You are on page 1of 25

III.

FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO

3.1 INTRODUÇÃO

O sistema nervoso e as glândulas endócrinas são os dois principais mecanismos de


comunicação e coordenação do corpo humano. Eles regulam quase todos os sistemas
orgânicos e por isso constituem a base de todos os mecanismos de controle. Embora o
sistema nervoso e o sistema endócrino trabalham intimamente associados, eles
possuem várias diferenças.

O sistema nervoso comunica-se através de sinais elétricos chamados impulsos


nervosos, que transmitem a informação rapidamente e, geralmente, realizam efeitos de
curta duração.

No sistema endócrino (do grego endo=dentro + crino=segrego), ao contrário do


sistema nervoso, a comunicação se faz por sinais químicos, através de substâncias
chamadas hormônios. O sistema endócrino responde mais lentamente e normalmente
causa efeitos mais duradouros.

Devido a que o sistema nervoso apóia seu funcionamento básico na produção destes
sinais elétricos, enquanto que as substâncias elaboradas pelas glândulas endócrinas
(hormônios) têm que viajar pelo fluxo sangüíneo até seu órgão alvo, podemos
assegurar que a informação chega muito mais rápido por via nervosa, entretanto, da
mesma maneira que alcança seu objetivo mais rápido, também os efeitos sua ação são
muito mais breves; dessa maneira, os efeitos da ação hormonal, podem durar horas,
dias ou meses.

O anterior explica por que produtores de hormônios, como a zona medular da glândula
suprarrenal, recebe a informação de estímulo para secretar por via nervosa e não
barco a motor, pois os hormônios desta porção glandular são necessárias no
organismo de forma urgente em presença de perigos e situações de stress, mas a ação
destes hormônios (Adrenalina e Noradrenalina) é tão forte que são desativadas
imediatamente e seus efeitos não são muito duradouros.

O Sistema Endócrino é constituído por diversas glândulas e tecidos que secretam


substâncias químicas responsáveis pelo controle de muitas funções biológicas.

As glândulas são órgãos cuja estrutura se dispôs para secretar substâncias químicas
que se denominam hormônios; em outras palavras, as glândulas são órgãos
encarregados de elaborar e segregar substâncias químicas.

Para que um órgão seja classificado como glândula necessariamente tem que ser
capaz de elaborar e segregar alguma substância que não tem que ser
necessariamente um hormônio (por exemplo, a glândula mamária produz leite; as
glândulas gástricas, produzem o suco gástrico, entre outros).

Primeiro é necessário saber que existe uma classificação que se apóia na presença ou
não de condutos para libertar suas secreções, segundo este critério, as glândulas
podem ser:

Exócrinas: Quando apresentam condutos próprios para que seu conteúdo chegue à
região alva (por exemplo, as glândulas salivais têm condutos pelos que se transporta a
saliva até a cavidade bocal).

Endócrinas: Quando não apresentam estes condutos, quer dizer que a substância
elaborada por elas, verte-se diretamente ao sangue que chega e sai da glândula
constantemente (por exemplo, a hipófise vertem suas secreções no sangue).

Mistas: Existem glândulas que têm ambas as estruturas morfológicas, quer dizer, que
segregam várias substâncias e além algumas se deslocam por condutos e outras se
vertem diretamente ao sangue, estas som chamadas glândulas mistas.

Nas glândulas mistas, estas funções estão bem delimitadas do ponto de vista
morfológico, por isso se refere a uma porção endócrina e outra exócrina (por exemplo,
o pâncreas tem uma porção exócrina que elabora e segrega o suco pancreático que
tem função digestiva e que transportado pelo conduto pancreático até o duodeno no
intestino magro e também tem uma função endócrina que produz hormônios, a insulina
e o glucagon que têm função endócrina e se vertem diretamente no sangue). As
glândulas apóiam seu funcionamento em sua constituição muito rica em tecido epitelial
(independentemente de que aparecem nelas outros tecidos básicos).

En resumo, los tejidos que producen hormonas se pueden clasificar en tres grupos:
glándulas endocrinas, cuya función es la producción exclusiva de hormonas; glándulas
endo-exocrinas (mistas), que producen también otro tipo de secreciones además de
hormonas; y ciertos tejidos no glandulares, como el tejido nervioso del sistema nervioso
autónomo, que produce sustancias parecidas a las hormonas.

As glândulas que segregam hormônios são endócrinas e quando se trata de uma


mista, sua porção endócrina é a que produz os hormônios.

Ao sistema a que pertencem estas glândulas, lhe conhece como sistema endócrino. As
glândulas endócrinas estão amplamente distribuídas pelo corpo e são glândulas sem
ductos, isto é, elas secretam hormônios diretamente no interior dos capilares
sangüíneos.
Os hormônios são mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades
de outros tecidos ou órgãos. A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue a
outras partes do corpo, exercendo efeitos em tecidos mais distantes.

Os tecidos especializados em receber a informação a partir dos hormônios, são


específicos para ela, isto quer dizer que cada hormônio tem afinidade por determinados
órgãos e não por outros, ligando-se a receptores específicos. Ao órgão que recebe a
informação diretamente de determinado hormônio lhe conhece como Órgão Alvo. Em
geral, estas glândulas se localizam em uma região determinada do organismo
(localização anatômica) e o hormônio viaja por o sangue até outros órgãos situados em
outras regiões (órgãos alvos), onde exercerão sua função.

As glândulas endócrinas, através da secreção de seus hormônios, são responsáveis


pelo crescimento, funcionamento e regulação de vários orgãos, incluindo a maioria das
características morfológicas masculinas e femininas, atuando inclusive no
comportamento dos indivíduos. Assim dizemos que os hormônios são os responsáveis
pela manutenção da homeostase, isto é do equilíbrio e perfeito funcionamento do
organismo animal.

A atividade do sistema endócrino é regulada por mecanismo de "feedback” ou retro-


controle. O "feedback" é denominado "feedback negativo" quando a concentração do
hormônio secretado por uma glândula atinge uma concentração acima do necessário
ocorrendo interrupção da secreção deste hormônio e a conseqüente interrupção deste
circuito de ação. O "feedback" é denominado "feedback positivo" quando a
concentração de um hormônio é baixa e há necessidade de a glândula secretá-lo para
que uma determinada atividade fisiológica possa ser desenvolvida.

