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Educação
para Jovens e
Adultos
PORTUGUÊS
ENSINO
MÉDIO
PORTUGUÊS
ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS 14
ESTRUTURA E FORMAÇÃO 17
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 19
CLASSE GRAMATICAL 22
NÚMERO (SINGULAR E PLURAL) 25
ADJETIVO 28
ARTIGO 32
NUMERAL 34
PRONOME 37
VERBO 44
LOCUÇÃO VERBAL 45
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 48
FORMAÇÃO DO PRESENTE DO SUBJUNTIVO E DO IMPERATIVO 49
ADVÉRBIO 51
PREPOSIÇÃO 53
CONJUNÇÃO 55
INTERJEIÇÃO 58
Módulo II
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 59
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 65
TERMOS ACESSÓRIOS 67
ORAÇÃO E PERÍODO 69
COORDENAÇÃO 74
Módulo III
REGRAS DE PONTUAÇÃO 76
CONCORDÂNCIA VERBAL 80
CONCORDÂNCIA NOMINAL 86
REGÊNCIA 91
CRASE 94
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 98
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS 100
BIBLIOGRAFIA 101
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
O S SO N S DA LÍNGUA
PORTUGUÊS
vocábulos de uma língua.
Você já deve ter percebido que, para representar graficamente os fonemas, contamos com
uma série de sinais gráficos denominados letras. Além das letras, utilizamos também
notações léxicas (acentos gráficos, cedilha, til, trema).
Não devemos confundir fonemas com letras. Os fonemas são fenômenos acústicos, isto
é, sonoros, enquanto as letras são representações gráficas dos fonemas. A fim de facilitar a dis-
tinção entre letra e fonema, transcreveremos os fonemas entra barras oblíquas ( / / ).
Nem sempre há, numa palavra, equivalência entre o número de fonemas e o de letras, já
que esses conceitos não se confundem. Observe os exemplos seguintes:
• porque uma única letra pode representar dois fonemas: (em fixo, a letra x representa os
fonemas /k/ e /s/) ;
• porque duas letras podem representar um único fonema ( em canta, as letras a e n, juntas,
representam o fonema /ã/; em carro, as letras rr, juntas, representam o fonema /R/)
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
L E T R A S E DÍGRAFOS
O conjunto das letras recebe o nome de alfabeto ou abecedário. O alfabeto da língua por-
tuguesa é constituído por 23 letras:
maiúsculas: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
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minúsculas: a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z
Obser vação: As letras k, w, y devem ser apenas utilizadas em casos especiais, como:
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
C L A SS I FI C A Ç Ã O D O S FONEMAS
Vogais
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas vocais
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e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador.
- Vogal tônica é a vogal pronunciada com maior intensidade na palavra, portanto está
na sílaba tônica.
- Vogais abertas quando ocorre abertura máxima da boca, como em sofá, café.
- Vogais fechadas quando ocorre abertura mínima da boca, como em avô, duro. São
fechadas também todas as vogais nasais, como campo.
- Vogais reduzidas São as vogais E e O, quando átonas, que na fala às vezes são tro-
cadas por /i/ e /u/.
Semivo gais
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo, por-
tanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba.
Ex1: jaguar u é uma semivogal e a é uma vogal; o ditongo é tido por crescente
Co nsoan tes
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após vencerem um obstáculo que se
opõe à corrente de ar.
Consoantes sonoras: são produzidas com vibração; ex: [b] [d] [n]..
Consoantes surdas: são produzidas sem vibração; ex: [f] [t] [p]..
Os encontros vocálicos referem-se à seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou semivogais)
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
ENCONTROS V O CÁL I CO S
que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais serão as pronunci-
adas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas, ou seja, e átonas. São três os
tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.
hiatos: é a seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem).
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tritongos: são constituídos por uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba.
Cuidado com os falsos ditongos, pois quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, ao e ua)
são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses grupos não
forem finais nem átonos, só podem ser hiatos (memória, democracia, viela).
Os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma a
criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.
Encontro Consonantal:
Os encontros consonantais (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando eles
aparecem no início da sílaba são inseparáveis. Quando estão no meio criam uma pronúncia
mais difícil (pneu/advogado). No uso coloquial, há uma tendência a destruir esse encontro,
inserindo a vogal i depois da consoante surda.
Denominamos dígrafo os grupos formados por duas letras, mas que representam um único
fonema.
São dígrafos consonantais: os grupos representados por ch: chaveiro; lh: falhar, nh: ninho;
gu: guerra; qu: quilo; sc:nascer; rr:terra; ss: passo; xc: excesso.
Os dígrafos vocálicos são formados pelos grupos am:campo; an:canto; in: lindo;
em:embaixo; en:tentação; om: ombro; on: tonto; um:comum; im: império; un:mundo.
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SÍLABAS
A sílaba é conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Na língua portugue-
sa a parte central da sílaba sempre é a vogal.
Assim, na estrutura da sílaba existe, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais ou
consoantes.
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A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma
melódica.
A consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-
co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba prece-
dente (ap-to, rit-mo).
DIVISÃ O S IL Á BICA :
Portanto, as regras de divisão silábica obedecem aos critérios. Dessa forma, podemos esta-
belecer as regras a seguir.
Não se separam:
• As consoantes que não são seguidas de vogal no início da palavra: pneu-má-ti-co; gno-mo;
psi-co-lo-gi-a
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Separam –se:
• Os prefixos bis, des dis, cis, trans, ex quando seguidos de vogal: bi-sa-vó, de-ses-pe-rar,
di-sen-te-ria, ci-sal-pi-no, tran-sa-tlân-tico, e-xo-ne-rar.
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AC E N T UA C Ã O GRÁFICA
A C E N T U A Ç Ã O GR Á F I CA
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O til e o trema não se incluem entre os acentos, e nos vocábulos que os levam poderão
receber noutras letras os acentos necessários, como ímã, qüinqüenio, bilíngüe.
Os acen tos
• o acento agudo ( ´ ) - colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo em, indica que
essas letras representam as vogais tônicas da palavra: carcará, caí, armazém. Sobre as
letras e e o, indica, além de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu , léxico.
OBS: Nem sempre o acento agudo indica vogal aberta. Pode, tão somente, quando sobre-
posto a i e u, assinalar vogal tónica: tímido, ca í, túmulo, baú.
• o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão, portão,
expõe, corações , ímã.
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A s regras básicas
• paroxítonas - são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que
recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em:
• l, n, r, x, ps ': incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, caráter,
revólver, tórax, ônix, fênix, bíceps, fórceps.
• ã, ã s , ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos.
• ditongo oral, cres cen te ou decres cen te, seguido ou não de s : água, árduo, pónei,
cáries, mágoas, jóqueis.
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• formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba;
ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faís ca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo;
heroína: he-ro-í-na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de ; juuna: ju-u-na, xiita: xi-i-ta.
Acen to diferencial:
• pólo/pólos (subst. eixo em torno do qual uma coisa gira) - polo/polos (aglutinação da
prep. por e dos arts. arcaicos lo/las)
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ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS
ORTOGR AFIA
É a parte da gramática que trata da correta representação gráfica das palavras segundo o
sistema ortográfico estabelecido para a língua portuguesa. Não existem regras propriamente
ditas, mas orientações que facilitam a tarefa de grafar as palavras de forma correta.
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Emprego do h
Oh! Ah!
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao
primeiro.
super-homem, pré-história.
Emprego do s
Emprega-se a letra s :
• nos sufixos -ês , -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade,
profissão, estado social, títulos honoríficos.
• nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos.
delicioso, gelatinosa.
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• depois de ditongos.
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Emprego do z
• nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de adjetivos.
Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s , caso con-
trário, emprega-se –izar.
Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i.
Emprego do x e ch .
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- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, enchu-
maçar e seus derivados).
Emprego do g ou j
Emprega-se a letra g
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Emprego de s , c, ç , s c, s s .
ceder – cessão.
conceder - concessão.
retroceder - retrocesso.
Exceção: exceder - exceção.
ascender – ascensão
expandir – expansão
pretender – pretensão.
deter – detenção
conter – contenção
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a palavra, denomina-
dos de morfemas. São os seguintes os mor fem as da Língua Portuguesa.
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Radical:O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quan-
do a palavra for modificada.
Ex. falar, com er, dormir, ca s a, carro.
Vogal Temática:
Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que con-
jugação o verbo pertence:
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer.
