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Universidade de São Paulo

Instituto de Física de São Carlos - IFSC

FCM0412 Física B para Engenharia Ambiental

Radioatividade

Prof. Dr. José Pedro Donoso


Rádioisótopos

Os rádioisótopos são isótopos instáveis dos elementos. Eles apresentam


emissão espontânea de radiação, tanto de tipo corpuscular como de tipo
eletromagnético.

A radiação corpuscular é constituída de um feixe de partículas (elétrons, prótons,


nêutrons, partículas alfa).

As ondas eletromagnéticas são constituídas de campos elétricos e magnéticos


oscilantes que se propagam com a velocidade da luz (ondas de rádio, ondas
luminosas (luz), raios infravermelhos, ultravioleta, microondas, raios X, e raios
gama)
Serway, Physics (4th edition, Saunders,1996)
Tipos de radiação

Radiação alfa ou partículas α: são núcleos de átomos de Hélio, constituídos de 2


prótons e dois nêutrons (carga: +2e, massa 6.64×10-27 kg) . As partículas alfa são
produzidas nos decaimentos de elementos pesados e seu alcance é pequeno. Uma
folha de alumínio fina consegue barrar um feixe de partículas α de 5 MeV de energia.
Entretanto, a ingestão de uma fonte emissora de partículas α por uma pessoa poderá
causar-lhe danos profundos.

Radiação beta ou partículas β: são elétrons (e-) e positrons (e+), que são muito
mais penetrantes que as partículas α. A massa do elétron é 9.1×10-31 kg. A radiação
β, ao passar por um meio material, também perde energia ionizando os átomos que
encontra no caminho.
Tipos de radiação

Nêutrons (n) são partículas sem carga que produzem ionização de forma indireta
transferindo energia para outras partículas carregadas. A massa do nêutron é de
1.675×10-27 kg. Eles percorrem grandes distâncias através da matéria e são muito
penetrantes.

Radiação gama ou raios γ: são ondas eletromagnéticas (fótons) extremadamente


penetrantes, que interagem com a matéria através de vários processos físicos,
emitindo - ou pares (e- - e+) que, por sua vez, ionizam a matéria. Para blindagem
desta radiação usa-se chumbo, concreto e aço.

Raios – X: são também ondas eletromagnéticas, mais de menor energia que a


radiação γ.
Espectro eletromagnético

Halliday, Resnick, Walker, Fundamentos de Física (LTC, 2009)


Ferraro, Penteado, Soares, Torres, Física (Ed. Moderna 2005)
Radiação Natural

Cerca de 30% a 40% da radiação natural a qual todos nós estamos expostos se
deve a raios cósmicos (provenientes do espaço). Uma quantidade significativa de
radiação vem do solo e dos materiais de construção.

A radiação de fundo pode variar de local para local. Seu valor médio em locais
habitados é de 1.25 milisievert no ano (1.24 mSv/ano).
O valor médio na Cidade Universitária da USP em São Paulo é de 1.4 mSv/ano.
Em Guarapari (ES) é de ≈ 3.5 mSv/ano, devido a presença de areias monazíticas.
Outros locais onde esta radiação de fundo é mais elevada são os locais próximos a
minas de tório e urânio (Poços de Caldas, MG)
Exposição a radiação ionizante

Hill & Kolb, Chemistry for Changing Times (7th ed. 1995)
Dose equivalente de radiação média anual para um residente dos EUA, em mSv

Bauer, Westfall e Dias


Física para Universitários
(AMGH editora, 2013)

A soma de todas as contribuições é de aproximadamente 3.6 mSv.


