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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM LETRAS A DISTÂNCIA
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III

FERNANDA CAMELO SOUZA ROCHA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

ARAPIRACA, AL
SETEMBRO - 2018
FERNANDA CAMELO SOUZA ROCHA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Trabalho apresentado ao Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas –
IFAL, da Universidade Aberta do Brasil –
UAB, como requisito parcial de avaliação da
disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado III do Curso Superior de
Licenciatura em Letras Português, sob a
orientação da Professora: Gisele Fernandes
Loures.

ARAPIRACA, AL
SETEMBRO - 2018
2

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 4

2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................... 5

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 6

4 OBJETIVO GERAL DA INTERVENÇÃO .............................................................. 8

5 HIPÓTESES LANÇADAS E RESULTADOS ESPERADOS ................................. 9

6 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA........................................................................... 10

7 IDENTIFICAÇÃO DA TURMA ............................................................................ 11

8 PLANO DE AULA/DIÁRIO DE BORDO .............................................................. 15


8.1.1 Plano de Aula 12.07.2018...................................................................... 15
8.1.2 Diário de Bordo 12.07.2018 ................................................................... 16
8.2.1 Plano de Aula 13.07.2018...................................................................... 18
8.2.2 Diário de Bordo 13.07.2018 ................................................................... 19
8.3.1 Plano de Aula 18.07.2018...................................................................... 20
8.3.2 Diário de Bordo 18.07.2018 ................................................................... 21
8.4.1 Plano de Aula 19.07.2018...................................................................... 22
8.4.2 Diário de Bordo 19.07.2018 ................................................................... 24
8.5.1 Plano de Aula 20.07.2018...................................................................... 25
8.5.2 Diário de Bordo 20.07.2018 ................................................................... 26
8.6.1 Plano de Aula 25.07.2018...................................................................... 27
8.6.2 Diário de Bordo 25.07.2018 ................................................................... 28
8.7.1 Plano de Aula 26.07.2018...................................................................... 29
8.7.2 Diário de Bordo 26.07.2018 ................................................................... 31
8.8.1 Plano de Aula 27.07.2018...................................................................... 31
8.8.2 Diário de Bordo 27.07.2018 ................................................................... 32

9 FEEDBACK DAS AÇÕES................................................................................... 34

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 35


3

11 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 36

12 ANEXOS ............................................................................................................. 38
12.1 Fotos da Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo ....................... 38
12.2 Plano de ensino ........................................................................................... 40
12.3 Diário de Bordo da Observação ................................................................... 42
12.4 Materiais Trabalhados .................................................................................. 44
12.5 Frequência do estágio .................................................................................. 67
12.6 Ficha de Avaliação ....................................................................................... 70
12.7 Lista de Alunos ............................................................................................. 71
4

1 APRESENTAÇÃO

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96, a


disciplina de Estágio Supervisionado é obrigatória nos cursos de formação docente.
Sendo caracterizada como uma atividade de contato escolar que permite ao
licenciando a experiência mediada com as teorias desenvolvidas no decorrer do
curso.
O presente relatório apresenta informações e análises do estágio
supervisionado III realizado no período de 13 de junho a 27 de julho de 2018, com
alunos do 2° ano do ensino médio. Na sua composição estão as descrições das 10
horas/aula de observação e 20 horas/aulas de regência totalizando 30 horas/aulas,
além do plano de ensino e os planos de aula executados.
Segundo orientação da professora supervisora Isabella Cristina Barbosa
Nobre de Albuquerque, as aulas foram desenvolvidas com o estudo da escola
literária Romantismo precisamente a segunda e terceira geração.
O Estágio Curricular Supervisionado III teve como atividade principal a prática
de ensino de Língua Portuguesa, baseada na concepção pedagógica crítico-
reflexiva, ou seja, na ação-reflexão-ação.
O fazer e como fazer numa perspectiva pedagógica, são fatores decisivos e
importantes no processo de ensino-aprendizagem. Desse modo, perceber as
relações e as diferentes formas apropriadas para efetivar situações de ensino e
aprendizagens, é um ponto de destaque na busca de um trabalho pedagógico com
sentido e significado.
Sendo assim, é consenso que todo educador avalie se sua ação está
contribuindo positivamente no processo de aprendizagem.
5

2 JUSTIFICATIVA

O estágio supervisionado é uma oportunidade para os futuros docentes


conhecerem a realidade escolar que possivelmente atuarão, somado a possibilidade
do estudante pôr em prática as teorias aprendidas ao longo do curso.
O momento de regência é um termômetro no qual o estudante/estagiário
verifica as dificuldades, anseios e as necessidades reais dos alunos e professores
nas instituições escolares.
Para tanto, é necessário compreender que a educação é algo abrangente,
que precisa constantemente está refletindo sobre seu papel na sociedade, é preciso
que as expectativas de aprendizagem as competências profissionais e o
conhecimento que se espera, sejam progressivamente construídos e aplicados em
sala de aula, considerando, porém, que essa construção não deve ser unilateral ao
contrário, o professor é o mediador e o aluno tem um papel ativo neste processo.
Além disso, o ensino de Língua Portuguesa deve ter um caráter reflexivo, que
considere o professor sujeito da ação, que valorize suas experiências pessoais, seus
saberes e práticas pedagógicas compreendendo as dificuldades com as quais se
depara no dia a dia.
Dessa maneira, o estágio supervisionado é essencial ao licenciando, pois
essa aproximação entre escola e universidade permite a pesquisa para os
estudantes, professores e a academia. Essa que tem como objetivo formar
profissionais capazes de atuar em diferentes realidades, e consequentemente
contribuir para melhoria da educação nas suas localidades.
Portanto, o estágio permite ao futuro professor aplicar o que aprendeu na
faculdade ao longo dos períodos e refletir sobre sua práxis.
6

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com a realidade do contexto educacional contemporâneo o ensino


de Língua Portuguesa deve está em constante busca de conhecimentos para manter
os alunos motivados e atraídos pela aprendizagem.
O aluno, na sua essência, é dialético, dinâmico no seu processo de vida e
transformador social de sua história. Para tanto, quando se conjuga os
conhecimentos de Língua Portuguesa a situações vivenciadas e contextualizadas, o
educando é capaz de ler as entrelinhas do mundo; compreendendo-o e interagindo
significativamente. Para tanto é preciso construir bases sólidas, de modo a favorecer
um crescimento interativo e positivo com a sociedade.
Os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa aponta que:

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se


em propostas interativas língua/linguagem, consideradas em um processo
discursivo de construção do pensamento simbólico, constitutivo em
particular e da sociedade em geral. (2000, p. 18).

Nesse contexto, a literatura tem um lugar especial nas aulas de Língua


Portuguesa, uma vez que através dela o aluno tem a oportunidade de ouvir e sentir
e, por meio da imaginação, viajar sem sair do lugar, conhecer outros mundos e
poder sonhar, sendo ponto de partida para o encantamento e o desconhecido. Lajolo
(1999, p. 106) discorre que:

É a literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os


diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e
comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute,
simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a
literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer
plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária,
alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá
escrever um livro: mas porque precisa ler muitos.

