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Psicanálise infantil

BIOGRAFIA
• Grã-Bretanha, 7 de abril de 1896 - Londres, em 25 de janeiro
de 1971.
• Ingressou na Universidade de Cambridge onde estudou
biologia e depois medicina.
• No período de guerra (1914-18) foi estagiário de cirurgia e
oficial médico em um destroier.
• Em 1923, foi indicado para o The Queen’s Hospital for
Children e também para o Paddington Green Hospital for
Children, onde permaneceu pelos 40 anos seguintes,
trabalhando como pediatra, psiquiatra infantil e psicanalista.
Quando pediatra, conheceu a obra de Sigmund Freud.
• Trabalhava com crianças separadas de suas famílias em
consequência da Segunda Guerra Mundial quando encontrou
um interessante campo de estudo que lhe permitiu perceber
etapas fundamentais do desenvolvimento da pessoa.
• O interesse de Winnicott pelo estudo da construção da
identidade veio da percepção da influência sufocante da mãe
depressiva em sua personalidade.
Teoria
• Winnicott foi um dos primeiros autores a hierarquizar o papel
da mãe no funcionamento mental da criança.
• A teoria de Winnicott baseia-se no fato de que a psique não é
uma estrutura pré-existente e sim algo que vai se constituindo
a partir da elaboração imaginativa do corpo e de suas funções.
• O psique-soma (bebê) inicial prossegue ao longo de uma linha
de desenvolvimento desde que sua continuidade de existência
não seja perturbada, e para que isso ocorra, é necessário um
ambiente suficientemente bom onde as necessidades do bebê
sejam satisfeitas.
• Entende o bebê e sua mãe como uma “unidade psíquica”, o
que lhe permitia observar a sucessão de mães e bebês e obter
conhecimento referente à constelação mãe-bebê, e não como
dois seres puramente distintos
• Para Winnicott a criança nasce indefesa. É um ser
desintegrado, que percebe de maneira desorganizada os
diferentes estímulos provenientes do exterior. O bebê nasce
também com uma tendência para o desenvolvimento.
• Boa parte dos conceitos de Winnicott se refere ao
"desenvolvimento emocional primitivo", cujos efeitos,
segundo ele, são de importância crucial para o indivíduo por
se estenderem para além da infância.
Conceitos
Holding
• Inclui toda a rotina de
cuidados ao longo do dia e
da noite. A criança
desconhece a existência de
tudo o que não seja ela
própria. O holding feito pela
mãe é o fator que decide a
passagem do estado de não-
integração, que caracteriza o
recém-nascido, para a
integração posterior.
• Quanto maior o “desajuste”
entre mãe e o bebê, maior a
distorção e interrupção no
desenvolvimento da
personalidade deste.
Objeto Transicional
• Zona intermediária, que vai
do narcisismo primário ao
julgamento de realidade. No
início há objetos que não são
internos nem externos, só
depois virá a delimitação
entre ambos. Ex: Seio
materno, no inicio da vida a
criança o vê como parte de si,
e só depois vai percebendo
que não é, “Pertence-me,
mas não sou eu”.
• É nesse espaço que se
produz muitas das atividades
criativas do homem, como as
artes, a musica, etc.
• Self Verdadeiro (núcleo) : O self verdadeiro começa a adquirir
vida, através da força que a mãe, ao cumprir as expressões da
onipotência infantil dá ao ego da criança. Mãe boa é aquela
que aceita as manifestações do bebê.
• Falso Self (casca): Incapaz de cumprir a onipotência da
criança, pelo que repentinamente deixa de responder ao gesto
da mesma, em seu lugar coloca o seu próprio gesto. Mão que
não é boa impõe e faz o que acha certo.
• O falso self, especialmente quando se encontra no extremo
mais patológico da escala, é acompanhado geralmente por
uma sensação subjetiva de vazio, futilidade e irrealidade até
aos casos mais extremos de tendências antissociais, psicoses
etc...
Desenvolvimento Psíquico
A maturação emocional se dá em três etapas sucessivas:
• Integração: A integração é obtida a partir de duas séries de
experiências: por um lado tem especial importância a sustentação
exercida pela mãe, por outro lado há um tipo de experiência que
tende a reunir a personalidade em um todo, a partir de dentro
• Personalização: É o fruto da ligação psique-soma. Para Winicoot, é o
“sentimento de que a pessoa de alguém se encontra no próprio
corpo.’
• Adaptação a realidade: O processo de adaptação a realidade se dá
posteriormente de quando a criança entende que ela e o mundo são
duas coisas separadas.
• Pré- Inquietude/Crueldade primitiva: toda criança tem uma
pequena cota de agressividade, onde se é inata, que em
determinadas condutas se exprime de forma autodestrutivas.
Técnica
• O modelo do tratamento psicanalítico, para Winnicott, só
corresponde à revelação e à interpretação das fantasias
inconscientes na transferência, quando a possibilidade da
comunicação e do brincar foi estabelecida ou restabelecida.
• Para Winnicott, a atividade de brincar constitui um aspecto universal
da natureza humana, ainda que existam pessoas que possam estar
profundamente doentes e não conquistem essa capacidade,
precisando, então, de tratamento (Winnicott, 1968i, p. 63).2 Ao
caracterizar o que deriva da ação de brincar, Winnicott dirá:
• o brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde; o brincar
conduz aos relacionamentos grupais; o brincar pode ser uma forma
de comunicação na psicoterapia; finalmente, a psicanálise foi
desenvolvida como forma altamente especializada do brincar, a
serviço da comunicação consigo mesmo e com os outros (Winnicott,
1968i, p. 63).
Universidade Estácio de Sá – R9
Alessandra Augusto
Débora Lyssa
Laysla Souza

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