You are on page 1of 7

Motor de corrente alterna

Denomina-se motor de corrente alterna àquele motores eléctricos que


funcionam com corrente alterna. Um motor é uma máquina motriz, isto é, um aparelho
que converte uma forma determinada de energia em energia mecânica de rotación ou
par. Um motor eléctrico converte a energia eléctrica em forças de giro por médio da
acção mútua dos campos magnéticos.

Um gerador eléctrico, por outra parte, transforma energia mecânica de rotación


em energia eléctrica e pode-se-lhe chamar uma máquina generatriz de fem. As duas
formas básicas são o gerador de corrente contínua e o gerador de corrente alterna,
este último mais correctamente chamado alternador.

Todos os geradores precisam uma máquina motriz (motor) de algum tipo para
produzir a força de rotación, por médio da qual um condutor pode cortar as linhas de
força magnéticas e produzir uma fem. A máquina mais simples dos motores e
generadores é o alternador.

Motores universais

Os motores universais trabalham com voltajes de corrente contínua ou corrente


alterna. Tal motor, chamado universal, utiliza-se em sierra eléctrica, taladro, utensilios
de cozinha, ventiladores, sopladores, batidoras e outras aplicações onde se requer
grande velocidade com ónus débis ou pequenas forças. Estes motores para corrente
alterna e directa, incluindo os universais distinguem-se por seu conmutador devanado
e as escobillas. Os componentes deste motor são: Os campos (estator), a massa
(rotor), as escobillas (os excitadores) e as tampas (os cobertas laterais do motor). O
circuito eléctrico é muito simples, tem somente uma via para o passo da corrente,
porque o circuito está ligado em série. Seu potencial é maior por ter maior flexibilidade
em vencer a inércia quando está em repouso, ou seja, tem um par de arranque
excelente, mas tem uma dificuldade, e é que não está construído para uso contínuo ou
permanente.

Outra dificuldade dos motores universais são as emissões electromagnéticas.


As chispas do colector (chisporroteos) junto com seu próprio campo magnético geram
interferencias ou ruído no espaço radioeléctrico. Isto se pode reduzir por médio dos
condensadores de passagem, de 0,001 μF a 0,01 μF, ligados das escobillas à carcasa
do motor e ligando esta a massa.Estes motores têm a vantagem de que atingem
grandes velocidades mas com pouca força. Existem também motores de corrente
alterna trifásica que funcionam a 380 V e a outras tensões. Os motores universais
além de ser mais ecológicos gastam menos electricidade.

Motores síncronos

Implicando, pode-se utilizar um alternador como motor em determinadas


circunstâncias. Se se excita o campo com c-c e alimenta-se pelos anéis colectores à
bobina do rotor com c-a, a máquina não arrancará. O campo ao redor da bobina do
rotor é alterno em polaridad magnética mas durante um semiperiodo do ciclo
completo, tentará mover em uma direcção e durante o seguinte semiperiodo na
direcção oposta. O resultado é que a máquina permanece parada. A máquina somente
aquecer-se-á e possivelmente queimar-se-á.
Para gerar o campo magnético do rotor, fornece-se uma CC ao devanado do
campo; isto se realiza frequentemente por médio de uma excitatriz, a qual consta de
um pequeno gerador de CC impulsionado pelo motor, ligado mecanicamente a ele.
Mencionou-se anteriormente que para obter um par constante em um motor eléctrico,
é necessário manter os campos magnéticos do rotor e do estator constantes o um com
relação ao outro. Isto significa que o campo que rompida electromagnéticamente no
estator e o campo que rompida mecanicamente no rotor se devem alinear o tempo
todo.

A única condição para que isto ocorra consiste em que ambos campos roten à
velocidade sincrónica:

Isto é, são motores de velocidade constante.

Para uma máquina sincrónica de pólos não salientes (rotor cilíndrico), o par se pode
escrever em termos da corrente alterna do estator, is(t), e da corrente contínua do
rotor, if:

onde γ é o ângulo entre os campos do estator e do rotor

O rotor de um alternador de dois pólos deve fazer uma volta completa para
produzir um ciclo de c-a. Deve girar 60 vezes por segundo (se a frequência fora de 60
Hz), ou 3.600 revoluções por minuto (rpm), para produzir um c-a de 60 Hz. Se pode-se
girar a 3.600 rpm tal alternador por médio de algum aparelho mecânico, como por
exemplo, um motor de c-c, e depois se excita o induzido com um c-a de 60 Hz,
continuará girando como um motor síncrono.