Desse modo, a educação literária tem como objetivo a formação de alunos


leitores com capacidade para reconhecer sua cultura e constituir significado para si e
para o meio. Desenvolvendo nos alunos o prazer pela leitura, caracterizadas nas
descobertas das emoções e sentimentos.
Além disso, trabalhar os textos literários de forma contextualizada significa
aproveitar ao máximo as relações existentes entre conteúdos e a vida social do
7

educando. Nesse processo, o aluno perceberá a existência de diversos caminhos


para estruturar seu conhecimento. De acordo com Libâneo (2014, p.10):

[...] as atividades de uma disciplina na sala de aula orientadas para a


formação de processos mentais por meio dos conteúdos científicos
precisam estar articuladas com as formas de conhecimento cotidiano
vivenciadas pelos alunos.

Naturalmente, à proporção que o aluno constrói seu próprio conhecimento,


redefine seu papel perante o saber e o professor, consequentemente precisa
redimensionar seu papel no processo de ensino e aprendizagem de língua materna.
Segundo Antunes (2003, p.43) “... é o aluno o sujeito da aprendizagem que
acontece, ou seja, é ele quem realiza, na interação com o objeto da aprendizagem, a
atividade estruturadora da qual resulta o conhecimento (cf. Kato, 1986)”.
Nessa compreensão é imprescindível que o aluno aprenda por compreensão,
atribuindo significado ao que aprende. No entanto é fundamental que o educando
saiba o porquê das coisas e não simplesmente reproduza mecanicamente os
procedimentos e regras.
Portanto, é preciso formar professores de Língua Portuguesa capazes de
realizar intervenções necessárias para o desenvolvimento das habilidades do aluno
falar, ouvir, ler e escrever. É importante ressaltar que para garantir uma
aprendizagem significativa, é imprescindível que o professor tenha competência ao
selecionar conteúdos e materiais fazendo adequações necessárias a realidade
sociocultural de seus alunos e ao contexto da sua escola.
8

4 OBJETIVO GERAL DA INTERVENÇÃO

Desenvolver no aluno o gosto pela leitura de textos literários, apresentando o


valor estético de cada gênero literário em estudo, que se caracterizam nas
descobertas dos sentimentos e emoções.
9

5 HIPÓTESES LANÇADAS E RESULTADOS ESPERADOS

Pretende-se com este estágio aguçar o prazer pela leitura de textos literários,
fazendo com que os discentes sejam capazes de interagir uns com os outros, por
meio da linguagem, relacionando o que já sabem com conhecimentos novos.
10

6 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo, situada na Rua


Governador Luiz Cavalcante, S/N, Alto do Cruzeiro, Arapiraca-AL, tem como
entidade mantenedora a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc),
através da 5ª Gerência Regional de Educação (5ª GERE).
11

7 IDENTIFICAÇÃO DA TURMA

Duas turmas de Ensino Médio na modalidade regular: 2° ano G e 2° ano H;


Turno de funcionamento: vespertino.

2º ano "G" - Total de Alunos


Matrícula inicial

Abandono
37
43
Transferido

1 5 Frequentes até
27.7.2018

2º ano "H" - Total de Alunos


Matrícula inicial

Abandono
33
39
Transferido

1 5 Frequentes até
27.7.2018

2º ano "G" - 2º ano "H" -


Gênero Gênero

11 11
Masculino Masculino

Feminino 22 Feminino
26
12

2º ano "G" Cor Pele

6 4
Negro
Pardo
27 Branco

2º ano "H" Cor Pele

4 3
Negro
Pardo
26 Branco

2º ano "G" Situação


Socioeconômica
Não Trabalha
5
2
Trabalha

31 Outra (Bolsa
Família)

2º ano "H" Situação


Socioeconômica

4
4 Não Trabalha
Trabalha

29 Outro (Bolsa Família)


13

2º ano "G" - Estado Civil

02
Casado
Solteiro
Divorciado
Outro (namorando)
35

2º ano "H" - Estado Civil

02
Casado
Solteiro
Divorciado
Outro (namorando)
31

2º ano "G" - Faixa Etária

10
Menos de 15 anos
15 - 17 anos
17 19
18 - 24 anos
Acima de 24 anos
14

2º ano "H" - Faixa Etária

10
Menos de 15 anos
12 15 - 17 anos

20 18 - 24 anos
Acima de 24 anos

2º ano "G" - Tem Filhos

Não
Sim

31

2º "H" - Tem Filhos

Não
Sim

37
15

8 PLANO DE AULA/DIÁRIO DE BORDO

8.1.1 Plano de Aula 12.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano G/H do Ensino Médio
Componentes
História.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 1 aula de 50 minutos (em cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 1
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da Aula: 12.07.2018

II – CONTEÚDO
Romantismo: Segunda Geração;
Contexto histórico;
Características.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Compreender o contexto histórico e as características do período literário em
estudo;
Analisar e discutir a estética do Romantismo (poesia);
Conhecer a Segunda Geração ou Geração do Mal-do-Século.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Sondagem oral sobre a definição da palavra romantismo;
Aula expositiva dialogada com discussão sobre o contexto histórico,
características do Romantismo Geração do Romantismo.
16

V – RECURSOS
Livro didático, caderno, caneta, quadro e pincel.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

8.1.2 Diário de Bordo 12.07.2018

Quinta-feira 12/07/2018
2° ano H
Primeiro dia da minha regência, a primeira aula lecionada foi no 2° ano H. Ao
chegar à sala cumprimentei a turma e fiz a chamada conforme me orientou a
professora supervisora. Expliquei à turma que o meu estágio seria voltado ao
conteúdo de literatura, precisamente a segunda e terceira geração do Romantismo.
Após, fiz uma sondagem oral sobre o que eles conheciam sobre a escola
literária em estudo. Uma vez que, os mesmos já tinham estudado a primeira geração
do Romantismo. Para a minha surpresa, os alunos disseram que não lembravam,
pois foram passadas apenas duas aulas, inclusive havia sendo ministradas por
estagiários. Diante da situação mencionada, foi possível realizar apenas a
sondagem e uma revisão da primeira geração romântica.
Antes, havia conversado com a professora supervisora que iniciaria o
conteúdo combinado (segunda geração do Romantismo) nesta aula se ao sondar a
turma se tivesse um feedback satisfatório. Fato que não aconteceu, além disso, a
aula durou apenas 30 min, por se tratar da primeira aula.
Outro detalhe, a professora havia solicitado que eles trouxessem o livro
didático, fato que não aconteceu, pois a maioria dos alunos não levou o livro
didático. Ela me esclareceu que estava sem utilizá-lo há algum tempo, o que
17

provavelmente motivou-os a essa atitude. No nosso planejamento a professora


Isabella pediu que eu utilizasse o livro didático, e planejasse as aulas por ele.
Contudo, a turma me acolheu muito bem, demonstrou interesse em aprender,
além de participativa e mantendo relação de respeito entre eles e com a estagiária.
2° ano G
Realizei o mesmo procedimento que fiz na turma 2º ano H, e obtive o mesmo
resultado em relação à sondagem, a turma relatou que não lembrava. Então, iniciei
uma revisão da primeira geração romântica.
No entanto, boa parte da turma não prestou atenção alguns conversavam,
outros utilizavam o celular. Alguns alunos começaram a agir de modo a me desafiar,
como não reagi às provocações, começaram a sair da sala sem autorização.
A professora supervisora ficou no final da sala observando, no final da aula
conversou comigo, e pediu para eu colocar faltas neles. Já tinha me alertado que os
alunos desta turma têm o costume de sair no meio das aulas.
Alguns desses alunos estão repetindo o ano, além da indisciplina eles utilizam
cigarros não convencionais nas dependências da escola, o que provavelmente
explique a situação. Saí da sala frustrada e angustiada, mas decidida a mudar a
estratégia da próxima aula. Pedi permissão à professora para modificar algumas
metodologias, já acertadas com ela anteriormente.
Diante disso, é pertinente refletir e mudar de estratégia, pois a literatura em
sala de aula deve fazer com que o estudante se identifique com o texto lido por meio
das convenções culturais e sociais expostas nos textos literários e vivenciado por
ele, de modo a ter um diálogo mais intenso com o texto. De acordo com Candido:

