O filme conta a história de um menino com adrenoleucodistrofia (ALD) que os pais buscaram tratamento. A doença rara é causada por alterações que impedem a degradação de ácidos graxos, levando ao seu acúmulo e danos neurológicos. O óleo de Lorenzo, mistura de ácidos graxos curtos, reduz a produção dos de cadeia longa, diminuindo os sintomas da doença no menino.
O filme conta a história de um menino com adrenoleucodistrofia (ALD) que os pais buscaram tratamento. A doença rara é causada por alterações que impedem a degradação de ácidos graxos, levando ao seu acúmulo e danos neurológicos. O óleo de Lorenzo, mistura de ácidos graxos curtos, reduz a produção dos de cadeia longa, diminuindo os sintomas da doença no menino.
O filme conta a história de um menino com adrenoleucodistrofia (ALD) que os pais buscaram tratamento. A doença rara é causada por alterações que impedem a degradação de ácidos graxos, levando ao seu acúmulo e danos neurológicos. O óleo de Lorenzo, mistura de ácidos graxos curtos, reduz a produção dos de cadeia longa, diminuindo os sintomas da doença no menino.
O filme “O óleo de Lorenzo” conta a história real de um menino de oito anos que possui
uma doença rara chamada adrenoleucodistrofia (ALD). Lutando contra o tempo em
uma época em que pouco se sabia sobre a doença, os pais do menino passaram a pesquisar por si próprios um possível tratamento para a criança. O filme termina com a descoberta de um óleo – o óleo de Lorenzo – que reduz fortemente o desenvolvimento da doença. Mas qual a relação entre a doença de Lorenzo, o óleo que estagnou seu desenvolvimento e os neurônios que todos nós possuímos? A adrenoleucodistrofia é uma doença genética ligada ao cromossomo X, e que por isso acomete principalmente homens. Extremamente rara, a ALD resulta de alterações em uma proteína transportadora de membrana dos peroxissomos – responsáveis pela degradação dos ácidos graxos –, interferindo na atividade normal destas organelas. Uma vez alterada, a proteína não consegue mais realizar sua função e os ácidos graxos de cadeia longa, que deveriam entrar nos peroxissomos para serem degradados, acumulam-se nos tecidos do organismo, resultando em sintomas progressivos, como fraqueza corporal e distúrbios neurológicos. Os distúrbios neurológicos são os sintomas mais importantes da doença e ocorrem devido ao acúmulo dos ácidos graxos nos tecidos cerebrais, que resultam na redução da transmissão de impulsos nervosos. Mas de que maneira o acúmulo de ácidos graxosinterferem na transmissão nervosa? Nossos neurônios são células diferenciadas com prolongamentos compridos chamados axônios. Os impulsos nervosos são transmitidos entre os neurônios sendo deslocados ao longo dos axônios. Ao redor desses prolongamentos existe uma camada protetora chamada bainha de mielina, que também facilita a transmissão de impulsos nervosos, otimizando a comunicação entre os neurônios. Agora que sabemos como funcionam os neurônios e a bainha de mielina, podemos entender de que forma a ALD resulta em distúrbios neuronais: os ácidos graxos de cadeia longa acumulados no tecido cerebral destroem a bainha de mielina, interferindo no deslocamento dos impulsos e dificultando a transmissão nervosa. Mas de que forma o óleo de Lorenzo impede o desenvolvimento da doença? O óleo é uma mistura de ácidos graxos de cadeia curta que, aliado a uma dieta restritiva, reduz a produção de ácidos graxos de cadeia longa, diminuindo seu acúmulo no organismo. A real eficácia do óleo ainda não está comprovada cientificamente, mas o tratamento parece ter surtido efeito em Lorenzo, que viveu até os 30 anos de idade – 20 anos a mais do que o previsto pelos médicos.
BIÉ, Solange Lima Simão_ Et Al (Orgs.). Saúde No Brasil, Formação Acadêmica, Práticas e Exercício Da Profissão, Volume 1 – Políticas Públicas de Assistência Social - Atenção à Saúde Coletiva e Individual