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8º Período - Resumo da Matéria de Metodologia da Pesquisa

1. Metodologia científica
1.1. Conceito: É o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se
chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo. Metodologia significa, na
origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina
instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do processo científico, também
problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com refer ência à capacidade de
conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade.

1.2. Método:
1.2.1. Conceito: É um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da
verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. E metodologia (do grego methodos +
logia) significa o “estudo do método”.

1.3. Ciência:
1.3.1. Conceito: Durante muito tempo ela serviu para indicar conhecimento em sentido amplo, genérico, como
na expressão “tomar ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como veremos, ganhou
também sentido restrito, passando a designar o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados
em relação a determinado domínio do saber.

1.4. Conceito de Pesquisa: É um conjunto de ações que visam à descoberta de novos conhecimentos em uma
determinada área.

1.4.1. Classificação quanto à essência da pesquisa:

 Pesquisa Pura: Objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática
prevista. Motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador;

 Pesquisa Aplicada: Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas
específicos. Envolve verdades e interesses locais.

1.4.2. Classificação quanto a abordagem da pesquisa:

 Pesquisa Quantitativa: Traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los. Utiliza
métodos estatísticos.

 Pesquisa Qualitativa: Neste enfoque não há medição numérica, mas o seu propósito está em reconsiderar ou
reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o
sujeito.

1.4.3. Ponto de vista dos objetivos: quanto ao seu fim, propósito.

 Exploratória: Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade. Neste
modelo temos a possibilidade de aprimoramento de ideias.

 Descritiva: O objetivo principal é descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a


frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos.

 Explicativa: O objeto está em identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. Neste modelo, temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque busca entender ou
explicar as razões das coisas, o que amplia o entendimento.

1.4.4. Quanto aos procedimentos: significa maneira de agir, modo de proceder, modo de fazer (algo), técnica,
processo ou método.
 Pesquisa bibliográfica: Consistem no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações
relacionadas à pesquisa. Bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores
conhecidos e identificados ou anônimos.

 Pesquisa documental: Trata-se de uma pesquisa realizada através de documentos que podem ser: documentos
pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos
estatísticos e outros. Há uma análise da descrição do conteúdo manifesto para se alcançar uma rede de
significados.

 Pesquisa de campo: É a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode
incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações.

 Histórica: Descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos
ocorridos no passado, para poder compreender o presente.

 Comparada: Procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de
relações entre os elementos que são comparados.

 Estudo de caso: É o estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma
família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. O estudo de casos constitui-se numa
metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno.

2. Critérios a serem considerados para a escolha do tema:

I. 1º - O tema deve ser ESPEC ÍFICO.


II. 2º - O tema deve ser ACESSÍVEL.
III. 3º - A necessidade de que o tema seja EXEQUÍVEL no prazo estipulado.
IV. 4º - A escolha do tema também deve considerar as EXIGÊNCIAS INSTITUCIONAIS.
V. 5º - Sugere-se que o tema seja ATUAL e CONTROVERTIDO.
VI. 6º - A aptidão para o tema, o interesse pessoal e a maturidade intelectual.

2.1. A pesquisa se inicia pela escolha do tema: A primeira fase de qualquer pesquisa é definida do que vai ser
pesquisado. Torna-se pressuposto importante para a escolha do tema a habilidade teórico-crítica, ou seja,
conhecer e dominar os conceitos, as abordagens e os autores relevantes. O tema representa o objeto da pesquisa,
isto é, aquilo que será pensado, investigado, assim deve ser mais restrito que o assunto o qual faz parte dele, para
que ao final da pesquisa as respostas sejam específicas.

2.2. Do tema ao objeto de pesquisa: Ao construir um objeto de pesquisa deve-se transformar, primeiramente, o
assunto em tema e este em um objeto de investigação delimitado e preciso. Quando o tema é muito amplo
fatalmente haverá omissões. Ex.: Ao desejar investigar o assunto violência, deve se indagar qual tipo de
violência se refere. Procure elaborar um “brainstorm’ (chuva de idéias), mapa conceitual, sobre o tema da
pesquisa, ou seja, representação gráfica de um conjunto de conceitos que se relacionam dentro de um tema, pode
ser usada as palavras: é um; facilitou; redimensiona; simboliza; modifica; ampliou; aumenta; favorece.