[…] a literatura tem sido um instrumento poderoso de instrução e educação,


entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento
intelectual e afetivo. Os valores que a sociedade preconiza, ou os que
consideram prejudiciais, estão presentes nas diversas manifestações da
ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe
e denuncia, apoia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos
dialeticamente os problemas. (Candido, 2014, p. 113).

Portanto, o ensino de literatura não deve ter como foco apenas o


conhecimento das obras literárias, mas que seja realizado realmente um trabalho
onde o aluno consiga realizar no texto uma experiência exitosa, ou seja, é
necessário que o professor busque meios de instigar o aluno a encontrar no texto
literário um espaço de construção de sentidos.
18

8.2.1 Plano de Aula 13.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano “G” do Ensino Médio
Componentes
História.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 1 aula de 50 minutos (em cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 2
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 13/07/2018

II – CONTEÚDO
 Segunda geração do Romantismo
Contexto histórico;
Características.

III – OBJETIVOS
Compreender o contexto histórico do ultrarromantismo;
Conhecer as características da Geração Mal do Século;
Identificar em trechos de canções populares as características do período
literário em estudo.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Aula expositiva dialogada com discussão sobre o contexto histórico e explicação
das características da Segunda Geração do Romantismo. Após os alunos irão
responder, em dupla, atividades (xerografadas) sobre as características do
ultrarromantismo, em seguida a correção será oralmente.

V – RECURSOS
Livro didático, caderno, caneta, atividades xerografadas, quadro e pincel.
19

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.
ARROCHA, Pablo & Grupo. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/pablo-
grupo-arrocha/>. Acesso em 12.07.2018.

8.2.2 Diário de Bordo 13.07.2018

Sexta-feira 13/07/2018
2° ano H
A aula iniciou às 14h 40min e finalizou às 15h30min. Nessa aula a maioria
dos alunos trouxe o livro. Foi uma aula expositiva dialogada. Estudamos o contexto
histórico e as características da segunda geração do Romantismo.
Após, pedi à turma para formar duplas e entreguei uma pequena atividade
xerografada com trechos de canções do cantor Pablo, conhecido popularmente
como Pablo da sofrência. Na qual, eles iriam identificar algumas características do
ultrarromantismo.
A turma ficou bastante animada, inclusive cantaram, pois já conheciam todas
as canções, uma vez que faz parte das vivências deles, e com a mediação da
estagiária conseguiram realizar a atividade.
A aula foi proveitosa, a turma participou e interagiu bastante atingindo os
objetivos propostos.
2° ano G
No dia 13 de julho de 2018, às 15h50min iniciei mais uma aula de regência no
2° ano G que terminou às 16h40min. Primeiramente, cumprimentei a turma e fiz a
frequência, falei o que faríamos na aula, alguns alunos trouxeram o livro didático.
Foi uma aula expositiva dialogada, iniciamos com uma discussão sobre o
contexto histórico, logo após expliquei as características da segunda geração do
Romantismo. Em seguida, pedi à turma para formar duplas e entreguei uma
20

pequena atividade xerografada com trechos de canções do cantor Pablo, conhecido


popularmente como Pablo do Arrocha. Na qual, eles iriam identificar algumas
características do ultrarromantismo.
A turma ficou bastante animada e participativa, inclusive cantaram, pois já
conheciam todas as canções, uma vez que fazem parte das vivências deles, e com
a mediação da estagiária conseguiram realizar a atividade, e o mais importante
ninguém saiu da sala.
Para Libâneo (pg. 10, ano 2014) “... As atividades de uma disciplina na sala
de aula orientadas para a formação de processos mentais por meio dos conteúdos
científicos precisam estar articuladas com as formas de conhecimento cotidiano
vivenciadas pelos alunos”.
Desse modo, o trabalho contextualizado permite ao professor e seus alunos
trocarem experiências vividas, ou seja, trocas mútuas de saberes. Além disso, o
professor ciente dos objetivos para aquele momento desenvolve um trabalho
organizado, estruturado e significativo para sua turma. Ainda a esse respeito, é
preciso destacar que:

[...] o ensino acontece em meio a práticas correntes no entorno social e nas


próprias situações de aprendizagem na escola e na sala de aula, dando a
configuração do ambiente social de aprendizagem. A atuação na zona de
desenvolvimento próximo, portanto, supõe o contexto de “vivências” do
aluno, ou seja, os contextos socioculturais e institucionais que atuam na sua
subjetividade. (LIBÂNEO, 2014, pg. 10).

Portanto, o professor sendo um mediador no processo de ensino-


aprendizagem deve considerar a realidade vivenciada pelos alunos. Trazer para sala
de aula elementos do cotidiano pode melhorar o processo de aprendizagem dos
alunos.

8.3.1 Plano de Aula 18.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano G/H do Ensino Médio
Componentes Arte.
21

Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 01 aula de 50 minutos (em cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 03
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 18.07.2018

II – CONTEÚDO
Leitura de imagem: tela “Andrômeda, G. Doré”;
Atividades escritas.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Identificar na tela as características da segunda geração do romantismo;
Compreender as características da geração do mal do século.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Leitura de imagem;
Discussão sobre a tela;
Atividades escritas (em dupla).

V – RECURSOS
Livro didático, caderno, caneta, quadro e pincel.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

8.3.2 Diário de Bordo 18.07.2018


22

Quarta-feira 18/07/2018
2° ano H
Iniciou às 13h20min e finalizou às 13h50min, cumprimentei os alunos e fiz a
chamada. Foi realizada a leitura de uma imagem, seguida de uma discussão sobre a
tela e as características nela presentes do ultrarromantismo.
Após, a turma iniciou uma atividade escrita no livro didático sobre a referida
obra. Devido ao tempo não foi possível finalizá-la, o que ficou para a próxima aula.
Alguns alunos ainda não trouxeram o livro, por tal motivo sendo trabalhada em
dupla.
A turma realizou as atividades e demonstrou responsabilidade com os
estudos.
2° ano G
Iniciou às 14h40min finalizou às 15h30min, procedi da mesma maneira que
na turma do 2º ano H. Cumprimentei os alunos, fiz a chamada e realizei a mesma
atividade.
No entanto, o comportamento da turma melhorou em relação a minha aula.
Foram participativos e silenciosos no momento de realizar a atividade escrita. Os
alunos que saíram foram apenas para tomar água ou ir ao banheiro, ou seja, com
retorno à sala. Alguns não trouxeram o livro, por isso formaram duplas, nessa turma
foi finalizada, pois tiveram mais tempo.
Já em relação à leitura de imagens é pertinente ressaltar que a leitura de
imagens trabalhada em sala de aula deve ser feita de modo que leve significado aos
educandos. Segundo Hernandez:

As imagens são mediadoras de valores culturais e contém metáforas


nascidas da necessidade social de construir significados. Reconhecer essas
metáforas e seu valor em diferentes culturas, assim como estabelecer as
possibilidades de produzir outras, é uma das finalidades da educação para
a compreensão da cultura visual. (2000, p.1330).

