, que se propõe a monitorar as aquisições do
governo municipal, desde a publicação dos editais até a entrega dos produtos ou serviços); 2) Participação em cursos:
a) Cidadania Fiscal (Escola de Administração Fazendária – ESAF); b) Controle Social, do Programa de Formação de
Agentes Públicos – FORMAP 2015 / Tribunal de Contas do Estado do Tocantins – TCE-TO; c) Objetivos do Milênio –
ESAF; 3) Finalização do Planejamento Estratégico; 4) Finalização da minuta do PEEF; 5) Organização do curso de
Disseminadores da Educação Fiscal – DEF; 6) Participação na 58o reunião da Educação Fiscal; 7) Apresentação do
Programa PEEF e realinhamento das ações do Plano de Ação/2015; 8) Participação na 13a edição do “Feirão dos
Impostos”; 9) Início do curso DEF 2o/2015; 10) Elaboração do Projeto Workshop do PEEF;
12. Capacitação:
TABELA 8 - Resumo da Capacitação Realizada pela Escola de Gestão Fazendária – Egefaz em 2015
Investimento
Área Qtde. Eventos Qtde. Participantes Carga horária (em R$)
Gestão 18 435 401 20.080
Tributária 13 381 280 19.680
Total 31 816 681 39.760
Fonte: Relatório Gerencial – Egefaz / Posição – Dez / Relatório para Acompanhamento da Programação e Execução
Orçamentária / Siafem
Nota: Eventos – cursos, treinamentos, seminários e workshops.

Como resultado das ações desenvolvidas pela Sefaz na área tributária em 2015, foram constituídos R$ 460,11 mi em
créditos tributários (Auto de Infração, Imposto Declarado e Não Recolhido – IDNR e Imposto Apurado, Não Declarado e Não
Recolhido – IANR), 108,40% a mais do que em 2014, quando foram constituídos R$ 220,78 mi (Gráfico 18). Do montante constituído
em 2015, R$ 420,19 mi foram de Auto de Infração (91,32% do total), R$ 39,69 mi de IDNR (8,63% do total) e R$ 236 mil de IANR
(0,05% do total).

Destacam-se, ainda, os trabalhos desenvolvidos pelo Contencioso Administrativo-Tributário do Estado do Tocantins – CAT,
vinculado à Secretaria da Fazenda, composto principalmente pela Primeira Instância e pelo Conselho de Contribuintes e Recursos
Fiscais – COCRE (Tabela 9).
TABELA 9 - Resumo dos Processos Apreciados pelo Contencioso Administrativo-Tributário
em 2015 Em R$
Primeira Instância
Segunda Instância
Descrição Impugnados Reveis Total
Qtde. Valor Qtde. Valor Qtde. Valor Qtde. Valor

Procedentes 112 30.204.138 752 38.632.805 864 68.836.943 27 3.005.838

Improcedentes 33 596.528 66 1.930.573 99 2.527.101 23 8.383.895

Nulos 39 11.417.550 83 3.886.229 122 15.303.780 43 23.979.158

Decisão Parcial: 11 2.397.366 5 277.144 16 2.674.510 11 965.350

Procedentes em parte 803.445 237.124 - 1.040.568 226.320

Improcedentes em parte 1.540.898 40.020 - 1.580.918 546.779

Nulos em parte 53.024 - - 53.024 192.250

Subtotal 195 44.615.582 906 44.726.752 1.101 89.342.334 104 36.334.241

Diligência 574 102.415.025 15 21.422.187

TOTAL 195 44.615.582 906 44.726.752 1.675 191.757.359 119 57.756.428

Impugnados Reveis Demais Total


Descrição
Qtde. Valor Qtde. Valor Qtde. Valor Qtde. Valor
Processos em Estoque
630 261.920.933 4.226 108.975.221 331 - 5.187 370.896.155
em 31/12/15
Fonte: Sefaz/TO (Contencioso Administrativo-Tributário do Estado do Tocantins – CAT).

Por fim, está em execução na Sefaz o Projeto de Modernização Fiscal do Estado do Tocantins – PMF-TO/Profisco, com
objetivo de melhorar a eficiência e a transparência da gestão fiscal, visando incrementar a receita própria do Estado, aumentar a
efetividade e a qualidade do gasto público e prover melhores serviços ao cidadão. Serão investidos em 5 anos (2012 a 2017) US$ 45
mi, sendo US$ 40,4 mi do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e US$ 4,5 mi de contrapartida do Estado. A Tabela 10
apresenta a execução financeira do PMF-TO/Profisco até 2015.

Tabela 10 – Acompanhamento da Execução Financeira do PMF-TO/Profisco até 2015


Em US$ mil

CONTRATO VIGENTE EXECUÇÃO ATÉ 31/12/2015


CATEGORIAS
Contra- Contra-
BID % % TOTAL BID % % TOTAL %
partida partida
1. ADMINISTRAÇÃO DO PROJETO 1.262 3,12 109 2,38 1.371 801 1,98 80 1,74 881 1,96
1.1 Gestão do Projeto 848 0,02 109 2,38 957 711 1,76 80 1,74 791 1,76
1.2 Monitoramento, Avaliação e Auditoria 414 1,02 - - 414 91 0,22 - - 91 0,20
2. CUSTOS DIRETOS 39.016 96,50 4.399 96,03 43.415 12.349 30,54 1.337 29,18 13.686 30,41

2.1 Integração da Gestão Fiscal 2.425 6,00 2.694 58,81 5.119 775 1,92 229 5,00 1.004 2,23
2.2 Administração Tributária e Contencioso Fiscal 15.800 39,08 1.543 33,68 17.343 5.672 14,03 906 19,78 6.578 14,61
2.3 Adm. Financ., Patr. e Cont. Interno Gestão Fiscal 2.534 6,27 - - 2.534 59 0,15 2 0,04 61 0,14

2.4 Gestão de Recursos Estratégicos 18.257 45,16 162 3,54 18.419 5.843 14,45 200 4,36 6.043 13,42
3. IMPREVISTOS 153 0,38 73 1,59 226 - - - - - -

TOTAL 40.431 100,00 4.581 100,00 45.012 13.151 32,53 1.417 30,92 14.567 32,36
Fonte: UCP - Sefaz-TO

A Sefaz contratou, no âmbito do PMF-TO/Profisco, os serviços de consultoria do Centro Interamericano de Administrações


Tributarias – CIAT, para o desenvolvimento de projeto de Modernização da Administração Tributária, bem como para a implantação
do Planejamento e Gestão Estratégica, do Novo Modelo de Gestão de Pessoas e Capacitação dos servidores fazendários.

O CIAT, juntamente com a equipe técnica da Sefaz, realizou o mapeamento, diagnóstico e redesenho dos processos
tributários existentes, para que o fluxo de trabalho seja sistematizado, tornando-o mais eficiente e eficaz.
Com os recursos do PMF-TO/Profisco, até o momento, foram construídas duas Salas de Alta Disponibilidade5, foi adquirido
um novo prédio que vai permitir a ampliação das instalações físicas da Sefaz (o investimento contempla além do espaço físico,
móveis e redes lógicas) e está em fase final de procedimento licitatório a contratação de consultoria para o desenvolvimento do
Sistema Integrado de Gestão Orçamentário, Financeira e Contábil do Estado do Tocantins, que irá substituir o Sistema Integrado de
Administração Financeira para Estados e Municípios – Siafem.
Com relação ao Planejamento Estratégico da Sefaz, foi elaborado o Mapa Estratégico, em oficinas de trabalho, com
especificação da missão, visão, valores e objetivos estratégicos, indicadores, metas, e ações estratégicas. Para acompanhamento e
avaliação das metas estabelecidas no Planejamento Estratégico, foi instituído o Escritório de Projetos da Secretaria. O
acompanhamento e monitoramento ocorrem mensalmente, com avaliações trimestrais em reuniões de acompanhamento estratégico,
por meio da aquisição de ferramenta de Gerenciamento de Projetos – Gpweb. A Sefaz possui hoje 51 projetos e 7 planos de ações
monitorados. O Planejamento Estratégico está em plena execução.
Outras práticas de gestão serão implantadas na Secretaria: Gestão por Processos, Gestão de Pessoas, Gestão do
Conhecimento e Comunicação Efetiva.

6.4.2.1.2 TRANSFERÊNCIA CORRENTE

5
Sala de alta disponibilidade é um sistema modular composto por painéis remontáveis para proteção física de equipamentos de hardware, construída e equipada com tecnologias de suporte à operação
de equipamentos de TIC fabricados para operar 24 horas por dia e 7 dias por semana com total controle e integridade dos componentes independentes das variáveis externas , tem como função
portanto, de garantir a disponibilidade de funcionamento de Data Center, proporcionando maior rapidez e segurança na prestação de serviços à sociedade.
A função primordial das Transferências Correntes é a redução das desigualdades regionais, a equalização das rendas
individuais e o equilíbrio socioeconômico entre os Estados da Federação. No Estado do Tocantins, as transferências governamentais
contribuíram para a promoção da justiça social e para o aumento da eficiência econômica no exercício 2015.
O Fundo de Participação do Estado – FPE é uma modalidade de repartição tributária, previsto no art. 159, inciso I, alíneas
b e d (esta última em decorrência da Emenda Constitucional nº 55, de 20 de agosto de 2007), da Constituição Federal de 1988.
O FPE constitui importante instrumento de redistribuição da renda nacional, visto que este promove a transferência de
parcela dos recursos arrecadados em áreas mais desenvolvidas para áreas menos desenvolvidas do País: os Estados das Regiões
Norte (25,37%), Nordeste (52,46%) e Centro-Oeste (7,17%) e 15% aos Estados das Regiões Sul (6,52%) e Sudeste (8,48%).
O Coeficiente para o cálculo da cota parte do FPE do Estado do Tocantins é de 4,34%, gerando receita de R$
3.314.984.107,67, o que representa 40,76% do montante da receita arrecada. O FPE, em relação ao quadriênio PPA 2012-2014,
apresentou acréscimo anual de 5,20% em valores nominais.
Tabela 11 FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DO ESTADO
DESCRICAO 2015 AV AH 2014 AV AH 2013 AV H 2012
FPE 3.314.984.107,67 40,76% 5,20% 3.151.174.066,23 39,33% 8,97% 2.891.751.132,50 41,59% 7,55% 2.688.873.354,81
TOTAL ARRECADAÇÃO/ANO 8.132.122.674,19 8.012.926.133,50 6.953.268.557,64 6.691.132.956,56
FONTE: SIAFEM

A partir de 2007, com a Emenda Constitucional n° 53, de 20 de dezembro de 2006, estados, Distrito Federal e municípios
passaram a destinar parte – e não mais um mínimo de 60% – dos recursos a que se refere o art. 212 da CF/1988 à manutenção e ao
desenvolvimento de toda educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, alterando também a
destinação dos recursos para além do ensino fundamental. A referida parcela a ser destinada refere-se aos recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.
O FUNDEB foi regulamentado, inicialmente, pela Medida Provisória n° 339, de 28 de dezembro de 2006, convertida
posteriormente na Lei n° 11.494, de 20 de junho de 2007. Seus recursos são distribuídos proporcionalmente ao número de alunos
das diversas etapas e modalidades da educação básica presencial, matriculados nas respectivas redes de ensino.
O cálculo da proporcionalidade é efetuado com base na atuação prioritária de cada ente, definida no art. 211 da CF/1988,
sendo os ensinos fundamental e médio dos Estados.
O Estado do Tocantins recebeu no exercício de 2015, dentre as demais transferências, a receita destinada ao FUNDEB
que representa 8,58%, montante de R$ 697.855.905,97. Com crescimento anual de 3,86%.

As Transferências Correntes tiveram acréscimo de 0,046% em relação ao exercício 2014.

6.4.3 RECEITA DE CAPITAL

Conforme estatui o § 1º do art. 11 da Lei 4.320/1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982,

Tabela 12 FUNDO DE MANUTENÇÃ E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - FUNDEB


DESCRICAO 2015 AV AH 2014 AV AH 2013 AV AH 2012
FUNDEB 697.855.905,97 8,58% 2,04% 683.919.684,51 8,54% 6,27% 643.557.820,87 9,26% 7,33% 599.619.849,14
TOTAL ARRECADADO/ANO 8.132.122.674,19 8.012.926.133,50 6.953.268.557,64 6.691.132.956,56
Fonte: SIAFEM
as Receitas de Capital são as que provenham de alienação de um bem de capital, os recursos financeiros oriundos de constituição
de dívidas (obtenção de empréstimos; e recebimento das amortizações de empréstimos concedidos), as que estejam, por ato do
Poder Público, vinculados à aquisição de um bem de capital, e, ainda, o superavit do Orçamento Corrente.
A Tabela 13 demonstra as 2 principais contas Receitas de Capital: Operações de Crédito e Outras Transferência de
Capital. Observa-se que o quadriênio PPA 2012-2015 houve um movimento crescente da dívida interna. Esse crescimento deve-se a
capacidade de endividamento e de pagamento do Estado do Tocantins e à disponibilidade de recursos das agências financeiras do
Banco do Brasil S.A – BB, Caixa Econômica Federal e Banco Mundial de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD. NO período de
2011 – 2014, enquanto a captação de operações de crédito interna somou R$ 1.375.831.159,76, as externas atingiram R$
333.416.434,42, ou seja, a maior parte da captação foram junto ao Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
Tabela 13 - INVESTIMENTOS
Comparativo das Receitas de Capital 2015 AV AH 2014 AV AH 2013 AV AH 2012
RECEITA DE CAPITAL
TOTAL OPERACOE DE CREDITO 366.714.315,01 82,09% -11,30% 413.430.722,54 74,61% 0,13 364.967.619,50 72,99% -35,3% 564.134.937,13
TOTAL DA ALIENACAO DE BENS 10.681.974,41 2,39% -55,08% 23.778.538,41 4,29% - 0,53 50.364.992,31 10,07% 221% 15.706.247,32
TOTAL DA AMORTIZACAO DE EMPRESTIMOS 11.836.964,43 2,65% -28,24% 16.495.906,14 2,98% 0,14 14.494.876,62 2,90% 40,1% 10.342.749,67
TOTAL DE OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 46.967.378,28 10,51%
TOTAL DAS TRANSFERENCIAS DE CAPITAL 10.525.971,20 2,36% -89,52% 100.422.854,17 18,12% 0,43 70.224.081,23 14,04% -38,4% 114.076.677,54
Receita de Capital 446.726.603,33 554.128.021,26 500.051.569,66 704.260.611,66
Fonte: SIAFEM

6.4.3.1 TRANSFERÊNCIA CAPITAL

São recursos recebidos de outras pessoas de Direito público ou privado como transferência de capital, destinados a
atender a despesas classificáveis em Despesa de Capital (investimentos) ou inversões financeiras, independente de contraprestação
direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem da lei de orçamento ou de
lei especial anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
Observa-se que as maiores partes dos ingressos de receita do Estado do Tocantins foram de Receita Tributária e
Transferências Correntes, cujo montante captado no quadriênio PPA 2012 – 2015 foi de R$ 9.312.752.231,72 e R$
16.450.458.748,28, respectivamente.
Tabela 14 -COMPARATIVO DE RECEITAS NO QUADRIÊNIO PPA 2012-2015
Comparativo das Receitas 2015 AV AH 2014 AV AH 2013 AV AH 2012 AV
TOTAL RECEITA TRIBUTÁRIA 2.722.517.972,44 37,83% -9,45% 2.465.111.005,35 35,69% 11,42% 2.212.458.445,88 36,66% 15,67% 1.912.664.808,05 33,9%
TOTAL RECEITA CONTRIBUIÇÃO 415.191.784,15 5,77% -0,26% 416.277.220,35 6,03% 17,60% 353.981.796,34 5,87% 8,07% 327.554.842,86 5,8%
TOTAL RECEITA PATRIMONIAL 514.981.155,19 7,16% -15,16% 607.016.623,75 8,79% 87,86% 323.122.610,95 5,35% -37,96% 520.788.842,00 9,2%
TOTAL RECEITA DE SERVIÇOS 38.952.339,86 0,54% -13,46% 45.010.685,71 0,65% 107,64% 21.677.260,36 0,36% 317,25% 5.195.237,25 0,1%
TOTAL TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES 4.393.419.952,40 61,05% 4,60% 4.200.132.718,88 60,80% 7,63% 3.902.255.470,69 64,66% 8,64% 3.591.758.670,07 63,6%
TOTAL OUTRAS RECEITAS
CORRENTES 118.253.996,76 1,64% 29,00% 91.668.790,52 1,33% 16,64% 78.591.199,76 1,30% 5,66% 74.377.949,20 1,3%
(-) Dedução da Receita Corrente - 1.006.640.173,80 -13,99% 9,70% - 917.660.542,57 -13,28% 7,02% - 857.481.885,85 -14,21% 9,00% - 786.690.664,83 -13,9%
RECEITA CORRENTE 7.196.677.027,00 88,50% 6.907.556.501,99 86,21% 6.034.604.898,13 86,79% 5.645.649.684,60 84,38%
RECEITA TRIBUTÁRIA - - - 2.600.000,00 0,76%
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 457.743.983,85 93,66% -15,89% 544.227.775,23 98,72% 30,64% 416.575.501,34 99,49% 23,53% 337.212.544,01 98,82%
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 30.975.060,01 6,34% 340,66% 7.029.275,96 1,28% 228,24% 2.141.499,51 0,51% 51,31% 1.415.310,23 0,41%
(-) Deduções da Receita Intra-
Orçamentária - 0,00% - 0,00% 0,00% - 0,00% - 1.028,72 0,00%
RECEITA CORRENTE INTRA-
ORÇAMENTÁRIA 488.719.043,86 0,060 551.257.051,19 6,88% 418.717.000,85 6,02% 341.226.825,52 5,10%
TOTAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO 366.714.315,01 82,09% -11,30% 413.430.722,54 74,61% 13,28% 364.967.619,50 73,00% -35,30% 564.134.937,13 80,10%
TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL 10.525.971,20 2,36% -89,52% 100.422.854,17 18,12% 43,00% 70.224.081,23 14,05% -38,44% 114.076.677,54 16,20%
TOTAL ALIENAÇÃO DE BENS 10.681.974,41 2,39% -55,08% 23.778.538,41 4,29% -52,79% 50.364.992,31 10,07% 220,67% 15.706.247,32 2,23%
TOTAL AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMO 11.836.964,43 2,65% -28,24% 16.495.906,14 2,98% 13,81% 14.494.876,62 2,90% 40,15% 10.342.749,67 1,47%
TOTAL OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 46.967.378,28 10,51% - 0,00% - 0,00% - 0,00%

