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ESTRATÉGICO
PARA PME’s
Formação Prática
ESTRATÉGIAS DE MARKETING
MARKETING MIX
ANÁLISE DE MERCADO 10
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
MANUAL DO FORMANDO
MARKETING
ESTRATÉGICO
PARA PME’s
Formação Prática
ESTRATÉGIAS DE MARKETING
MARKETING MIX
ANÁLISE DE MERCADO
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
10
MANUAL DO FORMANDO
MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMANDO
Ficha Técnica
Mónica Montenegro
3
IDENTIFICAÇÃO
Área profissional
Este curso destina-se a gestores e outros quadros superiores que
intervenham ou possam intervir no processo de tomada de deci-
sões nas empresas em que se encontram integrados.
Curso/Saída profissional
O curso de Marketing estratégico para PME’s serve essencialmente
para fornecer competências a indivíduos que exerçam ou pre-
tendam exercer funções que impliquem tomada de decisões nas
áreas de planeamento, bem como possibilitar o desenvolvimento
de estratégias de marketing adequadas às PME’s.
FORMANDO MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
Nível de formação/qualificação
Para a frequência deste curso, os formandos deverão possuir for-
mação de nível IV ou nível V. Os formandos deverão ainda ter co-
nhecimentos de inglês.
Componente de formação
Este curso tem inerente uma componente de formação teórica e
uma outra com um carácter prático, que visam a adequação dos
conceitos às realidades dos formandos.
Unidade(s) de formação
Este curso é composto por três módulos, que a seguir se nomeiam:
4
Conteúdos temáticos
Este curso encontra-se dividido em três módulos. O primeiro faz
um enquadramento às estratégias de marketing e aborda os
seguintes temas:
• Estratégia empresarial
• Estratégia corporativa (Geral)
• Estratégias competitivas
No terceiro e último módulo abordam-se temas relacionados com MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMANDO
a análise de mercado, onde são apresentados a Segmentação e o
Posicionamento, e alguns modelos como a análise SWOT, a análise
PEST e o modelo das cinco forças competitivas.
5
FORMANDO MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
6
Sumário
Salienta-se a importância que a estratégia possui para uma PME, pois desta
depende o seu sucesso e o alcance dos seus objectivos.
Assim sendo, a empresa já possui elementos que lhe permitem analisar a MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMANDO
estratégia do produto, do preço, da promoção e da distribuição (quatro ele-
mentos que constituem o marketing mix).
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ÍNDICE
8
2.4.2.2. Estratégias de promoção 47
Bibliografia 48
Bibliografia recomendada 48
Exercícios – Marketing mix 49
Módulo III – Análise de mercado 50
3.1. Segmentação e posicionamento 51
3.1.1. Segmentação 51
3.1.2. Posicionamento 57
3.1.2.1. Análise SWOT (Strengths, Weaknesses,
Opportunities, Threats) 59
3.2. Análise PEST 61
3.3. Análise da concorrência 62
3.3.1. As cinco forças competitivas 62
Bibliografia 65
Bibliografia recomendada 66
Exercícios – Análise de mercado 66
Resoluções / soluções das actividades / MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMANDO
9
FORMANDO MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
10
Estratégias de marketing –
Enquadramento
MÓDULO I
OBJECTIVOS
11
As PME’s podem ganhar vantagem competitiva através das seguintes estraté-
gias genéricas: liderança nos custos, diferenciação e especialização.
Pode dizer-se então que a missão deve reflectir o propósito da empresa, assim
como os meios para o atingir. A missão deve incluir as aspirações da empresa
que providenciem a direcção para os gestores, as expectativas partilhadas
MÓDULO I ESTRATÉGIAS DE MARKETING – ENQUADRAMENTO
12
recursos, processos, pessoas e capacidades que são utilizados em benefício
da empresa.
Neste nível da estratégia, a empresa pode optar por manter os produtos actu-
ais em mercados actuais ou introduzi-los em novos mercados, ou, ainda, intro-
duzir novos produtos nos mercados actuais ou em novos mercados.
PRODUTOS
ACTUAIS NOVOS
1. Estratégia de 3. Estratégia de
ACTUAIS
penetração de desenvolvimento
mercado de produto
MERCADOS
2. Estratégia de
NOVOS
(Estratégia de
desenvolvimento
diferenciação)
de mercado
13
No que respeita às estratégias de penetração de mercado, a empresa pode
tentar fazer com que os actuais clientes comprem mais, através da demonstra-
ção de benefícios de uso, atrair consumidores da concorrência através da esti-
mulação de mudança de marca e, por último, convencer não utilizadores do
produto a adquiri-lo e a utilizá-lo [4].
14
tos. A introdução de novos produtos de interesse para os consumidores actu-
ais, sem relacionamento tecnológico com as linhas dos produtos existentes,
significa estar a optar por uma estratégia de diversificação horizontal. Já uma
estratégia de diversificação por conglomerado consiste na procura de novos
negócios sem relacionamento com a sua tecnologia, produtos ou mercados
actuais.
A RETER
A liderança através dos custos consiste na prática de preços mais baixos que
os dos concorrentes, conseguida através da diminuição de gastos em I&D, em
assistência e publicidade, e fazendo um controlo rígido de despesas [4]. A
opção por esta estratégia faz com que a empresa se encontre protegida con-
tra os seus concorrentes, ganhando uma posição favorável perante os seus
fornecedores [6].
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FIGURA 1.2. ESTRATÉGIAS GENÉRICAS
VANTAGEM ESTRATÉGICA
Esta posição de liderança no custo total acaba por ser também um entrave à
entrada de novos concorrentes devido às economias de escala conseguidas
através da redução de custos [5].
Para que se torne possível alcançar esta posição, é necessário que a empresa
tenha uma quota de mercado,face ao seu concorrente mais importante, eleva-
MÓDULO I ESTRATÉGIAS DE MARKETING – ENQUADRAMENTO
Mas nem tudo são vantagens, por isso a liderança no custo total também detém
alguns riscos inerentes. Estes riscos são a mudança tecnológica, que faz com que
os investimentos e know-how sejam anulados parcial ou totalmente; eventual
surgimento de imitações por parte das novas entradas, por vezes acompanhadas
de uma grande capacidade de investimento; possibilidade para inexistência de
acções de promoção por parte da empresa, se tiver toda a atenção centrada no
custo; e, por último, a influência da inflação nos custos que pode conduzir a uma
diminuição da capacidade da empresa em manter a imagem do seu produto [5].
16
eficiente, normalmente as empresas utilizam mais do que uma forma como
complemento. Esta estratégia não deixa que a empresa se esqueça dos custos,
embora estes não sejam o alvo primário.
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FIGURA 1.3. REQUISITOS DAS ESTRATÉGIAS GENÉRICAS
BIBLIOGRAFIA
[1] Johnson, G. e Scholes, K. (1999), Exploring Corporate Strategy: Text and Cases (5.ª Ed.),
Londres, Prentice Hall Europe. In: Cardoso, S. (2002), Cadeias Hoteleiras: Vantagens
Competitivas das Unidades Estratégicas de Negócios - Monografia não publicada,
Universidade Fernando Pessoa, Porto
[2] Levy, A. (1992), Competitividade Organizacional, São Paulo, Makron – McGraw-Hill. In:
Cardoso, S. (2002), Cadeias Hoteleiras: Vantagens Competitivas das Unidades
Estratégicas de Negócios - Monografia não publicada, Universidade Fernando Pessoa,
Porto
[3] Green, K. W. e Medlin, B. (2003), The Strategic Planning Process: The Link between
Mission Statement and Organizational Performance, Academy of Strategic
Management Journal, 2, pp. 23-32
18
[4] Kotler, P. (1996). Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação
e Controle, São Paulo, Editora Atlas
[5] Porter, M. (1986), Estratégia Competitiva – Técnicas para a Análise de Indústrias e da
Concorrência, Rio de Janeiro, Editora Campus. In: Cardoso, S. (2002), Cadeias Hoteleiras:
Vantagens Competitivas das Unidades Estratégicas de Negócios - Monografia não
publicada, Universidade Fernando Pessoa, Porto
[6] Dawes, J. e Sharp, B. (1996), Independent Empirical Support for Porter’s Generic
Marketing Strategies? A Re-analysis using correspondence analysis, Journal of
Empirical Generalisations in Marketing Science, 1, pp. 36-53
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
[1] Johnson, G. e Scholes, K. (1999), Exploring Corporate Strategy: Text and Cases (5.ª Ed.),
Londres, Prentice Hall Europe
[4] Kotler, P. (1996), Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação
e Controle, São Paulo, Editora Atlas
5 Porter, M. (1986), Estratégia Competitiva – Técnicas para a Análise de Indústrias e da
Concorrência, Rio de Janeiro, Editora Campus
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Marketing Mix
MÓDULO II
OBJECTIVOS
No final do módulo, o formando deve ser capaz de:
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da a cada um deles. Os melhores serão aqueles que conseguem transformar
as forças e fraquezas em oportunidades, atendendo ao meio envolvente.
21
2.1. O PRODUTO
22
FIGURA 2.1. CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Vendas
totais do
mercado
Tempo
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do existe uma concorrência potencial forte e o custo unitário de produção
decresce à escala e em função da experiência acumulada.
• Estratégia de penetração lenta – O novo produto é lançado a baixo preço
e com pouca promoção. Trata-se de uma estratégia importante quando o
mercado é amplo e consciente da existência do produto, existe sensibili-
dade ao preço e existe alguma concorrência potencial.
PROMOÇÃO
Alta Baixa
∑ Estratégia ∑ Estratégia
Alto de desnatamento de desnatamento
rápido lento
PREÇO
∑ Estratégia ∑ Estratégia
Baixo de penetração de penetração
rápida lenta
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2.1.1.3. Estratégias de marketing na fase de maturidade
Na fase de maturidade, uma grande parte das empresas opta por abandonar os
produtos menos rentáveis para concentrar os recursos nos produtos mais rentá-
veis e em novos produtos. Nesta fase, as empresas devem considerar novas
estratégias de produto, de mercado e, consequentemente, de marketing [4].
A empresa deve tentar expandir o seu mercado, atendendo aos dois factores
que compõem o volume de vendas: o número de utilizadores por marca e a
taxa de uso por utilizador [4]. Para cada um dos factores podem ser utilizadas
diferentes estratégias.
A estimulação das vendas também pode ter por base alterações do marketing
mix [4]. Estas alterações podem ser efectuadas ao nível do preço, da distribui-
ção, da publicidade, da promoção de vendas e da venda pessoal e/ou de ser-
viços. O problema associado a estas alterações prende-se com a facilidade de
imitação pelas empresas concorrentes, principalmente quando se trata de
alterações no preço ou serviços adicionais.
EXEMPLOS
26
2.1.1.4. Estratégias de marketing na fase de declínio
O abandono não será feito por todas as empresas ao mesmo tempo - umas
abandonarão mais cedo que outras [4] - e está dependente das barreiras à
saída. Este abandono por parte de algumas empresas trará vantagens a outras
que decidam continuar a operar no mercado.
EXEMPLO
EXEMPLO
Uma empresa que se encontre num determinado sector que não seja
atraente, embora possua uma força competitiva, deve considerar uma
estratégia de retracção selectiva. No entanto, se a empresa se encon-
trar num sector atraente e com força competitiva, deve considerar um
reforço do investimento [4].
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A força competitiva e a atractividade relativa do sector influenciam a escolha
da estratégia de declínio a utilizar.
Esta análise tem por base o estudo da carteira de produtos e negócios que a
empresa possui e que a constituem [7]. O melhor portefólio é constituído
pelos negócios que conseguem transformar as forças e fraquezas em oportu-
nidades no meio envolvente. Para isso, a empresa necessita de analisar o seu
portefólio do momento e decidir em que negócios vai investir mais, menos ou
nada, e desenvolver estratégias de crescimento para lhe adicionar novos pro-
dutos ou negócios.
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FIGURA 2.3. MATRIZ BCG
Pontos de
Estrelas interrogação
Taxa de crescimento de mercado
Cash flow
óptimo
vacas leiteiras
Cães
cash flow
cash flow modesto
muito positivo
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crescimento, pagar os dividendos, os gastos em investigação e desenvolvi-
mento, entre outros. Isto é, as vacas leiteiras geram dinheiro para financiar
toda a empresa, sendo a base da capacidade de endividamento de toda a
empresa [10].
Os cães são negócios que geram pouco lucro ou que dão prejuízo. Estes negó-
cios precisam de ser desacelerados ou eliminados devido ao tempo que a
administração necessita de gastar com eles [4]. Os cães são produtos desneces-
sários, decorrentes de insucesso de uma tentativa de obter a liderança quan-
do o produto era uma oportunidade [9].
Após esta representação, a empresa poderia optar por quatro objectivos para
as unidades estratégicas de negócio [4]:
• Crescimento – Tem a finalidade de aumentar a quota de mercado, mesmo
que signifique a não existência de ganhos a curto prazo. Este objectivo
adequa-se a negócios/oportunidades que necessitam de ampliar a quota
de mercado para se tornarem estrelas.
• Manutenção – O objectivo é manter a participação do negócio no merca-
do e está adequado a geradores de caixa fortes, no caso de a empresa pre-
tender mantê-los com o mesmo nível de rendimento financeiro.
• Desaceleração – Consiste em tentar tirar o máximo partido da unidade
estratégica de negócio no curto prazo. Pode utilizar-se a desaceleração
para geradores de caixa fracos, que necessitariam de investimentos, ou
MÓDULO II MARKETING MIX
30
2.1.2.2. Análise de portefólio
O modelo da Figura 2.4, são assinalados sete produtos de uma empresa hipo-
tética. O tamanho do círculo representa o tamanho do mercado relevante, em
vez de representar o tamanho do negócio. A parte sombreada do círculo
representa a participação de mercado do negócio. através do exemplo a
seguir apresentado é possivel verificar que, o negócio de embraiagens onde a
empresa actua tem um mercado de tamanho moderado e detém, aproxima-
damente, 30% de participação no mesmo.
Juntas
Alta
ATRACTIVIDADE DE MERCADO
Bombas Encaixes
hidráulicas aeroespaciais
3,67
Embreagens
Média
Bombas de
combustível
MARKETING MIX MÓDULO II
Diagramas
flexíveis
2,33
Válvulas
de
Baixa
escape
1,00
5,00 3,67 2,33 1,00
Investir/Crescer Selectividade/Ganhos Desacelerar/Abandonar
Fonte: Adaptado de [8].
31
Neste sentido, o que se pretende é medir as duas dimensões do modelo,
existindo para isso a necessidade de identificar os factores básicos de ambas e
encontrar uma forma que possibilite medi-los e combiná-los num índice.
Alguns dos factores que podem ser medidos no que respeita à atractividade
de mercado são: o tamanho do mercado; a taxa de crescimento anual do mer-
cado; a margem de lucro histórica; a intensidade competitiva; as exigências
tecnológicas; o impacto ambiental, social, político e legal; as exigências de
energia; e a vulnerabilidade inflacionária [4].
No que diz respeito à posição competitiva, podem ser medidos factores como:
a participação de mercado; o crescimento da participação; a qualidade do pro-
duto; a reputação da marca; a rede de distribuição; a eficácia da promoção; a
capacidade produtiva; a eficiência produtiva; os custos unitários; os suprimen-
tos de materiais; o desempenho da investigação e desenvolvimento; e o pes-
soal administrativo.
a cada célula, e que a empresa deve discutir e analisar para atingir os seus
objectivos.
32
FIGURA 2.5. ESTRATÉGIAS DE PORTEFÓLIO
POSIÇÃO COMPETITIVA
Forte Média Fraca
PROTEGER A POSIÇÃO INVESTIR PARA CRESCER CRESCER SELECTIVAMENTE
• Investir para crescer o • Desafiar a liderança • Epecializar-se em posições
máximo • Crescer selectivamente nos competitivas bem definidas
• Concentrar esforços para pontos fortes • Desenvolver habilidades
Alta manter a posição • Reforçar áreas vulneráveis para deter os concorrentes
ATRACTIVIDADE DE MERCADO
• Enfatizar a rentabilidade
através do aumento da
produtividade
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O mix do produto de uma empresa é constituído pelo grupo de produtos ven-
didos. A empresa inicia o desenvolvimento de uma linha de produtos quando
as necessidades de todos os consumidores não são satisfeitas, constatando-se
outras oportunidades. O desenvolvimento das linhas de produto diminui a
dependência de um certo produto, proporcionando um crescimento mais
rápido da empresa.
As empresas líderes de mercado são aquelas que possuem uma maior partici-
pação nesse mercado em termos da procura do seu produto [4]. Estas empre-
sas normalmente lideram as outras no que diz respeito a alterações nos pre-
ços, lançamento de novos produtos, cobertura de distribuição e intensidade
da promoção. As empresas líderes funcionam como ponto de orientação para
as empresas concorrentes que as desafiam, imitam ou evitam.
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estratégia do composto de marketing na procura de uma maior participa-
ção de mercado, pois se esta última for errada, a empresa não terá um
aumento nos lucros.
As empresas seguidoras de mercado podem optar por uma das três estraté-
gias que se seguem [4]:
MARKETING MIX MÓDULO II
35
Por último, seguem-se as estratégias das ocupantes de nicho que consistem na
especialização. As ocupantes de nicho podem optar por ser:
• Especialistas junto do utilizador final – consiste em especialização no aten-
dimento de um certo tipo de cliente final.
• Especialistas ao nível vertical – a empresa torna-se especialista num nível
da cadeia de valor entre a produção e a distribuição.
• Especialistas por tamanho de cliente – existe uma concentração em clien-
tes pequenos, médios ou grandes.
• Especialistas num cliente específico – a empresa limita-se a vender a um ou
alguns grandes clientes.
• Especialistas por área geográfica – a empresa vende apenas numa deter-
minada localidade.
• Especialistas por produto ou linha de produtos – a empresa concentra-se
na produção de apenas um produto ou de uma linha de produtos.
• Especialistas por característica do produto – a empresa especializa-se na
produção de uma característica do produto ou num tipo de produto.
• Especialistas por tipo de cliente – a empresa produz os seus produtos à
medida de cada cliente.
• Especialistas em qualidade/preço – a empresa opera na base ou no topo
do mercado.
