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AULA 01 - INTRODUÇÃO À GENÉTICA

Nesta aula abordaremos os principais conceitos em genética. Essa matéria é um terror para
muitos estudantes, isso porque ela possui diversos conceitos e muitos deles possuem
variações. Além disso, grande parte das questões envolvem uma elaborada interpretação,
aliada ao entendimento aprimorado do que significa cada uma das expressões usadas. O
intuito dessa aula é esclarecê-los. Caso tenha alguma dúvida, voltem sempre aqui... Vamos
lá!

O que é a genética?
É a ciência que estuda a hereditariedade: os genes e sua transmissão.

- Hereditariedade: características passadas aos descendentes pela reprodução.

- Cromossomo: é uma molécula de DNA condensada, contém muitos genes.

- Gene – sequência de nucleotídeos que guarda informação para a produção de uma


proteína (Mendel chamava de fator).

- Nucleotídeos: é o monômero do DNA ou RNA (a união de nucleotídeos que formam o DNA


- rever aula de ácidos nucléicos).

- Locus gênico – é a localização de um gene no


cromossomo.

- Alelos – é a “letra”, cada gene pode ter diferentes formas,


cada forma é o alelo (A ou a, por exemplo).
- Genes alelos – estão no mesmo lócus gênico dos cromossomos homólogos e, portanto
são responsáveis pelo mesmo caráter biológico. Podem ser diferentes.

- Cromossomos homólogos: são cromossomos que possuem o mesmo conjunto de genes.


Eles ficam alinhados (pareados) durante a meiose.

- Gene letal: é a combinação de alelos que quando presente mata o indivíduo, geralmente
antes de nascer.

- Alelos múltiplos (polialelia): quando existem três ou mais alelos para um mesmo lócus
(ex. sistema ABO, existem 3 alelos A, B ou i).

- Genoma – conjunto de todos os genes em uma espécie (portanto, todos os


cromossomos).

- Endogamia: cruzamento entre indivíduos muito aparentados.

- Ploidia: indica a composição cromossômica de uma célula, exemplo: haplóides (um


conjunto de cromossomos, “n”), diplóides (dois conjuntos de cada cromossomo, “2n”),
triplóides (3n), tetraplóides (4n) etc.

- Genótipo: conjunto de genes de um indivíduo (representado pelas letras – AA, Aa, aa).

- Fenótipo: é a característica expressada (visível ou detectável) por um gene. Pode sofrer


influência do ambiente (ex. altura, cor do olho, cabelo...). Podemos aplicar uma fórmula
simples – Fenótipo = Genótipo + Ambiente.

- Pleiotropia: é quando um gene é responsável por mais de uma característica. Imagine um


gene “x” responsável pela altura e ao mesmo tempo pela cor do olho (exemplo hipotético).
- Homozigoto (homozigose): os alelos são iguais, representados por AA (homozigoto
dominante) ou aa (homozigoto recessivo).

- Heterozigoto (heterozigose): os alelos são diferentes,


representados por Aa.

- híbridos: são os heterozigotos (Aa).

- Cariótipo: representação dos cromossomos de uma célula,


organizados.

- Cromossomos sexuais: são os cromossomos responsáveis pela determinação do sexo de


um indivíduo (em nossa espécie o X e o Y).

- Cruzamento-teste: são cruzamentos feitos para saber o genótipo de um indivíduo,


portanto deve ser feito com outro indivíduo de genótipo conhecido e homozigoto recessivo.

- Dominância completa: quando um alelo expressa e impede a expressão de outro. Ele é


expresso em homozigose (AA) ou heterozigose (Aa).
- Dominante: é o alelo que domina, representado pela letra maiúscula (A). Se expressa em
heterozigose Aa ou em homozigose dominante AA.

- Recessivo: é um alelo que só se expressa em homozigose (aa). Quando esse alelo está
presente em heterozigose (Aa) ele não se expressa.

- Codominância: quando dois alelos se expressam, nenhum domina.

- Dominância incompleta ou dominância intermediária: os indivíduos heterozigotos (Aa)


possuem o fenótipo intermediário, ou seja, diferente dos homozigotos dominantes (AA) e
recessivos (aa).

- Heredograma: é uma representação gráfica mostrando o parentesco entre pessoas.

- Herança autossômica: é relacionada a um gene autossômico, ou seja, qualquer


cromossomos que não seja sexual.

- Herança ligada ao sexo: é um gene que está no cromossomo sexual (X ou Y).

- Herança holândrica: relacionada ao cromossomo Y, portanto se manifesta apenas no


homem.

- Epigenética: características de organismos que se modificam e podem ser passadas


adiante sem envolver alteração na sequência de bases nitrogenadas do DNA.

- Síndrome: sinais e sintomas observáveis sobre processos patológicos.

- Epistasia: genes inibem a ação de outros genes não alelos.

- Polimeria: vários pares de genes determinam uma característica.

- Congênito: presente desde o nascimento (ou antes).

- Código genético: relação entre a sequência de bases nitrogenadas e o aminoácido


correspondente, formando assim a proteína. É universal.

- Gerações: em genética são a relação entre os genitores e os descendentes. Chamamos


de parental (P) os “primeiros” a serem cruzados, F1 seus descendentes e F2 os
descendentes do cruzamento entre os F1.

- Cromatina sexual (corpúsculo de Barr): presente nas mulheres é o cromossomo X


desativado. Perceba que a mulher é XX, um deles deve ser inativado. Processo ocorre
aleatoriamente.

Percebam que existem muitos conceitos, eles poderão ser abordados durante as próximas
aulas e em exercícios. Abaixo deixarei um espaço para você anotar outros conceitos que
você quiser.

AULA 02 – LEI DA SEGREGAÇÃO DOS FATORES (PRIMEIRA LEI DE MENDEL)

- O pioneiro nessa ciência foi o famoso Gregor Mendel. Ele fez uma charmosa pesquisa com
ervilhas.

- Mendel estudou os “fatores” (hoje chamamos de genes) combinados na fecundação,


como agentes da hereditariedade.

- Estudou diferentes características das ervilhas (espécie Pisum sativum).

- Para que os resultados ficassem claros, Mendel escolheu sete características das ervilhas
de fácil identificação:

Mas porque ele usou ervilhas?

Usar ervilhas foi fundamental, porque elas apresentam características que facilitam muito o
tipo de estudo que ele realizou, veja: fácil cultivo, ciclo de vida curto, alto índice de
fertilidade, características facilmente identificáveis (e diferentes), flores fechadas (o que
impede a polinização cruzada naturalmente), facilidade de realizar polinização artificial.

- Como elas não faziam a muito tempo polinização cruzada, cada uma das diferentes
linhagens eram chamadas de puras (em altofecundação sempre nasciam plantas com
mesma característica).

- Para fazer a fecundação cruzada, Mendel utilizando um pincel, tirava de uma planta o
estame (parte masculina) e transferia o pólen para uma planta diferente, assim ele ia
testando as combinações.
- Plantas que nasciam a partir do cruzamento entre duas com fenótipos diferentes eram
chamadas de híbridas, pelo Mendel.

O EXPERIMENTO

- Vamos usar as cores das ervilhas.

- Mendel cruzou ervilhas verdes e amarelas (P).

- Os descendentes nasceram todos amarelos (F1).

- Ao cruzar os indivíduos de F1, voltaram a surgir ervilhas verdes (em F2), na proporção de
25%.