(-) Retificadora de Receita de Capital - 0,00% - 15.440,94 0,00% - 104.911,00 -0,02% - 4.165,22 0,00%
RECEITA DE CAPITAL 446.726.603,33 5,49% 554.112.580,32 6,92% 499.946.658,66 7,19% 704.256.446,44 10,53%
(=) TOTAL ARRECADADO 8.132.122.674,19 100,00% 8.012.926.133,50 100,00% 6.953.268.557,64 6.691.132.956,56 100,00%
Fonte: SIAFEM

Tabela 14 demonstra a evolução da Receita de Capital nos últimos 4 exercícios financeiro. Os grupos que mais se
destacam são os de Operações de Créditos, com 82,09% e Outras Receitas de Capital com 10.51% do montante realizado. Observa-
se que o Estado do Tocantins deixou de investir, nos últimos três anos mais ou menos 1,5% ao ano.

6.5 EXECUÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA


Despesa pública é aplicação de recursos disponível ao ente federado para custear os serviços de ordem pública ou para
investir no desenvolvimento do Estado. Na Lei Orçamentária Anual – Lei nº 2.942, de 25 de março de 2015, as despesas do
Orçamento Fiscal monta R$ 6.558.446,222,00 e da Seguridade Social R$ 3.166.166.905,00 prevista inicialmente, perfazendo o
montante de R$ 9.724.613.127,00.
Em 2015, após a aprovação dos créditos adicionais, a dotação autorizada alcançou o montante de R$ 9.802.588.752,96.
Deste montante foi empenhado R$ 7.486.049.495,86, equivalente a 76,37% do valor autorizado. Foi efetivamente pago 88% do valor
empenhado, de modo que 3,39%, ou seja, R$ 153.947.120,26, foram inscrito em Restos a Pagar Não Processados e R$
99.049.414.05 em Restos a Pagar Processados.
O Gráfico 19 demonstra as despesas orçamentárias do Estado do Tocantins em 2015 considerando a composição das
categorias econômica de Despesas Correntes e Despesas de Capital, conforme estatui a Lei Federal nº 4.320/1964.
Vale à pena observar que a Despesas Correntes que abrigam as Despesas com Pessoal, Encargos Sociais, as Outras
Despesas Correntes, bem como os Juros da Dívida Pública, representam 92% dos gastos do Estado. As Despesas de Capital, onde
se classificam Investimentos, Inversões Financeiras e Amortização da Dívida, representam 8% das despesas totais.
Já a Tabela 15 expõe as despesas totais de forma detalhada por categorias econômica classificando-as por grupo ou por
natureza de despesa, com o objetivo de demonstrar o valor orçado e o valor empenhado no exercício de 2015.
Tabela 15 - DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA
NATUREZA DESCRIÇÃO ORC. INICIAL EMPENHADO AV AH LIQUIDADO PAGO AV
3.0.00.00 DESPESAS CORRENTES 7.471.028.640,00 6.808.227.870,10 90,95% 9,74% 6.714.852.428,59 6.654.242.171,80 92,00%
3.1.00.00 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 4.793.850.720,00 4.465.597.951,80 59,65% 7,35% 4.425.328.626,53 4.386.118.741,07 60,64%
3.2.00.00 JUROS E ENCARGOS DA DIVIDA 152.806.229,00 158.338.065,67 2,12% 7,35% 157.278.926,86 157.278.685,00 2,17%
3.3.00.00 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 2.524.371.691,00 2.184.291.852,63 29,18% 3,62% 2.132.244.875,20 2.110.844.745,73 29,18%
4.4.00.00 INVESTIMENTOS 1.310.841.389,00 341.709.219,83 4,56% 283,61% 281.246.015,15 244.536.095,55 3,38%
4.5.00.00 INVERSOES FINANCEIRAS 35.300.000,00 8.749.094,73 0,12% 303,47% 8.749.094,73 8.749.094,73 0,12%
4.6.00.00 AMORTIZACAO DA DIVIDA 219.824.269,00 327.363.311,20 4,37% -32,85% 327.254.837,13 325.525.599,47 4,50%
4.0.00.00 DESPESAS DE CAPITAL 1.565.965.658,00 677.821.625,76 9,05% 131,03% 617.249.947,01 578.810.789,75 8,00%
9.9.99.99 RESERVA DE CONTINGENCIA 687.618.829,00 0 0,00% 0 0
(=) TOTAL 9.724.613.127,00 7.486.049.495,86 100,00% 7.332.102.375,60 7.233.052.961,55 100,00%
SIAH0059

Gráfico 19 demonstra a composição da despesa orçamentária por grupo de despesa, o quanto cada grupo representa do
total pago. Destacam-se a despesas com Pessoal e Encargos Sociais, com 61% e Outras Despesas Corrente 29% do montante
executado em 2015.
As despesas orçamentárias são classificadas, segundo a categoria econômica, em Despesas Correntes e Despesas de
Capital, conforme estatui a Lei nº 4.320/1964.
Observa-se na Tabela 15 que 90,95% das Despesas Corrente fixada foram empenhadas, enquanto que as Despesas de
Capital atingiu somente 9,05%.

6.5.1 DESPESA CORRENTE


São consideradas como Despesas Correntes todas aquelas despesas do governo que se realiza de forma contínua que
estão ligadas à sua manutenção. É permanente esta modalidade de despesa, haja vista que no universo dos gastos do governo são
imprescindíveis para prestação de serviços públicos aos cidadãos.
As Despesas Correntes são também conhecidas como despesas de custeio uma vez que as mesmas mantêm as
atividades dos órgãos da administração pública, como por exemplo: despesas com Pessoal e Encargos Sociais, Juros e Encargos da
Dívida e Outras Despesas Correntes, inclusa nesse último grupo as Transferência Constitucionais para Municípios.
No exercício de 2015, foram executados aproximadamente 90,95% das Despesas Corrente em relação ao montante autorizado.
Tabela 16 - DEMONSTRATIVOS DAS DESPESAS CORRENTES
NAUTREZA DESCRIÇÃO DESPESA FIXADA EMPENHADA AV LIQUIDADA AV PAGA
3.3.90.08 OUTROS BENEFICIOS ASSISTENCIAI 1.872.927,00 2.660.338,72 0,04% 2.660.338,72 0,04% 2.659.550,72
3.3.90.14 DIARIAS - PESSOAL CIVIL 35.334.922,00 16.380.706,65 0,24% 16.292.722,12 0,24% 16.176.075,34
3.3.90.15 DIARIAS - PESSOAL MILITAR 1.711.879,00 2.331.816,94 0,03% 2.239.784,51 0,03% 2.237.984,51
3.3.90.18 AUX FINANCEIRO ESTUDANTES 13.526.200,00 3.432.148,08 0,05% 1.366.219,65 0,02% 1.304.559,65
3.3.90.30 MATERIAL DE CONSUMO 195.258.220,00 109.109.200,44 1,60% 101.095.921,10 1,51% 99.559.403,05
3.3.90.31 PREMIACOES CULT,ARTIST,CIENT,D 8.749.825,00 438.350,36 0,01% 438.350,36 0,01% 438.350,36
3.3.90.32 MATERIAL DE DISTRIBUICAO GRATU 22.911.334,00 5.731.030,23 0,08% 5.257.468,71 0,08% 5.257.119,11
3.3.90.33 PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOM 128.717.308,00 42.828.605,15 0,63% 42.307.074,07 0,63% 42.089.612,03
3.3.90.35 SERVICOS DE CONSULTORIA 5.536.707,00 1.552.986,45 0,02% 1.019.062,84 0,02% 837.213,75
3.3.90.36 OUTROS SERV.DE TERCEIROS - PES 39.620.295,00 14.339.102,18 0,21% 13.632.063,50 0,20% 13.018.010,52
3.3.90.37 LOCACAO DE MAO DE OBRA 32.422.468,00 33.660.254,65 0,49% 30.436.671,03 0,45% 30.434.842,55
3.3.90.39 OUTROS SERV.DE TERCEIROS-PESSO 694.408.773,00 671.727.546,32 9,87% 662.351.596,69 31,06% 656.753.100,31
3.3.90.41 CONTRIBUICOES 1.350.664,00 1.289.013,11 0,02% 1.179.092,65 0,06% 1.179.092,65
3.3.90.46 AUXILIO-ALIMENTACAO 53.471.573,00 59.843.829,86 0,88% 59.841.168,06 2,81% 59.836.043,06
3.3.90.47 OBRIGACOES TRIBUTARIAS CONTRIB 46.689.466,00 64.100.066,81 0,94% 63.794.735,32 2,99% 63.784.353,98
3.3.90.48 OUTROS AUXILIOS FINANC.A PESSO 12.228.282,00 4.053.531,29 0,06% 3.594.611,85 0,17% 3.575.009,19
3.3.90.49 AUXILIO-TRANSPORTE 1.006.200,00 573.298,91 0,01% 570.637,11 0,03% 568.012,11
3.3.90.91 SENTENCAS JUDICIAIS 30.296.672,00 26.255.936,49 0,39% 21.675.892,11 1,02% 20.710.828,35
3.3.90.92 DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIO 231.809.850,00 229.421.492,87 3,37% 229.387.899,01 3,42% 229.077.227,49
3.3.90.93 INDENIZACOES E RESTITUICOES 70.241.224,00 103.050.570,74 1,51% 102.598.239,30 1,53% 102.106.965,23
3.3.90.95 INDENIZACAO EXECUCAO TRABALHOS 2.714.536,00 13.924.921,16 0,20% 13.924.921,16 0,21% 13.924.921,16
3.3.91.41 CONTRIBUICOES 18.000.000,00 6.599.293,13 0,10% 6.599.293,13 0,10% 6.599.293,13
3.3.91.92 DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIO 4.055.815,00 1.718.877,29 0,03% 1.718.877,29 0,03% 1.718.877,29
3.3.00.00 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 2.524.371.691,00 2.184.291.852,63 32,08% 2.132.244.875,20 31,75% 2.110.844.745,73
(=) TOTAL DASDESPESAS CORRENTES 7.503.170.341,00 6.808.227.870,10 6.714.852.428,59 6.654.242.171,80
Fonte: SIAH0059

As Despesas com Serviços de Terceiros Contratados, composto por Serviços de Terceiro Pessoa Física, Serviços de
Terceiro Pessoa Jurídica e Consultoria, somaram 9,89% e as Transferências aos Municípios, que correspondem às parcelas do IPVA
e do ICMS constitucionalmente destinada aos municípios, somaram R$ 599.423.840,09, ou seja, 8,18% sobre o montante da
despesa. Comparativamente ao exercício de 2014, observa-se o aumento de 0,71% nos Serviços de Terceiros Contratados e
incremento de 0,72% nas Transferências aos Municípios.
De maneira geral, observa-se um crescimento de 0,68% do subgrupo Outras Despesas Correntes, se comparado ao
exercício 2014.

6.5.2 DESPESA CAPITAL

Despesa de Capital são dispêndios de bens por parte do Estado para adquirirem bens susceptíveis de satisfazer
necessidades públicas; elas concretizam o próprio da atividade Financeira do Estado – satisfação de necessidades. São despesas
relacionadas com aquisição de máquinas equipamentos, realização de obras, aquisição de imóveis e concessão de empréstimos
para investimentos. Essa categoria divide-se em nos grupos de despesas: Investimentos, Inversões Financeiras e Transferência de
Capital.
As Despesas de Investimentos é aquela despesa de capital que poderá gerar serviços e consequentemente produzir um
incremento ao Produto Interno do Estado, ou seja, corresponde a todos os bens adquiridos e registrados no Ativo, a exemplo
construção de hospital, construção de prédio escolar ou uma estrada. Já a Inversões Financeiras são despesas de capital que não
geram serviços e incremento ao PIB. Estão reguladas no § 5º do art. 12 da Lei nº 4.320/1964 e se divide em três modalidades:
1) despesas aplicadas pelo Poder Público na aquisição de bens Imóveis; 2) gastos públicos aplicados na aquisição de bens de
capital já em utilização; 3) gastos do Poder Público com a aquisição de títulos representativos do capital de empresas (ações).
A Tabela 17 objetiva demonstrar os investimentos por fonte de recurso. Observa-se que a execução total desse grupo
atingiu aproximadamente 21,46% do valor orçado para gastos. Foram pagos neste exercício despesas perfazendo o montante de R$
281.246.015,05.
TABELA 17 - RESUMO GERAL POR GRUPO DE DESPESA E FONTE
DESCRIÇÃ ORC.INICIAL EMPENHAD EM LIQUIDACAO LIQUIDADO
1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
100000000 2.245.507.270,00 53.383.229,57 207.157,15 2.147.212.786,97
101000000 278.289.283,00 84.470.891,24 263.204.538,4
102000000 935.640.702,00 46.887.595,21 - 846.887.595,2
211000000 2.789.380,00 2.809.100,22 - 2.809.100,22
214000000 462.390.000,00 20.683.187,59 - 607.872.853,2
240000000 37.478.185,00 36.130.762,82 - 36.109.017,39
241000000 829.520.000,00 19.006.115,53 - 519.006.115,5
242000000 2.235.900,00 2.227.069,62 - 2.226.619,54
100000000 151.500.000,00 55.267.162,80 - 155.171.996,6
101000000 1.306.229,00 1.575.811,87 - 1.575.811,87
240000000 - 1.495.091,00 963.972,65 531.118,35

(=) TOTAL DE PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 4.946.656.949,00 4.465.597.957,80 1.171.129,80 4.425.328.626,53


3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
100000000 1.031.335.148,00 1.133.254.437,80 133.290,67 1.122.915.056,60
101000000 41.446.248,00 27.964.188,83 - 16.379.548,6
102000000 262.000.000,00 181.203.173,9 - 181.203.173,9
104000000 31.208.000,00 39.400.681,30 - 27.958.373,9
210000000 1.060.552,00 310.579,22 - 310.579,22
211000000 60.279.364,00 25.678.440,13 - 23.777.258,8
214000000 267.789.116,00 82.134.453,69 - 80.184.253,5
216000000 16.616.612,00 17.849.686,90 - 17.849.686,9
217000000 14.230.939,00 16.173.604,37 - 15.530.341,0
223000000 1.686.586,00 671.182,71 - 646.298,21
224000000 0 72.248,0 - 71.510,69
225000000 26.183.798,00 13.236.123,24 - 9.844.726,6
227000000 1.070.228,00 2.749.303,29 - 1.447.622,3
228000000 356.000,00 391.034,45 - 386.034,45
229000000 105.120,00 123.274,38 - 123.274,38
234000000 2.040.456,00 0 - -
235000000 10.134.437,00 9.745.288,31 - 9.741.663,8
237000000 1.048.307,00 1.272.660,32 - 1.023.816,2
240000000 178.415.280,00 123.662.304,7 39.383,3 116.003.855,8
241000000 11.947.276,00 2.612.551,58 13.162,2 2.286.549,7
242000000 267.453.699,00 246.226.923,1 1.131,06 246.225.792,0
246000000 4.800.000,00 3.209.035,36 - 2.735.473,8
247000000 556.350,00 62.278,1 - 62.278,12
248000000 14.858.230,00 3.723.583,95 - 3.709.396,1
249000000 41.000,00 49 - -
250000000 260.683.236,00 245.634.903,0 - 244.940.345,6
251000000 17.002.019,00 6.620.464,54 - 6.580.266,57
5236000000 23.690,00 308.957,21 - 307.697,75

