50 Paulo Drinol
e s t a i n t r a n q u i l i d a d n o s e t r a d u j o e n u n a e f e c t i v a domesticación d e l a m u j e r .
Todavía e n 1939 Ja l e y había s i d o s o l o p a r c i a l m e n t e a p l i c a d a . E l i n f o r m e d e l
I n s p e c t o r G e n e r a l d e l T r a b a j o s o b r e l a fábrica t e x t i l d e S a n t a C a t a l i n a i n d i -
c a b a q u e , e n l a sección «sedas», «las m u j e r e s q u e allí t r a b a j a n q u e s o n c a s i l a
totalidad, t i e n e n u n a j o r n a d a d e n u e v e horas diarias de labor, sin que gocen
t a m p o c o d e vacación q u e señala l a L ^ y N ° 2851 y s u r e s p e c t i v o r e g l a m e n -
t o . N o o b s t a n t e s u extensísima l a b o r , a p e n a s p e r c i b e n u n j o r n a l d e n o v e n t a
c e n t a v o s a l día».*' D e l a m i s m a m a n e r a , a u n q u e e l Perú había s i d o p i o n e r o e n
l a legislación sobré a c c i d e n t e s , p o c o s t r a b a j a d o r e s s e b e n e f i c i a r o n d e l a l e y ,
e n t r e e l l o s , e s d e s o s p e c h a r , l o s d o s t o r e r o s q u e e n 1939 b u s c a r o n o b t e n e r r e -
p a r a c i o n e s p o r l o s «accidentes d e l t r a b a j o q u e s u f r i e r a n d u r a n t e l a c o r r i d a d e
t o r o s e f e c t u a d a e l d o m i n g o 1 5 » . * * C o m o U l l o a S o t o m a y o r confirmó u n o s seis
años después d e a d o p t a r s e e s t a n o r m a , «su aplicación n o s e h a g e n e r a l i z a d o
p o r o b r a d e l o s p a t r o n e s q u e l e h a n p u e s t o trabas»." D e m a n e r a s i m i l a r , e n
u n t e x t o d e 1925, M a r i a n o E c h e g a r a y y Ramón S u v a señalaban q u e l a l e y «ha
r e s u l t a d o d e f i c i e n t e y anacrónica, s u s p o s t u l a d o s n o a m p a r a n c o n l a d e b i d a
seguridad los derechos del trabajador y dejan m u l t i t u d d e p u e r t a s d e escape
p o r las q u e e l industrial d e m a l proceder h u y e sus responsabilidades, dejando
e n l a m a y o r m i s e r i a a l d a m n i f i c a d o y l a f a m i l i a , c u y o sostén h a sido».*^
D e b e m o s ser cuidadosos, entonces, d e n o a s u m i r que e l a d v e n i m i e n t o d e
l a política l a b o r a l resultó e n u n a e f e c t i v a reconfiguración d e l a s o c i e d a d p o r
u n E s t a d o t o d o p o d e r o s o . L a s r a c i o n a l i d a d e s d e g o b i e r n o p u e s t a s e n práctica
a través d e e s t a t e m p r a n a legislación e n e l Perú, c o m o e n o t r o s l u g a r e s , n o
necesariamente se t r a d u j e r o n e n una r e a l capacidad p a r a p r o m o v e r cambios.
S i n e m b a r g o , e l análisis o f r e c i d o aquí s u g i e r e q u e l a s r e s p u e s t a s t e m p r a n a s
d e l E s t a d o a l a cuestión o b r e r a a y u d a r o n a c o n s t i t u i r u n a n u e v a comprensión
d e l r o l q u e e l E s t a d o debía desempeñar e n l a conformación d e l a s o c i e d a d .
Las leyes discutidas arriba, t a l c o m o e l British N a t i o n a l Insurance A c t es-
t u d i a d o p o r D a n i e l R o d g e r s , «no conllevó u n c a m b i o sísmico e n l a c u l t u r a
política ^..¡2 S i n e m b a r g o , representó u n pequeño p e r o i m p o r t a n t e c a m b i o e n
e l p e n s a m i e n t o a c e r c a d e l o s r i e s g o s laborales».*^ A l i g u a l q u e l a educación
e n e l E g i p t o c o l o n i a l , estudiada p o r T i m o t h y M i t c h e l l , l a clase o b r e r a e n d
53. AGN/MF/RC/6: 121, Inspector General del Trabajo al Jefe de la Sección del Trabajo, 29
de diciembre de 1932.
54. AGN/PL/3.9.5.1.15.1.1.22, Sección del Trabajo a Prefecto. 27 de enero de 1939.
55. Ulloa Sotomayor, La organización socialy legal, 233.
56. Echegaray y Silva, Legislación del trabajo, 73.
67. Rodgers, Atlarític Crossings, 235.
i / RadcHzondo o ¡o clase o b r e f o 51
e:feonvirtl6én í d i a c b v a y g r a n preocupación d e l E s t a d o , u n c a m p o d e •
J / a c i O n , u n - a m b i t o m i p o r t a n t e e n e l q u e l o q u e es l l a m a d o " e l E s t a d o "
Jp¡íftde e x i s t i r y c o n s t r u i r r e l a c i o n e s d e podcr».''^ D e e s t e m o d o , r e g u l a r l a
í¿^iónobrera s e convirtió e n u n t e m a c e n t r a l e n u n p r o c e s o más a m p l i o d e
kiitucíóii d e l E s t a d o c o m o U n - E s t a d o l a b o r a l , u n e s t a d o d e y p a r a l a c l a s e
e f a : C o m o discutiré e n e l s i g u i e n t e capítulo, e s t e E s t a d o entró e n v i g o r
^^P'a%'és d e l e s t a b l e c i m i e n t n d e l a d i s c i p l i n a l a b o r a l e n e l m e r c a d o d e t r a b a j o •
c o n e l fin d e g a r a n t i z a r e) o r d e n s o c i a l y e l p r o g r e s o i n d u s t r i a l . P e r o también
entró e n \ ' i g o r a través d e s u s i n t e n t o s d e p r o t e g e r y «mejorar» a l a c l a s e
o b r e r a , a c t u a n d o e n l a s e s f e r a s d e l a s a l u d pública, l a nutrición, l a v i v i e n d a y,
e n g e n e r a l , e l b i e n e s t a r s o c i a l . E n e l Perú y o t r o s l u g a r e s , c o m o discutiré c o n
más d e t a l l e én i o s capítulos finales, e s t e f u e u n p r o c e s o f u e r t e m e n t e m a r c a d o
p o r i d e a s d e género. P e r o e n e l Perú f u e , también, p o r r a z o n e s específicas d d
contexto, u n proceso racializado.*"
L a racialización d e l a c l a s e o b r e r a •
C o m o e n o t r a s p a r t e s d e l m u n d o , l a r e s p u e s t a l e g i s l a t i v a a l a cuestión o b r e r a
e n e l Perú f u e o b j e t o d e u n a traducció.n l o c a l . C o m o h e m o s v i s t o , t a n t o a q u e -
llos influidos p o r e l p o s i t i v i s m o c o m o aquellos inspirados e n e l c a t o l i c i s m o
social j u s t i f i c a r o n las leyes l a b o r a l e s e n f a t i z a n d o s u m o d e r n i d a d y u n i v e r s a -
l i d a d ( c o n c r e t a m e n t e , p u n t u a l i z a n d o e l h e c h o d e q u e e l l a s e r a n e l demier c r i
e n E u r o p a y l o s E s t a d o s U n i d o s ) . P e r o l a s J e y e s también e x p r e s a r o n s u p o s i -
c i o n e s n a c i o n a l e s s o b r e e l carácter d e l a población p e r u a n a , y r e v e l a n cómo
e l l a s j O T m a r o n i d e a s ^ c e r c a d e .laxlase_Qbi:era. C o m o e n l o s c a s o s alemán y
británico, e s t u d i a d o s p o r R i c h a r d B i e r n a c k i , e n e l Perú también surgió «una
comprensión específica a e s c a l a n a c i o n a l d e l a c l a s e obrera».*" E n e l Perú, e l
c o n c e p t o d e c l a s e o b r e r a «no "reflejó" o "expresó" c o n d i c i o n e s económicas...,
[^este fue]] p a r t e i n t e g r a n t e d e a q u e l l a s condiciones».*' D i c h o d e o t r o m o d o ,
l a legislación l a b o r a l p e r u a n a n o f u e s o l o u n a r e s p u e s t a a l a cuestión o b r e r a .
58. Mitchell, CoUmisingEgypt, 76.
59. Sobre el concepto de racialización en el contexto latinoamericano, véase Appelbaum.
Macpherson y Rosemblatt, Rac£ and N a t i o n i n M o d e m Latín ATuerica, especialmente la
introducción, donde la racialización se define como <iel proceso de marcar diferencias
humanas según discursos jerárquicos basados en encuentros coloniales y sus legados
nacionales», 2.
60. Biernacki, T h e F a b r i c a t i o n of Labor, 486.
61. Ibtd., 347.
 52 Pauto Dr'mol
F u e , aJ m i s m o t i e m p o , e x p r e s i v a y c o n s t i t u t i v a d e l a i d e a m i s m a d e «clase
obrera» y , e n p e r t i c u i a r , d e l a i d e a d e «trabajador» q u e predominó t r i e! Perú.
T o m e m o s , p o r ejemplo, l a L e y de Accidentes del Trabajo, C o m o l a revista
Economista Peruano señaló después d e p r o m u l g a r s e l a n o r m a , e s t a s o l o p u -
bría a l o s t r a b a j a d o r e s q u e u s a b a n m a q u i n a r i a . S i n e m b a r g o , l a a b r u m a d o r a
mayoría d e l o s t r a b a j a d o r e s e n e l Perú n o e m p l e a b a n máquinas.** D e m a n e r a
s i m U a r , l a l e y s o b r e m u j e r e s y niños se a p l i c a b a s o l a m e n t e a a q u e l l o s e m p l e a -
d o s e n t r a b a j o d e fábrica, p e r o l a mayoría d e m u j e r e s y niños n o t r a b a j a b a e n
ese t i p o d e e s t a b l e c i m i e n t o s i n o c o m o s i r v i e n t e s domésticos, e n t a l l e r e s y e n
a c t i v i d a d e s agrícolas!. C o m o h e s u g e r i d o a n t e s , l a s l e y e s i n t e n t a b a n d i s c i p l i -
n a r , p r o t e g e r y «mejorar» a l o s o b r e r o s . P e r o e n s u diseño, c o n s t i t u y e r o n s u
p r o p i a noción d e «obrero». \
L a legislación l a b o r a l e n e l Perú d e i n i c i o s d e l s i g l o X X ayudó a fijar e l
s i g n i f i c a d o d e l a c l a s e o b r e r a a través d e s u r e f e r e n c i a a l p r o c e s o l a b o r a l q u e
i n v o l u c r a b a u n a producción m e c a n i z a d a o d e fábrica. F u e u n s i g n i f i c a d o q u e ,
e n e l c o n t e x t o p e r u a n o , áÜ^ió p a r a e x c l u i r a l a v a s t a mayoría d e l a población
t r a b a j a d o r a d e l a c l a s e o b r e r a — e s t o es, d e l a noción d e c l a s e o b r e r a i n h e ^
r e n t e a l a legislación—, y , p o r l o t a n t o , d e l a ( m u y d e f i c i e n t e ) protección p r o -
p o r c i o n a d a p o r l a ley, d e a c u e r d o c o n c r i t e r i o s q u e , s i b i e n e n m a r c a d o s e n e l
ámbito m a t e r i a l (máquinas, fábricas}, e r a n u n a expresión c u l t u r a l . E n p o c a s
p a l a b r a s , l a legislación l a b o r a l fijÓJaidea d e u n a c l a s e o b r e r a v i n c u l a d a a l a
m a q u i n a r i a y c o n f i Q a d a a l a fábrica, y sirvió p a r a c o n s t i t u i r a e s t a c l a s e c o m o
p r i n c i p a l m e n t e industriaÍTf o r extensión, se descartó a t o d o s a q u e l l o s t r a b a -
j a d o r e s q u e n o satisfacían e s t o s c r i t e r i o s . E s t a s e x c l u s i o n e s r e f l e j a r o n a m -
p l i a m e n t e l a s c l a s i f i c a c i o n e s jerárquicas b a s a d a s e n e l género y l a r a z a . C o m o
F i e r r e B o u r d i e u señala, «A través d e l e n c u a d r e q u e s e i m p o n e a l a s prácticas,
e l E s t a d o e s t a b l e c e e i n c u l c a f o r m a s c o m u n e s d e categorías d e p e r c e p c i o n e s
y apreciaciones, marcos sociales d e percepciones, d e e n t e n d i m i e n t o s o d e m e -
m o r i a , e n breve, formas estatales de clasificación», p e r o , añade, t a l e s f o r m a s d e
clasificación s o l o e c h a n raíces e n l a m e d i d a e n q u e «despiertan d i s p o s i c i o n e s
corporales p r o f u n d a m e n t e enterradas fuera d e l o s canales d e l a conciencia
y d e l cálculo»."/Dicho d e o t r a m a n e r a , c o m o a r g u m e n t o e n e s t a sección, l a
legislación laboraTexpresó, y a l m i s m o t i e m p o ayudó a r e a f i r m a r , i d e a s a c e r c a
de las diferencias ftindamentales d e género y r a z a e n t r e l o s t r a b a j a d o j g s i d e l
Perú y , e n c o n c r e t o , e n t r e l o s m u n d o s c r i o U o (costeño/blanco) y a n d i n o .