Desse modo, as imagens que o professor apresenta aos seus alunos devem
ser escolhidas adequando-se aos objetivos propostos para aula, ou seja, a partir dos
conteúdos desenvolvidos.

8.4.1 Plano de Aula 19.07.2018


23

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano G/H do Ensino Médio
Componentes
História.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 2 aulas de 50 minutos (em cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 4e5
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 19.07.2018

II – CONTEÚDO
Segunda geração: O projeto literário dos ultrarromânticos;
“Lembrança de morrer”, Álvares de Azevedo.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Inferir o tema e assunto, demonstrando compreensão global do texto;
Identificar elementos constitutivos da organização e estrutura do gênero poema;
Ler e reconhecer o texto literário como expressão de identidade e culturas.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Aula expositiva dialogada;
Discussão e análise do poema “Lembrança de morrer”, Álvares de Azevedo;
Atividades escritas (individual).

V – RECURSOS
Livro didático, atividades xerografadas, caderno, caneta, quadro e pincel.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.
24

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

8.4.2 Diário de Bordo 19.07.2018

Quinta-feira 19/07/2018
2° ano H
Iniciou às 13h20min e terminou às 14h40min. Cumprimentei a turma, realizei
a chamada e falei sobre o que faríamos no dia. Retomamos a atividade que faltou
concluir.
Na sequência foi dada a continuidade com o livro didático. Estudamos o
projeto literário dos ultrarromânticos. Seguido de discussão e análise do poema
“Lembranças do morrer” de Álvares de Azevedo.
Alguns alunos questionaram o motivo das aulas serem apenas de literatura,
expliquei que estava seguindo a orientação da professora Isabella. A turma
demonstra maturidade e são engajados nas demais atividades da escola.
2° ano G
Primeira aula iniciou às 14h45min e terminou às 15h30min. A segunda aula
do dia iniciou às 15h50min e terminou às 16h40min. Na primeira aula foi realizada a
exposição do conteúdo e apresentado o poema “Lembranças do morrer”, Álvares de
Azevedo, seguido de discussão.
Na segunda aula analisamos o poema, através de uma atividade contida no
livro didático. A maioria da turma participou, outros ficaram quietos, no entanto não
atrapalharam o andamento da aula. Alguns alunos da turma não assistiram à aula
ficaram nas escadas conversando e fumando com alunos de outras turmas.
Estimular a leitura de poemas entre os alunos é um exercício produtivo e
prazeroso. É uma possibilidade de exercitar habilidades de leitura de textos poéticos
para o aluno desenvolver competências comunicativas essenciais ao exercício da
cidadania na sociedade da informação e do conhecimento.
De acordo com Lajolo, “... a literatura é importante no currículo escolar: o
cidadão, para exercer plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem
25

literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá
escrever um livro: mas porque precisa ler muitos”. (1999, p. 106).
Sendo assim, a apropriação da leitura do texto literário estimula a criticidade
entre o leitor e o texto, mas também favorece momentos prazerosos de
entretenimento que pode envolver também a interação com outras linguagens e com
outros textos.

8.5.1 Plano de Aula 20.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano G/H do Ensino Médio
Componentes
História.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 1 aula de 50 minutos (em cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 6
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 20.07.2018

II – CONTEÚDO
Autores da Segunda Geração do Romantismo:
 Casimiro de Abreu;
 Álvares de Azevedo;
 Fagundes Varela.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Participar das interações orais em sala de aula, com liberdade, desenvoltura e
respeito aos interlocutores;
Valorizar a literatura, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da
humanidade;
Recitar poema com entonação e emotividade;
26

Ler poemas a fim de compreender e relacionar tradição e contemporaneidade;


Reconhecer as características dos poemas do ultrarromantismo.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Leitura compartilhada sobre um pouco da vida dos autores ultrarromânticos.
Leitura e análise dos poemas “Meus oito anos”, Casimiro de Abreu e “Cântico do
calvário”, Fagundes Varela.

V – RECURSOS
Livro didático, caderno, caneta, quadro e pincel.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

8.5.2 Diário de Bordo 20.07.2018

Sexta-feira 20/07/2018
2° ano H
Início da aula 14h40min, término 15h30min. Cumprimentei e fiz a chamada. A
diretora veio conversar com a turma a respeito de um evento, levou
aproximadamente 10min.
Realizamos a leitura compartilhada de um texto sobre um pouco da vida dos
principais autores ultrarromânticos. Na seguida, perguntei quem gostaria de ler para
turma dois poemas. Um aluno leu o poema “Meus oito anos” de Casimiro de Abreu
e o outro leu “Cântico do Calvário” de Fagundes Varela.
2° ano G
A aula que deveria acontecer às 15h50min iniciou as 16h00min, pois a
diretora adjunta se reuniu com os professores no horário do intervalo, estendendo-o
por mais 10min.
27

Isto é, a aula durou apenas quarenta minutos. Alguns alunos não esperaram e
foram para casa. Ao chegar à sala cumprimentei a turma e realizei a chamada. Após
fizemos uma roda para leitura compartilhada sobre um pouco da vida dos principais
autores ultrarromânticos, seguido de discussão.
A leitura de textos literários além de desenvolver habilidades de leitura,
favorece a criação de um ambiente de letramento por meio da interação entre
leitores e leituras. Para Lajolo, “É a literatura, como linguagem e como instituição,
que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e
comportamentos...”. (1999, p.105).

8.6.1 Plano de Aula 25.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano “G” e “H” do Ensino Médio
Componentes
História.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 1 aula de 50 minutos (cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 7
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 25/07/2018

II – CONTEÚDO
 Terceira geração do Romantismo
Contexto histórico;
Características.

III – OBJETIVOS
Compreender o contexto histórico e as características do Romantismo terceira
geração;
Argumentar sobre acontecimentos de interesse social, com base em
28

conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, mídia impressa e digital, com


cordialidade e respeito a pontos de vista diferentes.
Participar das interações orais em sala de aula, com liberdade, desenvoltura e
respeito aos interlocutores;

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Aula expositiva dialogada com discussão sobre o contexto histórico e explicação
das características da terceira geração do Romantismo.

