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EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA

INTRODUÇÃO: Sob a ótica médico-legal, é importante fazer a distinção entre embriaguez alcoólica,
alcoolismo e alcoolemia.
Embriaguez alcoólica é um conjunto de manifestações neuropsicossomáticas resultantes da
intoxicação etílica aguda de caráter episódico e passageiro.
Alcoolismo é uma síndrome psico-orgânica, caracterizada por um elenco de perturbações
resultantes do uso imoderado do álcool e de caráter crônico, independendo, no momento do exame,
de um maior ou menor consumo ou concentração de bebida alcoólica.
Alcoolemia é o resultado da dosagem do álcool etílico na circulação sanguínea e seus percentuais
traduzidos em gramas ou decigramas por litro de sangue examinado. Essa taxa de concentração
hoje é feita com maior segurança por meio do exame em cromatina gasosa, e tem como elemento
de maior credibilidade metodológica o fato de seus resultados serem de caráter específico.
Dessa forma, a embriaguez é um estágio, a alcoolemia uma taxa e o alcoolismo, um estado.
Seu consumo pode levar a: Problemas de ordem médica, psiquiátrica, psicológica, policial, médico
legal, bem como ações que podem desdobrar-se no âmbito dos tribunais, problemas esses que
crescem dia a dia pelo aumento assustador do consumo de bebidas alcoólicas e sua contribuição
criminógena.

AS BEBIDAS ALCOÓLICAS PODEM SER CLASSIFICADAS EM TRÊS GRUPOS:


Bebidas fermentadas (vinho, sidra, cerveja e a mais antiga de todas, o cauim) - menor teor de
álcool, por se originarem da fermentação natural de substâncias terciárias.
Bebidas destiladas, de grande concentração alcoólica, obtidas por destilação em alambiques (a
guardentes, uísque, conhaque).
Bebidas alcoolizadas conseguidas artificialmente pelo adicionamento de álcool aos produtos
fermentados (vinho do Porto, vinho Madeira).
Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos da lei, as bebidas potáveis que contenham álcool
em sua composição, com grau de concentração igual ou superior a meio grau g.

Embriaguez: Conjunto de manifestações somatoneuropsíquicas ou psiconeurossomáticas


resultantes da intoxicação etílica imediata, de caráter episódico e de curso passageiro.
Estudo Clínico: Salvo exceções, as perturbações produzidas pelo uso excessivo do álcool estão
mais em razão direta da tolerância individual do que da quantidade ingerida.
A ação tóxica sobre o organismo revela-se por manifestações físicas, neurológicas e psíquicas.
Manifestações físicas: Dados somáticos são de menor interesse e se traduzem por congestão
das conjuntivas, taquicardia, taquipneia, taquiesfigmia e hálito alcoólico-acético. Um indício isolado
não permite ao perito a firme convicção de um diagnóstico de embriaguez para aquilo que a lei
prevê.
Manifestações neurológicas: ligadas a alterações clínicas do equilíbrio, da marcha e das
perturbações da coordenação motora.
Alterações do equilíbrio manifestam-se pelo sinal de Romberg simples e Romberg combinado. A
marcha do embriagado tem a denominação de marcha ebriosa, cerebelar ou em ziguezague, e
devem ser afastadas outras causas que produzem estasalterações.
As perturbações da coordenação motora traduzem-se por ataxia (incoordenação motora na
orientação dos movimentos); dismetria (perturbação na medida dos movimentos);dissinergia ou
assinergia (incoordenação da harmonia de certos conjuntos de movimentos); disdiadococinesia
(desordem na realização de movimentos rápidos e opostos). Deve-se ter ocuidado de afastar outras
causas que possam levar a estas desordens, como, por exemplo, um trauma cranioencefálico.
A disartria se manifesta pelo distúrbio na articulação da palavra.
Alterações do tônus muscular caracterizadas pela lentidão dos movimentos.
Além da inibição relativa da sensibilidade tátil, dolorosa e térmica, fenômenos vagais como o
soluço, o vômito e o embotamento das funções sensoriais podem surgir, provocando um baixo
rendimento da visão, audição, gustação e olfação.
Manifestações psíquicas: Apresentam-se de maneira progressiva. Começam pelas alterações do
humor, do senso ético, da atenção, da sensopercepção, do curso do pensamento, da associação
de ideias até atingirem os impulsos menores.

