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Fatores de risco:
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemia, idade > 50 anos, raça negra e sexo
masculino, fibrilação atrial, infarto agudo do miocárdio (parede anterior).
Patogênese:
Cardioembólico – 30%
Aterotrombótico:
o AVE lacunar – 20%
o De grandes e médias artérias – 20%
Criptogênico (indeterminado) – 30%
A) AVE Cardioembólico:
Condição associada FIBRILAÇÃO ATRIAL
Fatores de risco: idade > 65 anos, HAS, DM, disfunção de VE, doença mitral reumática,
valva cardíaca protética.
Geralmente provoca um déficit neurológico súbito em segundos ou minutos, que
persiste estável, sem piorar nas próximas horas ou dias. A artéria mais acometida é a
arterial CEREBRAL MÉDIA e seus ramos.
B) AVE Aterotrombótico:
o Quase exclusivo de indivíduos acima de 50 anos com fatores de risco para
ATEROSCLEROSE.
o A artéria mais acometida é a CARÓTIDA INTERNA.
o Costuma evoluir de forma progressiva, com o déficit neurológico se instalando
ao longo de horas ou dias. O território mais acometido é o da cerebral media.
*Na fase aguda (3-4 dias) Deficit motor do tipo flácido, arreflexo, que evolui
para o tipo espástico hiper-reflexo.
*Diante de um paciente com historia de defict motor súbito, com duração maior
que 15 minutos, deve ser internado e é de fundamental importância a realização
de uma TC de crânio para excluir a possibilidade de um AVE Hemorrágico.
*A RNM de crânio por difusão é o exame mais sensível para a detecção precoce
do AVE isquêmico.
Tratamento:
Depressão importante do nível de consciência Intubação orotraqueal
Hipotensão arterial Reposição volêmica agressiva PA 160X100 mmHg
Corrigir níveis glicêmicos < 80mg/dl e > 200mg/dl Manter inferior a
110mg/dl
Febre Antitérmicos
Corrigir Hiponatremia < 130 mEq/L
*EVITAR:
HIPER-hidratação HIPOnatremia Edema cerebral
HIPER ou HIPOglicemia e HIPERtermia Pioram a isquemia
PÓS-AVE Cardioembólico:
o Anticoagulação plena! Warfarin por no mínimo 3 meses ou
indefinidamente.
PÓS-AVE Aterotrombótico:
o Não há necessidade de anticoagulação crônica para estes pacientes.
o AAS ou Clopidogrel como profilaxia secundária.
Inundação do espaço subaracnoide por sangue. A causa mais comum é a ruptura espontânea
de um aneurisma sacular, geralmente localizado em artérias do poligno de Willis
(comunicante anterior). O risco de rotura é proporcional ao tamanho.
Fatores de risco: idade entre 30-65 anos, tabagismo, alcoolismo, hipertensão arterial, historia
familiar positiva, síndromes genéticas.
Diagnóstico:
TC de crânio não contrastada: sensibilidade de 95% até 72 horas do evento.
Punção lombar: indicada nos casos de alta suspeita clinica com TC de crânio negativa.
Liquor com > 100.000 hc/mm³ + aspecto xantocrômico (amarelo)
Angiografia convencional Padrão-ouro para a localização do aneurisma.
Prognóstico:
45% morrem no primeiro mês (10% na primeira hora)
50% apresentam sequela neurológica irreversível.
Complicações:
Ressangramento – 20% dos pacientes nos primeiros 7 dias
Vasoespasmo – 20 a 30% dos casos entre 3- 14 dias do evento.
o Tratamento Clipar o aneurisma + Hipertensão, Hipervolemia e
Hemodiluição
Hidrocefalia – 15%
o Tratamento Derivação ventricular externa
Hiponatremia – Comum na primeira semana. Decorre de duas síndromes: SIAD
(euvolêmico) e Cerebropatia perdedora de sal (hipovolêmico).
o Suplementação de sal oral ou salina hipertônica (evitar restrição hídrica).
Tratamento:
Internar em UTI e monitorizar PIC e PAM.
Pacientes torporosos ou comatosos Intubação orotraqueal
Intervenção precoce sobre o aneurisma (neurocirurgia ou terapia endovascular).