A ação hormonal ocorre devido à presença das moléculas receptoras (receptores)


sempre "ancoradas" na membrana das células dos tecidos alvos. Os hormônios, em
geral, quando se ligam aos seus receptores induzem modificações na estrutura
molecular dos mesmos. Estas modificações permitem a interação do receptor com
outros "mensageiros" localizados no interior da célula que desencadeiam as reações
moleculares intracelulares para que a célula alvo exerça sua função. Muitas dessas
interações intracelulares são mediadas pelos nucleotídeos cíclicos (AMP, GMP,
ATP,...), que por isso também são denominados de "segundo mensageiro", ou seja,
são os elos de conexão entre os receptores e outras moléculas que precisam ser
"ativadas" intracelularmente.

Coordenação das funções corporais por mensageiros químicos

O controle das atividades fisiológicas tanto a nível celular, como tesidual ou orgânico se
apóia na interação diversos tipos de mensageiros químicos, os que podem ser
classificados da maneira seguinte:
• Neurotransmissores, liberados pelos axonios terminais dos neurônios nas uniões
sinápticas e que atuam localmente controlando as funções nervosas.

• Hormônios endócrinos, produzidas por glândulas ou por células especializadas


que as secretam ao sangue circulante e que atuam na função de células alvas
situadas em outros lugares do organismo.

• Hormônios neuroendócrinos, secretados pelos neurônios para o sangue e que


atuam nas funções de células alvo de outras partes do corpo.

• Hormônios paracrinos, secretados por células para o líquido extracelular para


que atuem em células alvo vizinhas de um tipo distinto.

• Hormônios autocrinos, produzidos por células e que atuam sobre as mesmas


células que os segregam.

• Citocinas, peptídios secretados pelas células para o líquido extracelular e que


podem funcionar como hormônios autocrinos, paracrinos ou endócrinos. Entre
elas se encontram as interleucinas e outras linfocinas secretadas pelos linfócitos
colaboradores que atuam em outras células do sistema imunitário. Os hormônios
citocinas (P. ex., leptina) produzidas pelos adipócitos se conhecem às vezes
como adipocinas.

Classificação química dos hormônios

Tendo em conta sua estrutura química, três tipos gerais de hormônios:

1. Proteínas e polipeptídios, como os hormônios secretados pela adenohipófise,


a neurohipófise, o pâncreas (insulina e glucagão) e as glândulas paratireóides
(hormônio paratireoidea) além de outras muitas. Este tipo de hormônio se
armazena em vesículas secretoras até que o organismo as necessita.

2. Esteróides, secretados pelo córtex suprarrenal (cortisol e aldosterona), os


ovários (estrogênios e progesterona), os testículos (testosterona) e a placenta
(estrogênios e progesterona). Estes hormônios geralmente se sintetizam a partir
do colesterol e não se armazenam.

3. Derivados do aminoácido tiroxina, secretados pela glândula tireóide (tiroxina e


triiodotiroxina) e a medula suprarrenal (adrenalina e noradrenalina). Não se
conhece nenhum hormônio que seja um polisacarídeo ou um ácido nucléico.

O retro-controle (feedback) na secreção hormonal


As glândulas endócrinas são reguladas pelo sistema nervoso, e em especial pelo
hipotálamo ou por outras glândulas endócrinas, criando um complexo e sensível
mecanismo de interrelações neuroendócrinas.

Retro-controle negativo

O retro-controle negativo tem a função de evitar a atividade excessiva dos sistemas


hormonais. Embora a concentração plasmática de muitos hormônios varie em
dependência dos distintos estímulos que têm lugar com o passar do dia, em geral,
quando um estímulo induz a liberação de um hormônio, os estados ou os produtos
derivados de sua ação, tendem a deter esta liberação, isto quer dizer que o hormônio
exerce um efeito de retro-controle negativo com o fim de impedir uma secreção
excessiva do hormônio ou seu hiperactividade no tecido efetor.

Algumas vezes, a variável controlada não é a velocidade de secreção do próprio


hormônio, mas sim o grau de atividade no tecido efetor.

Retro-controle positivo

O feedback positivo pode dar lugar a um incremento das concentrações hormonais.


Em alguns casos, quando a ação biológica do hormônio induz a secreção de
quantidades adicionais, tem lugar um feedback positivo. Um exemplo é o grande
aumento da síntese de hormônio luteinizante (LH) que se produz como conseqüência
do efeito de estimulação exercido pelos estrogênios sobre a adenohipófise antes da
ovulação. A LH secretada atua nos ovários, onde estimula a síntese de mais
estrogênios que, a sua vez, favorecem a secreção do LH. Com o tempo, a LH alcança
uma concentração adequada e se desenvolve o controle mediante feedback negativo
da secreção hormonal.

Além disso, do controle por feedback negativo e positivo da secreção hormonal,


existem variações cíclicas que a controlam, de maneira que a liberação de hormônios
está submetida a variações periódicas que dependem das mudanças de estação, das
distintas etapas do desenvolvimento e do envelhecimento, do ciclo diurno (circadiano)
ou do sono. Por exemplo, a secreção de hormônio de crescimento aumenta de forma
notável durante o primeiro período do sono, enquanto que diminui nas fases
posteriores. Em muitos casos, estas variações cíclicas da secreção hormonal
obedecem às mudanças de atividade das vias nervosas que intervêm no controle da
liberação.

Alguns hormônios, como a adrenalina e a noradrenalina, secretam-se vários segundos


depois da estimulação da glândula e demoram em desenvolver toda sua ação
escassos segundos ou minutos; outras, como a tiroxina ou o hormônio de crescimento,
demoram vários meses em exercer todo seu efeito. Assim, o início e a duração da ação
diferem em cada hormônio e dependem de sua função de controle específica.

As concentrações dos hormônios necessários para controlar quase todas as funções


metabólicas e endócrinas são bastante pequenas (na ordem de miligramas).

Transporte dos hormônios no sangue


Os hormônios hidrosolúveis (peptídios e catecolaminas) dissolvem-se no plasma e se
transportam desde sua origem até os tecidos efetores, onde difundem dos capilares
para passar ao líquido intersticial e, em última instância, às células efetoras. Por outra
parte, os hormônios de tipo esteróides e tiroideas circulam no sangue, unidos
principalmente às proteínas plasmáticas. De ordinário, menos de 10% dos hormônios
destes tipos se encontra em forma livre no plasma.

Eliminação dos hormônios


Os hormônios se «eliminam» do plasma de diversas maneiras:
1) Destruição metabólica pelos tecidos.
2) União aos tecidos.
3) Excreção hepática pela bílis.
4) Excreção renal na urina.

