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Representações sobre a inserção na


vida ativa de jovens com trissomia 21
■ José Maria Fernández Batanero* e José Fernando Machado de Oliveira* *

Resumo compression of factors that can lead to an


increase of the use of the people with trisonomy
Partindo da idéia de que um processo/mé-
21 and deficient young people in general.
todo de TVA deve ser capaz de se adaptar às
Keywords: Trisonomy 21. Syndrome of
rápidas mudanças do mundo global, conferin-
Down. Special education. Mental delay.
do uma adequada preparação para o mundo
Transition to the active life. Occupational
de trabalho, gerando expectativas positivas,
direction. Integration.
desenvolvendo nos jovens com potencial para
serem integrados profissionalmente as caracte-
rísticas pessoais e competências necessárias Este
estudo dá, igualmente, na nossa perspectiva,
Resumen
um contributo importante para a compreensão Representaciones sobre la
dos fatores que podem levar a um aumento da inserción en la vida activa
empregabilidade das pessoas com esta patolo-
gia e dos jovens deficientes em geral. de jóvenes con trisomía 21
Palavras-chave: Trissomia 21. Syndro- Partimos de la idea de que un proceso o
me de Down. Instrução especial. Mental atra- estrategia de transición a la vida activa
sa. Transição à vida ativa. Orientação pro- (TVA) debe ser capaz de promover
fissional. Integração. adaptarse a los rápidos cambios en un
mundo global, confiriendo una adecuada
Abstract preparación para el mundo del trabajo,
generando expectativas positivas,
Representations on the preparando a los jóvenes para su
active life inserction of integración profesional y dotándolos de las
competencias necesarias. Desde esta punto
trisonomy 21young people de partida, presentamos este trabajo que
Starting of the idea that a process/method of contribuye, creemos que de forma
transition to the active life must be able to adapt importante, a la comprensión de factores
to the fast changes in a global world, conferring que pueden conducir a un aumento del
a suitable preparation for the world of the work, empleo de las personas con trisomía 21 y
generating positive expectations, preparing to the de jóvenes deficientes en general.
young people for its professional integration and Palabras clave: Trisomía 21. Síndrome
equipping them with the necessary competitions. de Down. Educación especial. Retraso
From this idea, we presented/displayed this work mental. Transición a la vida activa.
that contributes of important form to the Orientación ocupacional. Integración.

*
Doutor em Filosofia e Ciência da Educação; Professor Titular da Universidade de Sevilha, ES. E-mail: batanero@us.es
**
Pós-Graduado em Educação Especial; Professor da Escola Secundária de Cascais, PT. E-mail: jfernandooliveira@sapo.pt

Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 57, p. 565-578, out./dez. 2007
566 José Maria Fernández Batanero e José Fernando Machado de Oliveira

Introdução competências que levem à obtenção de me-


lhores resultados na transição escola-traba-
As questões da transição para a vida
lho? Haverá algum método que seja mais
activa (TVA) são cada vez mais prementes
adequado a jovens com trissomia 21 ou
no contexto global actual. As tecnologias da
poder-se-ão aplicar os métodos utilizados
informação e comunicação (TIC) permitiram
com os jovens com desvantagens em geral?
a mundialização da economia, levando a
Que expectativas, que sonhos têm estes alu-
alterações das condições de trabalho e acen-
nos relativamente ao seu processo de transi-
tuando as crises de desemprego, atenuando
ção e relativamente à sua integração no
a relação desenvolvimento/criação de em-
mundo do trabalho? Na perspectiva destes
pregos levaram a que expansão econômica
jovens qual é o papel da Educação Especial
nem sempre signifique criação de emprego
e qual é o papel dos professores em geral,
(LOPES et al., 2000).
na preparação dos processos de transição
para a vida adulta? Qual a sua influência /
Os jovens, na transição escola-trabalho, relevância no desenvolvimento dos seus ideais
enfrentam atualmente, um cenário comple- ou representações? A escola desenvolve
tamente diferente do encontrado pelos seus mecanismos, estabelece ligações com a co-
pais. Ter trabalho na mesma empresa du- munidade local que facilitem ou apóiem os
rante a vida inteira é hoje em dia uma situ- seus alunos na fase de transição? Que difi-
ação rara. Do mesmo modo os requisitos culdades esperam os alunos nessa transi-
pedidos pelos empregadores, os tipos de ção? Como aumentar a empregabilidade
carreira e as características do trabalho al- destes jovens?
teraram-se substancialmente.
Atendendo a que na transição para a vida
Nestas condições, as questões postas activa da pessoa com trissomia 21 se podem
pela transição escola-emprego, designadas considerar os mesmos aspectos chave impor-
genericamente por “transição para a vida tantes para qualquer adolescente (CASAL et
activa” adquiriram especial relevância. Neste al., 1991 apud MARTINS, 1999), todas estas
âmbito a escola tem sido censurada por não interrogações darão resposta a uma grande
ser capaz de fornecer os conhecimentos e as questão: tem a escola mecanismos, proces-
competências que a vida profissional exige, sos e metodologias que preparem os seus alu-
nem de ser capaz de se adaptar, com a ra- nos que não querem prosseguir estudos, e
pidez necessária, a um mundo onde as con- em particular os que apresentam necessida-
dições de trabalho, tanto locais como inter- des educativas especiais (n.e.e.), para a tran-
nacionais se alteraram substancialmente. sição para a vida activa?