(=)TOTAL DE OUTRAS DESPESAS CORRENTES 2.524.371.691,00 2.184.291.852,63 186.967,28 2.132.244.875,20


continuação da tabela 17

DESCRIÇÃO ORC.INICIAL EMPENHADO EM LIQUIDACAO LIQUIDADO


4 INVESTIMENTOS
100000000 39.415.549,00 52.995.763,12 12.425,00 45.939.935,24
101000000 12.238.546,00 3.224.467,91 - 3.200.307,91
102000000 1.500.000,00 1.511.514,41 - 1.511.514,41
104000000 28.792.000,00 13.812.116,79 - 2.608.329,58
210000000 0 1.614,00 - 1.614,00
211000000 22.633.688,00 0 - -
214000000 21.739.137,00 2.680.567,48 - 1.072.567,48
217000000 0 50.000,00 - 50.000,00
223000000 441.280,00 23.265,00 - 23.265,00
224000000 2.098.379,00 5.378.872,22 - 5.378.872,22
225000000 253.888.677,00 39.930.202,31 - 37.498.996,90
226000000 13.899.942,00 5.208.059,59 - 3.110.621,21
227000000 1.500.000,00 305.706,74 - 159.591,05
228000000 24.000.000,00 896.514,97 - 896.514,97
237000000 150.000,00 234.691,83 - 26.461,87
240000000 31.154.026,00 16.410.284,20 - 11.824.574,49
241000000 6.900.750,00 664.858,50 - 664.858,50
242000000 44.800,00 0 - -
247000000 0 0 - -
248000000 1.192.000,00 40.416,90 - 10.896,90
249000000 23.236.620,00 2.774.380,60 - 2.771.499,03
250000000 8.472.500,00 1.995.812,72 - 1.923.812,72
251000000 7.700.000,00 1.169.193,75 - 1.044.345,80
4219000000 296.944.419,00 8.499.988,49 - 88.840.615,32
4220000000 386.894.981,00 81.070.560,71 - 72.685.369,48
4221000000 126.002.643,00 2.828.916,52 - -
5236000000 1.452,00 1.451,07 - 1.451,07
(=)TOTAL DE INVESTIMENTOS 1.310.841.389,00 241.709.219,83 12.425,00 281.246.015,15
5 INVERSOES FINANCEIRAS
100000000 1.550.000,00 50.000,00 - 50.000,00
240000000 33.750.000,00 113.453,02 - 113.453,02
4220000000 0 8.585.641,71 - 8.585.641,71
(=)TOTAL DE INVERSÕES FINANCEIRA 35.300.000,00 8.749.094,73 - 8.749.094,73
6 AMORTIZACAO DA DÍVIDA
100000000 212.297.813,00 8.294.627,79 - 308.294.626,81
101000000 7.526.456,00 7.526.453,44 - 7.526.453,44
102000000 0 632.918,34 - 632.918,34
240000000 0 10.909.311,63 - 10.800.838,54
(=) TOTAL DA AMORTIZACAO DA DÍVIDA 219.824.269,00 27.363.311,20 - 327.254.837,13
9 RESERVA DE CONTIGÊNCIA
100000000 46.562.313,00 0 - -
241000000 641.056.516,00 0 - -
(=) TOTAL DA RESERVA DE CONTIGÊNCIA 687.618.829,00 0 - -
(=) TOTAL GERAL 9.724.613.127,00 2.786.049.495,86 1.370.522,08 7.329.875.756,06
Fonte:SIAFEM
A Tabela 18, a seguir, apresenta detalhamento da execução das despesas com Juros, Encargos e Amortização da Dívida
Pública, importantes itens de despesa do Estado com indicação das fontes de recursos utilizado para seu pagamento.

Tabela 18 - DESPEESAS COM JUROS E AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA POR FONTE DE RECURSO


ESPECIFICAÇÃO PREVISAO INICIAL EMPENHADAS REALIZAÇÃO AV
JUROS E EARGOS DA DÍVIDA 160.183.854,00 158.338.065,67 98,85%
Recurso do Tesouro ( fonte 100) 158.857.625,00 147.428.754,04 92,81% 93,11%
Recurso Vinculado ( fonte 240) 1.626.229,00 10.909.311,63 670,83% 6,89%
AMORITZAÇÃO 328.976.906,00 327.363.311,20 99,51%
Recurso do Tesouro ( fonte 100) 295.910.135,00 295.455.423,81 99,85% 90,25%
Recursos do Tesouro (fonte 101) 33.066.771,00 31.907.887,39 96,50% 9,75%
Fonte: SIAFEM

A Tabela 19 apresenta as despesas por área de Atuação Governamental, conforme estabelecido na Portaria nº 042, de 14
de abril de 1999 do Ministério Orçamento e Gestão. A Função representa o maior nível de agregação das diversas áreas que
compete à atuação estatal. Por meio dessa tabela pode-se verificar em que área a ação governamental da despesa foi realizada.
Para melhor compreensão dessas áreas de atuação governamental, as Funções foram organizadas em diversos grupos:
Política Social, Infraestrutura, Administração, Gestão Ambiental, Relações Exteriores, Encargos Especiais e Reserva de
Contingência.
De acordo com a referida Tabela, o grupo Políticas Sociais, entendido como compromisso dos governos com o bem-estar
efetivo da população, recebeu em torno de 41,72%, ações típicas do Estado 51,80%, seguido de Infraestrutura 3,65% e Produção
2,83% de participação.
Tabela 19 -- Despesas Pagas por Área de Atuação Governamental
ESPECIFICAÇÃO VALOR PAGO AV
POLÍTICA SOCIAL 41,72%
ASSISTENCIA SOCIAL 29.346.418,95
TRABALHO 703.317,30
SAUDE 1.311.183.566,97
PREVIDENCIA SOCIAL 522.416.061,50
EDUCACAO 1.070.764.737,45
CULTURA 14.443.998,14
DIREITOS DA CIDADANIA 132.229.279,01
DESPOSTO E LAZER 715.085,30
INFRAESTRUTURA 3,65%
URBANISMO 152.334,08
HABITACAO 25.179.912,37
SANEAMENTO 61.842.243,21
COMUNICACOES 11.307.522,77
CIENCIA E TECNOLOGIA 7.208.638,35
TRANSPORTE 163.753.861,92
PRODUÇÃO 2,83%
AGRICULTURA 194.039.826,59
ORGANIZACAO AGRARIA 303.359,99
INDUSTRIA 4.223.387,11
COMERCIO E SERVICOS 10.365.046,08
ENERGIA 117.903,29
TIPICA DO ESTADO 51,80%
LEGISLATIVA 308.613.553,74
JUDICIARIA 496.976.231,77
ESSENCIAL A JUSTICA 109.730.942,69
ADMINISTRACAO 1.650.018.250,56
SEGURANCA PUBLICA 696.887.611,56
GESTACAO AMBIENTAL 37.841.100,72
ENCARGOS ESPECIAIS 526.649.809,58
TOTAL DE DESEM. PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNCAO 7.387.014.001,00 100,00%
Fonte: SIAFEM
6.6 APLICAÇÃO DE RECURSOS VINCULADOS

6.6.1 APLICAÇÃO DE RECURSO VINCULADO A SAÚDE


O direito à saúde foi inserido na Constituição Federal de 1988 no título destinado à ordem social, que tem como objetivo o
bem-estar e a justiça social. Nessa perspectiva, a Constituição Federal de 1988, no seu art. 6º, estabelece como direitos sociais
fundamentais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância.
As Tabelas 20 a 22 apresentam as despesas empenhadas, no exercício 2015, custeadas com recursos vinculadas à
Saúde. Os recursos vinculados à saúde destinam-se à execução de trabalho relacionado com saúde individual e coletiva e são
desenvolvidos e coordenados pela Secretaria da Saúde do Estado.

Tabela 20 - Aplicaçãop de Recusos Vinculados a Saude Tabela 21 - Aplicaçãop de Recusos Vinculados a Saude - Outras Despesas Correntes
Fontes de Recursos 0102 E 0248 Fontes de Recursos 0102 E 0248
ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
DESPESAS CORRENTES OUTRAS DESEPESAS CORRENTES
Pessoal e Encargos Sociais 846.887.595,21 585,71% Diária Civil 1.167.601,00 0,81%
Outras Desepsas Correntes 184.926.757,92 127,89% Masterial de Consumo 1.693.069,08 1,17%
DESPESAS DE CAPITAL Material de Distribuição Gratuita 569.670,09 0,39%
Investimentos 1.551.931,31 1,07% Passagens e Desepesas com Locomoção 258.947,63 0,18%
Amortização da Dívida 632.919,00 0,44% Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Fisica 1.639.162,08 1,13%
TOTAL 1.033.999.203,44 715,11% Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Juridica 127.971.931,46 88,51%
Fonte: SIAFEM Principal da Dívida Contratual Resgatado 632.918,34 0,44%
Outros Auxilio Financiero a Pessoa Fisica 3.764.000,85 2,60%
Indenizações e Restituições 6.356.419,88 4,40%
Obrigações Tributárias Contributivas 539.090,78 0,37%
TOTAL 144.592.811,19 100,00%
Fonte: SIAFEM
A apuração de valores de aplicação obrigatória aplicados em ações e serviços públicos de saúde é tratada no art. 196 da
Constituição Federal de 1988 e no art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT. Para os Estados, a base de
cálculo para apuração dos limites legais mínimos de aplicação em saúde é o total de receita de impostos de natureza estadual,
somada às receitas transferidas da União (FPE, IPI-EXP, Lei Kandir), mais o Imposto de Renda Retido na Fonte, e Outras Receitas
Correntes tais como Receita da Dívida Ativa Tributária de impostos, Multa, Juros de Mora e Correção Monetária. Deste total,
subtraem-se as Transferências Constitucionais e Legais aos Municípios. A apuração dos limites legais, portanto, têm legislação e
metodologia própria de apuração que diverge da forma como as despesas são contabilizadas; para sua apuração são necessários
alguns ajustes. Por essa razão, apresentou-se também a demonstração dos valores aplicados em Saúde conforme as disposições
legais específicas.

Tabela 22 - Aplicação de Recursos Vinculados à Saúde em Ações Prioritárias 2012 - 2015


Despesas Empenhadas Fonte de Recursos 0102 e 0248
ESPECIFICAÇÃO 2015 AV 2014 AV 2013 AV 2012 AV
Atendimento aos usuários do SUS
encaminhados para tratamento fora
domicílio 8.285.956,67 29,28 4.988.228,47 30,65 238.365,97 3,11 542.182,72 8,40
Reestruturação dos Pontos da
Rede de Atenção a Saúde 8.817.596,88 31,16 1.074.081,68 6,60 - - 13.861,48 0,21
Aparelhamento das Unidades da
Rede de Atenção a Saúde 5.428.935,67 19,18 1.055.581,68 6,49 50.550,00 0,66 9.499,20 0,15
Fortalecimento e manutenção dos
coponentes da rede de atenção as
urgências 4.358.094,12 15,40 2.170.211,50 13,33 3.497.914,00 45,70 5.891.315,00 91,24
Qualificação e formaçao dos
trabalhadors do SUS/TO em
processo de Saude 1.410.087,97 4,98 6.988.514,69 42,94 3.866.929,91 50,52 - -
(=) TOTAL GERAL 28.300.671,31 16.276.618,02 7.653.759,88 6.456.858,40
Valores corrigido pelo IGP-DI 18.016.149,26 8.781.320,98 7.823.652,97
Fonte: SIAFEM
Fonte: IBGE A Tabela 23 apresenta o Demonstrativo de Aplicação
de Recursos Vinculados à saúde, em 2015, no total de R$ 1.309.677.416,93, dos quais as Despesas Correntes representaram
98,86% do total despendido no exercício e as Despesas de Capital 1,14%.
Tabela 23 Aplicação de Recursos Vinculados a Saúde 2015
Todas as Fontes de Recursos
ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
DESPESAS CORRENTE
Pessoal e Encargos Sociais 846.887.595,21 64,67%
Outras Despesas Correntes 447.842.574,91 34,19%
DESPESA DE CAPITAL
Investimentos 14.947.246,81 1,14%
Amortização da Dívida
TOTAL 1.309.677.416,93
Fonte: SIAFEM

As despesas com Pessoal e Encargos Sociais absorveram 64,67% do total e as Outras Despesas Correntes 34,19%. Em
2015 foram aplicados recursos vinculados no montante R$ 1.309.677.416,93. Deste montante R$ 144.592.811,19 (aproximadamente
17,88% do total), fontes 0102 e 248, foram aplicados em Outras Despesas Correntes, cujos principais elementos de despesas estão
explicitados na Tabela 21. Destacam-se aí Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica com 88,50% do total, Outros Serviços de
Terceiros – Pessoa Física 1,13% e os Materiais de Consumo com 1,17%.
Dentre os Programas de Governo, exercício 2015, a Reestruturação dos Pontos de Rede e Atenção à Saúde absorve
31,16% dos recursos, seguido de Atendimento aos usuários do SUS encaminhados para Tratamento fora do Domicilio 29,28% em
relação ao montante das prioritárias.
A Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, regulamenta o § 3o do art. 198 da Constituição Federal de 1988
para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e
serviços públicos de saúde; estabelecendo a vinculação de 12% sobre o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o
artigo 155 e dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, incisos I e II, da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos respectivos municípios, denominada Receita Líquida de Impostos – RLI.
6.6.2 APLICAÇÃO DE RECURSO VINCULADO A EDUCAÇÃO

Dentre os direitos constitucionais assegurados a todos, está à educação, dever do Estado e da família, promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho, constituindo-se no verdadeiro caminho para a inclusão social.
A Constituição Brasileira, em seu artigo 212, dispõe que a aplicação de recursos na Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino - no caso do Estado - não pode ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) da Receita Líquida de Impostos e Transferências.
A Emenda Constitucional nº 53 de 2006 deu novo impulso a essa área, com a criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação
Básica – FUNDEB.
A apuração dos limites legais, portanto, têm legislação e metodologia própria de apuração que diverge da forma como as
despesas são contabilizadas; para sua apuração são necessários alguns ajustes. Por essa razão, apresentou-se também a
demonstração dos valores aplicados em educação conforme as disposições legais específicas.
A Tabela 24 apresenta o Demonstrativo de Aplicação de Recursos Vinculados à Educação, exercício 2015, no montante
de R$ 1.180.020.411,69, dos quais as despesas estão apresentadas por categoria econômica, em Despesas Correntes e Despesas
de Capital, demonstrando que as Despesas Correntes representam 98% do total despendido no exercício financeiro. As despesas
com Pessoal e Encargos Sociais absorveram 89% do total e as Outras Despesas Correntes 9%.
TABELA 24 - APLICAÇÃO DE RECURSOS VINCULADOS A EDUCAÇÃO 2015
Fontes de Recursos 0101, 0211, 0214 e 0216
ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
DESPESAS CORRENTES 1.159.849.227,95 98%
Pessoal e Encargos Sociais 1.047.547.122,49 89,00%
Outras Despesas Correntes 112.302.105,46 9,00%
DESPESA DE CAPITAL 20.171.183,74 2%
Investimentos 20.171.183,74 2,00%
Amortização da Dívida
TOTAL 1.180.020.411,69
Fonte: SIAFEM