Tema:
É a junção do radical com a vogal temá tica. Se não existir a vogal temática, o tema e o
radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for terminado em
vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre será a soma do radical com a
vogal temática - estuda, come , parti; em se tratando de substantivos e adjetivos, nem sem-
pre isso acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta, past é o radical, a, a
vogal temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o radical e o tema são o mesmo elemento
- leal, pois não há vogal temática; e na palavra tatu também, mas agora, porque o radical é
terminado pela vogal temática.
Desinên cias :
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Grupo I: i, ste, u, mos , s tes, ram, para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu
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can taste, ele cantou, nós can tam os, vós can tas tes , eles cantaram.
Grupo II: -, es , -, mos , des, em , para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo =
Era para eu cantar, tu can tares, ele canta r, nós cantarmos, vós cantardes, eles
cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles
puserem.
Grupo III: -, s , -, mos , is, m, para todos os outros tempos = eu canto, tu can tas, ele
can ta, nós can ta mos, vós can ta is, eles can ta m.
A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma
palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o.
Afixos: São elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. São eles:
Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Por exemplo destampar, incapaz, amoral.
Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo
pensamento, acusaçã o , felizmente.
Vogais e consoan tes de ligação: São vogais e consoantes que surgem entre dois mor-
femas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
P R O C E S S O D E FORMAÇÃO
DAS PAL AVRAS
As palavras podem ser formadas por dois processos básicos: a derivação e a composição.
Além desses, há o hibridismo, a onomatopéia, a abreviação vocabular e a formação de siglas.
1. Derivação:
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A derivação consiste em formar novas palavras a partir de uma palavra primitiva.
Entende-se por palavra primitiva aquela que não provém de nenhuma outra; ao contrário,
permite que dela se originem novas palavras.
Infeliz in + feliz
(prefixo) (radical)
In + feliz + mente
(prefixo) (radical) (sufixo)
Nas palavras formadas por derivação parassintética, não é possível suprir nem o prefixo
nem o sufixo, pois ficam sem sentido, ao contrário da derivação por prefixação e sufixação.
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Combate – combater – r
Renúncia – renunciar – r
Escova escovar
Palavra primitiva palavra derivada
Por exemplo:
2 – Com posição:
A composição consiste na reunião de dois ou mais radicais para a formação de nova palavra.
Co m pos ição por justaposição quando dois elementos da palavra composta con-
servam a sua integridade morfológica.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
3 – Hibridismo:
Outros exemplos de palavras híbridas: monóculo, neolatino, televisão (grego e latim); bí-
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gamo, decímetro, sociologia (latim e grego); burocracia (francês e grego).
4 – Onomatopéia:
Os verbos que exprimem vozes de animais são palavras onomatopaicas: Por exemplo: miar,
piar, coaxar, cacarejar, ronronar.
5 – Abreviação vocabular:
6 – Formação de siglas:
Chama-se sigla a reunião das letras iniciais dos elementos que formam um nome, consti-
tuindo um tipo especial de abreviatura: FUNAI (Fundação Nacional do Índio), IPTU (Imposto
Predial e Territorial Urbano), CPF (Cadastro de Pessoas Físicas).
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CLASSE GRAMATICAL
1. Substantivo:
Quando você tiver dificuldade para identificar um substantivo em uma frase ou texto, per-
gunte: Que nome damos a isso? A resposta será um substantivo.
Pertence á classe dos substantivos qualquer palavra que admite artigo ou pronome como
determinantes. Por exemplo: a alegria; essa saudade; minha crença; alguma coisa.
Substantivo simples são os formados por apenas uma palavra: pé, roupa.
Substantivos com uns são os que nomeiam qualquer ser de uma espé-
cie: convento.
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Flexão do substantivo
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Os substantivos biformes apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino:
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Os substantivos que tanto podem ser masculinos como femininos são chamados de comum
de dois gêneros. Para indicar o gênero, é preciso acrescentar algum determinante:
- Substantivo sobrecomum –
- Substantivo epiceno
Alguns substantivos que nomeiam animais também apresentam uma única forma para o mas-
culino e feminino. São os epicenos. Para indicar o sexo dos animais, acrescenta-se macho ou fêmea.
Atente para alguns substantivos que variam de sentido conforme a mudança de gênero:
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casa casas
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Na passagem do singular para o plural, normalmente ocorre com acréscimo da letra –s no
final da palavra:
Em geral flexionam-se os elementos que são substantivos, adjetivos, numerais e pronomes adjetivos:
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1. Quando a palavra for formada por dois substantivos, se o segundo indicar uma carac-
terística especial do primeiro, pluraliza-se somente o primeiro: pombo-correio = pombos
correios.
2. Quando a palavra for formada por verbo e substantivo, somente o substantivo vai para o
plural: caça-níquel = caça-níqueis.
3. Quando as palavras que compõem o substantivo composto forem ligadas por de, do,
sem, só vai para o plural a primeira palavra: pé-de-moleque = pés-de-moleque.
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5. Quando os dois elementos são formados por verbos, admite-se o plural dos dois termos:
quero-quero = queros-queros; pisca-pisca = piscas-piscas;
Obser vação:
Além da flexão de gênero e número, o substantivo pode ter variação de grau: aumentativo
e diminutivo, em relação ao grau normal. Por exemplo:
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• diminutivo sintético: pedrinha; pezinho
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ADJE TIVO
O adjetivo é a palavra que caracteriza os seres ou objetos nomeados pelo substantivo, indi-
cando-lhes uma qualidade, caráter, modo de ser ou estado.
L o cu çã o adjetiva
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Além do adjetivo, os substantivos podem ser modificados por uma lo cu ção adjetiva,
isto é, por uma expressão formada por mais de uma palavra e que tenha valor de adjeti-
vo. Por exemplo:
Adjetivo primitivo – aquele que não deriva de outra palavra da língua: bom, grande, verde.
Adjetivo derivado - aquele que se origina de uma palavra primitiva (substantivo, verbo
ou mesmo adjetivo) : bondoso (derivado do adjetivo bom).
Flexão do adjetivo:
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Feminino dos adjetivos biformes - aqueles que possuem duas formas para a indicação
do gênero.
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francês - francesa cru - crua
ancião - anciã bonachão - bonachona
judeu - judia europeu - européia
Adjetivo simples:
Adjetivo composto:
Aten çã o !
Ca mis eta rosa – cam is etas rosa gravata cin za – gravatas cin za
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Nessa frase, houve a intenção de comparar a mesma característica (difícil) entre as duas
provas. O adjetivo difícil foi empregado no grau comparativo.
No segundo exemplo, a intenção foi destacar a característica da prova sem estabelecer com-
paração. O adjetivo difícil foi empregado no grau superlativo.
Grau comparativo:
Grau superlativo:
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
• sintético – quando expressa a qualidade ou estado por meio de uma única palavra,
formada pelo acréscimo de sufixos, tais como –íssimo, -rimo, -imo: pequeníssimo.
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Camões é o autor mais importante do Classicismo português.
• Acréscimo de prefixo, como arqui, extra, hiper, super, ultra: arquimilionário, extrafi-
no, hipernervoso, superinteligente, ultra-romântico.
• Repetição do adjetivo: triste, triste demais.
• Uso de expressões de reforço: um senhor carro, lindo de morrer.
• Uso do artigo definido, marcado por entonação especial: Para o editor, José de
Alencar não é um simples escritor, ele é o escritor.
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ARTIGO
O artigo definido pode contrai-se ou combinar com as preposições a, de, em, por(per):
a+a=à a + o = ao
de + a = da de + o = do
em + o = no por +o = pelo
por + a = pela
• diante de nomes próprios geográficos – ilhas, montanhas, oceanos, rios, países: a ilha
da Madeira; os Alpes; os Pirineus; o Atlântico; o Tietê; o Japão.
Na maioria das vezes, os nomes geográficos de países e cidades não aceitam artigo.
Por exemplo: Portugal, Moçambique, Roma, Curitiba.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
PORTUGUÊS
• diante de pronomes adjetivos possessivos:
Obser vação:
O artigo não se contrai com a preposição quando faz parte do nome de revistas, obras
literárias, jornais e outros.
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NUMERAL
O numeral pertence à classe de palavras que indica uma quantidade exata de seres ou lugar
que eles ocupam numa série.
