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Todos somos chamados a ser santos. Perceba que durante a vida dos santos, eles
tiveram atitudes como nós temos hoje. Também passaram por dificuldades, e se
esforçaram para viver a vontade de Deus na vida deles.
Santo é a pessoa que está participando da graça de Deus. Que através do batismo
recebeu a graça santificante, tornando-se filho adotivo de Deus e que manteve este
estado de proximidade filial com Deus. Eventualmente pode ter perdido esta ligação
íntima por causa do pecado, mas, através do sacramento da reconciliação,
readquiriu o estado de santidade. Portanto, todos os filhos de Deus que desfrutam
plenamente da sua graça são santos.
Ao contrário do que muita gente pensa os santos não estão somente no Céu. Eles
também estão na Terra e no Purgatório. Como assim? Quer dizer que há Santo de
carne e osso?
Evidente que sim. Preste atenção na definição que foi dada acima: em nenhum
momento foi falado que é preciso morrer para se tornar santo. Se você vive
plenamente como filho de Deus, fazendo a vontade do Pai e usufruindo a Graça
Santificante recebida pelo batismo, sem manchá-la com o pecado, você também é
santo, embora esteja vivo.
Ha inclusive uma maneira especial de categorizar os diversos “tipos” de santos de
acordo com o estado em que eles se encontram. Vejam:
• Igreja peregrina. São os santos que estão aqui na Terra e ainda estão caminhando
(peregrinando) para a proximidade definitiva com Deus no Céu.
• Igreja Padecente. São aquelas pessoas que estão no purgatório. O purgatório é o
estado em que as pessoas se encontram para “limparem” as faltas cometidas
durante a vida, antes de entrarem definitivamente no céu. Todo mundo que está no
purgatório vai para o céu. Portanto lá também está repleto de santos.
• Igreja Triunfante. São os santos que já estão no céu desfrutando eternamente do
Amor de Deus.
Muitas pessoas acreditam que apenas aquelas pessoas que estão no altar são
santos. Se não foi para o altar, não é santo. Isto não é verdade. Os santos que
vemos no altar foram “canonizados” pela Igreja. Ou seja, eles foram oficialmente
declarados santos. A Igreja tem certeza absoluta que aquelas pessoas estão junto
de Deus e, portanto, levaram uma vida de acordo com a vontade do Pai.
Guido Schäffer
Guido Vidal França Schäffer, levava uma vida normal. Namorou, viajou, formou-se
em medicina e quase casou-se, quando sentiu que sua vocação era mais do que ser
médico e uma pessoa dedicada aos irmãos. Quando morreu, em maio de 2009, com
34 anos, estava no último ano do seminário. Guido foi vítima de uma contusão na
nuca que gerou desmaio e afogamento enquanto surfava, na praia da Barra da
Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Pessoas próximas testemunham que ele
aproveitava as oportunidades para evangelizar, tanto no meio dos jovens
como exercendo a medicina. Como médico atuou em obras de caridade.
A Igreja Católica pode ganhar um santo surfista, pois um processo de beatificação do
seminarista Guido Schäffer tramita no Vaticano. A arquidiocese do Rio de Janeiro
abriu o processo de beatificação em 17 de janeiro de 2015 e terminou no dia 8 de
outubro de 2017.