Analgesia para a cefaleia
Nimodipina 60mg VO Neuroprotetor
Labetalol EV para o controle da PA (manter a PAS < 140 mmHg até a clipagem ou
embolização do aneurisma).
o Hipertensão Ressangramento
o Hipotensão Isquemia cerebral
A anticoagulação mesmo profilática está CONTRAINDICADA. Qualquer anti-
hemostático deve ser suspenso. Usuários de heparina devem ter o efeito dessa droga
revertido com protamina, e os de cumarinicos com vitamina k + plasma fresco
congelado.
Insuficiência Cardíaca
Manifestações clínicas:
Débito cardíaco insuficiente + Síndrome congestiva
Disfunção do VE Circulação venocapilar pulmonar
o Congestão pulmonar (dispneia), cansaço aos esforços, derrame pleural
Disfunção do VD Circulação venocapilar sistêmica
o Turgência jugular patológica, hepatomegalia, ascite, edema de membros
inferiores, sinal de Kussmaul (consiste no aumento da turgência jugular, ou
das pulsações venosas durante a inspiração).
Insuficiência Cardíaca Congestiva = IVE + IVD
o Cansaço aos esforços, dispneia, retenção de líquidos (ascite, edema de
MMII)
Sintomas:
o Ortopneia Dispneia causada pela posição supina
o Dispneia paroxística noturna Taquidispneia, acompanhada por
tosse, que acorda o paciente geralmente após 1-3 horas de sono e leva
10-30 minutos para melhorar Tosse noturna
Exame clínico: estertores pulmonares bibasais, sinais de derrame pleural (mais
comum á direita - Transudato), terceira bulha, turgência jugular patológica,
hepatomegalia, ascite, edema de membros inferiores.
Classificação:
IV Esquerda X Direita:
A maioria dos pacientes com IC apresenta-se com IVE, já que as causas
mais comuns de IC são a doença coronariana e a hipertensão arterial. Esses
pacientes abrem o quadro clinico com cansaço aos esforços e síndrome
congestiva pulmonar. Não há hepatomegalia, ascite e/ou edema. Com a
progressão da doença pode surgir a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP). A
principal causa da IVD é a evolução da própria IVE, mas causas primárias do
IVD (infarto do VD) ou a Cor Pulmonale (IVD provocada por uma
pneumopatia) também podem ser citadas.
IC Crônica X Aguda
Os pacientes com o IC Aguda podem se apresentar com Edema Agudo de
Pulmão (EAP): taquidispneia, ortopneia franca, cianose, diaforese, extremidades
frias, taquicardia, estertoração pulmonar OU com Choque Cardiogênico:
fraqueza, confusão mental, extremidades frias, oliguria, taquicardia, PAS <
90mmHg. Os sinais e sintomas da IC Crônica já foram descritos.
IV Sistólica X Diastólica
Classicamente o tipo mais comum (50-60% dos casos) era a IC sistólica,
embora dados mais recentes apontem para a prevalência igual de ambas
na população geral.
IV Sistólica:
Redução da força contrátil global do miocárdio
Cardiopatia isquêmica ou Cardiomiopatia
Redução da fração de ejeção
Valor normal da FE = 50-65%
Aguda IAM
Crônica Doença coronariana aterosclerótica, HAS,
Miocardiopatias (Dilatada), Valvopatias
IV Diastólica:
Presença de uma resistência ao enchimento ventricular, sem
haver comprometimento da função contrátil.
A fração de ejeção está normal ou próxima do normal
Não há dilatação ventricular
A maioria dos pacientes com IV Diastólica são idosos
HIPERTENSOS do sexo feminino, que apresentam hipertrofia
concêntrica do VE. A cardiomiopatia restritiva e hipertrófica
também são causas de IV Diastólica.
Radiografia de tórax
o Inversão do padrão vascular pulmonar Congestão pulmonar
o Derrame pleural, linhas B de Kerley, Cardiomegalia (aumento do ICT)
Ecocardiograma Transtorácico:
o Exame obrigatório em todo paciente com IC suspeitada ou confirmada
o Avalia a função sistólica ventricular esquerda
Aumento dos diâmetros do VE e diminuição da FE (< 45%)
o *O Doppler do fluxo mitral pode estimar a função diastólica, mas o
exame padrão-ouro para esta avaliação é o cateterismo cardíaco. Contudo
este exame é invasivo, oneroso e por vezes desnecessário.
Medidas gerais:
o Controle rígido das comorbidades (HAS, DM, Anemias, Dco)
o Dieta com 2 – 3g de sódio/dia (restrição)
o Parar de fumar, limitar consumo de álcool, evitar sedentarismo
o Imunização contra influenza e pneumococo
1) Diuréticos:
Deve ser usado em todo paciente sintomático com sinais de sobrecarga de
volume: congestão pulmonar, turgência jugular, edema periférico...