• Especialistas em serviços – a empresa oferece um ou mais serviços que não
são disponibilizados pela concorrência.
• Especialistas no canal – a empresa especializa-se em atender apenas um
canal de distribuição.
A empresa pode optar por quatro estratégias da marca: estender a sua linha
de produtos, estender a marca, criar multimarcas e criar marcas novas [4]. Na
Figura 2.6 encontram-se representadas as estratégias da marca.
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FIGURA 2.6. ESTRATÉGIAS DE MARCA
CATEGORIA DO PRODUTO
Existente Nova
Por outro lado, esta estratégia também possui riscos inerentes, que estão rela-
cionados com a destruição da imagem da empresa se o produto lançado não
corresponder ao que os consumidores esperam.
verificar que o poder da sua marca actual está a diminuir, tornando-se neces-
sária a criação de uma nova marca [4].
Uma vez que a introdução de uma nova marca tem custos inerentes elevados,
a empresa terá que ponderar bem esta opção antes de a levar a cabo [4]. Por
isso, deve reflectir sobre algumas questões: O negócio é suficientemente gran-
de? Irá durar tempo suficiente? Seria melhor evitar a utilização da marca actu-
al no caso de se verificar o fracasso do produto? O produto necessita do estí-
mulo da marca actual? As vendas prováveis e o lucro cobrirão o custo ineren-
te ao estabelecimento de uma nova marca?
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2.2. O PREÇO
Durante a fase de crescimento, o preço deve ser utilizado por forma a comba-
ter a concorrência, deve fazer-se uso das economias de escala e reforçar-se o
ataque dos vendedores, incrementando a percepção do preço/valor [8].
preço [4]: (a) sobreviver, (b) maximizar os lucros, (c) maximizar a facturação,
(d) maximizar o crescimento das vendas, (e) maximizar o desnatamento do
mercado e (f) ser líder na qualidade. (a) A sobrevivência faz sentido quando a
empresa tem excesso de capacidade de produção, uma forte concorrência ou
se verificam alterações nos desejos dos consumidores. Neste caso, a empresa
opta por reduzir os seus preços para se manter em funcionamento. Esta é uma
opção a considerar apenas no curto prazo. No longo prazo a empresa terá que
analisar o facto de poder acrescentar valor ou enfrentar a extinção.
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Por outro lado, existem empresas que estabelecem o preço com a finalidade
de (b) maximizar os lucros [4]. Este objectivo tem alguns problemas associados
que são o facto de a empresa presumir que conhece as funções da procura e
dos custos, que na realidade são de difícil estimação. Outro problema é o
facto de a empresa se centrar no desempenho financeiro, descurando o longo
prazo e, por último, ignorar os efeitos de outras variáveis do marketing mix,
as reacções da sua concorrência e as restrições legais relativas ao preço.
A empresa pode optar por ser líder de mercado na qualidade e neste caso o
seu objectivo será o de (f) liderança na qualidade.
MARKETING MIX MÓDULO II
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FIGURA 2.7. ESTRATÉGIAS DE PREÇO/QUALIDADE
Preço
Alto Médio Baixo
Qualidade do produto
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FIGURA 2.8. ESTRATÉGIAS DE PREÇO
OPÇÕES ESTRATÉGICAS RAZÕES CONSEQUÊNCIAS
1. Manter o preço e a qualidade A empresa desfruta de alta leal- Menor participação de mercado.
percebida. Adoptar o proces- dade dos consumidores. Existe Menor rentabilidade.
so selectivo dos consumidores. disposição para perder os menos
rentáveis para a concorrência.
3. Manter o preço e aumentar É mais barato manter o preço e Menor participação de mercado.
a qualidade percebida. aumentar a qualidade percebida. Redução da rentabilidade a
curto prazo. Aumento da
rentabilidade a longo prazo.
2.3. A DISTRIBUIÇÃO
41
2.3.1. Objectivos da distribuição
• Quota de mercado/segmento
• Objectivo de lucratividade por segmento de mercado
• Lealdade dos membros do canal
• Lealdade do consumidor à marca
42
2.3.2. Estratégias de distribuição
43
A distribuição selectiva envolve alguns intermediários com características
específicas que estejam dispostos a vender um bem específico. Esta estratégia
pode ser utilizada por empresas com um bom posicionamento no mercado ou
por novas empresas [8].
2.4. A PROMOÇÃO
MÓDULO II MARKETING MIX
44
2.4.1. Plano de publicidade
45
FIGURA 2.10. OBJECTIVOS DA PUBLICIDADE
Informar Persuadir
• Comunicar ao mercado o seu produto novo • Desenvolver preferência de marca
• Sugerir novas utilizações para o produto • Encorajar a mudança para a sua marca
• Informar o mercado de uma alteração no preço • Mudar a percepção dos consumidores rela-
• Explicar o funcionamento do produto tivamente aos atributos do produto
• Descrever os serviços disponíveis • Persuadir o consumidor a comprar nesse
• Corrigir impressões erradas momento
• Diminuir receios do consumidor • Persuadir o comprador a receber a visita
• Desenvolver uma imagem da empresa de um vendedor
Lembrar
• Lembrar ao consumidor que pode necessi-
tar brevemente do produto
• Conservar a consistência da marca
• Lembrar onde pode ser adquirido o produto
• Manter o produto na mente do consumi-
dor mesmo fora da época de compra
A audiência irá ter grande influência nas decisões de publicidade, tais como:
o que queremos dizer, qual a melhor forma de o dizer, onde e como é que
deve ser dito [8].
A decisão acerca dos gastos em publicidade baseia-se nos seguintes factores [8]:
• O dinheiro que a empresa pode disponibilizar no momento;
• Quantidade gasta pelos concorrentes ou as normas impostas pelo mercado;
• Uma percentagem das vendas passadas;
• Uma percentagem fixa dos lucros passados;
• Objectivos a atingir.
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2.4.2. Plano de promoção de vendas
Existem variadas técnicas que podem ser utilizadas no curto prazo, de forma
táctica, para incrementar as vendas, sem exposição a mudanças de longo
prazo [8].
conjunto de produtos;
• Prémios – para incentivar a compra de um produto específico a empresa
agrupa outro produto a baixo preço ou como oferta;
• Concursos – ofertas que dão a possibilidade aos consumidores de ganha-
rem viagens ou dinheiro;
• Recompensas por preferência – o caso do programa milhas das companhi-
as aéreas;
• Experimentação gratuita do produto – com a finalidade de levar o consu-
midor potencial a consumir o produto com uma periodicidade regular;
47
• Garantias do produto – que possuem um grande relevo principalmente nos
bens em que a sensibilidade ao preço por parte dos consumidores é superior;
• Demonstração do produto nos pontos de venda.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
48
EXERCÍCIOS – MARKETING MIX
1. Identifique um produto para cada uma das diferentes fases do ciclo de vida
do produto. Indique, justificando, qual a estratégia que mais se adequa a
cada um deles.
49
Análise de mercado
MÓDULO III
OBJECTIVOS
50
No entanto, não pode esquecer-se de elaborar análises do ambiente interno
e externo da empresa com o auxilio de diversas ferramentas que podem ser
utilizadas, sendo abordadas de seguida as análises SWOT, PEST e as cinco
forças de Porter.
3.1.1. Segmentação
A segmentação pode ser feita de três formas: (1) dividir o mercado em subgru-
pos, com preferências ou necessidades comuns; (2) desenvolver uma oferta de
produtos diferenciada, capaz de atender a diferentes necessidades e preferên-
cias; (3) ser capaz de vender esses produtos diferenciados com elevada lucrati-
vidade, que não seria possível sem se proceder à segmentação [13].
51
A segmentação de mercado pode ser feita com base em qualquer uma das
seguintes variáveis: desejos, poder de compra, localização geográfica, atitudes
e práticas de compra. Estes são os aspectos que ao diferirem agrupam os con-
sumidores nos mercados [4].
EXEMPLO
São exemplo de segmentos de mercado do mercado automóvel os
seguintes consumidores: os que procuram um meio de transporte bási-
co (segmento 1), os que procuram um alto desempenho (segmento 2)
e os que se preocupam com a segurança (segmento 3) [4].
EXEMPLO
A Porsche pratica um preço elevado nos seus automóveis, porque os
seus consumidores leais sentem que nenhuma outra empresa do ramo
MÓDULO III ANÁLISE DE MERCADO
52
nichos de mercado sejam bem sucedidas, enquanto que as que não se preo-
cupam com os nichos tendam a ser dominadas por outras.
53
EXEMPLO
Uma companhia aérea tem interesse em atrair pessoas que não andam de
avião (a variável de segmentação é o estatuto de utilizador). Aqui são
incluídas as pessoas que têm medo de andar de avião, as que são indife-
rentes e as que são favoráveis a andar de avião (variável de segmentação:
atitude). Entre as pessoas que são favoráveis a voar, existem aquelas que
têm rendimentos elevados e que não vêem obstáculos ao pagamento das
viagens (variável de segmentação: rendimento). Assim, a companhia
aérea pode atingir as pessoas com rendimentos elevados, que manifes-
tam uma atitude positiva em relação a voar, mas que ainda não voam [4].
A segmentação pode ser feita com base nas características do consumidor – geo-
gráficas, demográficas e psicográficas – ou com base na análise das respostas do
consumidor relativamente a benefícios percebidos, ocasiões de uso ou marcas [4].
54
A segmentação geográfica consiste na divisão do mercado por áreas geográ-
ficas diferentes (países, estados, regiões, distritos ou cidades) [4]. A empresa
pode decidir operar apenas nalgumas áreas geográficas ou em todas, mas
terá que ter em atenção as variações em termos de necessidades e preferên-
cias geográficas.
EXEMPLO
A cidade de Chicago foi dividida pela R. J. Reynolds Company (tabaco)
em três mercados distintos. Na zona da costa norte, onde os consumi-
dores demonstram preocupação com a saúde e têm mais formação,
são promovidas as marcas de baixos teores. O sudoeste é caracteriza-
do por consumidores conservadores e na sua maioria operários, por
isso a empresa promove a marca Winston. Na zona sul, que é habita-
da predominantemente por negros, a empresa promove a sua marca
com alto teor de mentol [4].
EXEMPLO
Idade e ciclo de vida da família – A Able Products (fabricante de brin-
ANÁLISE DE MERCADO MÓDULO III
55
A segmentação psicográfica prevê a divisão do mercado com base na classe
social, estilo de vida e/ou personalidade. No mesmo grupo demográfico, os
perfis psicográficos podem ser muito diferentes [4].
EXEMPLO
Classe social – Esta tem muita influência nas preferências das pessoas
relativamente a carros, actividades de lazer, vestuário, entre outros.
Estilo de vida – A Volkswagen desenhou automóveis para os diferen-
tes estilos de vida. O carro para o “cidadão consciente” enfatiza a eco-
nomia, segurança e ecologia, enquanto o carro para “aventureiros”
realça as facilidades de manuseio e o desportivismo. Os compradores
de automóveis foram classificados em seis categorias: os “amigos de
carros”, os “centristas sensíveis”, os “interessados em conforto”, os
“motoristas por necessidade e “os que têm medo de carros”.
Personalidade – A Nike utiliza a personalidade de certos atletas - por
exemplo, Michael Jordan - como identificadora da marca, o que cons-
titui uma forma de atrair os seus fãs para a compra do seu calçado [4].
56
3.1.2. Posicionamento
57
EXEMPLOS
Em Singapura, o hotel Westin Stanford anuncia que é o hotel mais alto
do mundo. Este factor não é importante para muitos turistas, afastan-
do muitos deles em vez de os cativar.
O telefone com vídeo, que a AT&T introduziu, fracassou. Este fracasso
deveu-se em parte ao facto de o público ter considerado que ver a pes-
soa não justificava o elevado preço do aparelho.
A Polaroid lançou a Polarvision que revelava instantaneamente o
filme. Embora a máquina fotográfica tivesse características distintivas
e não previsíveis era inferior às câmaras de filmar [4].
58
EXEMPLO
Posicionamento por atributo – “o maior parque de diversões do
mundo”
Posicionamento por benefício – “Leite enriquecido com ômega, previne
doenças cardiovasculares”
Posicionamento por uso/aplicação – “o melhor para terrenos difíceis”
Posicionamento por utilizador – “para quem procura emoções fortes”
Posicionamento por concorrente – “o melhor em relação a algum con-
corrente”
Posicionamento por preço/qualidade – “um pouco mais caro mas muito
melhor”
As oportunidades e ameaças não podem ser vistas como absolutas [8]. Aquilo
ANÁLISE DE MERCADO MÓDULO III
que à primeira vista parece uma oportunidade pode não o ser, quando exa-
minados os recursos da empresa, a sua cultura, as expectativas dos stakehol-
ders, entre outros factores.
59
A RETER
Uma oportunidade é uma área de necessidade onde a empresa pode
actuar de forma rentável [4].
A RETER
Uma ameaça ambiental pode ser entendida como um desafio atribuí-
do a uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que, caso a
empresa não optasse por uma acção de marketing defensiva, levaria a
uma deterioração das vendas ou dos lucros [4].
60
A RETER
Fraquezas - todas aquelas limitações ou deficiências que atinjam os
recursos e as capacidades pertencentes à empresa, e que de alguma
forma possam comprometer o desempenho da sua actividade, tanto
no presente como no futuro.
A RETER
Uma força numa determinada área não implica a existência de uma
vantagem competitiva, pois essa competência pode não ter importân-
cia real para os consumidores e a concorrência pode ser igualmente
forte [8].
61
FIGURA 3.3. ANÁLISE PEST
Factores político-legais Factores económicos
• Legislação de monopólios • Ciclos económicos
• Leis de protecção ambientais • Tendências do PNB
• Políticas fiscais • Taxas de juro
• Legislação comercial • Fontes de financiamento
• Legislação laboral • Inflação
• Estabilidade governamental • Desemprego
• Disponibilidade de capital
• Custo e disponibilidade de energia
62
FIGURA 3.4. FONTES DE VANTAGEM COMPETITIVA
Ameaça de novas
entradas
Ameaça de produtos
substitutos
importante.
• As necessidades de capital, que podem estar relacionadas com investimen-
tos em Investigação e Desenvolvimento (I&D), ou investimento no lança-
mento do produto no mercado, onde podem não ser obtidos retornos do
capital investido.
• Os custos de mudança, que podem ter origem na mudança de fornecedor
por parte do cliente da empresa já actuante num dado mercado, para outro.
• O acesso a canais de distribuição - As empresas actuantes estarão mais pro-
tegidas quanto maior for o seu controlo sobre os canais de distribuição.
Assim sendo, a nova empresa terá que criar uma rede de distribuição para
si própria.
63
• As desvantagens de custos não relacionados com escala - As empresas que
operam num qualquer mercado possuem vantagens relativamente às
empresas que pretendem entrar nesse mesmo mercado – por exemplo o
know-how, localização, acesso a matérias-primas. Estes custos não são
provocados pela economia.
• As políticas governamentais - O Governo, através de legislação, pode
impor regras que dificultem novas entradas num mercado.
BARREIRAS À SAÍDA
Baixas Altas
64
Da análise da figura, constata-se que quando as barreiras à entrada são ele-
vadas e as barreiras à saída são baixas, a empresa espera obter retornos está-
veis baixos; no caso de as barreiras à entrada serem altas e as barreiras à saída
serem baixas, os retornos esperados são estáveis e altos.
Por último, temos o poder negocial dos clientes. Este é grande quando os cli-
entes possuem uma grande importância no volume de vendas do vendedor;
o mercado representa uma grande quantidade dos seus custos ou compras; os
produtos adquiridos no mercado são padronizados, sendo que a diferencia-
ção não é significativa; os custos de mudança não são significativos; os lucros
conseguidos são reduzidos; os clientes têm facilidade de integração a montan-
te; a qualidade dos seus produtos não depende da qualidade dos produ-
tos/serviços do mercado; e, quando o cliente está bem informado [5]. Para que
estes problemas sejam ultrapassados, a empresa deve valer-se de um leque
alargado de clientes.
ANÁLISE DE MERCADO MÓDULO III
BIBLIOGRAFIA
[1] Johnson, G. e Scholes, K. (1999), Exploring Corporate Strategy: Text and Cases (5.ª Ed.),
Londres, Prentice Hall Europe. In: Cardoso, S. (2002), Cadeias Hoteleiras: Vantagens
Competitivas das Unidades Estratégicas de Negócios - Monografia não publicada,
Universidade Fernando Pessoa, Porto
[4] Kotler, P. (1996), Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação
e Controle, São Paulo, Editora Atlas
[5] Porter, M. (1986), Estratégia Competitiva – Técnicas para a Análise de Indústrias e da
Concorrência, Rio de Janeiro, Editora Campus. In: Cardoso, S. (2002), Cadeias Hoteleiras:
Vantagens Competitivas das Unidades Estratégicas de Negócios - Monografia não
65
publicada, Universidade Fernando Pessoa, Porto
[7] Kotler, P. e Armstrong, G. (1991), Principals of Marketin. (5th edition), New Jersey,
Prentice-Hall Inc.
[8] Wilson, R. M. S. e Gilligan, C. com Pearson, D. J. (1992), Strategic Marketing
Management: Planning, implementation and control, London, Butterworth Heinemann
[12] Sung, H. Y., Morrison, A. M. e O’Leary, J. T. (2000), Segmenting the Adventure Travel
Market by Activities: From the North American Industry Providers’ Perspective,
Journal of Travel & Tourism Marketing, 9(4), pp. 1-20
[13] Rossiter, J. R. (2001), What is marketing knowledge? Stage I: forms of marketing
knowledge, Marketing Theory, 1(1), pp. 9-26
[14] Fahy, J. e Smithee, A. (1999), Strategic Marketing and Resource Based View of the
Firm, Academy of Marketing Science Review, 10. [Em linha]. Disponível em
<http://www.amsreview.org/articles/fahy10-1999.pdf >. Consultado em [20/04/2004].
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
1. Comente a afirmação:
A segmentação é uma tarefa difícil e existem elementos
diversos a considerar neste processo.
66
Marketing estratégico
EXERCÍCIOS
para PME’s
Resoluções / soluções das actividades /
exercícios e instrumentos de avaliação
67
Para que os formandos concluam a formação com aproveitamento, a média
não deverá ser inferior a 3 valores.