Conclusão: algumas características estariam encobertas na F1, mas voltam a aparecer em


F2. O que estaria encoberto ele chamou de característica recessiva. O que se manifestava
em F1, dominante. Logo, cada planta teria dois fatores, mas na formação de gametas
apenas um deles seria selecionado, isso é de forma aleatória. E de forma aleatória, a
fecundação une novamente esses fatores.

- A partir dessa conclusão, Mendel foi para a matemática e conseguiu explicar como isso
ocorria. ASSISTA A AULA E COPIE AQUI
- Mendel não conhecia os genes (não havia sido descoberto ainda), mas chamava eles de
fatores. Eles são representados por letras.

- Recessivo é representado por letra minúscula.

- Dominante é representado por letra maiúscula.

- Cada característica hereditária é formada por dois fatores.

- Cada fator é herdado dos pais, um do pai, outro da mãe.

- Cada fator se separa (ele usou a palavra segregam-se) na formação dos gametas.

- Cada gameta recebe aleatoriamente apenas um fator de cada característica.

- Um indivíduo híbrido para uma característica, produz gametas de dois tipos,


mesmo tendo apenas uma das características evidente.

Perceba que ocorre a separação dos fatores hereditários na formação dos gametas. Esse
principio ficou conhecido como lei da segregação dos fatores ou primeira lei de Mendel,
sendo explicada com a seguinte frase:

Os fatores (genes) que condicionam uma característica segregam-se (separam-se) na


formação dos gametas. De modo que o pai doa um fator e a mãe doa outro para seus
descendentes.

APLICAÇÃO DA PRIMEIRA LEI DE MENDEL

- Podemos calcular a proporção entre fenótipo e genótipo a partir de um cruzamento.

- A forma mais prática é usar o diagrama de Punnet.


Siga o exemplo da aula, anote aqui

Retrocruzamento: é o cruzamento de indivíduos na F1, quando seus progenitores (P) eram


homozigotos.

Cruzamento teste: é uma forma de descobrir o genótipo de indivíduos. Para isso é feito um
cruzamento de um indivíduo com fenótipo dominante (A_), com outro de fenótipo recessivo
(aa). Se de um número grande de descendentes todos apresentaram fenótipo dominante,
significa que o indivíduo testado é AA, caso tenham indivíduos com fenótipo recessivo, ela
é Aa.

Ou seja, existem duas possibilidades se o indivíduo possui característica dominante, ou ele


é AA, ou é Aa. Acompanhe o cruzamento na aula.

AULA 03 – GRUPOS SANGUÍNEOS (SISTEMA ABO, RH E MN)

SISTEMA ABO

- A diferença entre os grupos sanguíneos no sistema ABO está relacionado a presença de


duas proteínas nas hemácias: A e B.

- As proteínas A e B são chamadas de aglutinogênios.

- Quem possui o sangue do tipo A, não possui a proteína do tipo B, portanto produz
anticorpos (aglutinina) Anti-B. A aglutinina está no plasma sanguíneo. O contrário ocorre
com o sangue do tipo B.

- O sangue do tipo O não possui essas proteínas (A e B), portanto produz aglutinina anti-A
e Anti-B.

Quem doa para quem?

- O doador universal é o sangue do tipo O, pois ele não possui proteínas A e B nas
hemácias, portanto não é estranho a nenhum tipo sanguíneo.

- O receptor universal é o AB, pois ele possui as duas proteínas, A e B, e assim não
estranha nenhum tipo sanguíneo.

- Veja a ordem de dominância dos alelos dos grupos sanguíneos: IA = IB > i

- A proteína A é codominante a proteína B. Ambas dominam o “i”.

- Copie no espaço abaixo os exemplos de cruzamento sanguíneos feitos na aula do prof.


Samuel Cunha
Como determinar o grupo sanguíneo de uma pessoa? Muito simples:

- colocam-se duas gotas de sangue em uma lâmina, em cada gota é pingado um tipo de
soro (com aglutinina anti-A e anti-B).

- Se coagular (aglutinar) a gota em contato com soro anti-A, significa


que o sangue possui a proteína A (aglutinogênio A), ou seja, é do tipo
A ou AB. Se o soro anti-B aglutinar a outra gota, o sangue é AB, caso
não aglutine, o sangue é A.

- Caso não ocorra a aglutinação com os dois soros, o sangue é O.

SISTEMA Rh

- Sangue com a proteína Rh é chamado de +. Por exemplo, eu


possuo o sangue A+, logo, sou Rh+.

- A proteína Rh também está presente nas hemácias.

- Veja que uma pessoa que é Rh- não pode receber o sangue de uma pessoa Rh+.

- O R domina sobre o r.

- Copie aqui o cruzamento feito em aula pelo prof. Samuel.

- Perceba que para ter certeza da compatibilidade sanguínea deve ser considerado o
sistema Rh mais o sistema ABO.

- Sendo assim o verdadeiro receptor universal é o AB+, e o verdadeiro doador universal é o


O-.
- Ou seja, o Rh- não pode receber sangue de um Rh+. O contrário pode.

Eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém nascido).

- Caso a mãe tenha sangue de Rh- e o bebê Rh+, ocorre essa condição.

- Isso porque uma pessoa Rh- produz anticorpos que atuam sobre a proteína Rh+.

- Na primeira gestação não existe o problema, mas no caso de uma segunda gestação com
o filho Rh+ e a mãe Rh-, os anticorpos anti-Rh atravessam a placenta e destroem as
hemácias do feto.

- Esse problema pode ser evitando se a mãe fizer um


acompanhamento durante a gravidez.

- Perceba que a eritroblastose fetal só ocorre quando


a mãe é Rh- e o pai Rh+. Entenda assistindo a aula.
Copie:

Sistema MN

- É um outro tipo de proteínas: M e N. Elas possuem codominância.

- Ao contrário dos outros sistemas, não são produzidos anticorpos


contra essas proteínas.

AULA 04 – LEI DA SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE (SEGUNDA LEI DE MENDEL)

- Além de ter estudado a transmissão de cada uma das características das ervilhas, Mendel
estudou a herança de dois caracteres ao mesmo tempo, descobrindo assim um novo
padrão.

- Imagine o cruzamento entre ervilhas (puras) amarelas e lisas (VVRR) com ervilhas verdes
rugosas (vvrr).

- Perceba que indivíduos VVRR só podem produzir um tipo de gameta VR. Os indivíduos
vvrr também só podem produzir um tipo de gameta vr.
- Do cruzamento parental (P) entre VVRR e vvrr surgem 100% de indivíduos diíbridos =
VvRr, acompanhe a aula e anote abaixo:

- Alelos dominantes:

V = amarela (VV ou Vv)

v = verde (vv)

R = lisa (RR ou Rr)

r = rugosa (rr)

Veja o cruzamento entre as F1:


Diagrama de Punnet

Resultado em F2:

9/16 = ervilhas amarelas e lisas

3/16 = ervilhas amarelas rugosas

3/16 = ervilhas verdes lisas

1/16 = ervilhas verdes rugosas

- Note que a proporção fenotípica entre o cruzamento de diíbridos será sempre 9:3:3:1,
pois eles podem formar todos os tipos possíveis de gametas para essas duas
características: VR, Vr, vR, vr.

- O resultado ocorre pela segregação independente (segunda lei de Mendel) dos alelos
durante a formação dos gametas.

