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O PREÇO DO NÃO-DISCIPULADO

PR. JOÃO BATISTA·SEGUNDA, 15 DE OUTUBRO DE 2018

Em 1937, o teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer publicou seu famoso livro “O Custo do
Discipulado”. Uma exposição do Sermão do Monte, na qual ele comenta o que significa seguir
a Cristo. O contexto era a Alemanha no início do nazismo. Sua preocupação era combater o
que ele chamou de “graça barata”, essa graça que oferece perdão sem arrependimento,
comunhão sem confissão, discipulado sem cruz. Uma graça que não implica obediência e
submissão a Cristo. Seu compromisso com Cristo e sua cruz o levou a morte prematura em
abril de 1945.

O Preço para Seguir a Cristo

“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e
siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa,
esse a salvará” [Lucas 9:23-25].

Se o custo do discipulado é alto, já imaginou o custo do não-discipulado? Se amar o inimigo


é difícil, tente odiá-lo! Se honrar pai e mãe é custoso, pense na possibilidade de não o fazer! Se
viver em obediência a Cristo, renunciando o pecado, exige muito, procure ignorar isto! Por
vezes falamos dos benefícios de seguir a Cristo. Seguir a Cristo exige renúncia, porém não o
seguir é destruidor para o ser humano. Como assim? vamos imaginar a cena: - Você está na
sua casa logo começa uma discussão com sua esposa ou esposo. Ser vocês não fizerem a
vontade da carne logo cessará a discussão. No entanto se não viverem os princípios de Cristo
vão agir por conta própria. E já sabe onde vai para. Imaginemos outra cena: - Imagine que você
é um filho e desobedece seu pai, não honra conforme orienta a palavra de Deus. Qual será as
consequências disso? Briga, desavença, desunião. Será um inferno viver em um lar assim.

Vivemos hoje uma sociedade enferma. O número de divórcios aumenta cada dia. O número de
filhos que desconhecem o pai é alarmante. As doenças de fundo emocional multiplicam-se. A
violência cresce. A corrupção parece não ter fim. Os transtornos psíquicos na infância
assustam os especialistas. A raiz da enfermidade pessoal e social, em grande parte, é o não-
discipulado.

O preço de não Seguir a Cristo

Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si
mesmo? (Lucas 9:25)

Muitos olham para este chamado e reconhecem que o preço para seguir a Cristo é muito
alto. Esta foi a preocupação de Bonhoeffer. De fato é. Amar os inimigos, abençoar os que nos
rejeitam, orar por todos os que nos perseguem, sem dúvida é muito difícil. Perdoar os que nos
ofendem, resistir as tentações, buscar antes de qualquer outra coisa o reino de Deus e sua
justiça e fazer a vontade de Deus aqui na terra como ela é feita nos céus, não é fácil. Resistir
aos impulsos consumistas numa cultura hedonista, preservar uma conduta moral e ética
elevada em meio a tanta corrupção e promiscuidade definitivamente tem um preço muito
elevado. Porém, precisamos ver tudo isto por outro ângulo.
É muito fácil viver de fachada, para o mundo tudo bem, tudo resolvido. Porém por dentro
destruído, casamento arruinado, filho nos vícios, escravos do pecado. Tem tudo e ao mesmo
tempo não tendo nada.

Pagamos um alto preço pela “graça barata”. Nossas famílias sofrem por causa dela. Nossos
filhos encontram-se confusos e perdidos. A nação afunda-se na lama da corrupção, da
violência e da promiscuidade. Nossas igrejas transformaram-se em centros de entretenimento
religioso, com um comércio de falsas promessas em troca de um evangelho sem cruz e de um
reino onde cada um é seu próprio rei.

Conclusão:

O verdadeiro evangelho é uma renúncia a cada dia de nosso próprio eu para fazer a vontade
de Deus. E isso é algo diário. Todos os dias precisamos do batismo do Espírito em nossa vida e
matar nosso eu na Cruz de Cristo e dizer a cada manhã “logo já não sou eu quem vive, mas
Cristo vem em mim”

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