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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ALLAN SATURNINO DA SILVA


GUILHERME GUISLOTE MOTTA
KAIO EIFLER

AVALIAÇÃO DOS TIPOS DE ALIMENTO ACONDICIONADOS EM


EMBALAGEM PET

Itajaí – SC
2018
2

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ


ALLAN SATURNINO DA SILVA
GUILHERME GUISLOTE MOTTA
KAIO EIFLER

AVALIAÇÃO DOS TIPOS DE ALIMENTO ACONDICIONADOS EM


EMBALAGEM PET

Elaboração de relatório como requisito parcial para


a obtenção de nota para a M2 da disciplina de
Tecnologia dos Alimentos, do curso de Engenharia
Química da Universidade do Vale do Itajaí, Escola
do Mar, Ciência e Tecnologia.

Professora: Andrea Dal Bo.

Itajaí – SC
2018
3

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Simbologia utilizada para a identificação de embalagem PET. .................... 10


Figura 2. Vantagens e desvantagem das embalagens PET. ......................................... 11
Figura 3. Esterificação direta do PTA. ................................................................................ 12
Figura 4. Transesterificação do DMT. ................................................................................ 12
Figura 5. Posição do Brasil na reciclagem do PET. ......................................................... 15
Figura 6. Imagem ilustrativa da maionese acondicionado em embalagem PET. ....... 17
Figura 7. Imagem ilustrativa do ketchup acondicionado em embalagem PET............ 18
Figura 8. Imagem ilustrativa do Refrigerante acondicionado em embalagem PET. . 18
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RESUMO

Os materiais plásticos possuem papel importante na transformação do estilo de


vida das pessoas e é cada vez mais utilizado na produção e consumo pela população
mundial. O material plástico tornou possível o fenômeno do crescimento de produtos
descartáveis. Dentro do grande universo dos plásticos e embalagens plásticas
disponíveis no mercado atual, foi realizado um estudo sobre as embalagens de
Polietileno Tereftalato (PET), avaliando os diferentes produtos que este material pode
acondicionar. É abordado no trabalho o risco que envolve a utilização de embalagem
PET reciclados pós-consumo para embalar alimentos, bebidas e fármacos, devido à
possível contaminação dos produtos e também sobre as legislações e suas
propriedades físico-químicas. A equipe deste trabalho visitou um supermercado da
cidade para fotografa produtos acondicionados em embalagem PET.

Palavras-chave: Alimentos. Embalagem. Pet.


5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6

2. OBJETIVO .............................................................................................................. 8
2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 8

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 9

3.1. Embalagem ......................................................................................................... 9