62. Economista Peruano 2, n.° 24 (28 de febrero de 1911).
63. Bourdieu, «Rediinking the State», 69.
. • V . , I / Ratiaihnr.óo O !c cbse obrero 53 '
t ' o i»róye¿t0 l e g i s l a t i v o t e n i p r a n < j y las r e a c c i o n e s q u e provocó p u e d e n
a y u d a r T ilusíiarlo. E n 1903, R o s e n d o V i d a i i r r e , u n s a s t r e y e l p r i m e r t r a -
¿ijador e l e g i d o a l C o n g r e s o p e r u a n o , p r o p u s o t i n a «Ley d e l Trabajo».^'' L a
p r o p u e ' ^ t u e s i l u s t r a t i v a p o r q u e d e t a l l a l o s regímenes d e t r a b a j o q u e c a r a c -
t e r i z a b a n e l e m p l e o e n e l Perú a c o m i e n z o s d e l s i g l o X X , q u e V i d a u r r e e s -
p e r a b a r e g l a m e n t a r . S u p r i m e r artículo, q u e prohibía e l e m p l e o d e niños d e
m e n b s d e o n c e años, . s u g i e r e q u e e s t a e r a u n a práctica común. E l artículo 2 7 ,
"que impedía el p a g o de s a l a r i o s e n l a f o r m a d e v a l e s , i n d i c a q u e e s t o t a m -
bién e r a u.sual. P e r o l a p r o p u e s t a , además, incluía a l g u n a s m e d i d a s r a d i c a l e s
q\iP a p u n t a b a n a m e j o r a r e l b i e n e s t a r d e l a s «clases proletarias», l o q u e s e
c o n - i i d e r a b a u n «deber d e l o s p o d e r e s públicos». E l artículo 2 , p o r e j e m p l o ,
establecía q u e l o s e m p l e a d o r e s proveerían a c c e s o a l a educación p r i m a r i a a
los b y o s d e sus t r a b a j a d o r e s . E n g e n e r a l , l a p r o p u e s t a l i m i t a b a las h o r a s d e
t r a b a j o a seis p a r a l o s niños, s i e t e p a r a l a s m u j e r e s y d i e z p a r a l o s h o m b r e s , y
establecía i n d e m n i z a c i o n e s p a r a a q u e l l o s t r a b a j a d o r e s q u e s u f r i e r a n a c c i d e n -
tes d e t r a b a j o d e u n a s u m a e q u i v a l e n t e a t r e s años d e s a l a r i o , o n o m e n o s d e
c i e n l i b r a s p e r u a n a s e n e l c a s o d e niños y m u j e r e s , y q u i n i e n t a s e n e l d e l o s
h o m b r e s . S i u n h o m b r e moría e n e l t r a b a j o , s u v i u d a recibiría u n a pensión d e
por vida de cinco libras peruanas a l mes, a l i g u a l que sus hijos m e n o r e s d e
edad. E l artículo 2 6 , p o r o t r o l a d o , establecía q u e l o s t r a b a j a d o r e s q u e f u e r a n
d e c l a r a d o s «ebrios consuetudinarios» p o r u n médico perderían e l d e r e c h o a
los beneficios d e ley.
L a p r o p u e s t a provocó u n a r e s p u e s t a d e l a S o c i e d a d N a c i o n a l d e Minería
( S N M ) , q u e i l u s t r a cómo l o s e m p l e a d o r e s s e a p r o x i m a r o n a l a cuestión o b r e r a
a inicios del siglo X X . E n u n a carta enviada al director del M i n i s t e r i o de F o -
m e n t o , e l p r e s i d e n t e d e l a S N M , A l e j a n d r o G a r l a n d , señalaba q u e l a i n s t i t u -
ción q u e r e p r e s e n t a b a «no d e s c o n o c e l a n e c e s i d a d d e q u e l a l e y r e g u l e c i e r t a s
fases d e l a s r e l a c i o n e s q u e e x i s t e n e n t r e e l t r a b a j o y e l capital». L a s l e y e s ,
sugería, podrían a y u d a r a c o n c i l i a r l a s legítimas a s p i r a c i o n e s d e l o s t r a b a j a -
d o r e s y d e l o s c a p i t a l i s t a s , y contribuirían a e l i m i n a r l o s c o n f l i c t o s . P e r o G a r -
l a n d f o r m u l a b a u n a s e r i e d e o b j e c i o n e s a l p r o y e c t o d e V i d a u r r e . Argüía q u e
l a s i n d e m n i z a c i o n e s arruinarían l a i n d u s t r i a m i n e r a y amenazarían c o n p o n e r
fin a l a inversión e x t r a n j e r a . I n d i c a b a , e n g e n e r a l , q u e e s a n u e v a legislación
64. Véase AGN/Tierras de Montaña/ legajo 47, cuaderno 01699, expediente n.° 1877, «Ex-
pediente relativo a) informe que en el proyecto de ley reglamentando las relaciones entre
los Patrones y Obreros solicita la H. Cámara de Diputados», 31 de agosto de 1903. Estoy
agradecido a Walter Huamaní por compartir este documenta Sobre actividad legislativa
de Vidaurre, véase Blanchard, The Origins, cap 3.
 5** Paulo Drinol
e r a i n n e c e s a j i a , en t a n t o q u e l a s e m p r e s a s m i n e r a s s e a u t o r r e g u l a b a n y ha-
bían y a i m p l e m e n t a d o m e d i d a s - — q u e r e g l a m e n t a b a n e l t r a b a j o d e l o s niños,
proveían i n d e m n i z a c i o n e s a l o s t r a b a j a d o r e s l e s i o n a d o s e n e l t r a b a j o y p r o -
hibían e l p a g o d e s a l a r i o s e n b i e n e s — q u e e l g o b i e r n o liabía a p r o b a d o . M á s
i m p o r t a n t e aún, G a r l a n d a r g u m e n t a b a q u e l a s l e y e s q u e podrían a p l i c a r s e
en los establecimientos industriales de L i m a y otros centros manufactureros
d e l país, e r a n «del t o d o inadecuadas» e n «las a p a r t a d a s y s o l i t a r i a s r e g i o n e s
andinas», d o n d e s e l o c a l i z a b a l a mayoría de l a s m i n a s : «la condición s o c i a l ,
el g r a d o d e c u l t u r a y l a topografía d e l a República s o n t a n d i v e r s o s q u e l a
expedición d e una ley d e l t r a b a j o u n i f o r m e p a r a t o d a s l a s c i r c u n s t a n c i a s po-
líticas d e l v a s t o t e r r i t o r i o nacional, resultaría u n a l e y i n j u s t a y d e i m p o s i b l e '
aplicación»."
L a objeción d e l a S N M a l a p r o p u e s t a d e V i d a u r r e reveía lás i d e a s de la
(/Élite s o b r e l a d i f e r e n t e n a t u r a l e z a d e l o s t r a b a j a d o r e s e n e l Perá.^Si l a «con-
dición social» y «el g r a d o d e cultura» d e l o s t r a b a j a d o r e s e n l a s c i u d a d e s j u s -
t i f i c a b a n d e s a r r o l l a r Ja m o d e r n a legislación, s e seguía q u e e n l a s «apartadas
y solitarias» r e g i o n e s d e l o s A n d e s — d o n d e , según G a r l a n d , las c o n d i c i o n e s
sociales y c u l t u r a l e s e r a n i n f e r i o r e s — tales medidas e r a n n o solo innecesarias
s i n o también p o t e n c i a l m e n t e c o n t r a p r o d u c t i v a s . L a s o b j e c i o n e s , e n t o n c e s ,
Í^Sóstraban l o s s e c t o r e s d e l a población p e r u a n a q u e l o s m i e m b r o s d e l a élite,
c o m o A l e j a n d r o G a r l a n d , c o n s i d e r a b a n idóneos p a r a l a «moderna» l e g i s l a -
ción l a b o r a l , y l o s demás q u e e l l o s suponían n o l o e r a n . I n d i c a b a n cómo l a
'•"Site veía a l a población p e r u a n a d e m a n e r a d e s i g u a l ' i C o m o s u g i e r e e s t e d o -
c u m e n t o , a t r i b u t o s c o m o «la_condÍción social» y-(^el¿radp d e cultura», p r o -
p i o s d ^ u n a concepción jerárquica r a c i a l i z a d a j d e t e r m i n a r o n e s t a d i f e r e n c i a .
E l t r a b a j a d o r u r baño e r a , c l a r a m e n t e , d i g n o de la supervisión l e g i s l a t i v a del
E s t a d o e n v i r t u d d e s u l u g a r d e r e s i d e n c i a y s u ocupación i n d u s t r i a l . E n con-
t r a s t e , l o s t r a b a j a d o r e s d e l a s «apartadas y solitarias» r e g i o n e s d e l o s A n d e s •
(a l o s q u e G a r l a n d s e r e f i e r e e n v a r i a s o c a s i o n e s c o m o :(peones»),Lran «inade-
cuados» p a r a ello, p o r q u e residían e n u n ámbito r u r a l y s u t r a b a j o no e s t a b a
v i n c u l a d o c o n l a i n d u s t r i a . L o q u e implícitamente sí,ubyacía t r a s l a s o b j e c i o n e s
de l a S N M e r a l a c r e e n c i a de q u e , e n última i n s t a n c i a , lá^ raza)üferenciaba a
e s t o s t r a b a j a d o r e s , y a que, en el Perú, la raza fue, y hasta~c"íerto punto sigue
65. Alejandro Garland al Director de Fomento, 2 de enero de 1904, en Dirección de F o -
mento, Sección de Industrias. « E x p e d i e n t e relativo al informe que en el proyecto de ley
reglamentando las relaciones entre los Patrones y Obreros solicita la H . Cámara de D i -
putados», 51 de agosto de 1903.
' I / Roctoíizoiido o lo cióse obj-ero 55
^^fifiiíeñieBte.MÍ¿kttfícada y d e f i n i d a p o r e l l u g a r d e r e s i d e n c i a ( u r b a n o /
iiiHitifli- : '
r e s p u e s t a d é l a ÜNM a V i d a u r r e reíle;ia l a s f o r m a s e n q u e l a s i d e a s
ta d e l t r a b a j o y l o s t r a b a j a d o r e s f u e r o n , c o m o v a r i o s o t r o s d o c u m e n t o s
r e b l a n - p r o f u n d a m e n t e r a c i a l i z a d a s e n elTerú d e i n i c i o s d e l s i g l o X X . L a
or^anisac'ó" social y legal del trabajo en el Perú d e A l b e r t o U l l o a S o t o m a y o r ,
p u b l i c a d a e n 1916 y q u e u n crítico describió c o m o «una o b r a d o l o r o s a p o r -
que deja desnuda la llaga repugnante y triste d e nuestra mezcla imposible d e
^íazas, d e n u e s t r a i n d i s c i p l i n a s o c i a l , d e l a f a l t a d e o r i e n t e p a r a l o s e s f u e r z o s
q u e s e m a n i f i e s t a n i m p r e c i s o s y esporádicos», p r o v e e u n a p e r s p e c t i v a p r i v i l e -
g i a d a d e l a racialización d e l a s i d e a s s o b r e l o s t r a b a j a d o r e s . ^ ^ A l e x a m i n a r l a s
a p t i t u d e s r e l a t i v a s p a r a e l t r a b a j o d e l a s d i f e r e n t e s «razas» q u e componían
él «elemento laboral», U l l o a S o t o m a y o r señalaba q u e l a c o n q u i s t a española
«no h i z o d e l a r a z a s o m e t i d a u n p u e b l o a p t o p a r a l a s f u n c i o n e s d e l t r a b a j o
V l a civilización».*' A u n q u e tenía a l g o q u e d e c i r a c e r c a d e l a s c i n c o «razas»
(indios, mestizos, blancos, n e g r o s y chinos), se centraba e n los indios y m e s -
' t i z o s . * * R e c h a z a b a «el v i e j o d o g m a d e l a s r a z a s inferiores» y a r g u m e n t a b a ,
e n s u l u g a r , q u e e l a m b i e n t e n a t u r a l e histórico c o n f i g u r a b a l a s r a z a s . E s t a
fue u n a p e r s p e c t i v a g e n e r a l , s i n o u n i v e r s a l , d e l a q u e s e h i z o e c o u n o s años
más t a r d e F r a n c i s c o A l a y z a P a z Soldán e n s u d i s c u r s o d e d e s p e d i d a d e l a
- Escuela d e A r t e s y O f i c i o s : «No c r e e m o s e n l a s u p e r i o r i d a d i n t e l e c t u a l d e
determinadas razas. S i e l s u d a m e r i c a n o se h a l l a r e l a t i v a m e n t e atrasado e n
s u evolución política e i n d u s t r i a l , n o e s c a u s a d e m i s t e r i o s a s i n f l u e n c i a s d e l
G6. Ulloa Sotomayor, L a organixación social Ulloa se convirtió en ministro de Relaciones
Exteriores en la década de 1930. L a reséfla, firmada 1. S. V, se publicó en L a Crónica, 10
de octubre de 1916.