68
MÓDULO II – MARKETING MIX
1. Para a resposta a esta questão deve ter-se em atenção a teoria que se segue:
69
Na fase de maturidade, as empresas podem tentar aumentar o número de uti-
lizadores do produto/serviço de três formas [4]:
• Converter não usuários em usuários – tentar atrair não utilizadores do pro-
duto/serviço.
• Entrar em novos segmentos de mercado – existem segmentos de mercado
que não usam a marca mas usam o produto, logo a empresa pode tentar
entrar nesses segmentos.
• Conquistar os consumidores da concorrência – os consumidores dos con-
correntes podem ser atraídos para experimentarem e adoptarem a marca.
• Melhoria do estilo.
2. Após posicionar os produtos numa matriz BCG, pretende-se que opte por
uma das estratégias abaixo registadas para cada produto.
70
Após esta representação, a empresa poderia optar por quatro objectivos para
as unidades estratégicas de negócio [4]:
• Crescimento – Com a finalidade de aumentar a quota de mercado, mesmo
que signifique a não existência de ganhos a curto prazo. Este objectivo
adequa-se a negócios/oportunidades que necessitam de ampliar a quota
de mercado para se tornarem estrelas.
• Manutenção – O objectivo é manter a participação do negócio no merca-
do e está adequado a geradores de caixa fortes, no caso de a empresa pre-
tender mantê-los com o mesmo nível de rendimento financeiro.
• Desaceleração – Consiste em tentar tirar o máximo partido da unidade
estratégica de negócio no curto prazo. Pode utilizar-se a desaceleração
para geradores de caixa fracos, que necessitariam de investimentos, ou
para negócios classificados de oportunidades e cães.
• Eliminação – O que se pretende aqui é a venda ou liquidação do negócio
para que os recursos sejam melhor aproveitados noutras áreas de activida-
de. A eliminação adequa-se a negócios com a classificação de cães, e opor-
tunidades que estejam a minimizar os lucros da empresa.
POSIÇÃO COMPETITIVA
• Enfatizar a rentabilidade
através do aumento da
produtividade
71
MÓDULO III – ANÁLISE DE MERCADO
1. Não é fácil segmentar, uma vez que existem diversas variáveis a ter em con-
sideração.
A segmentação de mercado pode ser feita com base em qualquer uma das
seguintes variáveis: desejos, poder de compra, localização geográfica, atitudes
e práticas de compra. Estes são os aspectos que ao diferirem agrupam os con-
sumidores nos mercados [4].
2. Existem alguns critérios que não podem ser descurados pela empresa quan-
do está a tentar posicionar-se. Estes critérios estão relacionados com:
• Importância – Um número suficiente de compradores valoriza substancial-
mente o benefício dado pela diferença.
72
• Distinção – A empresa pode oferecer a diferença de uma forma distintiva,
quando os seus concorrentes não a oferecem.
• Superioridade – A diferença é superior a outras formas de obtenção do
mesmo benefício.
• Comunicabilidade – Os compradores conseguem ver a diferença e a
empresa consegue comunicar essa mesma diferença.
• Previsibilidade – A concorrência tem dificuldade em copiar a diferença.
• Disponibilidade – Os compradores dispõem de dinheiro que lhes permita
pagar por essa diferença.
• Rentabilidade – A empresa constatará que a introdução da diferença é
rentável.
73
ANEXO I - BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA
Johnson, G. e Scholes, K. (1999), Exploring Corporate Strategy: Text and Cases (5.ª Ed.),
Londres, Prentice Hall Europe
Kotler, P. (1996), Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e
Controle, São Paulo, Editora Atlas
Porter, M. (1986), Estratégia Competitiva – Técnicas para a Análise de Indústrias e da
Concorrência, Rio de Janeiro, Editora Campus
Wilson, R. M. S. e Gilligan, C. com Pearson, D. J. (1992), Strategic Marketing Management:
Planning, implementation and control, London, Butterworth Heinemann
Kerin, R.A. e Peterson, R.A. (2000), Strategic Marketing Problems: Cases and Comments.
Prentice Hall
Marketing Dictionary – Dicionário de Marketing disponível em http://www.MarketingPower
.com/dictionary.
Strategic Marketing – Revista de Marketing Estratégico disponível em http://www
.etstrategicmarketing.com.
Recursos
• www.findarticles.com
Neste site podem pesquisar-se artigos por tema. O acesso é gratuito.
• www.articles911.com
Artigos sobre organização e gestão podem ser encontrados neste endereço.
Trata-se de artigos gratuitos que se encontram disponíveis para download.
• www.meansbusiness.com
Inclui mais de 1000 sumários de livros que podem ser pesquisados por
tema e adquiridos a $2.
• www.managementhelp.org
Biblioteca de gestão com ligações a um conjunto vasto de ferramentas,
recursos e materiais gratuitos.
• www.action-learning.org
Comunidade de pessoas em programas de educação contínua do Action
Learning Institute. O acesso a este site é gratuito e permite-lhe acesso a
materiais, publicações e programas de educação.
74
• www.trainingzone.co.uk/resources/library/
A Toolkit Library é um centro de recursos pleno de actividades, briefings,
anexos, programas, slides, apresentações, papers e outros (em Word,
Acrobat, PowerPoint e outros formatos comuns). Existem cerca de 3500
documentos de 40 autores com acesso imediato. As cargas têm um custo
de £5 por download com pagamento on-line.
• www.bestofbiz.com
Serviço informativo para executivos, pesquisadores e empresários com
muitos links gratuitos. Este site é dirigido pela London Business School
• www.scotent.co.uk
Neste site pode encontrar informação de negócios, eventos e seminários
em networking, organizados por uma agência escocesa de desenvolvimen-
to económico, fundada pelos Executivos da Escócia.
• www.ft.com
Neste site pode encontrar notícias de negócio do Financial Times, existindo
ainda a facilidade para procurar materiais do arquivo.
• www.cantos.com
Excelentes webcasts e sumários em texto da maior organização de líderes
ligados ao negócio, updates e notícias disponíveis gratuitamente. Inclui
entrevistas com gestores seniores nas edições críticas e documentários
entregues em secções concisas. É necessário fazer um breve registo quando
se utiliza pela primeira vez este serviço.
• www.myjob.com
Portal que abrange carreira, estilo de vida e questões relacionadas com
trabalho. Registo livre.
• www.drucker.org MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
Recursos e informação do especialista em negócios Peter Drucker.
• www.skymark.com
Apresentação de recursos e informações claras em gestão, com ênfase par-
ticular em gestão de projectos, gestão da qualidade e questões de melho-
ria contínua.
• www.fastcompany.com
Excelentes informações da publicação Fast Company apresentada de um
modo vivo e fascinante.
75
ANEXO IV – TEXTOS PARA APROFUNDAMENTO DO TEMA
E CONTEÚDOS TEMÁTICOS
RESUMO
O propósito principal deste artigo é proporcionar uma revisão da literatura
pertinente à criação de novos negócios do ponto de vista do marketing estra-
tégico. Inicialmente, são abordadas questões como identificação de oportuni-
dades versus competências centrais, visando a descobrir o melhor equilíbrio
entre as duas variáveis, caso exista alguma relação. Outros importantes aspec-
tos no desenvolvimento de novos negócios são discutidos como posiciona-
mento, estratégias de desempenho e crescimento, arquitectura organizacio-
nal e novos modelos de marketing de relacionamento. Enfatiza-se, ainda, o
paradoxo que uma melhor estrutura organizacional melhor poderia resultar
da falta de qualquer estrutura. O texto explora também a nova tendência no
marketing de relacionamento, segundo a qual uma forma de fazer negócio,
menos agressiva e mais elegante, poderia substituir o velho modelo contratu-
al frio e racional, no limiar do próximo século.
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem o objectivo de examinar a literatura voltada para cria-
ção de novos negócios sob o enfoque de marketing estratégico. A metodolo-
gia adoptada procurou, inicialmente, trabalhar questões como identificação
de oportunidades versus reconhecimento de competências centrais. Em segui-
da, foram abordados aspectos referentes a posicionamento, com destaque
para os riscos de um posicionamento à revelia da empresa que pode advir de
um marketing mix equivocado. Foram discutidas, ainda, opções estratégicas
disponíveis de autuação, com base nas propostas de Porter, e estratégias de
crescimento comentadas à luz do timing da empresa. Uma breve revisão de
modelos de arquitecturas organizacionais abordou questões relevantes como
as dificuldades por que passam empresas em rápido crescimento. Por último,
foi apresentado um modelo de marketing de relacionamento como suporte
ao processo estratégico. O modelo considera não somente a satisfação das
necessidades do consumidor, como acção fundamental da organização con-
76
temporânea, mas também a rede de relacionamentos “colaborativos” que se
formam com todos os participantes da cadeia de valor como fornecedores,
fabricantes, distribuidores e clientes. Trata-se, portanto, de uma forma eficaz
e menos agressiva de autuação no mercado e de convívio com os competido-
res. O antigo formato, frio e racional, que permeia os relacionamentos de
negócio com base em contratos formais vive um processo de declínio e apro-
xima-se da extinção.
Identificação de Oportunidades
A atenta observação do ambiente económico e sectorial é sem dúvida uma das
melhores fontes de descobertas de novos negócios. Muitos foram os produtos
e serviços criados a partir de sinalizações emanadas do mercado. A rapidez
imposta pela tecnologia da informação, por exemplo, praticamente obrigou as
empresas financeiras a adoptarem os serviços de office banking para se torna-
rem mais ágeis nas decisões financeiras. A Internet está promovendo uma ver-
dadeira revolução na maneira de realizar negócios das empresas em geral. E
nem sempre aquelas organizações tradicionais e bem estabelecidas são as que
saem na frente quando as mudanças ocorridas no ambiente são descontínuas,
num rompimento radical com o passado. Haja vista a grande quantidade de
novas empresas que têm se destacado, no comércio eletrônico, como Amazon,
Yahoo, Dell Computers, e-Bay etc., todas em sua maioria, com poucos anos de
vida. O modelo tradicional de planejamento proposto por Andrews3, em 1965,
que é cíclico, está se tornando insuficiente para lidar com um ambiente extre-
mamente dinâmico e em constante processo de mutação. Os sistemas de moni-
toramento ambiental precisam atuar em tempo real e não somente no perío-
do do ano que antecede o processo de planejamento. Aaker4 propõe que os MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
métodos de monitoramento do ambiente funcionem continuamente e sejam
capazes de respostas rápidas. Este autor coloca, também, que a administração
estratégica de marketing não deve aceitar o ambiente como um “dado” do
problema. A estratégia deve ser pró-ativa, segundo ele, influenciando e/ou
controlando, de maneira criativa ambientes governamental, sócio-cultural,
tecnológico e econômico. Um aspecto interessante a respeito de oportunida-
des é que nem sempre elas se encontram onde são procuradas. Produtos que
se tornaram ícones do consumo mundial, como o walkman e o jetski, surgiram
muito mais em função de as empresas criadoras terem reconhecido idéias geni-
ais e dado espaço para estas idéias do que por terem seguido um processo tra-
dicional de desenvolvimento de novos produtos. Sofisticados sistemas de infor-
mação, respaldados por tecnologia de informação de última geração, são
muito úteis. Mas, é necessário mais do que isso. As idéias para novos negócios
não podem pertencer a uma área ou departamento. É preciso que toda a
empresa seja capaz de enxergar oportunidades, no ambiente, para atrair e
manter clientes, finalidade maior de uma empresa, segundo Theodore Levitt.5
77
Competências e Vocações
Uma das etapas fundamentais da administração estratégica de marketing é o
que Aaker6 chama de auto-análise. Trata-se de um levantamento que visa a
obter um entendimento detalhado sobre aspectos estratégicos como análise
de performance, forças, fraquezas e problemas da organização. É um momen-
to de grande importância para os profissionais de uma empresa já que dá
oportunidade aos mesmos de refletirem, de forma honesta, sobre fraquezas
e capacidades da organização. É preciso ter bem claro o rol de competências
da empresa. É fundamental que a organização tenha consciência de suas
habilidades essenciais dentro do processo de construção de sua estratégia.
Prahalad e Hamel7 batizaram estas habilidades de competências centrais (core
competences), que eles definem como vocações naturais centradas em pesso-
as-chave que devem servir a toda a organização e não somente a uma divisão.
As competências centrais se formam a partir do aprendizado coletivo da orga-
nização e envolvem a coordenação de habilidades diversas de produção e a
integração de correntes múltiplas de tecnologia. Mas é preciso estar atento,
pois esse processo de aprendizagem nem sempre ocorre de forma fluida e
intensa, principalmente em grandes corporações. A arquitetura organizacio-
nal de grandes empresas nem sempre permite que as habilidades aflorem
naturalmente. Ao contrário, não é incomum que capacidades sejam abafadas
logo no início do processo criativo. Bartlett e Ghoshal8 destacam o aprendiza-
do como atributo inato ao ser humano, que famílias, clãs e comunidades evo-
luíram ao longo do tempo, compartilhando informações e sintetizando
conhecimentos como centro das interacções sociais e propulsores do progres-
so colectivo. Mas estes mesmos autores alertam para o fato de que corpora-
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
78
e em caso de sinalizações positivas do mercado, a empresa deve responder
rapidamente, transformando estes experiências em produtos e serviços. A
observação atenta do desempenho das áreas operacionais da empresa e o foco
nas habilidades básicas têm sido uma questão basilar do pensamento estraté-
gico actual. É fazer com que a organização se auto-descubra e libere experti-
ses contidas nas morosas interconexões corporativas. Prahalad11 sustenta que
“Competir pelo futuro não é simplesmente fazer previsões. É também ter um
forte desejo de ser rentável nos negócios actuais, um desejo que pressione
enormemente a organização para que ela eleve seu nível de desempenho. É
criar um círculo virtuoso, na organização, no qual você esteja inventando
novos negócios continuamente, novas fontes de lucro e aumentando sempre
a capacidade de alavancagem e rentabilidade dentro dos negócios actuais -...”
79
para se posicionar em relação aos competidores ao atender as necessidades e
desejos de seu mercadoalvo. Este autor conclui que o conceito de posiciona-
mento indica como a organização gostaria que os clientes percebessem o
composto de marketing ou marketing mix.18 Uma característica fundamental
do posicionamento é que, embora ele se inicie por meio de produtos, serviços,
instituições ou pessoas, ele, de fato, ocorre na mente dos consumidores, con-
forme atestam Ries e Trout.19 A disputa que as empresas travam para serem
reconhecidas pelo mercado naquilo que fazem acontece, realmente, na cabe-
ça dos clientes. Portanto, quando um bom trabalho de posicionamento é feito
é muito difícil desbancar a empresa que o fez.
Mas não basta que, ao delinear sua estratégia, a organização elabore progra-
mas de ação para fixar-se na mente de seu público-alvo em atributos como
preço, qualidade, imagem, pós-venda, design, etc. É preciso que o público-
alvo assim reconheça a empresa. Ou seja, faz-se mister que o cliente identifi-
que a organização por este atributo ou grupo de atributos estratégicos. Nem
sempre o consumidor reconhece a organização da maneira como esta almeja
em seus planejamentos. Empresas do ramo químico ou petroquímico, por
exemplo, precisam estar muito atentas às suas imagens institucionais, em
razão de serem vulneráveis a acidentes ecológicos como aqueles ocorridos no
Alaska (Exxon), em 1989, na Suiça (Sandoz), em 1987, Cubatão (Petrobrás), em
1988. Portanto, quando a empresa não se posiciona bem frente a seu públi-
co-alvo este último “assume”, por conta própria, um posicionamento para
esta empresa20. Não é incomum que grandes corporações sejam reconhecidas
por seu público como “arrogantes”, “insensíveis”, “poluidoras” em razão de
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
Estratégias de Actuação
Definir a estratégia de actuação é uma das decisões mais importantes, após a
decisão de entrar em um novo negócio ter sido tomada. Vários caminhos
podem se apresentar. Michael Porter21 apresenta três formas de actuação que
chamou de estratégias competitivas genéricas, quais sejam: liderança no custo
total, diferenciação e enfoque.
80
ciona retornos acima da média, mesmo em ambientes de intensa concorrên-
cia. A diferenciação significa criar algo único dentro do âmbito da empresa. A
diferenciação pode ser por imagem da marca (Nike), tecnologia (Intel), rede
de fornecedores (Volkswagem, Resende,RJ), etc. A diferenciação, também,
produz retornos acima da média, pois gera maior lealdade e menor sensibili-
dade a preços por parte dos consumidores, o que produz maiores margens. A
estratégia de enfoque consiste em concentrar-se num determinado segmento
de clientes, numa linha de produtos ou num mercado geográfico. A premissa
que está por trás desta estratégia é que a empresa é capaz de atender seu alvo
estreito melhor que qualquer concorrente. O enfoque permite retornos acima
da média, uma vez que produz custos baixos em comparação com os da indús-
tria. É interessante notar que Porter só acredita no sucesso de suas estratégias
desde que cada uma delas seja adoptada de maneira exclusiva. Ou seja, não
se pode adoptar, concorrentemente, mais de uma das estratégias genéricas
sob o risco de se atingir um estado apático que aquele autor chamou de meio-
termo. Trata-se de uma situação estrategicamente pobre, que pode levar a
uma baixa rentabilidade, uma vez que a empresa perde negócios de grandes
volumes, pois, por não ter custos baixos, não pode oferecer preços baixos, e
perde, da mesma forma, negócios com margens altas, tendo em vista que não
se conseguiu diferenciação suficiente.
O trabalho de Porter tem sido alvo de críticas diversas. Carneiro et.al22 fizeram
um levantamento das principais restrições às estratégicas genéricas. Com rela-
ção à liderança no custo total, os destaques são os seguintes:
• menor custo não significa necessariamente menor preço: é possível que MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
o produtor embolse a vantagem de custo obtida; somente quando
grandes negócios exigem preços menores é que esta pode passar a ser
uma vantagem efetiva;
• não é uma vantagem sustentável a longo prazo se muitos a estiverem
perseguindo;
• é difícil conhecer os custos dos concorrentes;
• desvia a atenção da empresa do mercado e de competidores para solu-
ções internas. As maiores críticas à estratégia de diferenciação apontam
para o fato de que esta abrange um leque muito amplo de estratégias,
merecendo serem desdobradas. Mintzberg 23 relaciona seis tipos de dife-
renciações possíveis, quais sejam: preço, imagem, suporte, qualidade,
design e não-diferenciação. Vale notar que Mintzberg não vê esta últi-
ma como uma estratégia menor, fadada ao fracasso e baixa rentabilida-
de. Segundo este autor, é possível ter sucesso com a não-diferenciação,
que consiste em copiar outras empresas, desde que haja espaço no mer-
cado para tal.