Em 2015 foram aplicados recursos vinculados, fontes 0101, 0211, 0214 e 0216 no montante de R$ 1.079.247.100,25.
Desse total R$ 112.302.105,46, aproximadamente 9% do total, foram aplicados em Outras Despesas Correntes, cujos principais
elementos de despesas estão explicitados na Tabela 25. Destacam-se Contribuições – Transporte Escolar com 29,01%, e
Subvenções Sociais – Gestão Compartilhada 24,73% (transferência de recursos para escolas), Tabela 25.
Tabela 25 - Aplicação de Recursos Vinculados a Educação Outras Desdepsas Correntes
Fontes de Recursos 101, 211, 214 e 216
ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
OUTRAS DESPESAS CORRENTES
Diária Civil 473.270,25 0,40%
Auxílio Financeiro a Estudante 648.938,30 0,55%
Material de Consumo 3.558.882,45 3,01%
Material, bem ou serviço para distribuição gratuita. 1.084.500,00 0,92%
Passagens e Despesas com locomoção 22.871.017,20 19,39%
Outros Serviços Terceiros – Pessoa Física 2.463,00
Outros Serviços Terceiros – Pessoa Jurídica 7.032.987,00 5,96%
Contribuições 34.229.683,71 29,01%
Auxilio 431.779,95 0,37%
Subvenções Sociais 29.176.952,67 24,73%
Alimentação Escolar 18.466.809,90 15,66%
TOTAL 117.977.284,43
Fonte: SIAFEM
A Tabela 26 compara a execução dos programas no quadriênio PPA 2012 - 2015 e apresenta variação dos mesmos. A
Aludida tabela demonstra que o crescimento da despesa no quadriênio PPA 2012 – 2015 foi de 3,59%.
Tabela 26 - Aplicação de Recursos Vinculados à Educação 2012 - 2015
Despesas Empenhadas - Fontes 0101, 0211, 0214, e 0216
ESPECIFICAÇÃO 2015 AV 2014 2013 2012
Concessão de Recursos Tecnológicos aos Servidores da Educação / Administração Geral
Despesas Correntes 568.000,00 0,05 - 235.890,00
Premiação das Escolas Bem Sucedidas em Gestão Escolar
Outras Despesas Correntes 16.074,00 0,00 116.948,32 1.059.485,49
Apoio aos Sistemas Municipais de Educação na Implementação de Políticas Educacionais
Outras Despesas Correntes 129.062,25 0,01 1.320.489,47 820.268,34 501.149,50
Manutenção do Sistema de Avaliação do Desempenho do Servidor
Outras Despesas Correntes 23.500,00
Premiação para Profissionais da Educação
Outras Despesas Correntes 1.886.964,00 1.602.299,25
Realização da Inspeção das Unidades Escolares
Outras Despesas Correntes 5.111,25 0,00 108.656,25 125.282,25 62.164,55
Realização de Intercâmbios de Gestores Escolares
Outras Despesas Correntes 6.813,75 2.512,50 16.272,00
Aparelhamento de Unidade Administrativa
Outras Despesas Correntes 121.300,00 0,01 -
Investimentos 1.989,12 0,00 35.464,00 847.791,08 11.660,70
Ampliação da Frota de Veículo
Outras Despesas Correntes 100.000,00
Investimentos 1.088.000,00 1.223.065,20 907.805,00
Reforma de Unidade Administrativa
Outras Despesas Correntes 24.844,29 0,00 35.999,98
Investimentos 12.653,59 0,00 - 161.337,80 24.714,86
Manutenção de Recursos Humanos
Pessoal e Encargos Sociais 42.008.286,69 3,98 93.924.117,00 85.815.962,17 92.339.819,23
Coordenação e Manutenção dos Serviços Administrativos Gerais
Outras Despesas Correntes 10.121.807,01 0,96 17.386.125,15 21.310.375,72 20.022.458,51
Investimentos 4.040,00 8.645,35
Manutenção de Serviços de Transporte
Outras Despesas Correntes 1.282.320,19 0,12 2.163.961,87 2.169.550,73 2.727.882,99
Manutenção de Serviços de Informática
Outras Despesas Correntes 7.205.195,29 0,68 3.600.241,88 360.871,26 1.435.414,10
Capacitação dos Órgãos Colegiados
Outras Despesas Correntes 4.071,00 0,00 480,00 - 31.770,30
Formação Continuada de Gestores e Técnicos
Outras Despesas Correntes 163.230,03 0,02 342.342,81 530.099,22 1.924.973,83
Formação Inicial de Servidores da Educação
Outras Despesas Correntes 99.095,92 0,01 245.001,49 1.374.822,40 1.681.168,83
Divulgação das Ações Educacionais
Outras Despesas Correntes 15.689,73 0,00 3.087.973,82 545.928,67 1.191.024,85
Alimentação do Alfabetizando
Outras Despesas Correntes 418.364,65 0,04 - 433.784,20
Manutenção do Programa de Alimentação Escolar
Outras Despesas Correntes 22.288.297,90 0,02 19.090.075,41 19.882.486,11 18.092.308,40
Capacitação dos Alfabetizadores
Outras Despesas Correntes 85.395,00 0,01 277.371,25 907.078,15 684.874,50
Distribuição de Material para os Alunos da EJA
Outras Despesas Correntes 567.699,75
Implementação dos Comitês da EJA
Outras Despesas Correntes 10.299,50 708,75
Monitoramento das Turmas da EJA
Outras Despesas Correntes 28.523,25 0,00 81.021,25 100.000,00 27.425,25
continuação da tabela 26
ESPECIFICAÇÃO 2015 AV 2014 2013 2012
Implementação da Educação Ambiental Formal para a Sustentabilidade
Outras Despesas Correntes 3.071,25 0,00 4.903,00 121.395,84 29.831,75
Concessão de Recursos Tecnológicos aos Servidores da Educação
Outras Despesas Correntes 1.915,99 2.370.443,30
Investimentos 1.854.000,00 0,18 290.000,00 6.098.920,00
Ampliação de Unidade Escolar
Outras Despesas Correntes 5.715,75 0,00 28.211,25 374.901,22 21.542,25
Investimentos 155.368,93 0,01 3.198.383,63 2.712.840,54 874.966,79
Construção de Unidade Escolar
Outras Despesas Correntes 12.097,50 0,00 34.621,50 280.110,32 31.115,25
Investimentos 7.990.257,95 0,76 10.418.315,67 8.516.739,77 1.828.123,33
Reforma de Unidade Escolar
Outras Despesas Correntes 647.024,90 0,06 1.907.470,96 971.469,33 984.101,55
Investimentos 1.180.088,89 779.681,57 762.485,65
Aparelhamento de Unidade Escolar
Outras Despesas Correntes 1.588.510,58 0,15 123.209,87 383.176,50 1.378.565,66
Investimentos 4.464.051,89 - 1.322.844,59 7.119.040,10 13.433.832,76
Apoio e Incentivo a Projetos e Eventos Educacionais
Outras Despesas Correntes 217.205,84 0,02 2.843.111,25 4.600.761,39 3.980.447,53
Apoio as Unidades Escolares das Margens da Rodovia Belém Brasília
Outras Despesas Correntes 18.270,45 0,00 315,00 - 14.004,75
Investimentos 177.522,50 0,02 -
Implementação do Sistema Integrado de Gestão Educacional
Outras Despesas Correntes 16.401,75 8.742,00
Descentralização de Recursos a Gestão Comunitária
Outras Despesas Correntes 32.361.781,84 3,07 30.699.531,74 24.661.580,70 43.134.509,87
Investimentos 560.387,39
Distribuição de Material e Premio aos Alunos da Educação Básica
Outras Despesas Correntes 2.653.196,57 0,25 3.578.550,00 4.433.115,00 1.795.615,08
Formação Continuada dos Professores da Educação Básica
Outras Despesas Correntes 1.274.342,43 0,12 1.177.087,92 2.112.315,42 3.625.621,64
Implementação da Avaliação da Aprendizagem
Outras Despesas Correntes 1.057.428,25 0,00 970.993,75 112.084,50 161.293,75
Implementação do Sistema de Gestão Educacional
Outras Despesas Correntes 63.695,25
Investimentos 3.363,20
Manutenção de Recursos Humanos
Outras Despesas Correntes 865.954.892,36 82,14 752.148.952,29 711.270.801,32 635.028.398,41
Manutenção do Transporte Escolar
Outras Despesas Correntes 64.357.660,22 6,10 44.657.692,36 43.542.809,77 36.299.902,86
Investimentos 279.750,00 24.076.500,00
Monitoramento da Gestão Educacional
Outras Despesas Correntes 10.740,75 0,00 97.948,50 156.221,00 423.398,77
Realização da Feira Literária Internacional do Tocantins - FLIT
Outras Despesas Correntes 4.313.298,30 0,41 48.195,00 918.636,50
Realização de Eventos Educacionais
Outras Despesas Correntes 3.649.839,32 0,35 1.717.187,39 1.922.501,92 2.019.027,89
Realização de Censo Escolar
Outras Despesas Correntes 165.494,68 0,00 167.259,14 11.521,44 -
Investimentos -
Ampliação da Unidade Administrtiva
Outras Despesas Correntes -
Investimentos 25.296,52 70.904,29
Amortização de Operação de Credito, Juros e Encargos
Outras Despesas Correntes 9.102.265,31 0,86 19.510.429,33 20.994.685,48 4.618.849,29
Manutenção da Rede de Proteção aos Direitos da Educação
Outras Despesas Correntes 251.766,25
TOTAL 1.054.265.851,14 988.123.951,69 973.802.997,34 905.408.958,48
6.7 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DOS FUNDOS

Os fundos especiais são criados para melhorar o controle do uso de recursos em áreas específicas do governo. Para isso,
os entes estatais (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) criam fundos especiais vinculados a seus órgãos ou entidades.
O fundo especial deve ser analisado à luz do Direito Financeiro, estando, portanto, definido na Lei nº 4.320, de 1964, que
estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
Municípios e do Distrito Federal e se constitui no fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à
realização de determinados objetivos, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação.
As informações a seguir detalham os principais Fundos Especiais do Estado do Tocantins: Fundo Estadual de Ciência,
Tecnologia e Inovação – FECT, Fundo de Desenvolvimento Econômico – FED, Fundo Previdenciário do Estado do Tocantins –
FUNPREV e Fundo Estadual de Saúde – FES.

6.7.1 FUNDO ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO – FECT

Por meio da Lei nº 1.664, de 22 de fevereiro de 2006, foi instituído o Fundo Estadual de Ciência Tecnologia e Inovação –
FECT, com a finalidade de formular as diretrizes e promover a execução da política de ciência e tecnologia estadual. O recurso do
FECT é destinado ao atendimento de despesa total ou parcial, com: programas e projetos de pesquisa; qualificação de recursos
humanos; edição de obras científicas; realização de seminários, congressos, encontros e outros eventos de natureza tecnológica e
científica.
Dentre os recursos que compõe o FECT o mais importante fonte de captação é a 0211 e provem do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação – FNDE 63,41% acompanhado de recursos do Tesouro Estadual, fonte 0100, de 17,19%.
Tabela 27 - Receitas e Despesas do FECT 2015
Fontes de Recursos 100, 211, 225 e 240
ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
Recursos Ordinários 1.234.045,80 13%
Contribuições do Fundo Nacional do Des. da Educação 6.472.925,47 67,92%
Convênios com Órgãos Federais 1.630.243,15 17,11%
Recursos Próprios 141.137,75 1,48%
(=) TOTAL DA RECEITA 9.478.352,17 100%
Contribuição 527,30
Diárias - Pessoal Civil 141.710,33 1,50%
Auxilio a Estudantes 2.325.536,13 24,85%
Material de Consumo 460.149,57 4,86%
Passagens e Despesas com Locomoção 83.210,50 0,08%
Outros Serviços Terceito - Pessoa Física 129.791,73 1,40%
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 296.158,97 3,17%
Contribuição 12.600,00 0,13%
Outros Auxilios Financeiros a Pessoas Física 3.467.416,74 36,49%
Despesas de Exercício Anteriores 993.713,65 10,48
Indeniações e Restituições 577.303,77 6,08%
Obras e Instalaçoes 924.711,28 9,75%
Equipamento e Material Permanente 65.522,20 0,81%
(=) TOTAL DA DESPESA 9.478.352,17 100%
Fonte: SIAFEM

A Tabela 27 apresenta as receitas recolhidas pelo FECT. O total de recursos arrecadados no exercício somou R$
9.478.352,17, sendo que 67,92% provêm de Contribuição do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE.
A citada Tabela demonstra as despesas empenhadas por subfunção destacando-se Outros Auxílios Financeiros a Pessoa
Física, com 36,49% do total aplicado, Auxílio Financeiro a Estudantes 24,85% e Obras e Instalações, com 9,75% de participação do
total de recursos aplicados.

6.7.2 FUNDO ESTADUAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – FED


Instituído pela Lei nº 1.746, de 15 de dezembro de 2006, o Fundo Estadual do Desenvolvimento Econômico – FED é
vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado do Tocantins – SEDETUR, e tem como objetivo financiar
projetos e ações de interesse para o desenvolvimento econômico do Estado do Tocantins.
Dentre os recursos que compõem o Fundo destaca-se a fonte 0240 – Recursos Próprios, previstos em normas
concessórias de benefícios e incentivos fiscais, que estatui no art. 15 da na Lei nº 1.746/2006 que as empresas enquadradas nos
programas de benefícios fiscais, em que não haja previsão da exigência de contribuições, devem obrigatoriamente contribuir com o
Fundo de Desenvolvimento Econômico. O art. 16 da Lei supramencionado informa que a contribuição de custeio para o FED, devida
pelas empresas beneficiárias de programa de benefícios fiscais, é de 0,3% sobre o faturamento mensal incentivado.
Tabela 28 - Receitas e Despesas do FED 2015
Fontes de Recursos 100, 211, 225 e 240
ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
Recursos do Tesouro - Emenda Parlamentar 200.000,00 2%
Recursos Próprios 11.672.382,67 98,00%
(=) TOTAL DA RECEITA 11.872.382,67 100%
Contribuição 2.748.610,00 21,30%
Diárias - Pessoal Civil 98.298,22 0,76%
Material de Consumo 12.889,84 0,16%
Material de Distribuição Gratuita 1.785,00 0,01%
Passagens e Despesas com Locomoção 15.234,79 0,12%
Outros Serviços Terceito - Pessoa Física 1.648,50 0,01%
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 5.060,50 0,05%
Obrigações Tributária Contributiva 108,65 0,00%
Outros Auxilios Financeiros a Pessoas Física 1.800,00 0,01%
Despesas de Exercício Anteriores 5.670.736,28 0,06%
Obras e Instalaçoes 3.316.210,89 77,52%
(=) TOTAL DA DESPESA 11.872.382,67 100%
Fonte: SIAFEM
A Tabela 28 apresenta as receitas recolhidas pelo FED. O total de recursos arrecadados no exercício somou R$
11.872.382,67, sendo que 98% provêm de incentivos fiscais concedidos por meio da Lei nº 3.013, de 30 de setembro de 2015.
A citada Tabela demonstra as despesas empenhadas por subfunção destacando-se Obras e Instalações, com 77,52% do
total aplicado, Contribuições 21,30% de participação do total de recursos aplicados.

6.7.4 FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE – FES

Instituído pela Lei nº 1.508, de 18 de novembro de 2004. O Fundo Estadual de Saúde – FES é vinculado à Secretaria da
Saúde do Estado do Tocantins, e tem como objetivo o implemento de políticas, ações, projetos e serviços de saúde a cargo da
Secretaria da Saúde, a coordenação e a execução complementar das ações e serviços de vigilância sanitária, epidemiológica e
ambiental, controle e fiscalização do meio ambiente, inclusive o de trabalho, as despesas de custeio, inclusive o do pessoal ativo, e,
de capital da Secretaria da Saúde.
Dentre os recursos que compõem o Fundo destaca-se a Fonte 0102 – Recursos do Tesouro Estadual – Ações de Serviços
Públicos de Saúde, perfazendo o total de R$ 1.030.047.669,95, representa 78%; e a Fonte 0250 – Média e Alta Complexidade
Ambulatorial e Hospitalar, no montante de R$ 247.138.630,05, sendo 19%, ambas sobre o total das receitas.
A Tabela 29 demonstra a movimentação de recursos do FES em 2015. Neste exercício, a receita perfaz um montante de
R$ 1.312.963.159,54; e entre as despesas empenhadas por subfunção destacando-se Vencimentos e Vantagens Fixas – Pessoal
Civil 56,64%; Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 19,0003%; e Material de Consumo 11,8049%.