Algarismos Numerais
I 1 um primeiro
II 2 dois segundo
III 3 três terceiro
IV 4 quatro quarto
V 5 cinco quinto
VI 6 seis sexto
VII 7 sete sétimo
VIII 8 oito oitavo
IX 9 nove nono
X 10 dez décimo
XI 11 onze décimo primeiro,
undécimo
XII 12 doze décimo segundo,
duodécimo
XIII 13 treze décimo terceiro
XIV 14 catorze décimo quarto
XV 15 quinze décimo quinto
XVI 16 dezesseis décimo sexto
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Algarismos Numerais
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XL 40 quarenta quadragésimo
L 50 cinqüenta qüinquagésimo
LX 60 sessenta sexagésimo
LXX 70 setenta septuagésimo
LXXX 80 oitenta octogésimo
XC 90 noventa nonagésimo
C 100 cem centésimo
CC 200 duzentos ducentésimo
CCC 300 trezentos trecentésimo
CD 400 quatrocentos quadringentésimo
D 500 quinhentos qüingentésimo
DC 600 seiscentos sexcentésimo
DCC 700 setecentos septingentésimo
DCCC 800 oitocentos octingentésimo
CM 900 novecentos nongentésimo
M 1000 mil milésimo
Flexão do Numeral:
1.Cardinal
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2. Ordinal
3. Multiplicativo
Os numerais multiplicativos são variáveis em gênero e número quando têm valor de adjetivo:
4. Fracionário
Obser vação :
• o zero (0) e as palavras que indicam um conjunto numérico de seres (numerais coletivos):
centena (100), década (10), dúzia (12), milheiro (1000), par (2).
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PRONOME
O pronome tua acompanha o substantivo calma, indicando posse. O pronome eles substi-
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tui um substantivo (alunos).
Pronomes pessoais
Retos Oblíquos
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• lo, la, los, las após as formas verbais terminadas em –r, –s, –z.
• no, na, nos, nas após as formas verbais terminadas em –am, –ao, –õe.
E u ou mim? Tu ou ti?
PORTUGUÊS
Segundo o padrão culto da língua, nas construções em que a preposição para anteceder um
verbo infinitivo, usa-se o pronome pessoal reto eu e tu.
Co n os co ou co m nó s?
Os pronomes conosco e convosco podem ser substituídos por com nós e com vós se vierem
seguidos das expressões todos, outros, mesmos, próprios ou de numeral:
Pronomes de Tratamento
Pronomes de tratamento
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
São pronomes d tratamento também os termos você (tratamento familiar e informal), se-
nhor, senhora, senhorita (tratamento formal).
PORTUGUÊS
Vossa Excelência precisa assinar esses papéis até o fim do dia.
Com os pronomes de tratamento, o verbo deve estar sempre na 3ª pessoa, bem como
os pronomes que se referem a eles.
Os pronomes possessivos indicam posse em relação a cada uma das pessoas do discurso.
São variáveis em gênero e número.
Singular Plural
Obser vação:
Os pronomes me, te, lhe podem ter valor de pronome pessoal ou possessivo.
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
A frase permite duas interpretações: a noiva é de Luís Mauro ou a noiva é do ouvinte (senhor).
Pronomes demonstrativos
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Os demonstrativos são pronomes que situam os seres no espaço e no tempo, tendo como
referência as pessoas do discurso. Apresentam-se em formas variáveis (flexionadas em gênero
e número) e invariáveis.
Pronomes demonstrativos
Variáveis Invariáveis
1ª pessoa este, esta, estes, estas isto
2ª pessoa esse, essa, esses, essas isso
3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo
Empregam-se:
Emprega-se:
• este, esta, estes, estas, isto para indicar que ainda vai ser dito ou escrito no enunciado.
• esse, essa, esses, essas, isso para retomar o que já foi dito ou escrito no enunciado anterior:
• aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo para retomar o que foi mencionado em um
contexto ou em um tempo distante:
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
Usa-se o pronome aquele para o termo mencionado em primeiro lugar, e este, para o
termo mencionado em último lugar:
Gonçalves Dias e José de Alencar são escritores românticos. Aquele foi poeta, este se
dedicou à prosa.
São pronomes demonstrativos, também, as palavras: o, os, a, as, mesmo, próprio, seme-
lhante e tal.
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Poderia relatar o que viu. (aquilo)
Tal fato não merece consideração. (esse)
Não posso aceitar semelhante por favor! (este)
Ela própria deve exigir seu s direitos trabalhistas. (em pessoa)
Nós mesmos faremos os ajustes no computador. (em pessoa)
Pronomes indefinidos
Pronomes Indefinidos
Variáveis Invariáveis
Algum, nenhum, certo, outro, muito, Alguém, ninguém, tudo, nada, cada,
pouco, vário, tanto, quanto, qualquer, algo, outrem.
todo
Os pronomes indefinidos são representados também por locuções: cada um, cada qual,
qualquer um.
Algum e qualquer
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Certos
Pronomes interrogativos
PORTUGUÊS
Pronomes relativos
Pronomes Relativos
Variáveis Invariáveis
o qual, a qual, os quais, as quais que
cujo, cuja, cujos, cujas quem
quanto, quanta, quantos, quantas onde
São utilizados também como pronomes relativos as palavras quando e como, que expres-
sam, respectivamente, tempo e modo.
42
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
O termo antecedente do pronome relativo pode ser também o pronome demonstrativo o(s).
O termo antecedente do pronome relativo nem sempre vem expresso na frase. Pode haver
uma referência mental.
PORTUGUÊS
Quem casa quer casa. (Aquele que casa quer casa.)
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
VERBO
O verbo é a palavra que expressa ação, estado, mudança de estado ou indica fenômeno na-
tural. É em torno dele que se organizam frases, orações e períodos. Observe os exemplos
extraídos de obras de José de Alencar.
Peri alucinado suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores.
PORTUGUÊS
ação
estado
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.
Mudança de estado
C h o v e lá fora.
fenômeno natural
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões. Pode ser
flexionado em número (singular e plural), pesso a (primeira, segunda e terceira), modo
(indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro) e voz (ativa e
passiva).
substantivo substantivo
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
LO C UÇ Ã O VE RBA L
PORTUGUÊS
Nas locuções verbais, o verbo principal expressa a idéia central: estavam dormindo =
dormiam.
Na formação da locução verbal, podem ser verbos auxiliares: ser, estar, ter, haver, ir.
Na primeira frase, a ação verbal é representada apenas por um forma: vi. Na segunda, esse
mesmo verbo aparece acompanhado de verbo auxiliar e particípio: tenho visto. Ambos estão
no mesmo tempo e modo – pretérito perfeito do indicativo, só mudam a forma de flexão. Trata-
se, respectivamente, de tempo simples e tempo compos to.
Flexões verbais:
Número e pessoa
Os verbos são flexionados em pessoa (1ª, 2ª, 3 ª) e número (singular e plural), de acordo com
o pronome pessoal correspondente.
Modo
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Pretérito – situa o fato em um momento anterior ao presente. Pode ser perfeito, imperfeito
e mais-que-perfeito.
Futuro do presente – expressa uma ação que poderá ocorrer num tempo futuro:
Futuro do pretérito – expressa uma ação que poderia ocorrer mediante certas condições:
Voz
A voz do verbo expressa o tipo de relação entre o sujeito e o verbo. São três as vozes do
verbo: ativa, passiva e reflexiva.
PORTUGUÊS
A torcida aplaudiu o atleta.
sujeito agente
A forma verbal “aplaudiu” está na voz ativa porque “a torcida” é o agente do processo verbal.
sujeito paciente
A forma verbal “foi aplaudido” está na voz passiva porque “o atleta” é o paciente da ação verbal.
Analítica – formada pelo verbo ser ou estar mais o particípio di verbo principal:
Aplaudiu-se o atleta.
A forma verbal “banhava-se” está na voz reflexiva porque “o atleta” é, ao mesmo tempo.
Agente e paciente da ação verbal: o atleta banhou a si mesmo.
47
Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
C L A SS I FI C A Ç Ã O D O S VE RB OS
Conjugações:
PORTUGUÊS
• Irregulares – verbos que não seguem o modelo de sua respectiva conjugação. Ocorrem
alterações no radical e nas terminações: dizer: digo, dizes, direi, dis s ess e .
• Anômalos – verbos que apresentam alteração profunda no radical e nas terminações: ser:
sou, és, é, somos, sois, são – vir: venho, vens, vimos, vindes, vêm.
• Abundantes – são verbos que têm duas ou mais formas equivalentes. Essas formas ocor-
rem, geralmente, no particípio:
Acendido ou aceso?
Há verbos que só possuem o particípio irregular: abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer
(dito), escrever (escrito), fazer (feito), pôr (posto), ver (visto), vir (vindo).
48
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
FORMAÇÃO DO P RESE N TE
DO SUBJUNTIVO E DO IMPERATIVO
Presente do subjuntivo: deriva do presente do indicativo.