As pessoas que trabalham com fontes radioativas, tais como aparelhos de raios X
ou reatores nucleares, são estritamente monitoradas quanto a exposição a
radiação. Sua dose equivalente anual máxima não pode exceder 50 mSv
Unidades de radiação

Atividade da fonte:
1 Curie (Ci) = 3.7×1010 desintegrações/seg
ou 3.7×1010 Bq (becquerel)

Exposição: 1 roentgen (R) = 2.58×10-4 C/kg

Dose absorvida (D) corresponde a energia absorvida da radiação pelo


absorvedor
1 rad = 100 erg/g = 0.01 J/kg (em tecido)

A partir de 1975 a International Commision on Radiological Protection, ICRU,


adotou o gray (Gy) para a dose absorvida, 1 Gy = 1 J/kg
Atividade da fonte, exposição e dose absorvida

Halliday, Resnick, Walker, Fundamentals of Physics (4td edition, 1993)


Unidades de radiação

Dose equivalente: é definida como o produto da dose (D) pelo fator


biológico (RBE). Até 1975 a unidade de dose equivalente era o rem. Após
essa data adotou-se o sievert: 1 Sv = 1 gray × RBE

Para fótons (raios X ou γ) e para elétrons, RBE = 1, portanto 1 Gy = 1 Sv.


Para radiação incidente de raios X ou γ a dose absorvida pelo tecido é
praticamente igual a exposição. (1 Sv = 100 rem)

Limites máximos permissíveis.


A ICRP fixou em 5 mSv o limite anual de dose equivalente para o público
em geral. Nessa dose não está incluída a exposição, a radiação natural
nem a de exposições médicas.
Dose equivalente de radiação: produto da dose (D) pelo fator biológico (RBE)

Cutnell & Johnson


Physics (3rd edition)
Decaimento radioativo

A vida média T1/2 de um decaimento radioativo é o


tempo no qual se desintegram metade dos núcleos
radioativos. O número N de núcleos radioativos
presentes num tempo t é:

N = N 0 e − λt

onde N0 é o número de núcleos em t = 0


A vida média está relacionada a constante de
decaimento λ:

ln 2 0.693
T12 = =
Cutnell & Johnson λ λ
Physics (3rd edition)
Decaimento radioativo

Cutnell & Johnson


Physics (3rd edition)
Contaminação por radônio

O Radônio 222Rn é um gás radioativo produzido


pelo decaimento α do 226Ra. Existe grande
preocupação com este gás porque ele fica preso
nos ambientes fechados. Este gás penetra nas
residências através das ranhuras do solo e das
paredes e também através da água. Ele é um
gás inerte, sem cor nem cheiro, mas
radioativo. O radônio é liberado pelas rochas
no solo, em particular pelo granito e minerais
(fosfatos). Ele está presente em diversos
ambientes, como cavernas, minas
subterrâneas, materiais de construção etc.

Cutnell & Johnson


Physics (3rd edition)
Radônio

No ar livre o gás se dissipa e não causa problemas, mais em ambientes


fechados ele se concentra. Isso é observado em edifícios de pouca ventilação,
entre os quais residências, centros de convenções e de centros compras.

Quando inalado, os radioisótopos resultantes do decaimento alfa do Rn-222,


como o polonio-218, o chumbo-214 e o bismuto-214, se depositam nos
pulmões onde decaem radioativamente causando danos nos tecidos. Estima-
se que o radônio afeta 8 milhões de residências nos EUA e pode ser
responsável por cerca de 20 mil mortes de câncer no pulmão por ano.
Exposição ao Radônio nos EUA

W.R. Stine, Applied Chemistry (3rd ed. 1994)


Radônio na baixada Santista

Valor médio encontrado nas residências da baixada Santista: 124±37 Bq/m3

Luis Paulo Geraldo e col., Radiol. Bras. 38 (4) 283 (2005)


Detetores
de radiação

O detetor Geiger consiste num cilindro de metal cheio


de gás, com um fio condutor a 3000 V dentro dele.
Quando as partículas α ou β, ou a radiação γ entram
no cilindro, elas ionizam as moléculas do gás gerando
Cutnell & Johnson um pulso de corrente que pode ser registrado
Physics (3rd edition)
Aplicações da radiação na agricultura