O diurético mais utilizado na maioria dos pacientes é a Furosemida (diurético
de alça).
Nos pacientes menos sintomáticos pode ser usado um tiazídico
(Hidroclorotiazída).
Nos pacientes francamente descompensados ou renais crônicos opta-se pelo uso
de Furosemida IV.
Os diuréticos devem ser ministrados em associação com a restrição de sódio na
dieta.
Como efeito adverso principal cita-se a HIPOCALEMIA.
Nunca deve ser usado como MONOterapia.
2) Digitálicos:
São indicados nos pacientes com IC sistólica sintomática, apesar do uso de
diuréticos e vasodilatadores em doses otimizadas.
Devem ser evitados na IC Diastólica.
São utilizados nos pacientes NYHA III ou IV.
São as únicas drogas inotrópicas positivas que podem ser utilizadas longo prazo
na IC Sistólica.
O mais utilizado é a Digoxina oral em tomada única diária.
Os níveis desejados para o efeito clinico da droga são muito próximos dos
tóxicos. Deve-se ter particular cuidado ao prescrever Amiodarona para
portadores de FA e IC, que possam estar fazendo uso de Digoxina.
A intoxicação digitálica (nível de digoxina sérica > 2ng/ml) manifesta-se com
uma síndrome gastrointestinal (náuseas, vômitos, dor abdominal e diarreia),
semelhante a uma gastroenterite. Há também distúrbios visuais (escotomas) e
neurológicos (vertigem, confusão). A presença de extrassistoles ventriculares é
comum no ECG. Achado típico no ECG: intervalo QT com “escavação”.
Nos pacientes com HIPOcalemia/magnesemia deve-se ter especial cuidado para
o risco de intoxicação digitálica com níveis séricos mais baixos de digoxina.
Esta droga é contraindicada nos pacientes com bloqueios sinusais e BAV
avançados.
3) Betabloqueadores:
Devem ser iniciados para todos os pacientes COMPENSADOS, com nenhuma
ou pouca retenção de volume.
São benéficos na disfunção sistólica assintomática (Estágio B).
Inibem o efeito crônico direto da noradrenalina sobre o miocárdio, além de
reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio.
Está indicado em todo paciente com IC Sistólica sintomática e nos pacientes
pós-IAM e/ou com disfunção sistólica assintomáticos;
Os BBloq mais utilizados são o Caverdilol, Metoprolol e Bisoprolol.
Os BBloq podem piorar os sintomas nos 3 primeiros meses de uso. Após este
período os sintomas do paciente tendem a melhorar.
As principais contraindicações são: IC Sistolíca DESCOMPENSADA grave,
ASMA, Bradicardia sintomática (FC < 50 bpm), doença arterial periférica com
claudicação intermitente, fenômeno de Raynauld, hipotensão arterial
sintomática.
6) Antagonistas da Aldosterona:
Estão indicados nos pacientes com IC sistólica sintomática classe funcional III e
IV da NYHA.
O mais utilizado é a Espironolactona (Aldactone).
Essa droga só deve ser iniciada quando os níveis de creatinina estiverem < 2,5
mg/dl. Não deve ser administrada quando o potássio sérico estiver > 5.5 mEq/L
Tratamento do EAP:
Clínica:
Dor torácica de localização precordial ou retroesternal, continua, tipo pleurítica
(piora com a inspiração profunda e tosse), que piora com o decúbito dorsal e é
aliviada com a posição sentada e o tronco inclinado para a frente.
Pode simular a angina pectoris, tendo caráter constritivo e irradiando para o
braço esquerdo.
Dispneia pode estar presente quando há irritação da pleura adjacente.
*Ao exame físico o paciente encontra-se taquicardico e taquipneico, sendo o
atrito pericárdico um achado patognomônico.
Exames complementares:
ECG SUPRAdesnível de ST com o ST de aspecto CÔNCAVO (exceto em
V1 e AVR) + INFRAdesnivel de PR.
Rx tórax Geralmente normal. Aumento da área cardíaca quando acumulo >
200ml de liquido Coração em moringa.
ECO Geralmente normal.
Laboratório: Leucocitose, aumento do VHS e PCR, elevação dos marcadores
de lesão miocárdica.