3.2. Polietileno Tereftalato (PET).............................................................................. 9


3.2.1. Demanda de PET no Setor de Embalagens ............................................ 10

3.3. Vantagens e Desvantagens do uso de embalagens PET .............................. 10

3.4. Química da resina PET..................................................................................... 11

3.5. Degradação do polímero PET ......................................................................... 13

3.6. Propriedades do PET ....................................................................................... 13

3.7. Reciclagem de garrafa PET ............................................................................. 15

3.8. Legislação relacionada ao uso de PET reciclado .......................................... 16

4. PRODUTOS ACONDICIONADOS EM EMBALAGEM PET ................................. 16

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19


6

1. INTRODUÇÃO

A indústria de embalagem é hoje um dos setores mais importantes do mundo,


embora somente agora comece a ser reconhecida e diagnosticada como um setor
estratégico para a sociedade. Representa um mercado de US$ 500 bilhões, composto
por aproximadamente 100.000 empresas e com uma geração de 5 milhões de
empregos (GOUVÊA, 2011).
Na sociedade contemporânea vem se acentuando cada vez mais o uso dos
plásticos. A abundância de produtos plásticos no mundo, por outro lado, tem criado
sérios problemas ambientais. A não biodegradabilidade da maioria dos plásticos e os
gases produzidos durante a incineração são algumas das dificuldades para o
problema do resíduo plástico. Este fator se contrapõe ao sucesso da indústria dos
plásticos em fabricar seus produtos com propriedades funcionais magníficas.
Para facilitar a identificação dos materiais plásticos, em 1994 a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) determinou que cada tipo de plástico
recebesse uma numeração específica e que esse número viesse dentro do triângulo
que simboliza reciclagem, na maioria das embalagens, o triângulo é aplicado em alto
relevo na parte inferior do recipiente. (PEREORA, 2001). As embalagens do
Polietileno Tereftalato (PET) são identificadas pelo número 1. (PEREORA, 2001).
O PET é um polímero, conhecido por muitos anos simplesmente por poliéster
ou fibra. As primeiras amostras obtidas em laboratório datam de 1941, onde uma
pequena empresa de origem Inglesa desenvolveu a produção de fibras. Após a
segunda guerra mundial, na Europa e nos EUA iniciaram-se os estudos sobre a resina
poliéster (SANTOS, 2008). É utilizado, principalmente, na fabricação de garrafas de
água mineral e refrigerante, embalagens para produtos alimentícios, como óleos e
sucos, de limpeza, cosméticos e farmacêuticos. Também está presente em bandejas
para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis, entre outros (LIMA, 2001).
Uma característica importante do PET é sua baixa densidade, isto facilita o
transporte e reduz os custos a ponto de estimular a descartabilidade da embalagem
(PEREIRA, 2001). Uma carreta pode carregar 60% mais refrigerante ou suco se a
carga for com garrafas PET do que se for com garrafas de vidro. A densidade do PET
está entre 1,38 g/mL e 1,41 g/mL a do vidro para embalagem é de 2,5 g/mL (PEREIRA,
2001).
7

Por ser reciclável, o PET é amplamente utilizada pela indústria. Tem excelente
barreira para gases e odores. É um termoplástico, podendo ser reprocessado várias
vezes, pois quando submetido ao aquecimento esse plástico amolece, se funde e
pode ser novamente moldado (GOUVÊA, 2011).
No Brasil, com a publicação da portaria nº 987 da Secretaria de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde, em dezembro de 1998, tornou-se possível à
utilização de resina pós-consumo em embalagens multicamada destinadas ao
acondicionamento de bebidas carbonatadas não alcoólicas. Entretanto, uma questão
bastante discutida atualmente é o risco que envolve a utilização de polímeros
reciclados pós-consumo para embalar alimentos, bebidas e fármacos, devido à
possível contaminação dos produtos (ROMÃO, 2009).
A equipe deste trabalho visitou um supermercado da cidade para fotografa
produtos acondicionados em embalagem PET.
8

2. OBJETIVO
Este tópico descreve o objetivo do trabalho.

2.1 Objetivo geral


Tem-se como objetivo realizar uma abordagem sobre as embalagens PET,
avaliando os diferentes tipos de produtos que podem ser acondicionados nestas
embalagens.
9

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Embalagem

A indústria de embalagem é hoje um dos setores mais importantes do mundo,


embora somente agora comece a ser reconhecida e diagnosticada como um setor
estratégico para a sociedade. Representa um mercado de US$ 500 bilhões, composto
por aproximadamente 100.000 empresas e com uma geração de 5 milhões de
empregos. O consumo per capita anual de embalagens também é um indicador de
desenvolvimento. Na década de 90, onde notava-se um grande contraste do consumo
do Brasil (US$ 62) com o dos EUA (US$ 400), da Europa (US$ 385) e do Japão (US$
450) (BELO, 1993). Atualmente, de acordo com a World Packaging Organization, o
segmento de papel e papelão lidera o mercado mundial (33%), seguido de plásticos
(26%), metálicas (25%), vidro (6%) e outros (10%) (GOUVÊA, 2011)
A partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de
todo o lixo produzido no Brasil, 97,8% é coletado, sendo que as regiões Norte e
Nordeste apresentam a menor porcentagem (95,1 e 94,9, respectivamente). A figura
1 apresenta o destino do lixo na zona urbana em 2008 (GOUVÊA, 2011)