No caso de determinados hormônios, um descida da taxa metabólica provoca


freqüentemente uma concentração excessiva nos líquidos corporais circulantes. Isto é
o que acontece, por exemplo, com os hormônios de tipo esteróde quando existe uma
hepatopatia, já que estes hormônios se conjugam principalmente no fígado e se
«excretam» com a bílis.

3.2 Mecanismos de ação dos hormônios


De maneira geral, a ação hormonal ocorre devido à presença das moléculas receptoras
(receptores) presentes na membrana das células dos tecidos alvos. Os hormônios, em
geral, quando se ligam aos seus receptores induzem modificações na estrutura
molecular dos mesmos. Estas modificações permitem a interação do receptor com
outros "mensageiros" localizados no interior da célula que desencadeiam as reações
moleculares intracelulares para que a célula alvo exerça sua função. Muitas dessas
interações intracelulares são mediadas pelos nucleotídeos cíclicos (AMP, GMP, ATP,
etc), que por isso também são denominados de "segundo mensageiro", ou seja, são
os elos de conexão entre os receptores e outras moléculas que precisam ser
"ativadas" intracelularmente
Receptores de hormônios e sua ativação
A ação de um hormônio começa com sua união a um receptor específico da célula
efetora. As células que carecem de receptores para um hormônio não respondem a
ela. Os receptores de alguns hormônios se localizam na membrana da célula efetora,
enquanto que os de outras se encontram no citoplasma ou no núcleo. Quando o
hormônio se combina com seu receptor, desencadeia-se uma cascata de reações na
célula: a ativação se potencializa em cada etapa, de forma que até uma pequena
concentração de hormônio pode exercer um grande efeito.

Em quase todos os casos, o hormônio exerce sua ação sobre o tecido efetor formando
em primeiro lugar um complexo hormônio-receptor. Altera-se assim a função do próprio
receptor que, ao ativar-se, inicia os efeitos hormonais.

Os receptores hormonais são proteínas de grande tamanho e cada célula estimulada


possui habitualmente entre 2 000 e 100 000 receptores. Além disso, cada receptor,
como expusemos, é muito específico para um único hormônio, o que determina o tipo
de hormônio que atuará em um tecido determinado. Quão tecidos reagem em resposta
a um hormônio específico são os que contêm receptores definidos para ela.

Os receptores hormonais se encontram de ordinário nas seguintes partes das células:

1. Na superfície da membrana celular. Os receptores de membrana são


específicos sobre tudo dos hormônios protéicos e peptídicas e das
catecolaminas.

2. No citoplasma celular. Os receptores principais dos distintos hormônios


esteroideos se encontram fundamentalmente no citoplasma.

3. No núcleo celular. Os receptores dos hormônios tiroideos se encontram no


núcleo e se acredita que estão unidos a um ou vários cromossomos.

Acção Hormonal:

Há três elementos essenciais à acção hormonal:

· receptor celular a que se liga a hormona;


· via de transdução de sinal;

· 2º mensageiros que alteram os processos celulares.

E dois grandes sistemas para a acção hormonal:

· Um, com início na membrana plasmática, por ligação da hormona a um receptor,


que activa um sistema de sinalização. É o receptor que sofre alteração conformacional
adquirindo actividade biológica, a hormona fica no exterior da célula. Esta é
característica das hormonas peptídicas e catecolaminas, a resposta celular ocorre com
uma latência de segundos a minutos.

· Outro em que a hormona entra na célula e se liga a um receptor, formando um


complexo que altera a transcrição do ADN. A hormona é um sinal intracelular. É
característico de hormonas esteróides e tiroideias e a resposta celular tem uma latência
de minutos, horas ou dias. Todavia tais acções não são exclusivas; as primeiras
também têm acção genómica e os esteroides também têm acções a nível membranar e
citoplasmático.

Sistemas de Receptores Intracelulares:

As hormonas esteróides e tiroideias fixam-se a receptores nucleares, que são proteínas


oligoméricas fosforiladas, codificadas por uma superfamília de genes relacionada com
os oncogenes cis. Na forma inactiva, estes receptores surgem como oligómeros,
provavelmente associados a proteínas bloqueadoras. A ligação hormonal a estes
oligómeros activa o receptor, modificando a sua conformação e libertando as proteínas
bloqueadoras. O receptor sofre activação adicional por fosforilação.

No núcleo, há proteínas aceitantes (acceptor proteins) que se ligam a dímeros de


complexos hormona-receptor; integrado no complexo resultante, o receptor interage
com elementos reguladores hormonais (HRE), de 8 a 15 pares de bases, do ADN
nuclear.
A ligação aos HRE activa elementos promotores na molécula de ADN. Após transcrição
em ARN, processamento deste e tradução citoplasmática são produzidas proteínas
alvo.

A acção hormonal pode passar por activação de elementos reguladores positivos e


diminuição da acção de elementos reguladores negativos.

Como o conteúdo genético é idêntico em todas as células, a expressão da actividade


hormonal depende da presença/ausência do receptor ou da existência de proteínas
que bloqueiam a proteína aceitante. Outra explicação é a metilação do ADN que pode
diminuir ou anular a expressão génica numa fase precoce do desenvolvimento.

As proteínas alvo da acção deste tipo de hormona são muito diversificadas; vão desde
enzimas a proteínas estruturais ou segregadas. Mas, mais importante, podem ser
factores de transcrição e proteínas reguladoras da expressão de múltiplos genes; neste
último caso, os mecanismos enzimáticos não são activados ou inactivados, mas, antes,
induzidos ou reprimidos.

Como a actividade biológica envolve a transcrição de genes, são, normalmente,


necessárias horas para que os efeitos biológicos hormonais se façam sentir.

