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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


PEDAGOGIA

JOSÉ DARCI FERREIRA

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Paragominas
2018
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JOSÉ DARCI FERREIRA

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras


Unopar, como requisito parcial para a obtenção do título
em Pedagogia.

Tutora de Sala: Merciana Ednelma Ventorin Ceretta

Tutora Eletrônica: Cinthia Goncalves Maziero

Paragominas
2018
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FERREIRA, José Darci. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA


EDUCAÇÃO INFANTIL, 2018. 23 Páginas. Projeto de Ensino do Curso Pedagogia –
, Universidade Pitágoras Unopar, Paragominas, 2018.

RESUMO
Este artigo faz uma reflexão sobre o tema “a importância do lúdico na
aprendizagem da educação infantil”. Objetivou-se com esta pesquisa, demonstrar os
benefícios do uso do lúdico como instrumento de aprendizagem, bem como, identificar
sua contribuição no aprendizado do aluno. Adotou-se o método descritivo e
interpretativo de estudo junto a alguns autores acerca da temática em questão e suas
contribuições relevantes para tal tema e suas análises pessoais, bem como a visão
de gestores, educadores e pais acerca de tal tema. Verificou-se que para haver uma
boa aprendizagem, faz-se necessário o uso de instrumentos lúdicos como material de
suporte prático na educação infantil. Conclui-se que conhecer e utilizar o lúdico como
instrumento de aprendizagem junto a criança é de suma importância para se
desempenhar um trabalho de excelência, bem como proporcionar aos envolvidos no
processo, um ambiente educacional prazeroso. Os estudos desenvolvidos pelos
autores pesquisados explicam todo esse processo de descobertas e apropriação de
conhecimentos acerca da temática. Daí a importância da pesquisa.
É importante perceber e incentivar a capacidade criadora das
crianças, pois esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do
mundo, na perspectiva da lógica infantil. Portanto, para realizar este trabalho,
utilizamos a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros,
artigos, revistas e sites, bem como pesquisa de grandes autores referente a este tema.
Compreende-se que a brincadeira faz parte da vivencia infantil, no entanto o que se
pretende destacar é o desenvolvimento intelectual cognitivo que acontece com as
crianças quando as mesmas brincam, e que as brincadeiras são de extrema
importância na escola, pois o professor utilizando-se desse recurso poderá
desenvolver em seus alunos o conhecimento de mundo, socialização e a estimulação
dos seus reflexos motores.

Palavras – Chave: Ed. Infantil, Lúdico, Aprendizagem.


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SUMÁRIO

1. Introdução....................................................................................................5
2 Revisão Bibliográfica ..................................................................................7
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino..............................15
3.1Tema e linha de pesquisa..........................................................................15
3.2 Justificativa................................................................................................16
3.3 Problematização........................................................................................16
3.4 Objetivos....................................................................................................16
3.5 Conteúdos.................................................................................................16
3.6 Processo de desenvolvimento.................................................................17
3.7 Tempo para a realização do projeto.........................................................17
3.8 Recursos humanos e materiais................................................................17
3.9 Avaliação....................................................................................................18
4 Considerações Finais...................................................................................19
5 Referências....................................................................................................20
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INTRODUÇÃO