Okuno & Yoshimura, Física das Radiações (Oficina de Textos, 2010)


Aplicações da radiação na agricultura

Exemplo da variação de uma população de


micro-organismos com a dose de radiação
gamma a que são submetidos. Os micro-
organismos que se almeja exterminar são
bactérias e fungos. Da curva obtem-se, por
exemplo, a dose letal a 90% da população
do germe, que é a dose necessária para
reduzir a população a 10% do valor inicial.
Doses típicas: 25 kGy

Okuno & Yoshimura, Física das Radiações (Oficina de Textos, 2010)


Exposição a radiação ionizante

Os pilotos de aviões comerciais passam, em média, 20 h por semana voando a


12.000 metros. Nessa altitude, a dose equivalente devido a radiação cósmica e a
radiação solar atinge 12 µSv/h. Calcule a dose anual em rem.

Halliday, Resnick e Krane, Física 4 (4ª edição, LTC, 1996)


Outro radioisótopo importante é o estrôncio-
90, um resíduo nas explosões nucleares,
cujo decaimento β tem vida média de 29
anos. Uma vez na atmosfera, ele é
espalhado pelos ventos e depositado no
chão pelas chuvas. Ingerido pelas vacas, o
Sr-90 fica concentrado no leite devido a sua
semelhança com o cálcio, e acaba nos ossos
de quem beber o leite.

O decaimento dos elétrons de alta energia provoca danos na medula óssea


afetando a produção de glóbulos vermelhos.
Contaminação por estrôncio-90

Hill & Kolb, Chemistry for Changing Times (7th ed. 1995)
Moças que pintavam ponteiros e números de relógios, numa fábrica em New
Jersey, EUA. Ao lado, o relógio, o vidro do relógio queimado pela rediação e o filme
de raio-X após a colocação sobre o relógio, mostrando a região de incidência da
radiação. Era utilizado um sal de rádio. O decaimento radioativo do 226Ra permite
ver o brilho na escuridão.

Okuno & Yoshimura, Física das Radiações (Oficina de Textos, 2010)


Serway, Physics for Scientists and Engineers (4th ed. 1996)
Aplicações da radiação nuclear na medicina

Diagnóstico de doenças no coração utilizando o


radioisótopo Tálio-201. No decaimento este isótopo
emite raios-X e raios γ que podem ser utilizadas
para obter imagens tomográficas e acompanhar o
fluxo do 201Ta no músculo cardíaco e nas arterias.

Imagens dos ossos realizadas num paciente 3


horas depois de recever uma dose de 25 mCi
do radioisótopo Tecnesio-99. Os raios γ
emitidos são coletados por um scintillation
detector. A vida média da emissão γ do 99Tc é
de 6 horas.

Ebbing, General Chemistry (4th edition, 1993) e Hecht, Physics (1994)


Aplicações da radiação nuclear na medicina

Positron emission tomography (PET)

Esta técnica permite produzir uma imagem


tomográfica bi-dimensional utilizando uma série de
scintillation detectors colocados alredor do paciente.
A imagem mostra a distribuição de um isótopo
emissor de positrons (e+) presente num composto
que é administrado ao paciente. O exame é
importante para o diagnóstico de doenças no
coração. Os isótopos utilizados para PET Scans são
carbono-11, nitrogênio-13, oxigênio-15 e fluor-18,
todos de vida média curta (20 min a 120 minutos).

Ebbing, General Chemistry (4th edition, 1993)


Examen do sistema
circulatório: uma solução salina
contendo 24Na (T1/2 = 15 h) é
injetada no paciente. Esta
técnica permite medir o tempo
em que o radioisótopo chega as
diferentes partes do corpo.

Examen da tiroide: o iôdo é um nutriente necessário para o metabolismo humano.