- Isso ocorre porque os genes estão em pares diferentes de cromossomos homólogos


(ocorre na anáfase I da meiose).

- Analisando o diagrama de Punnet acima, você entende o cruzamento e verifica todos os


genótipos possíveis.

SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE PARA MAIS DE DOIS PARES DE GENES ALELOS


(poliibridismo)

- É possível prever o resultado para mais de dois pares de alelos.

- Para isso devemos descobrir todos os gametas possíveis para cada um dos genitores.

- Aplicamos para isso a seguinte fórmula: 2n onde n é a quantidade de alelos híbridos do


indivíduo. Imagine um indivíduo AABbCcddEe, temos 3 pares de alelos diferentes
(heterozigotos), logo aplicamos a fórmula 23=8. Esse indivíduo pode produzir 8 diferentes
gametas.

- Para saber cada um dos gametas, é possível aplicar o método de ramificação, veja o
exemplo a seguir:

- Com o diagrama de Punnet obtemos todos os genótipos possíveis (pode dar um grande
trabalho).

- É muito importante que você perceba que esse padrão da segunda lei de Mendel só
ocorre quando os genes estão em cromossomos diferentes.

AULA 05 – HEREDOGRAMA (GENEALOGIA)

- É conhecida também por árvore genealógica.

- É uma representação de relação de parentesco utilizando símbolos.

- Esta é uma aula importante em genética, pois grande parte dos exercícios são cobrados
com essa simbologia, portanto você deve assistir a aula com muita calma e copiar no
espaço abaixo os símbolos.
Um heredograma é numerado da seguinte forma:

- Números romanos indicam a geração.

- Para cada indivíduo é relacionado um número.

- Por exemplo: o indivíduo II.3 é uma mulher afetada.

COMO UTILIZAR UM HEREDOGRAMA?

- Normalmente quando se trata de uma herança autossômia o número de afetados é


relativamente igual para os dois sexos.

- Se prevalecer o sexo masculino (na maioria das vezes), suspeite de uma herança ligada
ao sexo.

Dica:

- Se os pais não são afetados, mas possuem um filho afetado, é uma doença recessiva e os
pais são heterozigotos (Aa).
- Se os pais estão afetados por uma condição e os filhos não estão afetados, trata-se de
uma doença dominante e os pais são heterozigotos, o filho portanto, recebeu o aa dos pais.

- Pessoal, entender heredograma exige muito treino e atenção. O segredo é a persistência.

AULA 06 – BIOTECNOLOGIA

É o uso de tecnologia que utiliza os seres vivos para criar ou modificar produtos.

- Transgênico: são organismos vivos geneticamente modificados. Com o avanço da


engenharia genética foi possível modificar geneticamente os organismos, potencializando a
produção de plantas de cultivo ou até mesmo tornando elas resistentes a pragas. A
transgenia também pode ser feita em outros grupos de seres vivos, como animais e
bactérias.

- Engenharia genética utiliza as técnicas de biotecnologia como recombinação e


manipulação dos genes para manipular o material genético.

- O DNA recombinante é quando são utilizados fragmentos de um DNA em outros


organismos.

- A terapia gênica consiste em transferir genes saudáveis para suprir a necessidade


causada por um gene defeituoso, geralmente de causa hereditária. No processo podem ser
usados vírus para carregar a porção do DNA que se deseja transferir.
- Um clone é cópia idêntica de um organismo.

- As células-tronco são capazes de se diferenciar


ao diversos tipos de células (ou em todas) de
nosso corpo, basicamente existem dois tipos:

- Células-tronco embrionárias: são células


presentes no inicio do desenvolvimento, sendo
assim, possuem grande capacidade de
diferenciação. As células pluripotentes possuem a
capacidade de se diferenciar em muitas células. As
totipotentes possuem a capacidade de se
diferenciar em qualquer célula do corpo humano.

- Células-tronco adultas: estão presentes em pequenas quantidades, distribuídas em


diferentes tecidos. Possui capacidade de diferenciação, porém menor do que as
embrionárias.

- A biotecnologia possui aplicação em saúde, agricultura, pecuária e até mesmo ambiental.


Por exemplo: bactérias se alimentam de açúcar e com o resto do metabolismo é feito um
plástico biodegradável (substituindo as sacolas plásticas atuais).

AULA 07 – LAMARCKISMO

- Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, conhecido


como Jean-Baptiste de Lamarck foi um grande
naturalista.

- Ele propôs uma teoria evolutiva anterior ao Darwin.

- Sua teoria foi escrita em seu livro Philosophie Zoologique (filosofia geológica).

- Ele acreditava que os seres vivos mudavam ao longo do tempo. E isso explicava a
diversidade dos seres vivos.

- Portanto, Lamarck refutava a ideia fixista (que as espécies não mudavam).

- Duas premissas resumem as teorias de Lamarck: lei do uso e desuso e lei da herança dos
caracteres adquiridos.

1 – Lei do uso e desuso

- As estruturas do corpo mais utilizadas ficavam maiores e mais fortes, as menos usadas
acabavam atrofiando.

- Portanto o ambiente teria influência sobre os seres vivos, se ocorre uma mudança
ambiental essa mudança influencia também as mudanças nos seres vivos.

- Segundo as ideias de Lamarck as girafas possuem


pescoço comprido porque ao longo do tempo foi muito
usado para sua alimentação, isso foi passado aos
descendentes.

- Outro exemplo são as longas pernas das garças, que


teriam crescido de tanto elas se esforçarem para entrar
na água e não molhas as penas.

- Veja que Lamarck acreditava que a natureza


influenciava a modificação dos organismos diretamente.

2 – Lei da herança dos caracteres adquiridos

- Segundo Lamarck as modificações que eram adquiridas por um indivíduo durante sua
vida (pelo uso), seriam passadas aos seus filhos.

- Voltamos ao exemplo do pescoço das girafas. Na vida elas usavam muito essa estrutura
(uso e desuso) para se alimentar, devido ao esforço do uso contínuo ele se desenvolveu e
isso foi passado aos seus filhos (lei da herança dos caracteres adquiridos), que
continuaram usando o pescoço, desenvolveram mais e passaram para seus filhos, e assim
por diante.

- Lamarck foi muito criticado por fixistas.

- Sabemos que o que é adquirido em vida não é passado adiante, pois é necessário
modificações genéticas. É importante lembrar que nessa época não existia nenhum estudo
sobre genética.

- Lamarck também acreditava na geração espontânea. Os seres vivos surgiam do


inanimado e iam sendo aperfeiçoados ao longo do tempo, pelo uso e desuso. Assim
evoluíam.

- Embora Lamarck estivesse errado sobre como as espécies evoluíam, foi muito importante
para a ciência na época. Inclusive Darwin elogiou Lamarck em sua terceira edição do livro
“A Origem das Espécies”.

Lembre-se das palavras-chave de Lamarck:

- Lei do uso e desuso.

- Lei da transmissão das características adquiridas.


AULA 08 – DARWINISMO

- Em 1831 Darwin fez uma expedição ao redor do mundo a


bordo do navio H.M.S. Beagle.

- Darwin era naturalista e, durante sua viagem que durou 5


anos, passou por diversos países

observando a natureza e coletando material biológico. Perceba que ele tinha um diário e
anotava tudo que acreditava ser importante para sua pesquisa.

- Darwin fez uma das descobertas mais importantes para a biologia, o correto mecanismo
pelo qual surgem novas espécies: a seleção natural.