O presente artigo procura conceituar o lúdico, bem como, demonstrar


sua importância no desenvolvimento infantil e sua utilização dentro da educação como
uma metodologia que possibilita mais vida, prazer e significado ao processo de ensino
e aprendizagem, no qual a criança se torna um sujeito ativo e estimulado a
compreender sua própria vivência social.
Trabalhar o Lúdico na Educação Infantil, é um desafio a mais dentro
do amplo campo do conhecimento ao qual os alunos são submetidos no decorrer de
sua vida escolar. O papel da educação escolar é formar pessoas criativas e
consequentemente críticas, que em seu cotidiano, criem, inventem, descubram, que
sejam capazes de construir conhecimentos. Não se propondo a aceitar simplesmente
o que os outros já fizeram, pensam ou oferecem como verdade absoluta. Daí a
importância de se ter em sala de aula, alunos que sejam ativos, que aprendem a
investigar e descobrir, desenvolvendo assim, atitudes mais de iniciativas do que de
expectativas.
Manter a atenção dos alunos sem perder o foco da aprendizagem
atualmente é um desafio imenso, pois estamos ladeados por mídias e uma
diversidade de recursos tecnológicos os quais exigem do professor uma reflexão mais
afundo de sua prática.
A infância é considerada a idade das brincadeiras. Acreditamos que
por meio delas a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e
desejos particulares, sendo estas um meio privilegiado de inserção na realidade, pois
expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói
o mundo. Destacamos o lúdico como umas das maneiras mais eficazes de envolver o
aluno nas atividades, pois a brincadeira é algo inerente na criança, é sua forma de
trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca.
Um dos grandes problemas da educação nos dias atuais, senão o
maior de todos, é promover um aprendizado prazeroso e que estimule o educando a
estudar mais e mais. Nossos estudantes vivem um momento de busca por afirmação
no mercado de trabalho bem como, na sua própria vida social, porém, sua formação
educacional esbarra em inúmeros elementos que tornam tal afirmação um tanto
quanto demorada. Dentre os quais podemos citar: escolas sucateadas, professores
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desestimulados, conteúdos desatualizados, etc.


A educação de modo geral necessita de um olhar especial, uma nova
roupagem, na qual o aluno seja realmente o sujeito mais interessado e interessante
do processo. Caso contrário estaremos sujeitos ao ócio e propensos a manter uma
sociedade inoperante e desacreditada na escola como instituição formadora.
A educação infantil não se difere muito dos outros ciclos educacionais,
encontramos escolas sem as mínimas condições de ofertar uma educação digna as
crianças ou mesmo um ambiente acolhedor que propicie um aprendizado íntegro e
mínimo. Nossos professores tendo que se desenrolar para oferecer as crianças um
aprendizado que vise um desenvolvimento social mais igualitário, porém, esbarram
em inúmeros empecilhos como falta de material didático, espaço adequado para as
atividades e um dos grandes vilões, alimentação adequada para a idade e o nível
educacional.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para iniciarmos o seguinte estudo buscam-se as contribuições de


Piaget (1973), onde o mesmo se verifica o desenvolvimento humano que se realiza
através de estágio, de fases, na mesma ordem para todos os indivíduos que possuem
o mesmo desenvolvimento normal, e passam por essas fases, podendo até mesmo
variar as idades.
A educação infantil no contexto político nacional. No Brasil, as lutas
em torno da Constituinte de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e as discussões em torno da atuação
do Ministério da Educação nos anos de 1990 são parte de uma história coletiva de
intelectuais, militantes e movimentos sociais. (KRAMER, 2006)
Nos anos de 1970, as políticas educacionais voltadas à educação de
crianças de 0 a 6 anos defendiam a educação compensatória com vistas à
compensação de carências culturais, deficiências linguísticas e defasagens afetivas
das crianças provenientes das camadas populares. Influenciados por orientações de
agências internacionais e por programas desenvolvidos nos Estados Unidos e na
Europa, documentos oficiais do MEC e pareceres do então Conselho Federal de
Educação defendiam a ideia de que a pré-escola poderia, por antecipação, salvar a
escola dos problemas relativos ao fracasso escolar. (KRAMER, 2006)
Como aponta Rosenberg: “A proposta do MEC de 1975, com alguns
ajustes periféricos, tornou-se o modelo nacional de atenção ao pré-escolar até, pelo
menos, a Nova República (...) Apesar da sua força de persuasão discursiva, foi
praticamente nulo seu impacto de fato no sistema educacional” (KRAMER, 2006 apud
1992a, p. 26). Entretanto, o próprio debate crítico em torno destas questões motivou
a busca de alternativas para as crianças brasileiras.
Para Kishimoto (2003, p.7) jogo, brincadeira e brinquedo possuem
significados distintos. Portanto, brinquedo é entendido como instrumento, suporte de
brincadeira, brincadeira como uma descrição de uma conduta estruturada com regras
e o jogo designa tanto o objeto, como as regras da ação da brincadeira. Sendo assim,
torna-se necessário considerar o lúdico por todas essas vertentes, jogo, brincadeira,
representação e brinquedo, entendendo assim estes não como componentes distintos
da atividade lúdica, mas sim como peças de um quebra-cabeça que configuram a
ludicidade na educação. Nessa perspectiva Schiller (apud Chateau, 1987, p.11) afirma
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que o “homem só é completo quando brinca”, ou seja, a brincadeira é peça


