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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA

Guia rápido de

AutoCAD para projetos elétricos

Juliane de Almeida

Daniel Odilio dos Santos

Florianópolis, 2016
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Sumário

1. Introdução........................................................................................... 4

1.1. Instalando o AutoCAD ................................................................ 4

1.2. Primeiro contato .......................................................................... 5

1.3. Configurando o AutoCAD .......................................................... 6

1.4. Comando ..................................................................................... 7

1.5. Comandos de Desenho (Ribbon)................................................. 8

1.6. Texto e Anotações ....................................................................... 9

1.7. Layers ........................................................................................ 10

1.7.1. Criando um layer: ................................................................... 11

1.8. Hachura (Hatch) ........................................................................ 12

1.9. Blocos ........................................................................................ 12

2. Integração arquitetônica ................................................................... 14

3. Projeto elétrico. ................................................................................ 18

3.1. Layer .......................................................................................... 18

3.2. Blocos ........................................................................................ 18

3.3. Quadro de distribuição .............................................................. 19

3.4. Iluminação ................................................................................. 19

3.4.1. Pontos de iluminação ............................................................. 19

3.4.2. Interruptores ........................................................................... 20

3.5. Tomadas .................................................................................... 21

3.5.1. Tomadas de uso especifico ..................................................... 21

3.5.2. Tomadas de uso geral ............................................................. 22

3.6. Eletrodutos e fiação. .................................................................. 23

3.7. Prumada ..................................................................................... 26

3.8. Diagrama unifilar ...................................................................... 27


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3.9. Padrão de entrada ...................................................................... 27

3.10. SPDA ....................................................................................... 30

3.10.1. Filosofia Franklin ................................................................. 32

3.10.2. Filosofia Gaiola de Faraday ................................................. 33

3.11. Plotagem .................................................................................. 34


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1. Introdução
A plataforma CAD tem como finalidade a diagramação de desenhos
computadorizados, o AutoCAD é o software da Autodesk, amplamente utilizado para o
desenho de projetos de engenharia, design e animação. Essa apostila visa trabalhar com a
primeira área mencionada.

Esta apostila tem a finalidade de oferecer suporte ao conteúdo ministrado nas


aulas do Curso de Extensão em AutoCAD para Instalações Elétricas.

O curso se trata de um projeto de extensão coordenado pela Profª Juliane Silva de


Almeida do Departamento de Expressão Gráfica da UFSC em parceria com o
Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC. Tal projeto tem a finalidade de revisar e
oferecer suporte de conteúdo de desenho de projeto elétrico à disciplina EEL7072, Projeto
de Instalações Elétricas, obrigatória dos cursos de graduação em Engenharia Elétrica e
Engenharia de Produção Elétrica da UFSC.

1.1. Instalando o AutoCAD


O AutoCAD tem uma licença estudantil de 3 anos, validada com um e-mail ativo,
de preferência vinculado à instituição de ensino e pesquisa que o usuário pertence. Para
realizarmos o download temos que seguir o seguinte procedimento:

● Acessar a página http://www.autodesk.com


● Clicar no botão menu.
● Acessar a aba Downloads/Free student software

Figura 1 - Página inicial do site da Autodesk.

● Clique na opção AutoCAD


● Crie uma conta ou faça login com sua conta Autodesk.
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● Cliquem em Download now.


● Selecione a versão do AutoCAD (recomenda-se sempre a versão
mais recente, essa apostila será esquematizada na versão 2017)
● Selecione a versão do sistema operacional e o idioma (Esta apostila
será desenvolvida com o software com idioma padrão inglês e
sistema operacional Windows)
● Clique em install now

Figura 2 - Página de download do site da Autodesk

● Após isso será realizado o Download do software


● Com o Download concluído o assistente de instalação será aberto
para realização da instalação

1.2. Primeiro contato


Após o download e instalação do AutoCAD, o software gera um atalho na sua
área de trabalho.

Na figura 3 temos a interface inicial do AutoCAD 2017, onde podemos criar um


arquivo novo em Start Drawing ou abrir um arquivo em Open files....
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Figura 3 – Janela inicial do AutoCAD.

1.3. Configurando o AutoCAD


Após criar um arquivo novo devemos, primeiro, configurá-lo. Para isto devemos
clicar no logo do AutoCAD e depois em Drawing Utilities

Figura 4 – Página de configuração de unidade de medida.