Sua velocidade de sincronismo é 3.600 rpm. Se funciona com um c-a de 50 Hz,


sua velocidade de sincronismo será de 3.000 rpm. Enquanto o ónus não seja
demasiado pesado, um motor síncrono gira a sua velocidade de sincronismo e só a
esta velocidade. Se o ónus chega a ser demasiado grande, o motor vai diminuindo
velocidade, perde seu sincronismo e pára-se. Os motores síncronos deste tipo
requerem todos uma excitação de c-c para o campo (ou rotor), bem como uma
excitação de c-a para o estator.

Pode-se fabricar um motor síncrono construindo o rotor cilíndrico normal de um


motor tipo jaula de ardilla com dois lados planos. Um exemplo de motor síncrono é o
relógio eléctrico, que deve se arrancar a mão quando se pára. Assim que mantém-se o
c-a em sua frequência correcta, o relógio marca o tempo exacto. Não é importante a
precisão na amplitude da tensão.

Motores de jaula de esquilo

A maior parte dos motores que funcionam com c-a de uma sozinha fase têm o
rotor de tipo jaula de esquilo. Os rotores de jaula de ardilla reais são bem mais
compactos e têm um núcleo de ferro laminado.
Os condutores longitudinais da jaula de esquilo são de cobre e vão soldados às
peças terminais de metal. A cada condutor forma uma espira com o condutor oposto
ligado pelas duas peças circulares dos extremos. Quando este rotor está entre dois
pólos de campos electromagnéticos que têm sido magnetizados por uma corrente
alterna, se induze uma fem nas espiras da jaula de ardilla, uma corrente muito grande
as percorre e se produz um forte campo que contrarresta ao que tem produzido a
corrente (lei de Lenz). Ainda que o rotor possa contrarrestar o campo dos pólos
estacionarios, não há razão para que se mova em uma direcção ou outra e assim
permanece parado. É similar ao motor síncrono o qual também não se arranca
sozinho. O que se precisa é um campo rotatorio em lugar de um campo alterno.

Quando o campo se produz para que tenha um efeito rotatorio, o motor se


chama de tipo de jaula de ardilla. Um motor de fase partida utiliza pólos de campo
adicionais que estão alimentados por correntes em diferente fase, o que permite aos
dois jogos de pólos ter máximos de corrente e de campos magnéticos com muito
pouca diferença de tempo. Os arrollamientos dos pólos de campo de fases diferentes,
dever-se-iam alimentar por c-a bifásicas e produzir um campo magnético rotatorio,
mas quando se trabalha com uma sozinha fase, a segunda se consegue normalmente
ligando um condensador (ou resistência) em série com os arrollamientos de fases
diferentes.

Com isso se pode deslocar a fase em mais de 20° e produzir um campo


magnético máximo no devanado desfasado que se adianta sobre o campo magnético
do devanado principal.

Deslocação real do máximo de intensidade do campo magnético desde um


pólo ao seguinte, atrai ao rotor de jaula de ardilla com suas correntes e campos
induzidos, fazendo-lhe girar. Isto faz que o motor se arranque por si mesmo.

O devanado de fase partida pode ficar no circuito ou pode ser desligado por
médio de um conmutador centrífugo que lhe desliga quando o motor atinge uma
velocidade predeterminada. Uma vez que o motor arranca, funciona melhor sem o
devanado de fase partida. De facto, o rotor de um motor de inducción de fase partida
sempre se desliza produzindo uma pequena percentagem de redução da que seria a
velocidade de sincronismo.

Se a velocidade de sincronismo fosse 1.800 rpm, o rotor de jaula de ardilla,


com um verdadeiro ónus, poderia girar a 1.750 rpm. Quanto maior seja o ónus no
motor, mais desliza-se o rotor. Em condições óptimas de funcionamento um motor de
fase partida com os pólos em fase desligados, pode funcionar com um rendimento
aproximado de 75%.

Outro modo de produzir um campo rotatorio em um motor, consiste em


sombrear o campo magnético dos pólos de campo. Isto se consegue fazendo uma
ranura nos pólos de campo e colocando um anel de cobre ao redor de uma das partes
do pólo.

