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INTRODUÇÃO
Jorge Aguer.
CAPÍTULO I
AS ORIGENS DO TARÔ MENTAL
1 Centro de Estudos Superiores Zohar em Montevideu, dirigido pelo Rabi Mendel Bem Shmuel.
2 Tarot do livro “La Cábala de Prediccion” de J.Iglesias Janeiro, o Original impresso pela Editora Kier.
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É importante entender que qualquer Tarô que tenha muitos símbolos
por carta pode confundir o orientador. (3 Cartas Tarô Kier, com 47 símbolos no total)
Por isso a escolha de um bom Tarô não deve se fundamentar na
quantidade de informações que a carta possa ter, como números, signos
astrológicos, letras hebreias, cores, constelações, ou imagens bonitas e bem
desenhadas que rompem a simplicidade cristalina do símbolo.
Lamento dizer que não adianta procurar um “Super-Tarô” desenhado por
um grande Mago. Seria o mesmo que pegar o violino4 de Paganini5 e querer
tocar como ele.
O Tarô por meio de seu simbolismo se comunica com a alma de quem o
coloca e evoca uma inspiração absolutamente irracional, muito ligada aos
fenômenos transferenciais que surgem entre o orientador e quem o consulta.
A qualidade do simbolismo:
É muito importante saber que os símbolos que mais se fixam são aqueles
que estão em branco e preto. Sabemos que os sonhos se manifestam em
imagens em diversos tons de cinza em duas dimensões, iguais aos desenhos
egípcios antigos. Claro que ao lembrar dos sonhos percebemos cores, mas a
mente pode criar flores verdes e objetos adquirir movimentos e emitir sons
que não seriam reais, mas fruto de emoções e de uma simbologia particular do
sonhador.
Quando o símbolo puro em branco e preto se apresenta pode evocar
cores, sons e aromas e estes fenômenos sinestésicos são algo absolutamente
pessoais associados ao orientador e seu momento místico.
Particularmente, desde o início de meus estudos, procurei o simbolismo
Egípcio que conseguisse transformar o Tarólogo num oráculo vivo. Para isso no
grupo de estudos precisávamos de símbolos simples que atravessassem o
tempo, algo que nossa alma eterna6 sempre reconheceria.
Devemos entender que a antiga escrita simbólica egípcia não foi
modificada em milhares de anos. Esta civilização e seus mestres proibiam
qualquer mudança no desenho de seus
símbolos. Por este motivo um escriba da
dinastia 22 poderia ler sem dificuldade uma
estela7 escrita 3000 anos antes. Isto poderia
5 Nicolò Paganini (1782 — 1840) compositor e violinista italiano que revolucionou a arte de tocar violino.
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criar uma linguagem milenar impressa no inconsciente coletivo. Naquela época
já estudava escrita hieroglífica, e queria testar essa ideia. Então fui à procura
dos mestres da Egiptologia, Champollion8, Gardiner9, Lefebvre10, aqueles que
descobriram os segredos da antiga escrita e alguns mestres da simbologia.
Jung11, Freud12, René Guénon13, e outros, acompanhavam meus estudos diários
na procura de uma linguagem eterna.
Pesquisei anos para achar quais símbolos Egípcios seriam os mais
representativos de uma problemática humana que permaneceriam imutáveis
no tempo.
O mais importante nessa época, foi a pesquisa que realizei com outros
discípulos e clientes para perceber quais dos símbolos selecionados
permaneciam no inconsciente, se manifestando na linguagem onírica,
meditações e estados alterados de consciência.
Nesse estudo os símbolos eram
desenhados um por um em branco e preto
em folhas de formato carta. Todas as noites
os discípulos meditavam neles e alguns os
colocavam na parede e ficavam olhando-os até dormir, o que levava a induzir
sonhos. Depois de três anos e meio tínhamos uma soma de 132 símbolos que
foram se desenvolvendo e combinando para formar 72 cartas de estudo para
iniciantes no Tarô.