TABELA 29 - Receita e Despesas do FES 2015


Fontes de Recursos 100, 211, 225 e 240

ESPECIFICAÇÃO EMPENHADAS AV
Recursos Ordinários 84.452,11 0%
Continuação da Tabela 29
Recursos do Tesouro - Ações de Serv. Púb. de Saúde 1.030.047.669,95 78% ESPECIFICAÇÃO AV
EMPENHADAS
Recursos do Tesouro - Emendas Parlamentar 640.000,00 0%
Salário-Familia 8.700,32 0,0007%
Recursos de Convênios com a Iniciativa Privada 46.662,00 0%
Vencimento Vantagens Fixas - Pessoal Civil 743.741.511,27 56,6460%
Recursos de Convênios com Órgãos Federal 6.958.714,59 1%
Obrigações Patronais 17.244.272,04 1,3134%
Cota-Parte de Compensações Financeiras 8.439.803,52 1%
Indenizações e Restituições Trabalhistas 2.684.372,81 0,2045%
Recursos Próprios 249.180,00 0%
Obrigações Patronais - Intra-Orçamentárias 89.851.709,87 6,8434%
Assistência Farmacêutica 3.209.035,36 0%
Contribuições 8.332.941,30 0,6347%
Atenção Básica 63.934,46 0%
Transferência para Municípios 1.644.329,72 0,1252%
Gestão do SUS 3.815.249,01 0%
Subvenções Sociais 4.827.573,94 0,3677%
Investimentos Saúde 2.774.870,60 0%
Material de Consumo 154.993.783,31 11,8049%
Média Alta complexidade Ambulatorial e Hospitalar 247.138.630,05 19%
Outros Beneficios Assistenciais 114.874,69 0,0087%
Vigilância de Saúde 8.976.371,53 1%
Diárias - Pessoal Civil 4.332.180,25 0,3300%
Operações de Crédito Internas - em Moeda 517.135,29 0%
Material de Distriuição Gratuita 4.479.263,64 0,3412%
Doação 1.451,07 0%
Passagens e Despesas com locomoção 5.896.761,47 0,4491%
(=) TOTAL DA RECEITA 1.312.963.159,54 100%
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Fisica 2.683.468,77 0,2044%
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 249.467.160,85 19,0003%
Obrigações Tributária Contributiva 538.162,49 0,0410%
Outros Auxilio Financeiros a Pessoas Física 49,50 0,0000%
Indenizações e Restituições 8.778.233,49 0,6686%
Auxílios 952.094,00 0,0725%
Obras e Instalações 8.924.724,81 0,6797%
Equipamentos e Material Permanete 2.834.076,66 0,2159%
Principal da Dívida Contratual resgatada 632.914,34 0,0482%
(=) TOTAL DA DESPESA 1.312.963.159,54 100,0000%
Fonte: SIAFEM

6.8 GESTÃO FINANCEIRA


Realizar a Gestão Financeira significa o planejamento, a análise e o controle dos recursos financeiros do Tesouro Estadual
com o fim de atender às diversas funções dos dispêndios, bem como buscar uma administração eficiente das reservas financeiras
para cobertura das obrigações constitucionais e legais.
No gerenciamento da movimentação de recursos financeiros do Tesouro Estadual são consideradas as disponibilidades
existentes, ou seja, o efetivo ingresso de recursos em caixa, devendo ser procedidas liberações de recursos aos diversos órgãos,
fundos e entidades estaduais, em cada função específica da despesa, de forma a cumprir a programação orçamentária e financeira
estabelecida para o período.

6.9 GESTÃO PATRIMONIAL


Na avaliação da gestão patrimonial são considerados os dados referentes à situação de liquidez, à estrutura de captação e
à rentabilidade da aplicação de recursos, assim como as ações e decisões governamentais que influenciaram a estrutura patrimonial
no período analisado.
A administração do patrimônio público corresponde à verificação das necessidades de manutenção ou aumento dos ativos
circulantes e não circulantes, tendo em vista o cumprimento das obrigações imediatas constantes do Passivo Circulante, bem como a
redução dos compromissos de longo prazo do Passivo Não Circulante.
Neste tópico serão apresentados os dados referentes à evolução patrimonial das Demonstrações Contábeis Consolidadas
do Estado da Tocantins em 2015, com comentários acerca dos registros contábeis efetuados neste período em decorrência de
exigências legais, demonstrando os reflexos significativos ocorridos nos resultados e na estrutura patrimonial.
O presente trabalho encontra-se em conformidade com as Normas Brasileira de Contabilidade aplicada a Administração
Pública, de acordo com os ditames do Decreto Nº 5.364, de 11 de janeiro de 2016, Lei nº 3.013/2005 e da IN – TCE/TO nº 007, de 22
de setembro de 2004, complementadas pela Resolução CFC nº 1.133, de 21 de novembro de 2008, que aprova a NBC T 16.6 –
Demonstrações Contábeis. As Normas atuais estão em consonância com as orientações do International Federation of Accountants –
IFAC, que vem expedindo nos últimos anos as International Public Sector Accounting Standards – IPSAS (ou, Normas Internacionais
de Contabilidade do Setor Público).

6.9.1 BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a
posição patrimonial e financeira da entidade. A Tabela 30 demonstra o Balanço Patrimonial Resumido referente ao exercício de
2015. Observa-se que o Ativo Circulante somado ao Ativo Não Circulante compõe o Ativo Total, que totalizou R$ 10.725.500.300,95.
O passivo Total formado pelo somatório dos Passivos Circulante e Não Circulante alcançou R$ 30.465.812.877,35. Com este
resultado,o Passivo foi superior ao Ativo, gerando um Patrimônio Liquido Negativo, no valor de R$ 19.740.312.576,40.
Tabela 30 - BALANÇO PATRIMONIAL RESUMIDO Valores em R$

ATIVO EXERCICIO ATUAL AV AH (variação) EXERCICIO ANTERIOR AV


ATIVO CIRCULANTE
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 765.196.424,79 7,13% 32,99% 575.361.925,17 6,51%
CREDITOS A CURTO PRAZO 946.048.170,08 8,82% 46,37% 646.340.425,08 7,31%
INVESTIMENTOS E APLICAÇÕES TEMPORARIAS A CURTO PRAZO 3.619.180.134,71 33,74% 16,52% 3.106.080.232,84 35,13%
ESTOQUES 60.112.178,93 0,56% -53,21% 128.482.892,70 1,45%
VPD PAGA ANTECIPADAMENTE 657.000,77 0,01% 847,58% 69.334,66 0,00%
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 5.391.193.909,28 50,27% 20,98% 4.456.334.810,45 50,40%

ATIVO NÃO CIRCULANTE


REALIZAVEL A LONGO PRAZO 2.351.546.059,85 21,92% 19,46% 1.968.469.417,22 22,26%
INVESTIMENTOS 258.157.957,67 2,41% -26,46% 351.045.988,39 3,97%
IMOBILIZADO 2.483.280.121,89 23,15% 36,12% 1.824.270.556,48 20,63%
INTANGIVEL 241.322.252,26 4,52% 0,00% 241.322.252,26 5,50%
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 5.334.306.391,67 49,73% 21,65% 4.385.108.214,35 49,60%

TOTAL DO ATIVO 10.725.500.300,95 100,00% 21,31% 8.841.443.024,80 100,00%

PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO

PASSIVO CIRCULANTE
OBRIGAÇÕES TRAB. PREV. E ASSIST. A PAGAR A CURTO PRAZO 354.221.929,91 1,16% -17,10% 427.290.414,33 2,03%
EMPRESTIMOS E FINANCIMENTOS A CURTO PRAZO 260.120.539,38 0,85% - 0 0,00%
FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A CURTO PRAZO 297.047.764,59 0,98% -19,04% 366.901.312,57 1,74%
OBRIGAÇÕES FISCAIS A CURTO PRAZO 25,76 0,00% - 0 0,00%
OBRIGAÇÕES DE REPARTIÇÕES A OUTROS ENTES 5.324.352,72 0,02% - 0 0,00%
DEMAIS OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO 530.684.662,10 1,74% 89,42% 280.156.526,72 1,33%
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 1.447.399.274,46 4,75% 34,72% 1.074.348.253,62 5,10%

PASSIVO NÃO CIRCULANTE


OBRIGAÇÕES TRAB. PREV. E ASSIST. A PAGAR A LONGO PRAZ 25.012.729,05 0,08% -86,82% 189.765.965,44 0,90%
EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS A LONGO PRAZO 2.540.499.430,96 8,34% 13,10% 2.246.222.188,55 10,67%
FORNECEDORES E CONTAS A PAGAR A LONGO PRAZO 168.815.368,91 0,55% - 0 0,00%
PROVISÕES A LONGO PRAZO 26.148.145.047,83 85,83% 49,05% 17.543.472.668,59 83,31%
DEMAIS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO 135.941.026,14 0,45% 3898,27% 3.400.000,00 0,02%
TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 29.018.413.602,89 95,25% 45,22% 19.982.860.822,58 94,90%
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO NÃO CIRCULANTE 30.465.812.877,35 100,00% 44,68% 21.057.209.076,20 100,00%

PATRIMONIO LIQUIDO
RESULTADOS ACUMULADOS -19.740.312.576,40 100,00% 61,60% -12.215.766.051,40 100,00%
(-) AÇÕES / COTAS EM TESOURARIA 0 0,00% - 0 0,00%
TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO -19.740.312.576,40 100,00% 61,60% -12.215.766.051,40 100,00%

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMONIO LIQUIDO 10.725.500.300,95 100,00% 21,31% 8.841.443.024,80 100,00%


Fonte: SIAFEM

6.9.1.1 ATIVO CIRCULANTE


O Ativo Circulante é composto por direitos disponíveis para realização imediata e que tiver a expectativa de realização até
doze meses após a data das Demonstrações Contábeis, implicando no registro de valores a receber de tributos e contribuições
devidos pelos contribuintes, ou seja, o reconhecimento da receita antes da efetiva arrecadação de caixa, sendo este procedimento
iniciado no exercício de 2015.
O Ativo Circulante somou R$ 5.391.193.909,28 em 2015, conforme Tabela 31, e apresentou variação positiva de 20,98%,
em relação ao Ativo Circulante do ano de 2014.

Tabela 31 - ATIVO CIRCULANTE Valores em R$

ATIVO 2015 AV AH (variação) 2014 AV

ATIVO CIRCULANTE
Caixa e Equivalentes de Caixa 765.196.424,79 14,19% 32,99% 575.361.925,17 12,91%
Créditos a Curto Prazo 946.048.170,08 17,55% 46,37% 646.340.425,08 14,50%
Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto Prazo 3.619.180.134,71 67,13% 16,52% 3.106.080.232,84 69,70%
Estoques 60.112.178,93 1,12% -53,21% 128.482.892,70 2,88%
VPD Paga Antecipadamente 657.000,77 0,01% 847,58% 69.334,66 0,00%
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 5.391.193.909,28 100,00% 20,98% 4.456.334.810,45 100,00%
Fonte: SIAFEM

6.9.1.2 PASSIVO CIRCULANTE

O Passivo Circulante deve ser classificado pelo agrupamento dos compromissos de curto prazo, aqueles exigíveis em até
doze meses. Na Tabela 32 pode ser verificado que, no exercício de 2015, o valor total das obrigações de curto prazo foi R$
1.447.399.274,46, o que representa apenas 4,75% das obrigações totais (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante), conforme
evidencia a Tabela 32.
Tabela 32 - PASSIVO CIRCULANTE Valores em R$
PASSIVO 2015 AV AH (variação) 2014 AV

PASSIVO CIRCULANTE
Obrigações Trab. Prev. e Assist. a Pagar a Curto Prazo 354.221.929,91 24,47% -17,10% 427.290.414,33 39,77%
Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo 260.120.539,38 17,97% - - 0,00%
Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo 297.047.764,59 20,52% -19,04% 366.901.312,57 34,15%
Obrigações Fiscais a Curto Prazo 25,76 0,00% - - 0,00%
Obrigações de Repartições a Outros Entres 5.324.352,72 0,37% - - 0,00%
Provisões a Curto Prazo - 0,00% - - 0,00%
Demais Obrigações a Curto Prazo 530.684.662,10 36,66% 89,42% 280.156.526,72 26,08%
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 1.447.399.274,46 100,00% 34,72% 1.074.348.253,62 100,00%
Fonte: SIAFEM

Observa-se ainda na Tabela 32 que, em 2015, os grupos mais significativos foram “Demais Obrigações a Curto Prazo” e
“Obrigações Trab. Prev. e Assist. a Pagar a Curto Prazo”, com valores de R$ 530.684.662,10 e R$ 354.221.929,91, respectivamente,
representando 36,66% e 24,47%, nessa ordem, do total do Passivo Circulante. Houve também um aumento de 34,72% no saldo de
obrigações em relação a 2014.
As “Demais Obrigações à Curto Prazo”, englobam os compromissos não classificados nos subgrupos anteriores e que
tenham vencimento em até doze meses. A conta “Obrigações Trab. Prev. e Assist. a Pagar a Curto Prazo” compreende obrigações
com salários a pagar, encargos trabalhistas e previdenciários e outros.

6.9.1.3 APURAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

O cômputo da diferença entre Ativo e Passivo Circulantes provê o Capital Circulante Líquido. A diferença positiva indica a
existência de um capital de giro para quitar as obrigações de curto prazo, já a negativa, retrata uma insuficiência de recursos, com
relação à capacidade de saldar compromissos de curto prazo.
Em 2015, o Ativo Circulante superou o Passivo Circulante, gerando um superávit no montante de R$ 3.943.794.634,82,
indicando que o Estado do Tocantins possui saldo financeiro positivo para quitar suas obrigações de curto prazo.
Analisando o Quociente da Liquidez Corrente, que exprime a situação financeira da Administração para saldar seus
compromissos de pagamentos com terceiros no curto prazo, tem-se:

 Quociente de Liquidez Corrente:

ATIVO CIRCULANTE = 5.391.193.909,28 = 3,72


PASSIVO CIRCULANTE 1.447.399.274,46

Este resultado indica que o ente possui uma boa capacidade para honrar os seus compromissos de curto prazo: para cada
R$ 1,00 de obrigações, o Estado do Tocantins possui R$ 3,72 de recursos no seu Ativo Circulante.

6.9.1.4 ATIVO NÃO CIRCULANTE

O Ativo Não Circulante representa todos os direitos realizáveis em longo prazo, os investimentos em controladas,
coligadas ou outras sociedades, os bens tangíveis e intangíveis. O Ativo Não Circulante das Demonstrações Contábeis Consolidadas
do Estado do Tocantins representa 49,73% do Ativo Total, segundo a Tabela 33. Além disso, houve um crescimento do saldo do
Ativo Não Circulante de 21,65% em relação ao exercício de 2014, conforme Tabela 33 a seguir.
Tabela 33 - ATIVO NÃO CIRCULANTE Valores em R$
ATIVO 2015 AV AH (variação) 2014 AV

ATIVO NÃO CIRCULANTE


Realizavel a Longo Prazo 2.351.546.059,85 44,08% 19,46% 1.968.469.417,22 44,89%
Investimentos 258.157.957,67 4,84% -26,46% 351.045.988,39 8,01%
Imobilizado 2.483.280.121,89 46,55% 36,12% 1.824.270.556,48 41,60%
Intangivel 241.322.252,26 4,52% 0,00% 241.322.252,26 5,50%
TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 5.334.306.391,67 100,00% 21,65% 4.385.108.214,35 100,00%
Fonte: SIAFEM
A Tabela 33, apresenta a composição do Ativo Não Circulante por Grupo da Unidade Contábil Consolidada no exercício de
2015, em que os valores estão distribuídos nos itens: Imobilizado com 46,55% do total do Ativo Não Circulante; Realizável a Longo
Prazo com 44,08%; Investimentos com 4,84%; e, Intangível com 4,52%, sendo esse último item o com menor participação.

6.9.1.5 PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Passivo Não Circulante é um subgrupo do passivo exigível e é composto por contas destinadas a registrar todas as
obrigações cujos vencimentos ocorrerão após doze meses da data do Balanço Patrimonial.
A Tabela 34, logo abaixo, demonstra que o Passivo Não Circulante do Estado do Tocantins no exercício de 2015 sofreu
um aumento de 45,22% em relação ao ano de 2014.
Observa-se ainda na Tabela 34 que o Passivo Não Circulante do Estado em 2015 tem como item mais representativo as
“Provisões a Longo Prazo”, representando 90,11% do saldo total do referido subgrupo.

Tabela 34 - PASSIVO NÃO CIRCULANTE Valores em R$


PASSIVO 2015 AV AH (variação) 2014 AV
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Obrigações Trab. Prev. e Assist. a Pagar a Longo Praz 25.012.729,05 0,09% -86,82% 189.765.965,44 0,95%
Emprestimos e Financiamentos a Longo Prazo 2.540.499.430,96 8,75% 13,10% 2.246.222.188,55 11,24%
Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo 168.815.368,91 0,58% - - -
Provisões a Longo Prazo 26.148.145.047,83 90,11% 49,05% 17.543.472.668,59 87,79%
Demais Obrigações a Longo Prazo 135.941.026,14 0,47% 3898,27% 3.400.000,00 0,02%
TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 29.018.413.602,89 100,00% 45,22% 19.982.860.822,58 100,00%
Fonte: SIAFEM

O crescimento anormal desse item do Passivo deve-se essencialmente às mudanças implementadas na metodologia do
cálculo atuarial. Essas mudanças estão em conformidade com a recente Orientação do Ministério da Previdência Social – MPS
através da Portaria nº 21, de 16 de janeiro de 2013 e objetivam a uniformização dos cálculos atuariais e de suas demonstrações.
Todas essas mudanças refletiram, por sua vez, no Grau de Endividamento Total, medido pela relação entre o Passivo
Exigível Total (Circulante + Não Circulante) e o Ativo Total:

 Grau de Endividamento Total

PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL = 1.447.399.274,46 + 29.018.413.602,89 = 2,84


ATIVO TOTAL 10.725.500.300,95

Este resultado indica que o ente não possui ativos suficientes para fazer frente às suas obrigações de curto e longo prazo,
evidenciando que, para cada R$ 1,00 de ativo total, o Estado do Tocantins possui R$ 2,84 de obrigações no seu Passivo Exigível
Total.
Por fim, verifica-se ainda que, depois do subgrupo “Provisões à Longo Prazo”, com 90,11%, o maior subgrupo é o dos
“Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo”, representando 8,75% do Passivo Não Circulante.