ATITUDES CARACTERIZADAS PELO EXAGERO E PELO RIDÍCULO:


Falastrão: inconveniente, dando desfrutes, soltando a língua sobre fatos muitas vezes
comprometedores.
Loquaz e bem-humorado: sua atenção é diminuída, sua memória intensamente prejudicada e
pobre é a capacidade de julgamento.
Avalia as coisas intempestivamente, em virtude da deficiência das inibições morais e intelectivas.
Audacioso e impulsivo, chega muitas vezes a atentar contra a moral pública.
O ato sexual fica prejudicado, embora na embriaguez possa o paciente apresentar uma tendência
ao obsceno e ao exibicionismo, explicados pela regressão às fases primárias da libido.
Manifesta impulsos homossexuais pela expansão carinhosa de beijos e abraços repetidos e
demorados, atitudes que fogem muitas vezes à conduta habitual.

FASES DA EMBRIAGUEZ: Alguns autores dividem a embriaguez em cinco fases (Magnan, Bogen),
outros em quatro (Pessina, Nicollini), e a maioria em três. Esta última é a divisão mais aceita: fase
de excitação, de confusão e de sono.
Fase de excitação - loquaz, vivo, olhar animado, humorado e gracejador, dando às vezes uma
falsa impressão de maior capacidade intelectual. Diz leviandades, revela segredos íntimos e é
extremamente instável.
Fase de confusão - surgem as perturbações nervosas e psíquicas. Disartria, andar cambaleante
e perturbações sensoriais. Irritabilidade e tendências às agressões. É a fase de maior interesse e,
por isso, chamada fase médico-legal.
Fase de sono ou fase comatosa - o paciente não se mantém em pé.
Caminha apoiando nos outros ou nas paredes e termina caindo sem poder erguer-se, mergulhando
em sono profundo.
Sua consciência fica embotada, não reagindo aos estímulos normais. As pupilas dilatam-se e não
reagem à luz. Os esfíncteres relaxam-se e a sudorese é profusa. É a fase de inconsciência.

TOLERÂNCIA AO ÁLCOOL: Uma mesma quantidade de álcool ministrada a várias pessoas pode
acarretar, em cada uma, efeitos diversos. Igualmente, pode produzir em um mesmo indivíduo
efeitos diferentes, dadas circunstâncias meramente ocasionais.
A tolerância depende de vários fatores: Quanto maior o peso, mais diluído ficará o álcool. Daí
ser a concentração mais elevada nos indivíduos de menor peso;

A absorção varia de acordo com a concentração alcoólica da bebida, o ritmo da ingestão, a


vacuidade ou plenitude do estômago e os fenômenos de boa ou má absorção intestinal;
O hábito de beber deverá ser levado em conta, pois o abstêmio, o bebedor moderado e o grande
bebedor toleram o álcool em graus diferentes;
Os estados emotivos, a estafa, o sono, a temperatura, o fumo, as doenças e os estados de
convalescençasão causas que alteram a sensibilidade às bebidas alcoólicas.
Metabolismo do álcool etílico: A absorção do álcool etílico é ordinariamente processada pela via
digestiva. Começa no estômago e continua pelo intestino delgado. A velocidade de absorção, no
que diz respeito à tolerância também, pode ser modificado de acordo com: quantidade de álcool,
massa corporal, taxa de metabolização, genética enzimática, espaçamento das doses,
concentração do álcool, estômago vazio.

Após a ingestão, o álcool começa a ser absorvido pela via digestiva, passando diretamente para a
veia porta e para o fígado, indo à circulação sanguínea e linfática do organismo, onde vai se
distribuindo pelos tecidos em geral. No instante em que a absorção se equilibra com a difusão, a
concentração de álcool no sangue mantém-se uniforme. A isto chama-se equilíbrio de difusão.