fundamental na construção da identidade da criança enquanto sujeito. FroebeL (apud
Kishimoto, 2008, p.68) configura o brincar como a fase mais importante da infância,
onde a criança por meio desta atividade desenvolve uma representação auto-ativa do
interno, atendendo assim a necessidades e impulsos internos. Para a criança, brincar,
é sinal vital, é sinônimo de vida ativa, sendo assim é possível considerar esta atividade
como meio da criança dominar conflitos e experiências cotidianas. Compreender a
importância do brincar envolve o entendimento sobre o porquê a criança brinca e quais
as necessidades e aspectos que envolvem essa atividade lúdica.
No que se refere ao desenvolvimento infantil brincar oferece
contribuição em vários aspectos e a falta desta atividade pode ocasionar graves
consequências para o futuro da criança em desenvolvimento.
Teles (1997, p.13) apresenta algumas consequências em torno da
falta do brincar na infância que leva a criança a desenvolver determinadas posturas
como: a falsidade; a dissimulação; a agressividade; o desajustamento sexual; vícios;
neuroses; falta de iniciativa; isolamento; timidez; preguiça ou lentidão; falta de
criatividade. Portanto, é necessário que se promovam condições para que o brincar
aconteça na vida da criança, sem que esta atividade seja tomada como algo inútil ou
“não-produtivo” perante a sociedade. O brincar precisa ser uma pratica reconhecida
por pais e professores, pois o reconhecimento da relevância deste na vida do infantil
é condição essencial para o desenvolvimento da criança criativa, de sua autoestima
positiva, e da criança segura e equilibrada.
[...] a criança desenvolve o que ele chama de esquemas
circulares, pois o bebê, ao descobrir sua capacidade, volta a
repetir sempre o movimento. No primeiro mês, ele apenas
exerce os reflexos; de 1 a 4 meses, coordena os reflexos e
reações; de 4 a 8 meses, repete, intencionalmente, as reações
que produzem resultados interessantes; de 8 a 12 meses,
distingue os meios dos fins; de 12 a 18 meses, faz
experimentação ativa; de 18 a 2 anos, adquire a capacidade de
reagir e pensar sobre objetos e acontecimentos que não são
imediatamente observáveis. (Jean Piaget, 2005, p. 25)
Retrata que os jogos não são apenas uma forma de entretenimento
para gastar a energia das crianças, mas meios que enriquecem o desenvolvimento
intelectual.” Dessa forma, a ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser
humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço
para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o
exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos. Assim,
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o lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando


estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade.
Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias,
estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o
crescimento físico e desenvolvimento e, por meio dele vai se socializando com as
demais crianças. Com isso, pode-se ressaltar que a educação lúdica esteve presente
várias épocas, povos e contextos e forma hoje uma vasta rede de conhecimento no
campo da Educação.
De acordo com Gomes (2004, p.47), a ludicidade é uma dimensão da
linguagem humana, que possibilita a “expressão do sujeito criador que se torna capaz
de dar significado à sua existência, ressignificar e transformar o mundo”. E mais na
frente conclui: “Dessa forma, a ludicidade é uma possibilidade e uma capacidade de
se brincar com a realidade, ressignificando o mundo” (GOMES, 2004, p. 145). Ainda
falando do lúdico, Gomes nos dá a chave para estabelecer a premissa básica de
nossa abordagem quando escreve:
Como expressão de significados que tem o brincar como
referência, o lúdico representa uma oportunidade de organizar a
vivência e elaborar valores, os quais se comprometem com
determinado projeto de sociedade. Pode contribuir, por um lado,
com a alienação das pessoas: reforçando estereótipos,
instigando discriminações, incitando a evasão da realidade,
estimulando a passividade, o conformismo e o consumismo; por
outro, o lúdico pode colaborar com a emancipação dos sujeitos,
por meio do diálogo, da reflexão crítica, da construção coletiva e
da contestação e resistência à ordem social injusta e excludente
que impera em nossa realidade. (GOMES, 2004, p. 146)
Portanto, sabe-se que a ludicidade é uma necessidade em qualquer
idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto
lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora
para uma boa saúde mental, prepara um estado interior fértil, facilita a comunicação,
expressão e construção do conhecimento. Assim, a prática lúdica entendida como
Ato de brincar das crianças permite um mergulho na sua trajetória ao
longo dos tempos, acumulando informações. A esse respeito, Santos (2008)
menciona que este processo cíclico, retratado em cada ação e em cada jogo, permite
conhecer um pouco da evolução. Portanto, entender o brincar das crianças no cenário
das civilizações é conhecer um pouco da cultura. Com isso, a Educação pela vida da
ludicidade propõe-se a uma nova postura existencial cujo paradigma é um novo
sistema de aprender brincando, inspirando numa concepção de educação para além
da instrução. Para que isso aconteça é preciso que os profissionais da educação
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reconhecem o real significado do lúdico para aplica-lo adequadamente, estabelecendo


a relação entre o brincar e o aprender.
Para Freire (1996, p.60, grifo do autor) [...]” presença no mundo não
é a de quem ele se adapta, mas a de quem ele se insere. É a posição de quem luta
para não ser apenas objeto, mas sujeito da história.” O educador ao utilizar jogos e
brincadeiras em seu processo de ensino estará utilizando ferramentas capazes de
ajudar a desenvolver a coordenação motora, imaginação, desenvolver e senso crítico
do aluno e conquistando assim a sua autonomia.
O ato de brincar na Educação Infantil tem papel fundamental no
desenvolvimento da criança, e embora predomine na maioria das situações o prazer,
há casos em que o desprazer é o elemento que o caracteriza. No jogo ela aprende a
aceitar as regras, esperar a sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações e elevar
o nível de motivação. Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis:
“jogo de exercício, jogo simbólico, jogo de construção, jogo de regra”. Cabe ao
professor garantir o espaço, o tempo e as condições para que as brincadeiras
aconteçam na escola em sua essência, tendo sempre uma finalidade e um objetivo
especifico. Devemos ter flexibilidade para dar liberdade a criança para ela mudar o
rumo da atividade lúdica. Quando nascida a proposta o educador deve ter atenção
redobrada com os alunos que nunca participam, ficando sempre de fora de tudo;
porém não devem ser forçados a participar. Se a escola não atua positivamente
garantindo o desenvolvimento das habilidades através das brincadeiras, ela age
negativamente, impedindo que esta aconteça. Considerando que a brincadeira deva
ocupar um espaço central na educação, o educador torna-se então peça chave neste
quebra-cabeça. Contudo brincar na escola é diferente de brincar em casa, na rua, no
play, em parquinhos ou em outros lugares. Na escola não há como esperar o
desenvolvimento da criança quanto indivíduo e a construção do conhecimento.
A essência da função lúdica referenciada no jogar é uma grande
propulsora da diversão, da aprendizagem, do prazer e até mesmo segundo Vygotsky
(1998), do desprazer, digo isto pela medida que se processa algumas atividades em
trazer atividades em trazer desconfortos que não são encarados de forma tão
prazerosas, sendo considerado por muitos como algo não divertido. Se tratarmos o
divertimento como zombarias, então a atividade jamais será lúdica, pois, estes dois
termos não possuem o mesmo significado. O divertimento não está caracterizado por
agressão e intolerância, desqualificação e exclusão, não sendo consideradas
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atividades lúdicas aquelas que expõem os seus participantes ao ridículo ou objeto de