V – RECURSOS
Livro didático, caderno, caneta, atividades xerografadas, quadro e pincel.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

8.6.2 Diário de Bordo 25.07.2018

Quarta-feira 25/07/2018
2° ano H
Início da aula 13h20min término 13h50min. Primeiramente, cumprimentei a
turma e fiz a chamada. Após, iniciamos os estudos da terceira geração sobre o
contexto histórico e as principais características. Foi uma aula expositiva dialogada.
Os alunos demonstraram uma maior participação, possivelmente devido à
abordagem social da terceira geração. Questões que até hoje são vivenciadas na
nossa sociedade.
2° ano G
Iniciou às 14h40min e finalizou às 15h30min. Procedi do mesmo modo que no
2° ano H, iniciamos os estudos com terceira geração romântica. Através de uma
29

aula expositiva dialogada, abordando o contexto histórico e as principais


características. Os alunos contextualizaram com os atuais casos de racismo
existentes, falaram dos comentários racistas feitos nas redes sociais.
Eles citaram casos que já presenciaram ou que já aconteceu com parentes e
amigos. Vale destacar que foram participativos respeitando os turnos de fala. Essa
turma têm alunos faltosos ou que estão na escola, mas não assistem às aulas.
A leitura de textos literários amplia o interesse pela leitura literária e valoriza
cada vez mais a literatura em sua dimensão social e estética. Vale destacar que a
leitura literária “... provoca emoções, dá prazer ou diverte, ele é vista como arte, e ao
assumir seu caráter transformador, ela se torna necessariamente formadora”.
(ZILBERMAN, 1984, p. 134).
Dessa forma, o aluno contempla os textos literários, tanto os orais como
escritos, valorizando a literatura, em sua diversidade cultural e como patrimônio
artístico da humanidade.

8.7.1 Plano de Aula 26.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano “G” e “H” do Ensino Médio
Componentes
Arte.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 02 aulas de 50 minutos (cada turma)
Turno: Vespertino
Nº da aula: 08 e 09
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 26/07/2018

II – CONTEÚDO
 Características da terceira geração do Romantismo

Poema “Navio negreiro”, Castro Alves;


30

Canção “Haiti”, Caetano Veloso e Gilberto Gil.

III – OBJETIVOS
Ler poemas, silenciosamente e em voz em alta, com fluência (padrão rítmico
adequado e precisão), de modo a possibilitar a compreensão;
Participar das interações orais em sala de aula, com liberdade, desenvoltura e
respeito aos interlocutores;
Discutir e apresentar inferindo informações implícitas nos textos em estudo,
planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Leitura silenciosa e em voz alta do poema “Navio negreiro”, Castro Alves;
Apresentação da música “Haiti”, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Após, em trio
encontrar relação da música com o poema, e por último apresentar para a turma.

V – RECURSOS
Livro didático, caderno, caneta, atividades xerografadas, quadro e pincel.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será processual através da participação e realização das atividades
propostas.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.
Caetano Veloso e Emicida. Haiti. Disponível em
<https://www.kboing.com.br/emicida/haiti-feat-caetano-veloso-ao-vivo/>. Acesso em
24.07.2018.

8.7.2 Diário de Bordo 26.07.2018

Quinta-feira 26/07/2018
2° ano H
31

Início da aula 13h20min término às 14h40min. Retomamos as características


da terceira geração, após fizemos a leitura silenciosa do poema “Navio negreiro” de
Castro Alves. Em seguida os alunos leram em voz alta a quarta e a quinta parte do
poema. Após escutaram a música “Haiti” de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Por fim,
em trio discutiram e apresentaram a relação da música com a arte condoreira.
Os alunos demonstraram atenção, dedicação e respeitaram os turnos de fala.
Contribuindo para os seus crescimentos na aprendizagem. Saí da sala muito
satisfeita.
2° ano G
Início da primeira aula 14h40min término 15h30min. A segunda aula das
15h50min às 16h40min. Procedi da mesma maneira que na turma do 2º ano G. No
entanto, os alunos se atentaram mais a música que para o poema. Alguns ficaram
tímidos para apresentar, falando apenas um por equipe.
O trabalho em sala de aula com leitura literária tem como meta a formação de
alunos leitores que possam atribuir significado às suas experiências. De acordo com
Brasil (2017, p. 65):

[...] a leitura literária possibilita a vivência de mundos ficcionais, possibilita


também ampliação da visão de mundo, pela experiência vivida em outras
épocas, outros espaços, outras culturas, outros modos de vida, outros seres
humanos.

Assim, os textos poéticos provocam sensações, impressões, sentimentos,


ideias, imagens e reflexões. De modo que na sala de aula a educação literária tem
um lugar todo especial.

8.8.1 Plano de Aula 27.07.2018

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome Da Escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2º Ano “G” do Ensino Médio
Componentes
História.
Interdisciplinares:
Ano Letivo: 2018
Duração da aula: 1 aula de 50 minutos (cada turma)
Turno: Vespertino
32

Nº da aula: 10
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Supervisora: Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Data da aula: 27/07/2018

II – CONTEÚDO
Romantismo: primeira e segunda geração.

III – OBJETIVOS
Verificar a aprendizagem;
Possibilitar ao aluno de saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades;
Permitir a estagiária analisar criticamente sua prática educativa.

IV – METODOLOGIA DE ENSINO
Atividade avaliativa em dupla.

V – RECURSOS
Atividades xerografadas.

VI – AVALIAÇÃO
A própria atividades.

VI – REFERÊNCIAS
ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

8.8.2 Diário de Bordo 27.07.2018

Sexta-feira 27/07/2018
Meu último dia de estágio, conforme me orientou a professora supervisora
aplicaria uma atividade avaliativa, em forma de simulado, sobre o conteúdo
ministrado por mim.
Primeiramente, em ambas as turmas, eu agradeci pelo acolhimento. Em
seguida, entreguei as atividades xerografadas para serem respondidas em dupla.
33

Essa experiência enriquecedora serviu para mostrar entre tantas coisas, que
dentro de um mesmo contexto escolar existem diferentes realidades. As diferenças
entre as turmas que lecionei, apesar de ser alunos de realidade socioeconômica
parecida e com pouca diferença de faixa etária, a turma 2º ano H é comprometida,
dedicada, responsável, madura. Alguns alunos já trabalham, outros fazem cursos
fora da instituição. Já a turma 2º ano G possui alunos faltosos, com pouco interesse
pelos estudos e desrespeitosos com as regras da escola.
Fatores esses que mostram que a importância do estágio não está somente
relacionada às práticas de ensino, mas também permite realizar pesquisa diante de
determinadas problemáticas encontradas, sem esquecer que é imprescindível ao
futuro docente desenvolver habilidades para o trabalho coletivo. Segundo Pimenta e
Silva (2005/2006, p.17) “o estágio prepara o futuro professor para o trabalho
coletivo, pois a tarefa escolar é resultado das ações coletivas dos professores e das
práticas institucionais em contextos sociais, históricos e culturais”.
Portanto, o estágio apesar de ser uma experiência breve me trouxe grande
aprendizado. Uma vez que, oportunizou reflexões sobre alguns princípios
fundamentais que orientam o trabalho docente e que se expressam no cotidiano da
sala de aula.
34

