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Departamento de Engenharia Química - Curso de Engenharia Química

Laboratório de Engenharia Química III


Profa. Dra. Anna Rafaela Cavalcante Braga

CONTAGEM ESPOROS DE FUNGOS FILAMENTOSOS E LEVEDURAS

AUTORES: ALANA PETRINA GOMES; ALINE DI CREDICO; ANAPAULA SILVA;


YGOR VIEIRA MEDEIROS

e-mails: ; alana.petrinag@gmail.com; alinecredico2@gmail.com; a.santos22@outlook.com;


ygor.medeiros@outlook.com

RESUMO –
O experimento de contagem de microrganismos tem como principal objetivo aprimorar
nossos conhecimentos de microbiologia e de bioquímica, aplicados com ênfase nas in-
dústrias e pesquisas científicas. A contagem desses elementos em amostras nos capacita
a entender o mecanismo de atuação desses microrganismos nos vários processos bioló-
gicos fundamentais para a sociedade atual. Neste relatório, estudamos o comportamen-
to de esporos de fungos filamentosos e leveduras através da aplicação de amostras di-
luídas em câmaras de Neubauer e, posteriormente, contabilizadas com o auxílio de um
microscópio.

Palavras Chaves: esporos, leveduras, contagem, câmara, Neubauer.

INTRODUÇÃO Eles não produzem seu próprio ali-


mento, sendo assim, precisam de matéria
A contagem de bolores e leveduras é orgânica para sobreviver. Essa característi-
realizada para a padronização e controle de ca dá aos fungos a capacidade de serem
qualidade de um produto. Portanto, a quan- utilizados para produção de alimentos e
tificação de fungos, é essencial para as in- bebidas alcóolicas; ou também para fabri-
dústrias manterem a qualidade de seus cação de medicamentos como a penicilina.
produtos e também para estimarem a vida Portanto, seu controle e contagem é extre-
útil que eles possuem e seguir as boas prá- mamente importante para padronização
ticas de armazenamento, processamento e dos resultados.
as formas de transportes para que a quali- Com o objetivo de determinar o núme-
dade do produto seja mantida até chegar ao ro de esporos de bolores e leveduras, a
consumidor final. Câmara de Neubauer foi o método utiliza-
do para contagem, mostrada na Figura 1,
Fungos presente em ANEXO.
Atualmente, os fungos estão classifi- Também conhecida como hemocitô-
cados em um reino chamado reino Fungi. metro, a Câmera de Neubauer é uma lâmi-
Podem ser microscópicos formados por na, normalmente de vidro, utilizada para
uma única célula, como por exemplo as le- contagem de células por unidade de volu-
veduras; ou também pluricelulares, como me de uma solução. Composta por duas
por exemplo os bolores. câmaras, independentes, que possuem gra-
des de diferentes tamanhos, formando os
quadrantes, utilizados para análise de dife- para a contagem que deve ser feita apenas
rentes amostras. nos 5 sub-quadrantes na diagonal. A conta-
Antes de serem colocadas na Câmara gem é feita com o auxílio de um microscó-
de Neubauer, as amostras devem ser prepa- pio óptico.
radas corretamente. Se a concentração de A fim de estimar o número de esporos
fungos for muito alta, poderá haver sobre- por mililitro foi utilizado a equação (1):
posição e erro na contagem; caso contrário, 𝑋̅
𝑛º 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 = 𝑉 × 𝐷 (1)
a concentração for baixa demais, o resulta-
do levará a um erro estatístico, sendo ne- Sendo: (𝑋̅) a média de esporos, (V)
cessários mais quadrantes para a contagem. volume do sub-quadrante que é 4,0x10-6
O número de fungos apropriado para cm3, (D) diluição utilizada.
contagem nesse método é de 30 a 200.
Após a diluição da solução-mãe, a b) Contagem de leveduras
amostra é colocada, cuidadosamente, no A partir do tubo de ensaio contendo
espaço entre a lamínula e a Câmara de leveduras foram realizadas as diluições
Neubauer, preenchendo-a completamente. como exposto anteriormente.
Após isso, a montagem está pronta para ser Para a contagem de leveduras na câ-
visualizada em microscópio. mara de Neubauer deve ser utilizado os
quadrantes A, este é usado para contagem
MATERIAIS E MÉTODOS de células maiores e tem 0,1 mm3 de volume.
Assim, foi colocado na lamínula, com
a) Contagem de esporos auxílio da pipeta, a suspensão de leveduras
Foi utilizado cepas que foram cultiva- com a diluição 10-3 e, em seguida, na câ-
das em placas de Petri, contendo meio mara para a contagem.
PDA e incubadas a 28ºC por 10 dias. Para se obter o número estimado de
Em condições de assepsia e próximo a leveduras por mililitro foi utilizada a equa-
uma lamparina foi colocado 10 ml da solu- ção (1), sendo que o volume de cada qua-
ção estéril de Tween 80 (0,2% p/v) e al- drante agora é 1,0x10-4 cm3.
gumas pérolas de vidro sobre a placa com
o fungo. Foi agitado manualmente com RESULTADOS E DISCUSSÕES
auxílio de swab, vagarosamente, para libe-
a) Contagem de esporos
rar os esporos na solução.
Foi coletada a suspensão de esporos O número total de esporos contados
com o auxílio de pipeta estéril e colocada nos 5 sub-quadrantes foi de 13 e a diluição
num tubo de ensaio estéril, esta é chamada utilizada foi de 10-2. Assim, o número
de suspensão mãe. estimado utilizando a equação (1) de
Em seguida, foi realizado diluições esporos por mililitro foi de 65x106.
sucessivas, em que foi transferido 1 mL da
suspensão mãe para os tubos contendo 9 b) Contagem de leveduras
mL de solução salina (diluição de 10-1) e A contagem total nos quadrantes A foi
repetido até 10-5. de 347 esporos.
Para a contagem de esporos foi utili- A média dos quadrantes de tipo A foi
zado a câmara de contagem (Neubauer) no aproximadamente de 87 esporos.
qual foi usado o quadrante C para esse ob- Sendo a diluição de 10-3 obtem-se cer-
jetivo. ca de 87x107 leveduras por mililitro.
Portanto, com auxílio de uma pipeta, Os números podem ser confirmados
foi colocado a suspensão de esporos do tu- na Tabela 1 do ANEXO.
bo de diluição de 10-2 sobre a lamínula e
posteriormente esta foi colocada na câmara
CONCLUSÕES

