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Lava Jato no Rio mira dez deputados

estaduais em investigação sobre


'mensalinho'
Chiquinho da Mangueira foi preso por volta das 7h25.
Entre os alvos está um secretário do governo de Luiz
Fernando Pezão (MDB), que não é investigado. PF
também busca documentos na Alerj e no Palácio
Guanabara.
Por Arthur Guimarães e Marcelo Gomes, TV Globo e GloboNews
08/11/2018 06h27 Atualizado há 7 minutos

PF e MP realizam operação contra esquema de compra de apoio parlamentar


na Alerj
Bom Dia Rio
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PF e MP realizam operação contra esquema de compra de apoio parlamentar
na Alerj

A Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra 10 deputados


estaduais do Rio de Janeiro e mais 12 pessoas em um
desdobramento da Operação Lava Jato. Entre os alvos da Operação
Furna da Onça também está Affonso Monnerat, secretário de governo
de Luiz Fernando Pezão (MDB). O governador não é investigado.
Três dos parlamentares foram presos no ano passado: Jorge Picciani,
Paulo Melo e Edson Albertassi. O deputado estadual Chiquinho da
Mangueira foi preso por volta das 7h25 desta quinta-feira.
 Acompanhe a Operação Furna da Onça em tempo real
A investida, desta vez, mira esquema de compra de apoio político de
parlamentares. O alvo é o grupo político da base do MDB do ex-
governador Sérgio Cabral, que comanda o estado há mais de 10 anos.
O nome da operação é referência a uma sala de reuniões localizada
ao lado do plenário da Alerj onde deputados se reúnem para rápidas
discussões antes das votações.
Sérgio Cabral — Foto: Giuliano Gomes/PR Press

De acordo com as investigações, a organização criminosa, chefiada


pelo ex-governador Sérgio Cabral, pagava propina a vários deputados
estaduais, a fim de que patrocinassem interesses do grupo criminoso
na Alerj.
O “mensalinho” era resultado de sobrepreço de contratos estaduais e
federais. De forma ilícita, os parlamentares eram beneficiados ainda
com o loteamento de cargos em diversos órgãos públicos do estado,
como o Detran, onde poderiam alocar mão de obra comissionada ou
terceirizada.
A força-tarefa afirma que o esquema continuou mesmo após as
operações do ano passado.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações,
pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, passiva e
lavagem de dinheiro.
Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão no
Palácio Guanabara, sede do Executivo Fluminense, e no anexo da
Alerj.

Equipe da PF chega ao prédio anexo da Alerj — Foto: Fernanda Rouvenat/G1


Alguns dos alvos são:
 Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo;

 André Correa (DEM), deputado estadual e ex-secretário estadual de Meio


Ambiente;

 Chiquinho da Mangueira (PSC), deputado estadual, preso na Barra;


 Coronel Jairo (MDB), deputado estadual não reeleito;

 Edson Albertassi (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;

 Jorge Picciani (MDB), deputado afastado - já em prisão domiciliar;

 Leonardo Jacob, presidente do Detran;

 Luiz Martins (PDT), deputado estadual reeleito;

 Marcelo Simão (PP), deputado estadual não reeleito

 Marcus Vinícius Neskau (PTB), deputado estadual reeleito;

 Paulo Melo (MDB), deputado afastado - já preso em Bangu;

 Vinícius Farah (MDB), ex-presidente do Detran, eleito deputado federal;


A operação foi determinada por desembargadores da 1ª Seção
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e se
debruça também sobre a atual gestão do governo estadual, apesar de
não haver citação direta ao governador Luiz Fernando Pezão.
Operação Cadeia Velha
Deflagrada em novembro de 2017, a operação levou para a cadeia os
deputados Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi e investigou
esquema de corrupção em que os deputados usavam da sua
influência para aprovar projetos na Alerj para favorecer as empresas
de ônibus e também as empreiteiras.
Atualmente, Jorge Picciani está em prisão domiciliar por causa de sua
saúde e Paulo Mello e Albertassi seguem presos em Bangu.
Esta semana, o RJ2 mostrou trechos de escutas gravadas com
autorização da Justiça na época da Cadeia Velha. Os áudios
trazem Picciani articulando para sair da prisão, horas antes de se
entregar, e o braço direito do então presidente da Alerj negociando
recolhimento de propina.

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