81
Estratégias de Crescimento
Crescer por meio de um novo negócio pode exigir muita criatividade dos pro-
fissionais envolvidos no processo. Conforme já comentado anteriormente, as
melhores oportunidades não costumam ser evidentes nem fáceis de identifi-
car. Kotler24 apresenta as oportunidades de crescimento em três classes princi-
pais, quais sejam: crescimento intensivo, crescimento integrado e crescimento
diversificado.
82
adquirentes não tinham sinergia de negócio com as empresas adquiridas, o
que causou muitos insucessos. Mas, no caso de negócios em fase de declínio,
como a indústria de cigarros, a diversificação pode ser uma boa saída. É muito
comum grandes fabricantes de cigarros entrarem no negócio de alimentos,
como foi o caso da compra da RJR Nabisco pela Philip Morris.
83
ções, etc. Portanto, negócios que afloram a partir de empresas que estão nas-
cendo acabam tendo vantagem do ponto de vista de organização interna em
relação a grandes corporações. Os maiores problemas relativamente à organi-
zação costumam surgir juntamente com o aumento de tamanho das empre-
sas. É interessante notar que as soluções organizacionais que vão surgindo e
evoluindo costumam ser respostas ao problema de administrar estruturas pro-
dutivas gigantes. Mas estas estruturas, amiúde, estão voltadas para o operaci-
onal, para o funcionamento da grande empresa, restando pouco espaço, mui-
tas vezes, para a geração de novos negócios. Tendo em vista a importância do
fator organização no surgimento de um novo negócio, vale a pena revisar as
estruturas organizacionais mais conhecidas. Considere-se, inicialmente, a
estrutura simples, que, no mundo real, é equivalente a inexistência de estru-
tura formal. É o tipo de organização, comumente adotado em pequenos
negócios, onde o próprio dono costuma levar a cabo a maioria das atividades
da empresa.27 Existem poucas divisões das funções gerenciais, não havendo
uma clara definição de quem é responsável por quê. Vale destacar que este é
um dos tipos de organização mais favoráveis à criação de novos negócios. São
empresas pequenas e ágeis cujas atividades giram em torno do brilhantismo
de um ou mais sócios. Mintzberg28 aponta a organização administrada pelo
proprietário como o caso clássico da organização empreendedora, a qual pro-
cura ambientes dinâmicos, simples e não regulados. Mas a estrutura simples
tem seus problemas. Tudo fica muito na dependência do sócio-fundador, que
costuma ser bastante centralizador; na falta dele, a empresa fica órfã. Com o
crescimento, vem a complexidade e, aí, a estrutura simples torna-se insuficien-
te para lidar com as operações. É preciso dividir as responsabilidades e fun-
ções. A partir deste momento, é possível que a estrutura funcional passe a ser
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
84
tos de mercado, mediante uma proposta de variedade de produtos. Sloan
reergueu a GM, superando, em muito, a Ford que insistia, no conservadoris-
mo de seu fundador, em oferecer um mesmo produto, o Modelo T, na mesma
cor preta, a uma sociedade consumidora americana que se tornava cada vez
mais desejosa de diversidade. A estrutura multidivisional é composta de uni-
dades responsáveis por um mercado, serviço ou produto definido.31 Dentro de
cada divisão, por exemplo, costumam atuar estruturas funcionais como finan-
ças, marketing, recursos humanos. É como se cada divisão fosse uma empresa
independente, mas sob a orientação de um escritório central, responsável
pela arquitetura estratégica da corporação. Uma das grandes vantagens deste
tipo de estrutura é que cada divisão pode se concentrar nas oportunidades e
problemas de seu ambiente particular de negócio. Há dedicação exclusiva do
executivo chefe da divisão aos negócios da divisão, o que aumenta sobrema-
neira a eficiência da unidade. Como desvantagens, esta estrutura traz a ques-
tão da delimitação da responsabilidade do gerente da divisão, ou seja, quan-
to poder deve ter este gerente vis-à-vis o escritório central; o conflito da dis-
puta que as divisões realizam por recursos da empresa-mãe; e a duplicação de
funções em cada divisão. Prahalad32 condena a forma como as divisões dispu-
tam e retêm pessoas de alta capacidade, impedindo que as core competences
sejam exploradas pela corporação como um todo. Como resposta às limita-
ções da organização multidivisional deu-se o surgimento da estrutura matri-
cial. Trata-se de uma combinação de estruturas como por exemplo produto
versus geografia, ou funcional versus divisional operando em tandem33. As
vantagens do modelo matricial são muitas, destaque devendo ser dado à inte-
gração que o mesmo promove entre as áreas técnicas, produtoras de conhe-
cimento, como P&D e as áreas funcionais de finanças, marketing, recursos MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
humanos, já que a burocracia formal é substituída por contatos diretos entre
os indivíduos. Além disso, a estrutura matricial aumenta a qualidade da toma-
da de decisões onde haja maior risco a uma das áreas envolvidas, aumenta a
motivação e desenvolvimento administrativo por ser de natureza participati-
va e pelo alto envolvimento de todos os níveis gerenciais nas atividades. Os
principais problemas da estrutura matricial são diluição de prioridades, deci-
sões lentas e conflitos de papéis e responsabilidades. A diluição de priorida-
des ocorre porque cria-se um espírito onde “tudo” é importante na organiza-
ção e merece ser debatido de forma igualitária, ficando difícil estabelecer um
ranking de projetos e problemas a serem abordados. Um outro problema é
que, em razão de a estrutura encorajar o debate entre grupos cujos interes-
ses são concorrentes, há um prejuízo para a agilidade nas decisões. Também
deve ser ressaltada a questão dos conflitos que surgem por conta da pouca
clareza em relação à definição de papéis e responsabilidades, uma vez que,
nesta estrutura, é comum que um profissional de P&D, por exemplo, se repor-
te ao gerente de P&D e ao gerente de marketing ao mesmo tempo.
85
A Organização Segundo a Teoria dos Custos de Transação
86
determinado contrato são conhecidos por apenas uma das partes. Um exem-
plo clássico é a venda de um carro usado. Normalmente, o vendedor conhece
bem o veículo e não costuma abrir este conhecimento para o comprador, o
qual tem de confiar no caráter daquele, se quiser fazer o negócio. A informa-
ção privilegiada pode dar espaço para comportamentos oportunistas.
87
isto, o mais irônico em relação à organização é que um dos modelos mais efi-
cientes, do ponto de vista da geração de um novo negócio, é justamente a
estrutura simples, que é, na verdade, a ausência de estrutura. É o formato que
predomina nos negócios pequenos e emergentes, onde a liberdade para criar
é a palavra de ordem.
O Modelo de Relacionamento
A discussão sobre a evolução e influência da organização nos novos negócios,
discorrida no item anterior, remete a importantes questões acerca da manei-
ra como os relacionamentos inter-empresas devem ocorrer no terceiro milê-
nio. Quais serão os fatores críticos para o bom relacionamento entre empre-
sas? Os modelos atuais de relacionamento devem perdurar? Quais caracterís-
ticas deve ter um futuro modelo de relacionamento transorganizacional?
88
Dahlstrom conclui que o importante para a atividade administrativa é reco-
nhecer o contexto e o tipo de regulamentação nas quais as transações ocor-
rem. Com o aumento dos níveis de investimentos e maior volatilidade do
ambiente, a organização deve buscar decisões compartilhadas com outras
empresas visando a obter eficiência. Se estas não forem as condições, talvez
seja mais interessante que as transações ocorram no âmbito de mercado. As
transações que acontecem sob a égide do relacionamento mercado obtêm um
nível satisfatório de eficiência com baixos custos irrecuperáveis (sunk costs)42 e
mínimas expectativas de qualidade, serviços e entrega. Mudanças importan-
tes no modo como as empresas interagem umas com as outras estão sendo
registradas. As formas como o poder é utilizado dentro destas malhas de rela-
cionamento são diversas. Weitz e Jap43 identificaram que profissionais e aca-
dêmicos têm mudado o foco de interesse, no que diz respeito a relacionamen-
to de canais, da estrutura corporativa e convencional, que utiliza o poder
como base, para relacionamentos entre empresas independentes envolvendo
mecanismos normativos e contratuais de controle. Isto está ocorrendo, segun-
do estes autores, devido a três fatores principais, quais sejam: o desencanta-
mento com a integração vertical; a consolidação e o aumento de poder de
canais intermediários como atacadistas e varejistas; e o reconhecimento de se
obterem vantagens estratégicas mediante o gerenciamento das atividades de
canal. Weitz e Jap44 criticam, também, o enfoque estreito e unilateral da
Teoria dos Custos de Transação (Williamson45) , onde a estrutura principal-
agente implica o uso unilateral de controles por parte do principal, sem a
importante participação da outra parte (agente) proporcionada pelo relacio-
namento bilateral. Weitz e Jap concluem que é necessário um melhor enten-
dimento sobre como estes relacionamentos se desenvolvem, como eles são MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
mantidos e como membros em relacionamentos convencionais lidam com
incertezas advindas de investimentos específicos. O relacionamento coopera-
tivo encontra respaldo nos trabalhos de Ravi S.Achrol46. Para esse autor, a
organização clássica, multidivisionalizada e verticalmente integrada, que fez
sucesso no século XX, não deve sobreviver num ambiente que promete ser
rico em conhecimentos e ao mesmo tempo bastante turbulento do século XXI.
As organizações multidivisionais que premominaram neste século têm sofrido
profundas reestruturações: downsizing em larga escala, desagregação de
estruturas verticais, terceirização e eliminação de camadas gerenciais. Em sub-
stituição, estão ganhando espaço empresas mais enxutas, mais flexíveis, foca-
das em tecnologias e processos centrais, ligadas a uma rede de alianças estra-
tégicas e parcerias com fornecedores, distribuidores e concorrentes. As formas
básicas de organização, já citadas anteriormente neste estudo, estruturas fun-
cional, multidivisional e matricial foram importantes no contexto temporal
em que foram utilizadas. A estrutura funcional teve seu auge no final do sécu-
lo XIX e início do século XX, quando a maioria das empresas de sucesso eram
89
orientadas para produção, altamente padronizadas, buscavam custos baixos e
altos volumes de produção. Este modelo funcionou bem numa época em que
os mercados eram relativamente estáveis e o poder aquisitivo do consumidor
baixo. Com a afluência do mercado, a partir da Segunda Guerra Mundial, os
consumidores tornaram-se mais exigentes e endinheirados, fazendo com que
as empresas se voltassem mais a produtos e mercados. Foi a era das corpora-
ções multidivisionalizadas. Mas estas mostraram-se limitadas em termos de
coordenação interfuncional, dando lugar ao surgimento das estruturas matri-
ciais que enfatizavam os relacionamentos laterais, aproximando as atividades
de P&D às áreas funcionais. Os novos modelos de organização procuram apro-
veitar ao máximo a rapidez, flexibilidade e agilidade proporcionadas pelos
avanços da tecnologia da informação, principalmente a facilidade com que as
empresas podem operar em redes mun diais, podendo a Internet ser conside-
rada um exemplo clássico do final dos anos noventa. Entre os autores que
desenvolvem modelos de relacionamento de rede, destaca-se Achrol47, que
enfatiza que, na network organization, a satisfação das necessidades do clien-
te é um objetivo importante para a atividade de marketing, mas não suficien-
te. A ênfase deve ser em desenvolver um relacionamento duradouro baseado
numa estrutura de benefícios de longo prazo e afinidade mútua entre com-
pradores e vendedores. Novos elementos foram adicionados ao relaciona-
mento, como, por exemplo, confiança, compromisso, normas sociais, etc. O
interrelacionamento entre empresas deve evitar o modelo tradicional, onde
planejamento, adaptações e a resolução de disputas costumam acontecer com
base em barganha e negociação. Relacionamentos duradouros devem, prefe-
rencialmente, estar suportados em normas definidas e gerenciadas de forma
coletiva pelas empresas participantes.
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
90
manufatura. Trata-se, na verdade, de uma “aliança funcional” já que todo o
processo parece uma grande terceirização coordenada por uma empresa-
mãe. O novo modelo de produção adotado por grandes montadoras de auto-
móveis, onde os fornecedores instalam-se dentro daquelas, e os relaciona-
mentos se dão de forma eletrônica, via EDI, pode ser um bom exemplo de
rede vertical de mercado. A rede intermarket ou intermercado é um fenóme-
no das economias japonesas e coreanas. São as chamados keiretsu e chaebol,
definidas como afiliações institucionalizadas entre empresas que operam em
diferentes indústrias e firmas ligadas por relacionamento vertical com estas,
caracterizadas por fortes interconexões em compartilhamento de recursos,
decisões estratégicas, cultura, identidade e padrões de ação coletiva. O ele-
mento que mantém toda a rede intermercado coesa é um elaborado padrão
de interdependência e reciprocidade. A rede oportunidade pode ser definida
como um grupo de empresas especializadas em diversos produtos, tecnologi-
as, ou serviços que se coordenam em torno de projetos ou problemas tempo-
rários. A idéia central da rede oportunidade é uma organização de marketing
especializada em coletar e disseminar informações de mercado, negociando,
coordenando projetos para clientes e fornecedores, e regulamentando
padrões de produto e de comportamento para as empresas participantes da
rede. Seriam espécies de pequenas empresas de consultorias, ágeis e flexíveis,
com capacidade de aprender (learning organization) a cada novo projeto
temporário em que se envolvam.
91
por confiança mútua. Cada empresa-membro dentro da rede espera que os
outros membros ajam de forma sincera, leal e não oportunista. Achrol49
comenta que confiança envolve risco, fé e um sistema de auto-verificação.
Risco porque implica alguma incerteza sobre resultados, exigindo que se abra
mão, em parte, de influência e controle. Fé, porque quando condições de fé
mútua podem ser estabelecidas, comportamentos envolvendo a tomada de
risco podem ter lugar. A autoregulamentação porque o sistema deve ter con-
dições de se auto-verificar ao invés de ser gerido por autoridade. As normas
sociais, nas trocas, são padrões de expectativa e aceitação de sentimentos e
comportamentos compartilhados pelos membros de um sistema de trocas que
têm força de obrigações e pressões sociais50. Cinco normas são levantadas pela
literatura: solidariedade, mutualidade, flexibilidade, integridade de papéis e
harmonização de conflitos. A solidariedade é o senso de unidade entre os
membros de uma rede. É uma norma de estabilidade, preservação e às vezes
de sacrifício. Mutualidade diz respeito a agir no interesse coletivo, comparti-
lhando futuros benefícios e prejuízos. Flexibilidade pode ser definida como
expectativas bilaterais de que os termos de troca econômica estão sujeitos a
modificações e adaptações, caso mudanças ambientais assim o exijam.
Integridade de papéis, em relacionamentos de longo prazo como entre as
network organization, assume uma intricada rede de normas internas, costu-
mes sociais e expectativas futuras. A harmonização de conflitos nos relaciona-
mentos network pode ser definida como um espírito de acomodação mútua,
onde os sentimentos devem estar voltados para a resolução de conflitos. Os
benefícios da network organization são conseguidos quando se reconhece os
ganhos gerenciais e econômicos que emergem quando a rede é concebida
como uma mini-sociedade de trocas interdependente, recíproca, caracteriza-
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
CONCLUSÕES
O presente estudo teve o objetivo de analisar a literatura contemporânea
sobre criação de novos negócios sob o enfoque do marketing estratégico. O
método seguido foi revisar desde a identificação das oportunidades, passan-
do pelo reconhecimento de competências internas, posicionamento de mer-
cado, estratégias de atuação, modelos de organização, até a discussão de
novos modelos de marketing de relacionamento. Algumas constatações
92
importantes foram levantadas ao longo das discussões sobre a criação de
novos negócios. Na fase inicial, de identificação de oportunidades, por exem-
plo, verificou-se que o monitoramento ambiental deve ser uma atividade con-
tínua e não pontual, como recomenda o tradicional modelo de planejamen-
to de marketing. Sobre a análise interna, percebeu-se o quão importante é
manter um ambiente dentro da organização que permita que a criatividade
aflore naturalmente, trazendo novas ideias de negócio, processo que costuma
ser abafado, restrito ou mesmo sufocado em pesadas estruturas de grandes
empresas. Mas o fato de a organização saber que tem competências centrais
per si não é suficiente; é essencial que habilidades sejam levadas a mercado
de forma não-míope, ou seja, o objetivo precípuo deve ser a satisfação de
necessidades do consumidor e não a criação de novos produtos. Quanto ao
posicionamento, viu-se que todo o esforço de combinar um mix ideal de
marketing tem por finalidade encontrar um espaço na mente do consumidor.
É preciso estar atento para os posicionamentos que ocorrem à revelia da
empresa, ou seja, o público-alvo não entende a estratégia que a organização
tentou comunicar e assume um entendimento próprio e distorcido. Com rela-
ção às estratégias de atuação e de crescimento verificou-se que, a despeito de
todo o rol de possibilidades existentes, é fundamental que cada organização
tenha a sensibilidade necessária para escolher as soluções que melhor se ajus-
tem à sua realidade de negócios, devendo ser evitados os modismos do
momento. Sobre organização, desperta a atenção o fato de que as arquitetu-
ras organizacionais, que evoluíram ao longo do tempo, geralmente, procuram
resolver o problema de administrar estruturas produtivas cada vez maiores.