67. Ulloa Sotomayor, L a organixadón social, 4.
68. Ulloa Sotomayor sostiene que negros y chinos estaba obligados a desaparecer, « p o r q u e
suprimido su ingreso y siendo p e q u e ñ a su multiplicación por sí mismos, dejarán de cons-
tituir un peligro étnico». Se lamentaba del hecho de que el trabajador blanco, «activo,
e m p e ñ o s o . Inteligente, ordenado, puntual, es el mejor tipo de obrero que se puede encon-
tran> es «casi imperceptible en la masa trabajadora». Se lamentaba también de que los
programas de inmigración no hubieran sido m á s exitosos. A l igua! que muchos otros,
como discuto m á s abajo, tllloa Sotomayor creía que «la influencia benéfica que el blanco
extranjero habría ejercido y ejercería sobre sus compafíeros de trabajo, hubiera modifi-
cado muchos de los hábitos perniciosos del obrero nacional y lo habría elevado de nivel
moral y social». Ibíd., 4, 19-30. Sobre otras ideas contemporáneas acerca de la aptitud
de los afroperuanos para trabajar, véase GUart, « I m a g e s of Gender and Race», 61-62.
Naturalmente, tales ideas se basaron en puntos de vista más antiguos sobre los i n d í g e n a s
del Perú. Véase, entre otros, los ensayos de Pablo Macera « E l indio y sus intérpretes pe-
ruanos del siglo XVIIl» y « E l indio visto por los crioUos y españoles». E n Pablo Macera,
Trabajos de h i s t o r i a , vol. 2.
 56 Pauh Drtnof
f a c t o r étnico, s i n o p o r c o n s i d e r a c i o n e s d e o t r o o r d e n , d e p o s i b l e d o n j i j i i o jK>r
e l individuo»."" P a r a U l l o a S o t o m a y o r , l a e s c a s a a p t i t u d d e l o s i n d i o s p a r a e l
t r a b a j o s e debía a l a s c o n d i c i o n e s climáticas y a l a explotación ( j u c históri-
c a m e n t e habían s u f r i d o , así c o m o también a l a i g n o r a n c i a e n l a q u e habían
s i d o m a n t e n i d o s , q u e había c o n t r i b u i d o a s u explotación. E l i n d i o , sugería,
se había c o n v e r t i d o prácticamente e n u n s e r d e s p r o v i s t o d e m o r a l ( p ( > r q i i e l a
religión, e n s u caso, también había s i g n i f i c a d o explotación), y e n LUÍ a d r e t o a l
a l c o h o l ( e n e l q u e e n c o n t r a b a «consuelo y o l v i d o c o n t r a l a r u d e z a o p r e s o r a
d e s u vida») y a l a soporífera c o c a ( q u e servía c o m o u n «paliativo c o n t r a e l
c a n s a n c i o y c o m o u n alimento»).
Las opiniones de Ulloa S o t o m a y o r del indio c o m o culturaly moralmente
a t r a s a d o n o f i i e r o n i n u s u a l e s e n e s t a época. E l l a s hacían e c o d e l a s p e r s p e c t i -
v a s r a c i s t a s d e a l g u n o s d e l o s más i n f l u y e n t e s i n t e l e c t u a l e s d e l o s i n i c i o s d e l
s i g l o X X e n e l Perú, c o m o C l e m e n t e P a l m a , A l e j a n d r o D e u s t u a o l o s h e r m a -
n o s F r a n c i s c o y V e n t u r a García Calderón.'" También hacían e c o d e l a s i d e a s
d e l o s «indigenistas» d e l Perú, c o m o L u i s Valcárcel o U r i e l García, q u i e n e s , .
c o m o h a a r g u m e n t a d o M a r i s o l d e l a Cadena y otros autores, rechazaban las
c o m p r e n s i o n e s «biológicas» d e l a r a z a y t a «degeneración racial» («el v i e j o
dogma» q u e e l p r o p i o U l l o a S o t o m a y o r o b j e t a b a ) , y favorecían l a s c u l t u r a -
les y a m b i e n t a l e s . " E n g e n e r a l , s u s p e r s p e c t i v a s r e f l e j a r o n u n a m p l i o p e n -
s a m i e n t o r a c i a l e n Latinoamérica, q u e tomó d i f e r e n t e s f o r m a s según e l país,
c o m o varios historiadores han demostrado. E n lugares con grandes poblacio-
n e s indígenas, come México y Perú, llegó a c a r a c t e r i z a r s e p o r e l s u r g i m i e n t o
d e u n indigenisTTio «oficial», q u e combinó u n a . exaltación c u l t u r a l d e l a s c u l -
t u r a s indígenas ( p a r t i c u l a r m e n t e a q u e U a s f i r m e m e n t e s i t u a d a s e n e l p a s a d o ^
c o m o l a a z t e c a , l a m a y a y l a i n c a ) c o n políticas d i r i g i d a s a «redimÍr»,a_j9S
indígenas, i n c r e m e n t a n d o s u a c c e s o a l a educación y s a l u d pública (políticas
q u e c o b r a r o n más f u e r z a e n México q u e e n e l Perú, p u e s ahí e l i n d i g e n i s m o ,
se convirtió e n u n a e s t r a t e g i a retórica y política d e l E s t a d o r e v o l u c i o n a r i o ) .
E l p e n s a m i e n t o r a c i a l también llegó a c a r a c t e r i z a r s e , e n países c o m o México
y B r a s i l , p o r e l n a c i m i e n t o d e u n a ideología n a c i o n a l i s t a q u e c e l e b r a b a e l
«mestizaje» o l a «democracia racial», o l o q u e n o s o t r o s podríamos l l a m a r , e n
69. Alayia Paz Soldán, L a industria moderna, 42.
70. Sobre las ideologías raciales en el Perú de inicios del siglo XX, véanse, entre otros Mar-
cene «Indígenas e inmigrantes..; Oliart, «Images of Gender ajid Race»; Portocarrero ^
«El fundamento mvisible..; Poole, Viñon. Race, and M o d e r n i t y . Manrique, L a piel y ¡a p l u -
v i a ; De la Cadena, Indigemus Meslisos. tr j t
71. £)e la Cadena, Inái^numt Mestixot.
I / Rocio/irondo a lo cbse obrera 57
^ } , ' I a h i b r i d e z racta), q u e buscaba desafiar el p e s i m i s m o racial asociado
^'JflS n o c i o n e s e u r o [ > e a s d e p u r e z a r a c i a l , d a n d o uiia_<<Íl!Íl£!yón p o s i t i v a
LflS o p i n i o n e s d e U l l o a S o t o m a y o r n o e r a n p a r t i c u l a r m e n t e o r i g i n a l e s ,
p t r o síin d e interés d e b i d o a cómo aplicó e s t a s i d e a s r a c i s t a s y r a c i a l e s a u n a
discusión s o b r e h i a p t i t u d p a r a e l t r a b a j o d e l a s d i f e r e n t e s «razas». Argüyó
(jue e l a m b i e n t e y l o s f a c t o r e s históricos q u e e s t e había d e l i n e a d o habían c o n -
t t i b u i d o a h a c e r «un m a l t i p o d e t r a b a j a d o r d e l o b r e r o i n d i o , y f o r m a n además
•én él hábitos d e p e r e z a q u e l o h a c e n r e h u i r e l t r a b a j o e n g r a n p a r t e d e l año».
S i n e m b a r g o , insistió e n q u e e s t a situación podría r e v e r t i r s e a través d e u n a
combinación d e l e y e s p r o t e c t o r a s y educación. Aquí, n u e v a m e n t e , e n c o n t r a -
moa r e f l e j a d o l o q u e l o s h i s t o r i a d o r e s q u e h a n a n a l i z a d o l a r a z a y e l r a c i s m o
en e l c o n t e x t o d e l n a c i m i e n t o d e l a e u g e n e s i a e n l a Latinoamérica d e i n i c i o s
d e l s i g l o X X , h a n argüido c o n v i n c e n t e m e n t e : q u e e l p e n s a m i e n t o r a c i a l e n
Latinoamérica tendía a r e c h a z a r l a s i d e a s rígidas d e l t i p o r a c i a l p e r m a n e n t e y
l a degeneración d e l o híbrido ( a s o c i a d a s c o n l a e u g e n e s i a a n g l o s a j o n a ) , y a f a -
\orecer las interpretaciones neolamarckianas (relacionadas con l a eugenesia
f r a n c e s a ) , q u e sugerían q u e f a c t o r e s a m b i e n t a l e s podrían i m p a c t a r p o s i t i v a -
m e n t e s o b r e l a h e r e n c i a g e n e r a c i o n a l . " P e r o a p e s a r d e s u r e c h a z o d e l «viejo
d o g m a d e l a s r a z a s inferiores», U l l o a S o t o m a y o r concluía s u e s t u d i o e n u n a
f o r m a q u e i l u s t r a cómo, e n l a práctica, l a «herencia dura» y l a «herencia s u a -
ve» n e o l a m a r c k i a n a c o e x i s t i e r o n e n e l c o n t e x t o p e r u a n o : «Ya q u e sería utó-
pico aspirar a que solo las leyes, s u p r i m i e n d o abusos inveterados, c a s t i g a n d o
c o n p e n a s v e r d a d e r a m e n t e s e v e r a s l o s s i s t e m a s d e explotación h o y e n u s o ,
p u d i e r a n r e g e n e r a r a l indígena y h a c e r d e él i m c o m p o n e n t e p r o f i c u o p a r a
e l t r a b a j o y l a economía n a c i o n a l , b u s q u e m o s e l m o d o d e i n y e c t a r e n l a r a z a
a b o r i g e n gérmenes d e m e j o r a m i e n t o , i m p u l s a n d o s u i n t e r c a m b i o y s u c r u c e
c o n s t a n t e y p r o g r e s i v o c o n e l m e s t i z o q u e tiene q u e s e r e n último término e l
p r o d u c t o étnico n e t a m e n t e peruano»."
''~P6r l o t a n t o , l a redención d e l i n d i o , s u g i e r e s u análisis, i n v o l u c r a s u
transformación e n u n t r a b a j a d o r m e s t i z o a través d e l a modificación d e s u
a m b i e n t e y s u s gene¿ ^ P a r a U l l o a S o t o m a y o r , e l m e s t i z o o «criollo» - ~ - u s a
12. La literatura sobre este tópico es vasta. Véanse, entre otros, Graham et il.. TA* ¡deaof
RMt, y m d e . Race and Ethnicity. Para una más reciente interpretación, véase Earle. l ne
Retumof ÜieNative.