- TODAS as espécies possuem um mesmo ancestral comum,


que ao longo do tempo sofreu modificações dando origem a
novas espécies, que seguiram se modificando (e seguem até
hoje).

- Sendo assim, as espécies não são imutáveis (isso Lamarck


já tinha entendido).

- Três preposições resumem o pensamento e a lógica do


Darwin:

1 – Dentro das populações, os indivíduos são diferentes.

2 – O ambiente confere limites para o crescimento das


populações, falta alimento, espaço e outros recursos.

3 – A natureza seleciona os indivíduos que são mais adaptados aos recursos oferecidos,
esse mecanismo é chamado de seleção natural.

- A seleção natural é a base para a evolução: indivíduos com características vantajosas


frente determinada condição ambiental possui maior chance de reproduzir e gerar
descendentes.

- OK! E como Darwin explicaria o pescoço das girafas?

- Perceba que em uma população de girafas, naturalmente


nasciam girafas com pescoço mais curto e outras com pescoço
mais longo, as que tinham pescoço mais longo conseguiam se
alimentar melhor e assim reproduzir mais, deixando mais
descendentes... Ao

longo de milhares de anos as populações de girafas ficaram com pescoço comprido.

- Perceba que não é o indivíduo que evolui, mas as populações.


- Outra informações importante para você entender o darwinismo é que o ambiente não
interfere nas modificações dos organismos (isso é Lamarckismo) mas seleciona as mais
vantajosas.

- Na época de Darwin não conhecíamos a genética, então ele não sabia o que gerava essa
“modificação” (na aula de neodarwinismos veremos isso).

- Darwin estudou os tentilhões de Galápagos (uma ave).

- As 14 espécies de tentilões foram originadas a partir de uma. Mas


as distintas condições das diferentes ilhas de Galápagos
selecionaram as variações de bico mais adaptados para o recurso
alimentar de cada ilha (processo leva muito tempo).

- A evolução nem sempre conduz a complexidade de estruturas.

- Em resumo o termo EVOLUÇÃO é descendência com modificação. Essas modificações são


aleatórias e podem ou não levar a um maior sucesso na reprodução.

- É importante salientar que outro naturalista chegou a mesma conclusão de Darwin, na


mesma época: o britânico Alfre Russel Wallace.

Lembre-se das palavras-chave de DARWIN:

- Seleção Natural

- Adaptação

AULA 09 – NEODARWINISMO

- Conhecida também como teoria sintética da evolução.

- Darwin não tinha conhecimento de genética, os trabalho de Mendel surgiram quase 30


anos depois.

- O neodarwinismo inclui conceitos complementares ao darwinismo, em resumo o


neodarwinismo é:

- Mutação
Variabilidade genética
- Recombinação Gênica

- Seleção Natural e Adaptação


A mutação é uma alteração do código de bases nitrogenadas do DNA, originando novas
versões (alelos). A mutação pode ocorrer espontaneamente ou induzida por fatores
externos (radiação, por exemplo).

A recombinação gênica é a mistura dos genes durante a reprodução sexuada. Na


recombinação ocorrem dois processos que já estudamos anteriormente: segregação
independente dos cromossomos e crossing-over (permutação).

A seleção natural e adaptação são os mecanismos descritos por Darwin, estudados na aula
anterior.

- Percebam que o neodarwinismo preencheu lacunas deixadas por Darwin, mas em


nenhum momento disse que ele estaria errado, é um complemento.

AULA 10 – INTRODUÇÃO À ECOLOGIA

A ecologia é a parte da biologia que estuda os seres vivos, a relação entre eles e entre eles
e o ambiente.

- O conhecimento da ecologia nos permite entender como os ecossistemas funcionam, e


assim, percebemos a importância de preservá-lo. Cada ser vivo faz parte de um delicado
equilíbrio.

- Entender a ecologia nos permite criar estratégias para diminuir impactos ambientais e
preservar as espécies, incluindo a nossa.

Conceitos importantes

- Teoria preservacionista: acredita que a melhor forma de preservar a natureza é


restringindo o acesso humano em áreas de proteção ambiental.

- Teoria conservacionista: credita que é possível conciliar o contato humano com a


natureza, usando práticas sustentáveis.

- Níveis de organização estudados em ecologia: aqui voltaremos a ver uma imagem que
estudamos no primeiro módulo de nosso curso.
- A unidade básica em ecologia é o organismo, sendo assim, estudamos a partir do
organismo, mas com foco na sua interação com outros organismos e o meio ambiente,
perceba:

A união entre indivíduos da mesma espécie, vivendo no mesmo local e no mesmo


período de tempo, forma as populações. Diferentes populações formam as
comunidades (biota ou biocenose). Quando consideramos as comunidades mais
o meio ambiente (biótopo), como a luz, a temperatura, o vento etc., nos referimos
aos ecossistemas e a união entre todos os ecossistemas é a biosfera (esfera de
vida – Terra).

- Biótopo: é o termo usado para designar os componentes abióticos do meio ambiente


como chuva, vento, rocha, temperatura etc.

- Bioma: unidade ecológica onde características como vegetação, solo e fisionomia são
típicos, influenciado por um clima predominante.

- Fatores abióticos: tudo que não é vivo.

- Fatores bióticos: seres vivos.

- Habitat: é o local onde uma espécie vive, por exemplo: em um rio, em uma árvore, no
mar, sob o tronco de uma árvore caída.

- Nicho: é um termo mais amplo e complexo, representa todos os fatores relacionados a


uma espécie, como o seu habitat, sua alimentação e seu comportamento. Em outras
palavras, é o papel ecológico de uma espécie.

*Note que duas espécies podem ter o mesmo hábitat, mas não o mesmo nicho.

- Ecótono: é a região de transição entre duas


comunidades, elas se sobrepõe, e por isso é um local
geralmente com um elevado número de espécies e
nichos ecológicos.

Os demais conceitos serão estudados separadamente em cada aula, bem vindo ao


maravilhoso mundo da ecologia!

AULA 11 – CADEIA E TEIA ALIMENTAR

- A cadeia e a teia alimentar representam as relações alimentares dos seres vivos.

- Existem 3 categorias: produtores, consumidores e decompositores.


Produtores: são os autótrofos, sintetizam sua matéria orgânica pela fotossíntese ou
quimiossíntese (temos aula sobre esses processos).

Consumidores: são os heterótrofos, não produzem seu próprio composto orgânico


e, portanto, depende de outros seres vivos para sua alimentação. Podem ser herbívoros (se
alimentam de plantas), carnívoros (se alimentam de outros animais) e onívoros (se
alimentam tanto de plantas como de animais). Os consumidores que se alimentam dos
produtores são chamados de consumidores primários, os que se alimentam dos
consumidores primários, são os consumidores secundários, e assim segue.

Decompositores: são formados por algumas bactérias e fungos que degradam os


restos mortais dos outros seres vivos. São fundamentais para a reciclagem da matéria,
tornando ela novamente utilizável.

CADEIA ALIMENTAR

- É uma forma esquemática e linear de representar o fluxo de energia entre os organismos.


A posição dos organismos é chamada de nível trófico. O primeiro nível trófico será
sempre dos produtores, o segundo nível trófico é dos consumidores primários, o terceiro
nível trófico, dos consumidores secundários, e assim segue.