Pouco interesse, no entanto, tem sido direcionado a estruturas organizacio-
nais que sejam capazes de criar novas alternativas de negócios de forma sus- MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
tentada, revelando equipes de grande valor e reconhecendo competências
centrais da empresa. Vale lembrar que uma das estruturas organizacionais
mais criativas é justamente aquela em que não há estrutura alguma, como em
pequenos negócios emergentes. Por fim, foram apresentados novos modelos
de marketing de relacionamento, onde não somente a satisfação do consumi-
dor é levada em conta, mas também o modo como a empresa trabalha o seu
relacionamento com toda a cadeia de valor, como fornecedores, distribuido-
res e outros públicos. Procurou-se destacar os benefícios das novas organiza-
ções de rede, que podem predominar em futuro próximo, onde os ganhos
gerenciais e económicos advêm de trocas que ocorrem em ambiente caracte-
rizado por restrição de poder, compromisso, confiança, solidariedade, mutua-
lidade, flexibilidade, integridade de papéis e harmonização de conflitos.
93
to de novos produtos, marketing estratégico, adoção de tecnologia e marketing no
comércio eletrônico. E-mail: costaf@uol.com.br.
2 Professor Titular do Departamento de Administração da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da USP. E-mail: gltoledo@usp.br.
3 Andrews, Kenneth R. In Mintzberg, Henry; Quinn, J.B - The strategy process: concepts,
contexts, and cases - Prentice-Hall, Inc., 1996.
4 Aaker, David A. - Developing Business Strategies, John Wiley & Sons, Inc. 1995, p 12.
5 Levitt, Theodore, A Imaginação de Marketing, Atlas, 1985, p. 22.
6 Aaker, David A., op.cit., p. 22.
7 Prahalad, C.K; Hamel, Gary - The Core Competence of the Corporation - Harvard
Business Review, May/June, 1990, pp 79-91.
8 Bartlett, C.A.; Ghoshal, S. - Beyond Strategic Planning to Organization Learning:
Lifeblood of the Individualized Corporation - Strategy & Leadership, Jan/Feb, 1998, pp
34-41.
9 Zaccarelli, Sergio B. - A Moderna Estratégia nas Empresas e o Velho Planejamento
Estratégico - Revista de Administração de Empresas, vol 2, n° 5, pp.21-26.
10 Anderson, E.; Day, George S.; Rangan, V.Kasturi - Strategic Channel Design - Sloan
Management Review, Summer 1997, pp 59-69.
11 In Gibson, Rowan - Repensando o Futuro, Makron, 1998, p. 44.
12 Andrews, Kenneth R. In Mintzberg, Henry; Quinn, J.B, op.cit., p. 48.
13 Levitt, Theodore, Miopia em Marketing, Harvard Business Review, 1960
14 Kotler, Philip - Administração de Marketing – Editora Atlas, 1994, p. 75.
15 Cravens, David W. - Strategic Marketing – Richard D.Irwin Inc., 1994, pp 12-13.
16 As pessoas consomem com base em suas necessidades.
17 Cravens, David W., op.cit. p. 99.
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
94
28 Mintzberg, Henry - Criando Organizações Eficazes - Atlas, 1995.
29 Gerry, Johnson, op.cit.
30 Milgrom, Paul; Roberts, John - Economics, Organization and Management - Prentice
Hall, 1992
31 Gerry, Johnson, op.cit.
32 Prahalad, C.K; Hamel, Gary - The Core Competence of the Corporation - Harvard
Business Review, May/June, 1990, pp 79-91.
33 Gerry, Johnson, op.cit.
34 Smith, Adam - A Riqueza das Nações - Investigação Sobre sua Natureza e suas Causas
- São Paulo, Abril Cultural, 1983.
35 Coase, R.H. - The Firm, The Market and The Law – The University of Chicago Press,
1988.
36 Mercado: uma coleção de compradores e vendedores que interagem, resultando na
possibilidade de troca -Pindyck, R.S.; Rubinfeld, D.L. - Microeconomics -Prentice-Hall,
Inc., 1995.
37 Milgrom, Paul; Roberts, John - Economics, Organization and Management - Prentice
Hall, 1992.
38 Milgrom, Paul; Roberts, John., op.cit.
39 Weitz, B.A.; Jap, S.D. - Relationship Marketing and Distribution Channels - Journal of
the Academy of Marketing Science. vol.23, n° 4, pp 305-320.
40 Dahlstrom, R.; McNeilly, K.M.; Speh, T.W. - Buyer-Seller Relationships in the
Procurement of Logistical Services - Journal of the Academy of Marketing Science.
vol 24, n° 2, pp 110-124, 1996.
41 Dahlstrom, R.; McNeilly, K.M.; Speh, T.W., op.cit.
42 Tradução livre.
43 Weitz, B.A.; Jap, S.D. - Relationship Marketing and Distribution Channels - Journal of MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
the Academy of Marketing Science. vol.23, n° 4, pp. 305-320.
44 Weitz, B.A.; Jap, S.D., op.cit.
45 Williamson, Oliver - The Economic Institutions of Capitalism, Free Press, 1985.
47 Achrol, Ravi S., op.cit.
48 Achrol, Ravi S., op.cit.
49 Achrol, Ravi S., op.cit.
50 Achrol, Ravi S., op.cit.
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MINTZBERG, Henry, Generic Strategies: Toward a Comprehensive Framework, Advances
in Strategic Management, v.5 JAI Press Greenwich - CT p.1-67, 1988 IN Carneiro, J.M.T.;
ANEXOS MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
96
REVISTA FAE BUSINESS NÚMERO 8 MAIO 2004
Marcos Kathalian
Graduado em Comunicação Social, mestre em Multimeios
e professor da FAE Business School.
E-mail: marcosk@swi.com.br
97
• Serviços – Outra vocação da pequena empresa, os serviços são fáceis de
customizar para o nicho, como serviços de consultorias de mercado para
hotelaria ou de agências de propaganda especializadas em atender à
indústria farmacêutica.
98
de seus consumidores, ou mesmo de mudanças mais gerais no ambien-
te tecnológico. Clientes não compram produtos, mas necessidades por
eles satisfeitas. Dizendo de outra maneira, clientes não compram exac-
tamente cereais matinais, mas sim alimentação saudável. É o problema
que Levitt denominava de “miopia de produto”1.
• Especialista em mercados - Existem duas redes varejistas (retalhistas)
cariocas que são especialistas em atender clientes de baixa renda: a
Rede Mundial e a Rede Guanabara. Localizadas sempre em regiões peri-
féricas do Rio de Janeiro, trabalham com mix incomum, entre marcas
conhecidas e regionais, abusam de promoções, comunicam-se de
maneira popular e privilegiam o contacto físico com os clientes.
Resultado: num mercado concentrado como o varejo de alimentos, con-
tinuam crescendo e abrindo novas lojas. A própria Casas Bahia começou
assim. Do mesmo modo, mas em outro extremo, a rede Zona Sul, loca-
lizada na zona sul carioca, especializou-se em atender clientes sofistica-
dos, com mix de produtos importados e marcas finas. E para terminar,
ainda na mesma cidade, a Rede Mundo Verde especializou-se em ofe-
recer a maior variedade possível de alimentos energéticos, naturais,
integrais, biodinâmicos, em suma, associados a uma concepção filosófi-
ca de cunho naturalista.
• Especialista em ocasião - Em Curitiba, existe um pequeno trecho da
Avenida Marechal Deodoro inteiramente especializado em atender a
uma ocasião específica: o casamento. São diversas lojas e serviços que
oferecem tudo de que uma noiva precisa, do convite de casamento aos
serviços de buffet, passando, claro, pelo vestido. Essas não são as únicas,
nem as melhores opções de especialização, apenas as mais praticadas. MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
Na verdade, a especialização decorre da própria crescente complexida-
de do mercado, do vigor da economia de serviços e das necessidades de
diferenciação da oferta. Não é um fato que se restringe às pequenas
empresas, pois o diagnóstico que justifica o seu crescimento está pre-
sente nas análises das grandes empresas. Estas, contudo, ainda se deba-
tem para conceber o momento certo, a hora exacta, o tamanho apro-
priado que viabilize a sua operação, já que possuem outros mercados
maiores que oferecem retorno mais rápido. Uma excepção interessante
de grande empresa que trabalha o nicho está no exemplo da Nike, já
que ela costuma atender aos mais diversificados nichos de calçados des-
portivos. Essa empresa concentra-se em Pesquisa e Desenvolvimento,
além de marketing e vendas, terceirizando a produção, o que facilita a
operação do nicho.
99
INTIMIDADE COM O CLIENTE
Diagnostica-se que o clássico marketing de massa morreu, que actualmente
vive-se o micro marketing, o marketing one to one, a segmentação de merca-
do, todos apoiados por ferramentas de análise sofisticadas, como softwares
de banco de dados e CRM2. Se isso é verdade (e as grandes empresas sabem
disso), então por que é tão difícil para elas atender bem o nicho?
Além das razões estruturais da escala, existem dificuldade organizacionais
básicas, como processo decisório hierarquizado, excesso de controlos burocrá-
ticos e sobrecarga de tarefas, além de todos os problemas possíveis gerados
pela customização de uma linha de produção. É exactamente nesse ponto que
a pequena empresa leva vantagem. Ela pode e deve ser flexível, deve reagir
rápido ao mercado e, principalmente, não deve perder o vínculo construído
com o nicho. Especialmente do ponto de vista geográfico, ou mesmo do de
mercado entre empresas, a facilidade para a construção de vínculos de relaci-
onamento baseados no conhecimento das necessidades particulares dos clien-
tes acaba constituindo barreira de entrada importante para outros competi-
dores. Tome-se como exemplo o caso de uma pequena escola de bairro. Além
da conveniência representada pela localização, a única estratégia possível de
sobrevivência para ela é a construção de vínculos de relacionamentos que par-
ticularizem o atendimento, isto é, façam com que o cliente seja atendido de
forma única – já que não existe outra possibilidade de competir.
100
design, em projectar embalagens de vidro para a indústria de bebidas (Hy
Design-SP). Muito específico? Tanto melhor, essa é a característica do nicho e
é difícil, por exemplo, imaginar um grande conglomerado de publicidade
querendo competir ou tendo competência para competir aí. O resultado? A
única queixa que elas possuem é de excesso de trabalho.
NOTAS
1 LEVITT, Theodore. Marketing myopia. Harvard Business Review, 1960.
2 Costumer Relationship Management (CRM): sistema de administração do relaciona-
mento com o cliente que integra informações com o objectivo de conhecer melhor o cli-
ente, atendê-lo melhor, fazê-lo comprar mais e retê-lo.
101
ANEXO V – CONJUNTO DE EXERCÍCIOS / ACTIVIDADES
102
ANEXO VI – CONJUNTO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
PLANO DE MARKETING
1. Produto ou serviço:
• Nome do produto ou serviço.
• Descrição da embalagem, processo de produção, composição, tamanho,
entre outros.
• Apresentação de fotografias ou desenhos do produto e embalagens.
• Identificação de quem o produz.
• Análise do mercado alvo: quem, com que educação, idade, estilo de vida
e sexo.
• Outra informação que considere relevante.
2. Distribuição:
• Onde pode ser adquirido? Franchising? Acordos de distribuição?
Distribuição alargada? Distribuição restrita?
• Vantagens e desvantagens de oferecer o produto nos estabelecimentos
locais.
• Outra informação que considere relevante.
3. Preço:
• Preço do produto. MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S ANEXOS
• Custo inerente a diferentes tamanhos.
• Variedade de preços nos estabelecimentos locais.
• Estimativa dos custos do produto – garrafa; caixa; desenho; outros.
4. Promoção:
• Anúncios nos jornais e/ou revistas.
• Reprodução de anúncios no rádio, televisão, ou outros media.
• Outra informação pertinente que faça parte do seu projecto.
103
Planeamento Estratégico para PME’s
Coaching
Estratégias de Serviço ao Cliente
Gestão da Informação
Gestão da Inovação
Análise e Tratamento de Dados
fp
Modelos Quantitativos de Suporte à Decisão
Gestão Financeira
Contabilidade e Fiscalidade para Empreendedores
EXERCÍCIOS FORMATIVOS
TEXTOS DE APROFUNDAMENTO 10
MANUAL DO FORMADOR
MARKETING
ESTRATÉGICO
PARA PME’s
Formação Prática
DESENVOLVIMENTO TEMÁTICO
EXERCÍCIOS FORMATIVOS
TEXTOS DE APROFUNDAMENTO 10
MANUAL DO FORMADOR
MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
Ficha Técnica
Mónica Montenegro
3
IDENTIFICAÇÃO
Área profissional
Este curso destina-se a gestores e outros quadros superiores que
intervenham ou possam intervir no processo de tomada de decisão
nas empresas em que se encontram integrados.
Curso/Saída profissional
O curso de Marketing estratégico para PME’s serve essencialmente
para fornecer competências a indivíduos que exerçam ou preten-
dam exercer funções que impliquem tomada de decisões nas áreas
de planeamento, bem como possibilitar o desenvolvimento de
estratégias de marketing adequadas às PME’s.
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
Nível de formação/qualificação
Para a frequência deste curso, os formandos deverão possuir for-
mação de nível IV ou nível V. Os formandos deverão ainda ter co-
nhecimentos de inglês.
Componente de formação
Este curso tem, inerente, uma componente de formação teórica e
uma outra com um carácter prático, que visam a adequação dos
conceitos às realidades dos formandos.
Unidade(s) de formação
Este curso é composto por três módulos, que a seguir se nomeiam:
4
Conteúdos temáticos
Este curso encontra-se dividido em três módulos. O primeiro faz
um enquadramento às estratégias de marketing e aborda os
seguintes temas:
5
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
6
ÍNDICE
Introdução 9
I. Objectivos globais 9
II. Perfil do formador 10
III. Plano geral de desenvolvimento dos temas 10
IV. Desenvolvimento temático 12
4.1. Desenvolvimento temático do curso 12
4.2. Desenvolvimento temático por sessão 12
4.2.1. Estratégias de marketing – Enquadramento 12
4.2.2. Marketing mix 13
4.2.3. Análise de mercado 14
V. Actividades / exercícios formativos 15
MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
5.1. Módulo I – Estratégias de marketing – Enquadramento 15
5.2. Módulo II – Marketing mix 15
5.3. Módulo III – Análise de mercado 15
VI. Instrumentos de avaliação 16
VII. Resoluções / soluções das actividades / exercícios
e instrumentos de avaliação 17
7.1. Módulo I – Estratégias de marketing – Enquadramento 17
7.2. Módulo II – Marketing mix 17
7.3. Módulo III – Análise de mercado 19
7.4. Instrumentos de avaliação 20
VIII. Bibliografia aconselhada 21
IX. Auxiliares didácticos complementares 21
X. Lista de contactos úteis 21
XI. Textos para aprofundamento do tema e conteúdos temáticos 23
XII. Transparências 50
7
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
8
INTRODUÇÃO
O Manual “Marketing Estratégico para PME’s” pretende fornecer ferramen-
tas e conceitos que possibilitem o desenvolvimento de estratégias de marke-
ting mais eficientes nas empresas onde estão ou virão a estar inseridos.
Pré-requisitos – Destinatários
São destinatários desta acção de formação activos que possuam o nível de for-
mação IV e/ou V.
9
II. PERFIL DO FORMADOR
10
A. COMPONENTE DE FORMAÇÃO HORAS
DESIGNAÇÃO DOS MÓDULOS: T P TOTAL
1. ESTRATÉGIAS DE MARKETING -
ENQUADRAMENTO:
a. Aplicar conceitos de estratégia empresarial; 6 1,3 7,3
2. MARKETING MIX:
a. Definir os estágios do ciclo de vida do produto, identi-
ficando as estratégias para cada um deles;
3. ANÁLISE DE MERCADO:
a. Definir segmentação e conhecer os elementos a seg-
mentar;
11
IV. DESENVOLVIMENTO TEMÁTICO
TABELA 4.1
Curso: Marketing Estratégico para PME's Horas: 37,30
1. Estratégias de *Formativa
marketing – 7,30 h 1.ª • Questões
Enquadramento Na compo- • Exercícios
nente teórica e
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
12
TABELA 4.2
Curso: Marketing estratégico para PME's
Módulo: Estratégias de marketing - Enquadramento Data de início / conclusão: 1ª Sessão à 1ª Sessão
Local: Nome do formador: Assinatura:
1. Aplicação *Formativa
de conceitos No final
de estratégia do módulo
Os formandos empresarial; deverão ser
deverão realizados
ser capazes 2. Identificação • Expositivo; • Slide Show; 7,30 h os exercícios
de identificar e explicação •Interrogativo; • Computa- constantes
a estratégia das estratégias • Activo. dor; no manual
de uma empresa de Ansoff; • Quadro; do forman-
e agir • Fotocópias. do e no
em consonância 3. Identificação manual do
com a mesma. e caracterização formador
das estratégias para este
competitivas. módulo.
TABELA 4.3
Curso: Marketing estratégico para PME's MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
Módulo: Marketing Mix Data de início / conclusão: 2ª Sessão à 3ª Sessão
Local: Nome do formador: Assinatura:
1. Definição *Formativa
Os formandos dos estágios No final
deverão do ciclo de vida do módulo
ser capazes do produto, deverão ser
de aplicar as identificando realizados
diferentes as estratégias • Expositivo; • Slide Show; 15,00 h os exercícios
estratégias para cada um •Interrogativo; • Computa- constantes
aos elementos deles; • Activo. dor; no manual
do marketing • Quadro; do forman-
mix conforme 2. Aplicação • Fotocópias. do e no
a fase do ciclo dos modelos manual do
de vida em que de portefólio a formador
se encontram. qualquer produto para este
ou unidade módulo.
de negócio;
13
(continuação)
3. Distinção *Formativa
Os formandos dos modelos No final
deverão de portefólio; do módulo
ser capazes deverão ser
de aplicar as 4. Escolha realizados
• Slide Show;
diferentes da estratégia os exercícios
• Expositivo; • Computa-
estratégias do produto, constantes
•Interrogativo; dor; 15,00 h
aos elementos do preço, no manual
• Activo. • Quadro;
do marketing da distribuição do forman-
• Fotocópias.
mix conforme e de publicidade do e no
a fase do ciclo mais adequada manual do
de vida em que à situação da formador
se encontram. empresa e aos para este
seus objectivos. módulo.