• nos verbos de 1ª conjugação ao radical, acrescentam-se as desinências –e, -es, -e, -emos, -eis.
PORTUGUÊS
• nos verbos de 2ª conjugação e 3ª conjugação ao radical, acrescentam-se as desinên-
cias a, -as, -a, -amos, -ais, -am.
Pode ser afirmativo e negativo. Nesse modo, não se conjuga a primeira pessoa do singular.
Para formar os tempos compostos, empregam-se os verbos auxiliares ter ou haver seguidos
do particípio do verbo principal. Apenas os auxiliares são flexionados:
Modo Indicativo:
49
Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Modo subjuntivo:
PORTUGUÊS
Formas nominais:
Infinitivo pessoal compos to – é formado pelo infinitivo pessoal do verbo auxiliar, segui-
do do particípio do verbo principal: ter amado, teres amado, termos amado, terdes
amado, terem amado.
Gerúndio – é formado pelo gerúndio do verbo auxiliar, seguido do particípio do verbo prin-
cipal: tendo amado, tendo comido, tendo fugido.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
ADVÉRBIO
Eu falei cm as crianças.
Ontem eu falei rapidamente com as crianças.
PORTUGUÊS
Comparando as duas frases, verificamos que a segunda contém elementos que expressam
as circunstâncias em que o fato ocorreu: ontem indica quando o fato ocorreu e rapidamente, o
modo como esse fato ocorreu.
L o cu çã o Adverbial:
A locução adverbial é o conjunto de palavras que têm valor de advérbio. Em geral, é cons-
tituída de preposição e substantivo:
Advérbio L o cu çã o Adverbial
Circunstância Exemplo
De lugar Passou por aqui um rapaz fardado
De tempo Venha cedo, pois ainda tenho de escrever o texto.
De modo Falava bem, mas escrevia mal.
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Advérbio L o cu çã o Adverbial
Circunstância Exemplo
De intensidade Desculpe, mas você canta bem mal.
De dúvida Provavelmente iremos casar.
De causa As mães choravam de desespero.
De finalidade Estudavam para o vestibular.
De meio e de instrumento Preferem ir de avião.Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
De companhia Esta noite ficarei contigo!
De afirmação Certamen te você não mentiu.
De negação Não posso concordar com você, de modo algum.
PORTUGUÊS
Advérbios Interrogativos:
Alguns advérbios de causa, lugar, modo,e tempo são empregados em perguntas diretas ou
indiretas, por isso são denominados advérbios interrogativos.
Embora os advérbios pertençam à classe de palavras invariáveis, alguns podem ser fle-
xionados em grau comparativo ou superlativo.
Comparativo:
Superlativo:
O superlativo sintético do advérbio pode ser formado ainda com acréscimo do sufixo -inho.
As formas mais bem e mais mal devem ser empregadas antes de verbos no particípio.
Essa redação foi mais bem redigida que a outra.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
P RE PO SI ÇÃO
Preposição é a palavra invariável que liga termos entre si, estabelecendo numerosas
relações.
PORTUGUÊS
• A preposição é um conectivo de palavras, de termos, e não de orações.
Prepos ições
E s s en cia is Aciden tais
A,ante,após,até, com, contra, de,desde, em, Afora,como,conforme,consoante,durante,
Entre,para, perante, por, sem,sob,sobre,trás Exceto, fora,mediante,salvo,segundo etc.
As preposições acidentais são assim chamadas porque nem sempre exercem o papel de
preposição; são palavras que pertencem a outras classes gramaticais. Observe a palavra
segundo:
L o cu çã o prepositiva
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Ocorre combinação quando a preposição ao ligar-se a outra palavra, não sofre alterações.
Por exemplo, a preposição a combina-se com os artigos o, os e com o pronome onde:
Considera-se contra ção o processo no qual a preposição, ao ligar-se a outra palavra, sofre
modificações em sua estrutura. Por exemplo, as preposições de, em, por (per) podem contrair-
se com artigos e pronomes:
PORTUGUÊS
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
CON J UN ÇÃO
PORTUGUÊS
em duas ou mais palavras com valor de conjunção, embora na sua formação não seja
necessário o uso de preposição.
Alguns exemplos: uma vez que, ainda que, desde que, a fim de que, à medida que,
antes que, logo que etc.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Obser vação: Uma mesma conjunção pode assumir classificações diferentes. Observe os
exemplos.
56
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
Que
Como
PORTUGUÊS
O mar é para mim como o Céu para um crente. ( subordinativa comparativa)
Tudo ocorreu exatamente co mo a aniversariante desejava(subordinada conformativa)
Se
Desde que
Eu não vejo desde que ele foi para São Paulo. ( subordinativa temporal)
Desde que Você fique quieto, poderá permanecer no cinema. (subordinativa condicional)
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Módulo I - 1º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
INTER JEIÇÃO
Não existe uma classificação muito rigorosa para a interjeição,uma vez que o seu significa-
do depende da situação em que é empregada, além da entonação.
Interjeições
Advertência: cuidado! calma! atenção! silêncio! psiu!
Animação: força! coragem!
Alegria: ah! oh! oba! viva!
Alívio: ufa! arre! ah!
Aplauso: bis! bravo!
Apelo, chamamento: socorro! ei! valha-me Deus!
Desaprovação: puxa! basta! chega!
Desejo: oxalá! tomara! pudera!
Dor, melancolia: ai! ui! ai de mim! que pena!
Impaciência: ai! que saco! hum! epa!
Medo, espanto: ui! uh! credo! cruz credo! cruzes!
Saudação : olá! alô! salve! adeus!
Surpresa, admiração: puxa! caramba! ué! uai! Céus!
Pedido de silêncio: psiu! quieto! bico calado!
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
TERMOS E S SE N C I A I S DA ORA ÇÃ O
PORTUGUÊS
cação e formar uma mensagem. As frases podem ser classificadas em nominais (sem verbo) e
verbais (com verbo). Observe os exemplos:
período simples
Todos d is c u te m sobre o projeto de reforma agrária, mais nem todos a c e i t a m suas normas.
período composto
A oração (ou frase verbal) é constituída, em geral, por dois segmentos: sujeito e predicado.
sujeito predicado
Denomina-se sujeito o segmento da oração sobre qual se faz uma declaração. O predicado,
por sua vez, consiste na própria declaração.
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Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Predicado sujeito
O sujeito pode estar ausente, mas o predicado é essencial para formar oração.
Observe que na frase, a seguir, o verbo não se relaciona com nenhum termo da
oração:
PORTUGUÊS
Estudo do Sujeito:
Sujeito determinado:
O sujeito determinado é aquele que parece expresso na oração ou pode ser identifica-
do pela desinência verbal, ou ainda pelo contexto.
Sujeito indeterminado:
Chama-se indeterminado o sujeito que não pode ser identificado nem pela terminação ver-
bal nem pelo contexto. Por exemplo:
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
Nessa oração, não é possível identificar precisamente o sujeito pela terminação verbal –
eles, elas, os rapazes, as deputadas- qualquer um desses termos poderia ser o sujeito.
PORTUGUÊS
Vive-se bem nesta cidade.
Trata-se de alunos estrangeiros.
Apesar de o sujeito sei o termo essencial da oração, existem orações que apresentam predica-
do que não se refere a nenhum termo. Nesses casos, a ação verbal não necessita de sujeito. A
oração sem sujeito é constituída de verbo impessoal, conjugado sempre na 3ª pessoa do singular.
Choverá à tarde?
Aten çã o!
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Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
E s tá um calor!
Faz frio aqui!
Obser vação :
2. Quando empregados em sentido figurado, os verbos que indicam fenômeno natural apre-
sentam sujeito.
Estudo do predicado:
Como vimos, toda oração é estruturada em torno de um verbo que, por sua vez, está conti-
do no predicado.
1. Predicado nominal – é formado por verbo de ligação e predicativo do sujeito. Tem como
núcleo o predicativo do sujeito.
Verbo de ligação
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
O predicativo do sujeito atribui características ao sujeito por meio de verbo, quer seja de
ligação ou não. Pode ser representado por: substantivo ou palavra substantivada, adjetivo ou
locução adjetiva, pronome substantivo e numeral.
Recordar é viver.
Retornaram sérios do passeio.
Meu café está sem açúcar.
Este livro é meu.
Somos somente dois em casa.
1. Predicado verbal – é formado por verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indi-
PORTUGUÊS
reto. Tem como núcleo o próprio verbo. Observe como exemplo:
Verbos significativos
Verbos intransitivos – são aqueles que apresentam significação completa; não pre-
cisam de complementos para que o enunciado tenha sentido:
Verbos transitivos – são verbos que exigem um termo que lhes complete a signifi-
cação do enunciado. Podem ser diretos, indiretos ou diretos e indiretos.