73. Stepan, T h e H o u r of E u g e n i a .
74. Ulloa Sotomayor. L a organización 10. Sobre herencia «dura» y «suave.., véase Wade.
Race, Nature, and C u l t u r t , cap, 3,
 55 fbu/o Drinol
a m b o s términos i n d i s t i n t a m e n t e — , q u i e n «constituye l a c a s i t o t a l i d a d d e l a
población o b r e r a d e l o s c e n t r o s f a b r i l e s y g r a n p a r t e d e l a población agrícola
d e l a costa», e s «superior c o m o t i p o étnico» a l i n d i o ( l o s m e s t i z o s , a u n q u e
i n f e r i o r e s a l o s españoles, s o n , según él, s u p e r i o r e s a l o s indígenas o a l l i n a -
j e a f r i c a n o , y n o están t a n d e b i l i t a d o s p o r l a contribución d e l o s c l i i n o s a l a
m e z c l a r a c i a l ) . ' ^ E s t o s t r a b a j a d o r e s m e s t i z o s , s i n e m b a r g o , están m u y l e j o s
d e l o óptimo. S u carácter d o m i n a n t e es «una c u r i o s a m e z c l a d e s e r v i l i s m o y
d e altivez». P o r u n l a d o , s o n p e r e n n e m e n t e o c i o s o s , u n a p r o b a b l e c o n s e c u e n -
c i a t a n t o d e l l e g a d o d e l a i n d o l e n c i a española c o m o d e l h e c l i o d e q u e t i e n e n
pocas necesidades. L o s trabajadores mestizos tienen u n a tendencia a trabajar
l o m e n o s p o s i b l e , y a q u e l a mayoría d e s u s n e c e s i d a d e s básicas s o n fácilmente
cubiertas. C o m o los indios, son propensos a lalcoholismo, aunque e n m e n o r
proporción, y s o n d e e s c a s a m o r a l . E s t o es p a r t i c u l a r m e n t e e v i d e n t e e n l a a l t a
proporción d e u n i o n e s ilícitas q u e c a r a c t e r i z a n l a i n t i m i d a d m e s t i z a . P e r o e l
t r a b a j a d o r m e s t i z o e s también p r o c l i v e a l a rebeldía. Según U l l o a S o t o m a y o r ,
e n e i m o m e n t o e n q u e u n t r a b a j a d o r m e s t i z o i d e n t i f i c a «una m e t a a l a q u e
e r r a d a m e n t e c r e a p o d e r aspirar», s e v u e l v e i r a s c i b l e e i n s o l e n t e , «y c o m o s o n
m u c h a s l a s v e c e s e n q u e l o s e x p l o t a d o r e s s o c i a l e s o políticos p o n e n f r e n t e a
s u v i s t a e l espectáculo d e s i t u a c i o n e s y b i e n e s a b s u r d o s s e p r o v o c a n , y se h a n
p r o v o c a d o s o b r e t o d o e n l o s últimos t i e m p o s , s i t u a c i o n e s t i r a n t e s , q u e , b a j o
e l d i s f r a z d e u n a cuestión s o c i a l q u e n o e x i s t e , a r r a s t r a n a l a c l a s e o b r e r a a
a c t i t u d e s v i o l e n t a s y estériles». S i n e m b a r g o , U l l o a S o t o m a y o r concluía q u e
o f r e c e r u n régimen l a b o r a l a d e c u a d o y educación i n t e n s i v a a l t r a b a j a d o r m e s -
t i z o podría fácilmente c o n v e r t i r l o e n «un e l e m e n t o d e p r o g r e s o y d e bien».'"
T a l c o m o l a carátula d e Industria Peruana d i s c u t i d a e n l a introducción,
e l e s t u d i o d e U l l o a S o t o m a y o r i n d i c a cómo u n a comprensión a l t a m e n t e r a -
' c i a l i z a d a d e l a población p e r u a n a configuró l a s i d e a s d e l a élite s o b r e l a c l a s e
obrera. C o m o varios historiadores han demostrado, los discursos d e inicios
d e l s i g l o X X e n e l Perú s e b a s a r o n e n p e r s p e c t i v a s r a c i a l i z a d a s d e l país q u e
l a élite tenía l a intención d e «modernizar>t, a l i m e n t a d a e s t a p o r e l d e s e o
d e r e c o n s t r u i r l o t r a s l a humillación d e l a d e r r o t a e n l a G u e r r a d e l Pacífico
( 1 8 7 9 - 1 8 8 4 ) y d e u b i c a r l o e n u n n u e v o c a m i n o d e «progreso», p r o m o v i e n d o
l a explotación d e l o s r e c u r s o s d e l país ( p a r t i c u l a r m e n t e d e m a t e r i a s p r i m a s ,
c o m o m i n e r a l e s , azúcar, algodón, l a n a y c a u c h o ) ; P a r a l a élite p e r u a n a , e l o b s -
táculo c l a v e p a r a e l p r o g r e s o y l a m o d e r n i d a d sé l o c a l i z a b a e n l o s A n d e s y s e
75. Ulloa Sotomayor, L a organización, 12.
76. Ibíd., 14-16.
I / Rachlacndo c la clase obrera S9
WS^^mJít e n ro,t iñdi(>ft?7 G o m o ^ t a l . d a d a s l a s i d e a s d o m i n a n t e s a c e r c a d e l a s
^ e i n t e s y ubicación d e l p r o g r e s o ( l a economía e x p o r t a d o r a y u r b a n a , l a c o s t a )
•y e l atraí'o ( l a economía d e s u b s i s t e n c i a , l o s A n d e s ) , n o e s d e extrañar q u e ,
tomí> h a s u g e r i d o E f r a m K r i a t a l i J o s A n d e s s e l u c i e r a n c a d a v e z más i n v i s i -
bles p a r a l a élite costeña. D e a h f , c o m o discutiré más a d e l a n t e , l o s r e p e t i d o s y •
g-ácasadüs i n t e n t o s d e p r o m o v e r l a inmigración e u r o p e a c o n e l fin d e p o b l a r
ünpais «vacío».'" M u c h o s e s t u v i e r o n d e a c u e r d o c o n q u e l a s c o m u n i d a d e s i n -
dígenas merecían l a protección d e l E s t a d o f r e n t e a l o s r a p a c e s p a t r o n e s , mistis
o g a m o n a l e s , y l a redención c u l t u r a l a través d e l a educación o «civilización».
O t r o s c e l e b r a r o n e ! g l o r i o s o p a s a d o d e l a s c i v i l i z a c i o n e s a n d i n a s . P e r o «lo
andino» e s t u v o l a r g a m e n t e a u s e n t e d e l a s c o n c e p c i o n e s d e l a élite s o b r e e l
f u t u r o d e l Perú. E n c o n t r a s t e c o n A r g e n t i n a , C h i l e o l o s E s t a d o s U n i d o s , e n
e l Perú, l a s mayorías indígenas n o f u e r o n físicamente e l i m i n a d a s c o n e l fui d e
d a r p a s o a l «progreso». S i n e m b a r g o , e l l a s s e e x c l u y e r o n d e l a s c o n s t r u c c i o -
n e s d e l f u t u r o d e l Perú o , c o m o m u e s t r o a continuación, s e i n c o r p o r a r o n e n
l a medid¿ e n q u e s e c o n v i r t i e r a n , o s e p u d i e r a n t r a n s f o r m a r e n , t r a b a j a d o r e s
m e s t i z o s . _/|
L a i d e a d e q u e e l t r a b a j o i n d u s t r i a l podía r e d i m i r ^ l i n d i o , «desjadiapizán-
dolo», e n última i n s t a n c i a , desempeñó u n r o l i m p o r t a n t e e n e l p e n s a m i e n t o
^iocial p e r u a n o a finales d e l s i g l o X I X y c o m i e n z o s d e l X X , a u n q u e l o s i n v e s t i -
g a d o r e s h a n t e n d i d o a p a s a r p o r a l t o e s t e p a p e l . * " E n l a década d e 1880, L u i s
E s t e v e s desafió l a s i n t e r p r e t a c i o n e s r a c i s t a s d o m i n a n t e s s o b r e l a población
indígena d e l Perú p a r a a r g u m e n t a r q u e l o s i n d i o s podían c o n v e r t i r s e , c o m o
señala P a u l G o o t e n b e r g , e n «la p i e d r a c l a v e d e l f u t u r o i n d u s t r i a l d e l Perú».
D e acuerdo con Esteves, l a capacidad i n d u s t r i a l d e los indios necesitaba s e r
«despertada», u n a t a r e a q u e requería e m a n c i p a r l o s d e l a opresión f e u d a l . U n a
77. Portocarrero, « E l Fundamento invisible».
78. Kristal, U n a visión u r b a n a <Íe los Andes.
79. No hace falta decir que la protección del indio y !a exaltación de un noble pasado inca fue-
ron los principios centrales del indigenismo en el Pferú. Sobre este punto, v é a s e Méndez,
«Incas Sf, Indios No».
80. Naturalmente, este no fue un fenómeno exclusivamente peruano. Las ideas de la élite
acerca del carácter redentor y racialmente mejorador del trabajo obrero se encuentran
en toda América Latina en este periodo. Véanse, entre otros. Clark, Tfu Rtdemftive tfork,
Grandin. T h e Blood of G u a t e m a l a , especialmente el cap. 6; y Weiner, Race, N a t i o n , and
M a r k e t , especialmente el cap. 2. Véase también el estudio sobre Nicaragua de JefFrey L .
Gould, que sugiere que la eliminación de la cultura indígena se llevó a cabo, en parte, a
través del reclutamiento laboral forzado y, en gran medida, exitoso, a pesar de una histo-
ria de resistencia, Gould, Ta D i e i n T h i s H^ay. Para un enfoque algo distinto, véase Wolfe,
« T h o s e That Líve by the Work of Their Hands».
 )
60 fbu/o Orino/
v e z l i b r e s , s u n a t u r a l p o t e n c i a l c o m o t r a b a j a d o r e s pasaría a l p r i m e r p l a n o :
«No e s t a r e a difícil t r a n s f o r m a r a l i n d i o e n u n s e r i n d u s t r i a l ; f l u s i n d i o s ]
t i e n e n d o n e s d e imitación y p a c i e n c i a , l o s q u e s o n s u f i c i e n t e s p a r a t r a n s f o r -
m a r l o s e n t r a b a j a d o r e s útiles, y s u s o b r i e d a d l o s mantendrá s a t i s f e c h o s c o n
u n s a l a r i o escueto».*' E n l o s i n i c i o s d e l s i g l o X X , F r a n c i s c o García Calderón
retomó e s t a s i d e a s p a r a a r g u m e n t a r e n s u c e l e b r a d o Le Pérou contempomiriy
p u b l i c a d o e n 1907, q u e l o s i n d i o s , «un p u e b l o d e niños avejentados», podían
c o n v e r t i r s e e n s e r e s p r o d u c t i v o s , r e a l m e n t e e n «trabajadores notables», s i s e
l e s g o b e r n a b a c o n «sabio tutelaje». U n a v e z l i b e r a d o s d e s u s «tradiciones l o -
cales, d e s u s h o g a r e s , d e s u s l o c a l i d a d e s monótonas y deprimentes», p u e s t o s
e n e s c u e l a s e s p e c i a l e s y e d u c a d o s e n l a l e n g u a española, l a s h a b i l i d a d e s d e l o s
i n d i o s , «la p a c i e n c i a , l a atención a l d e t a l l e , l a precisión plástica», ayudarían
a e s t a «raza oiiediente» c o n u n a r e a l a p t i t u d p a r a l a d i s c i p l i n a a s u p e r a r s u s
m a l e s , d e f i n i d o s c o m o «la u n i f o r m i d a d , u n a monotonía estéril y u n a s o m n o -
l e n c i a secular». D e e s t a f o r m a , c o m o García Calderón i n d i c a b a , e l «agricultor
indio» sería e x i t o s a m e n t e t r a n s f o r m a d o e n u n «trabajador indio»."
C o m o e s t o s u g i e r e , c u a n d o e l d o c t o r P e d r o O l i v e i r a presentó u n e n s a y o
e n e l C o n g r e s o N a c i o n a l d e l a I n d u s t r i a M i n e r a e n 1918, e n e l q u e e v a l u a b a
s i «el t r a b a j o e n l a s m i n a s h a s i d o f a c t o r d e c u l t u r a p a r a l o s o p e r a r i o s indí-
genas», s e dirigía a u n a cuestión q u e m u c h o s sentían q u e e r a n o s o l o cientí-
ficamente legítima s i n o d e c o n s i d e r a b l e i m p o r t a n c i a n a c i o n a l . * ' U n artículo
t i t u l a d o «Los i n d i o s ; s u v a l o r económico», p r i m e r o p u b l i c a d o e n e l Boletín de
la Dirección de Fomento y l u e g o r e p r o d u c i d o e n l a r e v i s t a Economista Peruano
a finales d e 1910, s e dedicó a e s t e a s u n t o d i r e c t a m e n t e : s u a u t o r a f i r m a b a q u e
e l i n d i o «todavía n o c o n o c e e l t r a b a j o c o m o l o e n t i e n d e n l a s n a c i o n e s c i v i l i -
zadas». P o r l o t a n t o , e l d e b e r d e c u a l q u i e r E s t a d o e r a e d u c a r a l o s i n d i o s «en
e l t r a b a j o físico moderno», e n t r e o t r o s m o t i v o s p o r q u e l a inmigración n o p o -
dría r e a l m e n t e a f r o n t a r l a e s c a s e z d e «manos». P o r o t r a p a r t e , u n t i p o d e i n -
m i g r a n t e , e l asiático, r e p r e s e n t a b a u n a a m e n a z a p a r a l o s países c i v i l i z a d o s , y
e n última i n s t a n c i a , «la r a z a i n d i a e s s u p e r i o r y p r e f e r i b l e a l a r a z a amarilla».