Trabalhei vários anos com essas cartas, e percebi como isso facilitava o
desenvolvimento de minha capacidade de percepção e vidência. Aos poucos
meus sonhos ficaram mais fáceis de interpretar porque o simbolismo que
surgia ia ficando cada vez mais semelhante ao das cartas. Quase todos os
símbolos do Tarô em meus sonhos cobravam vida, cores, movimento, som. E
estas mudanças me ajudavam a interpretar o significado das mensagens
recebidas.
Passei a anotar todos meus sonhos durante messes e percebi que trinta
por cento deles eram basicamente premonitórios. Comecei a atender pessoas
no consultório que já tinha visto em sonhos anteriores. E pouco tempo depois,
8 Jean-François Champollion, (1790 — 1832) a ele se deve a decifração dos hieróglifos egípcios.
9 Sir Alan Henderson Gardiner, (1879 — 1963) egiptólogo inglês do início do século 20.
11Carl Gustav Jung (1875 — 1961) psiquiatra suíço desenvolveu os conceitos de arquétipos e o inconsciente
coletivo.
12 Sigismund Schlomo Freud, (1856 — 1939), médico neurologista psicanalista. Análise Onírica
13 René Guénon (1886 — 1951) foi um metafísico gnóstico, estudioso do simbolismo de diversas civilizações
tradicionais.
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a ter sensações de coisas que aconteceriam no mundo, como pequenas
profecias.
Passaram-se anos, e tudo isso me entusiasmava motivando-me a estudar
mais profundamente a cultura Egípcia antiga, linguagem, ciências, mitos e
Deuses. Cada dia sentia mais perto de mim a possibilidade de achar os
poderosos segredos do livro de Toth.
Nesse período uma parte de mim vivia em outra época, uns cinco mil
anos antes, me alimentava com comidas de origem egípcia, cantava suas
músicas, meditava em suas palavras.
Chegou uma hora que minha mente não distinguia mais o presente e o
passado do futuro, assim como a realidade consciente, de meu mundo onírico.
Foi aí que parei de anotar meus sonhos, pois estava perdendo a noção do
espaço tempo que habitava.
Cortar com os sonhos14 me serviu para estabelecer limites necessários
para continuar com meus estudos místicos dentro da realidade. Comecei a
pensar em viajar ao Egito outra vez para entender melhor a origem de alguns
símbolos e mudar outros que não se encaixavam no uso do Tarô original.
Sem me dar conta totalmente, com o passar do tempo, as cartas e o
estudo do Tarô tinham desenvolvido em mim uma linguagem que permitia
comunicar e entender as mensagens do meu inconsciente e algo a mais...
Sabia agora que algo dentro de mim se comunicava avidamente, me
guiava como um mestre a seu discípulo. Assim, comecei a ter respostas de
outro ser, mais experiente, mais velho, possuidor de uma sabedoria atemporal.
Um dia em estado de vigília15 na cama senti uma voz que me dizia:
Para de pensar em ir ao Egito, e vai!!!
Poucos dias depois, já estava no Cairo.
Foi nessa viagem que conheci o mestre16 que me levou a aprofundar o
Tarô mental como era feito pelos discípulos no antigo Egito.
Os mestres do Tarô:
14Para cortar com a lembrança dos sonhos os antigos sacerdotes recomendavam usar uma fita preta na
cabeça ao dormir.
16 Mestre Sufi, Omar. Livro “Mistérios das Ciências Sagradas-Tratado de Al-Karam” de Jorge Aguer.
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Nessa época, quando falavamos sobre símbolos, escrita e oráculos,
aprofundei com ele o conceito de introjetar e evocar símbolos como um
método de comunicação telepática e contato com a mente astral.
É muito gratificante saber que não estamos sozinhos, que existem outras
pessoas em lugares distantes do mundo, que como nós estudaram e
procuraram os mesmos segredos e mistérios.