piadas, só podendo dar qualificação a atividade de lúdica ou não lúdica a depender
da experiência de quem dela participa.
Piaget (1978, p. 119) trata dos jogos infantis como meio pelo qual as
crianças começam a interagir consigo mesmas e com o mundo externo, e chega a
afirmar que “tudo é jogo durante os primeiros meses de existência, à parte algumas
exceções, apenas, como a nutrição ou certas emoções como medo e a cólera.”
Do nascimento até cerca de dois anos, as crianças estão na fase
sensório motora, de acordo com Piaget (1978, p.120), o que prevalece são os jogos
de exercício que se constituem como exercícios adaptativos, onde a criança explora
o mundo para conhecê-lo e para desenvolver seu próprio corpo e depois de ter
aprendido ela começa a fazê-los por puro prazer. Esse período se caracteriza pelo
desenvolvimento pelas ações, nele existe uma inteligência prática e um esforço de
compreensão das situações através das percepções e do movimento. Quando ela
refaz por prazer tem início às primeiras manifestações lúdicas, de forma que ele chega
a dizer que “por outras palavras, um esquema jamais é por si mesmo lúdico, ou não-
lúdico, e o seu caráter de jogo só provém do contexto ou do funcionamento atual”.
Para Antunes (2004, p.31), “brincando a criança desenvolve a
imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, na medida em que assume
múltiplos aspectos, fecunda competências cognitivas e interativas”. Nesse sentido,
quando a criança brinca, ela está exercitando aquilo que vivencia na sua realidade, se
vive num ambiente acolhedor, com carinho, ela retratará isso nas brincadeiras, se vive
em um ambiente de confusão, de conflitos, essas ações também serão vivenciadas
em suas brincadeiras.
Segundo Vygotsky (1994), a aprendizagem precede o
desenvolvimento. Nesse sentido, precisa compreender que a criança sempre está
aprendendo, antes de desenvolver suas habilidades e capacidades, e nesse processo
de construção do conhecimento ela vai desenvolvendo o que vai aprendendo.
A educação lúdica sempre esteve presente em todas as épocas entre
os povos e estudiosos, sendo de grande importância no desenvolvimento do ser
humano na educação infantil e na sociedade. Os jogos e brinquedos sempre
estiveram presentes no ser humano desde a antiguidade, mas nos dias de hoje a visão
sobre o lúdico é diferente. Implicam-se o seu uso em diferentes estratégias em torno
da pratica no cotidiano.
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Brincando, a criança vai construindo os alicerces da compreensão e


utilização de sistemas simbólicos como a escrita, assim como da capacidade e
habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança no
outro. Esse processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a
brincar com a própria mãozinha e, mais adiante, com a mãe. Assim como aos poucos
vai coordenando, agilizando e dotando seus gestos de intenção e precisão
progressivas, vai aprendendo a interagir com os outros, inclusive com seus pares,
crescendo em autonomia e sociabilidade.

Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado de prazer, o


que leva à descontração e, consequentemente, ao surgimento de novas ideias
criativas que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes
e inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida.

Diante disto, a escola precisa se dar conta que através do lúdico as


crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo. O lúdico deve
ser considerado como parte integrante da vida do homem não só no aspecto de
divertimento ou como forma de descarregar tensões, mas também como uma forma
de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na realidade social.

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará


garantindo se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não
tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação
lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para
levar isso adiante (ALMEIDA, 2000, p.63)

Por meio de uma brincadeira de criança, pode-se compreender como


ela vê e constrói o mundo o que ela gostaria que ele fosse quais as suas preocupações
e que problemas a estão assediando. Pela brincadeira, ela expressa o que tem
dificuldade de traduzir em palavras. Nenhuma criança brinca espontaneamente só
para passar o tempo, embora ela e os adultos que a observam possam pensar assim.
Mesmo quando participa de uma brincadeira, em parte para preencher momentos
vagos, sua escolha é motivada por processos internos, desejos, problemas,
ansiedades. O que se passa na mente da criança determina suas atividades lúdicas;
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brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo que não a
entendemos.