A partir daí, o organismo humano começa o processo de desintoxicação, por fases continuadas de
oxidações, transformando-se em aldeído, ácido acético, gás carbônico e água. Nesse
processamento são desprendidas 7,2 calorias por grama de álcool.

PESQUISA BIOQUÍMICA DO ÁLCOOL


Pode se dosar álcool na: saliva, urina, humor vítreo, bílis, ar expirado e sangue.

DOSAGEM DE ÁLCOOL NO CADÁVER


•Se não tiver fenômenos cadavéricos, dosagem do sangue retirado da veia femoral.
•A putrefação produz etanol e outras substâncias redutoras.
•Morte violenta/ morte no trânsito: sempre aconselhada a dosagem de álcool no sangue
venoso periférico (corresponde melhor a concentração de álcool no momento do óbito). Se
>48h da morte: sangue colhido na veia femoral (difusão pós-mortal do álcool do estômago
para a câmara esquerda do coração).
•Os resultados são sempre duvidosos se a putrefação já estiver instalada.
•o álcool pode diminuir pela evaporação, ou aumentar pela ação microbiana, através do intestino
ou da pele, principalmente se o indivíduo era diabético ou sofreu trauma grave.
•Se corpo ou sangue mantido em baixa temperatura, não há modificação nas primeiras 24h.
•Outros métodos: dosagem no coágulo de sangue intracerebral, líquor e medula óssea.

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS


•As investigações bioquímicas não respondem às indagações de como o indivíduo se comportava
em uma ação ou omissão criminosa, porque há uma variação sensibilidade de um bebedor para o
outro.
•O perito deverá responder à Justiça, afirmando:
- Se há ou não embriaguez;
- Se, em caso afirmativo, a embriaguez é ou não completa;
- Se a embriaguez comprovada é um fenômeno episódico, ocasional, ou se trata de um estado de
embriaguez aguda manifestada em alcoolismo crônico;
- Se se trata de uma embriaguez patológica;
- Se, no estado em que se encontra o paciente, pode ele pôr em risco a segurança própria ou
alheia;
- Se é necessário o tratamento compulsório.

•Valores:
Alcoolemia < 0,5g/1000ml – intoxicação inaparente Entre 0,5 e 2,0g/1000ml – presença de
distúrbios tóxicos
> 2,0/1000ml – estado de embriaguez.
•Para configurar delito: demonstrar que efetivamente o condutor do veículo apresentava
manifestações que lhe privavam da capacidade de dirigir.

PERÍCIA DA EMBRIAGUEZ
Quesitos:
- Qual o material colhido para exame?
- Qual a concentração de álcool no material colhido ou seu equivalente em decigramas de álcool
por litro de sangue?
- Acha-se o examinado sob influência do estado de embriaguez alcoólica?
- Apresenta o examinado sinais ou sintomas de estar sob influência de psicofármaco? Qual o
psicofármaco?

RECUSA A SUBMETER-SE A EXAME


Se o examinado não permite a coleta do sangue, respeita-se a vontade do paciente. Ninguém é
obrigado a depor contra si próprio, ou a oferecer provas que lhe condenem, ou a confessar-se
culpado. Quando alguém insiste em fazê-lo, caracteriza-se uma agressão física.
O Quinto artigo da Constituição Federal: “ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei”.
O artigo 277 do Código de Trânsito Brasileiro alterado pela Lei No 12.760, de 20 de dezembro de
2012, diz: “O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de
fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento
que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar
influênica de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.
A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo,
constatação de sinais que indiquem, na forma disciplina pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas: serão aplicadas as
penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165 deste Código ao condutor que se
recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo (incluído pela
Lei No 11. 705, de 2008).