Etiologia e Tratamento:
Viral/Idiopática: causa mais comum!!
o Coxsackie B e o Echovirus 8
o Quadro clinico característico, brando e limitado.
o Tratamento: AINEs ou AAS em dose alta
Piogênica:
o Grave: febre alta, calafrios e prostração.
o A infecção bacteriana geralmente ocorre por contiguidade (pneumonia,
empiema pleural,...)
o Tratamento: pericardiocentese + ATB (oxacilina + gentamicina)
Urêmica:
o Derrame sanguinolento
o Responde bem à dialise.
Febre reumática:
o Curso autolimitado. Tratamento com AAS ou corticoide.
Artrite reumatoide:
o Geralmente em pacientes com doença articular avançada e nódulos
subcutâneos. O uso de corticoides NÃO altera o curso da doença.
Complicações:
Tamponamento cardíaco 15%
Pericardite recorrente 30%
Pericardite constritiva Sinal de Kusmaull (ingurgitamento da veia jugular na
inspiração).
Dissecção Aórtica Aguda
Classificações:
De Bakey Stanford
Tipo I Ascendente + Descendente
Tipo A Mais comum
Tipo II Ascendente
Tipo III Tipo B Descendente
Fatores de risco:
HAS 70%
Aneurisma de aorta
Sd. de Marfan, Ehlers-Danlos
Trauma
Clínica:
Homem com mais de 50 anos.
Dor torácica muito intensa, que pode migrar com a progressão da dissecção.
Insuficiência da valva aórtica aguda
Angina pectoris e IAM Acometimento do óstio coronário
Deficit neurológico e AVE Envolvimento carotídeo
Diferença da PA entre os MMSS Envolvimento da subclávia
Hemopericardio e tamponamento cardíaco
Hemotórax
Diagnóstico:
Rx de tórax Alargamento do mediastino (Não é suficiente para confirmar ou afastar
o diagnostico).
ECO-Transesofágico Melhor exame para pacientes INSTÁVEIS
hemodinamicamente.
RNM com Gadolíneo Melhor exame para os pacientes ESTÁVEIS
hemodinamicamente.
TC de tórax Opção na impossibilidade do ETE e RNM.
Tratamento:
Deve ser iniciado no momento da suspeita diagnóstica!
Monitorização
Controle da PA PAS < 120mmHg
o Hipertensão Vasodilatador (Nitroprussiato de sódio) + Betabloqueador
(Esmolol). Trombolíticos são formalmente contraindicados.
Tratamento cirúrgico = Enxerto de interposição
o SEMPRE indicado quando há envolvimento da aorta ascendente.
o Indicado nas dissecções Stanford B complicadas.
Doença Isquêmica do Miocárdio
Anatomia coronariana:
CD Descendente Posterior VD, dominante em 70% dos indivíduos,
porção basal do septo interventricular, paredes posterior e inferior do VE.
CE Circunflexa Parede lateral do VE, dominante em 30% dos indivíduos,
também a porção basal do septo interventricular, paredes posterior e inferior do
VE.
CE Descendente Anterior Parede anterior e região apical do VE + septo
interventricular (exceto porção basal).
Classificação:
Doença Coronariana Definição
Breve isquemia; Angina típica durando menos que 15 minutos; ECG
Angina Estável
e marcadores normais.
Angina Isquemia prolongada SEM necrose; Angina típica com duração > 15
Sd.
Instável minutos; ECG normal ou alterado; Marcadores normais.
coronariana
IAM
SEM supra Isquemia com necrose SUBendocárdica; Semelhante à angina
SEM
de ST instável, porem COM elevação dos marcadores.
SUPRA
Isquemia com necrose TRANSmural; ECG com SUPRA de ST e
IAM COM SUPRA
ELEVAÇÃO dos marcadores de lesão miocárdica.
Vasoespasmo coronariano súbito, que se apresenta com sd.
coronariana aguda e SUPRA de ST, com duração de poucos minutos,
insuficiente para causar infarto miocárdico e prontamente revertido
com nitratos. Predomina em homens, SEM fatores de risco para
Angina de Prinzmetal
aterosclerose (exceto o tabagismo). O tratamento é feito com
antagonistas do cálcio em altas doses + nitratos por tempo
indeterminado. Os betabloqueadores estão formalmente
CONTRAINDICADOS.
Angina Estável
Clínica: Angina típica, provocada por esforço físico ou estresse emocional, sendo
aliviada pelo repouso ou por nitrato sublingual, com duração inferior a 15 minutos.