2.3. Explicação dos critérios a serem considerados para a escolha do tema:


a) Específico: É preciso conhecer e dominar o assunto escolhido, pois um tema mal delimitado eliminará qualquer
possibilidade de contribuição inovadora. Um tema amplo possibilita omissões. O tema específico dará mais
segurança ao pesquisador.
b) Acessível: Sugere-se que a pesquisa escolha tema com autores acessíveis.
c) Exequível no prazo estipulado: O pesquisador deve estar atento ao prazo determinado por sua instituição de
ensino, e “não ceder à tentação de mudar de tema ao longo da pesquisa”.
d) Exigências institucionais: Encaixar os trabalhos realizados pelos alunos dentro de linhas de pesquisa
específicas que reflete na disponibilidade de um orientador que o auxiliará.
e) Atual e controvertido: um tema do momento pode trazer riscos e dificuldades, assim para identificar um
melhor tema deve se ter conversas com o orientador, pesquisadores, participação em congressos e leitura de
períodos atualizados.
f) Aptidão para o tema, o interesse pessoal e a maturidade intelectual: Aptidão (facilidade de aprendizado de
uma determinada ária do saber e entusiasmo para conhecer mais); interesse pessoal (esforço em compatibilizar o
tema com o interesse pessoal do aluno); Maturidade intelectual (adquirida como tempo e com as horas de leitura
e análise para que o trabalho não seja árduo ao enfrentar desafios do tema escolhido, disposição para aprender
conceitos e teorias da ária do saber escolhida que quanto mais o pesquisador se insira nela mais autonomia
intelectual adquira).

2.4. As atividades acadêmicas contribuem para a ideia de atividade científica, a partir de três elementos:
1.              Adquirir novos conhecimentos
2.              Criar novos conhecimentos
3.              Comunicá-los a comunidade científica através de um trabalho de conclusão de curso

3. O problema científico / Técnicas para a pesquisa bibliográfica e sua discussão:


As ideias devem ser baseadas em teorias já existentes ou informações específicas sobre o tema escolhido através
de pesquisas bibliográficas e/ou documentais. Sendo que tudo o que disser encontrará apoio em autores
estudiosos, dando ao trabalho o caráter científico se discutido, analisado ou fundamentado em conceitos e teorias
já consagradas.
3.1.       Conceitos importantes:
a) Fonte bibliográfica: Entende-se por fonte a informação essencial para a construção do conhecimento a partir
da escolha do objeto da pesquisa
b) Fonte primária: Objeto em análise, podendo ser os resultados obtidos da experiência química ou relatórios
relativos ao comportamento do grupo observado. É prioritária em qualquer pesquisa.
c) Fonte secundária: comentários sobre a fonte primária. Trata-se da leitura, palestras e estudos disponíveis sobre
o tema. Não se deve construir embasamento teórico de uma pesquisa apenas sobre a fonte secundária.

NOTA: Não se deve usar a fonte secundária para confirmar a existência de um dado primário, ex: segundo x, o
conceito de y é definido por z, neste caso se deve ir direto a z; ao socorre-se de argumento de autoridade, deve-
se ir direto à autoridade. A fonte primária deve ser esgotada: ler os acórdãos na integra quando necessário
vislumbrar como a lei é interpretada pelo estado. Os manuais não são considerados fontes primárias e nem
secundárias por apresentarem uma abordagem inicial e superficial sobre o tema. Todas as publicações referentes
ao problema escolhido devem ser analisadas.

3.2.       Pesquisa Bibliográfica:

É o exame de uma bibliográfica para levantamento e analise do que já se produziu sobre determinado assunto
que assumimos como tema de pesquisa científica, existindo dois tipos de fontes?

a)       Fonte Primária: Contém trabalhos originais com conhecimento original e publicado pela primeira vez pelos
autores (Monografias, artigos em revista científica, livros, relatórios técnicos, teses universitárias).
b)        Fontes Secundárias: Contém trabalhos não originais e que basicamente citam, revisam e interpretam trabalhos
originais (Artigos de revisão bibliográfica, livros-texto, enciclopédias, artigo de divulgação)

Etapa fundamental e influenciadora das demais etapas na medida em que der o embasamento teórico que
embasará o trabalho. Consistem, no levantamento, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à
pesquisa.

3.3.       Pesquisa Documental:

Realizada através de documentos, pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias,
memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos e outros. Analisa-se da descrição do conteúdo manifesto
para se alcançar uma rede de significados. Em ciência, documento é toda forma de registro e sistematização de
dados, informações, colocando-os em condições de análise por parte do pesquisador.

3.4.       Pesquisa na Internet:

Na internet encontramos muitas informações razão em que deve ser selecionado o material de pesquisa em sites
confiáveis. Importante observar as regras de utilização das fontes disponíveis, referenciando a fonte e
observando a veracidade das informações.
3.5.       Como devo organizar a minha Revisão Bibliográfica:

Faça um fichamento das leituras realizadas ao longo da revisão.