Mas, se os jovens em geral enfrentam Definiu-se como objetivo geral desta in-
estes problemas o que dizer de pessoas com vestigação o seguinte:
deficiência? Será que os processos ou meto-
dologias que formam e preparam estes jo- Conhecer as representações sobre a in-
vens para a transição se adaptaram e são tegração na vida activa de alunos trissômi-
atualmente adequados às mudanças impos- cos.
tas pelo contexto global? Qual o melhor dos
métodos de transição para a vida ativa? Para atingir o referido objetivo o traba-
Existirá um que se distinga conferindo as lho foi separado em duas partes:

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Parte I – Métodos de TVA: o contexto das Atendendo ao que foi dito, esta parte do
representações sociais trabalho pretende compreender as condições
Parte II – Representações sociais: o retrato do contexto escolar relativas aos processos
de TVA para melhor compreender as repre-
A parte I que agora se apresenta, justifi- sentações destes jovens.
ca-se relativamente às representações, pelos
princípios implícitos a estas teorias que se re- Metodología
ferem a seguir em termos muito genéricos:
Os objetivos relacionados com esta par-
te do trabalho foram os seguintes:
As Teorias das Representações Sociais,
apresentadas pela primeira vez por Mosco-
vici em 1961, são em termos muito gerais Objetivo principal
construções mentais sobre a realidade vivi- Identificar factores, como, por exemplo,
da pelo indivíduo. São, portanto, a sua tra- elementos pedagógicos fornecidos aos alu-
dução cognitiva da realidade processada e nos, competências desenvolvidas no proces-
transformada pelo seu intelecto (nesse pro- so formativo, envolvimento da família no pro-
cesso de construção estão envolvidas a cog- cesso formativo, meio geográfico de origem
nição, a afetividade, as influências culturais, (rural ou urbano) que podem intervir ou in-
etc.). Essas “representações estão presentes fluenciar os ideais e sonhos manifestados pe-
tanto ‘no mundo’ como ‘na mente’ [pelo que] los alunos.
devem ser pesquisadas em ambos os con-
textos” (GUARESCHI; JOVCHELOVITCH, Objetivos secundários
1998, p. 47).
• Identificar e listar os principais méto-
dos de transição para a vida activa
O estudo e conhecimento das repre-
utilizados nas escolas com alunos com
sentações, diferencia-se da Psicologia So-
deficiência;
cial mais individualizante, pois, além de
• identificar e listar os principais méto-
permitir conhecer os sujeitos do ponto de
vista de determinado tema, pode servir, dos de transição para a vida activa
também, para caracterizar um determina- utilizados com os jovens com trisso-
do grupo de indivíduos apesar das dife- mia 21 em formação;
renças entre eles. • identificar e listar os principais factores
necessários para uma boa integração
Para o conhecimento das representações profissional de pessoas com deficiên-
não se deve, conseqüentemente, esquecer cia (percepcionados pelos técnicos que
os factores que têm grande influência na trabalham em TVA).
escolha dos elementos que aparecem como • identificar e listar as principais dificul-
estruturadores da conceitualização das re- dades sentidas pelos professores do
presentações: factores culturais, modos de Apoio Educativo e/ou outros técnicos
vida, diversidade contextual. “Portanto, para na aplicação de métodos de TVA a
estudá-las, em primeiro lugar é indispensá- jovens com deficiência.
vel conhecer as condições de contexto em
que os indivíduos estão inseridos mediante A metodologia utilizada pode resu-
a realização de uma cuidadosa análise con- mir-se esquematicamente da forma que
textual” (FRANCO, 2004, p. 170). se segue:

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Utilizou-se, portanto, uma metodologia nais) onde se escolheu-se a região de Lis-


quantitativa com análise estatística, paramé- boa e Vale do Tejo (RLVT);
trica e não paramétrica, dos dados recolhi- 2 – Dentro das escolas de LVT selecio-
dos através do questionário (principal ins- nou-se um estrato correspondente a escolas
trumento de recolha de dados). O questio- que podem ser frequentadas por jovens com
nário continha perguntas abertas e fecha- T21 com as características procuradas para
das. A análise estatística das questões fe- este estudo, ou seja, escolas com segundos
chadas foi feita com auxílio do programa e terceiros ciclos.
informático SPSS 11.5. As perguntas abertas
foram submetidas a análise indutiva. Quanto A segunda fase decorreu de acordo com
à validação do questionário optou-se por o processo de amostragem casual simples.
uma validação realizada por um painel de Como tal, para se obter uma amostra repre-
5 peritos. sentativa o questionário foi enviado a cerca
de 50% (150 escolas) das escolas selecio-
Seleção da amostra nadas no primeiro momento da amostragem.
Para seleção da amostra utilizaram-se As escolas que receberam questionários fo-
duas técnicas de amostragem. Num primei- ram escolhidas pela Técnica dos números
ro momento o processo baseou-se num: aleatórios.

Processo de amostragem estratificada não Obteve-se uma percentagem de respos-


proporcional assente em dois critérios: tas correspondente a 35% (53 escolas) de
1 – Critério de caráter geográfico basea- escolas, o que corresponde a cerca de 17 %
do no NUTS II (territórios estatísticos nacio- do Universo Alvo.

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Elegeram-se como respondentes todos os sias urbanas (APU – Área Propriamente Ur-
técnicos que nas escolas são potenciais res- bana). Uma minoria pertence a freguesias
ponsáveis pela implementação de progra- mediamente urbanas (AMU) e propriamente
mas de TVA, a saber: rurais (APR). As escolas menos representadas
neste estudo pertencem a freguesias rurais.
- Professores do Ensino Especial / Apoio
Educativo; Estes resultados, apesar de diferirem dos
- Psicólogos escolares, normalmente res- dados referentes à % de freguesias urbanas
ponsáveis pelos Serviços de Orientação e (APU e AMU) na região de RLVT que é de 68%
Psicologia (SPO). não surpreendem, pois a localização das es-
colas depende diretamente da densidade po-
Foram também considerados como res- pulacional e, é no primeiro tipo de região que
pondentes: se concentra a grande maioria da população
(86% - note-se a coincidência entre a porcen-
- Outros professores que não os do Apoio tagem de escolas urbanas que responderam a
Educativo que tivessem, na escola, funções este inquérito e a % de população nestas APU).
relacionadas com TVA.
No que diz respeito aos respondentes
Função do professor verifica-se que cerca de 51% destes técnicos
estavam a aplicar processos de TVA nas suas
na escola escolas, enquanto os restantes não o esta-
Freqüência vam a fazer no ano letivo 2005/2006.
relativa (% Freqüência Freqüência
de valores relativa
válidos)
Válidos 1 Sim 27 50,9
Válidos 1 Professor do 2 Não 26 49,1
EnsinoEspecial / 86,8
Apoios educativos Total 53 100
2 Psicólogo 11,3
No que concerne à experiência dos res-
3 Outra relacionada
pondentes em termos de aplicação de pro-
com TVA 1,9
cessos de TVA verifica-se o seguinte:
Total 100,0
- Relativamente aos professores que têm
Aproximadamente 87% dos professores TVA neste ano letivo, 84 % já possuíam ex-
respondentes são Professores do Ensino Es- periência anterior nesta área;
pecial, 11,3 % pertencem aos Serviços de
Psicologia e Orientação das escolas (SPO). - 95 % dos professores sem qualquer ex-
Uma reduzida proporção exerce outras fun- periência em TVA não estão a aplicar pro-
ções relacionadas com TVA, nomeadamen- cessos de TVA em 2005/2006, o que signifi-
te Técnico de Inserção. ca que só 5% dos professores sem experiên-
cia estão a trabalhar nessa área.
Quanto à localização da escola verificou-
se que as escolas respondentes pertencem na Destes dados podem tirar-se duas con-
sua esmagadora maioria (86,8 %) a fregue- clusões:

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- A maioria dos professores que aplicam Em termos de escolas com processos de


processos de TVA aos seus alunos já pos- TVA a funcionar em 2005/2006 verifica que:
suía experiência nessa área. A experiência
dos professores parece ser, então, um fator - do total de escolas respondentes ao
preponderante na existência de métodos de questionário, 47 % – uma percentagem su-
TVA nas escolas; perior à que prevíamos (a nossa hipótese
era a de que a percentagem de escolas que
- Relativamente aos processos de TVA, as não aplicam processos de TVA seria muito
escolas fazem um aproveitamento muito ele- superior à das que aplicam) – aplicam mé-
vado da experiência dos seus professores. todos de TVA aos seus alunos com n.e.e.
(onde as escolas incluem, também, jovens
Para saber se são os professores de apoio em risco de abandono escolar, com proble-
ou os outros técnicos que mais aplicam ou mas atitudinais (emocionais / comportamen-
são responsáveis por processos de TVA fez-se tais) e outras dificuldades escolares).
o cruzamento entre os dados sobre as fun-
ções exercidas e sobre a aplicação de pro- - Em termos de metodologias utilizadas
cessos de TVA em 2005/2006. As conclusões a situação não é tão boa, podendo ser mes-
podem ser retiradas do gráfico que se segue: mo classificada de caótica, senão vejamos:

Comparando as percentagens de psi- - as 25 escolas que dizem estar a aplicar


cólogos que estão a aplicar processos de processos de TVA aos seus alunos indica-
TVA com a respectiva taxa de Professores ram 23 métodos diferentes;
de Apoio Educativo (PA), verifica-se que a
proporção relativa é maior no primeiro gru- - o total de métodos diferentes apresentados
po (83% dos psicólogos respondentes es- pelas 29 escolas que indicaram metodologias
tão a aplicar processos de TVA, enquanto de TVA (4 dos processos de TVA não estão em
nos PA essa percentagem é de apenas 46% funcionamento em 2005/2006) é de 26.
o que é bastante pouco se atendermos às
funções destes profissionais). Ou seja, no ano letivo 2005/2006, havia
praticamente um método diferente para cada
escola, o que mostra que, em termos de TVA
Conclusões não existe qualquer normalização, nem gran-
A análise dos dados permite tirar uma des orientações ao nível das políticas educa-
série de conclusões relativas ao funciona- tivas; As escolas implementam estes progra-
mento de processos de TVA nas escolas por- mas por iniciativa própria ou sem grande
tuguesas e metodologias aplicadas aos jo- conhecimento das melhores metodologias.
vens com necessidades educativas especiais
(NEE) com especial relevância para os por- Formas como as escolas implementam
tadores de trissomia 21. Definiu-se, com base os programas de TVA
em estudos oficiais e na literatura existente, As escolas portuguesas implementam os
que a idade que estes jovens teriam que seus programas de TVA de duas formas:
possuir para frequentar um processo desta
natureza estaria compreendida entre os 13 e - 52% delas, através de parcerias com
os 18 anos, recomendando-se que come- instituições exteriores (normalmente, Estabe-
cem o mais cedo passível. lecimentos de Educação Especial, IPSS, CERCI