C. Para pacientes que não toleram esforço físico, pode-se induzir estresse
farmacológico com: Cintilografia com Dipiridamol e Ecocardiograma com
Dobutamina (ECO de estresse). Contraindicações ao uso do Dipiridamol
incluem broncoespasmo (asma, DPOC) e o uso regular de aminofilina.
Classificação segundo o CSC:
Todo paciente com angina estável confirmada deve fazer um ECO para medir a
função do VE e um teste provocativo de isquemia para a estratificação de risco.
Critérios de alto risco:
o ECO com FE < 45%
o TE Isquemia ou sintomas cardíacos com < 6 METs
o Cintilografia de estresse com múltiplos defeitos ou grande área de
hipoperfusão
o ECO de estresse com mais de 2 segmentos hipocontráteis e redução da
FE durante o esforço.
Tratamento:
Não-Farmacológico: controle dos fatores de risco para aterosclerose (HAS,
DM, tabagismo, dislipidemia, obesidade, sedentarismo) = Dieta + Exercício +
Parar de fumar
Farmacológico:
o Antiagregantes plaquetários: AAS 100mg/dia para todos
Clopidogrel 75mg/dia nos pacientes alérgicos
o Estatinas:
Deve ser iniciada em todo paciente com aterosclerose e/ou
diabetes Alto risco para eventos coronarianos
Efeito mais pronunciado na redução do LDL-C e Tgl
Aumento do HDL-C Exercício físico
Alvo LDL-C < 70mg/dl
Estatina mais potente: Rosuvastatina
Estatina mais utilizada: Sinvastatina
Dose única diária, preferencialmente à noite.
Efeitos adversos: miotoxidade e hepatotoxicidade
o Outras:
Antagonistas do Cálcio Nifedipina tem maior efeito
coronariodilatador. O Diltiazem e o Verapamil podem substituir o
betabloqueador.
Os IECA reduzem a pós-carga e são importantes nos portadores
de cardiopatia isquêmica com ou sem clinica de IC.
Os antagonistas da Aldosterona são indicados para pacientes
com IC classe funcional III ou IV ou no pós-IAM com FE < 45%.
Tratamento intervencionista:
o A principal indicação de cateterismo é a angina classe III ou IV com má
resposta ao tratamento clinico otimizado.
o Quanto mais acometer a DA proximal e maior for a disfunção do VE,
maior será a vantagem da cirurgia sobre a angioplastia.
o Angioplastia: a estenose remanescente deve ser inferior a 50% do
lúmen. Na angioplastia por balão, ocorre reestenose em 30-40% dos
casos, enquanto na com stent em apenas 10-30%.
o Cirurgia de revascularização miocárdica:
Indicações: lesão de tronco de CE com obstrução > 50%, lesão
trivascular + FE < 50%, lesão bivascular + DA proximal + FE <
50%, anatomia muito desfavorável para angioplastia.
Ponte de safena: oclusão de 50% em 10 anos
Ponte mamária: oclusão de 15% em 10 anos. Técnica mais
difícil, tempo operatório maior e maior índice de vasoespasmo.
Está sempre indicada na abordagem da DA.
Síndrome Coronariana Aguda sem Supra de ST
SCA Indivíduos com historia recente de dor torácica do tipo isquêmica ou anginosa
com duração superior a 15 – 20 minutos.
O ECG é o grande divisor de águas!! Este exame deve ser realizado de imediato à
procura de supra de ST. Se houver supra de ST > 1mm em duas ou mais derivações
consecutivas da mesma parede ou BRE de terceiro grau novo, define-se como IAM
clássico. Este grupo de paciente apresenta, até que se prove o contrario, uma oclusão
coronariana trombótica, aguda e deve ser avaliado quanto à terapia de reperfusão
miocárdica (trombolítico ou angioplastia primária).
Todo paciente com SCA sem supra de ST deve ser avaliado com uma curva dos
marcadores de lesão miocárdica: CPK-MB de massa e Troponina (maior sensibilidade
e especificidade, sendo mais útil para a estratificação de risco). A elevação de algum
dos marcadores sela o diagnostico de IAM sem supra de ST. Se ambos forem normais
o diagnostico passa a ser de Angina Instável.