TABELA 4.4
Curso: Marketing estratégico para PME's
Módulo: Análise de mercado Data de início / conclusão: 4ª Sessão à 4ª Sessão
Local: Nome do formador: Assinatura:
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
1. Definição
de segmentação
e conhecimento *Formativa
dos elementos No final
a segmentar; do módulo
deverão ser
Os formandos 2. Exemplificação realizados
deverão ser dos elementos • Slide Show; os exercícios
capazes de levar que se encontram • Expositivo; • Computa- constantes
a cabo uma na base •Interrogativo; dor; 7,30 h no manual
análise de mer- da segmentação; • Activo. • Quadro; do forman-
cado. • Fotocópias. do e no
3. Aplicação manual do
dos critérios de formador
posicionamento; para este
módulo.
4. Aplicação
das análises SWOT,
PEST e Cinco Forças.
14
V. ACTIVIDADES / EXERCÍCIOS FORMATIVOS
15
VI. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
PLANO DE MARKETING
1. Produto ou serviço:
• Nome do produto ou serviço.
• Descrição da embalagem, processo de produção, composição, tamanho,
entre outros.
• Apresentação de fotografias ou desenhos do produto e embalagens.
• Identificação de quem o produz.
• Análise do mercado alvo: quem, com que educação, idade, estilo de vida
e sexo.
• Outra informação que considere relevante.
2. Distribuição:
• Onde pode ser adquirido? Franchising? Acordos de distribuição?
Distribuição alargada? Distribuição restrita?
• Vantagens e desvantagens de oferecer o produto nos estabelecimentos
locais.
• Outra informação que considere relevante.
3. Preço:
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
• Preço do produto.
• Custo inerente a diferentes tamanhos.
• Variedade de preços nos estabelecimentos locais.
• Tente estimar os custos do produto – garrafa; caixa; desenho; outros.
4. Promoção:
• Anúncios nos jornais e/ou revistas.
• Reprodução de anúncios no rádio, televisão, ou outros media.
• Outra informação pertinente que faça parte do seu projecto.
16
VII. RESOLUÇÕES / SOLUÇÕES DAS ACTIVIDADES /
EXERCÍCIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
7.1.
Preço
Alto Médio Baixo
Qualidade do produto
17
2. As estratégias de distribuição são três:
• distribuição intensiva;
• distribuição selectiva;
• distribuição exclusiva.
18
7.3. MÓDULO III – ANÁLISE DE MERCADO
1. Não existem respostas certas ou erradas à questão apresentada neste
exercício. Contudo, deverá ser considerada a teoria constante do ponto
3.1.2.1. do manual do formando. Assim, os critérios de avaliação deve-
rão ser os seguintes:
19
3.3.1. do manual do formando. Assim, os critérios de avaliação deverão
ser os seguintes:
20
VIII. BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA
Johnson, G. e Scholes, K. (1999), Exploring Corporate Strategy: Text and Cases (5.ª Ed.),
Londres, Prentice Hall Europe
Kotler, P. (1996), Administração de Marketing: Análise, Planejamento, Implementação e
Controle, São Paulo, Editora Atlas
Porter, M. (1986), Estratégia Competitiva – Técnicas para a Análise de Indústrias e da
Concorrência, Rio de Janeiro, Editora Campus
Wilson, R. M. S. e Gilligan, C. com Pearson, D. J. (1992), Strategic Marketing Management:
Planning, implementation and control, London, Butterworth Heinemann
Recursos
• www.findarticles.com
Óptima fonte de artigos que pode pesquisar por tema. Acesso gratuito.
• www.articles911.com
Artigos sobre empresa e gestão. Gratuitos e disponíveis para download.
• www.meansbusiness.com
Inclui mais de 1000 sumários de livros que podem ser procurados por tema
e comprados a $2.
• www.managementhelp.org
Biblioteca de gestão gratuita com ligações a um conjunto vasto de ferra-
mentas, recursos e materiais
• www.action-learning.org
Comunidade de pessoas em programas de educação contínua do Action
21
Learning Institute – a subscrição é gratuita e permite-lhe acesso a materi-
ais, publicações e programas de educação.
• www.trainingzone.co.uk/resources/library/
A Toolkit Library é um recurso vasto de actividades, briefings, anexos, pro-
gramas, slides, apresentações, papers e outros (em Word, Acrobat,
PowerPoint e outros formatos comuns). Existem cerca de 3500 documentos
de 40 autores com acesso imediato. As cargas têm um custo on-line de £5
por download.
• www.bestofbiz.com
Serviço informativo para executivos, pesquisadores e empresários com
muitos links de material gratuito dirigido pela London Business School.
• www.scotent.co.uk
Informação no local de negócios, eventos em network e seminários por
uma agência escocesa de desenvolvimento económico, fundada pelos
Executivos da Escócia.
• www.ft.com
Notícia de negócio moderna, livre, do FT, com a facilidade para procurar
materiais do arquivo.
• www.cantos.com
Excelentes webcasts e sumários em texto da maior empresa de líderes
ligados ao negócio, updates e notícias disponíveis gratuitamente. Inclui
entrevistas com a gerência sénior nas edições críticas e documentários
entregues em secções concisas. É necessário fazer um breve registo quando
se é utilizador pela primeira vez deste serviço.
• www.myjob.com
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
22
XI. TEXTOS PARA APROFUNDAMENTO DO TEMA
E CONTEÚDOS TEMÁTICOS
RESUMO
O propósito principal deste artigo é proporcionar uma revisão da literatura
pertinente à criação de novos negócios do ponto de vista do marketing estra-
tégico. Inicialmente, são abordadas questões como identificação de oportuni-
dades versus competências centrais, visando a descobrir o melhor equilíbrio
entre as duas variáveis, caso exista alguma relação. Outros importantes aspec-
tos no desenvolvimento de novos negócios são discutidos como posiciona-
mento, estratégias de desempenho e crescimento, arquitectura organizacio-
nal e novos modelos de marketing de relacionamento. Enfatiza-se, ainda, o
paradoxo que uma melhor estrutura organizacional melhor poderia resultar
da falta de qualquer estrutura. O texto explora também a nova tendência no
marketing de relacionamento, segundo a qual uma forma de fazer negócio,
menos agressiva e mais elegante, poderia substituir o velho modelo contratu-
al frio e racional, no limiar do próximo século. MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem o objectivo de examinar a literatura voltada para cria-
ção de novos negócios sob o enfoque de marketing estratégico. A metodolo-
gia adoptada procurou, inicialmente, trabalhar questões como identificação
de oportunidades versus reconhecimento de competências centrais. Em segui-
da, foram abordados aspectos referentes a posicionamento, com destaque
para os riscos de um posicionamento à revelia da empresa que pode advir de
um marketing mix equivocado. Foram discutidas, ainda, opções estratégicas
disponíveis de autuação, com base nas propostas de Porter, e estratégias de
crescimento comentadas à luz do timing da empresa. Uma breve revisão de
modelos de arquitecturas organizacionais abordou questões relevantes como
as dificuldades por que passam empresas em rápido crescimento. Por último,
foi apresentado um modelo de marketing de relacionamento como suporte
ao processo estratégico. O modelo considera não somente a satisfação das
necessidades do consumidor, como acção fundamental da organização con-
23
temporânea, mas também a rede de relacionamentos “colaborativos” que se
formam com todos os participantes da cadeia de valor como fornecedores,
fabricantes, distribuidores e clientes. Trata-se, portanto, de uma forma eficaz
e menos agressiva de autuação no mercado e de convívio com os competido-
res. O antigo formato, frio e racional, que permeia os relacionamentos de
negócio com base em contratos formais vive um processo de declínio e apro-
xima-se da extinção.
Identificação de Oportunidades
A atenta observação do ambiente económico e sectorial é sem dúvida uma das
melhores fontes de descobertas de novos negócios. Muitos foram os produtos
e serviços criados a partir de sinalizações emanadas do mercado. A rapidez
imposta pela tecnologia da informação, por exemplo, praticamente obrigou as
empresas financeiras a adoptarem os serviços de office banking para se torna-
rem mais ágeis nas decisões financeiras. A Internet está promovendo uma ver-
dadeira revolução na maneira de realizar negócios das empresas em geral. E
nem sempre aquelas organizações tradicionais e bem estabelecidas são as que
saem na frente quando as mudanças ocorridas no ambiente são descontínuas,
num rompimento radical com o passado. Haja vista a grande quantidade de
novas empresas que têm se destacado, no comércio eletrônico, como Amazon,
Yahoo, Dell Computers, e-Bay etc., todas em sua maioria, com poucos anos de
vida. O modelo tradicional de planejamento proposto por Andrews3, em 1965,
que é cíclico, está se tornando insuficiente para lidar com um ambiente extre-
mamente dinâmico e em constante processo de mutação. Os sistemas de moni-
toramento ambiental precisam atuar em tempo real e não somente no perío-
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
24
Competências e Vocações
Uma das etapas fundamentais da administração estratégica de marketing é o
que Aaker6 chama de auto-análise. Trata-se de um levantamento que visa a
obter um entendimento detalhado sobre aspectos estratégicos como análise
de performance, forças, fraquezas e problemas da organização. É um momen-
to de grande importância para os profissionais de uma empresa já que dá
oportunidade aos mesmos de refletirem, de forma honesta, sobre fraquezas
e capacidades da organização. É preciso ter bem claro o rol de competências
da empresa. É fundamental que a organização tenha consciência de suas
habilidades essenciais dentro do processo de construção de sua estratégia.
Prahalad e Hamel7 batizaram estas habilidades de competências centrais (core
competences), que eles definem como vocações naturais centradas em pesso-
as-chave que devem servir a toda a organização e não somente a uma divisão.
As competências centrais se formam a partir do aprendizado coletivo da orga-
nização e envolvem a coordenação de habilidades diversas de produção e a
integração de correntes múltiplas de tecnologia. Mas é preciso estar atento,
pois esse processo de aprendizagem nem sempre ocorre de forma fluida e
intensa, principalmente em grandes corporações. A arquitetura organizacio-
nal de grandes empresas nem sempre permite que as habilidades aflorem
naturalmente. Ao contrário, não é incomum que capacidades sejam abafadas
logo no início do processo criativo. Bartlett e Ghoshal8 destacam o aprendiza-
do como atributo inato ao ser humano, que famílias, clãs e comunidades evo-
luíram ao longo do tempo, compartilhando informações e sintetizando
conhecimentos como centro das interacções sociais e propulsores do progres-
so colectivo. Mas estes mesmos autores alertam para o fato de que corpora-
ções modernas são concebidas de forma a restringir, impedir e mesmo matar MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
este instinto natural humano. Fica claro que a etapa conhecida na administra-
ção estratégica como auto-análise, que parece um processo óbvio de listar
pontos fortes e pontos fracos da organização, acaba não se tornando uma
actividade tão simples.
25
e em caso de sinalizações positivas do mercado, a empresa deve responder
rapidamente, transformando estes experiências em produtos e serviços. A
observação atenta do desempenho das áreas operacionais da empresa e o foco
nas habilidades básicas têm sido uma questão basilar do pensamento estraté-
gico actual. É fazer com que a organização se auto-descubra e libere experti-
ses contidas nas morosas interconexões corporativas. Prahalad11 sustenta que
“Competir pelo futuro não é simplesmente fazer previsões. É também ter um
forte desejo de ser rentável nos negócios actuais, um desejo que pressione
enormemente a organização para que ela eleve seu nível de desempenho. É
criar um círculo virtuoso, na organização, no qual você esteja inventando
novos negócios continuamente, novas fontes de lucro e aumentando sempre
a capacidade de alavancagem e rentabilidade dentro dos negócios actuais -...”
26
para se posicionar em relação aos competidores ao atender as necessidades e
desejos de seu mercadoalvo. Este autor conclui que o conceito de posiciona-
mento indica como a organização gostaria que os clientes percebessem o
composto de marketing ou marketing mix.18 Uma característica fundamental
do posicionamento é que, embora ele se inicie por meio de produtos, serviços,
instituições ou pessoas, ele, de fato, ocorre na mente dos consumidores, con-
forme atestam Ries e Trout.19 A disputa que as empresas travam para serem
reconhecidas pelo mercado naquilo que fazem acontece, realmente, na cabe-
ça dos clientes. Portanto, quando um bom trabalho de posicionamento é feito
é muito difícil desbancar a empresa que o fez.
Mas não basta que, ao delinear sua estratégia, a organização elabore progra-
mas de ação para fixar-se na mente de seu público-alvo em atributos como
preço, qualidade, imagem, pós-venda, design, etc. É preciso que o público-
alvo assim reconheça a empresa. Ou seja, faz-se mister que o cliente identifi-
que a organização por este atributo ou grupo de atributos estratégicos. Nem
sempre o consumidor reconhece a organização da maneira como esta almeja
em seus planejamentos. Empresas do ramo químico ou petroquímico, por
exemplo, precisam estar muito atentas às suas imagens institucionais, em
razão de serem vulneráveis a acidentes ecológicos como aqueles ocorridos no
Alaska (Exxon), em 1989, na Suiça (Sandoz), em 1987, Cubatão (Petrobrás), em
1988. Portanto, quando a empresa não se posiciona bem frente a seu públi-
co-alvo este último “assume”, por conta própria, um posicionamento para
esta empresa20. Não é incomum que grandes corporações sejam reconhecidas
por seu público como “arrogantes”, “insensíveis”, “poluidoras” em razão de
terem perdido a capacidade de ouvir os próprios consumidores e outros públi- MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
cos uma vez que foram acometidas pelos males do gigantismo. E a alta admi-
nistração destas grandes empresas, por estarem longe dos consumidores,
levam muito tempo até acreditarem de que forma estes consumidores verda-
deiramente percebem a organização.
Estratégias de Actuação
Definir a estratégia de actuação é uma das decisões mais importantes, após a
decisão de entrar em um novo negócio ter sido tomada. Vários caminhos
podem se apresentar. Michael Porter21 apresenta três formas de actuação que
chamou de estratégias competitivas genéricas, quais sejam: liderança no custo
total, diferenciação e enfoque.
27
ciona retornos acima da média, mesmo em ambientes de intensa concorrên-
cia. A diferenciação significa criar algo único dentro do âmbito da empresa. A
diferenciação pode ser por imagem da marca (Nike), tecnologia (Intel), rede
de fornecedores (Volkswagem, Resende,RJ), etc. A diferenciação, também,
produz retornos acima da média, pois gera maior lealdade e menor sensibili-
dade a preços por parte dos consumidores, o que produz maiores margens. A
estratégia de enfoque consiste em concentrar-se num determinado segmento
de clientes, numa linha de produtos ou num mercado geográfico. A premissa
que está por trás desta estratégia é que a empresa é capaz de atender seu alvo
estreito melhor que qualquer concorrente. O enfoque permite retornos acima
da média, uma vez que produz custos baixos em comparação com os da indús-
tria. É interessante notar que Porter só acredita no sucesso de suas estratégias
desde que cada uma delas seja adoptada de maneira exclusiva. Ou seja, não
se pode adoptar, concorrentemente, mais de uma das estratégias genéricas
sob o risco de se atingir um estado apático que aquele autor chamou de meio-
termo. Trata-se de uma situação estrategicamente pobre, que pode levar a
uma baixa rentabilidade, uma vez que a empresa perde negócios de grandes
volumes, pois, por não ter custos baixos, não pode oferecer preços baixos, e
perde, da mesma forma, negócios com margens altas, tendo em vista que não
se conseguiu diferenciação suficiente.
O trabalho de Porter tem sido alvo de críticas diversas. Carneiro et.al22 fizeram
um levantamento das principais restrições às estratégicas genéricas. Com rela-
ção à liderança no custo total, os destaques são os seguintes:
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
28
Estratégias de Crescimento
Crescer por meio de um novo negócio pode exigir muita criatividade dos pro-
fissionais envolvidos no processo. Conforme já comentado anteriormente, as
melhores oportunidades não costumam ser evidentes nem fáceis de identifi-
car. Kotler24 apresenta as oportunidades de crescimento em três classes princi-
pais, quais sejam: crescimento intensivo, crescimento integrado e crescimento
diversificado.
29
adquirentes não tinham sinergia de negócio com as empresas adquiridas, o
que causou muitos insucessos. Mas, no caso de negócios em fase de declínio,
como a indústria de cigarros, a diversificação pode ser uma boa saída. É muito
comum grandes fabricantes de cigarros entrarem no negócio de alimentos,
como foi o caso da compra da RJR Nabisco pela Philip Morris.