3.2. Polietileno Tereftalato (PET)

O PET é um polímero, conhecido por muitos anos simplesmente por poliéster


ou fibra. As primeiras amostras obtidas em laboratório datam de 1941, onde uma
pequena empresa de origem Inglesa desenvolveu a produção de fibras. Após a
segunda guerra mundial, na Europa e nos EUA iniciaram-se os estudos sobre a resina
poliéster (SANTOS, 2008). Em 1962 a Goodyear introduziu o primeiro pneu com
tecido poliéster e, apenas no final da década de 60, e início dos anos 70, estes
polímeros foram desenvolvidos especificamente para embalagens na forma de filmes,
chapas e garrafas (SANTOS, 2008).
Para facilitar a identificação dos materiais plásticos, em 1994 a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) determinou que cada tipo de plástico
recebesse uma numeração específica e que esse número viesse dentro do triângulo
que simboliza reciclagem (PEREORA, 2001). As embalagens de PET são
identificadas pelo número 1. Na maioria das embalagens, o triângulo é aplicado em
10

alto relevo na parte inferior do recipiente. A Figura 1 apresenta a simbologia utilizada


para identificar o PET (PEREORA, 2001).

Figura 1. Simbologia utilizada para a identificação de embalagem PET.

Fonte: PEREORA.

3.2.1. Demanda de PET no Setor de Embalagens

O PET é utilizado, principalmente, na fabricação de garrafas de água mineral e


refrigerante, embalagens para produtos alimentícios, como óleos e sucos, de limpeza,
cosméticos e farmacêuticos. Também está presente em bandejas para microondas,
filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis, entre outros (LIMA, 2001).

3.3. Vantagens e Desvantagens do uso de embalagens PET

A resina PET está em expansão no mercado de refrigerante, substituindo cada


vez mais outros tipos de embalagens, como o vidro, pois apresenta diversas
vantagens na produção e transporte (LIMA, 2001). Uma característica importante do
PET é sua baixa densidade, isto facilita o transporte e reduz os custos a ponto de
estimular a descartabilidade da embalagem (PEREIRA, 2001). Uma carreta pode
carregar 60% mais refrigerante ou suco se a carga for com garrafas PET do que se
for com garrafas de vidro. A densidade do PET está entre 1,38 g/mL e 1,41 g/mL a do
vidro para embalagem é de 2,5 g/mL (PEREIRA, 2001). Outros mercados de
embalagens de PET, envase de água mineral e óleo comestível, estão contribuindo
para o aumento da quantidade de PET produzido (LIMA, 2001). O PET também
apresenta a vantagem de ser um polímero que pode receber pigmentos de diferentes
11

cores e tons, fornecendo variadas opções na identidade da embalagem (PEREIRA,


2001).
Na década de 80, vários estudos de ciclo de vida foram realizados comparando
os diferentes tipos de embalagens. Alguns destes estudos foram discrepantes nos
resultados (LIMA, 2001).
Segundo estudos comandados pelo NAPCOR (National Association for Plastics
Container Recovery) nos EUA e conduzidos pela empresa "Franklim Associates"
existem vantagens na redução do uso de recursos naturais com a utilização de
embalagens de PET, como apresenta o quadro 3.3.1. Compara o impacto ambiental
do PET com vidro e o alumínio e com exceção da taxa de reciclagem para a lata de
alumínio, a garrafa PET apresenta vantagens para todos os outros itens (LIMA, 2001).

Figura 2. Vantagens e desvantagem das embalagens PET.

Fonte: LIMA.