Foi nesse período que passando por Tebas com meu Mestre fomos ao
vale dos reis e rainhas.
Numa manhã fresca, bem cedo, enquando procuravamos o Túmulo TT96,
meu mestre ia me contando a história de “Shennufer” 17.
Shennufer foi sumo Sacerdote de Amon, cuidava dos rituais do templo,
era supervisor dos jardins, dos campos, dos silos, e gado do Deus. Ele foi muito
reconhecido e recompensado no reinado de Amenhotep II da dinastia XVIII. Foi
nomeado prefeito de Tebas e se casou com “Merit18 Senai” que também era
sacerdotiza e cantora do templo de Amon.
Quando entrei no Túmulo pela primeira vez, fiquei curioso pela razão de
meu mestre me trazer a conhecer o lugar, mas sentia que ele queria que
descobrisse algo por mim mesmo. Por isso fiquei muito atendo a escrita e os
símbolos desenhados maravilhosamente nas paredes a milhares de anos. Não
podia tirar fotos19 e isso me levou a fazer alguns desenhos e um resume dos
símbolos e ambientes do Túmulo.
A noite numa janta na casa de outro discípulo de Omar ficamos falando
sobre o que vi no túmulo e o que poderia ter chamado mais
minha atenção. Não pude negar que os jardins e as videiras
pintadas no teto do Túmulo me impressionaram pela beleza e
atenção dos detalhes, mas alguns símbolos saltavam das
paredes e chamavam minha atenção. Foi analizando um deles
que Omar testou meus conhecimentos sobre a escrita
hieroglífica. Assim frente a seu outro discípulo me perguntou
sobre um dos símbolos que aparecem numa parede sobre o
desenho do casal.
Como os símbolos da escrita me eram conhecidos comecei
a falar: Podemos ver o desenho dos dois Olhos de Hórus,
que no meio, têm o símbolo (Shennu) da raiz Shen que
significa reunir, recolher. Neste caso, com o sentido de
recolher o fruto espiritual. Percebemos no símbolo a preposição HEN
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(a bacia) que reforça o som Shennu e representa a maestria e a iluminação de
quem recebe.
Enquanto isso Omar ia afirmando meu análise da escrita e seu
simbolismo o que me motivou a seguir interpretando:
É interessante observar que o Shennu está entre os dois olhos de Hórus
que representam o Sol e a Lua. Isto me leva a pensar que Shennufer queria nos
dizer que existe uma porta que liga nossa mente com o universo astral ou a
mente coletiva.
Depois do que falei, os dois, Omar, e seu discípulo concordaram e
começaram a dividir suas experiências e opiniões ao respeito.
O fato dos símbolos estarem entre o sol e a lua representa o momento
específico da vigília, quando a mente está entre o estado consciente e o
incosciente, antes do despertar. Este estado da consciência pode ser provocado
pela meditação e seria o momento ideal para receber e introjetar os símbolos
de uma linguagem eterna como a egípcia.
O Shennu indica o estado alterado de consciência que
precisamos ativar para iluminar nosso inconsciente com a luz da mente
universal e voltar a ser “Um com o Todo”.
Shennufer transformou a si mesmo num hekau20, num verbo
mágico, uma chave que abre e liga todas as almas.
O encontro das mensagens no túmulo afirmou em mim a importância
dos símbolos no desenvolvimento místico dos discípulos.
Por muitas noites falei com Omar sobre as antigas técnicas de
mediunidade e vidência utilizadas para desenvolver as práticas místicas nos
templos Egípcios.
Em outra oportunidade que visitei Tebas decidi ficar uma noite
meditando no túmulo de Sennufer, o que Omar
facilitou para mim.
Entrei no túmulo com uma almofada e uma
lanterna pequena. Uma parte minha tinha curiosidade
a respeito de percepções, mas por outro lado queria
sentir-me um convidado e não um intruso, o que por
momentos invadia meus pensamentos.
