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Relatórios de Leitura
HB0005 Formalismos 2018-1
<396219> <Suellen Salgado de Queiroz Sousa>
[NOTA] Situação ok
Resenha 1 (18/3)
Título: SAUSSURE E A DEFINIÇÃO DA LÍNGUA COMO OBJETO DE
ESTUDOS
Autor: Rômulo da Silva Vargas Rodrigues
Comentário:
No artigo resenhado, o autor faz uma análise historiográfica e cronológica do
Curso de Linguística Geral tendo em vista o modo como o pensamento
Saussuriano foi desenvolvido, levando em consideração influências de outros
estudiosos como Humboldt, Whitney e Bopp, para dar à Linguística o status quo
de ciência. Primeiramente, é explicado que para tal feito, se fazia necessário a
definição de um objeto e de um método, deste modo, Ferdinand Saussure
definiu a língua como objeto da Linguística e utilizou o Estruturalismo como
método.
Neste contexto, a publicação do CLG possibilitou a difusão das ideias
saussurianas, além de ser uma produção que implantou nos estudos linguísticos
um modelo metodológico capaz de imprimir a tais estudos o rigor científico
almejado. No decorrer da produção de Rômulo, é evidenciado o surgimento, no
século XX, de diversos estudos baseados em Saussure, sendo a favor ou não do
método utilizado pelo linguista que, através da conceituação, isola o objeto
língua, assim, o distingue dos demais fatos da linguagem. Saussure descarta a
possibilidade de a língua ser uma descrição do mundo, para ele, ela é apenas
um sistema de valores puros e se associa ao fato social, um produto da
coletividade onde o indivíduo não tem nenhum poder, e é intermediária, estando
entre o pensamento e os sons, o que forma uma faixa organizacional, como um
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Referência:
RODRIGUES, Rômulo da Silva Vargas. Saussure e a definição da língua como
objeto de estudos. ReVEL. Edição especial n. 2, 2008. ISSN 1678-8931
[www.revel.inf.br].
Disponível em:
file:///C:/Users/suell/Downloads/Saussure%20e%20a%20definição%20de%20lín
gua.pdf
Resenha 2 (25/3)
Título: SAUSSURE, BENVENISTE E O OBJETO DA LINGUÍSTICA
Autor: Aline Juchem
Comentário:
O artigo resenhado foi escrito por Aline Juchem, mestranda do curso de Pós-
Graduação Strictu Sensu “Estudos da Linguagem: Teorias do Texto e do
Discurso”, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS,
especialista em “Estudos Linguísticos do Texto”, pela mesma universidade, e
licenciada em Letras-Português pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos,
UNISINOS. Em seu estudo, Juchem tem como objetivo apresentar as relações
de semelhança e diferença entre os pensamentos de Ferdinand Saussure e de
Émile Benveniste levando em consideração a conceituação de objeto linguístico.
A autora toma por base a afirmação de que Saussure foi fundador de um
campo de estudo e seu objeto. São levantados alguns questionamento acerca
de como o pensamento de Benveniste está atrelado ao do “Pai da Linguística”,
focando, principalmente, no distanciamento do objeto da Linguística de um
teórico em relação ao outro. Para essa explanação, é abordada a primeira parte
do Curso de Linguística Geral (CLG) e os Problemas de Linguística Geral I (PLG
I) e Problemas de Linguística Geral II (PLG II), de Benveniste.
Em um primeiro momento, Juchem elucida a trajetória do estudo Saussuriano,
perpassando a definição da língua como objeto linguístico, a ocupação da
Linguística no campo científico e a delimitação da linguagem como sistema. No
segundo momento, é abordada a Enunciação, de Benveniste, apresentada no
PLG I e no PLG II, onde o objeto da Linguística passa a ser mais singular e
subjetivo.
De acordo com o que é elencado pela autora, percebemos, ao fim do artigo
que Saussure influenciou o pensamento de Benvenistiniano ao definir o conceito
de signo linguístico, e Benveniste, apesar de manter a noção de sistema,
nomeando-o de estrutura, insere o sujeito à esse sistema, e tal indivíduo o
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atualiza por meio da fala, o que distancia os pensamentos dos dois linguistas.