Circulação hipotálamo-hipofisária

A circulação sanguínea do hipotálamo da hipófise é extremamente importante, pois as


hormonas produzidas por estas estruturas devem ser impulsionadas para o sangue
para que cheguem ao seu ponto de acção. Tanto o hipotálamo como a hipófise
apresentam as suas próprias artérias: as artérias hipotalâmicas, que conduzem o
sangue até ao hipotálamo, e as artérias hipofisárias superiores e inferiores, que irrigam
a hipófise. Além disso, existe uma ampla rede de vasos venosos provenientes da
região do hipotálamo, que atravessa a haste hipofisária, de modo a chegar ao lobo
anterior da hipófise: o sistema porta hipotálamo-hipofisário. Graças a esta rede de
pequenas veias, as hormonas produzidas no hipotálamo, que regulam a actividade da
hipófise, chegam praticamente de imediato até essa glândula, de modo a controlar
continuamente o seu funcionamento.
Glândula pineal

A glândula pineal, igualmente denominada epífise, é uma pequena estrutura cerebral


que, embora se considere pertencente ao sistema endócrino, ainda não se conhece
com precisão a sua função no ser humano. Segundo parece, a glândula pineal
desempenha um determinado papel regulador na actividade das gónadas sexuais
através da secreção de uma hormona denominada melatonina, um facto comprovado
em animais de reduzida dimensão, como os ratos, mas não no ser humano. Todavia,
existem casos de tumores desenvolvidos nesta glândula, cujas repercussões afectam o
desenvolvimento das gónadas, provocando uma puberdade precoce ou uma
puberdade tardia. Por isso, ainda existe muito para averiguar sobre o funcionamento
desta específica glândula no ser humano.

A pineal é uma pequena glândula situada no centro do cérebro. Sua principal função é
o controle dos ciclos diários de sono e vigília. Durante a noite, a escuridão estimula a
secreção de um hormônio da pineal, a melatonina, que induz ao sono. Já a claridade
inibe a produção de melatonina.

O espectro da sinalização hormonal está hoje subdividido em grupos:

· neurócrina – transporte de mensageiro biológico (neurohormona) ao longo de um


axónio, secreção para a circulação sanguínea, e acção à distância.

· endócrina – secreção de mensageiro biológico (hormona), a partir de uma célula


endócrina, para a circulação.

· Parácrina – transmissão de mensageiro biológico de uma célula para um tipo


celular diferente, mas vizinho, por difusão no fluído intercelular.

· Autócrina – semelhante ao anterior, mas actuando na mesma célula, ou em tipos


celulares idênticos.
A mesma substância pode actuar como neurotransmissor, hormona, neurohormona e
hormona autócrina ou parácrina.

Tipos de Hormonas:

Vulgarmente, faz-se uma divisão em três grandes grupos químicos:

· Aminas – foram as primeiras descobertas, têm origem na tirosina; são, por


exemplo, as hormonas tiroideias (anel benzénico iodado) e as catecolaminas
(hidroxilação do anel).

· Hormonas proteicas e peptídicas.

· Esteróides – como, por exemplo, os corticóides suprarrenais e as hormonas


sexuais, cujo precursor comum é o colesterol.

Hipófise → Além dos já citados, a prolactina;

Hipotálamo → A ocitocina e a vasopressina (hormônio antidiurético);

Paratireoide → O paratormônio;

Tireoide → A tiroxina, a tri-iodotironina e a calcitocina;

Pâncreas → A insulina e o glucagon;

Suprarrenal → A aldosterona, os andrógenos, os glicocorticoides e a adrenalina;

Rim → A renina;

Estômago → A gastrina;

Duodeno → A colecistoquinina.

Tiroides
A tireóide produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade de metabolismo do
corpo. Se ocorrer hipertireoidismo, isto é, funcionamento exagerado da tireóide, todo o
metabolismo fica acelerado: o coração bate mais rapidamente, a temperatura do corpo
fica mais alta que o normal; a pessoa emagrece porque gasta mais energia. Esse
quadro favorece o desenvolvimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue
passa a circular com maior pressão. Pode ocorrer o bócio, ou seja, um “papo” causado
pelo crescimento exagerado da tireóide. Também pode aparecer a exoftalmia, isto é, os
olhos ficam “saltados”.

Se a tireóide trabalha menos ou produz menor quantidade de tiroxina que o normal,


ocorre o hipotireoidismo, e o organismo também se altera: o metabolismo se torna mais
lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente,
o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tornando-se mais
propensa à obesidade, as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas. Aqui,
também pode ocorre o bócio.

Quando o hipotireoidismo ocorre na infância, pode provocar um retardamento físico e


mental. Um das possíveis causas dessa doença é a falta (ou insuficiência) de iodo na
alimentação, já que o iodo é um elemento presente na composição da tiroxina. Na
maioria dos países assim como no Brasil, existem leis que obrigam os fabricantes de
sal de cozinha a adicionar iodo nesse produto. Com tal medida, garante-se que a
maioria das pessoas consuma diariamente a quantidade necessária de iodo.

DE LOS VIDEOS

Médula: Adrenalina y Noradrenalina: De las emociones, reacciones inmediatas.


Responsables del stress y la vigilancia

Cuando adrenalina disminuye normalmente a final del día, sentidos quedan menos
alertas, fácil para apreciar y degustar el gusto de la comida, luego se comienza a sentir
sueño, en el que adrenalina tiene más bajo nivel

Estimulan las células hepáticas para que liberen glucosa.

Preparan el cuerpo para la acción al elevar la presión sanguínea, la frecuencia


respiratoria y cardíaca y la tasa metabólica, midriasis.

Cambian los patrones del flujo sanguíneo, provocando que unos órganos sean más
activos que otros.
Se estimula por impulsos nerviosos generados por el encéfalo, en emergencia, en
cuanto el peligro desaparece, el encéfalo ordena la suspensión de secreción y enzimas
destruyen la adrenalina circulante, en 10 mtos, todo normal

Corteza: su ausencia (enfermedad de Addison) produce la muerte

Mineralocorticoides: Corticosteroides Aldosterona y cortisol

Retención de agua e iones de Na

Aumenta volemia y presión sanguínea.

Aldosterona: Influye en riñones para reabsorber el Na.

ALDOSTERONA ES MINERALO Y CORTISOL ES GLUCOCORTICOIDES

Aldosterona ligada a Angiotensina II en regulación de presión sanguínea,

El ião iões

Cortisol: Eleva niveles de glucosa en sangre y reduce inflamación. Predomina en


primeras horas de la mañana, a medida que avanza el día las concentraciones en
sangre disminuyen, se conoce como hormona de la vigilia. En caso de stress
psicosomático estimula gluconeogénesis

JET LET: Puede llevar una semana adaptar al ritmo nuevo; debido al cambio de husos
horarios

Huir, cansancio, refexon, reflexión, comida, refleção

Glucocorticoides:

Estimulan la gluconeogénesis (de proteínas y grasas)

Es capaz de suprimir el sistema inmune.

Sexocorticoides: Andrógenos (Tesrosterona), Estrógeno y Progesterona.


Testosterona: Controla el inicio y desarrollo de los cambios corporales asociados a la
pubertad (crecimiento del pene, estirón, barba y vello). Coordinada con hipófisis indica
el momento de comenzar a producir espermatozoides.