6.9.1.6 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Patrimônio Líquido contém o Resultado do confronto entre as Variações Patrimoniais Aumentativas (Receitas) e as
Variações Patrimoniais Diminutivas (Despesas). Ele está representado também pela diferença entre Ativo Total, composto pelos
bens, recursos e direitos controlados pela Entidade, e Passivo, formado pelas obrigações com terceiros, podendo evidenciar uma
Situação Patrimonial Líquida Positiva ou Negativa.

O Patrimônio Líquido Negativo alcançou em 2015 o montante de R$ 19.740.312.576,40, um valor 61,60% maior do que em
2014, o que pode ser observado na Tabela 35.
Tabela 35 RESULTADOS ACUMULADOS NO QUADRIÊNIO PPA 2012 - 2015
PATRIMONIO LIQUIDO 2015 2014 2013 2012
RESULTADOS ACUMULADOS - 19.740.312.576,40 - 12.215.766.051,40 - 8.739.516.168,12 - 2.697.296.366,11
- - - -
TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO - 19.740.312.576,40 - 12.215.766.051,40 - 8.739.516.168,12 - 2.697.296.366,11
Correção pelo IGP-D - 19.965.352.139,77 - 13.561.510.548,68 - 10.063.391.470,35 - 3.276.596.333,76
Variação % 61,60% 40,28% 224,01%
Fonte: SIAFEM

Percebe-se claramente a grande elevação do Patrimônio Líquido Negativo entre os anos de 2012 e 2013, de 224,01%,
quando os entes federados ficaram obrigados a contabilizar o Passivo Atuarial, por meio de seus fundos de previdência. De 2014 a
2015 esse crescimento foi de 61,60%, percentual superior ao crescimento verificado entre 2013 e 2014, que foi de 40,28%, conforme
dados da Tabela 35.
Será analisado neste tópico o Índice de Solvência Geral (ISG), que tem por finalidade indicar o grau de garantia que o Ente
dispõe em Ativos, para pagamento do total de suas obrigações. Se este quociente for maior que 1, indica que a entidade é solvente e
está em condições de fazer frente às suas obrigações; sendo igual a 1, indica que há um equilíbrio entre os itens de Ativo e Passivo
Exigível; enquanto que, um valor menor que 1, sinaliza um Patrimônio Líquido negativo, ou, um Passivo a Descoberto.

 Índice de Solvência Geral:

ATIVO TOTAL = 10.725.500.300,95 = 0,35


PASSIVO TOTAL 30.465.812.877,35

O Índice de Solvência Geral demonstra que houve no Balanço Geral do Estado do Tocantins, um Saldo Patrimonial
Negativo, conforme se faz provas o Balanço Patrimonial, alcançando o valor de R$ (19.740.312.576,40) conforme Tabela 35.
Cabe, no entanto, destacar que, o baixo índice obtido deve-se à inclusão do Passivo Atuarial da Unidade Contábil
Consolidada, inserido na conta “Provisões à Longo Prazo”, cujo valor foi de R$ 26.148.145.047,83 conforme Tabela 34,
representando 85,83% do Passivo Total (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante), fato que contribuiu para o resultado
observado.

6.10 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS – DVP

A Demonstração das Variações Patrimoniais evidencia todas as alterações sofridas pelo patrimônio na sua composição
qualitativa e/ou quantitativa, em virtudes de atos praticados pela administração, ou fatos vinculados às atividades da entidade ou,
ainda, resultantes de fatos totalmente imprevistos ou fortuitos. É considerado um indicador de desempenho, já que, no setor público,
mede o quanto o serviço público prestado promoveu alterações quantitativas nos elementos patrimoniais.
Este demonstrativo expressa os fatos contábeis que aumentaram o patrimônio nas Demonstrações Contábeis
Consolidadas do Estado do Tocantins, representados pelas Variações Aumentativas, em confronto com os fatos contábeis que
reduziram o patrimônio, compostos pelas Variações Diminutivas.
As variações Aumentativas representam as agregações de novos elementos ao patrimônio público que poderão ocorrer
por meio de aumento de valores de ativos ou redução de valores de passivos.
Portanto, o termo Variação Patrimonial é um termo genérico admitindo duas espécies: Variações Patrimoniais Qualitativas
e Variações Patrimoniais Quantitativas. As qualitativas correspondem aos Fatos Permutativos, alteram a situação líquida para mais
ou para menos. Assim, quando falamos “Variação Patrimonial Aumentativa” queremos nos referir ao grupo de variações patrimoniais
que promovem a elevação da situação liquida; e “Variação Patrimonial Diminutiva” aquelas que reduzem a situação líquida.
A Tabela 36 demonstra as Variações Patrimoniais ocorridas no exercício de 2015.

Tabela 36 - Demonstração das Variações Patrimôniais


VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 20.296.728.612,18

Impostos,Taxas e Contribuições de Melhoria


2.972.408.683,25
Contribuições 509.847.449,51
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 40.344.818,53
O valor total das Variações Aumentativas foi R$ 20.296.728.612,18 e o das Variações Diminutivas, R$ 28.223.359.066,14.
Esses valores geraram um resultado negativo no valor de R$ 7.926.630.453,96. Este resultado negativo foi provocado,
principalmente, pela conta de Variação Patrimonial Diminutiva, “Constituições de Provisões”, constante no grupo “Outras Variações
Diminutivas”, cujo saldo foi R$ 20.096.190.110,87, conforme Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, decorrentes de “VPD
de Provisões Matemáticas Previdenciárias”, implementadas de acordo com Orientação do Ministério da Previdência Social – MPS
através da Portaria nº 21, de 16 de janeiro de 2013.
Por outro lado, a maior parcela do saldo das Variações Patrimoniais Aumentativas, representada pelo subgrupo de “Outras
Variações Patrimoniais Aumentativas”, é composta, em sua imensa maioria, pela conta de “Reversão de Provisões Matemáticas
Previdenciárias a Longo Prazo”, cujo saldo registrado em 2015 chegou a R$ 11.491.517.731,63, diminuindo, de certa forma, o
impacto negativo no Patrimônio decorrente das provisões matemáticas previdenciárias implementadas.

6.11 DÍVIDA PÚBLICA CONSOLIDADA

6.11.1 Definições

A Dívida Consolidada, também denominada Dívida Fundada, compreende as obrigações financeiras assumidas em virtude
de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito com prazo de amortização superior a 12 meses,
que visem atender desequilíbrios orçamentários ou a financiamentos de obras e serviços públicos, que dependam de autorização
legislativa para amortização ou resgate (§2º, Art. 115, Dec. 93.872/86). Porém, a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei
Complementar n.º 101/2000) e a Resolução nº 43/01 do Senado Federal, ampliou o conceito da Dívida Consolidada, incluindo neste
as operações de crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas tenham, constado no orçamento (§3º, Art. 29, LC 101/00. Já a
Emenda Constitucional n.º 62/2009 art. 2° § 1° Inc. II, possibilitou o parcelamento em até 15 anos dos Precatórios Judiciais6
emitidos e não pagos durante a execução do orçamento, e a dívida mobiliária, aquela contraída através da emissão de títulos
públicos.
A Dívida Consolidada pode ser:
1 - Dívida Interna é aquela que compreende os contratos de financiamento e parcelamento contraídos junto às instituições
financeiras localizadas dentro do País;
2 - Dívida Externa é aquela que compreende os contratos de financiamento contraídos junto às instituições financeiras
localizadas fora do País.

6
Apenas os precatórios emitidos a partir de 5/5/2000.
Ainda, de acordo com a Resolução n.º. 43 do Senado Federal, art. 2º inc. V, da Dívida Pública Consolidada, deduzidas as
disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros, resultará na Dívida Consolidada Líquida.

6.11.2 Perfil Geral

A Dívida Fundada do Estado do Tocantins, apurada em 31 de dezembro de 2015, apresentou um estoque de R$


3.270.150.236,68, sendo que este é o maior estoque desde a criação do Estado.
Durante os últimos 04 exercícios, a Dívida Fundada apresentou crescimento
real, destaque para o exercício de 2012 e 2015, que alcançaram maiores
variações no acréscimo da dívida.

Tabela 37 - Evolução da Dívida Fundada – Últimos 5 anos A Dívida Consolidada do


Exercício Dívida Consolidada Nominal Estado do Tocantins é
2011 1.402.051.512,80
composta principalmente por
2012 1.834.996.435,79
2013 2.100.963.041,02 operações de crédito para
2014 2.479.752.935,41
viabilizar investimentos,
2015 3.270.150.236,68
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64 seguida de renegociações de
Dívidas e por precatórios. Tal montante da Dívida pode ser visualizado pela ótica
da natureza de sua constituição e origem de contratação.

6.11.3 Natureza da Dívida

A totalidade da Dívida Consolidada em 2015 concentra 86,76% em


Operações de Crédito, incluindo interna e externa, 6,10% de Parcelamentos de
Débitos Junto ao IGEPREV e União, 5,93% em Precatórios de exercícios anteriores,
e em menor proporção, Outras Dívidas – Desapropriação de Imóveis e indenizações, que correspondem a 1,22%, conforme
demonstrado no gráfico 21:

6.11.4 Origem

A Dívida Consolidada é classificada em interna e externa, por adoção da localização geográfica da instituição credora. O
exercício de 2015 foi finalizado com 82 contratos decorrentes de operações de crédito, parcelamentos de débitos previdenciários e
fiscais, assunções de dívidas e precatórios, sendo 74 contratos de origem interna e 8 de origem externa.
Durante o quadriênio 2012 a 2015, nota-se uma inversão na composição da Dívida Consolidada, antes
predominantemente externa, passando gradativamente para interna, findando o exercício de 2015 com 65,61% do estoque da dívida,
sendo que deste estoque interno, 52,37% referem-se a 56 contratos de operações de crédito com as Instituições Financeiras
Nacionais, 13,42% referem-se a 17 contratos de parcelamentos que o Estado mantém, decorrentes de parcelamentos Previdenciários
e Fiscais junto à União, parcelamentos de dívidas previdências junto ao IGEPREV, Parcelamentos de Outras Dívidas junto à
SANEATINS/ODEBRETCH e Precatórios, conforme se vê adiante no quadro 2.2.
Já a Dívida Externa representa 34,39%, cujo saldo, em 31/12/2015, totalizou R$ 1.124,604.243,83, que viabilizaram os
seguintes projetos:
Projeto de Infraestrutura Rodoviária – PIER, junto ao Banco Bilbao Viscaya Argentária – BBVA;
Projeto de Modernização Fiscal do Estado do Tocantins – PMF/TO – PROFISCO e o Programa de Desenvolvimento
da Região Sudoeste do Estado do Tocantins – PRODOESTE, ambos financiados pelo BID – Banco Interamericano
de Desenvolvimento;
Projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável do Tocantins – PDRS e o Projeto de Desenvolvimento Regional
Integrado Sustentável do Estado do Tocantins, sendo ambos financiados junto ao Banco Mundial – BIRD/Banco
Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento;
Projeto Eixos Rodoviários, financiados pelo Grupo Financeiro Italiano Médio Crédito Centralle S.p.a.
Embora o projeto de maior valor contratado seja o PDRIS (USD 300.000.000,00) com o Banco Mundial, atualmente o
Médio Crédito Centralle S.p.a., concentra maior saldo do estoque da dívida: 16,34% do total da Dívida Consolidada e 47,50% do total
da Dívida Externa.
Tabela 38- CREDORES DA DÍVIDA FUNDADA
ESTOQUES CONTRATOS
CREDORES
Saldo em 31/12/2015 (%) Estoque Quantidade % Part.
CEF - Caixa Econômica Federal 85.852.470,95 2,63% 48 58,54%
BNDES / Banco do Brasil 778.787.703,83 23,82% 4 4,88%
BANCO DO BRASIL S/A 834.686.370,70 25,52% 2 2,44%
BNDES 13.188.000,00 0,40% 2 2,44%
RFB - Receita Federal do Brasil 62.505.091,84 1,91% 11 13,41%
IGEPREV 136.548.329,28 4,18% 3 3,66%
IBAMA 324.701,12 0,01% 1 1,22%
DÉBITOS AJUIZADOS - Precatórios 193.828.097,96 5,93% 1 1,22%
SANEATINS - Outras Dívidas 39.825.227,17 1,22% 2 2,44%
TOTAL DA DÍVIDA INTERNA 2.145.545.992,85 65,61% 74 90,24%
Medio Crédito Centralle S.p.a. 534.222.683,59 16,34% 3 3,66%
BIRD - Banco Inter. para Reconstrução e Desenvolvimento 254.433.486,18 7,78% 2 2,44%
BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento 96.157.685,94 2,94% 2 2,44%
BBVA -Banco Bilbao Vizcaya Argentária 239.790.388,12 7,33% 1 1,22%
TOTAL DA DÍVIDA EXTERNA 1.124.604.243,83 34,39% 8 9,76%
TOTAL 3.270.150.236,68 100,00% 82,00 100,00%
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64

6.11.5 Finalidade da Dívida


A classificação da dívida consolidada
por finalidade indica o motivo em que o Estado se
sacrificou em endividamento para atender os
programas.
Em ordem decrescente observa-se que
86,11% da Dívida Consolidada refere-se a
investimentos de infraestrutura através de
operações de crédito para subsidiar investimentos
para programas do Estado que beneficiam
diretamente a população tocantinense com obras
permanentes em diversos setores, tais como
construções de rodovias, construções/reforma de
Unidades Prisionais, Construções de Fóruns em diversos municípios, além de investimentos em seguimentos sociais. Ainda citando
os percentuais que compõem a Dívida Fundada, podemos citar:
4,18%, de parcelamentos com o IGEPREV, para honrar os compromissos e benefícios com os repasses de valores
ao Regime Próprio de Previdência Social do funcionalismo público tocantinense;
Tem-se também, parcelamentos com a União, referentes a débitos previdenciários e fiscais, o que correspondem a
1,92% do total da Dívida Fundada;
Os investimentos em unidades habitacionais no âmbito dos programas do PAC I e PAC II, os quais compreendem
1,76% e o projeto de modernização do Fisco Fazendário - PROFISCO - correspondem a 1,67% do estoque da
Dívida;
Os gastos com aquisições de máquinas e equipamentos com perfazem 1,63% da Dívida.
6.12 SERVIÇO DA DÍVIDA

O serviço da Dívida Estadual envolve as despesas com pagamentos de amortizações, juros, taxas e impostos de todas as
operações de crédito contratadas, sejam elas liberadas e/ou a liberar, com os parcelamentos e de precatórios. Tais despesas
saltaram de R$ 229.903.397,61, em 2012, para R$ 466.447.370,73 em
2015, acréscimo este ocorrido devido a novas contratações de operações
de credito e assunções de dividas, ocorridas entre os exercícios 2013 e
2015.

Tabela 39 - SERVIÇO DA DÍVIDA


SERVIÇO 2012 2013 2014 2015
Amortizações 157.176.299,26 224.133.793,22 228.887.089,17 321.523.793,27
Juros 72.727.098,02 101.529.445,79 108.724.122,04 138.815.246,25
Taxas 3.971.896,61 7.579.197,07 4.329.457,03 6.108.331,21
TOTAIS 229.903.397,28 325.663.239,01 337.611.211,21 466.447.370,73
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64

Considerando que as operações que compõem a Dívida Fundada são vinculadas a um determinado indexador econômico,
cujo objetivo é reajustar o saldo da dívida pública em conformidade com a variação inflacionária e desvalorizações da moeda e
considerando também, que o fatores de aumento da TJLP, Taxa SELIC e desvalorização do real em relação ao dólar impulsionaram
o montante da atualização monetária.