Para a contagem de esporos utilizou-se


a diluição de 10-2, levando ao total de 13
esporos somados nos 5 quadrantes diago-
nais. Este número foi um pouco abaixo do
indicado para contagem (entre 30 e 200)
porém, se fosse utilizado a diluição 10-1 o
número seria elevado demais e não seria
possível a contagem. O que pode ser feito
para minimizar o erro, é a contagem de
mais sub-quadrantes, para ter número total
mais assertivo encontrado na solução-mãe.
Para contagem das leveduras, o núme-
ro encontrado para cada quadrante A esta-
va dentro do número indicado para conta-
gem, trazendo maior confiança no resulta-
do para solução-mãe.

REFERÊNCIAS

SAATKAMP, E. KATIA; Monografia Compa-


ração de diferentes meios de Cultura utili-
zados como substratos na contagem de
bolores e leveduras no controle da quali-
dade de erva-mate, 8:10 (1998).
ANEXO Tabela 1. Contagem de Leveduras dos
quadrantes A
Figura 1: Câmera de Neubauer e lamínulas. Quadrantes
A1 A2 A3 A4
TOTAL (por
quandrante) 107 107 52 81
TOTAL 347
MÉDIA 86,75

Figura 2: Contagem de leveduras nos 4 quadrantes


A da câmara de Neubauer.

Figura 3. Quadrantes A para contagem de


leveduras
RESPONDENDO ÀS PERGUNTAS:

A)

Após 4 diluições, a amostra passa da con-


centração de 1015 células/ml para 1011 cé-
lulas/ml.

B)

Se o Volume é de 2L

𝑋 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠
= 107
2000 𝑚𝑙 𝑚𝑙

X = 2x1010 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠

0,2 ml <<< 2000ml

Utiliza-se 0,2 ml de solução

Da solução preparada:
(1011 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠/𝑚𝑙)

1011 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 − 1𝑚𝑙


10
2𝑥10 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 − 𝑋

Resolvendo a regra de 3:
2𝑥1010
X= => X=2𝑥10−1 = 0,2 ml
1011

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