L a educación d e l i n d i o sería l o g r a d a c o l o c a n d o a l o s i n m i g r a n t e s e n t r e l o s
i n d i o s («poco a p o c o s e a c o s t u m b r a r a n a l o s g o c e s q u e o f r e c e l a civilización»),
y obligándolos a c u m p l i r c o n t r a b a j o s f o r z a d o s , a l g o q u e , e l a u t o r e n f a t i z a b a ,
n o equivalía a l a e s c l a v i t u d s i n o a u n a o b r a c i v i l i z a d o r a q u e enseñaría a l o s
81. Luis Esteves. A p u n U s p a r a la histarm económUa delPerú. Lima. Imprenta Huallaga, 1882
p- 41, citado en Gootenberg ¡magíning Developrnent, 194.
82. Véase Luna, <iÉtat, civilismo et société nationale au Pérou».
83. La/Vínjfl, 1 de enero de 19!8.
I / RatioiiíonÓQ a !o e / a s e o b r e r o
j o d i e s «lü.S'detwres d e l h o m b r e h a c i a s u p r o p i a p e r s o n a , h a c i a s u s c o n c i u d a -
díutos y l i a c i a e l E s t a d o , es d e c i r hacíala patria». E s t a educación incluiría u n a
demostración d e l a . s u p e r i o r i d a d d e l a r a z a b l a n c a , q u e disfrutaría d e c i e r t o s
• p r i v i l e g i o s , «a fin d e q u e s e a p o s i b l e e j e r c e r l a d i s c i p l i n a y r e p r e s e n t a r l a a u -
toridad». U n a división r a c i a l d e ! t r a b a j o sobrevendría, e n t o n c e s , c o n b l a n c o s '
centrados e n e l trabajo intelectual e indios e n e l m a n u a l . F i n a l m e n t e , u n a
^bbinbmación d e t r a b a j o m a n u a l y b u e n a s c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o y d e v i d a ,
t | o e serían g a r a n t i z a d a s p o r e l E s t a d o y l o s e m p l e a d o r e s , aseguraría q u e «los
i n d i o s s e acostumbrarán p r o n t o a u n a v i d a q u e todavía de.sdeñan».**
E s t a s i d e a s , y p a r t i c u l a r m e n t e l a d e q u e l a redención d e l o s i n d i o s i n v o -
l u c r a b a e l «despertar» d e s u c a p a c i d a d p a r a e l t r a b a j o o b r e r o , s o n p a r t i c u l a r -
niente claras e n publicaciones asociadas con l o s sectores agroexportadores,
c o m o E l Agricultor, L a Agricultura y e l boletín d e l a S o c i e d a d N a c i o n a l d e
A g n c u l t u r a . A p r i n c i p i o s d e 1900, l a discusión s o b r e l a e s c a s e z d e m a n o d e
o b r a e n f a t i z a b a l a n e c e s i d a d d e l E s t a d o d e d e s a r r o l l a r u n a política d e i n m i -
gración q u e f a v o r e c i e r a l a l l e g a d a d e o b r e r o s e u r o p e o s , «cuyas costumbres»,
señalaba u n c o m e n t a r i s t a , «se a d a p t a n más a l a s n u e s t r a s y q u e a l a v e z q u e
reúnen t o d o s l o s r e q u i s i t o s d e s e a b l e s contribuirán a l m e j o r a m i e n t o d e n u e s -
t r a raza».** E n e f e c t o , p a r a m u c h o s , l a inmigración e u r o p e a prometía s o l u -
cionar, n o solo e l p r o b l e m a d e l a escasez d e m a n o d e obra, sino el i g u a l s i n o
más i m p o r t a n t e p r o b l e m a d e l a i n f e r i o r i d a d r a c i a l d e l a población p e r u a n a . * *
C o m o O c t a v i o P a r d o a r g u m e n t a b a e n 1887, además d e p r o v e e r l a m a n o d e
o b r a p a r a h a c e r p r o d u c t i v a s l a s fértiles tierras d e l Perú, «otro b i e n q u e l a
inmigración está l l a m a d a a r e a l i z a r e s l a m e j o r a d e l a r a z a , c o n u n a t r a n s f u -
sión, permítasenos l a p a l a b r a , d e r o b u s t a s a n g r e e u r o p e a ; s a b i d o es q u e e n
c a s i l a t o t a l i d a d d e n u e s t r o s países [_áe América L a t i n a ^ t e n e m o s r a z a b l a n c a ,
india y n e g r a y las i n n u m e r a b l e s mezclas y variedades de ellas p r o v e n i e n t e s .
¿Y cuántos d e l o s gravísimos obstáculos q u e h e m o s e n c o n t r a d o e n n u e s t r a
v i d a política n o d e p e n d e d e e s a f a l t a d e h o m o g e n e i d a d [racial]?»." E x p r e -
s a n d o u n a i d e a s i m i l a r , o t r o a u t o r sustituía l a metáfora d e l a s a n g r e c o n u n a
r e f e r e n c i a a l a s a v i a d e l a p l a n t a : «Por desgracia», s e l a m e n t a b a e l anónimo
a u t o r , «nuestra posición o c c i d e n t a l , q u e n o s d i s t a n c i a g r a n d e m e n t e d e l v i e j o
8*. Economista P e r u a n o 2. n." 21 (30 de noviembre de 1910): 256-257. y continuó en 2, n," 23
(SI de enero de 1911).
86. Boletín de ¡a Sociedad N a c i o n a l de A g n c u l t u r a 6, n . ' 1 (¡uüo de 1990> 3-1.
86. Sobre este punto, véanse Marcone, «Indígenas e inmigrantes», García Jordán, «Reflexio-
nes sobre el darwinismo social» y Contreras, «¿Inmigración o autogenía?».
87. BoUtín de M i n a s , Jndustriasy Construcciones 3, n." 8 (31 de julio de 1887): 51-64.
 Paulo Drinat
mundo, nos ha mantenido, durante un largo lapso de tienjpo, escasos de aque-
lla savia que nutre el organismo de los pueblos débiles». Por eso, la firma
de un acuerdo entre el gobierno peruano y la Pacific Steamship Navigation
Company para alentar la inmigración española era motivo de celebración,
«pues la inmigración propende al mejoramiento de la raza, punto este de\la
mayor trascendencia, tratándose de naciones como la nuestra que atravie-
san todavía por esa edad incipiente, en que necesitan nutrirse de elementos
vivificantes»."
Hacia la década de 1920, sin embargo, se empezó a rechazar creciente-
mente la inmigración como una solución para la escasez de mano de obra. En
lugar de europeos, señalaba un articulista, el Perú había recibido inmigrantes
asiáticos, y esto había contribuido más a debilitar la homogeneidad racial y
social del país:
Muchos valles de nuestra costa fueron cultivados con la ayuda malsana de bra-
ceros exóticos, y es por esto que hoy sus masas proletarias se hallan constituidas
por elementos heterogéneos que ostentan una lamentable diversidad en su vigor
físico, en sus sentimientos y en sus ideales. Si en el orden étnico es doloroso
observar el cuadro que ofrecen nuestras poblaciones, en el orden social muy
grandes dificultades nos aguarda el porvenir El ideal nacionalista de la unidadvi
a ser pronto una bella utopía si un movimiento reaccionario no levanta las vallas
poderosas capaces de impedir nuevas importaciones de elementos de esas razas.**
Para el autor de este artículo, la inmigración había creado nuevos y peo-
res inconvenientes. La solución real al problema de la escasez de trabajadores^
sugería, necesitaba buscarse en el propio país:
El peón serrano es fuerte, laborioso, sumiso y de gran resistencia para toda
clase de trabajos. Se le ha querida negar la inteligencia, pero la práctica y la
apreciación serena y amplia de sus facultades intelectuales nos dicen que su falta
de iniciativa y de discernimiento provienen del estado de depresión y de igno-
rancia en que se le mantiene. Esto queda completamente corroborado cuando
por circunstancias especiales permanecen algunos años en la costa, en cuyo caso
se adaptan tan bien a las modalidades y exigencias de las distintas labores que
uno se pregunta por qué no se ha pensado antes en resolver el problema de los
braceros con esa gran masa proletaria de la sierra cuya inmigración a la costa
sería fácil producir.*"
88. E l Agricultor Femajio 10, n.° S12 (i4 de diciembre de 1907): 3.
89. L a A g r i c u l t u r a 5, n." 5 5 { I 9 i 0 ) : la-is.
90. Ibfd.
I / ífocioíízondo o la c'ose obrefo 63
9 indÍo.s, entoniíési podían ser transformados en trabajadores produc-
IJífts'Si deiaban su ambiente atrasado."' Se seguía de ello que el Estado tenía
^ia responsabilidad de crear condiciones que favorecierHTi la migración interna
el fin de proveer mano de obra para el sector agroexportador y «mejo-
•y3r>> al indio: «corresponde C-.-I} ' poderes públicos estudiar la forma de
hacer de la numerosa población autóctona, una colectividad capaz y eficiente.
Antes de per.seguir remotas inmigraciones exóticas, es preciso levantar el
nivel moral y social de los pobladores serranos».**
Otros comentaristas coincidían: había llegado el momento de controlar
y hacer uso de la mano de obra indígena del Perú, que era, en efecto, otro ge-
neroso recurso natural que la élite del Perú estaba llamada a hacer productivo
para la mayor gloria de la nación. E n lugar de centrarse en la inmigración, un
articulista señalaba, el Perú tenía que centrarse en los obstáculos que, en el
pasado, habían estancado la conversión de los indígenas del pafs^en «un factor
de progreso nacional y un elemento que robustezca la nacionalidad».*' Para
este anónimo autor, el obstáculo que necesitaba superarse era la «comunidad
indígena», la institución social y legal de la que muchos pobladores andinos
eran miembros, y en la cual vivían y trabajaban como agricultores o pastores;
la consideraba una verdadera barrera para el progreso debido a sus primitivos
métodos de producción, a que sus miembros fracasaban en hacer uso comple-
to de la tierra, y a que la propiedad colectiva implicaba que raramente se me-
jorara la producción, mientras que sustraía trabajadores de otras actividades
económicas. Sin embargo, el autor prevenía que no era suficiente eliminar la
comunidad indígena; el indio necesitaba ser educado de forma moderna, y se
necesitaba crear derechos de propiedad, de modo que su producción pudiera
encontrar puntos de venta: «Solo así la disolución de las comunidades indí-
genas lograría incorporar al indio a la vida nacional y las industrias agrarias
podrían aprovechar el valioso concurso de su producto y de su esfuerzo».**
91. Sin lugar a dudas, como he mencionado más arriba, tales ideas circularon antes de la
década de 1920. En 1906, por ejemplo, Luis Pesce sostuvo que los indios podían volverse
productivos si se ponían a trabajar con migrantes extranjeros; «Tx>s indios de las serra-
nías, regenerados y trasplantados en ta costa y la Montaña con sujeción a un bien ga-
rantizado plan de migración interna, constituyen los elementos llamados a desempeñar
las labores agrícolas corrientes en el Perú; aun más que ellos deben figurar como parte
integrante, al lado del trabajador e industrial europeo, en la gran faena de la explotación
de las riquezas naturales del país y de su poblamiento». Pesce, Indigauu e inm^mntes, 37.
9Í. L a Agricultura 5. n.' 55 (1920): 12-13.
93. L a A g r i a i h u r a 5. n." 5% { \ 9 2 Q ) : 16-18.
94. Ibid.
 64
Paulo Drinol
A u n q u e las ideas acerca d e l i n d i o c o m o u n a Puente d e m a n o d e o b r a h a -
b l a n c o m e n z a d o a c a m b i a r , a l g u n o s c o n t i n u a r o n a r g u m e n t a n d o q u e IOÍÍ i n d i o s
e r a n s o l o a p t o s p a r a c i e r t o s t i p o s d e t r a b a j o . E n u n artículo q u e i x i n s i d e r a b a
e l t r a s l a d o d e i n d i o s p a r a c o l o n i z a r l a región amazónica d e l Perú, I ^ - o p o l d o
A r n a u d a r g u m e n t a b a q u e l a c l a s e d e l a b o r e s q u e l o s i n d i o s podían e j e c u t a r
e r a r e s t r i n g i d a ; «Yo e n t i e n d o q u e e l i n d i o b i e n d i r i g i d o o hábilmente l l e v a d o
puede s e r u n colaborador valioso e i m p o r t a n t e cooperando e n l a tarea m a -
n u a l o e s e n c i a l m e n t e mecánica d e l a s i n d u s t r i a s agrícolas, p e r o n o c r e o q u e
dado s u actual estado de c u l t u r a , sea sensato n i p r u d e n t e confiar a s u p r o p i a
iniciativa los resultados d e u n a labor que requiere cierto sentido inductivo o
acción directriz»." E n t r e o t r o s a s p e c t o s , e x p l i c a b a A r n a u d , l o s i n d i o s serían
i n c a p a c e s d e h a c e r e l t r a b a j o d e u n colono p o r q u e n o tenían noción d e f a m i -
l i a y, p o r definición, l a colonización requería l a constitución d e f a m i l i a s : «El
i n d i o [^...] d e s c o n o c e p o r c o m p l e t o l o s d e b e r e s q u e l e l i g a c o n Q a f a m i l i a ] ] y
c o n l a sociedad». E o s i n d i o s tendrían q u e l i m i t a r s e a l a m a n o d e o b r a m a n u a l
básica. E l r o l d e l i n d i o e n e l d e s a r r o l l o d e l a a g r i c u l t u r a d e l país, insistía
A r n a u d , «es d e carácter p u r a m e n t e mecánico o p u r a m e n t e material», p o r l o
q u e l o suponía c a r e n t e d e i n i c i a t i v a i n t e l e c t u a l . E n p a r t i c u l a r , p a r a A r n a u d ,
el i n d i o e r a inadecuado para l a m a n o deobra industrial.** O t r o s , sin embargo,
no estaban de acuerdo:
R e p r e s e n t a n d o , . « o m o representa e l indio, la g r a n m a y o r í a de nuestro pueblo, es
evidente que mientras no se le coloque en condiciones de vida ventajosa, que le
permita cambiar su estado parasitario, i n c l u y é n d o l o s en la vida de progreso a
que todo hombre tiene derecho; j a m á s p o d r á esperarse de nuestro p a í s un desa-
rrollo importante en sus industrias. Civilicemos al indio; l e v a n t é m o s l o a nuestro
nivel s i posible, dejemos de explotarlo, y esto s e r á el primer paso provechoso y
seguro que en beneficio de la industria nacional se haga.*^
P a r a e s t e c o m e n t a r i s t a , l o s i n d i o s debían s e r útilmente e m p l e a d o s e n l a s
a c t i v i d a d e s i n d u s t r i a l e s m o d e r n a s , p e r o , c o m o o t r o s , creía q u e e s t o s o l o debía
o c u r r i r después d e q u e h u b i e r a n s i d o «civilizados».