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ou Associações que asseguram a formação Constata-se, também, que muitos dos pro-
profissional dos alunos com n.e.e.), ao abri- cessos de TVA (especialmente em escolas que
go da Portaria 1102/97 (PORTUGAL, 1997), os asseguram sem parcerias com instituições)
de 3 de Novembro de 1997; funcionam com base na “carolice” e volunta-
rismo esforçado dos professores, em vez de
- 48% por iniciativa própria e sem qual- numa base profissional apoiada e suportada
quer tipo de parceria. por legislação, meios e condições de trabalho
adequadas. Para agravar a situação, os técni-
O referido sistema de parcerias segue na cos, que revelam uma enorme vontade e reali-
maioria dos casos a seguinte formatação: zam um imenso esforço para levar a cabo pro-
gramas de TVA nas suas escolas, não são, na
- A formação acadêmica é assegurada sua maioria, recompensados pelo seu esforço
pela escola que também pode proporcionar que muitas vezes nem sequer são reconheci-
as primeiras experiências de formação pro- dos. Como se constata, muitas vezes em Portu-
fissional (TVA) através da execução de pe- gal, no campo da Educação, trabalha-se e pro-
quenas tarefas nos seus serviços numa es- duz-se à custa do esforço individual e volunta-
pécie de estágios de sensibilização; rioso de profissionais conscientes e responsá-
veis. Enquanto o sistema continuar a funcionar
- Paralelamente a esta pré-preparação nesta base, não se pode esperar uma grande
ou depois dela, mas sempre em simultâneo evolução, pois os esforços individuais não são
com a formação acadêmica, o jovem inicia concentrados e direcionados e o profissionalis-
a sua formação profissional na instituição mo destes esforçados técnicos e professores não
parceira responsável (que por sua vez esta- dará os devido frutos neste campo que deveria
belece parcerias com empresas e serviços da ter como resultado, processos de TVA devida-
comunidade). Segue-se, se o processo de- mente organizados que conseguem a plena in-
correr de forma normal, a integração profis- tegração profissional dos jovens com trissomia
sional e o respectivo acompanhamento pós- 21, capazes de tal, e de todos os outros jovens
colocação profissional. com n.e.e. ou oriundos de populações desfa-
vorecidas, e ainda de todos os outros que não
Nas escolas sem parcerias a escola pro- pretendam prosseguir estudos.
cura assegurar todo o processo de TVA, desde
a Orientação Profissional até à integração pro- A nosso ver não existe uma verdadeira
fissional e acompanhamento pós-colocação escola inclusiva se esta não procurar asse-
profissional. A grande maioria das escolas não gurar até ao final do processo acadêmico, a
consegue ter programas de TVA completos fa- plena integração social e uma verdadeira
lhando nos dois últimos aspectos citados. Isto inserção profissional dos jovens trissômicos
porque as escolas, apesar de terem professo- (os que tiverem capacidades para isso) e dos
res de apoio educativo não dispõem de instru- restantes clientes da dita escola inclusiva. À
mentos (legislativos e outros) e meios próprios luz do que foi referido urge, entre outras
(financeiros e humanos – profissionais exclusi- medidas, criar o cargo de Professor de Tran-
vamente dedicados à TVA como, por exemplo sição cujas funções terão por base a dedi-
Professor de Transição) que lhes permitam a cação exclusiva aos projetos de TVA em to-
concretizar a integração profissional ou fazer das as suas vertentes onde se incluem desde
o devido acompanhamento pós-colocação pro- a coordenação do processo ao acompanha-
fissional dos seus alunos. mento dos estágios.

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Podemos dizer, também, que os proces- destas organizações de que beneficiarão, a