9 FEEDBACK DAS AÇÕES

Ao analisar de forma processual o desempenho dos alunos dos 2°anos G e H,


foi possível considerar que ambas as turmas atingiram grande parte dos objetivos
estabelecidos para o período do estágio.
O 2° ano H é uma turma com maturidade, responsável, participativa,
demonstra interesse em aprender. Manteve relação de respeito uns com os outros,
com a professora, estagiária e com os demais funcionários da escola. Realizou
todas as atividades propostas com dedicação e capricho. Além de manifestar suas
opiniões com clareza, sempre conectada com os assuntos apresentados em sala de
aula.
No entanto, o 2° ano G exigiu um maior esforço para estagiária. A princípio
grande parte da turma demonstrou falta de atenção se envolvendo em conversas
paralelas no meio da aula, alguns alunos se retiraram da sala sem autorização. O
que ocasionou em uma mudança de estratégia para as futuras aulas.
Com o replanejamento das ações os alunos ficaram mais atenciosos,
participativos com isso a turma ficou mais integrada, contribuindo para o seu
aprendizado.
Diante do exposto, percebe-se que ensinar exige bem mais que domínio de
conteúdos, requer do professor outras habilidades que são adquiridas na prática, ou
seja, no dia a dia da sala de aula.
35

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado III proporcionou um contato direto com a realidade


da escola. Pois, ele possibilitou bem mais que aulas convencionais, a transmissão
de conteúdos, mas a oportunidade de refletir sobre as necessidades reais dos
alunos, somado a experiência de vivenciar na pele o dia a dia de um professor de
escola pública.
Esse encontro do aprendiz de professor com a sala de aula, em ebulição, é
algo que no primeiro momento angustia e traz insegurança. Mas, é um desafio que é
superado a cada dia, através do apoio dos professores nas escolas, na acolhida dos
alunos, no embasamento teórico que recebemos ao longo dos períodos na
academia e no desejo de fazer o nosso melhor.
Essa passagem mesmo que rápida acrescenta muito aos futuros docentes,
pois os auxiliam na compreensão do papel social dos professores na vida dos seus
alunos. Esse fazer docente que só ocorre no encontro com o aluno.
As diferentes experiências trazidas por cada indivíduo que está ali com os
olhos voltados para o professor, às diversas situações cotidianas em sala de aula
que não são limitadas a matéria exposta, conflitos, aflições, conteúdos que vão além
dos referenciais curriculares e que a academia não dar conta, mas que modificam a
aula o que demonstra que a educação é muito mais que planos de aula, conteúdos e
diretrizes.
Desse modo, percebe-se que a educação é um processo complexo que
envolve diferentes fatores, e não estar limitada as paredes da escola. Daí a
importância do estágio na formação do professor. Essa experiência enriquecedora
contribui significativamente no processo de ensino-aprendizagem do estudante de
licenciatura.
Sendo assim, o estágio oportuniza ao futuro docente estudos, reflexões,
análises e proposições sobre o ensinar e o aprender. Na qual, sobressaem os
pontos positivos aos negativos, uma vez que ensinar é uma tarefa complexa, mas
que pode ser prazerosa.
36

11 REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.

______. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,


2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio) – Linguagens, Códigos e
suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEF, 2000. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf>. Acesso em: 26/09/2018.

CANDIDO, Antonio. Direitos Humanos e literatura. In: A.C.R. Fester (Org.) Direitos
humanos E… Cjp / Ed. Brasiliense, 1989.

HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho.


Tradução – Jussara Haubert Rodrigues – Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 4. ed. São Paulo:
Ática, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Terceira
versão revista. Brasília: MEC, 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/IMAGES/BNCCpublicaçao.pdf>. Acesso em
10/07/2018.

LIBÂNEO, José Carlos. DIDÁTICA E PRÁTICAS DE ENSINO E A ABORDAGEM DA


DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL NA ESCOLA. Didática e Prática de Ensino:
diálogos sobre a Escola, a Formação de Professores e a Sociedade. edUECE.
Livro 4. Disponível em:
<http://www.uece.br/endipe2014/ebooks/livro4/10.%20DID%C3%81TICA%20E%20P
R%C3%81TICAS%20DE%20ENSINO%20E%20A%20ABORDAGEM%20DA%20DI
VERSIDADE%20SOCIOCULTURAL%20NA%20ESCOLA.pdf>. Acesso em:
01/08/2018.
37

PIMENTA, Selma Garrido. LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência:


diferentes concepções. Revista Poíesis - Volume 3, Números 3 e 4, p. 5-24,
2005/2006. Disponível em:
<https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/download/10542/7012>. Acesso em:
30/07/2018.

ZILBERMAN, Regina; MAGALHÃES, Lígia C. Literatura infantil: autoritarismo e


emancipação. 1 ed. São Paulo: Ática, 1984.
38

12 ANEXOS

12.1 Fotos da Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo


39
40

12.2 - Plano de Ensino

I – IDENTIFICAÇÃO
Nome da escola: Escola Estadual de Educação Básica Costa Rêgo
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 2° ano “G” e “H”
Ano Letivo: 2018
Semestre: 3ª etapa
Turno: Vespertino
Carga Horária: 20 horas
Nome da Professora Fernanda Camelo Souza Rocha
Estagiária:
Professora Isabella Cristina Barbosa Nobre de Albuquerque
Supervisora:

II – OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de


significação e integrador da organização do mundo e da própria
integridade;
Analisar e aplicar recursos expressivos das linguagens,
relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,
organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de
produção e recepção.
41

III – METODOLOGIA DE ENSINO


Aulas dialogadas, atividades em dupla, leitura individual e compartilhada,
atividades orais e escritas (individual e em dupla).

IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Romantismo Segunda Geração:
 Idealização, paixão e morte:
 Leitura da imagem;
 Da imagem para o texto;
 A segunda geração romântica: uma poesia arrebatada;
 O projeto literário dos ultrarromânticos
 Autores:
 Casimiro de Abreu;
 Álvares de Azevedo;
 Fagundes Varela.
Romantismo Terceira Geração:
 A poesia social;
 O Condoreirismo: a poesia clama por liberdade;
 O projeto literário da poesia da terceira geração;
 Autores:
 Castro Alves;
 Sousândrade.

V – RECURSOS
Quadro/pincel, dicionários, atividades xerografadas, gibis, livro didático, caderno, lápis,
caneta, borracha, papel quarenta e cartolina.

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será formativa, ou seja, será contínua no decorrer das aulas, através
da participação, realização das atividades propostas, observando possíveis avanços.
42

VII – BIBLIOGRAFIA BÁSICA


ABAURRE, M. L. M.; ABAURRE, M. B. M.; PONTARA, M. Português: contexto,
interlocução e sentido. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2016.

VIII – BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR


LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Campinas; SP. Ed. Cortez, 1994. 264p.