No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima


de seu comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças
manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade. Nesse
sentido, a aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a
aprendizagem desperta vários processos internos de desenvolvimento. Deste ponto
de vista, aprendizagem não é desenvolvimento; entretanto o aprendizado
adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento
vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de
acontecer (VYGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 132).

NEGRINE (1994:20), em estudos realizados sobre aprendizagem e


desenvolvimento infantil, afirma que “quando a criança chega á escola, traz consigo
toda uma pré-história, construída a partir das suas vivências, grande parte delas
através da atividade lúdica”. Segundo esse autor, é fundamental que os professores
tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com ambiente
familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica. Entendemos, a partir
dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como
princípio norteador das atividades didático pedagógicas, possibilitando ás
manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação
que as crianças com o mundo.

Porém essa perspectiva não é tão fácil de ser adotada na prática,


podemos nos perguntar: como colocar em prática uma proposta de educação infantil
em que as crianças desenvolvam, construam/adquiram conhecimentos e se tornem
autônomas e cooperativas? Como os professores favorecerão a construção de
conhecimentos se não forem desafiadas a construírem os seus? O caminho que
parece possível implica pensar a formação permanente dos profissionais que nela
atuam.
É preciso que os profissionais de Educação Infantil
tenham acesso ao conhecimento produzido na área da
Educação Infantil e da cultura em geral, para repensarem
sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e
atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento.
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E para que possam, mais do que ‘implantar” currículos ou”


aplicar” propostas á realidade da creche/pré-escola em
que atuam, efetivamente participar da sua concepção,
construção e consolidação. (KRAMER apud
MEC/SEF/COEDI, 1996. P.19).

A criança de Educação Infantil é um ser humano como todos, que faz


parte de uma organização familiar e está inserido na sociedade, um sujeito social, com
uma história e uma cultura. A criança tem um jeito muito particular e especial de
mostrar como pensa e sente do mundo que está a sua volta, e é por meio das
brincadeiras que relevam suas condições de vida, anseios e desejos.
No processo de construção do conhecimento, as crianças
se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a
capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses
originais sobre aquilo que querem desvendar. Nessas
perspectivas as crianças constroem o conhecimento a
partir das interações que estabelecem com as outras
pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento
não se constitui em uma cópia da realidade, mas sim, fruto
de um intenso trabalho de criação, significação e
ressignificação. (RCN’S VOL I, 1998, p.21 e 22).
As crianças precisam realizar a exploração do ambiente, brincando,
se expressando e aflorando suas emoções, sentimentos, pensamentos e desejos,
assim a criança, irá utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e
escrita), compreendendo e sendo compreendida no processo de construção de
significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva. Hoje com a
evolução das civilizações, das grandes cidades, da mudança de hábitos, o brincar
sofreu várias mudanças. Houve redução de espaço físico, não há segurança para as
crianças brincarem, o ritmo da vida moderna diminuiu o tempo para as atividades
lúdicas e as tecnologias desestimulam as brincadeiras com o brinquedo em si.
Segundo Velasco (1996, p.43)
O brincar irá propiciar um crescimento saudável a criança. A criança
que brinca vive sua infância na essência e torna-se um adulto mais equilibrado tanto
físico quanto emocionalmente, suportará as pressões da idade adulta com maior
criatividade para resolver os problemas que venham a surgir. Já a criança que é
privada dessa atividade, por qualquer motivo, terá marcas profundas da falta desta
vivência. Ao realizar brincadeira, a criança se torna um ser criativo, responsável e
trabalhador, são lições que ela aprende sozinha e que ninguém poderá ensiná-la.
Essas lições são retomadas na sua vida adulta frente a diferentes situações tendo o
discernimento para resolvê-las. Para que as crianças exercitem sua capacidade de
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criar é necessário que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhe são
oferecidas, sejam elas em casa ou na escola, voltadas a brincadeira ou a
aprendizagem. Segundo RCN’S (1998, p. 27):
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um
vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar “ se a
brincadeira é uma ação que ocorre no plano da
imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o
domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é
preciso haver consciência da diferença existente entre a
brincadeira e a realidade imediata que lhe ofereceu o
conteúdo a realiza-se. Neste sentido, para brincar é
preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata
de tal forma a atribuir-lhe novos significados. Essa
peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da
articulação entre a imaginação e imitação transformada,
no plano das emoções e das ideias, de uma realidade
anteriormente vivenciada.
Pelo ato de brincar, a criança pode desenvolver a confiança em si
mesma, sua imaginação, a autoestima, o autocontrole, a cooperação e a criatividade,
o brinquedo revela o seu mundo interior e leva ao aprender fazendo. A escola que
respeitar este conhecimento de mundo prévio da criança e compreender o processo
pelo qual a criança passa até alfabetizar-se, propiciando-lhe enfrentar e entender com
maior tranquilidade e sabor os primeiros anos escolares poderá ser considerado um
verdadeiro ambiente de aprendizagem.