Estrógenos: Crecimiento de senos, crecimiento y acumulación y grasas en las caderas.


Junto con Progesterona, controlan ciclo menstrual, juegan importante papel en el
embarazo.

Timo:

Situado por encima del corazón inmediatamente posterior al borde superior del
esternón, se atrofia a partir de la pubertad por lo que se supone que desempeña su
función en los primeros años de vida es bilobulado, su función es desarrollar linfocitos,
la linfa lleva linfocitos donde se multiplican y transforman en ces especializadas en
combatir la infección, Segrega sustancias para el sistema inmune

Hipófisis de apenas 1 cm de diámetro

GH: fundamentalmente a huesos y músculos

Tiroides: Todas las células son Alvo

Tiroxina (tetraiodotironina) T4; la T3 es triiodotironina, la primera regula grasa que se


quema, aceleran metabolismo celular, aumenta consumo de energía y temperatura
corporal.

Calcitonina: Ca para formación ósea, coagulación, función de nervios y contracción


muscular, disminuye calcemia por aumento de absorción de Ca por huesos (junto con
Vit D2 y D3, fijan el Ca a huesos) y aumento de excreción renal de Ca, cuanto es
mucha al T3 y 4, inhiben TRH y con ello la TSH; cuando están bajos niveles de Ca
(hipocalcemia) entonces viene la paratiroides.

Paratiroides: Es la más pequeña, son cuatro, PTH, que regula metabolismo de Ca y P


de las células y la sangre, es regulada por cantidad de Ca en sangre, cuando esta baja,
se libera y produce aumento de calcemia, por estimulación de huesos a liberarlo y
aumento de la reabsorción renal e intestinal de Ca. Hipercalcemiante

Ambas mantienen la homeostasis


Insulina, aumenta luego de las comidas, luego comienza a disminuir y se siente hambre
nuevamente.

Alfa, glucagón, beta, insulina; épsilon (raras), Ghrelina y PP (descubiertas


recientemenete), PPY (polipéptico oancreático, escasa); delta somastotatina.

Somatostatina, regula secreciones de insulina y glucagón para que nos e produzcan


excesos, la ghrelina la produce estómago pero se descubrió que el páncreas también,
produce apetito o hambre, PPY, actividad vinculada a Ghrelina.

Glucosa normal 100 mg/dl de sangre, más de 120 hiperglicemia, menos de 70, hipo.

Andrógenos: Testosterona e inhibina (Ces de Sertolli), esta última inhibe FSH y parte
de LH, sus elevaciones en plasma inhiben secreción de GnRH, la testost no e sla forma
activa, se metaboliza en 5_Dihidrotestosterona, forma activa.

CCK, del Intestino Delgado, desarrolla apetito y la gastrina del estómago estimula la
secreción gástrica.

3.2 GLÂNDULAS DO SISTEMA ENDÓCRINO

As principais glândulas endócrinas são:

1. Hipófise. 5. Pâncreas.

2. Glândula Tireóide. 6. Glândulas sexuais ou Gônadas


(Ovários e Testículos).
3. Glândulas Paratireóides.
7. Timo.
4. Glândulas Suprarrenais.
8. Glândula Pineal.
HIPÓFISE

A hipófise é uma pequena glândula de forma ovóide, também conhecida como glândula
pituitária. Tem coloração cinza-avermelhado, medindo cerca de 12 mm de diâmetro
transverso e 8 mm de diâmetro ântero-posterior e pesando aproximadamente 500 mg.

A hipófise está localizada na face basal do encéfalo, abaixo do hipotálamo,


posteriormente ao quiasma óptico, em uma depressão em forma de sela do osso
esfenóide, denominada fossa hipofisária (sela turca); é coberta superiormente pelo
diafragma da sela turca; está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta
haste denominada infundíbulo. Ela possui duas partes ou porções: uma anterior, a
adenohipófise, e outra posterior, a neurohipófise. A hipófise secreta oito hormônios
e, portanto, afeta quase todas as funções do corpo.
Adenohipófise

A parte anterior da hipófise é composta de tecido epitelial glandular e é altamente


vascular e constituída de células epiteliais de tamanho e forma variados, dispostas em
cordões ou folículos irregulares. Sintetiza e libera pelo menos oito hormônios
importantes:

• Somatotropina (STH), envolvida no controle do crescimento do corpo.

• Mamotropina (LTH), que estimula o crescimento e a secreção da mama


feminina.

• Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção de alguns hormônios


corticais da glândula supra-renal.

• Tirotropina (TSH), que estimula a atividade da glândula tireóide.

• Hormônio estimulador do folículo (FSH), que estimula o crescimento e a


secreção de estrógenos nos folículos ováricos e a espermatogênese nos
testículos.

• Hormônio das células intersticiais (ICSH), que ativa a secreção de andrógenos


através do testículo.

• Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de progesterona pelo corpo


lúteo.

• Hormônio estimulador de melanócitos (MSH), que aumenta a pigmentação


cutânea.

Neurohipófise

O lobo posterior da hipófise é uma evaginação descendente do assoalho do diencéfalo.


A porção posterior da hipófise é composta por tecido nervoso e, portanto, é chamada
de neurohipófise. Armazena dois hormônios:

• Vasopressina (ADH), Hormônio Antidiurético, que controla a absorção de água


através do túbulos renais;

• Ocitocina, que promove a contração do músculo liso do útero e da mama.

Os dois hormônios da neurohipófise são produzidos no hipotálamo, transportados no


interior do infundíbulo (haste hipofisária) e armazenados na glândula até serem
utilizados. Os impulsos nervosos para o hipotálamo estimulam a liberação dos
hormônios da neurohipófise.

Sistema Hipotálamo - Hipófise

A Hipófise é considerada por muitos autores como a de mais alta hierarquia no


sistema endócrino, consideração esta denominação muito certa se tivermos em conta
que suas secreções dirigem as funções de outras glândulas localizadas bastante
distantes dela. Não obstante, a Hipófise não tem funcionamento autônomo, pois
necessita de informações para secretar ou deixar de secretar seus hormônios, desta
função de informação se encarrega o Hipotálamo, que foi estudado, do ponto de vista
anatômico, no sistema Nervoso.

O Hipotálamo é uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do


tálamo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que
separa o tálamo. Trata-se de uma área muito pequena (4g) mas, apesar disso, o
hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais
importantes do sistema nervoso.

