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Formação

Todos somos chamados a ser santos. Perceba que durante a vida dos santos, eles
tiveram atitudes como nós temos hoje. Também passaram por dificuldades, e se
esforçaram para viver a vontade de Deus na vida deles.
Santo é a pessoa que está participando da graça de Deus. Que através do batismo
recebeu a graça santificante, tornando-se filho adotivo de Deus e que manteve este
estado de proximidade filial com Deus. Eventualmente pode ter perdido esta ligação
íntima por causa do pecado, mas, através do sacramento da reconciliação,
readquiriu o estado de santidade. Portanto, todos os filhos de Deus que desfrutam
plenamente da sua graça são santos.
Ao contrário do que muita gente pensa os santos não estão somente no Céu. Eles
também estão na Terra e no Purgatório. Como assim? Quer dizer que há Santo de
carne e osso?
Evidente que sim. Preste atenção na definição que foi dada acima: em nenhum
momento foi falado que é preciso morrer para se tornar santo. Se você vive
plenamente como filho de Deus, fazendo a vontade do Pai e usufruindo a Graça
Santificante recebida pelo batismo, sem manchá-la com o pecado, você também é
santo, embora esteja vivo.
Ha inclusive uma maneira especial de categorizar os diversos “tipos” de santos de
acordo com o estado em que eles se encontram. Vejam:
• Igreja peregrina. São os santos que estão aqui na Terra e ainda estão caminhando
(peregrinando) para a proximidade definitiva com Deus no Céu.
• Igreja Padecente. São aquelas pessoas que estão no purgatório. O purgatório é o
estado em que as pessoas se encontram para “limparem” as faltas cometidas
durante a vida, antes de entrarem definitivamente no céu. Todo mundo que está no
purgatório vai para o céu. Portanto lá também está repleto de santos.
• Igreja Triunfante. São os santos que já estão no céu desfrutando eternamente do
Amor de Deus.
Muitas pessoas acreditam que apenas aquelas pessoas que estão no altar são
santos. Se não foi para o altar, não é santo. Isto não é verdade. Os santos que
vemos no altar foram “canonizados” pela Igreja. Ou seja, eles foram oficialmente
declarados santos. A Igreja tem certeza absoluta que aquelas pessoas estão junto
de Deus e, portanto, levaram uma vida de acordo com a vontade do Pai.

POR QUE HÁ SANTOS CANONIZADOS?


Ah, esta é uma boa pergunta. O grande objetivo da nossa vida, como cristãos, deve
ser estar junto de Deus, fazer sua vontade e poder um dia desfrutar do seu Amor
eterno (o que chamamos de céu). Pois bem, para fazermos isso é preciso que a
nossa vida aqui na Terra seja uma resposta cotidiana à vontade de Deus, o que às
vezes não é muito fácil de ser feito. Para tanto, Deus indica algumas pessoas que
durante sua vida conseguiram fazer muito bem a Sua vontade e, portanto, servem
de exemplos para aqueles que quiserem, imitando-as, chegarem junto a Deus.
Resumindo, os Santos são canonizados para servirem como exemplos perfeitos de
como devemos levar nossa vida da maneira que Deus espera.

COMO A IGREJA TEM CERTEZA QUE A PESSOA É SANTA?


Há um enorme processo para identificar uma pessoa como santa. Muitas
investigações e pesquisas são feitas sobre sua vida. As pessoas próximas, quando
possível, servem de testemunhas sobre as virtudes do futuro santo, mas acima de
tudo a Igreja espera que algum milagre tenha acontecido através daquela pessoa.
Este é o sinal de Deus dizendo que aquela pessoa é realmente santa.

Beata Chiara Luce, 19 anos


Jovem italiana, bonita, gostava de esquiar e praticar diversos esportes. Chiara Luce
não teve uma vida marcada por feitos extraordinários, mas ela soube amar. Sempre
se preocupou com os mais necessitados e procurou viver como Jesus ensinou. Aos
17 anos, descobriu um tumor nos ossos. Suportou todo o sofrimento com alegria e
entregou-o a Jesus. Chegou até rejeitar morfina para poder oferecer suas dores
como sacrifício a Deus. Pouco antes de morrer, deixou uma mensagem aos jovens:
“Os jovens são o futuro. Eu não posso mais correr, mas quero passar a tocha para
eles, como nas Olimpíadas. Os jovens têm uma única vida e vale a pena usá-la
bem”.
Foi beatificada em 25 de setembro de 2010. Sua festa é celebrada em 29 de
outubro.

São Tarcísio, 12 anos


Tarcísio, também italiano, era acólito em Roma e servia ao altar junto ao Papa Sisto
II. Numa era em que os cristãos sofriam duras perseguições, o jovem se ofereceu
para levar escondido hóstias consagradas para presos que seriam executados.
Sabendo do zelo do jovem, o papa abençoou Tarcísio e entregou-lhe uma caixa com
hóstias. Mas, no caminho, ele foi identificado e apedrejado até a morte. Depois de
morto, foi revistado, mas já não foram encontradas partículas do Sacramento de
Cristo.
Sua festa é celebrada em 15 de agosto.