12.3 – Diário de Bordo da Observação

Quarta-feira 13/06/2018
Primeiro dia de observação na Escola Estadual de Educação Básica Costa
Rêgo. Realizarei meu estágio em duas turmas de segundo ano, tendo como
supervisora a professora Isabella Cristina.
A primeira aula observada foi no 2° ano H. A aula iniciou às 13h20min e
finalizou às 13h50min. Primeiramente, a professora cumprimentou a turma e me
apresentou como estagiária, fez a chamada e respondeu a questionamentos de
alguns alunos sobre o sarau que será realizado. Em seguida, pediu para todos
pegarem o livro, explicou e respondeu alguns exercícios do livro didático sobre
pronomes.
A segunda aula observada foi no 2° ano G que iniciou às 14h40min. A
professora procedeu da mesma maneira que na turma do 2º ano H. Também
esclareceu dúvidas sobre o sarau, no entanto nesse momento duas alunas se
desentenderam, gerando um conflito que acabou ocasionando em gritos e agitação
dos demais colegas. A professora mediou à situação e pediu para a turma se
acalmar. Só então, conseguiu passar o conteúdo que foi o mesmo exercício que
passou na turma do 2º ano H. A aula finalizou às 15h30min.
As aulas na escola têm duração de cinquenta minutos, porém percebi que
todos os dias a primeira aula que deveria iniciar às 13h só começa vinte minutos
depois, ou seja, a primeira aula tem apenas trinta minutos.

Quinta-feira 14/06/2018
43

Observei quatro aulas, duas em cada turma. As duas primeiras foram no 2°


ano H, a professora fez a chamada, em seguida realizou uma revisão para a
avaliação que seria no dia seguinte. A atividade foi escrita no quadro, os alunos
copiaram, após ela, com a participação dos alunos, respondeu.
Terminada a atividade a professora, mais uma vez, orientou os alunos para o
sarau. Faltando vinte minutos para finalizar a aula, a mesma liberou a turma para
ensaiar.
As outras duas aulas foram na turma do 2º ano G. Teve início às 15h50min. À
professora fez a mesma atividade de revisão, porém alguns alunos demonstram
desinteresse, atrapalhando a aula com conversas paralelas. Três alunos se retiram
da aula, enquanto outro é grosseiro com a professora utilizando palavras
inadequadas e desrespeitosas, o que faz com ela peça para ele se retirar da sala.
Também orientou os alunos e liberou um pouco cedo para ensaiar para o sarau.

Sexta-feira 15/06/2018
A primeira aula observada foi no 2° ano G começou às 14h40min foi aplicada
a avaliação do bimestre, em dupla, com questões de múltipla escolha, finalizada às
15h30min. O mesmo procedimento foi realizado na 2° ano G, iniciou às 15h50min e
finalizou às 16h40min.

Quarta-feira 20/06/2018
Foi realizado o sarau no auditório da escola com as turmas do 2° e 3° anos,
sob a orientação da professora Isabella Cristina.
O 2° ano G apresentou uma releitura da obra “O cortiço” de Aluísio Azevedo
em forma de teatro, utilizando música e linguagem atuais. A plateia presente
mostrou-se bastante animada com a apresentação.
Já o 2° ano H apresentou, também, em forma de teatro uma releitura do
romance “Dom Casmurro” de Machado De Assis. Além disso, houve o encerramento
com a turma cantando uma música. A plateia fez silêncio e no final todos
aplaudiram.
Frente ao exposto, percebi que a professora Isabella Cristina é bastante
comprometida com seus alunos. Demonstrou equilíbrio diante das situações de
conflito, sabendo amenizar e não perdendo a postura.
44

Além disso, oportunizou aos alunos a utilizar diferentes linguagens a verbal


(oral e escrita) e a não verbal. Foi notado na entrega de algumas atividades
avaliativas que os alunos havia produzidos textos escritos, realizado pesquisa, além
das discussões em sala e o sarau, ou seja, sendo avaliados com diferentes
atividades, não se limitando ao ensino de gramática. Que segundo Antunes (2007,
p.52) “a gramática, sozinha, é incapaz de preencher as necessidades interacionais
de quem fala, escuta, lê ou escreve texto”.
O que mostra que as aulas da professora Isabella contemplam os eixos de
oralidade, leitura e interpretação de texto e produção textual, sem esquecer o ensino
da gramática normativa. Que é importante para tornar o aluno competente
discursivamente, e assim poder exercer a sua cidadania.

12.4 – Materiais Trabalhados


45
46
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48
49
50
51
52
53

Haiti
E na TV se você vir um deputado em

Quando você for convidado pra subir pânico mal dissimulado


no adro Diante de qualquer, mas qualquer mesmo,

Da fundação casa de Jorge Amado qualquer, qualquer

Pra ver do alto a fila de soldados, Plano de educação que pareça fácil
quase todos pretos Que pareça fácil e rápido

Dando porrada na nuca de malandros E vá representar uma ameaça de

pretos democratização

De ladrões mulatos e outros quase Do ensino do primeiro grau


brancos E se esse mesmo deputado defender a

Tratados como pretos adoção da pena capital

Só pra mostrar aos outros quase E o venerável cardeal disser que vê tanto
pretos espírito no feto

(E são quase todos pretos) E nenhum no marginal

E aos quase brancos pobres como E se, ao furar o sinal, o velho sinal
pretos vermelho habitual

Como é que pretos, pobres e mulatos Notar um homem mijando na esquina da

E quase brancos quase pretos de tão rua sobre um saco


pobres são tratados Brilhante de lixo do Leblon

E não importa se os olhos do mundo E quando ouvir o silêncio sorridente de São


inteiro Paulo

Possam estar por um momento Diante da chacina


voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados 111 presos indefesos, mas presos são

E hoje um batuque um batuque quase todos pretos

Com a pureza demeninos Ou quase pretos, ou quase brancos quase


uniformizados de escola secundária pretos de tão pobres

Em dia de parada E pobres são como podres e todos sabem

E a grandeza épica de um povo em como se tratam os pretos


formação E quando você for dar uma volta no Caribe

Nos atrai, nos deslumbra e estimula E quando for trepar sem camisinha

Não importa nada: E apresentar sua participação inteligente no


54

Nem o traço do sobrado bloqueio a Cuba


Nem a lente do fantástico, Pense no Haiti, reze pelo Haiti
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão O Haiti é aqui
Se você for a festa do pelô, e se você O Haiti não é aqui
não for Composição: Caetano Veloso / Gilberto
Pense no Haiti, reze pelo Haiti Gil

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
55

ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA


COSTA RÊGO
ALUNO (A): ____________________________________Nº: ________
ALUNO (A): ____________________________________Nº: ________
ANO: 2º “G/H” DATA: ____/07/2018 BIMESTRE: 3ª
ESTAGIÁRIA: FERNANDA
EXERCÍCIO DE
1. (UNIP) Assinale a característica não aplicável à poesia romântica:

a) Artista goza de liberdade na metrificação e na distribuição rítmica.


b) Importante é o culto da forma, a arte pela arte.
c) A poesia é primordialmente pessoal, intimista e amorosa.
d) Enfatiza-se a autoexpressão, o subjetivismo, o individualismo.
e) A linguagem do poeta é a mesma do povo: simples, espontânea.

2. (PUC-SP) Sombras do vale, noites da montanha


Que minh’alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!