A tiroides tem a função de distribuir o iôdo através do corpo. Para avaliar o
desempenho da tiroides, o paciente ingere uma solução contendo iodeto de sódio
radioativo (isótopo 131I, T1/2 = 8 dias). A quantidade de iôdo absobido pela tiroide
pode ser determinada pela intensidade da radiação na região do pescoço.

Serway, Physics (4th edition, Saunders,1996)


Radiação no tratamento de câncer

O tratamento é baseado em raios γ. O isótopo 60Co sofre decaimento β


transformando-se em um estado excitado do 60Ni, que decai para o estado
fundamental emitindo dois raios γ de alta energia. O 60Co fica contido atrás de uma
blindagem espessa. Os feixes de radiação são focalizados no paciente onde se
localiza o tumor que precisa ser destruído, tentando evitar irradiar os tecidos sadios.

Bauer, Westfall e Dias, Física para Universitários (AMGH editora, 2013)


Diagnóstico médico

O tecnécio (Z = 43) não possui isótopos estáveis. A figura mostra os níveis de energia
mais baixos do isótopo 99Tc43. O estado com momento angular j = ½ decai no estado
com j = 7/2 via emissão de um fóton com energia de 2.17 keV. Isso é seguido por um
decaimento rápido para o estado fundamental por meio da emissão de um fóton de
140.5 keV, que facilmente penetra em tecido biológico. No exame, o 99Tc é injetado no
paciente e após um tempo pode-se obter uma imagem por meio de uma câmara de
raios γ. Certos tipos de câncer resultam numa concentração maior de 99Tc no tumor.

Bauer, Westfall e Dias, Física para Universitários (AMGH editora, 2013)


Aplicações da radiação na medicina

Okuno & Yoshimura, Física das Radiações (Oficina de Textos, 2010)


Aplicações da radiação na medicina

Okuno & Yoshimura, Física das Radiações (Oficina de Textos, 2010)


Aplicação na Arqueologia:

Datação radioativa

Fragmento dos manuscritos do mar Morto e


as cavernas onde foram encontrados.
A idade destes manuscritos foi determinada
a partir da análise de uma amostra do tecido
usado para selar um dos vasos em que os
manuscritos foram encontrados

Halliday, Resnick e Walker


Fundamentos de Física, Vol. 4
Datação radioativa

Restos de um ser humano da Idade da Pedra


encontrados nos Alpes italianos em setembro1991. A
atividade do 14C medida no material foi de 0.121 Bq
por grama de carbono. A atividade de 1 gr de carbono
num organismo vivo é 0.23 Bq. Como a vida média do
radioisótopo 14C é T1/2 = 5730 anos, então A idade da
amostra é de 5300 anos.

Restos encontrados num sítio arqueologico em Belize, de


uma tomba Maya

Cutnell & Johnson, Physics (2nd and 3rd edition); Serway, Physics (4th edition)
Datação radioativa

Uma peça de carvão de uma árvore


destruida por uma erupção volcánica
que formou uma cratera em Oregon,
EUA (a Crater Lake) apresentou uma
atividade de 7 desintegrações de 14C
por minuto e por grama de carbono
total. A atividade de 1 gr de carbono
numa arvore atual é de 15.3
desintegrações por minuto. Determine
a data da erupção volcánica.
Ebbing, General Chemistry

Resposta: t = 6500 anos.


Aplicação: análise por ativação de nêutrons

Pinturas ocultas por outras pinturas são analisadas bombardeando o quadro com
neutrons e observando as partículas emitidas pelos núcleos que campturam um
nêutron. (a) Quadro de Van Dyck, Saint Rosalie interceding for the plage-
stricken of Palermo (quadro pintado em 1624)

Hecht, Physics (1994); Tipler & Llewellyn, Física Moderna (LTC, 2001)
(b) imagem feita algumas horas após
a irradiação com neutrons revelando
a presença de manganese,
encontrado no pigmento umbro
usado na pintura. A região clara
indica onde foi feita uma restauração
com tintas modernas, que não
contém manganese.
(c) Imagem feita 4 dias mais tarde
mostrando as emissões do fósforo
encontrado no carvão (esboço do
artista de cabeça para baixo)
Vermeer verdadeiro ou falso?