Inicialmente devemos selecionar as unidades de medida a serem utilizadas no


desenho, ao clicar no botão Units abriremos a janela pop-up de configuração de unidades
do programa, visando nosso foco no projeto elétrico devemos colocar a unidade em
metros, para facilitar a plotagem.
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Ao clicar com o botão direito na área de trabalho do programa, e selecionando o


botão options podemos realizar configurações gerais no AutoCAD, essas configurações
servem para adaptar o programa ao usuário, entre essas configurações esta cor de fundo,
símbolo de cursor e etc. Como mostrado na figura 5.

Figura 5 – Página de configuração das propriedades do desenho.

No AutoCAD 2017 a parte superior chamada de RIBBON possui atalhos para as


ferramentas do programa, essas ferramentas também podem ser inicializadas digitando
seus nomes na barra de comando, localizada na parte inferior do programa.

Na barra de comando caso o AutoCAD estiver em um idioma diferente do inglês,


devemos digitar os comandos precedidos do underline ( _ ) e o nome em inglês do
comando.

1.4. Comando
A barra de comando possui uma série de botões para a navegação no desenho do
projeto. No canto inferior direito temos as guias de plotagem que mostram o modelo (ou
plano de desenho) e os layouts de plotagem. No canto inferior esquerdo temos botões de
controle.

Figura 6 – Barra de comado


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Para projetos elétricos devemos nos atentar aos seguintes botões de controle.

Alterna na aba layout entre o modelo do projeto e o papel de impressão

Habilitar o grid (quadriculado) na tela

Habilitar orientação pelo grid

Habilitar modo orto, ou seja, faz com que os desenhos de linhas sempre
estejam em linha reta na vertical ou na horizontal

Habilita uma linha guia no ângulo estabelecido

Habilita pontos de referência para o desenho

Tabela 1 – Componentes da barra de comando

1.5. Comandos de Desenho (Ribbon)


No ribbon está localizado às ferramentas de desenho, referências e organização
do AutoCAD.

Figura 7 – Ribbon

Essas ferramentas constituem a base do desenho, assim para projetos elétricos nos
atentamos a seguintes funções:

_line – desenha uma linha reta do plano

_spl – desenha uma curva com pontos de deflexão escolhidos pelo usuário
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_circle – desenha um círculo. Este comando tem diversas possibilidades de


escolhas de referências para desenhar o circulo, entre elas destacamos a qual
escolhemos o ponto de origem e o raio. Outro modo escolhemos os polos norte
e sul do círculo.

_m – Move o objeto selecionado pelo plano de trabalho

_ro – Rotaciona o objeto selecionado pelo plano de trabalho

_tr – Exclui uma linha que está selecionado entre interseções.

_ex – Estende uma linha até a próxima interseção.

_co – Copia o objeto e cola pelo plano de trabalho

_mi – Espelha o objeto no plano

_explode – Explode o bloco, ou seja faz o bloco antes não editável seja
transformados em desenho editável.

_e – Apaga objetos no plano de trabalho

_sc – Altera a escala dos objetos, para aumentar devemos digitar fatores
maiores que 1, para diminuir digitamos fatores menores que 1 e maiores que 0

_ar – Cria uma matriz do objeto selecionada igualmente espaçada

Tabela 2 – Componentes do Ribbon

1.6. Texto e Anotações


Para escrever um texto no AutoCAD temos que selecionar a opção text no ribbon
indicado na figura 8, ou digitar _text para um texto em linha única ou _mtext para criar
uma caixa de texto.
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Figura 8 – Opção text no Ribbon

Após selecionado o tipo de caixa de texto, o programa abrirá uma página de edição
de texto onde temos opção de escolha de fonte, tamanho, alinhamento e inserção de
símbolos.

Figura 8 – Janela Text Editor

Para realizar alterações no texto após inserido devemos fazer um duplo-click no


texto para habilitar novamente a janela text editor no ribbon.

1.7. Layers
Os Layers (camadas) servem para organização do desenho, com eles podemos ter
determinadas características para determinas áreas do desenho. A quais configuram
características visuais do desenho. Na aba layer podemos realizar:

• - Desligamento de layers: Desativa o layer no desenho. Este fica invisível,


ou seja, como se não estivesse no desenho. É permitido reativá-lo e alterá-lo ao clicar no
mesmo botão.

• - Congelamento de layers: Elementos permanecem no desenho com um


nível de transparência, porém não é possível modificar, alterar tamanhos, nem deletar
elementos.
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• - Alterar características visuais do


desenho que são semelhantes, como alterar espessura de linha, cor, tipo e etc.