Tabela 40 - ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO ESTOQUE DA DÍVIDA


No exercício de 2015 também fora registrado INTERNA EXTERNA TOTAL
EXERCÍCIO
R$ VARIAÇÃO R$ VARIAÇÃO R$ VARIAÇÃO
maior valor de atualizações monetárias do estoque da
2012 6.774.574,27 48.905.146,99 55.679.721,26
dívida, a saber, R$ 554.680.279,05, conforme podemos 2013 17.456.470,15 158% 96.617.466,48 98% 114.073.936,63 105%
observar na tabela 40, a demonstração da evolução da 2014 37.181.460,77 113% 92.169.565,39 -5% 129.351.026,16 13%
2015 141.531.387,89 281% 413.148.891,16 348% 554.680.279,05 329%
atualização nos últimos 04 exercícios:

Gráfico 24 - EVOLUÇÃO DA DCL / RCL

45,00%
6.12.1 Indicadores de Endividamento 40,03%
40,00%
35,00% 32,67%
A Lei de Responsabilidade Fiscal e as Resoluções nº 40/01 e 30,00% 25,64%
nº 43/01 do Senado Federal definem limites para contratação de crédito, 25,00% 20,61%
20,00%
pagamento de operações de crédito e endividamento dos Estados, Distrito
15,00%
Federal e Municípios. Todos os limites são definidos e apurados como 10,00%
proporção da Receita Corrente Líquida (RCL) do ente federado. Dessa 5,00%
0,00%
forma, no exercício 2015 o percentual de comprometimento do serviço da 2012 2013 2014 2015
dívida em relação a receita corrente liquida, alcançou 40,03%.

6.12.2 Limite de Pagamento

O limite de comprometimento anual com amortizações,


juros e demais encargos da dívida consolidada, inclusive relativa a
valores a desembolsar de operações de crédito já contratadas e a
contratar, não deve exceder a 11,5% da Receita Corrente Líquida-
RCL. Como podemos observar no gráfico 2.2, o pagamento do serviço da dívida, em valores nominais, está dentro do limite em Lei,
sendo que a proporção do Serviço da Dívida em relação à Receita Corrente Líquida do Estado, no exercício de 2015 atingiu o
percentual de 7,40%, maior comprometimento desde 2012.

6.12.3 Limite de Liberações

Com relação ao ingresso de recursos no exercício, a LRF


determina o limite de 16% da RCL para recebimento de desembolsos de
parcelas ou de totais de empréstimos contratados. Nos últimos quatro
anos a margem de limite de desembolso em 2015 atingiu o percentual de
%, maior ou menor comparado com o resultado de exercícios anteriores.

6.12.4 Limite de Endividamento

A Dívida Consolidada Líquida-DCL é a dívida pública consolidada deduzida as disponibilidades de caixa, as aplicações
financeiras e os demais haveres financeiros. A resolução nº 40/2001 do Senado Federal em cumprimento à Lei de responsabilidade
Fiscal, estabelece que a Dívida Consolidada Líquida – DCL dos Estados e Distrito Federal, ao final do décimo quinto ano, contado a
partir do encerramento do ano de sua publicação, não poderá exceder a duas vezes a sua Receita Corrente Líquida. Durante os
últimos quatro anos o maior valor registrado foi em 2015 devido ao incremento de dívidas e queda na Receita Corrente Líquida.

Tabela 41 – Endividamento
EXERCÍCIO DCL RCL 200% RCL % Comprometimento
2012 1.028.809.150,82 4.991.475.367,76 9.982.950.735,52 20,61%
2013 1.365.010.112,29 5.323.440.128,75 10.646.880.257,50 25,64%
2014 1.983.736.520,58 6.071.450.294,61 12.142.900.589,22 32,67%
2015 2.523.597.129,64 6.304.771.944,72 12.609.543.889,44 40,03%
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64

6.13 PROJEÇÕES DA DÍVIDA

O pagamento da dívida é classificado em curto, médio e longo prazos. Curto prazo refere-se a programação de pagamento
de débitos que ocorre no prazo de 12 meses, médio prazo de 13 a 36 meses e longo prazo acima de 36 meses. Na tabela 42 a
seguir, demonstra-se a projeção do serviço da dívida para os próximos exercícios, isto é, os compromissos de desembolsos
estimados para a dívida pública até a total liquidação dos contratos atualmente em vigor.
Tabela 42 – Previsão de Pagamento por Composição da Dívida - Amortizações e Encargos
Operações de Crédito /
Prazos Parcelamentos Precatórios Outras Dividas Total
Divida Bancaria
ATÉ 12 MESES 422.913.565,30 60.841.695,13 20.477.550,90 13.392.007,23 517.624.818,56
DE 13 A 36 MESES 1.145.980.100,23 217.894.648,22 60.775.808,04 41.723.963,04 1.466.374.519,53
ACIMA DE 36 MESES 2.517.612.328,74 53.175.527,51 118.595.815,07 0,00 2.689.383.671,32
Total 4.086.505.994,27 331.911.870,86 199.849.174,01 55.115.970,27 4.673.383.009,41
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64

Como podemos observar, o pagamento da Dívida Bancária decorrente de Operações de Credito concentra a maior parte
do total previsto, 58%.
Podemos observar, também, na tabela 56, que os pagamentos com o Banco do Brasil S.A., concentram 32,48% do total
de amortizações e encargos, seguido de 24,58% de pagamentos ao BNDES.
Tabela 43 - Previsão de Pagamentos por Instituição Financeira

INSTITUIÇÃO AMORTIZAÇÕES ENCARGOS A.V.


CAIXA ECONÔMICA 85.852.470,95 49.496.072,66 2,90%
BANCO DO BRASIL 834.686.370,70 683.389.372,19 32,48%
BNDES 791.975.703,83 356.814.291,47 24,58%
RECEITA FEDERAL 62.505.091,84 44.337.757,23 2,29%
IBAMA 324.701,12 72.054,94 0,01%
IGEPREV 136.548.329,28 88.123.936,45 4,81%
SANEATINS/ODEBRETCH 39.825.227,17 15.290.743,10 1,18%
PRECATORIOS 193.828.097,96 6.021.076,05 4,28%
BID 96.157.685,94 16.284.366,90 2,41%
BIRD 254.433.486,18 11.718.757,53 5,70%
MEDIO CREDITO 534.222.683,59 80.644.960,09 13,16%
BBVA 239.790.388,12 51.039.384,12 6,22%
TOTAIS 3.270.150.236,68 1.403.232.772,73 100,00%
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64

6.13.1 Limites

A estimativa da Receita Corrente Líquida para os próximos quatro anos foi obtida mediante a aplicação de Fator: previsão
do IPCA 2015 acrescido da média de crescimento real dos últimos quatro anos multiplicado pelo valor da Receita Corrente Líquida.
Com base no valor estimado da RCL, foram determinados os seguintes limites: serviço da Dívida 11,50%, Desembolso 16% e
endividamento 200% (Resolução 43/2001 do Senado Federal).
Tabela 44 – Estimativa da Receita Corrente Líquida e Limites de Endividamento: 2015 a 2019 – (%) excluir tabela (gráfico de área em %) de cada limite
LIMITE DE
LIMITE DO SERVIÇO DA DÍVIDA LIMITE DE ENDIVIDAMENTO
PERÍODO PROJEÇÃO DA RCL DESEMBOLSO
(11,5%) (200% DA RCL)
(16%)
2015 6.830.381.581,44 785.493.881,87 1.092.861.053,03 13.660.763.162,88
2016 7.684.179.279,12 883.680.617,10 1.229.468.684,66 15.368.358.558,24
2017 8.644.701.689,01 994.140.694,24 1.383.152.270,24 17.289.403.378,02
2018 9.725.289.400,13 1.118.408.281,01 1.556.046.304,02 19.450.578.800,26
2019 10.940.950.575,15 1.258.209.316,14 1.750.552.092,02 21.881.901.150,30
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64
RCL PROJETADA EM CONFORMIDADE AO "CRITÉRIO DE PROJEÇÃO DA RCL" DO MIP/STN/2014
6.14 SENSIBILIDADE DA DÍVIDA
Os indexadores econômicos e índices de reajuste, cujas funções básicas são o de desvalorização da moeda e fixa a
volatilidade de preços para medir a evolução efetiva da dívida. Assim sendo, na composição da Dívida Pública Estadual, em especial
nas operações de crédito com taxas de juros pré-fixadas, há incorporação de indexadores na apuração do saldo da dívida, os quais
auxiliam na identificação do custo efetivo da dívida. Já nas operações de crédito com taxas de juros pós-fixada, a remuneração
A sensibilidade da dívida é o grau de exposição do estoque da dívida a variável do mercado que impactam o valor do saldo
devedor da dívida Estadual e sua capacidade de pagamento. A dívida se concentra em contratos pós-fixado, 73,82%, ou seja, os
juros são flutuantes e periodicamente recalculados em função das cotações e situações de mercados, Banco Central, ou organismos
multilaterais e de fomento oficiais. Apenas 26,18% da dívida são contratos pré-fixados, não havendo variação de custo durante a
vigência contratual.
Os indexadores econômicos são índices de variáveis que afetam a Dívida Estadual. Nos contratos pré-fixados, há
indexadores de moeda, como dólar e UPR que impactam o saldo da dívida na apuração do custo efetivo da operação no momento da
conversão. Nas operações de crédito com taxas de juros pós-fixada, a remuneração predominantemente composta por indexadores
econômicos. Os indexadores econômicos estão presentes tanto nos contratos pré como pós, conforme tabela a seguir:

Grafico 28 - Perfil da Divida Fundada em 2015 por


Tabela 45 - Evolução da dívida por indexadores
Indexadores
INDEXADOR 2012 2013 2014 2015
6% 2% UPR
UPR 25.508.871,55 27.348.908,08 54.185.902,81 78.047.842,29
8%
DÓLAR 573.646.275,96 939.189.290,50 1.076.586.470,67 1.704.242.125,82
DÓLAR
IPCA 0,00 0,00 43.764.681,42 178.698.257,57 2%
TJLP 985.406.917,65 888.523.257,11 893.609.130,13 794.828.821,20
IPCA
SELIC 62.824.772,01 55.604.179,29 51.389.862,58 62.505.091,84
CDI MENSAL 0,00 0,00 170.450.822,36 260.000.000,00
TJLP
POUPANÇA 187.609.598,62 175.174.657,76 171.922.129,08 193.828.097,96
TOTAL 1.834.996.435,79 2.100.963.041,02 2.479.752.835,41 3.272.150.236,68 24% 52%
SELIC

Conforme demonstrado no gráfico 28, o Dólar possui uma CDI MENSAL

participação de mais de 52% do estoque da dívida, embora não seja totalmente 6% POUPANÇA
decorrente de contratos oriundos de operações de credito externo, pois os contratos do PROESTADO I e do PNAFE são operações
de credito interna indexadas ao Dólar.
A participação da dívida indexada pela TJLP atingiu caiu de 36% em 2014 parra 24% em 2015, e representa os contratos
com o BNDES. A terceira maior participação é o CDI Mensal, decorrente do financiamento do PROESTADO II, assinado em
julho/2014. A indexação pela SELIC apresenta uma participação baixa, decorre dos parcelamentos de tributos federais, INSS e
PASEP. A dívida indexada à UPR-D é composta pelos financiamentos com a Caixa Econômica Federal, no âmbito dos programas de
habitação, PRÓ-MORADIA, saneamento, Saneamento para Todos e Pró-Transporte. A indexação pelo IPCA decorre do
parcelamento do IGEPREV. No exercício de 2014 ocorreu a conclusão do contrato com o Banco do Brasil, cujo objeto era o
Programa de Saneamento, único indexado pela TR.

6.14.1 Sensibilidade Cambial – Teste de Stresse como Ferramenta básica da Gestão prudente do Risco

Os testes de stresse são uma ferramenta amplamente utilizada para a gestão de risco das instituições financeiras. Servem
para alertar a administração das instituições sobre resultados inesperados e adversos relacionados a múltiplos riscos, fornecendo
assim uma indicação de quanto capital poderá ser necessário para absorver perdas
Tabela 46 - Variação cambial
caso ocorram grande choques. Também podem gerar informações para Cotação do Dólar
Diferença Diferença
no fechamento do Variação
procedimentos de planejamento de capital e liquidez, bem como facilitar o acumulado anual
exercício
2011
desenvolvimento de planos com o objetivo de atenuar o risco, além de apontar 1,76
2012 1,95 95% 5% 11%
possíveis falhas de planejamento.
2013 2,11 81% 19% 8%
Após a recente crise financeira global, convém demonstrarmos os
2014 2,66 43% 57% 26%
possíveis impactos que a Dívida Externa do Estado poderá sofrer em relação à 2015 3,80 30% 70% 43%
variação cambial externa, pois a variação cambial do dólar em relação ao real, nos últimos quatro anos fora muito alta, como
podemos observar na tabela 46.
Em nossa análise, simulamos o crescimento da variação em primeiro momento com o estoque da dívida em 31/12/2015,
em segundo momento simulamos a receita de operações de crédito, referente aos contratos externos dos projetos PROFISCO,
PDRIS, PIER e PRODOESTE, e em terceiro cenário, simulamos o pagamento da dívida considerando o seu estoque atual,
projetados para os próximos 4 exercícios:

Tabela 47 – Cenário 1 - Teste de Stresse para o Estoque da Dívida em 31/12/2015


PERCENTUAIS DE STRESSE
Estoque da dívida em
15% 30% 60%
dólares em 31/12/2015
VARIAÇÕES CAMBIAIS 3,9048 4,49052 5,07624 6,24768
2016 1.704.242.125,82 7.652.933.350,84 8.651.142.048,77 10.647.559.444,64
2017 1.536.751.558,80 6.900.813.609,82 7.800.919.732,84 9.601.131.978,88
2018 1.379.059.695,27 6.192.695.142,80 7.000.437.987,52 8.615.923.676,94
2019 1.246.032.496,91 5.595.333.848,02 6.325.160.002,11 7.784.812.310,29

Tabela 48 – Cenario 2 - Impacto do Stresse no limite de Desembolso


4,49052 5,07624 6,24768
LIMITE DO SERVIÇO
PERÍODO PROJEÇÃO DA RCL
DA DÍVIDA (11,5%)
15% 30% 60%

2016 6.830.381.581,44 11,50% 962,78% 1089,86% 1344,02%


2017 7.684.179.279,12 11,50% 769,42% 871,28% 1074,99%
2018 8.644.701.689,01 11,50% 611,42% 692,67% 855,17%
2019 9.725.289.400,13 11,50% 488,79% 554,05% 684,56%

Tabela 48 – Cenario 3 - Impacto sobre o Cronograma de Pagamentos


PERCENTUAIS DE STRESSE
PREVISÃO DE
PAGAMENTO EM 15% 30% 60%
31/12/2015
VARIAÇÕES
3,9048 4,49052 5,07624 6,24768
CAMBIAIS
2016 136.793.050,59 614.271.929,54 694.394.355,13 854.639.206,31
2017 143.835.997,45 645.898.423,27 730.146.043,70 898.641.284,55
2018 128.927.046,89 578.949.482,60 654.464.632,50 805.494.932,31
2019 109.479.468,96 491.619.744,95 555.744.059,51 683.992.688,63

6.15 CONTRATAÇÕES E ASSUNÇÕES DE DÍVIDAS

No exercício de 2015, aconteceram Receitas de Operações de Credito o qual ocasionou a inscrição de dívidas no valor
total de R$ 566.675.999,01, sendo R$ 83.750.489,36 referentes às inscrições de liberações com operações de crédito externo, R$
282.963.825,65 - referentes às inscrições das liberações de operações de crédito interna, R$ 10.715.029,60 referentes às inscrições
de novos precatórios, R$ 19.891.322,41 referente as inscrições de parcelamento de dívidas previdenciárias junto à RFB- Receita
Federal do Brasil, R$ 123.909.201,13 de assunção de dívidas junto ao IGEPREV e R$ 45.446.130,86 de assunção de outras dívidas
junto à SANEATINS/ODEBRETCH.
Em 2015 não ocorreram novas contratações, apenas houve liberações de operação anteriormente contratadas, conforme
demonstrado na tabela 49 a seguir:

Tabela 49 – Operações de Crédito Interno com Liberações no Exercício


Valor Captado até
Operação Valor da Total da Operação Data Assinatura Valor Captado em 2015 Valor a Captar
dezembro 2015
PROESTADO II - BB 260.000.000,00 03/07/2014 170.450.822,36 89.549.177,64 89.549.177,64
PROESTADO I - BB 390.000.000,00 01/03/2013 234.000.000,00 156.000.000,00 156.000.000,00
PROINVESTE - BB/BNDES 553.367.668,70 20/12/2012 545.367.668,70 8.000.000,00 8.000.000,00
PROMORADIA/HABITAÇÃO - CEF 157.088.887,43 06/06/2008 59.188.396,39 11.025.433,37 97.900.491,04
PAC-2 – Pró-Transporte I – CEF 27.520.000,00 05/03/2012 8.833.664,69 6.231.782,82 18.686.335,31
PAC-2 – Pró-Transporte II – CEF 157.762.205,16 10/12/2013 7.065.953,55 5.523.164,13 150.696.251,61
CPAC – CEF 13.115.059,00 30/08/2013 3.129.526,00 812.212,76 9.985.533,00
SANEAMENTO PARA TODOS - CEF 12.604.147,88 05/03/2012 7.253.898,77 5.822.054,93 5.350.249,11
INTERNA 1.571.457.968,17 1.035.289.930,46 282.963.825,65 536.168.037,71
Em R$ 1,00
Fonte: Anexo 16 – Lei 4.320/64

Dentre as operações de crédito interno contratadas, observamos que os programas de HABITAÇÃO, PAC II – 1.ª e 2.ª
Etapas, CPAC e Saneamento para Todos, ainda possuem valores a captar muito alto em relação ao tempo de contratação e de
execução:

A seguir, apresentamos o
quadro das operações de Credito Externas:
Tabela 50 – Operações de Crédito Externo com Liberações no Exercício
Valor Captado até
Operação Valor da Total da Operação Data Assinatura Valor Captado em 2015 Valor a captar
dezembro 2015
PRODOESTE - BID 99.000.000,00 30/08/2012 10.615.954,75 6.995.954,75 88.384.045,25
PROFISCO - BID 40.431.000,00 19/10/2012 13.439.111,45 895.537,27 26.991.888,55
PDRIS -BIRD 300.000.000,00 06/12/2012 51.930.587,35 15.914.983,28 248.069.412,65
PIER - BBVA 143.198.162,00 19/11/2012 60.723.549,90 0,00 82.474.612,10
TOTAL EXTERNO 582.629.162,00 112.893.728,15 23.806.475,30 469.735.433,85

Em todas as operações contratadas, também destaca-se o baixo percentual de execução dos programas, que embora
tenham sido contratadas no exercício de 2012, todas restam mais de 50% a captar e concluir os programas.