 Se precisar ir a uma biblioteca, organize-se antes. Planeje o que pretende pesquisar.
 Faça uma leitura geral e depois uma leitura específica para realizar o fichamento.
 Procure informar-se sobre o autor (leia a “orelha” do livro, prefácio, ficha catalográfica do livro)

4. O problema Cientifico: Questão norteadora, problema preliminar, objeto de estudo, questão - problema.
Segundo Carlos Gil (2010, pag.7),“assunto controverso, ainda não satisfatoriamente respondido em
qualquer campo do conhecimento, e que pode ser objeto de pesquisas científicas”.

4.1. O que representa essa problematização?


 Essa etapa de pesquisa permite dar ênfase, um foco em um objeto de pesquisa.
 É a formulação de uma pergunta que deverá ser respondida ao final do trabalho.
 Demonstra clareza no meu objeto de pesquisa, preferencialmente formulando-o como uma pergunta.
 A pesquisa delineia-se com objetividade e especificidade.

4.2. Como descobrir um problema científico?


 Nem todo problema é científico, portanto, nem toda formulação de questão poderá ser entendida como científica.
 O caminho mais fácil é indagarmos o que não é um problema científico, segundo pesquisadores.
 Um problema científico não pode indagar COMO SÃO as coisas, mas indaga COMO FAZER as coisas.
 Um problema científico não pode investigar problemas de valor

4.3. Como delimitar um problema científico? O problema deve ser delimitado:


 Quanto a viabilidade: pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa.
 Quanto a relevância: deve ser capaz de trazer conhecimentos novos.
 Quanto a execução: pode chegar a uma conclusão válida.

4.4. O que são hipóteses: Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar validade de resposta
existente para um problema. (LAKATOS;MARCONI,2010, P. 61)
 Os resultados de uma pesquisa poderão comprovar ou rejeitar as hipóteses.
 As hipóteses devem ser simples, compreensíveis e passíveis de verificação.
 A hipótese relaciona-se com as variáveis da pesquisa.

5. Objetivo da Pesquisa: Segundo “Fachin” (2006, pag.110),“o objetivo é um fim ao qual o trabalho se propõe
a atingir. A pesquisa científica atingirá seu objetivo se todas as suas fases, por mais difíceis e demoradas que
sejam, forem vencidas e o pesquisador puder dar uma resposta ao problema formulado ”.

 DEFINIÇÃO DO DICIONÁRIO PARA OBJETIVO:


 Que expõe, investiga ou critica.
 Fim a atingir; alvo, propósito.

Os objetivos indicam o que se pretende conhecer, medir ou provas no decorrer da investigação.

5.1. Definindo o objetivo de pesquisa: Convencionalmente, os objetivos são expostos sob a forma de sentenças
que se iniciam com verbos na forma de infinitivo. É comum apresentá-los por tópicos listados. Para definir os
objetivos de forma adequada, é indicado que se retome o objeto da pesquisa, para determinar a dimensão da
pesquisa.

5.2. Objetivos gerais e específicos:

5.2.1. Objetivos gerais


 Os objetivos gerais são aqueles mais amplos. São as contribuições que se desejam oferecer com a execução da
pesquisa.
 O objetivo geral de uma pesquisa investiga o tema dentro das especificações e dos limites propostos.
 Neste conceito de objetivo geral define-se claramente o que pretende alcançar com a pesquisa.

5.2.2. Objetivos Específicos:


 Os objetivos específicos procuram descrever ações pormenorizadas, aspectos detalhados para uma verificação
científica.
 Apontam etapas intermediárias até se chegar ao objetivo geral.
 Desdobramento do objetivo geral.

5.3. Verbos adequados:


 Escolha verbos de ação que possam ser medidos.
 Indicado começar com um verbo no infinitivo.

Não usar verbos imprecisos, pois não irão conferir clareza e precisão necessárias aos objetivos, tais como:

 NÃO USAR VERBOS QUE POSSIBILITAM MUITAS INTERPRETAÇÕES (pensar, entender, apreciar,
perceber, conhecer, adquirir).
 USAR VERBOS QUE NÃO POSSIBILITAM MUITAS INTERPRETAÇÕES (avaliar, identificar, definir,
descrever, indicar, enumerar, classificar, organizar).

5.4. Justificando A pesquisa:

 É muito comum na elaboração de uma pesquisa confundir inadvertidamente a “justificativa” com “objetivos”.
Eles não são a mesma coisa!
Dica importante:
 A expressão “por que fazer” refere-se a justificativa da sua pesquisa.
 A expressão “Para que fazer” refere-se aos objetivos da sua pesquisa.
 Justificar um projeto é apontar a relevância acadêmica e social.
 Justificar é explicitar a viabilidade do projeto
 Justificar um tema é antes de tudo assinalar as suas conexões.

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