Fiquei percorrendo o túmulo observando
atentamente cada pintura e fiquei cada vez mais extasiado com a beleza eterna
de seus jardins, o vínculo carinhoso com sua esposa e principalmente com a
imagem clara e simples de um homem que tinha a certeza de ter encontrado a
razão de sua existência.
20 Hekau. Palavras que ao ser pronunciadas ou mentalizadas induzem transformações e mudanças psíquicas e
físicas.
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Com o decorrer das horas fui me centrando e focando em meu objetivo
de encontrar respostas a minhas perguntas.
Antes do amanhecer os símbolos do Chennu começaram a ficar
dançando dentro de mim. Comecei a me sentir tonto, como se fosse desmaiar,
mas sabia que tinha que me entregar e não temer abrindo minha mente para
receber (Shennu).
Quando saí do túmulo tinha certeza de algo:
Os anos de estudo de Kabalah anteriores agora faziam sentido. Na
tradição da Kabalah, Moises tinha “recebido” Kibel21 o conhecimento direto de
Deus no Sinaí. Mas Shennufer estava me mostrando que não era bem assim.
“Receber” (Shennu) ou abrir o espírito e a mente para ter acesso ao
conhecimento era uma prática muito anterior conhecida na antiga Cultura
Egípcia.
Dessas experiências e de outras meditações no decorrer de anos de
trabalho com o Tarô mental, desenvolvi o método místico que permite
introjetar os símbolos e cartas de Tarô.
“A mente livre foge das realidades e confia seus mistérios aos murmúrios
do silêncio, às estrelas e à escuridão. Seus segredos se revelam com
profundidade de madrugada, no crepúsculo, no limiar entre o consciente e o
inconsciente”.
A terceira Visão:
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Ao desenvolver o olho do Ka, (Uzai)22 com as práticas do Tarô mental, em
pouco tempo, espontaneamente, começaremos a ter a percepção da Aura
Astral.
23Técnica conhecida, na União Soviética 1939, chamada "efeito Kirlian", por Semyon Kirlian. O resultado é o
aparecimento de uma aura, ou melhor, um "halo luminoso" em torno dos objetos.
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O TARÔ E SUA ORIGEM:
27 Erich Fromm (1900 — 1980) foi um psicanalista alemão, filósofo e sociólogo, autor de diversos livros.
11
relata conhecimentos, descobertas e problemas de enorme complexidade
científica resolvida durante os sonhos noturnos.
29 O Monólito de Metternich. Descoberto em 1828 e datado de 360 a.C., suas inscrições falam do Livro de Toth.
31 (Formosa alma de Ptah). O papiro Egípcio de onde a história foi tirada tem no mínimo 3.200 anos.
12
Assim, auxiliado por um Mago e sacerdote de Isis, Nefer-Ka-Ptah
apoderou-se da caixa, cortou a serpente imortal em duas e enterrou as partes
separadas para que não pudessem se encontrar.
Leu a primeira parte do livro e compreendeu o céu, a terra, os abismos,
as montanhas, o mar, a linguagem dos pássaros, os peixes e os animais.
Leu a segunda parte e viu o sol brilhar, o céu e a noite, e, em volta do
sol, as grandes formas dos Deuses.
Nefer-Ka-Ptah entrou em sua casa, procurou um papiro novo, uma
garrafa de cerveja, escreveu as fórmulas secretas do livro de Toth no papiro,
lavou-o com a cerveja e depois a bebeu. Assim guardou com ele todo o saber
do livro, mas o próprio Toth voltou do país dos mortos e se vingou
terrivelmente. O filho de Nefer-Ka-Ptah, sua mulher e ele mesmo morreram.
Ele foi enterrado com todas as honras devidas e o livro de Toth foi enterrado
junto a seu corpo.
Esta história Egípcia nos mostra que o livro ou rolo de Toth poderia ser
um instrumento de aprendizagem e poder com diversas formas de assimilação
direta.
A História de Khaemwese.