Abordagem inicial:
Caracterização da dor torácica
o AAS + ECG
o Probabilidade alta ou intermediaria SCA
Estratificação de risco
o Alto risco = Angina pectoris > 20 min, idade acima de 75 anos, sinais de
congestão pulmonar, terceira bulha, hipotensão ou taquicardia, sopro
mitral novo, infra de ST > 0,5mm ou BRE novo, troponina elevada,
diabetes mellitus, disfunção renal, FE < 40%, angioplastia nos últimos 6
meses, revascularização cirúrgica previa.
Tratamento:
b. Drogas antiplaquetárias:
Todos os pacientes devem receber AAS + Clopidogrel na admissão.
c. Droga antitrombótica:
A heparina deve ser iniciada logo após a admissão junto com a
terapia antiplaquetária e utilizada por 2-5 dias ou até a realização da
angioplastia ou 6-8h antes da cirurgia. A enoxaparina (Clexane) é a
droga de escolha.
*Das 6 drogas indicadas no tratamento da SCA sem supra de ST, todas menos o
nitrato aumentam a sobrevida e reduzem o risco de novo evento coronariano nas
semanas seguintes (período critico).
Clínica: Agina pectoris > 15 min + Diaforese, náuseas, vômitos e sensação de morte
iminente.
*Realizar diagnóstico diferencial com a dissecção aguda de aorta! Clínica de
dor torácica, com irradiação para o dorso + sopro diastólico + diferença de PA entre os
membros. Nesses pacientes está contraindicado o emprego de trombolíticos e heparina.
ECG:
Fase hiperaguda onda R com maior amplitude, onda T alta e apiculada,
fusão R-ST-T (aspecto em bloco).
Fase subaguda onda Q patológica (necrose transmural), ST CONVEXA, em
abóboda, onda T negativa.
Infarto antigo segmento ST nivelado, porem onda Q patológica e onda T
negativa permanecem.
Tratamento:
Abordagem inicial:
o Quando começou a dor no peito? Determinar o delta-T
o Já foi revascularizado? Angioplastia ou Cirurgia
o É asmático ou tem bronquite? Contraindica o betabloqueador
o Usou Viagra ou correlatos nas ultimas 24h? Contraindica o nitrato
o Usou cocaína? Contraindica o betabloqueador
o Suspeita de dissecção aguda de aorta, sangramento patológico ativo,
neurocirurgia, lesão no SNC, história de AVE hemorrágico
(qualquer data) ou isquêmico (menos que 3 meses), HAS > 180 x
100mmHg? Contraindica o trombolítico
Esquema MONAB:
M = Morfina, 2-4mg IV para alivio da dor.
*Contraindicações:
Betabloqueadores PAS < 90mmHg, ICC descompensada, FC < 50
bpm, broncoespasmo, BAV de 2º ou 3º grau.
Nitratos PAS < 90mmHg, FC < 50bpm, infarto de VD, uso recente de
drogas para disfunção erétil (Sildenafil).
Choque cardiogênico:
o Enquanto a Fibrilação Ventricular é o que mais mata os pacientes antes
de chegarem ao hospital, o choque cardiogênico é o que lidera as mortes
intra-hospitalares por IAM.
o Geralmente se instala nas primeiras 24h após o IAM.
o Predomina no IAM de parede anterior, com oclusão proximal da DA.
o Apresenta-se com uma PAS < 90mmHg que persiste por mais de 30
minutos, baixa pressão de pulso, sinais de má perfusão periférica e
orgânica.
o Não responde a volume ou a reposição volêmica é contraindicada pela
presença de sinais de congestão pulmonar (ortopneia, estertoração
pulmonar, B3).
o É indicado a instalação de um cateter de Swan-Ganz e de uma PAM
invasiva IC < 2,2 L/min/m² e PCP > 18mmHg
o A mortalidade é bastante alta, oscilando entre 60-70%. A única medida
de reduzir essa mortalidade é a Angioplastia primária. O delta-T vai até
36 horas do inicio da dor torácica.
Infarto de VD:
o Complica cerca de 10-15% dos casos de IAM de parede inferior.
o Manifesta-se com hipotensão arterial associada a turgência jugular
patológica, sinal de Kussmaul, hepatomegalia congestiva, bradicardia.
o ECG: Supra de ST SOMENTE em V1 + onda Q patológica em V3R e
V4R.
o A base da terapia é a reposição volêmica vigorosa (1-2L de SF 0,9%).
o Fármacos que reduzem a pré-carga como os venodilatadores (Nitratos) e
os diuréticos, são TOTALMENTE CONTRAINDICADOS.