Quando a II Guerra Mundial terminou as


autoridades holandesas prenderam o artista
van Meegeren, acusando-o de ter vendido um
quadro valioso de Veermer (1632 – 1675) a um
criminoso nazista. Depois de ser detido o artista
declarou que o quadro era falso. Ele imitou o
estilo de Veermer usando telas de 300 anos de
idade e pigmentos da época. Ele foi condenado
a um ano de prissão por fraude.

Alguns especialistas, porém, continuaram a sustentar que os Vermeer eram


autênticos. Em 1968 Bernard Keisch chegou a uma resposta definitiva usando uma
amostra de pigmento à base de chumbo removido do quadro Supper at Emmaus e
acompanhando a série de decaimentos:
230Th → 226Ra →(1600 anos) → 210Pb → (22.3 anos) → 206Pb

Da razão entre as atividades dos núclídeos R226/R210 Keisch concluiú que o


pigmento não podia ter 300 anos.
Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos de Física, Problema 42-74
Emico Okuno
Elisabeth Yoshimura
Física das Radiações
(Oficina de Textos, 2010)

Radiação
Raios-X
Radioisótopos
Desintegração nuclear
Tipos de decaimentos
Interação da radiação com a matéria
Efeitos biológicos das radiações
Detetores de radiação
Aplicações da radiação ionizante
Proteção radiológica
Referências bibliográficas

Física para Ciências Biológicas e Biomédicas, Okuno, Caldas e Chow (1986)


Physics with health science applications, P. Urone (Wiley, 1986)
Chemistry for changing times, J.W. Hill & D.K. Kolb (7th ed. Prentice Hall 1995)
Applied Chemistry, W.R. Stime, 3rd edition. Chapter 10
Halliday, Resnick & Walker, Fundamentos de Física (8a edição, LTC 2009)

Tipler & Llewellyn, Física Moderna (LTC, 2001)


Física, D. Halliday + R. Resnick + K.S. Krane. 4a edição (LTC, RJ 1996) Cap. 54
Essential of Modern Physics. T.R. Sandim Chapters 28 – 33
Physics, J.D. Cutnell & K.W. Johnson, (Wiley 1995)
Física das Radiações, Okuno & Yoshimura (Oficina de Textos, 2010)
Referências

- “Indoor radon and radon daughters survey at Campinas, Brazil using CR-39: first
results”. S. Guedes e col. Radiation Measurements 31 (1999) 287
-“Indoor radon measurements and methologies in Latin American” A. Canoba . Rad.
Measur. 34 (2001) 483
-“Radon dynamics and reduction in an underground mine in Brazil. Implications for
worker’s exposure” H.E. Silva e col. Radiation Protection Dosimetry 98 (2) 235 (2002)
- “Estudo da emanação de radônio em amostras de concreto com composições
diferentes” Aline K. M. J. Burke. Tese Unicamp (2002) Orientador Prof. V A Paulon
-“Medida da contaminacao radioativa do ar ambiental por radonio-222 e filhos em
residencias de Campinas-SP, Brasil”. Rodrigo S. Neman, Mestrado IFGW – Unicamp.
-”Medida do coeficiente de difusao do radonio-222 atraves de tintas usadas na
construcao civi”l. Ana Paula de Oliveira Villalobos. Mestrado IFGW Unicamp, 1991
-“Desenvolvimento dos métodos de medida do radônio em ambientes fechados”. Lucia
T. Yaginuma, Dissertação de Mestrado, FFCLRP – USP, Riberão Preto, 1993
L.P. Geraldo, Medida dos níveis de Radônio em diferentes tipos de ambientes internos
na região da baixada santista. Radiol. Bras. 38 (4) 283 (2005)

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