33 Esposa de Nefer-Ka-Ptah.
13
O sumo sacerdote não estava disposto a desistir de seu objetivo, até que
Nefer-Ka-Ptah sugeriu um jogo de Senet pela posse do livro. Khaenwese
concordou com prazer, mas perdeu várias partidas. A cada partida perdida
recebia uma pancada na cabeça com o tabuleiro, e ia sendo enterrado no piso
como se fosse uma estaca.
Desesperado, Khaemwese mandou Anhurerau ao Faraó, que enviou um
forte amuleto para salvar seu filho. Quando o amuleto foi colocado em sua
cabeça, Khaemwese saltou do piso e pegou o livro, aproveitando a surpresa dos
espíritos e escapando.
Ramsés, prevendo os perigos desta posse, pediu a seu filho que
devolvesse o livro.
A história continua dando a entender que Khaemwese não estava
preparado para possuir tal conhecimento, tendo de devolver o livro com a
ajuda de dois grandes amuletos a fim de não ser morto. Khaemwese
compreendeu que havia roubado com leviandade, e devolveu o livro a Nefer-
Ka-Ptah em seu túmulo, o qual ficou novamente iluminado.
14
baralho impresso. Essa foi a hora certa para acreditar, ter fé e deixar meu
mestre interior se libertar.
Aqueles que estudam e trabalham com baralhos podem se libertar dos
símbolos impressos, mas os clientes querem ver as cartas, querem entender o
Tarô e suas mensagens como se partissem de uma lógica racional. Por isso sei
que fica difícil atender clientes sem um baralho. Mas também sei que hoje
confio mais no tarô mental, principalmente quando quero saber algo sobre
meu destino.
Outra situação conflitiva de que poucos falam é que um baralho de Tarô
pode ser influenciado pela mente do Tarólogo assim como suas interpretações.
Por esse motivo é muito difícil botar as cartas para si mesmo ou atender
pessoas que são muito próximas de nós.
Quando os símbolos do Tarô mental se manifestam na mente, são
mensagens diretas de sua consciência, não fruto de necessidades ou fantasias.
A capacidade de nos ligar com a alma, com uma consciência que rompa os
limites do tempo é a ferramenta necessária para a humanidade poder evoluir
em direção a algo mais verdadeiro.
“No mundo de hoje desenvolver a clarividência não é um delírio, é uma
necessidade de sobrevivência”.
15
CAPÍTULO II
OS SÍMBOLOS E A VIDÊNCIA
Prática mística:
Vou colocar alguns símbolos deste Tarô para que o leitor comece com as
experiências de percepção e interpretação de simbologia.
Faça esta prática sem se preocupar com a interpretação que se têm do
símbolo mais adiante no livro. É importante você anotar e perceber suas
dificuldades e acertos, assim como sua evolução com as próximas práticas.
Quando se medita num símbolo devemos entender que ele não é um
simples desenho, é algo a mais, e para liberar nossas percepções precisamos
lhe dar vida. Desta forma nossa mente criativa destroi a imagem petrea do
desenho e através de movimentos, cores, som e cheiros o transforma em algo
eterno.
16
Ao observar o símbolo, o fazemos de preferência à noite com a luz de
uma vela concentrando-nos na sua imagem.
Na meditação, a simbologia de uma carta pode se manifestar com roupas
e cores, falar conosco e fazer gestos. Dentro da sua mente o símbolo cobra
uma vida pessoal e intransferível. Isso que você percebe será seu próprio Tarô
impresso com o tempo na sua alma.
Depois anote suas interpretações e sensações, cores, cheiros e sons, que
teve no momento, assim como possíveis sonhos posteriores.
O TARÔ MENTAL:
35 Neters, mal traduzido por Deuses, seriam forças, ideias, arquétipos da sociedade e a psique.
17
Assim, no dia a dia, podemos estar caminhando e pássaros, plantas,
cores e nuvens podem se transformar em formas de comunicação
compreensíveis para nossa nova consciência.