Mas quando preludia ave d’aurora


E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos…
Deixai a lua prantear-me a lousa!
O que dominantemente aflora nos versos acima e caracteriza o poeta Álvares de
Azevedo como ultrarromântico é:
a) A devoção pela noite e por ambientes lúgubres e sombrios.
b) O sentimento de autodestruição e a valorização da natureza tropical.
c) O acentuado pessimismo e a valorização da religiosidade mística.
d) O sentimento byroniano de tom elegíaco e humorístico-satânico.
e) O sonho adolescente e a supervalorização da vida.
3. (FAU-SP) O indianismo de nossos poetas românticos é:

a) Uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como
elemento étnico da futura raça brasileira.
b) Um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a
instalação da capitania de São Vicente.
c) Um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em
nada difere do modelo europeu.
d) Um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que
se instalava.
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e) Uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia
e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades morais
superiores.

4. Leia atentamente e responda:

Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias

De acordo com as características da primeira geração romântica e do poema de


Gonçalves Dias, julgue os itens em verdadeiro ou falso:
a) ( ) O poema de Gonçalves Dias é ufanista, ou seja, expressa um orgulho
exagerado pela pátria.
b) ( ) A primeira geração romântica expressa um culto à figura do índio e a
exaltação da natureza.
c) ( ) A primeira fase do romantismo brasileiro foi caracterizada por uma atitude
individualista ou subjetiva, quando predominou a temática pessimista.
d) ( ) O poema de Gonçalves Dias mostra uma valorização da pátria, característica
da fase condoreira na qual se insere.
e) ( ) É possível notar no poema a presença da religiosidade, que é característica
da primeira fase romântica.
57

5. (Fuvest) "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar
os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental,
inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição
brasileira."
(Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)

Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura


romântica brasileira:
a) ( ) Procurou ser uma cópia dos modelos europeus.
b) ( ) Adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.
c) ( ) Ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira.
d) ( ) Deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental.
e) ( ) Procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.
6. (ENEM 2009)
TEXTO A
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
[...]
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.

TEXTO B
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
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Não cantam como os de lá


Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Círculo do Livro. s/d.

Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o


mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os,
conclui-se que:
a) O ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu,
e o tom de que se revestem os dois textos.
b) A exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a
paisagem tropical realçada no texto A.
c) O texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão
crítica da realidade brasileira.
d) O texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em
relação à pátria.
e) Ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
7. São características da primeira geração do Romantismo brasileiro, exceto:
a) Exaltação da natureza e da liberdade.
b) Indianismo.
c) Nacionalismo ufanista.
d) Brasileirismo (linguagem).
e) Egocentrismo e individualismo.
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ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA COSTA RÊGO


ALUNO (A): ________________________________________Nº: ________
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ANO: 2º “G/H” DATA: ____/07/2018 BIMESTRE: 3ª
ESTAGIÁRIA: FERNANDA
EXERCÍCIO DE
Identifique e classifique, conforme tabela abaixo, nos trechos das canções, a seguir, de Pablo,
características da 2ª Geração do Romantismo.

1 - EGOCENTRISMO / 3- 4 - SENTIMENTALISMO
2 - PESSIMISMO ROMÂNTICO
INDIVIDUALISMO MELANCOLIA EXAGERADO

6 - MULHER INATINGÍVEL/AMOR 7-
5 - SAUDOSISMO 8 - TÉDIO E INSATISFAÇÃO
PLATÔNICO ESCAPISMO

a) ( ) f) ( )
Sou complicado, louco, inconsequente Machuca ficar sem você
Meus defeitos você finge que não vê Machuca sua decisão
Por me ver chorar Machuca, machuca
Por me ver sofrer Machuca viver por viver
Machuca não ter seu perdão
Machuca não fazer mais parte
Do seu coração
Tô com saudade de você aqui comigo
Viver distante de você é um castigo
A minha vida sem você é tão estranha
O coração de todo mundo bate só o meu apanha
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b) ( ) g) ( )
Não vou brincar de amar Embolou
Eu vou deixar para lá Sabe aquele sentimento?
Vou esquecer de tudo Embolou
É bem melhor que eu vá do que te ver chorar Confundi a amizade com amor
Pra mim é um absurdo Passei a mandar pra você buquê de flor
Pra que se machucar pedindo pra juntar (...)
Esse amor em pedaços Sem te pressionar, eu vou deixar você tranquila
Se Deus não escreveu assim? Decidir, mas rezo que seja pra mim
c) ( ) h) ( )
Foi aí que a ficha caiu Passam noites, passam dias
E eu percebi Só não passa esse amor
Que por um vacilo meu eu te perdi Madrugadas tão vazias
E eu aqui com a minha dor
Nem pisquei, fiquei parado e mudo Sonho e acordo sozinho
Em estado de choque, fiquei surdo Faz tanta falta o teu carinho
Naquele momento desabou meu mundo Vivo sem vida
Sem destino, sem destino
d) ( ) i) ( )
Hoje eu acordei, me veio a falta de você Conto ou não conto
Saudade de você, saudade de você Eis a questão
Lembrei que me acordava de manhã só pra dizer Tá transbordando de amor por ela
“Bom dia, meu bebê! Esse meu coração
Te amo, meu bebê!” Conto ou não conto
Logo a verdade
E agora, como um filme, o passado assisto
Meu medo é de não ter o seu amor
Quando bate a saudade quase não resisto
E perder sua amizade
Mesmo estando longe muitas vezes calo a minha dor
Mesmo sendo amigo quase me chamou de amor
e) ( ) j) ( )
Minha vida sem você não faz sentido Estou indo embora
Meu amor não vá embora A mala já está lá fora
Por favor fique comigo Vou te deixar (vou te deixar)
Eu quero recomeçar Vou te deixar
Não vai ser tempo perdido Por favor, não implora
Eu quis ser super-herói mais fui bandido Porque homem não chora
Hoje eu sei que estava errado E não pede perdão
E estou arrependido E não pede perdão
Não vou mais te ver chorar
Eu quero sorrir contigo
61

Navio Negreiro
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento


Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos


Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar... Abrindo as velas


Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...

Donde vem? onde vai? Das naus errantes


Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.

Bem feliz quem ali pode nest'hora


Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!


Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

Homens do mar! ó rudes marinheiros,


Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!

Esperai! esperai! deixai que eu beba


Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................

Por que foges assim, barco ligeiro?


Por que foges do pávido poeta?
62

Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira


Que semelha no mar — doudo cometa!

Albatroz! Albatroz! águia do oceano,


Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas

II

Que importa do nauta o berço,


Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.

Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!

O Inglês — marinheiro frio,


Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir...
O Francês — predestinado
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!

Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
63

Vão cantando em noite clara


Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!...

III

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!


Desce mais... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral!... Que tétricas figuras!...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!

IV

Era um sonho dantesco... o tombadilho


Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas


Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente...


E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,


A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,


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E após fitando o céu que se desdobra,


Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente...


E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...

Senhor Deus dos desgraçados!


Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!

Quem são estes desgraçados


Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,


Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...
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São mulheres desgraçadas,


Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.

Lá nas areias infindas,


Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

Depois, o areal extenso...


Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.

Ontem a Serra Leoa,


A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...

Ontem plena liberdade,


A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer...
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
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Nas roscas da escravidão.


E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...

Senhor Deus dos desgraçados!


Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...

VI

Existe um povo que a bandeira empresta


P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...

Auriverde pendão de minha terra,


Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!


Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Castro Alves
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12.5 Frequência do Estágio


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70

12.6 Ficha de Avaliação


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12.7 Lista de Alunos


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