3.4. Química da resina PET

O PET é um polímero produzido por condensação, por meio da reação entre o


ácido tereftálico (PTA) ou, dimetil tereftalato (DMT) e, o etileno glicol (EG). A
polimerização ocorre por aquecimento dos reagentes na presença de um catalisador
12

de antimônio, (provavelmente o tri óxido de antimônio) com remoção de água ou


metanol. Dependendo do processo escolhido, pode-se ter a esterificação direta do
PTA com EG como mostra a Figura 3.4.1 ou, a transesterificação do DMT com EG
como mostra a Figura 3.4.2 (SANTOS, 2008).

Figura 3. Esterificação direta do PTA.

Fonte: SANTOS.

Figura 4. Transesterificação do DMT.

Fonte: SANTOS.

A reação de condensação ocorre em duas etapas. Na primeira etapa, o PET


amorfo é obtido pela polimerização no estado líquido, com viscosidade intrínseca (IV),
a IV é diretamente proporcional a massa molar do polímero. O produto desta reação
é o tereftalato de bishidroxietila (BHET), ou simplesmente o monômero da
13

polimerização. A água ou o metanol formado é retirado continuamente do meio, com


auxílio de colunas de destilação. O monômero é então transferido para a etapa de
polimerização, onde sob alto vácuo, ocorre a policondensação líquida. Durante a
policondensação, tem-se o aumento da massa molar do polímero por eliminação do
glicol (SANTOS, 2008).
Na segunda etapa, já em estado sólido, ocorre nova fase de polimerização,
conhecida como pós-condensação. A resina amorfa obtida na primeira fase em
processo contínuo, ou por bateladas, é polimerizada. Nesta fase, a massa molar
aumenta, em função do tempo de reação no estado sólido, quanto maior o tempo,
maior será a massa molar do polímero obtido. O PET obtido pelo processo de pós-
condensação pode ser resfriado, armazenado e comercializado (SANTOS, 2008).

3.5. Degradação do polímero PET

Define-se degradação como o conjunto de reações que envolvem a quebra de


ligações primárias da cadeia principal do polímero, e formação de outras, com
consequente mudança da estrutura química e redução da massa molar. O PET assim
como todo polímero sofre a ação da água, oxigênio, gás carbônico, raio ultravioleta
do sol, esforços mecânicos e altas temperaturas. A interação do PET com esses
componentes gera mecanismos diferentes de degradação, que implicam em
mudanças das propriedades físico-químicas (SANTOS, 2008).

3.6. Propriedades do PET

Para a utilização no armazenamento de bebidas gasosas, deve ser feito sobre


o polímero um procedimento que induza a orientação das longas cadeias em dois
eixos (bi orientado), sem aumento significativo de cristalização. Esse processo vai
garantir boas propriedades mecânicas, transparência e baixa permeabilidade ao gás
CO2 (PEREIRA, 2001).
O PET é um material intrinsecamente semicristalino, ou seja, quantidades
variáveis de suas cadeias podem organizar-se em cristais ou se manterem amorfas,
de forma similar aos vidros. Para conhecer algumas características sobre polímeros
amorfos em sua fase rígida (vítrea) ou, após a transição vítrea, em sua fase polimérica
flexível (PEREIRA, 2001).
14

Se o processo de obtenção de artefatos que têm como matéria-prima o PET


seguir o seu curso normal, as macromoléculas do polímero estarão organizadas de
tal forma que o seu “grau de cristalinidade”, ou seja, a quantidade relativa de fase
organizada, será alto (>50% da massa total). Isto não é adequado ao uso do PET
como embalagem pois, quanto maior o grau de cristalinidade, mais quebradiço fica o
material.
O ideal é a utilização do PET bi orientado que apresenta um grau de
cristalinidade <50% em massa. No caso do PET, a temperatura característica da
transição da fase amorfa, ou transição vítrea, é em torno de 75 °C. Outra propriedade,
que também está ligada ao grau de orientação e cristalinidade, é a absoluta
transparência, o que dá a impressão de higiene e pureza de seu conteúdo para o
consumidor. A estrutura menos cristalina das macromoléculas contribui para dar à
embalagem a transparência desejada e flexibilidade suficiente para garantir boa
resistência ao impacto. O seu forte brilho, parecido com o do vidro, chama a atenção
do consumidor e valoriza o produto embalado (PEREIRA, 2001). A Tabela 3.6.1
apresenta algumas propriedades do PET.