1.7.1. Criando um layer:

Devemos clicar em layer properties, depois em new layer e selecionar as


características de cor, espessura da linha, tipo da linha e o nome do layer

Figura 9 – Janela de alteração e criação de layer

Para selecionar o layer criado para um objeto devemos selecionar o objeto


e clicar no layer criado na lista de layer.

Figura 10 – Janela de seleção de layer


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1.8. Hachura (Hatch)


Para preencher um objeto no AutoCAD com texturas devemos usar o comando _h
que abre a página de hachura. Nesta página selecionamos com qual textura preencher.
Selecionamos com o mouse que espaço no objeto queremos aplicar a hachura.

Figura 11 – Janela de criação de textura e pintura.

Após a seleção da textura ou cor de pintura, clicamos em Close Hatch Creation


para fechar a janela de configuração do Hatch.

1.9. Blocos
A criação de blocos é fundamental para o projeto elétrico, pois como utilizamos
certos desenhos para representar objetos reais que se repetem e são padronizados assim
isso traz um dinamismo no projeto e a diminuição de tempo empregado na realização do
mesmo.

Temos dois tipos de blocos:

I. Bloco interno - A figura fica salva no documento em que o projeto está


realizado, porém perde as características de edição. Assim este desenho
possui uma área de edição especifica que altera todos os blocos
semelhantes ao mesmo tempo não só o bloco selecionado. Assim basta um
duplo-click no bloco para entrar nesta janela de edição.
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II. Bloco externo - A figura fica salva como um documento .dwg, com as
mesmas condições de edição do bloco interno, que pode ser chamado no
desenho (esta opção é vantajosa quando se realiza vários projetos, temos
uma padronização e economia de tempo realizando o projeto)

Para criamos um bloco digitamos o comando _w esse comando abre o pop-up que
devemos escolher a base point. Esse ponto indica a base desse bloco, ou seja, o ponto que
esse bloco vai interagir com as referências selecionadas no desenho. Devemos selecionar
o objeto em select objects, selecionando assim os objetos que serão alocados no bloco.
Selecionamos o nome do bloco e o destino que ele será salvo.

Figura 11 – Janela de criação de blocos.

Após criado o bloco podemos utilizado usando o comando _i onde procurando em


browse… o bloco salvo anteriormente, selecionamos a escala e a rotação do bloco e
inserimos ele no plano de trabalho, essa alocação é orientada pelo mouse.

Observamos que pressionando enter o AutoCAD réplica a ação realizada, ou seja,


quando selecionado o tipo do bloco podemos inserir todos os semelhantes apenas
pressionando enter.
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Figura 12 – Janela de inserção de blocos.

2. Integração arquitetônica
O projeto elétrico é feito em cima do projeto arquitetônico então dado o arquivo
do desenho arquitetônico é importante saber ler o que consta neste desenho:

● Localização de paredes e esquadrias;


● Materiais utilizados nas paredes (planta falada);
● Localização de vigas, tubulações de água e pilares;
● Localização dos shafts/dutos de saída de ar;
● Leitura da planta humanizada.
Após essa analise devemos realizar as organizações de layers caso estiver fora de
ordem.

Para exemplificação utilizaremos uma planta residencial de dois andares no


decorrer dos tópicos implementando-a com as atividades relacionadas.

Realizamos primeiramente a organização da unidade de medida para padrões


métricos, em seguida realizamos as análises de layers.
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Figura 13 – Analise dos leyers do projeto arquitetônico

Logo após criamos um arquivo novo com a mesma padronização de unidade, o


qual será referenciado esse projeto arquitetônico. Esse procedimento garante uma
integração direta, pois quaisquer modificações no projeto padrão será automaticamente
alterado nos demais projetos com essa referência.

Para referenciar usamos o comando _XREF, após digitado esse comando o


programa abrirá uma janela de pop-up onde pedirá para selecionar o tipo de arquivo
referenciado.

Figura 14 – Janela de referências


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Nessa janela selecionar a opção Attach DWG…

Figura 15– Janela de referência para arquivos CAD

Procurar o arquivo no qual está o arquitetônico. (Vale salientar que para melhor
organização do projeto o indicado é colocar todos os projetos bem como os blocos numa
pasta única no computador)

Figura 16 – Janela de seleção do arquivo CAD


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Após aberto o arquivo o programa vai criar uma janela de pop-up com as
configurações de referência.