Cadeia alimentar em ambiente terrestre

FLUXO DE ENERGIA

- No ambiente aquático os produtores são representados pelas algas e bactérias


fotossintetizantes (principalmente). O fitoplâncton são microalgas ou bactérias, o
zooplâncton é constituído por protozoários, moluscos, artrópodes microscópios e larvas
de diversos animais.

- Perceba que a cadeia alimentar é algo esquemático, na natureza as relações entre os


seres vivos são mais complexas, o que ocorre, portanto, é um conjunto de cadeias
alimentares, nesse caso chamamos de teia alimentar.

OBS: Mesmo não


representados na
imagem, os
decompositores
estão atuando
nessa teia
alimentar.

- Perceba que o mesmo organismo pode ocupar diferentes níveis tróficos.

AULA 12 – CICLO DA ÁGUA – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- É o componente mais abundante nos seres vivos.

- 97% da água do planeta está nos oceanos.

- Pode estar nos estados: sólido, liquido e gasoso.

- Acompanhe o ciclo juntamente com a aula do prof. Samuel Cunha.


AULA 13 – CICLO DO CARBONO– CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- Os átomos de carbono estão presentes na atmosfera na forma de gás carbônico (CO2).

- Organismos fotossintetizantes assimilam esse CO2, transformando ele em matéria


orgânica, que pode ser usado na respiração celular ou seguir para outros seres vivos a
partir da cadeia alimentar.

- Quando um organismo morre, o processo de decomposição também devolve o CO2 para a


atmosfera.

- Alguns seres vivos que não foram decompostos devido ao soterramento, após milhões de
anos, foram transformados em petróleo (combustível fóssil).

- Como o CO2 é um gás efeito estufa, a queima do combustível fóssil devolve em grande
quantidade esse gás para a atmosfera, causando um aumento no efeito estufa.

- Acompanhe o ciclo.

AULA 14 – CICLO DO NITROGÊNIO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- O nitrogênio faz parte do DNA, RNA, proteínas e ATP, por exemplo.

- O Gás nitrogênio (N2) representa 80% do volume da atmosfera. Porém na forma N2 não
pode ser assimilado pela maioria dos seres vivos.

- Alguns organismo fazem a fixação do nitrogênio: N2  NH3 (amônia).

Ex. algumas bactérias e cianobactérias de vida livre e outras bactérias do gênero


Rhizobium (que vivem associadas às raízes de plantas leguminosas).

- Mesmo algumas plantas conseguindo aproveitar a NH3, a forma mais acessível das
plantas adquirirem os átomos de nitrogênio é pelo nitrato (NO-3). O processo que
transforma a amônia em nitrato é a nitrificação e ocorre em duas etapas:

1° - Bactérias qumiossintetizantes no solo (Nitrossomonas) ou no mar


(Nitrosococcus) oxidam a amônia e produzem o nitrito (NO-2), utilizando a energia
liberada no processo em sua sobrevivência.

2° - O nitrito é tóxico e não fica muito tempo na natureza, ele é absorvido e utilizado
por outras bactérias quimiossintetizantes para a produção de energia, as Nitrobacter que
oxidam o nitrito em nitrato (NO-3).

- O nitrato dissolvido é então assimilado pelos produtores, que incorporam o nitrogênio do


nitrato em sua matéria orgânica.

- Quando os consumidores primários se alimentam das plantas, adquirem o nitrogênio, que


segue pela cadeia alimentar.

- Plantas e animais morrem e liberam compostos nitrogenados a partir da ação de


decompositores (formando amônia).

- O nitrogênio também é liberado por excreção na forma de diferentes compostos


nitrogenados, dependendo do ser vivo.

- Desnitrificação: algumas bactérias como a Pseudomonas denitrificans convertem


compostos nitrogenados do solo em N2, que retorna para a atmosfera.

AULA 15 – CICLO DO OXIGÊNIO – CICLOS BIOGEOQUÍMICOS

- O oxigênio (O) pode ser encontrado, entre vários exemplos, no CO2, no O2 e na H2O
(atmosfera ou seres vivos) ou ainda em substâncias orgânicas como na glicose C6H12O6
(seres vivos).

- Os organismos autótrofos assimilam o CO2 atmosférico pela fotossíntese.

- Juntamente com essa assimilação, na fotossíntese ocorre a liberação de oxigênio na


forma de O2 (o oxigênio nesse caso vem da água).
- Na respiração ocorre o contrário, o O2 da atmosfera é unido ao hidrogênio e forma a
água.

- A radiação que chega à atmosfera é capaz de transformar o O2 em O3 (gás ozônio).


Importante para a proteção dos seres vivos contra o excesso de radiação.

AULA 16 – DINÂMICA DE POPULAÇÕES

- População é o conjunto de indivíduos de mesma espécie vivendo no mesmo local e no


mesmo tempo.

- A densidade de uma população é o número de indivíduos dividido pela área ou


volume ocupado.

- O tamanho populacional corresponde ao número de indivíduos. Depende de taxa de


natalidade, mortalidade, imigração (entrada) e emigração (saída).

- Se a taxa de natalidade for maior que a de mortalidade, a população está crescendo. É


claro que isso se aplica e depende também da taxa de imigração e emigração.

- Perceba que indivíduos sésseis, como as plantas, não fazem emigração nem imigração.

Crescimento populacional

Uma população pode crescer até certo limite


(curva de crescimento real), quando o ambiente
não suporta mais um número elevado de
organismos. Se não considerar a resistência
ambiental, uma espécie cresceria
exponencialmente (curva de potencial biótico de
uma espécie). Veja o gráfico.
- A curva de crescimento real pode ser chamada de curva S. Ela cresce rapidamente no
inicio, até encontrar a resistência ambiental, onde a espécie mantém-se em número
constante devido a falta de recursos, aumento de doenças etc.

Veja as relações ecológicas que regulam o crescimento de uma população:

1 - Competição: na falta de recursos como espaço ou alimento, os indivíduos entram em


conflito e nem todos sobrevivem, ou sobrevivem com desgaste, o que impede um
crescimento maior da população (perceba que a competição entre espécies diferentes
também afeta o crescimento populacional).

2 – Predação: quando existe pouca presa, o predador também tende a diminuir em


quantidade, pois falta alimento. Ao longo do tempo o predador fica com uma população
muito pequena, o que favorece o crescimento populacional da presa. A espécie presa fica,
então, com muitos indivíduos, o que significa muito alimento para a espécie predadora,
fazendo com que ela aumente novamente de número e diminua a população de presas...
Assim “segue o baile” na relação chamada de “relação presa-predador”. Veja o gráfico:

- Parasitismo: se o hospedeiro morrer, o parasita também morre. Se existe uma grande


população de hospedeiros, poderá ter também uma grande população de parasitas.

Tanto no parasitismo quanto na relação presa-predador existe uma forte coevolução. Por
exemplo, se uma espécie de presa evolui tornando-se mais rápida ao longo do tempo
forma uma seleção natural sobre o predador, que tem que ser mais rápido.

AULA 17 – INTERAÇÕES ECOLÓGICAS (RELAÇÕES ECOLÓGICAS)

- Os seres vivos estão relacionados. Quando a interação entre os seres vivos não tem
prejuízo para nenhuma das espécies envolvidas chamamos de interação harmônica, caso
exista prejuízo para pelo menos uma espécie, é desarmônica.

- As interações podem ser classificada da seguinte forma: (+) positiva, (0) indiferente ou (-
) negativa.