Tabela 1. Posição do Brasil na reciclagem do PET.

PROPRIEDADE PET
Temperatura de Transição Vítrea (C) 76,00
Temperatura de Fusão (C) 256,00
Densidade (g/cm3) 1,39
Temperatura máxima de uso contínuo (Tg +40)°C 120,00
Permeabilidade ao O2 (ccmm/m2 dia atm.) 4,90
Resistência à Tração (MPa) 57,00
Alongamento na ruptura (%) 370,00
Módulo em flexão (kg/mm2) 1200,00
Resistência à hidrólise 50,00
Fonte: TROMBINI, 2000.
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3.7. Reciclagem de garrafa PET

O PET é uma embalagem barata, leve, resistente e reciclável e por isso é


amplamente utilizada pela indústria. Tem excelente barreira para gases e odores. Ele
é um termoplástico, o que significa que pode ser reprocessado várias vezes, pois
quando submetido ao aquecimento esse plástico amolece, se funde e pode ser
novamente moldado (GOUVÊA, 2011).
A figura 3.6.1 - mostra que o Brasil ocupa uma posição de destaque em volume
de PET reciclado, superando índices da Europa e Estados Unidos, ficando abaixo
apenas do Japão (GOUVÊA, 2011).

Figura 5. Posição do Brasil na reciclagem do PET.

Fonte: GOUVÊA.

O Brasil produziu, em 2009, 471.000 toneladas de resina PET destinada para a


produção de embalagens, onde 55,6% das embalagens pós-consumo foram
recicladas, totalizando 2.000 toneladas. Com relação ao consumo de energia no
processo produtivo, dados do Censo realizado pela ABIPET (2006), registram menor
quantidade para o processo de reciclagem (GOUVÊA, 2011).
16

3.8. Legislação relacionada ao uso de PET reciclado

Dois fatores, o econômico e o social impulsionam o recente interesse dos


fabricantes em ampliar o uso de materiais reciclados na indústria alimentícia. O fator
econômico se relaciona à redução do custo da reciclagem enquanto o custo para
fabricação dos monômeros aumenta. O fator social se relaciona à combinação de
pressões por parte de órgãos legislativos e da sociedade em benefício à prática da
reciclagem (ROMÃO, 2009).
No Brasil, com a publicação da portaria nº 987 da Secretaria de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde, em dezembro de 1998, tornou-se possível à
utilização de resina pós-consumo em embalagens multicamada destinadas ao
acondicionamento de bebidas carbonatadas não alcoólicas. Entretanto, uma questão
bastante discutida atualmente é o risco que envolve a utilização de polímeros
reciclados pós-consumo para embalar alimentos, bebidas e fármacos, devido à
possível contaminação dos produtos (ROMÃO, 2009). Em 26 de março de 2008 foi
publicada uma nova resolução (RDC N.20/2008) a respeito da utilização de PET pós-
consumo reciclado grau alimentício, destinado a entrar em contato com alimentos.
Este regulamento tem como objetivo estabelecer requisitos gerais e critérios de
avaliação/autorização visando consolidar a utilização de embalagens PET fabricadas
com composições variáveis de PET virgem e pós-consumo reciclado descontaminado
(ambos, grau alimentício) destinados a entrar em contato com alimentos (ROMÃO,
2009).