Isto significa que o Hipotálamo pertence ao Sistema Nervoso, enquanto que a Hipófise,
pertence ao Sistema Endócrino, o que infere que esta é a estrutura anatômica que
permite a comunicação morfo - funcional entre estes dois sistemas, a esta unidade
morfo - funcional lhe denomina Sistema Hipotálamo - Hipófise ou Eixo Hipotálamo -
Hipófise (H-H). Nos casos de estar envolvido este complexo H-H, as recepções do
SNC induzem a elaboração de uma resposta (recordar o ato reflito, neste caso por
receptores internos), esta resposta é efetuada diretamente pelo hipotálamo através da
secreção de substâncias que por via sangüínea ou nervosa, chegam à Hipófise, graças
à união vascular y nervosa que existe entre ambos órgãos; estas substâncias podem
inibir (substâncias inibitorias) ou estimular (substâncias de libertação) as secreções
da hipófise.

Além desta relação morfofuncional H-H, devemos considerar por uma parte que as
glândulas endócrinas são inervadas por fibras do SNA e, por outra parte, que as
secreções hormonais viajam através do sangue e atuam também sobre centros
nervosos. Estas são características que reforçam a relação funcional entre o SN e o
Endócrino.

À produção de substâncias hormonais por parte das células nervosas, lhe denomina
neuro-secreção.

A maneira de exemplo, podemos citar o processo fisiológico seguinte: o sódio


absorvido e os aniões que o acompanham, principalmente os iões cloreto, aumentam a
concentração osmótica do líquido extracelular em qualquer lugar do organismo,
provocando a secreção de hormônio antidiurético pelo sistema hipotálamo-hipófise
posterior, a que favorece então um aumento da reabsorção tubular de água. O
hipotálamo contém dois tipos de neurônios grandes que sintetizam ADH nos núcleos
supra-ópticos e paraventriculares, os que têm axões estendidos para a Neurohipófise.
Uma vez sintetizada a ADH, transporta-se pelos axões dos neurônios até seus
extremos, que terminam neste lóbulo da hipófise. A ADH liberada é transportada aos
capilares sangüíneos do lóbulo posterior da hipófise e à circulação sistêmica.

GLÂNDULA TIREÓIDE

A glândula tiroide (português europeu) ou tireóide (português brasileiro) (termo derivado da palavra
grega "escudo", devido ao seu formato) é a maiores glândulas endócrina do corpo do
aadulto. Ela é uma estrutura de dois lobos e produz hormônios, principalmente tiroxina
(T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa do metabolismo e afetam o aumento e a
taxa funcional de muitos outros sistemas do corpo. O iodo é um componente essencial
tanto do T3 quanto do T4. A tireoide também produz o hormônio calcitonina, que
possui um papel muito importante na homeostase do cálcio. O hipertireoidismo (tireoide
muito ativa) e hipotireoidismo (tireoide pouco ativa) são os problemas mais comuns da
glândula tireoide.

A glândula tireóide possui tom vermelho-acastanhado, cerca de 25g e é altamente


vascularizada. Está localizada na região ântero-inferior do pescoço, ântero-
lateralmente à traquéia e logo abaixo da laringe, posteriormente aos músculos esterno-
tiroideu e esterno-hioideu, no nível entre a quinta vértebra cervical e a primeira vértebra
torácica.

A tireóide possui dois lobos (direito e esquerdo) que são conectados entre si por uma
parte central denominada istmo da glândula tireóide. Cada lobo possui
aproximadamente 5cm de comprimento. A glândula está envolvida por uma cápsula
de tecido conjuntivo e contém dois tipos de células: as células foliculares, localizadas
nos folículos tireoideanos, e as células parafoliculares, localizadas entre os folículos.

Folículo Tireoideano: A glândula tireóidea é composta por muitas unidades secretoras


chamadas folículos. As células foliculares secretam e armazenam dois hormônios
tireoideanos:

• Triiodotironina (T3).

• Tetraiodotironina (T4 ou tiroxina).

Dos dois hormônios tireóideos, a T3 é provavelmente o estimulador principal do ritmo


metabólico da célula, com ação muito poderosa e imediata, enquanto a T4 é poderosa,
porém menos rápida.
As glândulas parafoliculares, compostas por células parafoliculares (ou células C)
secretam o hormônio seguinte:

• Calcitonina, que regula o metabolismo de cálcio, principalmente suprindo a


reabsorção óssea.

A tireoide foi identificada enquanto órgão pelo anatomista Thomas Wharton em 1656. A
tiroxina (T4) foi isolada no século XIX.

GLÂNDULAS PARATIREÓIDES

As glândulas paratireóides são pequenas estruturas ovóides ou lentiformes, marron-


amareladas, pesando cerca de 50g e está localizada entre as margens do lobo
posterior da glândula tireóide e sua cápsula. Geralmente existem quatro corpos
gladulares em total, duas de cada lado, superior e inferior.

As glândulas paratiroides são, tipicamente, quatro glândulas endócrinas que se


situam posteriormente à glândula tiroide e podem, por vezes, estar embebidas na
mesma. As quatro podem ser descritas como um par de paratiroides superiores e um
par de inferiores, atendendo à sua localização relativa. É também comum a presença
de mais do que quatro paratiroides, podendo existir seis ou mesmo oito. Estas
glândulas produzem paratormona ou hormônio paratiroideio (PTH), o principal
hormônio da regulação da concentração de cálcio no sangue.

As glândulas paratiroides são assim nomeadas devido à sua proximidade com a


glândula tiroide; contudo, exercem uma função independente da mesma. São glândulas
histologicamente distintas, possuindo maior densidade celular que a tiroide, a qual é
caracterizada por uma estrutura folicular. Já anatomicamente, torna-se difícil diferenciá-
las da tiroide e do tecido adiposo circundante, tarefa necessária aquando de uma
paratiroidectomia ou de uma tiroidectomia, por exemplo.

Cada glândula paratireóide possui uma fina cápsula de tecido conjuntivo com septos
intraglandulares, mas carecendo de lóbulos.

As glândulas paratireóides secretam o hormônio paratireóideo (PTH) que está


relacionado com o controle do nível e da distribuição de cálcio e fósforo. O PTH atua
em três órgãos-alvo: ossos, trato digestório (intestino) e rins e seu efeito geral é o
aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e a diminuição dos níveis plasmáticos de
fosfato.

GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS (ou ADRENAIS)

As glândulas supra-renais são pequenos corpos amarelados, achatados ântero-


posteriormente, estão localizadas na cavidade abdominal, ântero-superiores a cada
extremidade superior do rim, ao nível da 12ª vértebra torácica, e são irrigadas pelas
artérias suprarrenais. Circundadas por tecido conjuntivo contendo muita gordura
perinéfrica, são envolvidas pela fáscia renal, mas separadas dos rins por tecido fibroso.
Cada uma mede aproximadamente 50 mm verticalmente, 30 mm transversalmente e
10mm na dimensão antero-posterior, pesando cerca de 5g.

Uma glândula supra-renal seccionada revela um córtex externo, de cor amarela e


formando a massa principal, e uma fina medula vermelho-escuro, formando cerca de
10% da glândula. A medula é completamente envolvida pelo córtex, exceto no seu hilo.

Córtex Supra-renal

O córtex supra-renal é uma fina camada externa (periférica) e mostra três zonas
celulares: as zonas glomerulosa (mais externa), fasciculada (meia, mais grossa) e
reticulada (mais interna). O córtex secreta os hormônios chamados esteróides.

Zona Glomerulosa: Produzem aldosterona (mineralocorticóide), que tem função


importante na regulação do volume e da pressão do sangue, e na concentração do
equilíbrio eletrolítico do sangue. Em geral, a aldosterona retém o sódio e a água e
elimina potássio.

Zona Fasciculada: Produzem hormônios que mantêm o equilíbrio dos carboidratos,


proteínas e gorduras (glicocorticóides). O principal glicocorticóide é o cortisol.

Zona Reticulada: Podem produzir hormônios sexuais (sexocorticóides como


progesterona, estrógenos e andrógenos).

O córtex é essencial para a vida; a remoção completa é letal sem terapia de


substituição. Também exerce considerável controle sobre os linfócitos e tecido linfático.

Medula Supra-renal

A medula supra-renal, a parte interna da glândula, é considerada uma extensão da


parte simpática do sistema nervoso autônomo. É constituída de grupos e colunas de
células cromafins separados por largos sinusóides venosos. Pequenos grupos de
neurônios ocorrem na medula.

A medula da supra-renal secreta dois hormônios:

• Adrenalina (Epinefrina), que possui efeito acentuado sobre o metabolismo de


carboidratos.

• Noradrenalina (Norepinefrina), que produz aceleração do coração


vasoconstrição e pressão sanguínea elevada.
Esses hormônios são classificados como aminas e por estarem no grupo químico
chamado catecol, são denominados catecolaminas. Esses hormônios são produzidos
em situações de emergência e estresse, produzindo os seguintes efeitos (além dos
descritos acima):

 Conversão de glicogênio em glicose no fígado;

 Elevação do padrão metabólico da maioria das células;

 Dilatação dos brônquios.

PÂNCREAS

O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de extensão do sistema


digestivo e endócrino, é um órgão alongado que se localiza transversalmente na parte
superior do abdome, atrás do estômago e entre o duodeno e o baço. Ela é tanto
exócrina (secretando suco pancreático, que contém enzimas digestivas) quanto
endócrina (produzindo muitos hormônios importantes, como insulina, glucagon e
somatostatina). Divide-se em cabeça, corpo e cauda.

O pâncreas secreta dois hormônios importantes: a insulina e o glucagon (além disso,


produz a somatostatina, amilina e o polipéptido pancreático). As células que produzem
esses hormônios são denominadas ilhotas pancreáticas (ou do Langerhans) que
constituem sua porção endócrina. As ilhotas são constituídas de aglomerações
esferóides ou elipsóides de células, dispersas no tecido exócrino, juntamente com
células endócrinas esparsas, frequentemente solitárias. O pâncreas humano pode
conter mais de um milhão de ilhotas, geralmente mais numerosas na cauda as que
possuem dois tipos de células: os endocrinócitos alfa, que produzem glucagon e os
endocrinócitos beta que produzem insulina. Esses dois hormônios ajudam a
controlar os níveis de glicose no sangue. O efeito da insulina é baixar os níveis de
glicose enquanto que o glucagon aumenta esses níveis.

Ação da insulina: Diminui os níveis de glicose no sangue através de dois mecanismos:

 Aumenta o transporte de glicose do sangue para o interior das células.

 Estimula as células a queimar glicose como combustível. A insulina é o único


hormônio que diminui a glicose sanguínea.

Ação do glucagon: Aumenta a glicose sanguínea de duas maneiras:

 Estimulando a conversão de glicogênio em glicose no fígado.

 Estimulando a conversão de proteínas em glicose (gliconeogênese).


GÔNADAS (OVÁRIOS E TESTÍCULOS)

As gônadas são glândulas sexuais, que constituem nos ovários (mulheres) e


testículos (homens). Essas gônadas, além de produzirem os gametas (óvulos e
espermatozóides), também secretam hormônios, que serão descritos mais adiante.

Ovários: O ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa com aproximadamente


3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura, está situado por trás do
ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo se
coloca paralelamente a esta. Em virtude do 1/3 distal da tuba uterina normalmente
estar voltada para baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade
dirigida para cima e outra para baixo.

Para seu estudo tem duas margem, anterior e posterior, duas faces, lateral e medial e
duas extremidades, uma inferior que é chamada extremidade tubal e outra superior
ou extremidade uterina.

A margem medial prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o
nome de mesovário, e por isso é denominada de margem mesovárica, enquanto a
margem posterior é conhecida por margem livre. A margem mesóvarica representa o
hilo do ovário porquanto é por ele que entram e saem os vasos ováricos.

O ovário está fixado ao útero e à cavidade pelvina por meio de ligamentos, cujo
conjunto pode ser grosseiramente comparado aos cabos dos bondes aéreos, sendo o
bonde, o ovário; o segmento do cabo que liga à parede pelvina é denominado
ligamento suspensor do ovário e a porção do cabo que vai ter ao útero é o ligamento
do ovário.

O ligamento suspensor do ovário estende-se da fáscia do músculo psoas maior à


extremidade tubal do ovário, enquanto o ligamento próprio do ovário vai de sua
extremidade uterina à margem lateral do útero, logo abaixo da implantação da base da
tuba uterina.

Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e


progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo
lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno. Esses
hormônios transformam a menina em mulher.

Existem dois ovários localizados um de cada lado da cavidade pélvica.

Um ovário seccionado revela um córtex externo e uma medula. Na córtex se


localizam os folículos ováricos em diferentes fases de desenvolvimento e na zona
medular, vasos sangüíneos.
Os ovários produzem dois hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a
progesterona. O estrogênio se produz pelo folículo em desenvolvimento, próximo à
ovulação e a progesterona, pelo corpo lúteo (ou amarelo), que é a formação que fica do
folículo, depois da ovulação.