Enquanto a corrente na bobina de campo está na parte crescente da


alternancia, o campo magnético aumenta e induze uma fem e uma corrente no anel de
cobre. Isto produz um campo magnético ao redor do anel que contrarresta o
magnetismo na parte do pólo onde se acha ele.

Neste momento tem-se um campo magnético máximo na parte de pólo não


sombreada e um mínimo na parte sombreada. Assim que a corrente de campo atinge
um máximo, o campo magnético já não varia e não se induze corrente no anel de
cobre. Então desenvolve-se um campo magnético máximo em todo o pólo. Enquanto a
corrente está decreciendo em amplitude o campo diminui e produz um campo máximo
na parte sombreada do pólo.

Desta forma o campo magnético máximo desloca-se da parte não sombreada à


sombreada dos pólos de campo enquanto avança o ciclo de corrente. Este movimento
do máximo de campo produz no motor o campo rotatorio necessário para que o rotor
de jaula de ardilla se arranque sozinho. O rendimento dos motores de pólos de
inducción sombreados não é alto, varia de 30 ao 50 por 100. Uma das principais
vantagens de todos os motores de jaula de ardilla, particularmente em aplicações de
rádio, é a falta de colector ou de anéis colectores e escobillas. Isto assegura o
funcionamento livre de interferencias quando se utilizam tais motores. Estes motores
também são utilizados na indústria. A manutenção que se faz a estes motores é fácil.

Motor Assíncrono

Os motores assíncronos ou de indução, por serem robustos e mais baratos,


são os motores mais largamente empregados na indústria. Nestes motores, o campo
girante tem a velocidade síncrona, como nas máquinas síncronas.

Teoricamente, para o motor girando em vazio e sem perdas, o rotor teria


também a velocidade síncrona. Entretanto ao ser aplicado o conjugado externo ao
motor, o seu rotor diminuirá a velocidade na justa proporção necessária para que a
corrente induzida pela diferença de rotação entre o campo girante (síncrono) e o rotor,
passe a produzir um conjugado eletromagnético igual e oposto ao conjugado
externamente aplicado.

Este tipo de máquina possui várias características próprias, que são definidas
e demonstradas em uma larga gama de obras dedicadas exclusivamente a este
assunto.
A rotação do eixo do motor é expressa por:
Partes do motor corrente alternada

Rotor

O rotor é o componente que gira (rota) em uma máquina elétrica, seja esta um motor
ou um gerador elétrico.Os motores, e as máquinas elétricas em geral, se compõe de
duas partes: o rotor e o estator.

O rotor está formado por um eixo que suporta um conjunto de bobinas


enroladas sobre um núcleo magnético que pode girar dentro de um campo magnético
criado tanto por um imã ou pela passagem por outro conjunto de bobinas, enroladas
sobre umas peças polares, que permanecem estáticas e que constituem o que se
denomina estator de uma corrente contínua ou alternada, dependendo do tipo de
máquina do qual se trate.
Estator

Estator é a parte de um motor ou gerador elétrico que se mantém fixo à


carcaça e tem por função conduzir energia elétrica, nos motores para rotacionar e nos
geradores para transformar a energia cinética do induzido. Nas máquinas assíncronas
e nas máquinas síncronas pequenas é nele que, assim como nas bobinas, é formado
o campo magnético capaz de induzir no rotor uma corrente. É formado basicamente
por ferro tratado termicamente e dotado de ranhuras (também chamados de canais)
no seu interior onde sao alojados as bobinas, e na sua face externa observa-se que
possui aletas para melhor dissipação do calor.

Coletor ou comutador

Esta parte do motor liga as bobinas à rede elétrica, de modo que o rotor se
movimenta sem curtos-circuitos nos fios ligados à rede elétrica.

Bobinas

São enrolamentos de condutores percorridos por corrente elétrica. Devido ao


fluxo de elétrons, os enrolamentos ficam submetidos a um campo magnético que
interage com o campo magnético do estator, gerando o movimento desejado.

Escovas

São contatos do comutador.

Em resumo, o magnetismo de ímãs em movimento gera corrente elétrica em


circuito fechados ou bobinas de condutores. Também ocorre o efeito contrário:
corrente elétrica num condutor gera magnetismo ao seu redor, formando um campo
magnético.
Caracteristicas
construtivas de maquinas
de CA

Aluno: Bruno S. Carvalho nº 19

Tec. Eletronica -901-

You might also like