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Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Chamaram-lhe de bobo.
objeto predicativo
indireto do objeto
Obser vação :
Uma oração na voz ativa só pode ser transposta para a voz passiva quando o verbo da
oração for transitivo direto (ou transitivo direto e indireto).
Na passagem da voz ativa para a voz passiva: o objeto direto da voz ativa transforma-se em
sujeito paciente; o verbo transitivo direto da voz ativa transforma-se em locução verbal (verbo
auxiliar + particípio do verbo principal); o sujeito agente transforma-se em agente da passiva.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
São chamados de integrantes os termos que completam o sentido dos verbos e nomes tran-
sitivos. São eles: objeto direto, objeto indireto e compl eme nto nominal.
PORTUGUÊS
Objeto direto – é o complemento que se liga ao verbo sem preposição:
Quando o objeto for representado por pronome pessoal do caso oblíquo, deve-se atentar
para o fato de que os pronomes me, te, se, nos e vos podem representar tanto o objeto direto
como o objeto indireto.
Objeto direto – a, o, as, os, la, los, las, los, na, no, nas, nos
Objeto indireto – lhe, lhes
Objeto direto ou indireto – me, te, se, nos, vos
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Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Objeto direto preposicionado – Existem casos em que o objeto direto liga-se ao verbo
por meio de preposição facultativa. Justifica-se o uso da preposição por razões de estilo, para
evitar ambigüidade ou ainda realçar o objeto.
Objeto direto ou indireto pleonástico – Para realçar a idéia expressa pelo objeto, utiliza-se
o chamado objeto direto ou indireto pleonástico, que repete um termo já citado anteriormente.
Complemento nominal
substantivo complemento
nominal
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
TERMOS AC E S SÓ R I O S
Participamos de reuniões.
Participamos de duas longas reuniões ontem.
PORTUGUÊS
Os termos em destaque são acessórios, pois não são necessárias para o entendimento do
enunciado, não completam o sentido de nenhum termo, apenas ampliam o sentido do enun-
ciado: o número, a duração e quando ocorrem as reuniões.
67
Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Exemplos:
Àquela hora a avenida Brasil estava intransitável.
O resto, isto é, as louças, os cristais e os talheres, irá nas caixas menores.
Este advogado, como representante da comunidade, é imprescindível.
4. Vocativo: É o termo da oração por meio do qual chamamos ou interpelamos nosso inter-
locutor, real ou imaginário. Geralmente é isolado por vírgulas, e, em algumas vezes, acom-
PORTUGUÊS
Exemplos:
Você viu, doutor, que notícia agradável?
Deus, me ajude!
Ó filho, me ajude a carregar as compras.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
O RA ÇÃO E PERÍODO
A oração constitui período, que pode ser simples (formado por uma única oração ou oração
absoluta) ou composto (formado por duas ou mais orações).
PORTUGUÊS
Uma multidão se aglomera nas ruas do centro e o comércio interrompe suas ativi-
dades.”.
Nesse período, cada uma das orações é sintaticamente independente, isto é, não exerce
nenhuma função sintática com relação à outra.
A primeira oração (Uma multidão se aglomera nas ruas do centro) tem existência indepen-
dente da segunda oração (E o comércio interrompe suas atividades).
Cada oração vale por si, embora a expressão completa do pensamento do autor dependa da
coordenação ("ordenada lado a lado") das duas orações. A essas orações independentes dá-se
o nome de coordenada e o período por esse tipo de oração chama-se período composto por
coordenação.
"Na São Paulo de 1901, o pioneiro Henrique Santos-Dumont solicitou ao prefeito Antônio
Prado que o isentasse do pagamento da recém-instituída taxa sobre automóveis."
• Primeira oração: "Na São Paulo de 1901, o pioneiro Henrique Santos-Dumont solicitou
ao prefeito Antônio Prado"
• Segunda oração: "que o isentasse do pagamento da recém-instituída taxa sobre
automóveis."
A primeira oração não exerce nenhuma função sintática com relação à outra e tem uma
oração que dela depende. Essa oração é chamada de principal. A outra oração que depende
sintaticamente da principal é a oração subordinada.
69
Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
No exemplo dado para período misto, a oração "e a Prefeitura cassa-lhe a licença" é coor-
denada em relação à primeira e principal em relação à outra: "que se irritou com as recla-
mações do Dr. Henrique".
Uma oração coordenada ou subordinada poderá ser principal desde que exista outra que
dependa dela.
Duas ou mais orações podem estar coordenadas entre si desde que exerçam a mesma função.
São aquelas que desempenham as funções sintáticas próprias do substantivo. Sujeito, obje-
to direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto.
1. Subjetiva:
Funcionam como sujeito do verbo da oração principal.
Obs.: Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal fica
sempre na 3º pessoa do singular.
2. Objetiva direta:
Funcionam como objeto direto do verbo da oração principal.
3. Objetivas indiretas:
Funcionam como objeto indireto do verbo da oração principal.
70
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
4. Predica tivas:
Funcionam como predicativo do sujeito da oração principal. Verbo de ligação: predicativo do sujeito.
5. Completivas Nominais:
Funcionam como complemento nominal de um nome da oração principal.
6. Apositivas:
Funcionam como aposto de um nome da oração principal.
PORTUGUÊS
Ex: Só desejo uma coisa: que vivam felizes.
7. Reduzidas:
Não tem conectivo (conjunção).
Apresenta o verbo numa das formas nominais: infinitivo (-r), gerúndio (-ndo) e particípio ( - do).
Obser vação:
• As orações subordinadas substantivas são geralmente iniciadas pelas conjunções inte-
grantes: "que" e "se". Podem, no entanto, vir iniciadas por outras palavras, tais como:
- Advérbios interrogativos:
Ex: Não sei onde ele está.
São aquelas que têm o valor e a função de um adjetivo (sempre se referem a um substanti-
vo ou pronome da oração principal)
São iniciadas por pronomes relativos: que, quem, o qual, cujo,...
71
Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
- Já vimos que as orações adjetivas explicativas são separadas por vírgulas, mas as adjeti-
vas restritivas não.
PORTUGUÊS
- O emprego, ou não, das vírgulas com as orações adjetivas gera frases de sentidos total-
mente diferentes. Compare:
Os balões que subiam eram aplaudidos pelas crianças. (restritiva)
Os balões, que subiam, eram aplaudidos pelas crianças. (explicativa)
- Apesar de terem a mesma estrutura, esses períodos têm sentidos bem diferentes. Note
que no período primeiro, entende-se que nem todos os balões subiam, apenas uma parte deles
é que subia. E só os que subiam eram aplaudidos. A oração "que subiam"é, portanto, adjeti-
va restritiva.
- Já no período segundo, entende-se que todos os balões subiam e todos eram aplaudidos
pelas crianças. A oração "que subiam" é, portanto, adjetiva explicativa.
- Exercem a função sintática de adjunto adverbial da oração principal. São iniciadas pelas
conjunções subordinativas adverbiais. Classificam-se de acordo com a circunstância que
expressam.
1. Ca u s a is :
Exprimem causa, motivo, razão.
2. Comparativas:
- Representam o segundo termo de uma comparação.
- Muitas vezes, as orações comparativas vêm com o verbo elíptico (subentendido).
3. Co n ces s iva s :
- Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao fato expresso na
oração principal.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
4. Condicional:
- Exprimem uma condição, hipótese.
5. Conformativas:
- Exprimem acordo ou conformidade de um fato com o outro.
PORTUGUÊS
6. Consecu tivas:
- Exprimem uma conseqüência, um efeito ou resultado.
7. Finais:
- Exprimem finalidade, objetivo.
Obs.: Para que : Locução conjuntiva (faz o papel de uma conjunção). Todas terminam em "que".
8. Proporcionais:
- Exprimem proporcionalidade:
9. Temporais:
- Exprimem circunstância de tempo.
Obser vação:
- As orações subordinadas que exercem idêntica função sintática podem aparecer coorde-
nadas entre si.
- Dois conectivos juntos (e + *): Duas orações subordinadas iguais, a função do "e" é ligar as
duas orações idênticas (e - conjunção coordenativa).
Obser vação 2:
- O. S. Adjetiva separada por vírgula só as explicativas.
- O. S. Substantivas separadas por vírgulas apenas as apositivas.
- O. S. Adverbial vier depois da Oração Principal, vírgula facultativa.