- As interações (ou relações) podem ser entre indivíduos da mesma espécies


(intraespecíficas) ou entre espécies diferentes (interespecíficas).
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS

HARMÔNICAS

Colônia: indivíduos de mesma espécie, fisicamente unidos. É positiva para todos os


organismos envolvidos (+/+). A colônia pode ser isomorfa, quando os indivíduos são
semelhantes e não existe divisão de trabalho. Ou heteromorfas quando os indivíduos
apresentam diferentes formas e funções.

Colônia isomorfa (corais) Colônia heteromorfa (caravela-portuguesa)

Cnidários do gênero
Phisalia: alguns tem
função de flutuação,
outros alimentação e
outros defesa.

Sociedade: os indivíduos são beneficiados (+/+), porém não são fisicamente dependentes
entre si. Podem sair e retornar ao local de moradia (ninho). Exemplos: cupins, formigas,
abelhas.

Abelhas Cupins

DESARMÔNICA

Competição: indivíduos disputam recursos, a competição é sempre negativa para todos os


envolvidos (-/-).

Canibalismo: quando um organismo mata e se


alimenta de outro de mesma espécie. (Um exemplo é
a viúva-negra, que come o macho após a cópula, ou
filhotes de tubarões que um pode se alimentar de
outro ainda no corpo materno). É (+/-).
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

HARMÔNICA

Mutualismo: é uma relação positiva para os organismos envolvidos (+/+), pode ser
optativo (Protocooperação ou mutualismo facultativo) ou obrigatório (mutualismo
obrigatório). Optativo significa que os organismos não são dependentes um do outro
(exemplo: pássaro-palito e crocodilo). Obrigatório é quando os organismos envolvidos não
sobrevivem isoladamente (exemplo os liquens).

Mutualismo facultativo Mutualismo obrigatório

Comensalismo: um indivíduo é beneficiado sem prejudicar o outro (+/o). A espécie


comensal se alimenta de restos alimentares da outra espécie, por exemplo, o peixe-piloto e
os tubarões.

Inquilinismo: uma espécie se beneficia de outro buscando abrigo (espécie inquilina) sem
prejudicar a outra espécie que serve de abrigo. Quando a espécie inquilina é uma planta,
chamamos de epifitismo, por exemplo, as bromélias ou as orquídeas que vivem sobre
árvores.
DESARMÔNICA

Competição: duas espécies podem competir por um recurso limitado, isso é ruim para
todos (-/-). O biólogo russo Gause concluiu que espécies que competem pelo mesmo
recuso não podem coexistir indefinidamente no mesmo local. Ele concluiu isso ao fazer um
experimento com protozoários, essa conclusão ficou conhecida como princípio de Gause
ou princípio da exclusão competitiva.

- Perceba que a introdução de espécies exóticas pode acarretar a exclusão competitiva,


uma vez que é uma espécie que pode compartilhar comportamentos semelhante às
espécies nativas.

Predação: uma espécie predadora mata e devora a outra espécie, chamada de presa,
portanto é uma interação (+/-).

Parasitismo: uma espécie (parasita) retira alimento de outra (hospedeiro) normalmente


sem levar a morte. É uma relação (+/-). Existe os ectoparasitas (externos, como o piolho,
pulga e carrapato) e os endoparasitas (internos, como a lombriga).

A herbivoria é um tipo de parasitismo, pois uma espécie se alimenta da outra. Caso o


herbívoro coma toda a planta, lavando a morte, será um tipo de predação.

Parasitoidismo: é um tipo especial de parasitismo, mas nesse caso após um tempo leva
obrigatoriamente o hospedeiro a morte. A espécie que causa o parasitoidismo é o
parasitóide (exemplo: vespas que se desenvolvem nos ovos de barata).
Amensalismo: uma espécie (inibidora) secreta substâncias que
impede o desenvolvimento de outra (amensal). Por exemplo o
fungo Penicillium que libera uma substância que impede o
desenvolvimento de bactérias.

AULA 18 – DINÂMICA DE COMUNIDADES: SUCESSÃO ECOLÓGICA

- A sucessão ecológica é o nome dado para as mudanças sucessivas das comunidades em


um local ao longo do tempo, desde o seu início (comunidade pioneira) até uma comunidade
estável final (clímax). Esse processo é gradual, ordenado e progressivo.

- Uma comunidade consegue suceder a outra, justamente pelas mudanças ambientais que
ocorrem em razão dos próprios seres vivos ali presentes.

TIPOS DE SUCESSÃO ECOLÓGICA

- Uma sucessão pode ser primária ou secundária.

- Sucessão primária (autogênica): ocorre em áreas que nunca foram habitadas,


como após uma erupção de vulcão – formação de novas ilhas ou rochas.

- Sucessão secundária (alogênica): ocorre em uma área que já foi habitada, mas
teve alguma perturbação ambiental, como queimada. Nesse caso o solo (ou outro
substrato) está mais suscetível para o restabelecimento de novos seres vivos.

ESTÁGIOS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA

- É formado pela comunidade pioneira, intermediária e clímax.

1 - Comunidade pioneira – Na sucessão primária as espécies pioneiras, são resistentes e


conseguem se estabelecer em locais inóspitos com pouca umidade, grande incidência solar
e poucos nutrientes. Geralmente são os liquens e os musgos (briófitas). Perceba que a
chegada dessas espécies gera modificação no ambiente e possibilita o estabelecimento de
outras espécies. Na sucessão secundária as espécies pioneiras são vegetais mais
complexos como os pinheiros (gimnospermas) e plantas com flores e frutos
(angiospermas) e animais resistentes, geralmente que ocupavam o ambiente antes da

sucessão.

- Após o estabelecimento da comunidade pioneira, as condições ambientais locais mudam e


assim é possível a chegada de novas espécies.

2 – Comunidade intermediária – é formada por espécies geralmente maiores de plantas


e animais, essas espécies não conseguiriam se estabelecer no ambiente se a comunidade
pioneira não estivesse chegado anteriormente. A comunidade intermediária pode passar
por diversos estágios.

3 – Comunidade clímax – é uma comunidade complexa e estável, está em equilíbrio e


muda muito pouco ao longo do tempo. Existe uma grande diversidade de seres vivos.

Comunidade clímax
Comunidade intermediária

Comunidade primária

AULA 19 – BIOMAS MUNDIAIS

Biomas são conjuntos de ecossistemas que possuem clima semelhante, sendo assim
possuem e flora e fauna semelhantes também.
TUNDRA

- Fica no extremo norte da Terra.

- Pouca chuva (clima seco) e muito frio.

- Maior parte do tempo a temperatura é abaixo de 0°.

- No inverno: longas noites. No verão: longos dias.

- O solo fica na maior parte do tempo congelado (permafrost). Isso dificulta a penetração
da água.

- Vegetação dominante: liquens, musgos, herbáceas.

- Os animais são adaptados ao frio, alguns hibernam durante o inverno.

TAIGA

- também conhecido por floresta boreal (ou de coníferas).

- Estão em altas latitudes (Alasca, Canadá, Rússia).

- A precipitação é moderada.

- Temperatura baixa ao longo do ano.

- O inverno é longo, frio e seco. O verão é mais úmido que o inverno, nessa estação os dias
são longos.

- Solo com pouca profundidade e pobre em nutrientes (algumas camadas de solo estão
sempre congeladas).

- A vegetação é semelhante: coníferas na maioria (pinheiro, cipreste).

- Os animais aqui presentes são adaptados ao frio.


