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Quilombos na fronteira oeste mato-grossense: memória social e

processos educativos nos Quilombos Exu e Pita Canudo

Angela Maria dos Santos


Resumo

A tese intitulada, “Quilombos na fronteira oeste mato-grossense:


memória social e processos educativos não formais nas comunidades Exu
e Pita Canudo”, é um trabalho que tem como lócus duas comunidades
quilombolas localizadas na fronteira oeste do estado de Mato Grosso.
Especificamente, trata dos processos educativos e de registros da
memória social construídos por quilombolas das comunidades Exu e Pita
Canudos, ambas do município de Cáceres. Buscou-se identificar os
referenciais da construção social do passado e os processos educativos
não formais que ocorrem nas relações sociais, nas produções e na
(re)elaboração da identidade cultural quilombola. Os instrumentos
utilizados para a coleta de dados foram o registro oral por meio do estudo
da memória, a pesquisa documental e a observação participante. A
pesquisa se encontra em desenvolvimento. Mas já e possível refletir o
contexto de continuidades e des-condinuidades a desterritorialização
presente, que apresentam acepções complexos, ao mesmo tempo
significando uma perda ligada ao território geográfico e reelaboração
da dimensão de comunidade negra é presente nas práticas dos grupos,
seja algum costume, no modo de fazer as coisas e/ou uso de objetos
peculiares do uso em seus antigos territórios que retornam a pratica
cotidiana. Isso ocorre no caso da comunidade Exu, que tem um
contingente populacional reduzido drasticamente, com o êxodo,
provocado pela entrada de fazendeiros nas terras e pela falta de
políticas públicas mais assistiva ao grupo. No caso de Pita Canudo, onde
a expulsão do território, levou a um processo de des-territorização,
espalhando os remanescentes em diferentes bairros urbanos em
Cáceres. Nesse grupo o processo de des-territorização reelaboram
práticas culturais e dão continuidade em alguns costumes em outras
bases, onde os quintais das casas exprimem uma janela para o passado
em terras quilombolas ao mesmo tempo um processo de educativo não
formal, apresentado pela resistência cultural e luta pela terra.
Palavras-chave: Quilombos; Processos Educativos; Memória; Oralidade.

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