- O. S. Adverbial vier antes ou intercalada na Oração Principal, vírgula obrigatória.
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Módulo II - 2º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
COORDENA ÇÃO
Obser ve o período:
Cheguei a casa, abri a porta devagarinho, subi pé ante pé, e meti-me no gabinete; iam dar
seis horas. (Machado de Assis)
PORTUGUÊS
O R A Ç Õ E S COO R DE NA DA S S IN DÉ T I CA S :
As orações coordenadas sindéticas são ligadas pelas conjunções que as introduzem. Podem ser:
"Nós desmanchamos o teto do barco e fizemos uma jangada pequena." (Jornal da Tarde)
"Não olha para trás, não sente saudades, não deixa nem carrega consigo amor nenhum."
(Mário Palmério)
Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer etc.
74
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
5. Explica tivas – Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira
oração:
Obser vação: Com relação às orações coordenadas ainda se deve levar em conta que:
PORTUGUÊS
"Não só se dedica aos esportes como também à música."
"Não era briga. MAS a sua presença me transmitia um indizível desconforto." (O. Lessa)
"Os meninos choramingavam, pedindo de comer. E Chico Bento pensava." (R. Queiroz)
"Tudo seco em redor. E o patrão era seco também." (G. Ramos)
"As várzeas cobriam-se de grama, de mata-pasto, os altos cresciam em capoeira. Seu
Lula, PORÉM, não devia, não tomava dinheiro emprestado." (J. L. Rego)
75
Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
R E G R A S D E PONTUAÇÃO
, .; : ? ! ... “” - ( )
PORTUGUÊS
Os sinais gráficos acima são denominados de sinais de pontuação, pois são empregados na
língua escrita para desempenhar papel semelhante ou próximo ao dos elementos vocais na
língua falada, tais como entonação, pausas, ritmos.
PONTO FINAL ( . )
É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
PONTO D E E X C L A M A Ç Ã O (!)
VÍRGU L A ( , )
PORTUGUÊS
Recife, 28 de junho de 2005.
Exemplo: O nosso sistema precisa de proteção, isto é, de um bom antivírus. Além disso,
precisamos de um bom firewall.
• para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas por
e, ou e nem.
PONTO E VÍRG U L A ( ; )
O ponto e vírgula indica uma pausa mais longa que a vírgula, porém mais breve que o ponto
final. Emprega-se o ponto e vírgula nos seguintes casos:
77
Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
a. voz ativa;
b. voz passiva;
c. voz reflexiva.
• para aumentar a pausa antes das conjun çõ es adversativas – mas, porém, contu-
do, todavia – e substituir a vírgula.
DOIS PO NTOS ( : )
PORTUGUÊS
Indicam uma interrupção ou suspensão na seqüência normal da frase. São usadas nos
seguintes casos:
Exemplo: Não vou ficar aqui por que... por que... não quero problemas.
78
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
ASPAS “
PORTUGUÊS
tato comigo. Quando as seleções recomeçaram mandei um currículo novamente”, revelou
Cleber.
PAR ÊN T ES ES ( )
Exemplo: Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: o verbo (núcleo
verbal) e o predicativo (núcleo nominal).
79
Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
CONCORDÂNCIA VER BA L
80
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
PORTUGUÊS
5. nú cleos do sujeito ligados por OU
O verbo irá para o plural, mas admite-se o singular quando se quer destacar o primeiro
núcleo do sujeito.
7. sujeito coletivo
Obser vação: se o coletivo vier especificado o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
81
Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
O verbo vai para o plural se os infinitivos forem determinados por artigos. Caso os infini-
tivos não aparecerem determinados o verbo poderá ficar no singular.
82
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
PORTUGUÊS
Exemplo: Precisa-se de pedreiros.
Trabalha-se muito em Brasília.
• Um ou outro
83
Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Obser vação
Esses verbos concordam regularmente com o sujeito, a não ser que sejam usadas outras
palavras como sujeito.
Obser vação
Exemplo: Devia haver cinco anos que não falávamos com Rita.
• Verbos que exprimem fenômenos da natureza usados em sentido figurado deixam de ser
impessoais.
• Popularmente é comum usar o verbo TER como impessoal no lugar de haver ou existir.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
O verbo SER ora concorda com o sujeito ora concorda com o predicativo.
• Quando o sujeito for um dos pronomes QUE ou QUEM o verbo SER concordará obrigato-
riamente com o predicativo.
PORTUGUÊS
Exemplo: É uma hora da madrugada.
Quando o sujeito for os pronomes tudo, o, isso, aquilo, isto o verbo SER concorda, prefe-
rencialmente, com o predicativo, mas poderá concordar com o sujeito.
Quando aparece nas expressões é muito, é pouco, é bastante o verbo SER fica no singular,
quando indicar quantidade, distância, medida.
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Note que as inadequações referem-se aos desajustes entre as palavras que a constituem.
PORTUGUÊS
Assim, concordância nominal consiste na adaptação de uns nomes aos outros, harmo-
nizando-se nas suas flexões com as palavras de que dependem. No decorrer deste tutorial ve-
remos as regras de concordância, bem como exemplos práticos sobre as mesmas.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
Obser vação:
Quando os substantivos são do mesmo gênero as duas concordâncias podem ser usadas,
PORTUGUÊS
embora a primeira seja mais adequada porque mostra que a característica é atribuída aos dois
substantivos. Se o último substantivo estiver no plural, a concordância só poderá ficar no plural.
Obser vação: Quando o adjetivo exerce a função de predicativo, ele pode concordar só
com o primeiro ou ir para o plural.
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.
b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do segundo adjetivo.
7. Mesmo, bastante
Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável.
Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
8. Menos, alerta
PORTUGUÊS
9. Meio
Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a que se
referem. Se funcionarem como advérbio são invariáveis.
11. S ó
a) Quando tem o significado de sozinho(s) ou sozinha(s) essa palavra vai para o plural.
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
12. Possível
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
RE GÊNCIA
Regência Verbal:
PORTUGUÊS
Relação de um verbo sobre seus complementos (OD, OI) e adjuntos adverbiais. Em alguns
casos a variação de regência provoca uma alteração de sentido do verbo. A seguir colocare-
mos um quadro de verbos cuja regência pode vir a ser duvidosa:
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
Esquecer VTD (quando não pronominais) Que chateação! Esqueci o nome dele.
e lembrar
VTI (quando pronominais Esqueci-me do livro.
exigem a preposição "de")
VTI cair no esquecimento Esqueceram-me as chaves em casa.
/ vir a lembrança
Informar VTD dar notícias, esclarecer Os jornais informaram o aumento do
preço.
VTDI (mesmo sentido) A secretário informou a nota ao aluno.
Morar VI (exigem adjuntos Moro em São Paulo.
PORTUGUÊS
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afetiva não pode ser VTI?
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
Obs.:
1. Os verbos transitivos indiretos, com raras exceções, não admitem voz passiva.
Ex: Nós assistimos o filme. (Errado: O filme foi assistido por nós.)
3. Havendo pronome relativo, a preposição, quando exigida pelo verbo, deve deslocar-se
para antes do pronome relativo.
PORTUGUÊS
Ex: Estes são os filmes a que assisti.
Ex: Sandra sentou-se entre mim e minha prima. (Errado: ...entre eu e.....)
Aten çã o! Toda vez que "eu" e "tu" for sujeito pode ser acompanhado de preposição. Mim e
ti não é usado porque pronome obliquo não pode ser sujeito.
Regência nominal:
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
CRASE
Crase não é acento, e sim superposição de dois "as". O primeiro é uma preposição, o segun-
do, pode ser um artigo definido, um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s),e aquilo. O
acento que marca este fenômeno é o grave (`).
Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a preposição e o termo
regido tem de ser uma palavra feminina que admita artigo.
U m a dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se aparecer ao (s)
usa-se crase, caso apareça a ou o (s) não haverá crase
A cras e é obrigatória:
à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à proporção que, à procura de, à vontade
a) Vende-se a prazo.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
b) Nada direi a ela. Neste caso, os pronomes senhora e senhorita são exceções.
PORTUGUÊS
a) Refiro-me a estas flores.
Havendo determinação, a crase é indispensável (Ele admite ter cedido à pressão dos supe-
riores.)
Na dúvida, e excluída qualquer das hipóteses tratadas, basta substituir a palavra feminina
por uma masculina equivalente. Se ocorrer ao no masculino, haverá crase.
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
A cras e é facultativa:
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma expressão que a
determine a crase é obrigatória (Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão)
Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for exigida, a crase
será obrigatória (Foi a [à] sua cidade natal e à minha)
a) Iremos a Curitiba.
c) Iremos à Bahia.