Figura 16 – Janela de configuração do arquivo CAD

Após clicar em ok, devemos clicar com o mouse sobre o plano de trabalho e
colocarmos o projeto referenciado no programa. Quando referenciamos um projeto, este
fica com cores com um nível de transparência assim como em um layer congelado,
indicando a referência.

Figura 17 – Arquivo referenciado no plano de trabalho.


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3. Projeto elétrico.
Depois de realizado as preparações no documento, realizamos o processo desenho
do projeto elétrico.

3.1. Layer
Inicialmente preparamos os layers para o projeto arquitetônico, desligando os
layers de moveis, cotas, hidráulica, telhados. Logo após criamos os seguintes leyers: Para
os pontos elétricos(blocos); Para os eletrodutos pela laje, ou superiores (linhas continuas);
eletrodutos pelo contra piso (linhas tracejadas); Texto.

Figura 18 – Organização dos layer do projeto elétrico.

3.2. Blocos
Criamos os blocos a serem utilizados no desenho, e salvamos numa subpasta onde
está salvo o projeto, ou copiamos esses blocos já criados anteriormente para essa subpasta.

Os blocos iniciais a serem construídos são:

Quadro de
Interruptor paralelo
distribuição
Ponto de iluminação
Sensor de proximidade
de teto
Arandela Tomadas de uso geral
Tomadas de uso
Interruptor simples
especifico
Tabela 3 – Principais blocos para o projeto elétrico.
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Os blocos utilizados para as tomadas possuem diferenças no preenchimento, que


representam:

 Sem preenchimento: Tomadas baixas a 30cm de altura.


 Preenchimento parcial: Tomadas médias a 1,2m de altura.
 Preenchimento total: Tomadas altas a 2,2m de altura.

3.3. Quadro de distribuição


Devemos alocar o quadro de distribuição (QD) numa região central da edificação
evitando paredes externas e áreas molhadas. O quadro de distribuição é um componente
de segurança então preferencialmente tem que estar em uma região visível e de fácil
acesso.

Figura 19 – Alocação do QD.

3.4. Iluminação

3.4.1. Pontos de iluminação


Para a alocar os pontos de iluminação devemos seguir as seguintes orientações:

● Escolher o bloco de iluminação adequada para cada ambiente


● Observar planta humanizada para obter melhor posição para as luminárias
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● Deve se dividir ambientes grandes igualmente utilizando os comandos


_divide para dividir o ambiente ou o comando _array para alocação de
pontos igualmente espaçados.
● As luminárias não podem ficar com distância maior que 2,5m entre si e
1,8m da parede
● Para ambientes residenciais observar a NBR5410 onde especifica uma
carga de 100VA para os primeiros 6m² e 60VA para cada 4m² inteiros
adicionais por cômodo.
● Para ambientes específicos observar a NBR5413 para detalhes de padrões
luminotécnicos.

Figura 20 – Alocação dos pontos de iluminação.

3.4.2. Interruptores
Assim identificando cada ponto de iluminação devemos nos preocupar com o
acionamento dos mesmos. Assim:

● Os interruptores devem ser colocados na entrada da porta no lado oposto


a dobradiça;
● Interruptores paralelos e fourway são colocados entre entradas de
cômodos;
● Em quartos, interruptores paralelos são colocados na porta e na cabeceira
da cama seguindo a planta humanizada.
● Para garagens o ideal é colocar sensor de presença voltado para o portão
de entrada.
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Figura 20 – Alocação dos interruptores e sensores.

3.5. Tomadas

3.5.1. Tomadas de uso especifico


Para a alocação de TUEs(Tomadas de uso especifico) devemos:

● Observar a planta humanizada para observar a quantidade e a altura das


mesmas;
● Utilizar simbologia diferente das tomadas de uso geral;
● Indicar circuito e eletroduto próprio para tomadas que alimente um
aparelho especifico com corrente nominal maior que 10A;
● A tomada deve estar dista no máximo de 1,5m do aparelho a qual o
circuito é referenciado.
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Figura 20 – Alocação das TUEs.

3.5.2. Tomadas de uso geral


Para a alocação de TUGs(Tomadas de uso geral) devemos:

● Observar a planta humanizada para observar a quantidade e a altura das


mesmas;
● Evitar tomadas embaixo de janelas;
● De acordo com a NBR510:

o Alocar pelo menos uma TUG no banheiro com potência de 600VA.


o Para cozinhas, áreas de serviço e ambientes de trabalho: Alocar 1(uma)
TUG a cada 3,5m de perímetro do ambiente, sendo as 3(três) primeiras
com 600VA de potência e as demais com 100VA.
o Alocar pelo menos uma TUG na varanda, caso está for muito pequena
com área menor que 2m² alocar esse ponto imediatamente após a porta.
o Para ambientes de uso geral alocar um ponto de TUG de 100VA a cada
5m de perímetro.
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Figura 20 – Alocação das TUGs.