3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

3.1Tema e linha de pesquisa

No século XV, a criança era vista como um adulto em miniatura,


ficando assim a infância roubada ou perdida, mas através deste estudo, somos
inclinados á dirigir nosso olhar para a criança em suas brincadeiras, afirmando que no
espaço escolar, também se aprende brincando através do lúdico, e não somente
segurando lápis e papel na mão. Para caminharmos no processo que garante a
transformação da criança, contamos com o olhar especial dos educadores no
desenvolvimento da criança, frente o que é pertinente a cada faixa etária.
A ideia é importante e possui grande relevância, pois se compreende
que as brincadeiras fazem parte da infância e cabe ao professor desenvolver
estratégias para a aprendizagem dos conteúdos onde os seus alunos aprendam com
prazer e satisfação, as brincadeiras promovem alegria. O tema está relacionado aos
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eixos estudados nas disciplinas durante o curso de pedagogia, dessa maneira


podemos compreender que os profissionais da área da educação precisam dos
conhecimentos adquiridos.
3.2 Justificativa
O motivo pelo qual escolhi o tema encontra-se ao apresso que tenho
por trabalhar com crianças pequenas e também por compreender que os jogos e
brincadeiras devem ser explorados por todos os professores, pois estamos em uma
época onde o construtivismo faz parte da realidade educacional, embora muitos
professores ainda não trabalhem tais realidades vivenciando o tradicionalismo.
3.3 Problematização
Este estudo apresenta uma reflexão sobre a importância dos jogos e
brincadeiras para o desenvolvimento integral das crianças na Educação Infantil, com
base nessas observações, os problemas de pesquisa são:
 Os Educadores atendem os alunos da Educação Infantil e conhecem a
importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da
aprendizagem na Educação Infantil.
 E as crianças que chegam a escola estão sendo estimuladas, nos seus
desenvolvimentos integrais através do lúdico?
3.4 Objetivos
Promover a defesa do direito da criança de brincar;
Incentivar o brincar que dá oportunidade à criança de escolher livremente o como e
com quem quer brincar;
Criar oportunidades para o resgate de brinquedos e brincadeiras característicos das
diferentes regiões do país;
Proporcionar momentos agradáveis e de prazer;
Criar laços de amizade;
Desenvolver a sensibilidade, o raciocínio lógico, a expressão corporal, a capacidade
de concentração, a memória, a inteligência, o cuidado, o capricho e a criatividade;
Estimular o trabalho em grupo;
3.5 Conteúdos
Contexto Histórico da Ludicidade. Será de início apresentado
como surgiu à ideia da utilização do lúdico como forma de aprendizagem, mostrando
que os jogos, embora sempre presentes nas atividades sócio educacionais, não eram
visto como recursos pedagógicos capaz de promover a aprendizagem, mas tendo com
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foco apenas as atividades recreativas.


A importância do lúdico no cenário da Educação Infantil; a ideia
é esclarecer e tornar claro a importância da ferramenta lúdica no cenário da Educação
Infantil e mostrar que através dele a criança vem desenvolver habilidades para sua
aprendizagem. O projeto mostrará que será necessário que o educador direcione toda
a atividade e estabeleça objetivos fazendo com que as brincadeiras em sala de aula
tenham um caráter pedagógico e não apenas uma brincadeira.