sos de TVA, apesar do reconhecimento da curto prazo, toda a sociedade e os traba-
sua importância pelos sucessivos governos lhadores em geral.
portugueses e pela Comunidade Européia,
não têm sido verdadeiramente encarados De pouco adiantam as medidas, tão do
como uma mais valia na formação dos jo- agrado dos governos (por serem fáceis de
vens com desvantagens (uma mais valia para aplicar, mas de resultados muito questioná-
a sociedade que verá estas pessoas profissio- veis nos moldes desatualizados e desade-
nalmente integradas, logo menos dependen- quados em que é feita) de concessão de in-
tes de subsídios que pesam no bolso dos con- centivos às empresas (principalmente finan-
tribuintes) nem como uma forma de se evita- ceiros) para apoio ao emprego de pessoas
rem gastos futuros em segurança social (cujo desfavorecidas, se a escola não for devida e
sistema financeiro está cada vez mais depau- condignamente envolvida em todo o pro-
perado em Portugal) em saúde (resultante da cesso de TVA. Sem a escola esses incentivos
menor auto-estima, menor taxa de atividade não passarão de paliativos que pouco mi-
- física e mental, ocupacional, etc., ou seja norarão o problema da integração, e que
todo o rol de custos não quantificados que nunca o resolverão em grau satisfatório.
poderiam ser minorados ou excluídos com a
integração profissional destas pessoas. Acresce a isto, que num país como Portu-
gal, em que a taxa de abandono escolar (sem
Noutras palavras o processo de TVA não conclusão da escolaridade obrigatória e sem
é verdadeiramente visto como uma medida qualquer tipo de formação apetecível para o
preventiva capaz de trazer benefícios e mais mercado de trabalho) é muito elevada, este
valias futuras – econômicas, sociais e outras problema da TVA não pode ser de modo ne-
– para o próprio interessado e para toda a nhum descurado. Se analisarmos quem aban-
sociedade. Estas mais valias estendem-se, dona prematuramente a escola decerto che-
também, ao próprio mercado de trabalho que, garemos à conclusão de que se trata dos alu-
ao absorver estas pessoas, ganha em aspec- nos mais carenciados e desfavorecidos por
tos de que anda tão carenciado atualmente: desvantagens diversas. Para estes alunos a
instituição escola não oferece soluções para
- maior humanização e respeito pelas o seu futuro (que dada à situação de desfa-
diferenças em contraste com a formatação vorecimento não é tão distante quanto isso,
(normalização) dos trabalhadores; necessitando, portanto, de soluções urgen-
tes). É precisamente para muitos desses, e não
- melhor noção de serviço social e de apenas para os deficientes, que alguns dos
boas práticas e melhoria da imagem (em vez métodos de TVA de maior aceitação foram
da impressão que o público tem de que as desenhados. Para esses jovens, ter TVA, di-
empresas apenas se preocupam consigo pró- zem vários professores, é um incentivo à per-
prias e com o crescimento dos seus lucros, manência na escola pois descortinam aí a
num olhar constante para o umbigo); possível solução para as suas dificuldades,
ao mesmo tempo que se apercebem, pela pre-
- menor grau de descriminação, etc. ocupação evidenciada pela instituição, que
não são uma espécie de párias do sistema. É
Das transformações referidas resultarão de referir que, enquanto para o ensino se-
ganhos ao nível da “consciência social” cundário se tem procurado oferecer soluções

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Representações sobre a inserção na vida ativa de jovens com trissomia 21 573