Quando o topônimo não estiver determinado, usa-se o teste da troca do verbo para chegar.
Se nesta troca aparecer chego da, há crase; se for chego de, não há crase.
Com os demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo, basta verificar se, por regência, algu-
ma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" inicial do próprio pronome.
Uma dica é trocar aquele (a/s) por este (a/s) e aquilo por isto, se antes aparecer a, há crase.
O pronome demonstrativo a (s) aparece antes de que ou de e pode ser trocado por aquela
(s). Deve-se fazer o teste da troca por um masculino similar e verificar se aparece ao (s)
a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (o caminho é paralelo ao que corta
a cidade).
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre crase. Já o pronome qual (s)
admite crase
Uma dica é trocar o substantivo feminino anterior ao pronome por um masculino, se apare-
cer ao (s) há crase
PORTUGUÊS
Ca s o s especiais sobre o uso da crase:
• antes da palavra ca s a :
Quando a palavra casa significa lar, domicílio e não vem acompanhada de adjetivo, ou
locução adjetiva, não se usa a crase.
Iremos a casa assim que chegarmos (iremos ao lar assim que chegarmos).
b) Olhava-nos a distância.
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
C O LO C A Ç Ã O PRONOMINAL
Em relação ao verbo os pronomes oblíquos átonos (me, nos, te, vos, o, a, os, as, lhe, lhes,
se) podem aparecer em três posições distintas:
PR ÓC LIS E:
Esse tipo de colocação pronominal é utilizada quando há palavras que atraiam o pronome
para antes do verbo. Tais palavras são:
Obser vação: Existem casos que se pode utilizar tanto a próclise como a ênclise:
98
MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
M ES Ó C LI S E
Essa colocação pronominal é usada apenas com verbos no futuro do presente ou futuro do
pretérito, desde que não haja uma palavra que exija a próclise.
Obser vação: nunca ocorrerá a ênclise quando a oração estiver no futuro do presente ou no
futuro do pretérito.
PORTUGUÊS
ÊN C LI S E :
Levanta-te .
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Módulo III - 3º ano MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio
C O LO C A Ç Ã O PRONOMINAL
N A S LO C U Ç Õ E S VERBAIS
Podem ocorrer as seguintes colocações pronominais:
Se houver alguma palavra que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado: Antes
do verbo auxiliar; Depois do infinitivo ou gerúndio.
Não se deve jogar comida fora. Não me vou arrastando pelos becos escuros.
Se não houver palavras que justifique o uso da próclise, o pronome ficará depois do verbo
auxiliar. Caso a locução verbal não inicie a oração, pode-se colocar o pronome oblíquo em
duas posições: antes do verbo auxiliar ou entre os dois verbos. Não se coloca o pronome
oblíquo após o particípio.
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MÓDULO PORTUGUÊS - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
BIBLIOGRAFIA
PORTUGUÊS
Volume único – Antonio de Siqueira e Silva, Rafael Bertolin – 1ª edição – São Paulo – IBEP
2005
3. Terra, Ernani
Português de olho no mundo do trabalho – ensino médio – volume único – Ernani Terra,
Jpsé de Nicola – São Paulo – Editora Scipione. 1ª edição –
101
PORTUGUÊS
MÓDULO D E
LITERATURA
102
MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
LITERATURA
Módulo I
1- Introdução
“A Literatura é um fenômeno estético. É uma arte, a arte da palavra. Não visa informar, pre-
PORTUGUÊS
gar, documentar. Acidentalmente, secundariamente, ela pode fazer isso, pode conter história,
filosofia, ciência, religião. O literário ou o estético inclui precisamente o social, o histórico, o
religioso etc., porém transformando esse material em estético.”
(Notas de Teoria Literária, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976).
Dessa forma, a Literatura não tem um compromisso de fazer um retrato da realidade ime-
diata; ao contrário, ao artista literário interessa mais recriar a realidade de acordo com a
própria visão de mundo.
Palavra com sentido comum do dicionário Palavra cujos sentidos extrapolam o sentido
comum
Figuras de linguagem
Figuras de linguagem são recursos especiais de que as pessoas se valem para emprestar ao
que falam ou escrevem mais força e colorido.
Metáfora: ocorre metáfora quando desviamos a significação própria de uma palavra por
meio de uma comparação mental ou característica comum entre dois fatos ou seres.
103
Módulo I - 1º ano MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio
Compara ção: ocorre comparação quando confrontamos coisas ou pessoas a fim de lhes
destacar traços comuns, visando um efeito expressivo. Não se deve confundir comparação
com metáfora. Na comparação, os dois termos vêm unidos por “como”, “tal”, “qual”, “assim”
“como” etc.
Exemplo: O amor é tal qual uma planta: precisa ser cuidado para crescer.
Exemplo: “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (assonância do fonema vocálico /a/).
Cruz e S o u sa . “An tífon a”. Broqueis.
Exemplo:
104
MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
Paralelismo: diz-se que ocorre paralelismo quando, num texto, há palavras ou frases que
se repetem e se correspondem entre si.
Exemplo:
PORTUGUÊS
2. Linguagem literária e não-literária
Linguagem Literária: predomina uma função estética, pois apresenta linguagem centrada
nas emoções do observador e a preocupação intencional com o modo de expressá-las.
(...)
“Era um sonho dantesco”... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar... (...)
(Castro Alves, poeta brasileiro do século XIX)
Linguagem Não-literária: predomina uma função informativa e, como tal, pretende apenas
informar; explicar,documentar. A linguagem utilizada é predominantemente objetiva, funda-
menta-se em fatos históricos, concretos, dados estatísticos.
“O Brasil teve três séculos e meio de regime escravocrata, contra apenas um de trabalho
livre.Três e meio para um!Ao longo desses três séculos e meio, importou 4 milhões de negros
africanos, 40% das importações totais das Américas, numa das mais volumosas operações de
transferência forçada de pessoas havidas na História.”
3. A s formas Literárias
105
Módulo I - 1º ano MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio
O Poema:O poema é a forma de linguagem organizada em versos- cada uma das linhas do
poema –e em estrofes- um conjunto de versos.
Um texto escrito em versos apresenta sonoridade, ritmo – recursos obtidos por meio da
repetição de vogais com sons semelhantes; da alternância entre sílabas átonas e sílabas tônicas;
de rimas – os sons coincidentes entre palavras no final de cada verso ou no interior do verso.
PORTUGUÊS
4. Gêneros Literários
Entende-se por gênero literário o conjunto de características que permitem classificar uma
obra literária em determinada categoria.
A literatura ocidental deve aos gregos a concepção de três grandes gêneros literários: o
épico, o lírico e o dramático.
Gênero épico ou narrativo: é assim classificado por apresentar como tema à narração de
fatos notáveis, grandiosos, extraordinários e históricos de um povo, ou de um só herói, o pro-
tagonista, a figura principal da narrativa.
Quando essas ações heróicas são narradas em versos, tem-se um poema épico ou epopéia.
Esse tipo de texto gira em torno de uma história, apresentam elementos como tempo e
espaço - demarcados por cenários, mas os acontecimentos não são contados por um narrador,
são apresentados diretamente pela fala e expressão dos atores que representam as perso-
nagens da narrativa.
106
MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo I - 1º ano
O Roman ce – Esse gênero caracteriza-se por se apresentar uma narrativa longa em prosa,
em geral estruturada em capítulos. Envolve um número grande de personagens e histórias
paralelas ao conflito principal,pode abranger vários espaços simultaneamente abordar o
tempo presente e passado. Esse gênero literário é fundamentalmente de ficção, embora possa
relatar uma história real.
PORTUGUÊS
A Novela – Esse gênero em prosa, de modo geral, condensa os elementos do romance,
mas com uma dinâmica distinta: a narrativa é mais direta, sem rodeios; os episódios e o tempo
são sucessivos, contínuos, sem interrupções;os espaços são cuidadosamente delimitados.
Nesse gênero, tudo caminha rapidamente para o desfecho da narrativa e para a resolução de
variados conflitos.
O Con to – Estruturado em prosa, o conto caracteriza-se por uma narrativa que se desen-
volve em torno de um conflito vivido, geralmente, por uma só personagem. É uma história
curta que concentra a ação em um único ponto de interesse.
A Crônica – Caracterizada como uma narrativa curta em prosa, a crônica limita-se a nar-
rar,registrar ou comentar um incidente- em geral fatos comuns, assuntos relativos à vida coti-
diana, aspectos políticos, esportivos ou de teor artístico. A crônica não tem uma estrutura
determinada, é redigida de forma livre e pessoal.