Guido Schäffer
Guido Vidal França Schäffer, levava uma vida normal. Namorou, viajou, formou-se
em medicina e quase casou-se, quando sentiu que sua vocação era mais do que ser
médico e uma pessoa dedicada aos irmãos. Quando morreu, em maio de 2009, com
34 anos, estava no último ano do seminário. Guido foi vítima de uma contusão na
nuca que gerou desmaio e afogamento enquanto surfava, na praia da Barra da
Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Pessoas próximas testemunham que ele
aproveitava as oportunidades para evangelizar, tanto no meio dos jovens
como exercendo a medicina. Como médico atuou em obras de caridade.
A Igreja Católica pode ganhar um santo surfista, pois um processo de beatificação do
seminarista Guido Schäffer tramita no Vaticano. A arquidiocese do Rio de Janeiro
abriu o processo de beatificação em 17 de janeiro de 2015 e terminou no dia 8 de
outubro de 2017.

A canonização é necessária para que um beato se torne santo na Igreja


Católica
O Brasil está perto de ter o seu primeiro santo; isto é, alguém que nasceu no país.
Até hoje, os brasileiros canonizados haviam nascido na Europa, como madre
Paulina. E com o reconhecimento do segundo milagre pela intercessão de Frei
Antonio Galvão, de Guaratinguetá (SP), praticamente se completa o processo de
sua canonização.
Mas o que é, de fato, a canonização?
Canonização é a sentença definitiva pela qual o Papa insere no Cânon ou “Catálogo
dos Santos” alguém já proclamando bem-aventurado. Por meio dela, o Sumo
Pontífice declara estar algum “servo de Deus” na glória celeste e, assim, autoriza
que lhe seja prestada veneração pública em toda a Igreja.
A canonização é precedida pela beatificação, ato pelo qual o Santo Padre permite
que seja prestado culto público a um servo de Deus em certa região ou certa família
religiosa (excepcionalmente na Igreja).
A Igreja só considera santos aqueles que tenham praticado as virtudes em grau
comprovadamente heroico. A canonização deles se inspira em costumes bíblicos: o
autor do Eclesiástico escreveu o “Louvor dos Pais (Enoque, Noé, Abraão, Isaque, os
justos…)”, redigindo desta forma o primeiro catálogo ou cânon dos santos de Israel
(cf. Eclo 44-51).

Passo a passo do processo


O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. Essa é a etapa mais demorada,
porque o postulador deve investigar minuciosamente a vida do Servo de Deus,
verificar a fundo a vivência das virtudes. Já no caso de um mártir, devem ser
estudadas as circunstâncias que envolveram sua morte, para comprovar se houve
realmente o martírio. Ao término desse processo, a pessoa é considerada venerável.
O segundo processo é o milagre da beatificação. Para se tornar beato, é necessário
comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão. No caso dos mártires, não é
necessária a comprovação de milagre.
O terceiro e último processo é o milagre para a canonização. Este tem que ter
ocorrido após a beatificação. Comprovado esse milagre, o beato é canonizado e o
novo santo passa a ter um culto de veneração universal.

Frei Galvão morreu, em 1822


Durante sua vida diversos milagres foram atribuídos ao Santo, que, com sua única
batina, costumava percorrer a pé os vilarejos do interior de São Paulo, pregando
para os pobres. Por onde ele passava, multidões acorriam. O papa Bento XVI no
Campo de Marte, em São Paulo, canonizou o frade franciscano, que se tornou o
primeiro santo genuinamente brasileiro.
Morte 23 de dezembro de 1822 (83 anos) em São Paulo
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 8 de abril de 1997, Vaticano por João Paulo II
Canonização 11 de maio de 2007, São Paulo por Bento XVI

Estas são as datas destacadas na causa de canonização de João Paulo II.


- Faleceu em 2 de abril de 2005
- 13 de maio de 2005: O papa Bento XVI anuncia a dispensa dos cinco anos
necessária para iniciar uma causa.
- 18 de maio de 2005: O cardeal vigário de Roma, Camilo Ruini, assina o édito da
causa de beatificação e canonização.
- 28 de junho de 2005: O cardeal Camilo Ruini abre oficialmente o processo de
beatificação de João Paulo II na Basílica de São João de Latrão de Roma.
- 30 de janeiro de 2006: Divulgado o milagre selecionado para aprovar a
beatificação. João Paulo II, após sua morte, realizou um milagre ao curar uma
religiosa francesa de Parkinson, segundo Monsenhor Slawomir Oder.
- 19 de dezembro de 2009: Bento XVI proclama João Paulo II "venerável" ao
aprovar o decreto pelo qual se reconhecem suas "virtudes heróicas".
- 14 de janeiro de 2011: Bento XVI promulga o decreto pelo qual se reconhece um
milagre por intercessão de João Paulo II a cura, inexplicável para a ciência, da
religiosa francesa Marie Simon Pierre, afligida de Parkinson.
- 1º de maio de 2011: João Paulo II é proclamado beato por Bento XVI no Vaticano,
seis anos e um mês após sua morte.
- 2 de julho de 2013: A Congregação para a Causa dos Santos aprova o suposto
segundo milagre pelo qual o papa polonês teria intercedido na cura de uma
costarriquenha afligida de uma lesão cerebral incurável.
- 30 de setembro de 2013: O papa Francisco anuncia que João Paulo II e João
XXIII serão canonizados no dia 27 de abril de 2014.
- 6 de fevereiro de 2014: O papa Francisco anuncia que, após ser canonizado,
João Paulo II será o santo padroeiro da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
- 27 de abril de 2014: João Paulo II e João XXIII são canonizados."

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