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ESCOLA SECUNDÁRIA DR.

JOSÉ AFONSO

BIOLOGIA E GEOLOGIA 11º Ano

UNIDADE: REPRODUÇÃO NOS SERES VIVOS

FICHA INFORMATIVA CICLOS DE VIDA

Qualquer ser vivo, desde a célula que o originou até à sua morte, sofre uma série
de transformações de natureza morfológica e fisiológica. Se este ser vivo se reproduzir,
os seus descendentes desenvolver-se-ão segundo um padrão idêntico ao seu e assim
sucessivamente.

A esta série de estádios de desenvolvimento que as espécies percorrem desde o


zigoto de uma geração até ao zigoto da geração seguinte, chama-se ciclo de vida.

Os ciclos de vida podem ter maior ou menor complexidade mas, na generalidade,


podemos considerar que em todos eles há um indivíduo que se forma a partir de um zigoto
e que, ao longo do seu desenvolvimento, forma estruturas reprodutoras com capacidade
de produzirem células a partir das quais, directa ou indirectamente, se vão constituir
indivíduos idênticos a ele.

O facto de em todos os ciclos de vida com reprodução sexuada ocorrer meiose e


Deste modo, a haplofase ou fase haplóide, inicia-se com a meiose e termina na
fecundação, determina a existência de duas fases nucleares - uma haplóide e outra
fecundação e a diplofase ou fase diplóide inicia-se na fecundação e termina com a
diplóide , que alternam entre si e que estão separadas pela fecundação e pela meiose.
meiose. Assim, os ciclos de vida dos seres que se reproduzem sexuadamente apresentam
alternância de fases nucleares, fundamental para a manutenção do número
cromossómico de cada espécie.

A extensão relativa destas duas fases é variável e é determinada pelo momento do ciclo
de vida em que ocorre meiose. Consoante os seres vivos, esta pode acontecer em três
momentos diferentes dos seus ciclos de vida:

1. Meiose pós-zigótica

Se a meiose ocorre logo após a formação do ovo ou zigoto, sendo este a única
entidade diplóide do ciclo
Escola Secundária Dr. José Afonso Biologia e Geologia 11º Ano

Ex. Espirogira
2. Meiose pré-espórica

Quando a meiose ocorre para formação de esporos. O zigoto, por mitoses


sucessivas, origina um organismo diplóide onde se diferenciam células especiais -
os esporôngios - onde, por meiose, se formam os esporos (o zigoto origina uma
entidade pluricelular diplóide onde ocorre meiose para se formarem os esporos,
células haplóides). Os esporos, por mitoses sucessivas originam uma entidade
pluricelular com células haplóides, onde se irão diferenciar os gâmetas.
Ex. Plantas superiores e maioria das algas

3. Meiose pré-gamética

Quando a meiose ocorre para formação de gâmetas. O zigoto, por mitoses


sucessivas, origina um indivíduo pluricelular diplóide. No período de reprodução vai
ocorrer a meiose formando-se os gâmetas, únicas células haplóides em todo o
ciclo.
Ex. Fucus e Homem

A localização destes momentos, em que ocorre a meiose e a fecundação, determinam a


existência de 3 ciclos de vida:

CICLO HAPLONTE CICLO HAPLODIPLONTE CICLO DIPLONTE


 Neste  Como a  Neste ciclo a fase
ciclo a fase haplóide meiose é pré-espórica a diplóide predomina em
predomina sobre a haplofase e diplofase relação à fase haplóide
diplóide (meiose pós- são bem desenvolvidas. (a meiose ocorre para
zigótica). formação dos gâmetas -
 A meiose pré-gamética).
A fase diplóide é predominância de uma ou
constituída apenas pelo outra fase nuclear  Também não há
ovo ou zigoto (meiose depende da espécie em alternância nítida de
pós-zigótica) e ocorre causa. fases nucleares.
imediatamente após a
fecundação.  Este ciclo apresenta, por
isso, uma alternância
 Apesar de não ser nítida nítida de fases
existe alternância de nucleares.
fases nucleares.

Professora: Isabel Moura Ano Lectivo 2005/2006 Ciclos de vida


Escola Secundária Dr. José Afonso Biologia e Geologia 11º Ano

Tipos de ciclo de vida

A par da alternância de fases nucleares, num ciclo de vida, existe, também,


alternância de gerações.
Segundo Flávio Resende, geração pode ser definida como parte de um ciclo de
vida de um indivíduo que se inicia com a germinação de uma célula, esporo ou zigoto e
termina com a produção de outro tipo de células, zigoto ou esporo, diferente daquela
que lhe deu início.

Num ciclo de vida consideram-se 2 gerações:

GERAÇÃO GAMETOFITA GERAÇÃO ESPORÓFITA


 Inicia-se com a germinação dos  Inicia-se com a segmentação do
esporos e termina com a fecundação. ovo ou zigoto e termina com a formação dos
 Os esporos, por mitoses esporos.
sucessivas, originam uma entidade haplóide  O zigoto origina, por mitoses
pluricelular, mais ou menos diferenciada - o sucessivas, uma entidade diplóide mais ou
gametófito. menos diferenciada - o esporófito.
 No gametófito diferenciam-se  No esporófito diferenciam-se
os gametângios, estruturas que possuem estruturas designadas esporângios com
células que por diferenciação originam os células que se dividem por meiose e que
gâmetas. originam esporos.
 Da geração gametófita fazem  Da geração esporófita fazem
parte os esporos, gametófitos e gâmetas. parte o zigoto, o esporófito e os
 Num ciclo haplonte esta esporângios.
geração está bem diferenciada, tal como em  A geração esporófita está bem
alguns ciclos haplodiplontes. diferenciada nos ciclos diplontes e na
 Num ciclo diplonte a geração maioria dos haplodiplontes.
gametófita está reduzida aos gâmetas.  Nos ciclos haplontes está

Professora: Isabel Moura Ano Lectivo 2005/2006 Ciclos de vida


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reduzida ao ovo ou zigoto.

Professora: Isabel Moura Ano Lectivo 2005/2006 Ciclos de vida

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