FLORESTA TEMPERADA

- Temperatura moderada.

- Precipitação regular.

- Solo congelado no inverno.

- Vegetação: árvores de grande e


pequeno porte.

- Quatro estações bem definidas.

- Árvores decíduas (folhas caem em estações frias), isso evita a perda de água.

- As folhas que caem no chão, fertilizam o solo.

CAMPO

- Conhecido como pradaria ou estepe.

- Temperatura varia muito entre o inverno frio e o verão quente.

- Precipitação baixa.

- Vegetação predominantemente formada por gramíneas e plantas herbáceas, com raízes


profundas.

- Solo muito fértil (por isso é ótimo para agricultura e pastoreio).


FLORESTA TROPICAL

- Próximo a linha do equador.

- Muita chuva.

- Altas temperaturas (média acima de 18°c).

- Solo infértil. Nutrientes são mantidos devido à queda constante de folhas e outros
materiais orgânicos.

- Nesse bioma é onde existe a maior diversidade terrestre.

- Árvores altas, folhas largas e verdes. Floresta muito “fechada”.

SAVANA

- No Brasil é chamado de cerrado (veremos na próxima aula).

- Duas estações bem definidas.

- Na estação de seca pode ocorrer incêndios naturais.

- Solo poroso, isso favorece a drenagem rápida (pouca água disponível nas camadas
superficiais de solo).

- Solo é ácido, nutrientes em uma camada fina.

- Nas savanas, as plantas arbóreas possuem casca grossa, são resistentes ao fogo e as
folhas são coriáceas (isso diminui a taxa de transpiração).

- Espécies vegetais de pequeno porte com raízes profundas.

- Troncos retorcidos.

- Quando chove, plantas em dormência crescem rapidamente.

DESERTOS

- Precipitação muito baixa.

- Solo arenoso.

- Vegetação esparsa. Essas poucas plantas são


adaptadas a falta de água (xerófitas): raízes amplas,
folhas coriáceas ou transformadas em espinhos,
tecidos que armazenam água, e cutícula espessa.

- Muitos animais que vivem nesse ambiente possuem


hábitos noturnos e vivem escondidos em cavernas ou
fissuras em rocha e solo.

AULA 20 – BIOMAS BRASILEIROS

- O Brasil é muito grande, possui 6 grandes biomas:


- Além desses biomas existem outros (podemos chamar de sub-biomas) que estão
localizados em zonas de transição entre biomas, são eles: Mata dos Cocais e Manguezais.

AMAZÔNIA (FLORESTA AMAZÔNICA)

- 40% do território nacional.

- Chove muito. Umidade elevada, devido à


evapotranspiração da floresta e da umidade que vem
do oceano.

- Temperatura alta o ano inteiro.

- Solo argiloso e arenoso, pouco fértil. Fertilidade é


mantida pela intensa queda de folhas e outros
materiais orgânicos (serrapilheira).

- Seus rios carregam grande quantidade de sedimentos.

- Existem três regiões básicas:

- Matas de terra firme: não sofrem inundações regulares.

- Matas de igapó: constantemente inundadas, independentemente da época do ano.

- Matas de várzea: Intermediário entre as duas matas.

- Possuem muitas espécies de plantas e animais.

- A floresta é estratificada, ou seja, muitas camadas: árvores altas, médias e baixas. Por
isso existem muitas plantas epífitas (vivem sobre árvores).

- Grande quantidade de nichos, temperatura elevada todo o ano e grande disponibilidade


de água são os fatores que propiciaram grande número de espécies nesse bioma.
- Preservar a Amazônia é fundamental para o equilíbrio ecológico não só desse bioma, mas
de outros também.

MATA ATLÂNTICA

- Se estende por grande parte to litoral brasileiro.

- Grande umidade devido aos ventos marinhos, que ficam condensados na porção mais alta
do bioma, resultando em chuva frequente.

- Temperatura é variável, pois esse bioma se estende por uma longa faixa latitudinal.

- Solo granítico, pobre em nutrientes (nutrientes no solo vem da constante queda de


material orgânico).

- Relevo montanhoso – grande incidência luminosa.

- Muitas espécies de plantas, incluindo epífitas.

- É o bioma brasileiro mais ameaçado. O problema se dá pelo desmatamento e


fragmentação de habitat (muitas cidades crescem nesse bioma).

MATA DE ARAUCÁRIA

- É considerada parte da Mata Atlântica, ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul.

- Clima subtropical, com invernos frios (pode gear) e verões quentes.

- Principal característica: presença de araucária, uma conífera de tronco reto e galhos


voltados para cima. Essas árvores possuem casca grossa.
- Esse bioma também sofre grande impacto ambiental, estima-se que restam menos de
2% de sua cobertura original.

CERRADO

- É o bioma brasileiro equivalente a savana africana.

- Ocupa aproximadamente 23% do Brasil.

- Solo contém metais como o alumínio e ferro, o que dá a coloração avermelhada.

- PH do solo é acido, possui baixas concentrações de matéria orgânica.

- Nas maiores altitudes desse bioma prevalecem plantas baixas, formando os chamados:
campo sujo, rupestre e limpo.

- Próximo aos rios existe o chamado cerradão.

- No entanto, a maior parte desse bioma é


caracterizado pelas árvores de troncos retorcidos e
distantes umas das outras com grande variedade
de recursos: o chamado típico cerrado. Existe
grande número de espécies animais e vegetais.

- A vegetação é predominantemente perene (vida


longa), possuem órgãos subterrâneos – caules ou
raízes - (adaptação contra queimadas e secas).

- Na época de seca, muitas espécies morrem, gerando matéria orgânica seca, após a chuva
as plantas voltam a ficar abundantes (muitas espécies sobrevivem às queimadas).

- Também é um bioma muito impactado pela ação do homem.


CAATINGA

- Possui solo raso e pedregoso, rico em minerais, porém pobre em matéria orgânica.

- Possui secas prolongadas.

- A vegetação é formada por árvores baixas, arbustos, cactos, bromélias e outras plantas
xerófitas (adaptações contra secas prolongadas): tecidos que armazenam água, raízes
superficiais para captar rapidamente a água da chuva e raízes profundas para alcançar os
lençóis freáticos. As folhas possui cutícula espessa ou transformadas em espinhos, evitando
assim a perda de água.

- As folhas caem nos períodos de seca (outra


adaptação).

- A maior parte dos animais possui hábitos noturnos.

- A população que vive nesse bioma sofre muito com


falta de água.

PAMPAS

- Chamado também de campos sulinos, está concentrado no Rio Grande do Sul.

- Invernos frios e verões quentes.

- Temperatura pode ficar abaixo de 0°C.

- Vegetação predominante: gramíneas e herbáceas. Árvores ocorrem próximas a cursos de


água.

- Solos férteis e profundos.

- Muito explorado pela agropecuária e


pastoreio.
PANTANAL

- É a maior planície alagável do mundo.

- 80% da sua cobertura ficam inundadas nas épocas de chuvas.

- O verão é quente e úmido, o inverno frio e seco.

- O solo é arenoso.

- O pantanal recebe muita água que escoa dos planaltos adjacentes.

- É um importante refúgio para aves migratórias.

- É o bioma mais conservado do Brasil, ainda assim sofre muito com caça e tráfico de
animais.

- Pescas predatórias são comuns, inclusive no período de piracema, quando os peixes


sobem os rios para a desova.