T a l e s p e r s p e c t i v a s podrían s e r v i s t a s c o m o m e r a s j u s t i f i c a c i o n e s p a r a l a
cíqjtura d e indígenas p o r e l E s t a d o o p o r l o s c a p i t a l i s t a s , a n s i o s o s d e c o n s e -
g u i r l a f o r m a más b a r a t a d e m a n o d e o b r a y, también, c o m o u n capítulo más
95. BoUtín de la S o c i e d a d N a c i o f m l d e Agrúultumt.n." SI (marzode 1920): 475.
96. Ibíd., 480.
97. E l Nacionalista 1, n.» j o (septiembre de 1932): 4.
I / Scjc'o lirondo a h cbse obrero ^5
, l a l a r g a h i s t o r i a d e l a extracción d e f u e r z a d e t r a b a j o q u e s e r e m o n t a a l o s
inicios d e l periodo c o l o n i a l . C i e r t a m e n t e , c o m o h a n d e m o s t r a d o n u m e r o s o s
h i s t o r i a d o r e s , l a c r e e n c i a d e q u e l a población a n d i n a e r a r a c i a l n i e n t e i n e p t a
^ r a t r a b a j a r , c o m b i n a d a c o n l a c a p a c i d a d l i m i t a d a d e u n débil a p a r a t o d e l
Estado para e x t r a e r trabajo forzado, obligaban a los capitalistas peruanos,
particularmente aquellos ocupados e n los sectores agroexportadoresi a bus-
car fuera fuentes alternativas d e m a n o d e obra. E x p e r i m e n t o s iniciales c o n
m a n o d e o b r a i m p o r t a d a e n l a costa, p a r t i c u l a r m e n t e trabajadores c h i n o s
c u K e s , q u e habían l l e g a d o p r i m e r o a l Perú d u r a n t e d e l boom del g u a n o e n l a
segunda m i t a d del siglo X I X , y trabajadores japoneses contratados, t u v i e r o n
r e s u l t a d o s m i x t o s , c o m o h e m o s v i s t o . * * C o m o c o n s e c u e n c i a , l o s indígenas,
c o n t o d o s s u s d e f e c t o s , s e r e v a l o r i z a r o n a j u i c i o d e l o s c a p i t a l i s t a s : «No h a y
c o m o n u e s t r o s p e o n e s d e B a m b a m a r c a c o n b o r r a c h e r a y todo», señalaba e l
a d m i n i s t r a d o r d e u n a h a c i e n d a a z u c a r e r a . * * E n l a s décadas i n i c i a l e s d e l s i g l o
X X , l a s p l a n t a c i o n e s d e azúcar y ( e n m e n o r m e d i d a ) l a s fincas a l g o d o n e r a s e n
la costa y las m i n a s e n l a s i e r r a central ocupaban m a n o d e o b r a a n d i n a a t r a -
vés d e l «enganche» o p e o n a j e a b a s e d e d e u d a s . E s t e s i s t e m a d e contratación
l a b o r a l e r a m e n o s o p r o b i o s o q u e l o q u e a l g u n o s contemporáneos creían. S e
d e s a r r o l l a b a c o m o u n s u b p r o d u c t o d e dinámicas economías i n t e r r e g i o n a l e s ,
ligadas, p o r u n lado,' a l a costa n o r t e y l a s r e g i o n e s d e l a sierra d e l n o r t e d e l
Perú; y, p o r e l o t r o , a l a s m i n a s ( p a r t i c u l a r m e n t e l a d e c o b r e d e C e r r o d e P a s -
co) y los valles de l a sierra central. L u e g o de ser u n a respuesta a las necesi-
d a d e s d e l o s dueños d e h a c i e n d a s y m i n a s , y d e l c a m p e s i n a d o a n d i n o , l a m a n o
d e o b r a e n g a n c h a d a p o r t e m p o r a d a , q u e r e s u l t a b a c o s t o s a y políticamente
i n c o n v e n i e n t e , f u e g r a d u a l m e n t e a b a n d o n a d a h a c i a l a década d e 1 9 S 0 a f a v o r
de u n a fuerza l a b o r a l p r o l e t a r i z a d a e n l a s haciendas azucareras d e l a costa y
l a s m i n a s d e l a s i e r r a c e n t r a l , c o m o u n a combinación d e u n t i r a y a f i o j a d e
f a c t o r e s ( q u e incluían l a s c o n s e c u e n c i a s a m b i e n t a l e s d e l a minería) q u e o b l i - '
garon a los campesinos a abandonar sus tierras.""
S i n embargo, i n t e r p r e t a r tales perspectivas c o m o m e r a s justificaciones
i n s t r u m e n t a l e s p a r a c a p t u r a r m a n o d e o b r a a n d i n a sería p a s a r p o r a l t o y
98. Sobre la mano de obra asiática en las plantaciones costeñas del Perú, véanse, entre otros,
Macera, CayaÜt, y Condales, P l a n t a t i o n A g r i c u l t u r t .
99 Citado en Macera, Cayaití, 196.
100 Sobre el enganche y la proletariarización de la mano de obra andina, véanse, «'t'-^i*'"*.
Vl^ré».Modemixation. D i s l o c a t i o n a n d A f i r i s m n Gonzales, P l a n t a t t o n A g r ^ U u r r nares
Gaündo, U s minert>s de C e r r o de Pasco, Mallon, Defmse of Community. Sobre algodón,
véase Peloso, Peasanls on Plantations.
 66 Paulo Dñnol
m a l e n t e n d e r l o s p o d e r o s o s presupuestos racializados q u e a p u n t a l a r o n ideas
acerca d e l a n a t u r a l e z a diferenciada d e l trabajo y l o s trabajadores, y acerca
d e l r o i q u e i o s i n d i o s podían desempeñar e n e l f u t u r o i n d u s t r i a l d e l Perú. E s -
t a s i d e a s s e r e t o m a r o n más c l a r a m e n t e e n u n l i b r o t i t u l a d o Eiproéifína dd in-
dio en elPerú, d e l d i r e c t o r d e l a E s c u e l a d e A r t e s y O f i c i o s d e L i m a , F r a n c i s c o
A l a y z a P a z Soldán, p u b l i c a d o e n 1928. Según A l a y z a P a z Soldán, l o s i n d i o s
d e l Perú e r a n u n a f u e n t e d e a t r a s o , d e b i l i d a d n a c i o n a l y vergüenza. C o n s t i -
tuían u n a r a z a «que h a q u e d a d o r e z a g a d a e n e l c a m i n o d e l p r o g r e s o , a j e n a a
n u e s t r o s s e n t i m i e n t o s , i n d i f e r e n t e a n u e s t r o s ideales, i n e r t e a n u e s t r a s nece-
s i d a d e s y dolores»."" P e r o e l l o s también e r a n u n «capital humano», a u n q u e
«en u n e s t a d o d e a t r a s o e i n c u l t u r a v e r d a d e r a m e n t e i n e d i o e v a l e s , v i v i e n d o
s e p a r a d o e s p i r i t u a l m e n t e d e l r e s t o d e l a colectividad». P a r a A l a y z a P a z S o l -
dán, q u i e n , c o m o h e m o s v i s t o , creía a p a s i o n a d a m e n t e q u e l a i n d u s t r i a y e l c o -
m e r c i o e r a n l a f u e n t e d e l a g r a n d e z a d e l a nación, se seguía q u e «el p r o b l e m a
d e c i v i l i z a r e i n c o r p o r a r a l i n d i o a l a v i d a n a c i o n a l es e l más h o n d o , e l más
t r a s c e n d e n t e d e l o s p r o b l e m a s q u e n o s rodean». R e s o l v e r e s t e p r o b l e m a , a s u
j u i c i o , convertiría a l Perú «en r i c o p r o d u c t o r , e n e n t i d a d poderosa»."* Creía
q u e , c o m o d e s c e n d i e n t e s d e u n a g l o r i o s a civilización ( l o s i n c a s ) , l o s i n d i o s p e -
r u a n o s e r a n c a p a c e s d e s u p e r a r s u a c t u a l a t r a s o . P e r o e l l o s requerían u n a a y u -
d a q u e debía p r o v e n i r d e l a e s f e r a d e l o s d e r e c h o s d e p r o p i e d a d , l a educación,
la infraestructura d e transporte, e l servicio m i l i t a r y el trabajo industrial. E n
r e s u m e n , e x p o n e r a l o s i n d i o s a u n a m b i e n t e c o r r e c t i v o permitiría q u e e l l o s
superasen su atraso cultural.
E n p a r t i c u l a r , A l a y z a P a z Soldán i n d i c a b a q u e l o s i n d i o s q u e e r a n e m -
pleados e n e l trabajo i n d u s t r i a l estaban necesariamente expuestos a l a
civilización m o d e r n a , q u e «le c r e a i n t e r e s e s y n e c e s i d a d e s , m o d i f i c a n d o r a d i -
c a l m e n t e s u s p e n s a m i e n t o s y costumbres». C o m e n t a b a c o n satisfacción q u e
«la c u l t u r a y civilización q u e l a e m p r e s a metalúrgica d e l C e r r o d e P a s c o [^...]]
h a d e s a r r o l l a d o e n e l apático i n d i o e n l o s últimos años e s v e r d a d e r a m e n t e
n o t a b l e . H a o p e r a d o u n a p r o f u n d a transformación e s p e c i a l m e n t e e n l a p a r t e
j o v e n d e l o s pobladores, t a n t o e n l o m d i v i d u a l c o m o e n l o colectivo. E l i n -
dígena h a e x p e r i m e n t a d o , a l s e r c o l o c a d o e n c o n d i c i o n e s c i v i l i z a d o r a s , u n a
m e t a m o r f o s i s c o m p l e t a e n i d e a s y sentimientos».'"^ L a i n d u s t r i a , e n r e s u m e n ,
podría r e d i m i r a l i n d i o . C o m o señalaba o t r o a u t o r e n 1930: «Lo q u e n e c e s i t a
1 0 1 . Alayza Paz Soldán, E l p r o M m a del i n d i o , 6.
