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Este relatório tem por objetivo apresentar os resultados obtidos durante os ensaios de dureza realizados
nas duas ultimas aulas práticas de laboratório de materiais. Para a realização dos ensaios foram
utilizados os aços SAE 1020, 1045, 8640, 5160 e Vc131. Esses materiais foram colocados dentro de um
forno durante 15 minutos a 700 ºC para o aço 1020 e 1045 devido a temperatura de austenitização, e a
850ºC no segundo ensaio devido aos elementos de liga. Após os 15 minutos, foram ensaiados 4 corpos de
prova de cada material. Cada corpo de prova foi mergulhado em um especifico fluido, sendo eles, água,
salmoura, óleo e ar. Logo após foi realizado o ensaio de dureza, sendo este o ensaio Rockwell. Fora
realizado o ensaio Rockwell C e B, este ultimo, feito para os aços 1020 e 1045 quando resfriados no ar e
para o 1020 quando foi resfriado no óleo.
1. Introdução
Neste relatório será possível analisar a diferença de dureza existente entre os materiais ensaiados
com relação a composição química e velocidade de resfriamento, em fluidos diferentes. Com a utilização
dos dados, coletados após o ensaio, será possível estabelecer qual fluido interfere de modo a aumentar a
dureza de cada material ensaiado e como cada material se comporta com relação a velocidade de
resfriamento.
É necessário entender que a máxima dureza é obtida (em qualquer aço carbono ou liga) com uma
estrutura martensitica. Antes da realização do ensaio já é possível saber que a distorção dos cristais de
martensita é maior com aumento do teor de carbono, aumentando consequentemente a dureza. Também
pode ser constatado que com a estrutura martensitica a dureza, a resistência ao desgaste, resistência
mecânica e a fadiga aumentam.
Um fator que foi levado em conta foi a composição química. Os elementos de liga atrasam as
reações de formação de bainita e perlita. Isso permite que a martensita seja obtida com menores
velocidades de resfriamento, o que diminui a distorção e permite que maiores componentes possam ser
tratados.
2. Materiais e Métodos
Os materiais utilizados nos ensaios foram os aços ABNT SAE: 1020, 1045, 8640, 5160 e VC
131. Para a realização do ensaio os materiais foram aquecidos em um forno. Os ensaios ocorreram em
duas aulas diferentes, sendo que na primeira foram ensaiados os aços 1020 e 1045, e na segunda os
demais. O forno, para a realização deste primeiro, ensaio se encontrava em uma temperatura de 750ºC,
devido a temperatura de austenitização.
Logo após serem aquecidos por aproximadamente 15 minutos, foram utilizados 8 corpos de
prova, 4 deles sendo de aço 1020 e 4 do aço 1045. Cada um deles foi mergulhado em um recipiente
contendo um fluido diferente. Um recipiente continha óleo, em outro água, em um terceiro havia
salmoura e o quarto corpo de prova foi resfriado à ar.
Após a remoção dos corpos de prova do recipiente, estes foram devidamente lixados e
identificados. Posteriormente foi feita a coleta dos dados de dureza Rockwell em sua devida maquina. Foi
feito o ensaio Rockwell B para os aços 1020 e 1045 resfriados no ar e para o aço 1020 resfriado no óleo.
Na segunda aula foram realizados os ensaios para os aços SAE 8640, 5160 e Aço VC 131. Para
este ensaio os corpos de prova foram aquecidos a 850ºC devido aos elementos de liga presentes nestes
aços. As adequações feitas foram as mesmas do primeiro ensaio. Os elementos foram aquecidos por
aproximadamente 15 minutos e posteriormente resfriados nos mesmos fluidos do primeiro ensaio. Desta
vez foi apenas realizado o ensaio Rockwell C. Podem ser analisados os valores coletados nas duas aulas
na tabela abaixo:
3. Resultados e Discussões
Após concluído o aquecimento, os resfriamentos nos fluídos e por fim o ensaio de dureza foi
concluído que o meio em que obteve peças com maiores durezas é a salmoura, devido ao fato que a
salmoura durante os primeiros instantes do resfriamento, a água evapora com contato com a superfície
metálica e pequenos cristais de NaCl depositam-se nesta. Com o aumento da temperatura, ocorre a
fragmentação destes cristais, gerando turbulência e destruindo a camada de vapor fazendo com que a peça
resfriasse mais rápido gerando produtos finais com mais dureza. Este fato pode ser observado nas tabelas
do aço SAE 1020, 1045, 5160 8640 e VC 131 a seguir:
Tabela 1.
Tabela 2.
Tabela 3.
Tabela 4.
Tabela 5.
AÇO VC 131
Meios de resfriamento ENSAIO 1 ENSAIO 2 ENSAIO 3
AR 302 345 327
H2O 446 484 484
SALMOURA 513 544 560
ÓLEO 528 560 498
Algumas distorções de durezas foram observadas, em que as peças resfriadas no óleo e na água
obtiveram algumas durezas parecidas ou até maiores que a salmoura, isso é devido ao cuidado na hora do
resfriamento, pois o operador na hora do agito da peça na salmoura não fez corretamente e/ou lentamente,
sendo assim criando uma camada de vapor ao redor da peça, fazendo com que não resfriasse no tempo
certo e criando outros produtos finais e modificando a dureza da peça.
Pode ser observado nos gráficos a seguir em que, por exemplo no gráfico 1, do aço SAE 1045,
em que a dureza no ensaio 1 e 2 a água gerou durezas maiores que na salmoura, porém no ensaio 3 ela
obteve uma peça com maior dureza.
Gráfico 1.
600
500
400
300
200
100
0
1 2 3 4
Gráfico 2.
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4
500
400
300
200
100
0
1 2 3 4
Gráfico 4.
600
500
400
300
200
100
0
1 2 3 4
AÇO VC 131
600
500
400
Dureza HV
300
200
100
0
1 2 3 4