3.6. Eletrodutos e fiação.


Para indicar os eletrodutos e fiação devemos:

● Revisar alocação de pontos;


● Desenha-se somente os eletrodutos. A fiação é representada pela
simbologia dos condutores representada na figura 21, que será alocada
sobre os eletrodutos pelos quais passarão.
● Dica para organização: Criar um layer para os eletrodutos e outro para os
condutores, de cor diferente dos blocos de força e luz;
● Planejar o percurso de eletrodutos:
○ Evitar o uso de linhas retas;
○ Planejar os trechos em que irão ocorrer o compartilhamento de
circuitos de iluminação e TUGs;
○ Planejar os trechos em que irão passar as TUEs;
○ Evitar passagem de fiação por paredes externas e paredes
estruturais (vide projeto estrutural);
○ Não passar eletrodutos por vigas, pilares, e indicadores de
passagem do projeto hidrossanitário;
○ Entre andares, procurar usar a passagem por shafts ou dutos de
ventilação;
○ Evitar que as passagens de teto possuam mais de seis saídas (caixas
de passagem de teto costumam ser hexagonais);
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○ Evitar que as passagens por parede possuam mais de quatro saídas


(devido às caixas de passagem retangulares);
○ Em caso de caixas de passagem octogonais quadradas (caixas de
parede) evitar mais de oito saídas.
● Utilizar os recursos spline/pline para passar trechos inteiros até as cargas.
Ao finalizar o traçado do trecho, utilizar o comando trim, para melhorar o
acabamento do desenho de eletrodutos;
● Marcar o ponto do primeiro trecho de spline/pline no QGF;
● IMPORTANTE:
○ Não esquecer de representar a indicação da fiação dos circuitos que
passam pelos devidos trechos de eletrodutos;
○ Tal fiação deve ser indicada pelos blocos simbólicos de cada tipo
de fio que compõe o circuito, número do circuito ao qual o bloco
se refere, e secção de área do condutor;
○ O eletroduto deve ser acompanhado da medida de seu diâmetro.

Figura 21 – Representação da fiação.

Assim representamos os eletrodutos inicialmente se preocupando em percorrer os


pontos de iluminação, usando esses pontos como caixa de distribuição para descer para
os pontos de tomadas. Se preocupando em não cruzar eletrodutos e criar eletrodutos
únicos e específicos paras as TUEs.
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Figura 22 – Representação dos eletrodutos.

Começando a parte de identificação do projeto, representamos em cada ponto de


iluminação seu circuito com seu retorno e a potência. Bem como representamos em
cada ponto de interruptor, TUE e TUG seu respectivo circuito.

Figura 23 – Indicação dos circuitos.

Após todos os pontos identificados, devemos indicar as fiações do projeto.


Utilizando a representação já indicada pela figura 21 e não passando mais que três
circuitos diferente por eletroduto.
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Figura 23 – Indicação da fiação.

3.7. Prumada
Se a edificação possuir 2(dois) ou mais pavimentos é necessário apresentar a
prumada elétrica da edificação
● Desenho a ser representado nos cortes verticais;
● Representa a subida da instalação;
● Utiliza desenhos de cortes verticais.
● A representação da prumada com vista superior é dado pelos blocos:

Figura 24 – Bloco de representação da prumada.

Figura 24 – Desenho da prumada da edificação.


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3.8. Diagrama unifilar


O diagrama unifilar representa a entrada de energia até os quadros de
distribuição. Devemos:
• Criar blocos para o diagrama unifilar. Os blocos podem estar alocados no layer
de blocos de força e luz;
• Indicar:
• Proteções da entrada de energia;
• Proteções dos quadros;
• Proteções dos circuitos;
• Indicação da fiação do circuito;
• Fase, corrente e potência do circuito.

Figura 25 – Exemplo de diagrama unifilar

3.9. Padrão de entrada


O padrão de entrada deve ser adequado a distribuidora local de energia, esta
empresa possui normas internas que indicam os componentes e as configurações
necessárias de entrada. Esta apostila ira indicar como encontrar as normas no site da
CELESC (distribuidora de energia do estado de Santa Catarina).

Acessar o site http://www.celesc.com.br/portal/


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Figura 26 – Pagina inicial do site da celesc

Na parte inferior do site acessar a página normas técnicas.

