You are on page 1of 3

RANITIDINA

Nome Genérico: cloridrato de ranitidina


Classe Química: inibidor dos receptores H 2 da histamina
Classe Terapêutica: agente antiulceroso
Forma Farmacêutica e Apresentação: Ranitidina 300 mg, em blister
com 10 comprimidos revestidos

INDICAÇÕES

RANITIDINA • ANTIULCEROSO
• Úlcera gástrica e duodenal
• Esofagite erosiva
• Refluxo gastroesofágico
• Síndrome de Zollinger-Ellison
• Mastocitose sistêmica, adenoma endócrino múltiplo, gastrite
• Outros usos: úlcera gástrica induzida por antiinflamatórios
não esteroidais, sangramento gastrointestinal superior

Ranitidina é usada sob a forma oral para tratamento de úlcera ativa do


estômago ou duodeno, refluxo gastroesofageano, esofagite erosiva
diagnosticada endoscopicamente e como tratamento de manutenção de
úlcera gástrica ou duodenal. Também é utilizada nas condições
hipersecretórias gastrointestinais e como terapêutica de manutenção para
prevenir recorrência de esofagite erosiva.

A administração concomitante de cimetidina. Ranitidina promove a


antiácidos deve ser considerada, ou cura em 60 a 70% dos pacientes,
está indicada na maioria dos com 4 semanas de tratamento e até
pacientes em uso de ranitidina. 80% com 6 semanas de tratamento.
A eficácia da ranitidina no O uso da ranitidina em tra-
tratamento da úlcera gástrica ou tamento superior a 6 ou 8 semanas,
duodenal parece ser similar à da para úlcera, não está indicado.

CONTRA-INDICAÇÕES

Ver precauções

POSOLOGIA

Uso oral
• Úlcera gástrica ou duodenal:
— Adultos:150 mg duas vezes ao dia, ou 300 mg à noite, durante 4 a 8
semanas. Manutenção com 150 mg ao dia.
— Crianças entre 1 mês e 16 anos: 2 a 4 mg/kg duas vezes ao dia; máximo
de 300 mg.
• Condições hipersecretórias patológicas: 150 mg 2 vezes ao dia,
titulando-se a dosagem de acordo com a resposta do paciente e pelo tempo

Farmanguinhos/Fiocruz Memento Terapêutico


247

Miolo Memento14X21_2006_4.PMD 247 29/6/2006, 15:17


RANITIDINA

necessário. Doses até 6 g ao dia têm sido usadas em pacientes com doença
grave. Avaliar uso de via parenteral.
• Refluxo gastroesofageano: 150 mg 2 vezes ao dia, para adultos; 5 a 10
mg/kg/dia, em 2 doses, para crianças entre 1 mês e 16 anos.
• Esofagite erosiva: 150 mg 4 vezes ao dia, para adultos; 5 a 10 mg/kg/dia
para crianças. Manutenção com 150 mg 2 vezes ao dia.
• Dosagem na insuficiência renal: Clearance da creatinina abaixo de 50
ml/min: 150 mg em 24 horas, via oral;
ANTIULCEROSO • RANITIDINA

A hemodiálise reduz os níveis séricos de ranitidina, devendo a dosagem ser


ajustada e administrada ao final da diálise.

PRECAUÇÕES

• Doença renal
• Doença hepática
• A melhora sintomática com ranitidina não invalida o diagnóstico de doença
maligna, que deve ser pesquisada em pacientes selecionados.
• Estudos epidemiológicos indicam a associação de infecção gástrica com
H. pylori com a patogênese da úlcera gástrica, recomendando-se que todos
os pacientes com úlcera gástrica inicial ou recorrente, recebam tratamento
antiinfeccioso para o H. pylori.

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: “categoria B” do FDA (vide pág. 10)

— Não há evidência de danos ao feto, quando ranitidina é usada durante a


gestação, mas os estudos ainda são inconclusivos.
— Ranitidina é excretada no leite de animais de laboratório; deve ser usada
com precaução durante a amamentação.

EFEITOS ADVERSOS / REAÇÕES COLATERAIS


Os efeitos adversos da ranitidina são geralmente pouco freqüentes.

– Menos freqüentes 0 Raros ou muito raros

SNC: cefaléia, sonolência, insônia, vertigem, confusão mental, agitação,


depressão e alucinação podem ocorrer especialmente em pacientes
geriátricos debilitados, distúrbios motores involuntários
AC: bradicardia, taquicardia, bloqueio AV, extrassistolia
AD: náusea, vômitos, diarréia, constipação, pancreatite, hepatite,
aumento das transaminases
HEMAT: agranulocitose, trombocitopenia, leucopenia, granulocitopenia,
anemia aplástica, anemia hemolítica, pancitopenia, hipoplasia de medula
DERM: exantema cutâneo, reações de hipersensibilidade, com bronco-
espasmo, febre, exantema cutâneo e eosinofilia, febre
Outros: Artralgia, mialgia, ataque agudo de porfiria em pacientes
portadores da doença, perda da libido e ginecomastia são muito raros

Farmanguinhos/Fiocruz Memento Terapêutico


248

Miolo Memento14X21_2006_4.PMD 248 29/6/2006, 15:17


RANITIDINA

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• 3-cetoconazol, itraconazol: redução do efeito dos antifúngicos.


• 3–glipizida, gliburida, tolbutamida: aumento da absorção destes hipo-
glicemiantes, com risco potencial de hipoglicemia.
• 3–nifedipino, nitrendipina, nisoldipina: aumento das concentrações
destes bloqueadores de cálcio.

RANITIDINA • ANTIULCEROSO
SUPERDOSAGEM

Experiência clínica limitada com intoxicação aguda por ranitidina.

FARMACOLOGIA CLÍNICA

— Ranitidina é um antagonista dos receptores H2 da histamina.


— Ranitidina é 3 a 13 vezes mais potente em bases molares que a cimetidina
na inibição da secreção ácida estimulada.
— Após administração oral de 150 mg de ranitidina, 95% da secreção ácida
gástrica basal são inibidas em até 4 horas; 92% da secreção gástrica noturna
são inibidas em até 13 horas.

• Mecanismo de Ação:
Ranitidina inibe competitivamente a ação da histamina nos receptores H2
das células parietais, reduzindo a secreção ácida gástrica durante o dia e
em condições basais noturnas, mesmo quando estimulada por alimentos,
insulina, aminoácidos, histamina ou pentagastrina.

• Farmacocinética:
Ranitidina é rapidamente absorvida por via oral. Sofre intenso metabolismo
de primeira passagem. Biodisponibilidade de 50%; pico plasmático em 1 a 3
horas (0,25 hora IM); metabolizada no fígado, excretada na urina e na bile;
vida média de 2 a 2,5 horas.

Deve ser administrada com alimentos ou imediatamente após as refeições.


Os antiácidos podem bloquear os efeitos da ranitidina, mas podem ser
administrados em horários separados, pelo menos por 30 minutos.

Farmanguinhos/Fiocruz Memento Terapêutico


249

Miolo Memento14X21_2006_4.PMD 249 29/6/2006, 15:17

You might also like