102. Ibíd., 10.
103. Ibíd., 6 2 .
I / RaóaVacnéo o cióse o b f e r o 67
^ ^ i t o , después d e las:;tíerras'que c u l t i v a , s o n fábricas, t a l l e r e s e n d o n d e
j ^ i i d e r a m a n e j a r t o d a - c l a s e d e m a q u i n a r i a s , q u e e s u n a m a n e r a también d e
( íHljzar a l indio».'"* L a m e d i d a e n q u e t a l e s i d e a s e r a n n a t u r a l i z a d a s p u e d e
p j i ' a r s e p o r e l h e c h o d e q u e , a l g u n o s años después, e l d o c e n t e d e d e r e c h o
¿úl F e r r e r o a r g u m e n t a r a , , e n u n e s t u d i o t i t u l a d o < d D e s t i n o r a c i a l d e l Perú:
' - . { 1 mestizaje» y p r e s e n t a d o a l vigésimo séptimo C o n g r e s o I n t e r n a c i o n a l d e
• ' • A n n e r i c a n i . s t a s : «El a g r a r i s m o h a c e d e l i n d i o u n s e r raíz, d o m i n a d o p o r a t a -
v i s m o s d e s i m p l i c i d a d r u s t i c a y d e sumisión s e r v i l y r e s i g n a d a . E l m e s t i z o ,
e n c a m b i o , e s u n i n d i o r e d i m i d o d e l a f a t i g a y d e l automatismo». C o m o o t r o s
a n t e s q u e él, F e r r e r o creía q u e s i e l i n d i o e r a s e p a r a d o «de s u región o d e s u
s i s t e m a d e trabajo», i n v a r i a b l e m e n t e cambiaría p a r a m e j o r , a u n q u e prevenía
s o b r e q u e «al t o r n a r a l terruño s e a l u e g o r e a b s o r b i d o p o r e l medio». P a r a
F e r r e r o , e l s i m p l e c o n t a c t o c o n e l m u n d o «moderno» t o r n a b a a l i n d i o e n u n
s e r m e j o r , e n u n m e s t i z o : «El l a b o r e o e n l a s m i n a s e n l a s i e r r a , y e l s e r v i c i o
m i l i t a r y e l e n g a n c h e e n l a s h a c i e n d a s d e l a c o s t a , modifican'ál i n d i o . E l r é -
g i m e n d e v i d a m i l i t a r , e l c a m b i o d e alimentación, o l a s n u e v a s c o n d i c i o n e s
de t r a b a j o c o m o a s a l a r i a d o i n d u s t r i a l l e o b l i g a n a a g u d i z a r s u i n g e n i o p a r a
p o d e r c o n v i v i r c o n e l ágil t e m p e r a m e n t o d e l costeño. E l i n d i o q u e b a j a a l a
c o s t a y a e s u n m e s t i z o espiritual».'"^
L a aspiración q u e t a l e s o p i n i o n e s r e v e l a b a n , e x p r e s a d a s s i n ambigüedad
e n l a carátula d e Industria P e r u a n a d i s c u t i d a e n l a introducción d e e s t e l i b r o ,
f u e q u e l a industrialización otorgaría a l Perú u n a solución p a r a s u p r o b l e -
m a más u r g e n t e : l a inadecu2ida n a t u r a l e z a d e s u g e n t e . C o m o u n artículo
d e l a m i s m a r e v i s t a señalaba, l a m a n o d e o b r a e n l a m a y o r p a r t e d e l país
permanecía l a r g a m e n t e n o m e c a n i z a d a y l a s a c t i v i d a d e s p r o d u c t i v a s indíge-
n a s habían c a m b i a d o p o c o d e s d e h a c e m i l e s d e años; «Eso y a n o e s a t r a s o ,
e s o s e l l a m a barbarie». L a solución e r a i n d u s t r i a l i z a r l a producción indígena
p a r a e l b i e n d e l a nación: «El Perú s e t o r n a r a f u e r t e c u a n d o e l a b o r i g e n s e
h a g a apto»."^ E s t a s n o f u e r o n p e r s p e c t i v a s e x c l u s i v a s d e l a oligarquía o d e
aquellos quienes, c o m o F e r r e r o , estaban f i r m e m e n t e a l a derecha d e l espectro
político. C o m o e s b i e n s a b i d o , Mariátegui rechazó l a s o p i n i o n e s a b i e r t a m e n t e
r a c i s t a s s o b r e l o s i n d i o s d e m u c h o s d e s u s contemporáneos, a u n c u a n d o n o
10*. Eloy Gregorio Parra, «Industrializar al Perú es la fase final de la soludón del problema
del indio». L a Hínúía 4, n." 153 {7 de agosto de 1930): 19,
lOfi. Ferrero, «Destino racial del Perú».
106. «El Perú será fuerte cuando el indio sea apto». Industria Peruana 3, n ° 12 (j"bo
s.p.
68 ftjulo Dñnol
pudo escapar corapletamente de los presupuestos racializados de su tiempo.'"'
P e r o c o m o s u s coetáneos, v i o l a condición d e l o s i n d i o s , y d e l i e t J i o l a d e l o s
a f r o p e r u a n o s , c o m o u n «problema» q u e n e c e s i t a b a s e r r e s u e l t ^ ) . " " ' P a r a M a -
riátegui, también, r e s o l v e r e l «problema» i n v o l u c r a b a u n a transición d e u n
e s t a d o f o r z o s a m e n t e a t r a s a d o a, e n s u c a s o, e l s o c i a l i s m o : «Las p o s i b i l i d a d e s
de que e l i n d i o se eleve m a t e r i a l e i n t e l e c t u a l m e n t e dependen del c a m b i o d e
l a s c o n d i c i o n e s socio-económicas L o q u e a s e g u r a s u emancipación es
e l d i n a m i s m o d e u n a economía y u n a c u l t u r a q u e p o r t a n e n s u entraña e l
g e r m e n d e l socialismo»."" E s t a transición, a r g u m e n t a b a Mariátegui, podría
s o l o l o g r a r s e a través d e u n a fa s e d e industrialización q u e n e c e s a r i a m e n t e
i n v o l u c r a b a l a proletarización d e l a población d e l Perú.
D e e s t a m a n e r a , a u n q u e Mariátegui rechazó e l r a c i s m o d e s u s c o n t e m -
poráneos, r e p r o d u j o l a i d e a d e l a i n d u s t r i a y l a proletarización c o m o f a c t o r e s
d e redención c u l t u r a l , c o m o e n e s t a discusión s o b r e l o s a f r o p e r u a n o s ; «El
n e g r o o e l m u l a t o , e n s u s s e r v i c i o s d e a r t e s a n o o doméstico, c o m p u s o l a p l e b e
d e q u e d i s p u s o s i e m p r e más o m e n o s i n c o n d i c i o n a l m e n t e l a c l a s e f e u d a l . L a
i n d u s t r i a , l a fábrica, e l s i n d i c a t o , r e d i m e n a l n e g r o d e e s t a d o m e s t i c i d a d . B o -
r r a n d o e n t r e l o s p r o l e t a r i o s l a f r o n t e r a d e l a r a z a , l a c o n c i e n c i a d e clase e l e v a
m o r a l , históricamente, a l negro»."" D e m a n e r a s i m i l a r , Mariátegui presentó
l a redención c u l t u r a l d e l o s i n d i o s d e l Perú c o m o d e p e n d i e n t e d e l a transición
d e u n f e u d a l i s m o , q u e mantenía a l o s i n d i o s e n u n e s t a d o d e e s t a n c a m i e n t o y
s e r v i d u m b r e , h a c i a e l s o c i a l i s m o , a través d e l a industrialización:
S i n los e l e m e n t o s m a t e r i a l e s q u e crea l a i n d u s t r i a m o d e r n a , o s i se q u i e r e e l
c a p i t a l i s m o , ¿habría p o s i b i l i d a d de q u e se esbozase e l p l a n , la intención s i q u i e -
r a d e u n E s t a d o socialista, b a s a d o e n las r e i v i n d i c a c i o n e s , e n l a emancipación
de las m a s a s indígenas? E l d i n a m i s m o d e esta economía, d e este régimen que
t o r n a inestables todas las relaciones, y que c o n las clases o p o n e l a s ideologías,
es s i n d u d a l o q u e hace fa c tible l a resurrección indígena, h e c h o d e c i d i d o p o r e l
j u e g o de las fuerzas económicas, políticas, c u l t u r a l e s , ideológicas, n o d e fuerzas
raciales.'"
10*7. Sobre los puntos de vista de Mariátegui acerca de la población indígena del Perú, véase
Valderrama, «Los planteamientos»; Manrique, «Mariátegui»; y Leibner, E l mito del so-
cialismo indígena.
IOS. Para el contexto en el cual Mariátegui expresó estos puntos de vista, v¿ase Florei Galin-
do, «La agonfa de Mariátegui»; y Becker, «Mariátegui».
109. Mariátegui, «El problema», 31.
110. Ibfd., 28.
111. lb(d,,31-3S.
i / Rocio^'zonéo C h dase o b r e r o 69
R a r a Mariátegui, e n t o n c e s , - e l i n d i o amio hulh, c o m o o p u e s t o a l i n d i o
(pmo obrejv, e r a i n c o m p a t i b l e c o n s u visión d e l f u t u r o s o c i a l L s t a d e l Perú.
T a l e s i d e a s f u e r o n también i n t e g r a d a s a l a ideología política y l a filosofía
s o c i a l d e l A P R A , e l p a r t i d o político q u e marcó p r o f u n d a m e n t e l a v i d a ]M)lítica
jd.el 1^^''' tí^sde l a década d e 1930 e n a d e l a n t e : E n e l t e x t o f u n d a c i o n a l , Elan-
'Üímperialismay elAPRjl, Víctor Haúl H a y a d e l a T o r r e , e l f u n d a d o r e ideólogo
del p a r t i d o , r e p r o d u j o m u c h a s d e las ideas r a c i a l i z a d a s d e l i n d i o c o m o m i e m -
b r o d e u n a c u l t u r a d e g e n e r a d a , c u y a «ignorancia d e l a s r a z o n e s q u e d e t e r -
m i n a r o n s u e s c l a v i t u d l e o b l i g a a s e r s u p e r s t i c i o s o y místico»."* L o s I n d i o s ,
e n e l p a s a d o p e r t e n e c i e n t e s a u n a g r a n civilización, sugería, s e harían n u e v a -
m e n t e p r o d u c t i v o s c o n l a s políticas d e l A F R A . A u n q u e c e l e b r a b a l o s m e d i o s
c o l e c t i v o s d e producción s u p u e s t a m e n t e f a v o r e c i d o s p o r l a s c o m u n i d a d e s
indígenas, H a y a d e l a T o r r e a r g u m e n t a b a q u e e s t o s s o l o se harían v e r d a d e -
r a m e n t e p r o d u c t i v o s a través d e l a i n f l u e n c i a r e d e n t o r a d e l A P R A s o b r e l o s
i n d i o s y s u m u n d o : «La reivindicación d e l i n d i o c o m o h o m b r e y d e s u s i s t e m a
c o m o método d e producción s o n i m p e r a t i v a s p o r r a z o n e s económicas». E s t a
i n f l u e n c i a incorporaría a l i n d i o e n e l f u t u r o n a c i o n a l q u e e l A P R A trazaría:
«La b a s e l a transformación económica d e Indo-América^ está e n l o s m i -
l l o n e s d e t r a b a j a d o r e s indígenas d e l c a m p o y d e l a s m i n a s , q u e a l i e n t a n c o m o
a n h e l o s a g r a d o p a r a e l f u t u r o l a restauración d e u n s i s t e m a s o c i a l d e l p a s a d o .
R e s t a u r a d o e n e s e n c i a o m o d e r n i z a d o p o r l a técnica contemporánea, h a b r e -
m o s u t i l i z a d o e l p a s a d o , c o m o ningún o t r o p u e b l o , e n c o n d i c i o n e s f a v o r a b l e s
p a r a a c e l e r a r e l a d v e n i m i e n t o d e l porvenir».'" E l i n d i o , e n síntesis, s e haría
u n s e r p r o d u c t i v o , s o c i a l m e n t e útil, a través d e s u incorporación a l a s o c i e d a d
m o d e r n a c o m o u n a c o n s e c u e n c i a d e l a política s o c i a l y económica d e l A P R A -
L-as i d e a s a c e r c a d e i i n d i o e x p r e s a d a s p o r H a y a d e l a T o r r e f u e r o n f o r m u -
l a d a s d e u n a m a n e r a más explícita ( y m e n o s retórica) p o r Rómulo M e n e s e s ,
u n m i e m b r o d e l p a r t i d o e n A r e q u i p a . M e n e s e s murió e s t a n d o e n prisión a
i n i c i o s d e 1 9 3 0 , p e r o s e l a s arregló p a r a p r o d u c i r u n b r e v e f o l l e t o q u e d i s c u t e
v a r i o s d e l o s o b j e t i v o s d e l A P R A . C a v i l a n d o s o b r e s i «¿la c l a s e indígena e s
c l a s e proletaria?», concluía M e n e s e s , «No, e v i d e n t e m e n t e . E s u n a categoría
de m a s a s r a c i a l e s s i n orientación a u t e n t i c a , s i n c u l t u r a , s i n conciencia».'"*
M e n e s e s señalaba q u e l o s i n d i o s «ni s i q u i e r a p o s e e n u n a fermentación r e v o -
l u c i o n a r i a d e r e i v i n d i c a c i o n e s definidas», c o m o d e m o s t r a b a e l h e c h o d e q u e
112. Haya de la Torre, £ianrijm^ifnii/iinio, 1S5.
l i s . Ibíd., 137.
11*. Mencae^PorelAPRA.'W.