Figura 27 – Pagina inicial do site da celesc

Nessa página deve-se encontrar as normas vigentes na Celesc para qualquer


projeto que precise de alguma informação sobre a agencia distribuidora de energia.
Também nessa pagina se encontra as normas para o padrão de entrada.

Figura 28 – Pagina normas técnicas do site da celesc


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Após acessar essa página encontramos o acervo das normas de padrão de entrada
atualizadas em formato PDF, bem como seus desenhos CAD compactados em .zip

Figura 29 – Página de downloads normas para padrão de entrada no site da Celesc


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Figura 30 – Página de downloads normas para padrão de entrada no site da Celesc

3.10. SPDA
O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosfericas) é um componente de
segurança que segue a padronização pela norma NBR 5419.

Os elementos desse sistema de proteção são:

 Captação: Elemento que deve atrair a descarga atmosférica.


 Distribuição de corrente: Sistema que divide a corrente para que seja enviada
a malha de aterramento sem causar dano a edificação.
 Malha de aterramento: Sistema de descarga da energia para a terra.

De acordo com o tipo de edificação essa possui um grau de proteção determinado pela
NBR 5419, mostrado na tabela 4.
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Tabela 4 – Nível de proteção em edificações

Há algumas formas de SPDA, entre elas as mais usuais são a filosofia de captores
Franklin e a filosofia de gaiola de Faraday. Essas filosofias de proteção são determinadas
a partir da altura da edificação e do fator de risco, apresentado na tabela 5.
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Tabela 5 – Filosofias de proteção.

3.10.1. Filosofia Franklin


Esta filosofia é baseada no princípio que uma descarga descendente é interceptada
por uma descarga ascendente “gerada” campo elétrico intenso confinado no captor. Esse
método de proteção possui dois métodos de análise de proteção o método do ângulo de
proteção e Raio de Atração (ou esferas rolantes).

Ambos são determinados pela tabela 5. No desenho do projeto elétrico devemos


identificar essa área de proteção, indicando um layer diferente, sendo assim também
devemos observar que a tabela especifica o ângulo de proteção. Como mostrado na figura
31, onde a edificação esta na área do triangulo formado pelo captor e o chão.

Figura 31 – Demonstração do método angular


33

Porém o método do ângulo de proteção não é eficiente para edificações muito


altas, assim temos o método do raio e Atração, ou esferas rolantes, a figura 32 mostra
a área de proteção pelo método do raio de atração. O valor desse raio está demonstrado
na tabela 5 onde é diretamente proporcional ao nível de proteção indicado na tabela
4. Os pontos A, B, C, D, E são extremos da edificação. A área de proteção é a área
com hachura na figura.

Figura 32 – Área de proteção pelo método das esferas rolantes

Filosofia Gaiola de Faraday

A filosofia Gaiola de Faraday tem como base técnica o princípio de acumulo de


cargas no exterior de um condutor. Sendo assim esse método de SPDA tem como
finalidade a criação de uma gaiola com um condutor elétrico em volta da edificação,
respeitando a tabela 5 que indica o tamanho máximo dos módulos da gaiola.

Na figura 33 temos um exemplo de aplicação do método de gaiola de Faraday


34

Figura 33 – Modelo de proteção gaiola de faraday

3.11. Plotagem
Para realizar o processo de plotagem, devemos selecionar o layout na barra de comando
e configurar a folha padrão de uso e tamanho.

Figura 31 – Ribbon de configuração de layout


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Figura 32 – Janela de seleção de template de layout

Após criado o template do layout devemos utilizar o comando VIEWPORTS para


selecionar o conteúdo do desenho a ser impresso.
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Figura 33 – Janela de criação de viewport

Criamos um layer para viewport e após selecionada a viewport devemos configurar o


desenho utilizando:

 Selecionando o botão PAPER na barra de comando modificando-o para MODEL

 Selecionar ZOOM SCALE;

 Alterar FATOR DE ESCALA (plotagem 1:50):

 A (fator de conversão em mm)/b (fator da escala desejada)xp;

o para unidade em m: 2000/100xp;

o Para unidade em cm: 20/100xp.

 Desligar o layer do layout para não aparecer a linha na impressão

Após organizado o desenho vamos realizar o processo de plotagem.


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Figura 34 – Seleção de impressão

Selecionando a ferramenta de plotagem abrirá uma janela que servirá para


configuração de página, cor e etc.

Figura 33 – Janela de impressão.


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