30
ções, etc. Portanto, negócios que afloram a partir de empresas que estão nas-
cendo acabam tendo vantagem do ponto de vista de organização interna em
relação a grandes corporações. Os maiores problemas relativamente à organi-
zação costumam surgir juntamente com o aumento de tamanho das empre-
sas. É interessante notar que as soluções organizacionais que vão surgindo e
evoluindo costumam ser respostas ao problema de administrar estruturas pro-
dutivas gigantes. Mas estas estruturas, amiúde, estão voltadas para o operaci-
onal, para o funcionamento da grande empresa, restando pouco espaço, mui-
tas vezes, para a geração de novos negócios. Tendo em vista a importância do
fator organização no surgimento de um novo negócio, vale a pena revisar as
estruturas organizacionais mais conhecidas. Considere-se, inicialmente, a
estrutura simples, que, no mundo real, é equivalente a inexistência de estru-
tura formal. É o tipo de organização, comumente adotado em pequenos
negócios, onde o próprio dono costuma levar a cabo a maioria das atividades
da empresa.27 Existem poucas divisões das funções gerenciais, não havendo
uma clara definição de quem é responsável por quê. Vale destacar que este é
um dos tipos de organização mais favoráveis à criação de novos negócios. São
empresas pequenas e ágeis cujas atividades giram em torno do brilhantismo
de um ou mais sócios. Mintzberg28 aponta a organização administrada pelo
proprietário como o caso clássico da organização empreendedora, a qual pro-
cura ambientes dinâmicos, simples e não regulados. Mas a estrutura simples
tem seus problemas. Tudo fica muito na dependência do sócio-fundador, que
costuma ser bastante centralizador; na falta dele, a empresa fica órfã. Com o
crescimento, vem a complexidade e, aí, a estrutura simples torna-se insuficien-
te para lidar com as operações. É preciso dividir as responsabilidades e fun-
ções. A partir deste momento, é possível que a estrutura funcional passe a ser MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
mais produtiva do ponto de vista das operações. A estrutura funcional tem
por base as funções primárias que devem ser desempenhadas pela empresa29
como produção, finanças, marketing, recursos humanos. Este é um tipo de
organização mais adequado a empresas de médio porte, com uma estreita
linha de produtos. Esta estrutura apresenta vantagens como um maior con-
trole sobre as operações por parte da alta administração, em razão da fluidez
natural com que as informações trafegam na empresa. Mas, com o crescimen-
to, esta organização pode se tornar lenta, uma vez que os executivos do alto
escalão passam a acumular demandas em excesso referentes ao dia-a-dia ope-
racional, negligenciando a função estratégica em muitos casos. Quando as
operações aumentam muito, juntamente com a diversidade de produtos ofer-
tados, outro tipo de organização pode passar a ser mais interessante, do
ponto de vista da eficácia, a estrutura multidivisional. Foi o que aconteceu
com a General Motors30, no começo deste século, quando, sob o comando de
Alfred Sloan, criou diversas divisões (Cadillac, Buick, Oakland, Olds e
Chevrolet) que passaram a projetar diferentes carros para diferentes segmen-
31
tos de mercado, mediante uma proposta de variedade de produtos. Sloan
reergueu a GM, superando, em muito, a Ford que insistia, no conservadoris-
mo de seu fundador, em oferecer um mesmo produto, o Modelo T, na mesma
cor preta, a uma sociedade consumidora americana que se tornava cada vez
mais desejosa de diversidade. A estrutura multidivisional é composta de uni-
dades responsáveis por um mercado, serviço ou produto definido.31 Dentro de
cada divisão, por exemplo, costumam atuar estruturas funcionais como finan-
ças, marketing, recursos humanos. É como se cada divisão fosse uma empresa
independente, mas sob a orientação de um escritório central, responsável
pela arquitetura estratégica da corporação. Uma das grandes vantagens deste
tipo de estrutura é que cada divisão pode se concentrar nas oportunidades e
problemas de seu ambiente particular de negócio. Há dedicação exclusiva do
executivo chefe da divisão aos negócios da divisão, o que aumenta sobrema-
neira a eficiência da unidade. Como desvantagens, esta estrutura traz a ques-
tão da delimitação da responsabilidade do gerente da divisão, ou seja, quan-
to poder deve ter este gerente vis-à-vis o escritório central; o conflito da dis-
puta que as divisões realizam por recursos da empresa-mãe; e a duplicação de
funções em cada divisão. Prahalad32 condena a forma como as divisões dispu-
tam e retêm pessoas de alta capacidade, impedindo que as core competences
sejam exploradas pela corporação como um todo. Como resposta às limita-
ções da organização multidivisional deu-se o surgimento da estrutura matri-
cial. Trata-se de uma combinação de estruturas como por exemplo produto
versus geografia, ou funcional versus divisional operando em tandem33. As
vantagens do modelo matricial são muitas, destaque devendo ser dado à inte-
gração que o mesmo promove entre as áreas técnicas, produtoras de conhe-
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
32
A Organização Segundo a Teoria dos Custos de Transação
33
determinado contrato são conhecidos por apenas uma das partes. Um exem-
plo clássico é a venda de um carro usado. Normalmente, o vendedor conhece
bem o veículo e não costuma abrir este conhecimento para o comprador, o
qual tem de confiar no caráter daquele, se quiser fazer o negócio. A informa-
ção privilegiada pode dar espaço para comportamentos oportunistas.
34
isto, o mais irônico em relação à organização é que um dos modelos mais efi-
cientes, do ponto de vista da geração de um novo negócio, é justamente a
estrutura simples, que é, na verdade, a ausência de estrutura. É o formato que
predomina nos negócios pequenos e emergentes, onde a liberdade para criar
é a palavra de ordem.
O Modelo de Relacionamento
A discussão sobre a evolução e influência da organização nos novos negócios,
discorrida no item anterior, remete a importantes questões acerca da manei-
ra como os relacionamentos inter-empresas devem ocorrer no terceiro milê-
nio. Quais serão os fatores críticos para o bom relacionamento entre empre-
sas? Os modelos atuais de relacionamento devem perdurar? Quais caracterís-
ticas deve ter um futuro modelo de relacionamento transorganizacional?
35
Dahlstrom conclui que o importante para a atividade administrativa é reco-
nhecer o contexto e o tipo de regulamentação nas quais as transações ocor-
rem. Com o aumento dos níveis de investimentos e maior volatilidade do
ambiente, a organização deve buscar decisões compartilhadas com outras
empresas visando a obter eficiência. Se estas não forem as condições, talvez
seja mais interessante que as transações ocorram no âmbito de mercado. As
transações que acontecem sob a égide do relacionamento mercado obtêm um
nível satisfatório de eficiência com baixos custos irrecuperáveis (sunk costs)42 e
mínimas expectativas de qualidade, serviços e entrega. Mudanças importan-
tes no modo como as empresas interagem umas com as outras estão sendo
registradas. As formas como o poder é utilizado dentro destas malhas de rela-
cionamento são diversas. Weitz e Jap43 identificaram que profissionais e aca-
dêmicos têm mudado o foco de interesse, no que diz respeito a relacionamen-
to de canais, da estrutura corporativa e convencional, que utiliza o poder
como base, para relacionamentos entre empresas independentes envolvendo
mecanismos normativos e contratuais de controle. Isto está ocorrendo, segun-
do estes autores, devido a três fatores principais, quais sejam: o desencanta-
mento com a integração vertical; a consolidação e o aumento de poder de
canais intermediários como atacadistas e varejistas; e o reconhecimento de se
obterem vantagens estratégicas mediante o gerenciamento das atividades de
canal. Weitz e Jap44 criticam, também, o enfoque estreito e unilateral da
Teoria dos Custos de Transação (Williamson45) , onde a estrutura principal-
agente implica o uso unilateral de controles por parte do principal, sem a
importante participação da outra parte (agente) proporcionada pelo relacio-
namento bilateral. Weitz e Jap concluem que é necessário um melhor enten-
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
36
orientadas para produção, altamente padronizadas, buscavam custos baixos e
altos volumes de produção. Este modelo funcionou bem numa época em que
os mercados eram relativamente estáveis e o poder aquisitivo do consumidor
baixo. Com a afluência do mercado, a partir da Segunda Guerra Mundial, os
consumidores tornaram-se mais exigentes e endinheirados, fazendo com que
as empresas se voltassem mais a produtos e mercados. Foi a era das corpora-
ções multidivisionalizadas. Mas estas mostraram-se limitadas em termos de
coordenação interfuncional, dando lugar ao surgimento das estruturas matri-
ciais que enfatizavam os relacionamentos laterais, aproximando as atividades
de P&D às áreas funcionais. Os novos modelos de organização procuram apro-
veitar ao máximo a rapidez, flexibilidade e agilidade proporcionadas pelos
avanços da tecnologia da informação, principalmente a facilidade com que as
empresas podem operar em redes mun diais, podendo a Internet ser conside-
rada um exemplo clássico do final dos anos noventa. Entre os autores que
desenvolvem modelos de relacionamento de rede, destaca-se Achrol47, que
enfatiza que, na network organization, a satisfação das necessidades do clien-
te é um objetivo importante para a atividade de marketing, mas não suficien-
te. A ênfase deve ser em desenvolver um relacionamento duradouro baseado
numa estrutura de benefícios de longo prazo e afinidade mútua entre com-
pradores e vendedores. Novos elementos foram adicionados ao relaciona-
mento, como, por exemplo, confiança, compromisso, normas sociais, etc. O
interrelacionamento entre empresas deve evitar o modelo tradicional, onde
planejamento, adaptações e a resolução de disputas costumam acontecer com
base em barganha e negociação. Relacionamentos duradouros devem, prefe-
rencialmente, estar suportados em normas definidas e gerenciadas de forma
coletiva pelas empresas participantes. MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
37
manufatura. Trata-se, na verdade, de uma “aliança funcional” já que todo o
processo parece uma grande terceirização coordenada por uma empresa-
mãe. O novo modelo de produção adotado por grandes montadoras de auto-
móveis, onde os fornecedores instalam-se dentro daquelas, e os relaciona-
mentos se dão de forma eletrônica, via EDI, pode ser um bom exemplo de
rede vertical de mercado. A rede intermarket ou intermercado é um fenóme-
no das economias japonesas e coreanas. São as chamados keiretsu e chaebol,
definidas como afiliações institucionalizadas entre empresas que operam em
diferentes indústrias e firmas ligadas por relacionamento vertical com estas,
caracterizadas por fortes interconexões em compartilhamento de recursos,
decisões estratégicas, cultura, identidade e padrões de ação coletiva. O ele-
mento que mantém toda a rede intermercado coesa é um elaborado padrão
de interdependência e reciprocidade. A rede oportunidade pode ser definida
como um grupo de empresas especializadas em diversos produtos, tecnologi-
as, ou serviços que se coordenam em torno de projetos ou problemas tempo-
rários. A idéia central da rede oportunidade é uma organização de marketing
especializada em coletar e disseminar informações de mercado, negociando,
coordenando projetos para clientes e fornecedores, e regulamentando
padrões de produto e de comportamento para as empresas participantes da
rede. Seriam espécies de pequenas empresas de consultorias, ágeis e flexíveis,
com capacidade de aprender (learning organization) a cada novo projeto
temporário em que se envolvam.
38
por confiança mútua. Cada empresa-membro dentro da rede espera que os
outros membros ajam de forma sincera, leal e não oportunista. Achrol49
comenta que confiança envolve risco, fé e um sistema de auto-verificação.
Risco porque implica alguma incerteza sobre resultados, exigindo que se abra
mão, em parte, de influência e controle. Fé, porque quando condições de fé
mútua podem ser estabelecidas, comportamentos envolvendo a tomada de
risco podem ter lugar. A autoregulamentação porque o sistema deve ter con-
dições de se auto-verificar ao invés de ser gerido por autoridade. As normas
sociais, nas trocas, são padrões de expectativa e aceitação de sentimentos e
comportamentos compartilhados pelos membros de um sistema de trocas que
têm força de obrigações e pressões sociais50. Cinco normas são levantadas pela
literatura: solidariedade, mutualidade, flexibilidade, integridade de papéis e
harmonização de conflitos. A solidariedade é o senso de unidade entre os
membros de uma rede. É uma norma de estabilidade, preservação e às vezes
de sacrifício. Mutualidade diz respeito a agir no interesse coletivo, comparti-
lhando futuros benefícios e prejuízos. Flexibilidade pode ser definida como
expectativas bilaterais de que os termos de troca econômica estão sujeitos a
modificações e adaptações, caso mudanças ambientais assim o exijam.
Integridade de papéis, em relacionamentos de longo prazo como entre as
network organization, assume uma intricada rede de normas internas, costu-
mes sociais e expectativas futuras. A harmonização de conflitos nos relaciona-
mentos network pode ser definida como um espírito de acomodação mútua,
onde os sentimentos devem estar voltados para a resolução de conflitos. Os
benefícios da network organization são conseguidos quando se reconhece os
ganhos gerenciais e econômicos que emergem quando a rede é concebida
como uma mini-sociedade de trocas interdependente, recíproca, caracteriza- MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
da por restrição de poder, compromisso, confiança, solidariedade, mutualida-
de, flexibilidade, integridade de papéis e harmonização de conflitos.
Conforme o próprio Achrol afirma, tratam-se de variáveis e processos relativa-
mente novos para pesquisadores em marketing, formando um sistema de
gerenciamento bastante novo para os administradores nos Estados Unidos. É
possível afirmar que trata-se de um sistema novo para a cultura ocidental de
uma maneira geral, muito acostumada ao individualismo empresarial e à reso-
lução de conflitos via litígio.
CONCLUSÕES
O presente estudo teve o objetivo de analisar a literatura contemporânea
sobre criação de novos negócios sob o enfoque do marketing estratégico. O
método seguido foi revisar desde a identificação das oportunidades, passan-
do pelo reconhecimento de competências internas, posicionamento de mer-
cado, estratégias de atuação, modelos de organização, até a discussão de
novos modelos de marketing de relacionamento. Algumas constatações
39
importantes foram levantadas ao longo das discussões sobre a criação de
novos negócios. Na fase inicial, de identificação de oportunidades, por exem-
plo, verificou-se que o monitoramento ambiental deve ser uma atividade con-
tínua e não pontual, como recomenda o tradicional modelo de planejamen-
to de marketing. Sobre a análise interna, percebeu-se o quão importante é
manter um ambiente dentro da organização que permita que a criatividade
aflore naturalmente, trazendo novas ideias de negócio, processo que costuma
ser abafado, restrito ou mesmo sufocado em pesadas estruturas de grandes
empresas. Mas o fato de a organização saber que tem competências centrais
per si não é suficiente; é essencial que habilidades sejam levadas a mercado
de forma não-míope, ou seja, o objetivo precípuo deve ser a satisfação de
necessidades do consumidor e não a criação de novos produtos. Quanto ao
posicionamento, viu-se que todo o esforço de combinar um mix ideal de
marketing tem por finalidade encontrar um espaço na mente do consumidor.
É preciso estar atento para os posicionamentos que ocorrem à revelia da
empresa, ou seja, o público-alvo não entende a estratégia que a organização
tentou comunicar e assume um entendimento próprio e distorcido. Com rela-
ção às estratégias de atuação e de crescimento verificou-se que, a despeito de
todo o rol de possibilidades existentes, é fundamental que cada organização
tenha a sensibilidade necessária para escolher as soluções que melhor se ajus-
tem à sua realidade de negócios, devendo ser evitados os modismos do
momento. Sobre organização, desperta a atenção o fato de que as arquitetu-
ras organizacionais, que evoluíram ao longo do tempo, geralmente, procuram
resolver o problema de administrar estruturas produtivas cada vez maiores.
Pouco interesse, no entanto, tem sido direcionado a estruturas organizacio-
FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
nais que sejam capazes de criar novas alternativas de negócios de forma sus-
tentada, revelando equipes de grande valor e reconhecendo competências
centrais da empresa. Vale lembrar que uma das estruturas organizacionais
mais criativas é justamente aquela em que não há estrutura alguma, como em
pequenos negócios emergentes. Por fim, foram apresentados novos modelos
de marketing de relacionamento, onde não somente a satisfação do consumi-
dor é levada em conta, mas também o modo como a empresa trabalha o seu
relacionamento com toda a cadeia de valor, como fornecedores, distribuido-
res e outros públicos. Procurou-se destacar os benefícios das novas organiza-
ções de rede, que podem predominar em futuro próximo, onde os ganhos
gerenciais e económicos advêm de trocas que ocorrem em ambiente caracte-
rizado por restrição de poder, compromisso, confiança, solidariedade, mutua-
lidade, flexibilidade, integridade de papéis e harmonização de conflitos.
40
1 Bacharel, Mestre e Doutorando em Administração de Empresas pela Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo com especia-
lização em Marketing. Desenvolve pesquisas acadêmicas nas áreas de desenvolvimen-
to de novos produtos, marketing estratégico, adoção de tecnologia e marketing no
comércio eletrônico. E-mail: costaf@uol.com.br.
2 Professor Titular do Departamento de Administração da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da USP. E-mail: gltoledo@usp.br.
3 Andrews, Kenneth R. In Mintzberg, Henry; Quinn, J.B - The strategy process: concepts,
contexts, and cases - Prentice-Hall, Inc., 1996.
4 Aaker, David A. - Developing Business Strategies, John Wiley & Sons, Inc. 1995, p 12.
5 Levitt, Theodore, A Imaginação de Marketing, Atlas, 1985, p. 22.
6 Aaker, David A., op.cit., p. 22.
7 Prahalad, C.K; Hamel, Gary - The Core Competence of the Corporation - Harvard
Business Review, May/June, 1990, pp 79-91.
8 Bartlett, C.A.; Ghoshal, S. - Beyond Strategic Planning to Organization Learning:
Lifeblood of the Individualized Corporation - Strategy & Leadership, Jan/Feb, 1998, pp
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9 Zaccarelli, Sergio B. - A Moderna Estratégia nas Empresas e o Velho Planejamento
Estratégico - Revista de Administração de Empresas, vol 2, n° 5, pp.21-26.
10 Anderson, E.; Day, George S.; Rangan, V.Kasturi - Strategic Channel Design - Sloan
Management Review, Summer 1997, pp 59-69.
11 In Gibson, Rowan - Repensando o Futuro, Makron, 1998, p. 44.
12 Andrews, Kenneth R. In Mintzberg, Henry; Quinn, J.B, op.cit., p. 48.
13 Levitt, Theodore, Miopia em Marketing, Harvard Business Review, 1960
14 Kotler, Philip - Administração de Marketing – Editora Atlas, 1994, p. 75.
15 Cravens, David W. - Strategic Marketing – Richard D.Irwin Inc., 1994, pp 12-13. MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
16 As pessoas consomem com base em suas necessidades.
17 Cravens, David W., op.cit. p. 99.
18 Os 4 ps do modelo de Jerome McCarthy.
19 Ries, Al; Trout, Jack - Posicionamento - A batalha pela sua mente - Pioneira, 1996.
20 Rubens Costa Santos, publicação interna. Programa de Doutorado/FEA -
Universidade de São Paulo. 1998.
21 Porter, Michael - Estratégia Competitiva - Campus, 1986, pp. 49-54.
22 Carneiro, J.M.T.; Cavalcanti, M.A.F.D.; Silva, J.F. - Porter Revisitado: Análise Crítica da
Tipologia Estratégica do Mestre - Enanpad, 1997 - Rio das Pedras, RJ.
23 Mintzberg, Henry, Generic Strategies: Toward a Comprehensive Framework,
Advances in Strategic Management, v.5 JAI Press Greenwich - CT pp.1-67, 1988 IN
Carneiro, J.M.T.; Cavalcanti, M.A.F.D.; Silva, J.F., op.cit.
24 Kotler, Philip, op.cit., pp. 81-83.
25 Ansoff, Igor - Strategies for diversification. Harvard Business Review, Sep/Oct, 1957,
p.114 In Kotler, Philip, op.cit.
41
26 Business Week -, Latin American Edition/May 31, 1999, pp. 48-55 - In the Ring: eBay
vs Amazon.com.