6.16 CONTRATAÇÕES E ASSUNÇÕES DE DÍVIDAS


Tabela 51 - Receita Corrente Liquida
2014 2015 AH%
RECEITAS CORRENTES (I) 7.813.997.166,20 8.185.904.024,60 4,76
Receita Tributária 2.462.412.588,33 2.721.472.860,57 10,52
A Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000, Lei Receita de Contribuições 416.275.161,51 415.159.908,68 -0,27
Receita Patrimonial 606.967.702,39 514.084.004,89 -15,30
de Responsabilidade Fiscal – LRF, concerne às normas de Receita de Serviços 45.010.295,71 38.950.861,86 -13,46
Transferências Correntes 4.200.132.718,88 4.393.419.952,40 4,60
finanças, estabelecendo limites os quais visam a responsabilidade Outras Receitas Correntes
DEDUÇÕES (II)
83.198.699,38
(1.742.546.871,59)
102.816.436,20
(1.881.132.079,88)
23,58
7,95
Transferências Constitucionais e legais (547.112.600,40) (601.807.530,60) 10,00
na gestão fiscal, bem como define alguns conceitos. Contrib. Plano Seg.Social Servidor (288.210.202,88) (287.984.189,62) -0,08
Comp.Financ. entre Regimes de Previd. (783.404,10) (2.117.579,21) 170,30
Dedução de Rec. p/ Formação do FUNDEB (906.440.664,21) (989.222.780,45) 9,13
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (I-II) 6.071.450.294,61 6.304.771.944,72 3,84
6.16.1 Receita Corrente Líquida Fonte: SIAFEM/TO

A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu art. 2º define Receita Corrente Líquida - RCL, a qual serve como base para
apuração dos limites com: Despesa Total com Pessoal, Dívida Pública, Operações de Créditos e Garantias e Contragarantias. Em
comparação com o exercício anterior, 2015 a RCL registrou um Grafico 31 - Evolução da Receita Corrente Líquida
7.000.000.000
acréscimo de 3,84%.
6.000.000.000
A tabela 51 demonstra, de forma simplificada, o cálculo 5.000.000.000
da Receita Corrente Líquida referente ao exercício de 2015, 4.000.000.000
ressalta-se que o Governo do Estado conseguiu manter um 3.000.000.000
crescimento de 10,52% nas suas receitas tributárias, índice 2.000.000.000

superior ao das receitas de transferências correntes, que 1.000.000.000

registrou um acréscimo de 4,60% em relação ao exercício de -


2012 2013 2014 2015
2014.
6.16.2 Despesas com Pessoal e Encargos

Para o controle dos gastos dos Estados, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu que o total das despesas com
pessoal ativo, inativo e pensionista, não poderá exceder 60% da RCL.
A tabela 52 evidencia o cálculo da despesa total com Pessoal do Estado do Tocantins, o qual atingiu 63,05% da Receita
Corrente Líquida, 3,05% acima do limite máximo estabelecido pelo inciso II do art.19 da LRF que é de 60,00% da RCL.

Tabela 52 Relação ( % ) Despesas com Pessoal e Encargos sobre a Receita Corrente Líquida
PODER/ÓRGÃO LIMITE APURADO Grafico 32 - Despesa % com pessoal
2013 2014 2015
1900ral
Poder Executivo 49,00 51,69 50,93 52,28
1900ral

Título do Eixo
Poder Legislativo 3,00 2,89 2,90 3,16
1900ral
Poder Judiciário 6,00 5,26 5,30 5,77
1900ral
Ministério Público 2,00 1,69 1,63 1,83
1900ral
TOTAL 60,00 61,53 60,76 63,05
1900ral
Fonte: SIAFEM/TO LIMITE
1900ral
Poder Poder Poder Ministério
Executivo Legislativo Judiciário Público
6.16.3 Dívida Consolidada Líquida Título do Eixo

A Dívida Consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da
federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização
em prazo superior a doze meses, inclusive as operações de créditos com prazo inferior, cujas receitas tenham constado no
orçamento, conforme o art. 29 da LRF.
Para todos os fins, o conceito de endividamento utilizado na apuração dos respectivos limites, com base na receita
corrente líquida, deverá ser o da Dívida Consolidada Líquida, sendo que os limites são os estabelecidos pela Resolução n.º 40/2001
do Senado Federal, em seu art. 3º, Inciso I, ou seja, até 2 (duas) vezes o valor da Receita Corrente Líquida. A tabela 53 demonstra o
cumprimento com folga pelo Estado do Tocantins em relação ao limite de endividamento.

Tabela 53 - Limite de Endividamento do Estado


%
ESPECIFICAÇÃO VALOR
PERCENTUAL
Limite de Comprometimento Permitido 12.609.543.889,44 200,00
Receita Corrente Líquida 6.304.771.944,72 100,00
Dívida Consolidada Líquida 2.523.586.132,80 40,03
Fonte: SIAFEM/TO

Outro limite quanto à dívida consolidada é o disposto no art. 7º, inciso II da


Resolução n.º 43 do Senado Federal em que determina que o limite de
comprometimento com pagamento de amortização, juros e demais encargos da
dívida consolidada é de 11,5% da Receita Corrente Líquida, sendo que o Estado do
Tocantins teve de despesas com o serviço da dívida de R$ 485.701.376,87,
comprometendo somente 7,70% da RCL.

6.16.4 Garantias e Contragarantias de Valores

Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observado o disposto na LRF e nas
Resoluções do Senado Federal n.º 40 e 43, de 2001, e n.º 96, de 1989, e suas alterações posteriores.
O saldo global das garantias concedidas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios não poderá exceder a
22% (vinte e dois por cento) da Receita Corrente Líquida. Pode-se observar na tabela 54 o cumprimento por parte do Estado do
Tocantins em relação a este limite.

Tabela 54 - Limite das Garantias Concedidas


Especificação Valor %
Receita Corrente Líquida 6.304.771.944,72 100,00
Limite de Garantia Permitido 1.387.049.827,84 22,00
Total das Garantias Concedidas 0,00 0,00
Fonte: SIAFEM/TO
6.16.5 Operações de Crédito
Corresponde ao compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título,
aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento
mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital,
constantes do Projeto de Lei Orçamentária, salvo se autorizado mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta, conforme o inciso III do art. 167 da Constituição Federal.
O montante global das operações realizadas em um exercício financeiro, exceto as operações de crédito por antecipação
de receita, não poderá ser superior a 16% (dezesseis por cento) da Receita Corrente Líquida. Limite este cumprido pelo Estado,
conforme demonstrado na tabela 55.

Tabela 55 - Limite das Operações de Crédito


ESPECIFICAÇÃO VALOR % PERCENTUAL
Receita Corrente Líquida 6.304.771.944,72 100,00
Limite de Operações de Crédito Permitido 1.008.763.511,16 16,00
Total das Operações de Créditos 362.423.645,32 5,75
Fonte: SIAFEM/TO

6.16.6 Disponibilidade de Caixa

Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal em seu art. 42, veda ao titular de Poder ou Órgão, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Cabe ressaltar que na inscrição em restos a pagar, deve-se observar que os recursos legalmente vinculados à finalidade
específica serão utilizados exclusivamente para atender o objeto de sua vinculação, conforme preceitua o art. 8º parágrafo único da
LRF, conforme tabela 56.
Tabela 56 – Disponibilidade de Caixa X Inscrição em Restos a Pagar-LRF Art. 42

Inscrição em Restos a
ANO Disponibilidade Financeira %
Pagar
2012 3.400.366 323.660 9,52
2013 3.532.543 278.234 7,88
2014 3.724.714 281.217 7,55
2015 4.529.214 300.739 6,64
Em R$ mil

6.16.7 Resultado Nominal

O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a evolução da Dívida Fiscal Líquida. O resultado nominal representa
a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida acumulada até 31 de dezembro de 2015 e o saldo em 31 de dezembro do exercício
anterior. Portanto, a meta de resultado nominal do Estado do Tocantins prevista na Lei de Diretrizes Orçamentária nº 2.923, de 03 de
dezembro de 2014 foi de R$ 665.136.000,00 e o resultado atingido foi de R$ 539.849.612,22, ou seja, houve o cumprimento da meta
estipulada com uma margem de R$ 125.286.387,78.

Tabela 57 - Demonstrativo Simplificado do Resultado Nominal


SALDO
ESPECIFICAÇÃO Em 31 dez 2014 Em 31 out 2015 Em 31 dez 2015
(a) (b) (c)
DÍVIDA CONSOLIDADA (I) 2.479.752.835,41 3.037.956.428,37 3.270.150.236,68
DEDUÇÕES (II) 496.016.314,83 683.550.620,22 746.564.103,88
Ativo Disponível 573.543.839,63 606.100.767,75 760.317.340,25
Haveres Financeiros 38.351.960,48 99.804.043,25 85.284.534,83
(-) Restos a pagar processados 115.879.485,28 22.354.190,78 99.037.771,20
DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (III) = (I-II) 1.983.736.520,58 2.354.405.808,15 2.523.586.132,80
RECEITA DE PRIVATIZAÇÕES (IV) 0,00 0,00 0,00
PASSIVOS RECONHECIDOS (V) 0,00 0,00 0,00
DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA(VI) = (III + IV - V) 1.983.736.520,58 2.354.405.808,15 2.523.586.132,80
PERÍODO DE REFERÊNCIA
ESPECIFICAÇÃO No Bimestre Em 31 dez 2015
(c - b) (c - a)
RESULTADO NOMINAL 169.180.324,65 539.849.612,22
DISCRIMINAÇÃO DA META FISCAL VALOR CORRENTE
META DE RESULTADO NOMINAL FIXADA NO ANEXO DE
665.136.000,00
METAS FISCAIS DA LDO P/ O EXERCÍCIO DE 2015
Fonte: SIAFEM/TO

6.16.8 Resultado Primário

O Resultado Primário representa a diferença entre as receitas e as despesas primárias. Sua apuração fornece uma melhor
avaliação do impacto da política fiscal em execução pelo ente da Federação. Superávits Primários são direcionados para o
pagamento de serviço da dívida, contribuindo para a redução do estoque total da dívida líquida. Em outras palavras o resultado
primário permite avaliar se o nível de gastos do Ente está compatível com sua arrecadação.
Portanto, a meta de resultado primário do Estado do Tocantins prevista na Lei de Diretrizes Orçamentária nº 2.923, de 03
de dezembro de 2014 foi de R$ (477.675.000,00) e o resultado atingido foi um superávit primário de R$ 249.339.619,01.

Tabela 58 - Demonstrativo Simplificado do Resultado Primario


RECEITA PRIMÁRIAS
RECEITAS PRIMÁRIAS CORRENTES (I) 7.192.080.935,40
RECEITAS PRIMÁRIAS DE CAPITAL (II) 57.493.349,48
RECEITAS PRIMÁRIAS TOTAL (III = I+II) 7.249.574.284,88

DESPESAS
Gráfico 37 - Demonstrativo Simplificado do Resultado
Primário
300.000.000,00
DESPESAS PRIMÁRIAS CORRENTES (IV) 6.649.889.804,33 200.000.000,00
DESPESAS PRIMÁRIAS DE CAPITAL (V) 350.344.861,54 100.000.000,00
RESERVA DO RPPS (VI) -
RECEITAS PRIMÁRIAS TOTAL (VII = IV+V+VI) 7.000.234.665,87
0,00
-100.000.000,00
RESULTADO PRIMÁRIO (VII = III-VI) 249.339.619,01 -200.000.000,00
META DO RESULTADO PRIMÁRIO FIXADA NO ANEXO DE METAS -300.000.000,00
(477.675.000,00)
FISCAIS DA L.D.O. P/ O EXERCÍCIO DE 2014
-400.000.000,00
-500.000.000,00
-600.000.000,00
Meta de Resultado Primário Resultado Primário atingido
da LDO para 2015
6.16.9 Limites Constitucionais

A aplicação de recursos mínimos nas ações e serviços de saúde é determinada no art. 77, da Emenda Constitucional nº.
29. No exercício de 2015, o Governo do Estado do Tocantins aplicou em saúde R$ 1.031,1 milhões, ou seja, 19,17% da receita
líquida de impostos e transferências constitucionais e legais,
superando o limite legal em 7,12%, ou seja, aproximadamente R$
385,5 milhões.

Tabela 59 - Evolução da Aplicação da Saúde


Período Aplicação Mínima Despesa Realizada %
2012 493.676 760.366 18,48
2013 545.031 937.782 20,65
2014 599.261 1.071.657 21,46
2015 645.575 1.031.085 19,17
Em R$ Mil
* Percentual sobre a Receita Líquida de impostos e transferências constitucionais e legais.
Fonte: SIAFEM/TO

6.16.10 Aplicação na Educação


Tabela 60 - Evolução da Aplicação na Educação

PERÍODO APLICAÇÃO MÍNIMA DESPESA REALIZADA %*

2012 1.028.492 1.034.787 25,15


2013 1.135.481 1.160.609 25,55

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 212, assegurou, 2014 1.248.460 1.195.421 23,94

2015 1.344.949 1.346.945 25,04


em seus diferentes níveis, patamares mínimos de investimentos
Em R$ Mil
* Percentual sobre a receita resultante de impostos.
públicos na manutenção e no desenvolvimento do ensino, sendo que, Fonte: SIAFEM/TO
no caso dos estados, é de 25% da receita resultante de impostos. O Governo do Estado do Tocantins, em cumprimento a este
dispositivo constitucional, aplicou R$ 1.346.945 mil, correspondendo a 25,04%, ou seja, houve o cumprimento ao limite constitucional.
A tabela 60 evidencia a aplicação dos recursos na educação nos últimos quatro anos, juntamente com a aplicação mínima em cada
exercício.
Outro investimento estadual na educação, diz respeito ao
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, que foi instituído
pela Lei Federal nº 11.494, de 20 de junho de 2007.
Os recursos do FUNDEB são automaticamente repassados
aos estados e municípios, levando-se em conta diversas variáveis e não
somente na proporção do número de alunos matriculados constante no
Censo do MEC do ano anterior, como no caso do FUNDEF.
Conforme exposto na tabela 57, pode-se observar que o
Estado do Tocantins vem contribuindo com o Fundo mais do que dele recebe. Há, portanto, uma perda líquida gradativa de 25,38%
em média. Esta perda, especificamente em 2015, foi de 29,45%.

Tabela 61 - Perdas do Estado com o FUNDEB


ESPECIFICAÇÃO 2012 2013 2014 2015
Deduções para Formação do FUNDEB 775.614,00 846.449,00 906.441,00 989.223,00
Receita de Transferência do FUNDEB 599.620,00 643.558,00 683.920,00 697.856,00
Perda nas Transferências para o FUNDEB 175.994,00 202.891,00 222.521,00 291.367,00
Em R$ mil
Fonte SIAFEM/TO

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