6. Estilos de época
Cada época desenvolve-se uma maneira própria, um estilo para expressar a realidade e a
concepção de mundo do artista.
As diversas tendências e estéticas que se sucederam na arte através dos tempos são
chamadas de estilos de época ou de movimentos, ou ainda de escolas.
7. Estilo Individual
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Módulo I - 1º ano MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio
8. Periodização da Literatura
I. O Trovadorismo
Foi um movimento que teve início no sudoeste francês , região da Provença, com a mani-
festação das cantigas de amor, que levavam esse nome porque eram efetivamente can-
tadas.Em Portugal a escola se manifestou por meio de dois tipos de cantigas: A líricas e as
satíricas.
• Líricas:
PORTUGUÊS
A) Cantigas de Amor: de origem francesa e nobre, distinguiam-se por sua linguagem mais
erudita e por terem um enunciador masculino. Além disso, apresentam como tema funda-
mental a coyta d’amor, ou seja, o sofrimento pela impossibilidade de realização amorosa,
já que a amada era supostamente de uma condição social superior na sociedade feudal, e
aquele que a amava, um subalterno. Claro que isso é um fingimento poético, pois, como
vimos,esse tipo de cantiga tem origem nobre. Nesse tipo de composição poética, a musa é
superior a todas as outras mulheres. Ou ele não sabe dos sentimentos que o enunciador
nutre por ela,ou sabe e os despreza. Tal incompatibilidade gera no enunciador uma postu-
ra de servidão perante a mulher desejada, ou o desejo de morte, já que se tem o amor como
um sentimento eterno: já que nunca se realizará, ele prefere deixar este mundo.
B) Cantigas de Amigo: essas têm origem popular e ibérica, portanto apresentam linguagem
mais simples e clara, com repetições de versos e refrões que são chamados de “paralelis-
mo”. Há nelas outro fingimento amoroso: o enunciador é feminino, sendo que a totalidade
delas foi escrita por homens, à exceção provável das anônimas. O tema dominante dessas
cantigas é a ausência do amado que partiu para a guerra e não voltou.
• Satíricas
B) Cantigas de Maldizer: diferenciam-se das de escárnio por apresentarem uma crítica mais
direta, radical, com o uso inclusive de obscenidades e palavrões. Frequentemente traziam o
nome do alvo da depreciação.
II. O Humanismo
Estende-se de 1434 até o ano de 1527, quando Sá de Miranda retorna da Itália, introduzin-
do em Portugal características da estética renascentista. O Humanismo foi um período tipica-
mente de transição da cultura medieval para a cultura clássica.
108
MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo II - 2º ano
Módulo II
IV. O Barroco
PORTUGUÊS
Ao estilo que predominou no século XVII dá-se o nome de Barroco – uma arte dualista, que
expressa a tentativa de conciliar forças opostas. Muitos conflitos de natureza política, econômi-
ca e religiosa contribuíram para a temática desenvolvida no período, dentre eles a Contra-refor-
ma, ou a Reforma Católica.
V. O Arca dism o
O Arcadismo tinha por lema a frase latina inutilia truncat (“corta, suprir as inutilidades”).
Visava com isso cortar os exageros, os rebuscamentos e as extravagâncias características do
Barroco, retornando a um estilo literário mais simples, em que prevalecesse a objetividade do
mundo burguês. Os modelos seguidos eram os clássicos greco-latinos e os renascentistas; a
mitologia pagã foi retornada como elemento estético.
Havia, portanto, uma contradição entre a realidade do progresso urbano e o mundo bucóli-
co por eles idealizado. Por isso se justifica falar em fingimento poético no Arcadismo, fato que
transparece no uso dos pseudônimos pastoris.
Representantes: Bocage, Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga, Santa Rita
Durão, Basílio da Gama.
109
Módulo II - 2º ano MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio
VI. O Romantismo
O Romantismo definiu-se como escola literária na Europa a partir dos últimos 25 anos de
séculos XVIII. O romance Wether, de Goethe, publicado na Alemanha em 1774, lança as bases
definitivas do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo suicídio.
A crise política, social e econômica atravessada pela Europa entre o final do século XVIII e
o início do século XIX, fez ruírem vários referenciais importantes que norteavam a sociedade
até então. A falta de perspectivas e de parâmetros fez com que os românticos buscassem nos
sentimentos individuais, no próprio eu as referências para viver. Desse subjetivismo resultam
algumas das principais características do movimento.
PORTUGUÊS
CL A S S I C IS M O ROMANTISMO
PAGANISMO CRISTIANISMO
RAZÃO SENSIBILIDADE
ERUDIÇÃO FOLCLORE
DISCIPLINA LIBERTAÇÃO
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MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
Módulo III
VII. O Realismo
PORTUGUÊS
As características do realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico em que se
insere esse movimento literário. Reflete, dessa forma, a postura do positivismo, do socialismo
e do evolucionismo, com todas as suas variantes. O objetivismo aparece como negação do
subjetivismo romântico e nos mostra o homem voltado para aquilo que está diante e fora dele,
o não-eu; o personalismo cede terreno ao universalismo. O materialismo leva à negação do
sentimentalismo e da metafísica. O nacionalismo e a volta ao passado histórico são deixados
de lado; o Realismo só se preocupa com o presente, com o contemporâneo.
Importante salientar que o Realismo é a denominação genérica de uma escola literária que
abrange as tendências seguintes:
Romance realista — Cultivado no Brasil por Machado de Assis, é uma narrativa voltada
para a análise psicológica e que critica a sociedade a partir do comportamento de determina-
dos personagens, em geral, capitalistas. Dessa forma, podemos dizer que os realistas analisam
a sociedade “por cima”, a partir das classes dominantes. O romance realista tem caráter do-
cumental, sendo o retrato de uma época.
VIII. O Parnasianismo
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Módulo III - 3º ano MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio
IX . O Sim bolismo
PORTUGUÊS
Simbolismo é, na Europa, a estética literária do final do século XIX, que se opõe às pro-
postas do Realismo.
O simbolismo começa por repudiar o realismo e suas manifestações. De fato, a nova estéti-
ca rejeita o cientificismo, o materialismo, o racionalismo, valorizando, em contrapartida, as
manifestações metafísicas e espirituais, o que equivale a dizer que ela corresponde à negação
do Naturalismo e do Parnasianismo.
X . O Modernismo
O movimento moderno baseou-se na idéia de que as formas "tradicionais" das artes plásti-
cas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que
se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação
apoiou a idéia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objeti-
vo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente
melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que
as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam
se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.
112
MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
PORTUGUÊS
do Modernismo: Augusto dos Anjos (Eu e Outras Poesias), Euclides Da Cunha (Os Sertões), Lima
Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma), Monteiro Lobato (Urupês), Oswald De Andrade (Os con-
denados), Mario De Andrade (Paulicéia Desvairada), Manoel Bandeira (Itinerário de Pasárgada),
Graciliano Ramos (Vidas Secas), José Lins Do Rego (Menino de Engenho), Raquel de Queiroz
(Memorial de Maria Moura), Érico Veríssimo (Olhai os Lírios do Campo), Jorge Amado (Dona Flor e
Seus Dois Maridos), Carlos Drummond de Andrade (Amar-se Aprende amando-se), Vinícius de
Morais (Orfeu Da Conceição), Cecília Meireles (Romanceiro da Inconfidência).
1189(?)
_de maldizer Primeiras
ERAMEDIEVAL
Universidades
1434
_Teatro de Gil Navegações _ Comércio
_ Vicente
especiarias _ Reforma
_ Protestante
_ Pe. Antônio
Vieira
113
Módulo III - 3º ano MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio
1825
_ Camilo Castelo do Brasil napoleônicas
_ Branco _ Guerra Civil
1865
_ Eça de Queiroz _ Primeiras Industrial
PORTUGUÊS
greves
ERAROMÂNTICA
organizadas
1890
_ Antonio Nobre _ A República _ Vanguardas
_ Camilo Pessanha _ Crise econômica artísticas
1915
de 25 de abril _ Nazi-fascismo
_ 2ª Guerra
Mundial
_ Guerra fria
Nossosdias
114
MÓDULO LITERATURA - Ensino Médio Módulo III - 3º ano
Bibliografia
3. Terra, Ernani
PORTUGUÊS
Português de olho no mundo do trabalho – ensino médio – volume único – Ernani Terra,
Jpsé de Nicola – São Paulo – Editora Scipione. 1ª edição –
115