Resenha 3 (1/4)
Título: ALGUMAS LINHAS DO PENSAMENTO DE HJELMSLEV
Autor: Fernando José Castim
Comentário:
O artigo em estudo é do Fernando José Castim, mestre em Linguística e
professor adjunto da Universidade Católica de Pernambuco. Em seu texto,
Castim toma por base a obra Prolegomena, do dinamarquês Louis Hjelmslev, e
faz uma apresentação sucinta de algumas linhas de pensamento do teórico,
levando em consideração o roteiro de estudo sobre a Glossemática deixado por
ele.
O autor, primeiramente, se ocupa em fazer uma explanação sobre o próprio
termo Glossemática, conceituando-o como, nada mais do que, um estudo da
língua em seu aspecto exclusivamente formal e funcional, ou seja, somente uma
relação faz o signo “funcionar” (Hjelmslev nos mostra isso nos Prolegômenos,
expondo as relações de interdependência dentro de um sistema). A base da
teoria Saussuriana tem influência sobre a Glossemática se levarmos em
consideração que Saussure mostra que a língua é forma e não substância, isso
caracteriza a escola desenvolvida por Hjelmslev, onde foi aprofundada a teoria
do signo, focando tanto na forma quanto no conteúdo. O método tendeu dar
uma autonomia maior à linguagem enquanto ciência, organizando-a em
unidades maiores e menores.
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Resenha 4 (8/4)
Título: A TEORIA DA LINGUAGEM EM HJELMSLEV: UMA EPISTEMOLOGIA
IMANENTE AO CONHECIMENTO
Autor: Waldir Beividas
Comentário:
O artigo estudado foi escrito pelo pós-doutor Waldir Beividas e publicado na
revista de Estudos Semióticos de São Paulo, e aborda a teoria de Louis
Hjelmslev acerca da linguagem.
Beividas, em seu estudo, primeiramente nos mostra a ligação existente entre
o pensamento Saussuriano e a teoria desenvolvida por Hjelmslev, de modo que
as duas metodologias visam descrever as línguas naturais, a partir da sua
estrutura. Neste contexto, devemos lembrar que é nos estudos de Saussure que
surge o princípio básico de arbitrariedade, o que levou Hjelmslev,
posteriormente, a aprofundar no estudo a imanência, onde a linguagem é
baseada por ela mesma, sendo ela própria seu início e seu fim, e mais, o teórico
divide a imanência em duas vertentes: metodológica e epistemológica.
O autor, em seus estudos sobre a imanência Hjelmsleviana, demonstra uma
divergência entre a Semiótica e outras teorias do discurso, devido a teoria
imanente ser acusada por não ter uma visão ampla quanto a textos externos a
ela. Além do mais, a imanência em estudo, unida à forma e à estrutura, pode
cometer o que seria nomeado por Beividas por “grave delito”, que seria, em
linhas gerais, um esquecimento da questão histórica da linguagem, e partindo
disto, Hjelmslev é tido como um formalista exagerado.
Ao concluir, o autor afirma que a linha de pensamento e reflexão de
Hjelmslev desencadeiam um princípio de ordem epistemológica geral, e nos
mostra que a explanação dessa discussão é, acima de qualquer coisa, filosófica.
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Resenha 5 (15/4)
Título: A LINGUÍSTICA DE ROMAN JAKOBSON: CONTRIBUIÇÕES PARA O
ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
Autoras: Nellie Rego Santee e Ana Carolina Rocha Pessoa Temer
Comentário:
O artigo resenhado foi publicado na revista Unopar de Ciências Humanas e
tem como autoras Nellie Rego Santaee e Ana Carolina Rocha Pessoa Temer, a
primeira é mestre em Comunicação pela UFG, e a segunda é professora da
Pós-graduação em Comunicação, também da UFG.
O presente estudo tem como objetivo focar na Teoria da Comunicação,
desenvolvida por Roman Jakobson, por ela ser bastante utilizada, ainda que
hodiernamente.