4. PRODUTOS ACONDICIONADOS EM EMBALAGEM PET

A equipe deste trabalho visitou o supermercado Angeloni de Itajaí para avaliar


os diferentes produtos que podem ser acondicionados em embalagens PET.
Encontrou-se diversos produtos, entre eles a água, refrigerantes, óleos, maionese,
ketchup e outros. A equipe fotografou 3 alimentos acondicionados em embalagens
PET, sendo esses a maionese, ketchup e refrigerante.
Maionese é um molho à base de óleo e ovo, com a forma de uma emulsão,
preparado a frio e condimentado com vários temperos. A maionese é largamente
utilizada na confecção de sanduíches e de saladas em todos os continentes do
mundo. Depois que a maionese industrializada é aberta, a mesma permanece
17

consumível por 30 dias sob refrigeração. A maionese registrada pela equipe estava
acondicionada em embalagem PET, a Figura 6 apresenta o produto, bem como
informação nutricional, validade, lote e simbologia do PET na embalagem circulado
em vermelho.
O ketchup propriamente dito, com o tomate como principal ingrediente, foi
conhecido em meados do século XIX, por volta de 1812 em Alabama, onde, teve uma
das primeiras receitas publicadas por James Mease, pouco tempo após o tomate ter
sido introduzido nos EUA. Com a receita aprimorada e a popularidade do produto, em
1876 passou a ser produzido em escala industrial pela empresa Heinz. O ketchup
registrado pela equipe estava acondicionado em embalagem PET. O ketchup
registrado pela equipe estava acondicionado em embalagem PET, a Figura 7
apresenta o produto, bem como informação nutricional, validade, lote e simbologia do
PET na embalagem circulado em amarelo.
Refrigerante é uma bebida não alcoólica e não fermentada, fabricada
industrialmente, à base de água mineral e açúcar, podendo conter extratos ou aroma
sintetizado de frutas ou outros vegetais e gás carbônico. O refrigerante registrado pela
equipe estava acondicionado em embalagem PET, a Figura 8 apresenta o produto,
bem como informação nutricional, validade, lote e simbologia do PET na embalagem
circulado em vermelho.

Figura 6. Imagem ilustrativa da maionese acondicionado em embalagem PET.


18

Figura 7. Imagem ilustrativa do ketchup acondicionado em embalagem PET.

Figura 8. Imagem ilustrativa do Refrigerante acondicionado em embalagem PET.


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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOUVÊA, Maria Elizabeth Vicente; ROSA Rafaela Gutierez. Estudo de caso da


viabilidade do reciclo de garrafa PET. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia
Industrial Química. Escola De Engenharia de Lorena, Lorena, 2011.

SANTOS, Antônio Claudio. Estudo da reciclagem do poli (tereftalato de etileno) –


pet pós-consumo e de suas propriedades, quando submetido à radiação
ionizante. TCC (Graduação) – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares.
Universidade de São Paulo, Escola De Engenharia de Lorena, São Paulo, 2008.

LIMA, Ângela Maria Ferreira. Estudo da cadeia produtiva do polietileno tereftalato


(pet) na região metropolitana de salvador como subsídio para análise do ciclo
de vida. Monografia - Departamento de hidráulica e saneamento rede de tecnologias
limpas -TECLIM. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2001.

PEREIRA Rita de Cássia Campos; MACHADO, Horta Andréa; SILVA, Goulart Glaura.
(Re) Conhecendo o PET. Artigo - Química nova na escola, Belo Horizonte, 2002.

TROMBINI, R. C.; AGNELLI, J. A. M.; TAFURI, R. M. Comportamento Mecânico do


PET, do PEN e das blendas poliméricas PET/PEN. Departamento de Engenharia
de Materiais, Universidade Federal de São Carlos, São Pedro, 2000.

ROMÃO, Wanderson; SPINACÉ, Márcia; PAOLI, Marco. Poli(Tereftalato de Etileno),


PET: Uma Revisão Sobre os Processos de Síntese, Mecanismos de Degradação
e sua Reciclagem. Artigo de Revisão – Instituto de Química, Unicamp, Campinas –
São Paulo, 2009.
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