 70 Paulo Dñnot
t o d o s !os l e v a n t a m i e n t o s indígenas habían s i d o u n f r a c a s o . P a ^ a M e n e s e s , e l
i n d i o n o podía s e r u n p r o l e t a r i o p o r q u e n o podía v e n d e r s u m a n o d e o b r a y
p o r q u e vivía e n u n m u n d o s e m i f e u d a l . P e r o e s t a situación podía c a m b i a n
C u a n d o las s i e r r a s p e r u a n a s y l a s c i r c u n d a n t e s , i n g r e s e n e n u n a fase décapitOr
lización efectiva, c u a n d o e l s i s t e m a d e explotación d e l a t i e r r a y de sus p r o d i i c -
tos varíe d e métodos, m e d i a n t e l a restitución de l a t i e r r a a quienes l a t r a b a j a n ,
p a r c e l a n d o l o s l a t i f u n d i o s , «impulsando e l m a y o r a p r o v e c h a m i e n t o de la r i q u e z a
p r o d u c i d a p a r a el beneficio de l a colectividad» ( H a y a de l a T o r r e ) ; es decir, c u a n -
d o l o g r e m o s i n c o r p o r a r a l indígena c o m o m o d e r n o f a c t o r d e producción y d e ,
consumo, entonces, sin r e c u r r i r a la prosodia de mencionar derechos antiescla-
v i s t a s e n c o n s t i t u c i o n e s q u e se j u r a n a l vacío, l a f u e r z a m a t e r i a l d e las cosas se
encargará d e r e s o l v e r l a situación m e d i o e v a l d e n u e s t r a s g r a n d e s m a s a s étnicaSi
a m o r f a s e n e l t e r r e n o d e clases, d e s t r u y e n d o su a c t u a l s e r v i d u m b r e y t r a n s f o r -
mándolas p r o g r e s i v a m e n t e e n v e r d a d e r a s clases campesinas c o l e c t i v i z a d a s . ' "
N u e v a m e n t e , e n e s t a concepción, l o s i n d i o s s e convertirían e n s e r e s p r o -
d u c t i v o s y s o c i a l m e n t e útiles a través d e s u incorporación ( e n r e a l i d a d , s u
transformación) e n u n a c l a s e d e c a m p e s i n o s c o l e c t i v i z a d a . C o m o Mariátegui,
l o s ideólogos d e l A P R A creían q u e p o c o podría e s p e r a r s e d e l o s i n d i o s c o m o
i n d i o s . E l l o s tenían q u e s e r t r a n s f o r m a d o s e n s e r e s p r o d u c t i v o s , e n o b r e r o s , y
p a r a e s o , n e c e s a r i a m e n t e tenían q u e d e j a r d e s e r i n d i o s .
Conclusión
«Sin i n d u s t r i a , n o h a y nación». C o m o h a m o s t r a d o e s t e capítulo, e s t e a f o r i s -
m o y l a i m a g e n d e l a carátula d e Industria Peruana d i s c u t i d a e n l a i n t r o d u o
ción i l u s t r a n cómo l a política l a b o r a l e n e l Perú d e i n i c i o s d e l s i g l o X X f u e
c o n f i g u r a d a p o r l a s m a n e r a s e n q u e l a élite p e r u a n a a s o c i a b a e l «problema
d e l indio» c o n e l a t r a s o d e l país, y l a «cuestión obrera», c o n t o d o s s u s d e -
f e c t o s , c o n e l f u t u r o i n d u s t r i a l , «civilizado» y «moderno» (así c o m o también
b l a n c o / m e s t i z o ) . L a cuestión o b r e r a , h e a r g u m e n t a d o , f u e r a c i a l i z a d a e n e l
Perú e n m a y o r m e d i d a q u e e n o t r o s países. C o n s i d e r a n d o l a racialización d e
l a política l a b o r a l e n e l Perú, e x t r a i g o l a s u g e r e n c i a d e D a v i d T h e o G o l d b e r g
d e q u e , p a r a d a r s e n t i d o a l a interacción e n t r e r a z a y formación d e l E s t a d o ,
n e c e s i t a m o s p r e s t a r atención «no s o l o \ j r \a f o r m a e n q u e e l E s t a d o está más
o m e n o s i m p l i c a d o e n l a reproducción d e l a s c o n d i c i o n e s l o c a l e s d e exclusión
115. Ibtd., 43. E l reconocimiento de Haya de la Torre como la fuente de la oración citada en
este pas^e esti en el original
cUtííi-sino e n cóinoel E s t a d o m o d e r n o s i e m p r e s e concibió a sí m i s m o c o m o
c i a l m e n t e configurado»."" P a r a l a éÜlc p e r u a n a , r e s p o n d e r a l a cuestión
'obréi^a n o f u e s i m p l e m e n t e e n f r e n t a r l o s p r a h l e n i a s q u e e n e l Perú, así c o m o
V n o t r o s países, s e a s o c i a b a n a l c r e c i m i e n t o d e l i n d u s t r i a l i s m o y a l a f o r m a -
^ ó n d e u n a c l a s e o b r e r a o r g a n i z a d a . E n e l Perír, p a r a p r o g r e s i s t a s s o c i a l e s •
-''tíütuo F r a n c i s c o A l a y z a P a z Soldán, c o n s e r v a d o r e s c o m o Raúl F e r r e r o e i n -
ii¿luso r a d i c a l e s c o m o Mariátegui, r e s p o n d e r a l a cuestión o b r e r a s i g n i f i c a b a
r e s o l v e r e l p r o b l e m a f u n d a i n e n t a l d e l a formación d e l Estado-nación p e r u a -
no- e l obstáculo p a r a e l p r o g r e s o r e p r e s e n t a d o p o r l a población indígena d e l
Perú. R e s p o n d e r a l a cuestión o b r e r a e n e l Perú suponía e l i m i n a r l a s t r a b a s
r a c i a l e s c o n e l fin d e p r o g r e s a r g r a c i a s a l p o d e r (¿la m a g i a ? ) d e l a i n d u s t r i a
p a r a t r a n s f o r m a r a l a s a t r a s a d a s p o b l a c i o n e s indígenas d e l Perú e n t r a b a j a -
d o r e s i n d u s t r i a l e s c i v i l i z a d o s b l a n c o s / m e s t i z o s . P o r e s t a razón, y a p e s a r d e
l o s m i e d o s e x p r e s a d o s a n t e l a a m e n a z a s o c i a l y política q u e e l d e s a r r o l l o d e
u n a c l a s e o b r e r a o r g a n i z a d a r e p r e s e n t a b a , l o s o b r e r o s v i n i e r o n a desempeñar
u n r o l c e n t r a l , a u n q u e d e s p r o p o r c i o n a d o , e n l a formación d e l E s t a d o y l a s
políticas n a c i o n a l e s e n l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o X X .
E n l a m a y o r parte del siglo X X , aunque los obreros representaban solo
u n pequeño p o r c e n t a j e d e l a población l a b o r a l p e r u a n a , f u e r o n o b j e t o d e m u -
c h a más atención d e l E s t a d o ( y d e l o s p a r t i d o s políticos) q u e l a m u y n u m e -
r o s a población r u r a l e indígena p o r q u e , a d i f e r e n c i a d e e l l a , e r a n c o n c e b i d o s
c o m o a g e n t e s d e p r o g r e s o . " ^ E s t o n o s i g n i f i c a a r g u m e n t a r q u e l a población
r u r a l e indígena n o recibió atención d e l E s t a d o o i g n o r a r l o s v a r i o s p r o y e c t o s
i n d i g e n i s t a s , d e a r r i b a a a b a j o o d e a b a j o a a r r i b a , q u e c o n f i g u r a r o n l a política
s o c i a l d e l país."* Quizás, c o m o m u e s t r a e l s i g u i e n t e capítulo, l a interacción
dé r a z a , t r a b a j o y E s t a d o e n e l c o n t e x t o p e r u a n o r e v e l a l a s f o r m a s e n q u e
«el e s t a d o m o d e r n o (^...^ s e e s t a b l e c e n o s o l o s o b r e l a s e x c l u s i o n e s , e s a s a u -
s e n c i a s q u e i n v i s i b i l i z a n , s i n o e n l a ínter n a l ización d e e s t a s exclusiones».""
116. Go\á\xT^. R a c i a l State, i.
tI7. E n varias formas, mi argumento complementa el de Charles Bergquist de que la im-
portancia de los «trabajadores» (un término que también problematiia) en la historia
política de Latinoamérica, que superó de lejos su significado demográfico, se debió a su
posición estratégica en los sectores exportadores. E n el Perú, sostengo yo, se debe, en
parte, a su posición estratégica en esos sectores (azúcar, algodón, cobre, petróleo, harina
de pescado, etc.). pero también, y quizás principalmente, a la valoración racializada d é l o s
trabajadores frente a los indios. Véase Bergquist, Labor i n Latín A m e r i c a .
118, Véase, entre otros, Chevalier, «Official Indigenismo»; Davies, ¡ndtaa ¡ntegration i n Peni;
De la Cadena, Indigenous Mestizas; Contreras, «Maestros, mistis y campesinos».
119, Goldberg, fiana/5íflíí, 9,
 C o m o d i s c u t o e n l o s capítulos q u e s i g u e n , e l E s t a d o p e r u a n o e n l o s i n i c i o s
d e l s i g l o X X s e desarrolló, a n t e t o d o , c o m o u n E s t a d o o b r e r o . E s d e c i r , c o m o
u n E s t a d o d e y p a r a l a c l a s e o b r e r a , c o n s t i t u i d a p o r , y c o n s t i t u y e n t e de, u n
p r o y e c t o d e g u b e r n a m e n t a l i d a d q u e reflejaba l a idea d e q u e l a clase o b r e r a
e r a u n r e c u r s o v a l i o s o , u n a g e n t e d e p r o g r e s o , y q u e e l propósito d e l E s t a d o
e r a p r o t e g e r l a y m e j o r a r l a . S e desarrolló e n u n a f o r m a q u e r e v e l a l a p a r t i -
c u l a r seducción d e l a c l a s e o b r e r a e n e l c o n t e x t o p e r u a n o . A l m i s m o t i e m p o ,
se construyó c o m o u n E s t a d o e x p r e s i v o d e l a c r e e n c i a d e q u e l o s i n d i o s e r a n Constituyendo la clase o b r e r a
i n c o m p a t i b l e s c o n e l p r o g r e s o y, p o r íu t a n t o , c o m o u n E s t a d o c u y o último
y f u n d a m e n t a l propósito f u e r e d i m i r y r e c o n s t r u i r l a nación a través d e l a
eliminación d e l o s i n d i o s .

D u r a n t e l a h u e l g a d e 1 9 2 1 e n e l v a l l e d e C h i c a m a , l a p r i n c i p a l región
a z u c a r e r a e n e l n o r t e d e l Perú, l o s e m p l e a d o s d e u n a n u e v a institución
e s t a t a l d i s t r i b u y e r o n u n p a n f l e t o q u e e x p l i c a b a e l artículo 4 8 d e l a r e c i e n t e -
m e n t e p r o m u l g a d a Constitución d e 1 9 2 0 . ' E l artículo establecía e l a r b i t r a j e
o b l i g a t o r i o e n l o s c o n f l i c t o s l a b o r a l e s . Después d e d e t a l l a r l o , e l f o l l e t o e x p o -
nía l o s b e n e f i c i o s d e l a r b i t r a j e , q u e , s e señalaba, e r a s o l o u n a v a r i a n t e d e l a
acción d i r e c t a . L a s h u e l g a s tenían p o c a s p r o b a b i l i d a d e s d e éxito s i n o e r a n
bien organizadas. S i n e m b a r g o , aquellos sindicatos q u e se e m b a r c a s e n e n u n a
d i s p u t a c o n p l e n o a p o y o d e l a Constitución s e garantizarían e l éxito; «Sólo
con el a r b i t r a j e que coloca a p a t r o n e s y o b r e r o s e n i g u a l d a d d e condiciones se
puede d i s c u t i r a m p l i a y d e t a l l a d a m e n t e cada u n o d e los p u n t o s d e l r e c l a m o e
i n t e l i g e n t e m e n t e hacer t r i u n f a r l o s anhelos d e l trabajador, que casi s i e m p r e
s o n n a c i d o s d e s u s n e c e s i d a d e s insatisfechas».' C u r i o s a m e n t e p a r a e l c a s o d e
u n a publicación d e l g o b i e r n o , e l p a n f l e t o s e hacía e c o d e t e m a s a n a r q u i s t a s y
d e l polémico e s t i l o común a l a s p u b l i c a c i o n e s d e l o s t r a b a j a d o r e s d e l a época.
S i n e m b a r g o , s u m e n s a j e y propósito e r a n m u y d i f e r e n t e s . P o r u n l a d o , c o m o

I. Para un análisis de estas huelgas, véase Klarén, M o d e m i x a t i o n , Dislocation andAprismo,

cap. 2.
í. A G N / M F / H C / 1 ; 14, Sección del Trabajo del Ministerio de Fomento • los obreros en
huelga, 1 de octubre de 1920.