Podemos inferir que o trabalho desenvolvido por Jakobson está em pauta em
vários estudos no meio acadêmico, como anais, artigos e revistas. Tal fato
mostra o quão a teoria do estudioso russo foi estudada e aprofundada. Além
disso, devemos lembrar que Jakobson teve diversas influências, dentre elas, o
“Pai da Linguística”, Saussure, e os formalistas russos. Esse sincretismo de
tendências fez com que sua teoria tenha proximidade com diferentes áreas do
conhecimento, como a fonologia, a psicologia e até mesmo a matemática.
Como base dos estudos sobre a comunicação, temos as nove teses
desenvolvidas durante a conferência linguística denominada Círculo Linguístico
de Praga, que seu foco estava no estudo da língua de acordo com seu uso,
ampliando uma visão pragmática acerca disso, fortificando uma tendência,
reconhecida posteriormente como funcionalista.
Além das teses desenvolvidas em conjunto no CLP, Jakobson desenvolve,
individualmente, a definição de funções da linguagem, que diz respeito à relação
entre comunicação e uso. Tais funções (fática, poética, emotiva, metalinguística,
conativa e referencial) explicam a intenção comunicativa com uma perspectiva
linguística e são foco principal do artigo em questão, têm como finalidade
estabelecer relações de interesse entre os elementos da comunicação (listados
pelas autoras).
Tendo em vista a relevância dos estudos das autoras, este artigo mostra-se
necessário por expor a mescla das áreas comunicativa e linguística de modo
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que se torne base para diversos estudos atuais que são também influenciados
pelas análises provindas do CLP.
Resenha 6 (22/4)
Título: AS CONTRIBUIÇÕES DOS ENSINAMENTOS DE LEONARD
BLOOMFIELD PARA A LINGUÍSTICA
Autor: Jônatas Gomes Duarte, Sebastião Elias Milani e Maria José de Pinho
Comentário:
O artigo em estudo tem como autores Duarte (UFT), Milani (UFG) e Pinho
(UFT), foi publicado nos Cadernos do Círculo Fluminense de Estudos Filosóficos
e Linguísticos. O artigo em questão tem como objetivo a demonstração das
contribuições do behaviorismo bloomfieldiano nas análises de cunho linguístico.
Os autores apresentam o embasamento da pesquisa de Leonard
Bloomfield com a análise da linguagem desde a antiguidade, focando no método
behaviorista, onde a língua concebida por meio da vida dos falantes possui
características de sincronia e descrição. Deste modo, os estudos do americano
foram definidos como marco do início dos estudos ligados ao descritivismo nos
Estados Unidos da América. Bloomfield, tem um enorme reconhecimento e é
considerado pelos americanos como o “Pai da Linguística”, suas pesquisas são
de grande relevância para os estudos linguísticos. Os estudos bloomfieldianos
acerca da linguagem são focados na historicidade da língua, levando em
consideração sua evolução, apesar disso, tem em vista a importância de estudar
a língua estrutural e cientificamente.
A teoria behaviorista de Bloomfield foi muito influenciada por Franz Boas ao
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17. Em que consiste o método estruturalista fora da linguística e qual seu critério
de cientificidade?
18. Explique por que o estruturalismo fora da linguística foi tão duramente
criticado pelo marxismo.
19. De que modo e por que a hermenêutica humanista se opõe ao
estruturalismo?
20. Estabeleça distinções entre estruturalismo e pós-estruturalismo.
Resenha 7 (29/4)
Título: O HOMEM E O PÓS-ESTRUTURALISMO FOUCAULTIANO:
IMPLICAÇÕES NOS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS
Autor: Eloisio Moulin de Souza, Leila Aparecida Domingues Machado e
Mônica de Fátima Bianco
Comentário:
O artigo em análise foi publicado na revista Organização e Sociedade da
Universidade Federal da Bahia, e tem como autores Eloisio Moulin de Souza,
professor universitário da Fucape, Leila Aparecida Domingues Machado e
Mônica de Fátima Bianco, ambas professoras universitárias da Universidade
Federal do Espírito Santo. O estudo deles tem por finalidade estudar o conceito
de Homem do período pós-estruturalista por meio de uma análise aprofundada
do pensamento do filósofo Michel Foucault.