FORMAS DE EMBRIAGUEZ
Embriaguez culposa: imprudência ou negligência de beber exageradamente. Não é isenta de
responsabilidade.
Embriaguez preterdolosa: o agente não quer o resultado, mas sabe que, em estado de
embriaguez, poderá vir a cometê-lo, assumindo, mesmo assim, o risco de produzi-lo. Não é isenta
de responsabilidade.
Embriaguez fortuita: embriaguez ocasional, rara; não é uma ação predeterminada ou imprudente,
por isso, pode isentar o agente de pena.
Embriaguez acidental: indivíduo tomou uma bebida que continha álcool mas não sabia de tal fato;
ou ingeriu remédio que potencializou os efeitos de pequenas doses de bebida considerada inócua.
O agente pode ser isento da responsabilidade.
Embriaguez por força maior: humano é incapaz de prever ou resistir; realizar tal ato por influência
de determinado grupo no carnaval (exemplo); possível reduzir a pena.
Embriaguez pré-ordenada: o agente se embriaga com o propósito de adiquirir condições
psíquicas que favoreçam a prática criminosa; é uma circunstância agravante da pena. No entanto,
se o agente já estava embriagado antes dos fatos e tão somente se aproveita de suas condições
para a prática do crime, afasta-se agravente
Embriaguez habitual: indivíduo vive sob a dependência do álcool; estado de “normalidade” sob o
efeito da bebida.
Embriaguez patológica: indivíduo apresenta desproporção entre a quantidade ingerida e a
intensidade dos efeitos. Quando bem caracterizada pode chegar a inimputabilidade.
-Agressiva e violenta: tendência ao crime e ao sangue.
-Excito-motora: acesso de raiva e de destruição.
-Convulsiva: impulsos destruidores e sanguinários.
-Delirante: delírios com tendência à autoacusação.

ALCOOLISMO
Ingestão continuada e imoderada de bebida alcoólica, produzindo perturbações a longo prazo.
Causa um perfil anormal não psicótico chamado personalidade alcoolista.
É de fundamental importância porque: (1) apresenta transtornos de conduta e perigo a si mesmo e
para os outros; (2) tendência a outros transtornos mentais; (3) apresentam modificações do juízo
crítico e da capacidade de administrar seus interesses;
Diagnóstico clínico: manifestações somáticas; neurológicas e psíquicas;

MANIFESTAÇÕES SOMÁTICAS
Pior do que nos casos agudos. Podendo apresentar: hepatomegalia, edemas palpebrais, tremores
das mãos, ventre aumentado, pescoço fino, insegurança na marcha, congestão das conjuntivas,
dispepsia, vermelhidão da face com rede venosa nasal etc.

PERTURBAÇÕES NEUROLÓGICAS
O álcool acarreta acometimentos metabólicos, causando degeneração, afetando os nervos
periféricos e dando sinais de polineurite;
Nos nervos cranianos isso gera a (encefalite superior hemorrágica) síndrome de Wernicke e
se comprometer o córtex cerebral, gera a síndrome de Korsakow; são duas síndromes muito
importantes do etilista crônico, levando sequelas importantes motoras, como facial e
marcha e amnésias;
Polineurite: Comprometimento dos neurônios periféricos, degenerativo; É uma síndrome sensitivo-
motora representada por parestesias das extremidades, hiperestesias cutâneas, hipoestesia
superficial, mialgias, impotência motora dos músculos braquiais e crurais, alterações dos reflexos,
atrofias musculares, alterações vegetativas e perturbações de coordenação motora.