para aqueles que não querem prosseguir es- prego. No aspecto da formação profissional
tudos (cursos de formação profissional nas destes jovens o ônus não pode caber exclu-
escolas públicas) no terceiro ciclo, numa es- sivamente às empresas que nem sequer es-
pécie de complexo elitista provocado pela tão vocacionadas para tal.
necessidade de conclusão da escolaridade
obrigatória, poucas soluções têm sido apre- Processo completo de TVA
sentadas a estes jovens. Recorda-se uma de- Consideramos que um processo de TVA
las, praticamente extinta: as turmas de Currí- completo deve prever/incluir sempre as se-
culos Alternativos ao abrigo do Despacho nº guintes etapas:
22/SEEI/96 (PORTUGAL, 1996), destinadas
a casos de sério risco escolar. Orientação vocacional / profissional
(avaliação, informação e orientação profis-
Ainda relativamente ao desenho do pro- sional propriamente dita);
cesso de TVA, a solução escola unida a uma
instituição parceira que assegure a forma- Preparação pré-profissional que pode ser
ção profissional pode ser a mais utilizada realizada através de estágios de sensibiliza-
atualmente, mas pensamos não ser a ver- ção que podem servir também para despiste
dadeira solução da equação “integração pro- vocacional;
fissional”, pois não se encontra assim tão
espalhada pelo país e por outro lado estas Formação profissional (com estágios em
instituições parceiras não surgem de um dia contexto real de trabalho – PA ou FPCR);
para o outro nem aplicam as melhores me-
todologias. Como já dissemos é preciso que Colocação / integração na vida activa
as escolas, e conseqüentemente, os respec- (integração profissional corresponde a con-
tivos professores coordenadores dos proje- tratação por parte da entidade patronal);
tos de TVA e responsáveis por estágios, se-
jam dotados de meios (para os professores: Acompanhamento pós-colocação profis-
carga horária adequada, pagamento de sional;
gastos com deslocações para visitas a em-
presas, etc.) para produzirem ou darem con- Fim do acompanhamento pós-integra-
tinuidade a projetos de TVA próprios. Com ção (quando o aluno já está integrado na
isto ganharão as escolas que apresentarão, empresa de forma considerada segura).
assim, um maior leque de soluções para os
seus alunos (que não apenas a continua- Todo o processo deve ser individualiza-
ção de estudos, para o qual parecem, ain- do e ir de encontro às reais necessidades do
da hoje em dia, muito vocacionadas – mes- aluno. Assim, por exemplo, um aluno que
mo as do terceiro ciclo) e ganhará a socie- já tem uma clara e realista, no sentido de
dade que deixará de ver todos os anos hor- ajustada às suas competências (cabe aos
das de jovens estudantes sem qualquer for- técnicos de TVA fazer essa avaliação) noção
mação profissional (e outros factores de em- da profissão que pretende, não necessita de
pregabilidade que lhes dêem alguma garan- orientação profissional (a não ser que preci-
tia e confiança), e, muitas vezes, com for- se de maiores e melhores noções sobre o
mação escolar incompleta, engrossarem as mundo do trabalho), no entanto isto não sig-
fileiras do desemprego – cada vez maior nesta nifica que não precise realizar estágios de
faixa etária – e da procura do primeiro em- sensibilização (que são o verdadeiro méto-

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do de os técnicos e o próprio interessado profissional, quer relativas à sua adaptação


testarem / avaliarem a vocação e compe- (ajudas técnicas, adaptação dos posto de
tências manifestadas). O importante é que o trabalho, etc.) bem como em relação aos
processo seja personalizado e de acordo com incentivos dados pelo Estado.);
as necessidade (as etapas partir dos estági-
os da formação profissional, inclusive, são - Desenvolve nos sujeitos as competên-
comuns a todos os formandos, o que pode cias necessárias a uma boa integração pro-
variar é o tempo de formação). fissional e procura trabalhar e melhorar to-
das as componentes da vida da pessoa em
Metodologias de TVA formação com vista a uma integração de
sucesso durável ao longo do tempo (para
aplicáveis a alunos com isso o método tenta explorar todos os recur-
trissomia 21 sos da comunidade).
Os técnicos respondentes indicaram que
72 % das metodologias utilizadas também se Fatores que podem
aplicam-se a T21 Assim, podemos dizer que
nas escolas portuguesas se considera que,
aumentar a
para esta deficiência, não é necessária a apli- empregabilidade das
cação de uma metodologia específica de TVA.
pessoas com trissomia 21
No entanto os técnicos referem que exis- A partir da análise dos factores para uma
tem métodos mais adequados à T21. integração profissional de sucesso e das
muitas entrevistas feitas a técnicos que pre-
O Modelo de Emprego Apoiado é, a param estes jovens deficientes para a transi-
nosso ver, entre os que estão a ser aplicados ção para a vida activa e que fazem acom-
em Portugal, aquele que é mais adequado à panhamento pós – integração profissional,
trissomia 21 e a outras populações desfavo- apontamos as seguintes medidas que po-
recidas. Algumas das vantagens deste mo- dem aumentar as possibilidades de integra-
delo são as seguintes: ção profissional quer de pessoas com T21
quer com outras desvantagens:
- É a metodologia que melhores resulta-
dos tem apresentado; - Implementação de melhores processos
de TVA nas escolas e utilização das metodo-
- Proporciona programas de TVA com- logias mais adequadas;
pletos e adaptados ao sujeito;
- Melhores sistemas de formação profis-
- Aproveita todos os recursos da comu- sional (adaptados ao novo mundo do tra-
nidade (através do desenvolvimento de re- balho, às novas profissões, algumas delas
des de apoio que incluem empresas. No caso janelas de oportunidade para os trissômi-
concreto das empresas, o modelo funciona cos) e menor duração temporal desses cur-
na base de parcerias ativas bidirecionais que sos de formação profissional;
têm em conta quer as necessidades dos for-
mandos a necessidade de apoio das empre- - Melhor sistema de financiamento das
sas antes e após contratação destas pesso- instituições formadoras (com incentivos pela
as, quer relativas ao processo de integração integração profissional de trabalhadores e não