Para este artigo, é de extrema importância adentrarmos as ideias de Foucault.
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Resenha 8 (6/5)
Título: ROLAND BARTHES: A SEMIOLOGIA DA DIALÉTICA
Autor: Roberto José Ramos
Comentário:
O artigo resenhado foi publicado na revista Conexão - Comunicação e
Cultura da UCS e foi escrito por Roberto José Ramos, professor doutor nos
cursos de graduação e pós-graduação da Famecos - PUCRS.
O estudo tem como objetivo agenciar a semiologia de Roland Barthes e suas
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Resenha 9 (13/5)
Título: A NOÇÃO DE NARRATIVA EM GREIMAS
Autor: Conrado Moreira Mendes
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Comentário:
O artigo resenhado foi publicado pelas revistas eletrônicas da UniBH e tem
como autor Conrado Moreira Mendes, professor universitário e doutor em
semiótica.
Mendes inicia seu artigo com uma introdução sobre o Estruturalismo, onde
Greimas tem grande renome, juntamente com Lévi-Strauss e Lacan, sendo
denominado como arquiestruturalista. O mesmo tinha seu embasamento
epistemológico nos pensamentos de Hjelmslev e tinha por finalidade tornar a
semiótica uma semiologia saussuriana.
O estudo narrativo de Greimas se baseia na estrutura imanente, dentro de
um paradigma estruturalista em uma perspectiva semiológica ancorada nos
moldes da sintaxe. Sendo assim, a narrativa torna-se um discurso de caráter
figurativo, onde os personagens caracterizam ações e as tais são sucedidas
umas das outras, levando em consideração uma organização. A partir disto,
foram estabelecidos modelos de narrativas com estruturas mais concretas.
Posteriormente, considerando o modelo de narrativa de Greimas, são estudados
os elementos do sistema: sujeito e objeto, destinador e destinatário, e, sujeito e
antissujeito.
Com base no que nos foi mostrado pelo autor, torna-se perceptível que a
narrativa transforma-se no princípio de organização do discurso e, inclusive, do
imaginário humano. A estrutura narrativa de Greimas passa a ser um
embasamento relevante para o desenvolvimento de estudos textuais e
linguísticos.
Resenha 10 (20/5)
Título: CHOMSKY E O ASPECTO CRIATIVO DA LINGUAGEM
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Comentário:
O artigo estudado tem como autor Rodrigo T. Gonçalves, aluno do
Programa de Pós-graduação em Linguística, Letras Clássicas e Vernáculas da
Universidade Federal do Paraná. A publicação do estudo foi feito na Revista
Eletrônica de Estudos de Linguagem, com finalidade de retificar o conceito de
Chomsky acerca da criatividade linguística e como a mesma aplica-se na
Gramática Gerativa.
Nos é apresentada no artigo em questão a Gramática Gerativa chomskiana,
que caracteriza-se como uma sistema de regras recursivas habilitado a gerar
enunciados jamais reconhecidos anteriormente. Deste modo, esta gramática
está ligada diretamente ao modo como o discurso é construído, levando em
conta sua sintaxe, adentrando, com isso, no aspecto criativo do enunciador,
onde ele constrói a estrutura do discurso.
Gonçalves cita, inclusive, que para o Estruturalismo norte-americano, um
exemplo de corrente linguística mais conectada ao empirismo, a língua se
caracterizava como resposta a diversos estímulos, reduzindo o comportamento
linguístico a um treinamento. Diferente deste pensamento, no Gerativismo,
Chomsky aponta que que não há como delimitar a linguagem humana apenas
em uma forma assim tão restrita. Ademais o linguista acredita em uma
linguagem iminente ao indivíduo, tendo natureza biológica.
Podemos sintetizar, após lermos tal artigo, que o conceito de linguagem
apresentado por Chomsky, não se resume a um veículo de pensamento,
ultrapassa essa definição e torna-se circular e, algumas vezes, paradoxal.
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