3.6 Processos de desenvolvimento


Utilizar alfabeto móvel para desenvolver a alfabetização, bingo das
letras, figuras e palavras, fazendo assim associações.
Bingo das Letras - As cartelas devem conter letras variadas. Algumas
podem conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e outras, letras
dos dois tipos, misturadas.
Bingo de palavras - as cartelas devem conter palavras variadas.
Algumas podem conter só palavras do tipo bastão; as outras, somente cursivas; e
outras, letras dos dois tipos.
Bingo de iniciais - a profª deve eleger uma palavra iniciada por cada
letra do alfabeto e distribuí-las, aleatoriamente, entre as cartelas. (+/- 6 palavras por
cartela). A profª sorteia a letra e o aluno assinala a palavra sorteada por ela.
Bingo de letras variadas - as cartelas devem conter letras variadas. A
profª dita palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a inicial da palavra
ditada.
Utilizar DADO com letras e números para promover atividades lúdicas
como a amarelinha das letras.
Quebra-cabeças com figuras e palavras, para o reconhecimento de
palavras e letras, CD com a música do alfabeto.
3.7 Tempo para a realização do projeto
O projeto tem a finalidade de reuniões bimestrais com duração de 12
meses levando em consideração que o seu caráter é formativo e deverá reunir
educares para sua formação com o intuito de tornar suas aulas mais atrativas e
lúdicas.
3.8 Recursos humanos e materiais
O interesse dos educadores em sua formação é primordial no sucesso
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do projeto, e será de suma importância a utilização de recursos onde colaborem com


a formação e o desenvolver do projeto, como utilização de vídeos, slides, pesquisas,
músicas, etc.
3.9 Avaliação
Será a observação dos níveis de aprendizagem dos alunos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo, procuramos mostrar a importância da atividade lúdica no


desenvolvimento educacional da criança. A ludicidade é de extrema relevância para
o crescimento integral dos pequenos. É importante que o educador “coloque para fora”
a criança que há dentro de si, assim ele poderá sentir prazer no brincar juntamente
com suas crianças. O lúdico fornece à criança um desenvolvimento sadio e
harmonioso. Ao brincar, a criança aumenta sua autoestima e independência; estimula
sua sensibilidade visual e auditiva.
Ao término do presente estudo, conclui que o lúdico deve ser aplicado
como um agente facilitado do desenvolvimento da criança assim pôde perceber em
minhas analises que o desenvolvimento ocorre com maior facilidade se houverem
incentivos externos que podem ser ofertados pelo professor como um instrumento de
aprendizagem.
Conclui-se que a brincadeira estimula a criança a desenvolver a
atenção, a memória, a autonomia, a capacidade de resolver problemas, se socializar,
desperta
a curiosidade e a imaginação, de maneira prazerosa e como
participante ativo do seu processo de aprendizagem, ajuda a criança no
desenvolvimento físico, emocional, social, intelectual, a relacionar ideias, diminui a
agressividade, uma vez que ela estará aprendendo a obedecer a regras e conviver
com o coletivo.
Este trabalho foi de grande valia para minha formação como pessoa
e como futura pedagoga, pois me proporcionou o interesse de sempre em oferecer
aulas dinâmicas e divertidas, com a utilização de jogos educativos e brincadeiras.
A ação do professor de educação infantil como mediador das relações
entre crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a
criação gradativamente, desenvolver capacidades ligadas à tomadas de decisões à
construção de regras à cooperação. Por meio da música, e dos jogos pedagógicos a
criança aprende a se descobrir a descobrir as suas habilidades através do mundo
sonoro da expressão corporal descobre a sua individualidade e o meio social na sua
totalidade, com a participação dos educadores essas crianças buscam adequar os
seus hábitos e costumes, desenvolvendo uma melhor capacidade interagir,
coletivamente expressando seus diferentes modos e até mesmo as individualidades.
20

5 REFERÊNCIAS
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http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/sistema-educacional/creche . Acesso em 10
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