O corpo lúteo tem como principais funciones:

 Influi sobre a fixação do óvulo fecundado no útero.

 Rege a suspensão da ovulação durante a gravidez, ou de não haver gravidez,


intervém na apresentação da ovulação depois de sua metamorfose regressiva.

 Exerce uma ação estimulante sobre o desenvolvimento morfo-funcional das


glândulas mamárias, durante a gravidez.

Esses hormônios participam do desenvolvimento e do funcionamento dos órgãos


genitais femininos e da expressão das características sexuais femininas, sendo que
tais características desenvolvem-se principalmente em resposta ao estrógeno. Elas
incluem:

 Desenvolvimento das mamas.

 Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas.

 Distribuição de pêlos em áreas específicas do corpo.

 Maturação de órgãos genitais.

 Fechamento das cartilagens epifisiais dos ossos longos.

Tanto o estrógeno como a progesterona são controlados por hormônios de liberação no


hipotálamo, e pelas gonad otropinas da adenohipófise.

Testículos: São dois órgãos glandulares de forma ovalada, um pouco aplanados por
seus lados que se localizam em um divertículo do abdômen denominado escroto.
Apresenta para seu estudo duas faces, lateral e medial; duas margens, anterior e
posterior e duas extremidades ou pólos, superior e inferior. Geralmente o testículo
esquerdo se localiza mais descendido que o direito. consideram-se glândulas mistas, já
que além de sua secreção endócrina, representada pela testosterona, têm a função
exócrina de produzir as gametas masculinas (espermatozóides).

A função hormonal ocorre nas células do Leydig, que se localizam no espaço


intersticial e entre os tubos seminíferos, por isso também se denominam células
intersticiais do Leydig. A função exócrina, acontece nos túbulos seminíferos.
O principal hormônio secretado pelos testículos é a testosterona, um esteróide
produzido por suas células intersticiais. O estímulo para secreção da testosterona é o
hormônio luteinizante (LH), proveniente da adenohipófise.

A testosterona auxilia na maturação dos espermatozóides e é responsável pelas


características sexuais masculinas, tais como:

 Crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos.

 Crescimento musculoesquelético.

 Crescimento e distribuição dos pêlos.

 Aumento da laringe, acompanhado por alterações da voz.

A secreção da testosterona é controlada por hormônios de liberação produzidos no


hipotálamo, e pelos hormônios luteinizantes da adenohipófise.

TIMO

O timo possui determinadas funções secretoras hormonais e linfáticas (produzindo


linfócitos T). Esta glândula varia de tamanho e atividade, dependendo da idade, doença
e do estado fisiológico, mas permanece ativo mesmo na idade avançada. Ao
nascimento pesa cerca de 10 a 15g, crescendo até a puberdade, quando ele pesa de
30 a 40gm, ou seja, apresenta-se muito maior na criança do que no adulto, sendo que
após a puberdade, a glândula involui, ou se torna menor, sendo substituído por tecido
conjuntivo a adiposo. No início da vida, ele é de cor cinza-rózeo, mole e finamente
lobulado, constituído em dois lobos piramidais iguais, unidos por tecido conectivo
frouxo. Após a meia idade, o timo torna-se amarelado devido à sua gradual substituição
por tecido adiposo.

O timo situa-se na parte superior da cavidade torácica, posteriormente ao esterno e das


quatro cartilagens costais superiores, inferiormente à glândula tireóide. E anteriormente
ao pericárdio, arco da aorta e seus ramos. Sendo mais preciso, o timo localiza-se nos
mediastinos superior e inferior anterior, estendendo-se inferiormente até a quarta
cartilagem costal, com suas partes superiores afilando-se em direção ao pescoço e,
algumas vezes, alcançando os pólos inferiores da glândula tireóide.

O timo tem a função de produzir diversas substâncias (inclusive hormônios) que


regulam a produção de linfócitos, a diferenciação e as atividades no timo. Essas
substâncias incluem quatro polipeptídeos principais quimicamente bem distribuídos:
timulina, timopoetina, timosina alfa I e timosina beta IV.

A timulina é produzida dentro do timo e precisa da presença de zinco para a atividade


funcional (reage exclusivamente com as células T). A timopoetina intensifica diversas
funções da célula T. A timulina e a timopoetina agem sistematicamente para dar
regulação imune perfeitamente ajustadas das células T, auxiliando a manutenção do
equilíbrio entre as atividades de seus diferentes subconjuntos. As atividades da
timosina alfa I e beta IV não são bem claras. Sabe-se que as timosinas promovem
maturação dos linfócitos no interior do timo e também estimulam o desenvolvimento e a
atividade dos linfócitos no desempenho de suas funções linfáticas por todo corpo.

CORPO PINEAL (GLÂNDULA PINEAL ou EPÍFISE)

O corpo pineal ou epífise é um pequeno órgão piriforme, cinza-avermelhado, que


ocupa uma depressão entre os colículos superiores. Está inferiormente ao esplênio do
corpo caloso, separado deste pela tela corióidea do terceiro ventrículo. O corpo mede
aproximadamente 8 mm de comprimento. Sua base está presa por um pedúnculo que
se divide em lâminas inferior e superior, separadas pelo recesso pineal do terceiro
ventrículo, contendo, respectivamente, as comissuras epitalâmicas e da habênula.

O corpo pineal é mais volumoso durante a infância e, no caso das mulheres, também é
mais desenvolvido que nos homens. Esta glândula contém cordões e folículos de
pinealócitos e células da neuroglia entre as quais se ramificam muitos vasos
sangüíneos e nervos. Septos se estendem até o corpo a partir da pia-máter adjacente.

A epífise modifica a atividade da adenohipófise, neurohipófise, pâncreas endócrino,


paratireóides, córtex e medula da glândula supra-renal e gônadas. As secreções
pineais podem alcançar suas células-alvo via líquido cérebro-espinal ou através da
corrente sangüínea.

A glândula pineal secreta a melatonina, um hormônio que altera o ciclo reprodutivo,


influenciando a secreção de hormônios de liberação do hipotálamo. Acredita-se
também que a melatonina esteja relacionada com ciclo sono-vigília, possuindo um
efeito tranqüilizante. Ela tem sido chamada de relógio biológico do corpo, controlando a
maioria dos biorritmos.

You might also like