PERTURBAÇÕES PSÍQUICAS
Perturbações de atenção, afetividade, tomada de decisão, memória, senso ético,
sensopercepção, ideação, consciência e capacidade de julgamento; A ação tóxica crônica do álcool
pode causar:
Delirium tremens: estado de confusão, agitação e angústia, tremores e alucinações de ordem
visual e amnésia; visualizam animais, monstros, deliram com pessoas. Mortalidade de 15% e
duração da crise pode chegar a 10 dias;
Alucinose dos bebedores: É uma psicose aguda manifestada por alucinações auditivas,
desencadeada por excessos alcoólicos, conservando-se a lucidez com alterações da vida afetiva.
As alucinações se manifestam, algumas vezes, pela hipersensibilidade aos ruídos, dando lugar em
seguida às sensações de sibilos e sons musicais. Depois,
progridem para vozes humanas que dizem obscenidades e ofensas morais, principalmente
acusações de homossexualismo
Delírio de ciúmes dos bebedores: psicose de ideias de ciúme e infidelidade conjugal. Sentimento
de culpa posterior à rotina fria com o parceiro; evento recidivo e prognóstico ruim quanto à violência;
Epilepsia alcoólica: O uso imoderado do álcool pode apresentar crises convulsivas semelhantes
às da epilepsia que, na maioria das vezes, desaparecem quando cessam as causas. Às vezes,
iniciam-se por pequenas convulsões localizadas, tipo jacksoniana, para generalizar-se depois. Mais
observada em consumidores de aguardente.
Dipsomanias: É a crise impulsiva e irreprimível de ingerir grandes quantidades de bebidas
alcoólicas. Tais impulsos persistem, em alguns casos, durante vários dias, podendo interromper-
se bruscamente para retornarem sempre com as características irrefreáveis e paroxísticas.

ASPECTOS JURÍDICOS CÓDIGO PENAL


Imputável, pois se colocou em condições de inconsciência e descontrole, de forma culposa ou
dolosa, e assim cometendo delito; responsabilidade do agente no momento em que ele resolve
beber; não contando o momento em que ele está inconsciente no momento do delito;
Ato voluntário ou culposo (por imprudência ou negligência chega ao estado de embriez) (artigo
28, II). Se um indivíduo se coloca deliberadamente em um estado de embriaguez, a fim de criar
maiores condições para a prática do delito, a responsabilidade é agravada (artigo 61, II, l).

No entanto, se a embriaguez é absoluta e por força maior, acidental, patológica ou em caso fortuito,
a responsabilidade não existe. E, na embriaguez relativa, a pena é atenuada de um a dois terços
(Código Penal, artigo 26 e seu parágrafo único). Muitos consideram que a embriaguez habitual
(alcoolismo) não exclui nem diminui a imputabilidade. Todavia, é necessário saber que o alcoólatra
não é somente um bebedor incontrolado, mas, acima de tudo, um doente, um desequilibrado, e,
por isso, merece tratamento penal diferenciado.
O tratamento do bebedor crônico nestes casos é por internamento compulsório do agente em
estabelecimentos de custódia e tratamento;

Atualizando para 2018: tolerância zero; multa de 10x (2.934,70) como fator multiplicador
(antes 5x); infração: gravíssima, suspensão de 12 meses para dirigir, retenção do veículo.
Se for reincidente em 12 meses: dobra-se a multa. Imagem, observação de sinais de
alterações da capacidade psicomotora (infração artigo 165). A recusa do teste do bafômetro
gera as mesma punições, podendo somente melhor recorrer da situação.

RECUSA DO TESTE DE BAFÔMETRO: Isso quer dizer que, caso você tenha sido notificado,
precisará entregar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ao órgão de trânsito apenas depois
que seu último recurso for julgado, caso você opte por recorrer, é claro. Quanto às situações em
que o motorista, ao dirigir alcoolizado, cause morte ou lesione pessoas, a Lei 13.546, recentemente
aprovada, provocou alterações no CTB, aumentando as penalidades em caso de crimes de
trânsito.Portanto, a partir de então, quando o motorista, ao dirigir alcoolizado ou sob efeito de
qualquer substância psicoativa, cometer homicídio culposo, deverá ser prevista a reclusão de cinco
a oito anos. Casos em que a vítima não vem a óbito, mas fica gravemente ferida, o motorista que
causou o acidente, enquadrado na Lei Seca, deverá ser penalizado com reclusão de dois a cinco
anos.
Sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora, comprovados através de vídeos,
exame clínico, perícia, teste de alcoolemia ou prova testemunhal, de acordo com o CTB, poderão
também ser utilizados nestes casos.

ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO: agora antes da demissão por
justa causa, o funcionário deverá ser submetido ao tratamento especializado.

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