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Representações sobre a inserção na vida ativa de jovens com trissomia 21 575

apenas simples “pagamentos por cabeça”, Fatores considerados


que muitas vezes levam a prolongamentos
artificiais do período de tempo de formação como importantes para
em vez de funcionarem como incentivo à ten- uma boa integração
tativa de colocação profissional. Estender es-
tes incentivos às escolas públicas, para que profissional
estas tenham meios de levar a cabo os seus A única dimensão representada nos fac-
próprios programas de TVA (tendo como pro- tores considerados, pelos professores / técni-
duto final a integração profissional); cos das escolas com 2.º e 3.º Ciclos, como
muito importantes para uma integração pro-
- Melhor sistema de incentivos (mais mo- fissional de sucesso foi a dimensão sociocog-
derno, adaptado à nova realidade laboral, de nitiva. As variáveis presentes dizem respeito
fácil acesso e com menor complexidade em às categorias Respeitar regras e Motivação
termos de cálculo dos montantes a receber por (para o trabalho). Quanto às outras catego-
cada trabalhador deficiente admitido); rias de variáveis agrupadas nesta dimensão,
verifica-se que os factores que dizem respeito
- Em caso de contratação, suspensão, à Adaptabilidade Psicológica obtiveram, den-
em vez de corte, da pensão social até con- tro da classe Factores Importantes, médias
tratação sem termo. No caso desta não ocor- relativamente baixas, mas os itens respeitan-
rer e houver cessação do contrato, recupe- tes à Autonomia foram os que obtiveram
ração automática desta pensão após o fim médias mais elevadas dentro da referida classe
do subsídio de desemprego a que o traba- aproximando-se muito da classe dos factores
lhador tenha direito. Assim, estes trabalha- classificados de Muito Importantes.
dores, caso o desejem, poderão, com os
devidos apoios, continuar a procurar sem Note-se a ausência dimensão sociopro-
receios relacionados com a perda da pen- fissional, o que significa que nenhuma das
são, uma nova integração profissional; variáveis que integravam esta dimensão foi
considerada como fazendo parte dos facto-
- garantir a qualidade do acompanha- res considerados importantes ou muito im-
mento pós-colocação que deve servir para portantes para a integração profissional
apoiar não apenas o trabalhador integra- destes jovens.
do, mas também a entidade patronal nos
mais diversos aspectos relativos ao novo fun- Assim, e depois do que foi dito anterior-
cionário deficiente. Este acompanhamento mente, podemos afirmar que:
pós – colocação deve ser garantido quer para
as instituições de apoio a deficientes, quer Os técnicos / professores de Apoio, tal
às escolas públicas que têm processos de como os empresários, consideram que os fac-
TVA para estas populações; tores mais importantes para uma boa inte-
gração profissional são os que pertencem à
- Maior sensibilização às entidades pa- dimensão sociocognitiva. Entre estes têm me-
tronais que devem começar a ver a contra- nos importância relativa os que dizem respei-
tação de pessoas deficientes como uma mais to à Adaptabilidade Psicológica seguindo-se
valia para as suas empresas e não como os fatores da Autonomia. Os mais importan-
um favor que fazem à sociedade ou a al- tes são, então, as variáveis agrupadas nas
guns amigos. categorias Respeitar regras e Motivação.

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Recebido em: 28/02/2007


Aceito para publicação em: 17/10/2007

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