27 Gerry, Johnson - Exploring Corporate Strategy: text and cases - Prentice Hall interna-
tional (UK) Ltd, 1989.
28 Mintzberg, Henry - Criando Organizações Eficazes - Atlas, 1995.
29 Gerry, Johnson, op.cit.
30 Milgrom, Paul; Roberts, John - Economics, Organization and Management - Prentice
Hall, 1992
31 Gerry, Johnson, op.cit.
32 Prahalad, C.K; Hamel, Gary - The Core Competence of the Corporation - Harvard
Business Review, May/June, 1990, pp 79-91.
33 Gerry, Johnson, op.cit.
34 Smith, Adam - A Riqueza das Nações - Investigação Sobre sua Natureza e suas Causas
- São Paulo, Abril Cultural, 1983.
35 Coase, R.H. - The Firm, The Market and The Law – The University of Chicago Press,
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36 Mercado: uma coleção de compradores e vendedores que interagem, resultando na
possibilidade de troca -Pindyck, R.S.; Rubinfeld, D.L. - Microeconomics -Prentice-Hall,
Inc., 1995.
37 Milgrom, Paul; Roberts, John - Economics, Organization and Management - Prentice
Hall, 1992.
38 Milgrom, Paul; Roberts, John., op.cit.
39 Weitz, B.A.; Jap, S.D. - Relationship Marketing and Distribution Channels - Journal of
the Academy of Marketing Science. vol.23, n° 4, pp 305-320.
40 Dahlstrom, R.; McNeilly, K.M.; Speh, T.W. - Buyer-Seller Relationships in the
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FORMADOR MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S
44
REVISTA FAE BUSINESS NÚMERO 8 MAIO 2004
Marcos Kathalian
Graduado em Comunicação Social, mestre em Multimeios
e professor da FAE Business School.
E-mail: marcosk@swi.com.br
45
• Serviços – Outra vocação da pequena empresa, os serviços são fáceis de
customizar para o nicho, como serviços de consultorias de mercado para
hotelaria ou de agências de propaganda especializadas em atender à
indústria farmacêutica.
46
em função de oscilações no mercado, ou de mudanças nas orientações
de seus consumidores, ou mesmo de mudanças mais gerais no ambien-
te tecnológico. Clientes não compram produtos, mas necessidades por
eles satisfeitas. Dizendo de outra maneira, clientes não compram exac-
tamente cereais matinais, mas sim alimentação saudável. É o problema
que Levitt denominava de “miopia de produto”1.
• Especialista em mercados - Existem duas redes varejistas (retalhistas)
cariocas que são especialistas em atender clientes de baixa renda: a
Rede Mundial e a Rede Guanabara. Localizadas sempre em regiões peri-
féricas do Rio de Janeiro, trabalham com mix incomum, entre marcas
conhecidas e regionais, abusam de promoções, comunicam-se de
maneira popular e privilegiam o contacto físico com os clientes.
Resultado: num mercado concentrado como o varejo de alimentos, con-
tinuam crescendo e abrindo novas lojas. A própria Casas Bahia começou
assim. Do mesmo modo, mas em outro extremo, a rede Zona Sul, loca-
lizada na zona sul carioca, especializou-se em atender clientes sofistica-
dos, com mix de produtos importados e marcas finas. E para terminar,
ainda na mesma cidade, a Rede Mundo Verde especializou-se em ofe-
recer a maior variedade possível de alimentos energéticos, naturais,
integrais, biodinâmicos, em suma, associados a uma concepção filosófi-
ca de cunho naturalista.
• Especialista em ocasião - Em Curitiba, existe um pequeno trecho da
Avenida Marechal Deodoro inteiramente especializado em atender a
uma ocasião específica: o casamento. São diversas lojas e serviços que
oferecem tudo de que uma noiva precisa, do convite de casamento aos
serviços de buffet, passando, claro, pelo vestido. Essas não são as únicas, MARKETING ESTRATÉGICO PARA PME’S FORMADOR
nem as melhores opções de especialização, apenas as mais praticadas.
Na verdade, a especialização decorre da própria crescente complexida-
de do mercado, do vigor da economia de serviços e das necessidades de
diferenciação da oferta. Não é um fato que se restringe às pequenas
empresas, pois o diagnóstico que justifica o seu crescimento está pre-
sente nas análises das grandes empresas. Estas, contudo, ainda se deba-
tem para conceber o momento certo, a hora exacta, o tamanho apro-
priado que viabilize a sua operação, já que possuem outros mercados
maiores que oferecem retorno mais rápido. Uma excepção interessante
de grande empresa que trabalha o nicho está no exemplo da Nike, já
que ela costuma atender aos mais diversificados nichos de calçados des-
portivos. Essa empresa concentra-se em Pesquisa e Desenvolvimento,
além de marketing e vendas, terceirizando a produção, o que facilita a
operação do nicho.
47
INTIMIDADE COM O CLIENTE
Diagnostica-se que o clássico marketing de massa morreu, que actualmente
vive-se o micro marketing, o marketing one to one, a segmentação de merca-
do, todos apoiados por ferramentas de análise sofisticadas, como softwares
de banco de dados e CRM2. Se isso é verdade (e as grandes empresas sabem
disso), então por que é tão difícil para elas atender bem o nicho?
Além das razões estruturais da escala, existem dificuldade organizacionais
básicas, como processo decisório hierarquizado, excesso de controlos burocrá-
ticos e sobrecarga de tarefas, além de todos os problemas possíveis gerados
pela customização de uma linha de produção. É exactamente nesse ponto que
a pequena empresa leva vantagem. Ela pode e deve ser flexível, deve reagir
rápido ao mercado e, principalmente, não deve perder o vínculo construído
com o nicho. Especialmente do ponto de vista geográfico, ou mesmo do de
mercado entre empresas, a facilidade para a construção de vínculos de relaci-
onamento baseados no conhecimento das necessidades particulares dos clien-
tes acaba constituindo barreira de entrada importante para outros competi-
dores. Tome-se como exemplo o caso de uma pequena escola de bairro. Além
da conveniência representada pela localização, a única estratégia possível de
sobrevivência para ela é a construção de vínculos de relacionamentos que par-
ticularizem o atendimento, isto é, façam com que o cliente seja atendido de
forma única – já que não existe outra possibilidade de competir.
são os consumidores? Onde eles compram? Quando eles compram? Por que
eles compram? Quais são as necessidades atendidas pelo produto ou serviço,
de fato?
48
restaurantes” (Fiúza-SP) ou em “projectar hospitais”, algumas agências de
design, em projectar embalagens de vidro para a indústria de bebidas (Hy
Design-SP). Muito específico? Tanto melhor, essa é a característica do nicho e
é difícil, por exemplo, imaginar um grande conglomerado de publicidade
querendo competir ou tendo competência para competir aí. O resultado? A
única queixa que elas possuem é de excesso de trabalho.
NOTAS
1 LEVITT, Theodore. Marketing myopia. Harvard Business Review, 1960.
2 Costumer Relationship Management (CRM): sistema de administração do relaciona-
mento com o cliente que integra informações com o objectivo de conhecer melhor o cli-
ente, atendê-lo melhor, fazê-lo comprar mais e retê-lo.
49
XII. TRANSPARÊNCIAS
Marketing estratégico
50
Módulo I
Estratégias de Marketing
– Enquadramento
Objectivos:
51
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
52
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
ACTUAIS NOVOS
1. Estratégia de 3. Estratégia de
ACTUAIS
penetração desenvolvimento
de mercado de produto
MERCADOS
2. Estratégia de
NOVOS
(Estratégia de
desenvolvimento
diferenciação)
de mercado
53
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
• Estratégia de Diversificação
• Concêntrica
• Horizontal
• Conglomerado
• Estratégia de Diversificação
• Concêntrica – atingir uma nova classe de consumi-
dores através da utilização de sinergias tecnológi-
cas e/ou de marketing, semelhantes às dos produ-
tos actuais, em novos produtos.
FORMADOR TRANSPARÊNCIAS
54
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
11
• Diferenciação
– Lançamento de um produto distinto relativamente concorrência
– Diferenciação por forma a reduzir a sensibilidade ao preço
• Focalização
– Especialização num grupo, segmento ou mercado geográfico
12
55
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
VANTAGEM ESTRATÉGICA
14
56
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
• DiferenciaçãoΩ
15
• Focalização
16
57
Módulo I – Estratégias de Marketing – Enquadramento
Exercícios:
17
Módulo II
FORMADOR TRANSPARÊNCIAS
Marketing Mix
18
58
Módulo II – Marketing Mix
Objectivos
19
O Produto
ou desejo
20
59
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
21
O Produto
do produto no mercado
• Maturidade - o produto já atingiu a maioria
dos compradores potenciais
• Declínio - queda nas vendas e um desa-
parecimento dos lucros
22
60
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
Vendas
totais do
mercado
Tempo
23
O Produto
do produto
61
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
25
O Produto
∑ Estratégia ∑ Estratégia
Alto de desnatamento de desnatamento
rápido lento
PREÇO
∑ Estratégia ∑ Estratégia
Baixo de penetração de penetração
rápida lenta
26
62
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
27
O Produto
28
63
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
29
O Produto
30
64
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
31
O Produto
32
65
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
O Produto
• Análise de Produtos
34
66
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Análise de Produtos
• Existem modelos que auxiliam as empresas no posi-
cionamento das suas unidades estratégicas de negó-
cio, que pode assumir a forma de uma divisão,
marca, linha de produtos ou um produto, que são a:
35
O Produto
• Análise de Produtos
36
67
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Análise de Produtos
Figura 2.3 Matriz BCG
Estrelas Pontos de
interrogação
Taxa de crescimento de mercado
Cash flow
óptimo
O Produto
• Análise de Produtos
competitiva da empresa
38
68
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Análise de Produtos
Figura 2.4 Modelo de Portfolio Multifactorial da General Electric
FORÇA DO NEGÓCIO
5,00 Forte Média Fraca
Juntas
ATRACTIVIDADE DE MERCADO
Alta
Bombas Encaixes
hidráulicas aeroespaciais
3,67
Embreagens
Média
Bombas de
combustível
Diagramas
flexíveis
2,33
Válvulas
de
Baixa
escape
1,00
5,00 3,67 2,33 1,00
Investir/Crescer Selectividade/Ganhos Desacelerar/Abandonar
39
O Produto
• Análise de Produtos
• As três células que fazem a diagonal, sugerem que a empresa deve pro-
curar seleccionar na perspectiva de ter lucros, uma vez que a atractivi-
dade global é média
40
69
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Análise de Produtos
41
O Produto
• Análise de Produtos
Figura 2.5 Estratégias de portfolio
POSIÇÃO COMPETITIVA
Forte Média Fraca
PROTEGER A POSIÇÃO INVESTIR PARA CRESCER CRESCER SELECTIVAMENTE
• Investir para crescer o máximo • Desafiar a liderança • Especializar-se em posições
• Concentrar esforços para • Crescer selectivamente nos competitivas bem definidas
Alta manter a posição pontos fortes • Desenvolver habilidades para
ATRACTIVIDADE DE MERCADO
do aumento da produtividade
CRESCER SELECTIVAMENTE SELECTIVIDADE/ÊNFASE EXPANSÃO LIMITADA
• Investir selectivamente nos NO LUCRO OU DESACELERAÇÃO
segmentos mais atraentes • Proteger o programa actual • Procurar maneiras de expan-
Média • Desenvolver habilidades para • Concentrar os investimentos dir sem alto risco ou minimi-
deter os concorrentes em segmentos de boa renta- zar o investimento e raciona-
• Enfatizar a rentabilidade através bilidade e de riscos relativa- lizar operações
do aumento da produtividade mente baixos
70
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Politicas do Produto
43
O Produto
• Politicas do Produto
44
71
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Politicas do Produto
• (Continuação):
– Estratégia de seguidor (as empresas podem optar por copi-
ar o líder; imitar o líder; ou melhorar o produto do líder)
45
O Produto
• Estratégias de Marca
46
72
Módulo II – Marketing Mix
O Produto
• Estratégias de Marca
• (Continuação):
– Criar multimarcas - lançamento de novas marcas na mesma
categoria de produtos. Ex: a Procter & Gamble produz 9
diferentes tipos de detergente em pó.
47
O Produto
• Estratégias de Marca
CATEGORIA DO PRODUTO
TRANSPARÊNCIAS FORMADOR
Existente Nova
Extensão Extensão
Existente
de linha de marca
NOME DA MARCA
48
73
Módulo II – Marketing Mix
O Preço
• Objectivos do preço
49
O Preço
• Objectivos do preço
Preço
Alto Médio Baixo
Qualidade do produto
74
Módulo II – Marketing Mix
O Preço
• Estratégias de preço
51
O Preço
• Estratégias de preço
52
75
Módulo II – Marketing Mix
O Preço
• Estratégias de preço
Figura 2.8 Estratégias de preço
OPÇÕES ESTRATÉGICAS RAZÕES CONSEQUÊNCIAS
1. Manter o preço e a qualidade A empresa desfruta de alta lealdade dos Menor participação de mercado. Menor ren-
percebida. Adoptar o proces- consumidores. Existe disposição para perder tabilidade.
so selectivo dos consumidores. os menos rentáveis para a concorrência.
2. Aumentar o preço e a quali- Aumentar o preço para cobrir o aumento Menor participação de mercado. Rentabili-
dade percebida. dos custos. Melhorar a qualidade para jus- dade mantida.
tificar um preço mais elevado.
3. Manter o preço e aumentar É mais barato manter o preço e aumentar Menor participação de mercado. Redução
a qualidade percebida. a qualidade percebida. da rentabilidade a curto prazo. Aumento da
rentabilidade a longo prazo.
4. Reduzir parcialmente o Conceder alguma redução do preço aos Manutenção da participação de mercado.
preço e aumentar a qualida- consumidores, mas aumentar o valor da Declínio da rentabilidade a curto prazo.
de percebida. oferta. Manutenção da rentabilidade a longo prazo.
7. Manter o preço e reduzir a Reduzir as despesas de marketing para Menor participação de mercado. Manutenção da
qualidade percebida. enfrentar o aumento dos custos. margem. Redução da rentabilidade a longo prazo.
53
A Distribuição
54
76
Módulo II – Marketing Mix
A Distribuição
• Objectivos de distribuição
• Os objectivos de distribuição dos vendedores, dos
produtores e dos intermediários são diferentes
55
A Distribuição
• Objectivos de distribuição
Figura 2.9 Objectivos da distribuição e satisfação do consumidor
Objectivos dos vendedores nos canais de distribuição
• Quota de mercado/segmento
• Objectivo de lucratividade por segmento de mercado
• Lealdade dos membros do canal
• Lealdade do consumidor à marca
56
77
Módulo II – Marketing Mix
A Distribuição
• Estratégias de Distribuição
57
A Promoção
• Plano de Publicidade
78
Módulo II – Marketing Mix
A Promoção
• Plano de Publicidade
• Objectivos da publicidade
59
A Promoção
• Plano de Publicidade
• Objectivos da publicidade
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79
Módulo II – Marketing Mix
A Promoção
• Plano de Publicidade
De seguida são apresentados os conteúdos de cada tipo de objectivo
Informar Persuadir
• Comunicar ao mercado o seu produto novo • Desenvolver preferência de marca
• Sugerir novas utilizações para o produto • Encorajar a mudança para a sua marca
• Informar o mercado de uma alteração no preço • Mudar a percepção dos consumidores relati-
• Explicar o funcionamento do produto vamente aos atributos do produto
• Descrever os serviços disponíveis • Persuadir o consumidor a comprar nesse
• Corrigir impressões erradas momento
• Diminuir receios do consumidor • Persuadir o comprador a receber a visita de
• Desenvolver uma imagem da empresa um vendedor
Lembrar
• Lembrar ao consumidor que pode necessitar
brevemente do produto
• Conservar a consistência da marca
• Lembrar onde pode ser adquirido o produto
• Manter o produto na mente do consumidor
mesmo fora da época de compra
61
A Promoção
• Objectivos de Promoção
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80
Módulo II – Marketing Mix
A Promoção
• Estratégias de Promoção
• O incremento das vendas junto do consumidor final pode ser
incentivado através da utilização de algumas técnicas:
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Exercícios:
64
81
Módulo III
Analise de Mercado
65
Objectivos:
• Definir segmentação
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82
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
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Segmentação e Posicionamento
Segmentação Posicionamento
Mercado alvo
de mercado de mercado
68
83
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Segmentação
• A segmentação permite à empresa a melhor alocação
dos seus recursos
• Na segmentação são identificados grupos homogéne-
os, constituídos por pessoas com necessidades, atitu-
des ou comportamentos semelhantes
• A segmentação pode ser feita de três formas:
• Dividir o mercado em subgrupos com preferências ou necessida-
des comuns
Segmentação e Posicionamento
• Segmentação
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84
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Segmentação
71
Segmentação e Posicionamento
• Segmentação
comportamentos do consumidor.
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85
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Segmentação
73
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
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86
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
75
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
• (continuação):
76
87
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
77
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
88
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
• As forças (strengths) -
• As fraquezas (weaknesses) -
• As oportunidades (opportunities) -
• As ameaças (threats) -
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Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
• Económico (economic)
• Social (social)
• Tecnológico (technological)
89
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
• A análise PEST
81
Segmentação e Posicionamento
• Posicionamento
• A análise PEST
82
90
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Análise da Concorrência
83
Segmentação e Posicionamento
• Análise da Concorrência
Ameaça de novas
TRANSPARÊNCIAS FORMADOR
entradas
Ameaça de produ-
tos substitutos
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91
Módulo III – Análise de Mercado
Segmentação e Posicionamento
• Análise da Concorrência
85
Segmentação e Posicionamento
• Análise da Concorrência
• (continuação):
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Módulo III – Análise de Mercado
Exercícios:
1 - Comente a afirmação:
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TRANSPARÊNCIAS FORMADOR
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Planeamento Estratégico para PME’s
Coaching
Estratégias de Serviço ao Cliente
Gestão da Informação
Gestão da Inovação
Análise e Tratamento de Dados
fp
Modelos Quantitativos de Suporte à Decisão
Gestão Financeira
Contabilidade e Fiscalidade para Empreendedores