- A agropecuária também destrói o bioma, devido o desmatamento.

MATA DE COCAIS

- É uma região de transição entre a Amazônia e a Caatinga.

- Vegetação característica formada por palmeiras como o babaçu, carnaúba e buriti.


Importantes para a economia local.
MANGUEZAL

- Ocorre no litoral, no encontro entre água doce e salgada.

- As plantas dos manguezais apresentam raízes que saem do solo para realizar trocas
gasosas (pneumatóforos ou raízes respiratórias) e gerar sustentação. Além dos risóforos,
caules que crescem em direção ao solo e ajudam na sustentação.

AULA 21 – HUMANIDADE E AMBIENTE

- Os impactos ambientais gerados pela humanidade afetam diversos ecossistemas,


acelerando a extinção de espécies e ameaçando o equilíbrio da natureza.

- Alguns ecossistemas possuem grande resiliência (capacidade de se recuperar após um


impacto ambiental), outros não.

- A extinção de espécies é algo normal, mas o ser humano vem acelerando esse processo
de forma não natural, dificultando o restabelecimento do equilíbrio ambiental.

- Um dos motivos é a perda de habitat. Espécies perdem sua moradia, acabam competindo
com outras e dessa forma podem entrar em processo de extinção. A fragmentação de um
ecossistema é um exemplo:
- A fragmentação de habitat expõe as espécies que são adaptadas ao interior da mata, isso
pode acelerar a extinção.

- Outro mecanismo que gera impacto ambiental é a introdução de espécies exóticas. Essas
espécies não evoluíram no ecossistema introduzido, podendo assim competir diretamente
com espécies nativas. O resultado pode ser o grande aumento populacional da espécie
introduzida, gerando impactos ambientais ou até mesmo extinção de espécies locais.

- Um exemplo é o mexilhão dourado que chegou ao Brasil no lastro de embarcações e hoje


causa grande prejuízo como o entupimento de tubulações.

- Como resposta, os ecólogos lutam para que existam mais áreas de conservação, regiões
protegidas por leis que impedem as ações antrópicas (do homem) em determinados locais,
com intuito de conservar espécies vulneráveis.

- A poluição é outro problema. A poluição atmosférica se dá principalmente pela queima de


combustíveis fósseis pelos veículos e usinas termelétricas. Frequentes incêndios da
vegetação também é um problema. O monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre
(SO2), óxido de nitrogênio (NO ou NO2), entre outras partículas suspensas, estão entre os
principais poluentes do ar.

- Essa poluição pode causar diversas doenças respiratórias na população.

- Alguns poluentes causam o “buraco” na


camada de ozônio. Principalmente os CFCs.
Em 1987, a partir do Protocolo de Montreal, foi
feito um acordo para substituir os CFCs por
uma alternativa ecologicamente adequada.
- Quando existe grande concentração de óxidos de carbono, nitrogênio e enxofre na
atmosfera, pode ocorrer a chuva ácida, que embora “não nos derreta” pode causar prejuízo
pela corrosão de edificações, estátuas e outras estruturas revestidas de calcário ou
mármore, até a morte de animais suscetíveis como plânctons, peixes ou plantações.

- A inversão térmica é um fenômeno natural, mas pode ser um grande problema: no fluxo
normal o ar quente tende a subir e levar a poluição junto. Mas o ar quente pode ficar
acumulado em uma região mais alta, aprisionando o ar frio que está abaixo dessa faixa.
Consequentemente a poluição fica sobre as cidades e ocorre o aumento de doenças
respiratórias

- o Smog é outro problema, caracterizado pelo


acumulo de poluentes que forma uma espécie de
neblina.

- As ilhas de calor ocorrem em grandes centros urbanos. Isso ocorre devido a grande
capacidade de absorção de calor pelo solo das cidades (asfalto, por exemplo). gerando um
acentuado aumento da temperatura nesses locais.
- O aquecimento global é um fenômeno real
causado pela elevação do efeito estufa. Perceba que
o aumento médio de 1°C no mundo pode não
parecer muito, mas muitas espécies suscetíveis
podem desaparecer, causando uma grande reação
em cadeia. Gases estufas como CO2, CH4, N2O,
CFCs e H2O atuam no efeito estufa, que
naturalmente é fundamental para a vida na Terra,
mas com o aumento desses gases está ocorrendo o
aumento do efeito estufa, e consequentemente da
temperatura média global.

- Fontes de obtenção de energia:

- Biocombustíveis: feitos a partir de plantas como a cana-de-açúcar, que é


renovável.

- Usinas hidrelétricas: a partir da água, que movimenta geradores de energia.


Causam grande impacto ambiental para a fabricação das represas.

- Usinas termelétricas: queimam biomassa para a produção de energia, contribui


para a poluição atmosférica.

- Usinas nucleares: possuem grande risco de contaminação ambiental. Ocorre


poluição térmica provocada na água usada para refrigeração.

- Energia eólica: converte energia cinética do vento em energia elétrica a partir da


movimentação de grandes aerogeradores (cata-ventos). Causam grande ruído, mas
é uma ótima alternativa para evitar poluição.

- Energia solar: converte a luz solar em energia elétrica, precisa de boas condições
de iluminação solar. Tem alto custo para a implantação, mas é uma excelente
alternativa.

- A poluição de água e de solos também é um problema.

- Descarte de produtos tóxicos;

- Resíduos de lixões (chorume);

- Descarte de esgoto.

São alguns dos principais problemas.


- A BIOACUMULAÇÃO é um grande problema:
espécies acabam acumulando metais pesados ou
fertilizantes em seu corpo, esses compostos não
são metabolizados e ficam acumulados, sendo
passado ao longo da cadeia alimentar, como
resultado, os organismos de topo de cadeia
acumulam mais metais e podem morrer (a nossa
espécie está incluída no processo).

- Outro problema da poluição de rios é a eutrofização: com o acúmulo de matéria orgânica,


geralmente proveniente de esgotos, ocorre a procriação acelerada de fitoplânctons e algas
(deixando a superfície da água esverdeada). Essa película impede a passagem de luz,
causando a morte de algas fotossintetizantes que vivem em camadas mais profundas. Isso
compromete a liberação de gás oxigênio provocando a morte dos animais, como os peixes.
A grande quantidade de organismos mortos e a falta de gás oxigênio favorecem a
proliferação de bactérias anaeróbias, que fazem a decomposição e liberam gás metano.
Perceba o desequilíbrio que a poluição causou nesse ambiente.

- Outro ponto que temos que discutir é o destino do lixo urbano. A população cresce
rapidamente e o consumismo também. O lixo pode sofrer incineração, ir para lixões ou
aterros sanitários. Caso os aterros sanitários não estiverem impermeabilizados ou o lixo for
depositado em lixões, o processo de decomposição forma o chorume, um líquido que
penetra e polui os lençóis freáticos.

- Coleta seletiva, reciclagem, compostagem, sacolas biodegradáveis e a diminuição do uso


de plástico (ou outros poluentes) são maneiras de evitar o problema com o excesso de lixo
nos centros urbanos.

E você, é sustentável? Eu te convido a fazer o teste da pegada ecológica. Acesse o Google


e faça a busca por “teste de pegada ecológica”. Veja o resultado e reflita se é possível
melhorar o seu relacionamento com o ambiente.
Uma dica de documentário sobre poluição é o famoso vídeo chamado “a história das
coisas”. Está disponível no youtube.

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