1) MEMORIZAÇÃO E INTROJEÇÃO.
A prática da Vidência:
19
A IMPORTÂNCIA DAS CORES NO SIMBOLISMO EGÍPCIO E DO TARÔ:
20
Egípcios, assim como a cor relativa ao sacerdócio. Muitos dos animais que se
mantinham nos templos são representados com essa cor, o boi, a vaca, o
hipopótamo. Se associou à lua, à prata e ao lótus.
Preto, Kem era a cor da noite, da morte, da destruição dos inimigos,
representava o mundo inferior, mas também era usado como símbolo de
ressurreição e fertilidade. Por isto Osíris também era pintado em certos rituais
de Preto. Osíris, da mesma forma que os escaravelhos que representavam o
coração, tinha estas duas cores, verde e preto. Os Egípcios chamavam seus país
de Kem, terra preta.
Os Deuses que eram considerados seres superiores são representados
pela cor relativa ao poder que eles tinham.
21
ORIENTAÇÃO DAS FIGURAS
CONSULTA E ORIENTAÇÃO:
24
Lembre-se, você não é uma máquina que aperta um botão e sabe
tudo o que vai acontecer. Todos nós temos dias negativos, nos quais é
melhor não fazer nada.
E lembre-se como os antigos diziam ATI A NEJET (tua vida me
interessa). Grave essas palavras com fogo em seu coração. Todo dia.
Pense que quando você descobre uma verdade ganha autoridade. É
nesse momento em que você se torna construtivo ou destrutivo e isso
depende muito de sua capacidade de lidar com o poder.
O pior inimigo do orientador é seu próprio delírio, por isso, é
importante assumir nossas limitações e possíveis fracassos.
Pense, você é uma resposta, mas não é uma máquina de respostas
para tudo o que o consulente quer saber. Por isso não aceite mais de três
perguntas por consulente, se não está viciando seu próprio trabalho.
É importante ter em conta certas regras, e muitas dessas foram
transmitidas por tradições, eis algumas.
O consulente não deve cruzar as pernas.
Deve colocar as mãos sobre a mesa.
Olhar as cartas quando as colocamos, ou abaixar a vista enquanto
evocamos no Tarô mental.
Não deve perguntar, até que o autorizemos.
Estes são, sem dúvida, métodos de domínio e controle, pelos quais
rompemos mecanismos psíquicos de defesa, o que facilita o estudo do
consulente. Mas não é diferente do que o terapeuta faz, quando pede ao
paciente que se deite no divã enquanto ele se senta distante; o que deixa
claro que o paciente está doente na cama, e o terapeuta se protege na
distância.
Assim, toda tradição tem geralmente uma razão e um princípio. O
usuário que coloca o Tarô precisa delas até adquirir segurança e equilíbrio,
mas deve saber que não é a roupa nem as tradições que fazem um
orientador.
No próximo capítulo entraremos no estudo do simbolismo e sua
interpretação, mas para não cair na rutina do uso de cartas impressas e
motivar sua memorização retiramos destas os números que poderiam
representá-las. Ao dificultar o encontro delas no texto iremos motivando
sua introjeção mental que seria a finalidade deste livro.
No último capítulo colocamos os desenhos delas para serem
impressas estudá-las e facilitar sua memorização.
CAPÍTULO III
1a - O MAGO
SIMBOLISMO - Homem com uma bola de cristal na mão direita.
MENSAGEM - Representa domínio de uma situação, milagre,
surpresa, algo inesperado. Pode representar, para a pessoa, que
ela domina a situação, que tem tudo para ganhar.
O mago deixa de ser mago se lhe falta a bola de cristal. Se ele a
tem na mão, significa que vai dar tudo certo. Se ele não a tem,
pode representar que é um feiticeiro, pois nenhum feiticeiro usa a pureza do
cristal.
Temos que nos concentrar em ver a bola. Se ela aparece ou não, se brilha ou
não; e então baseados nisso, falamos.
FUTURO - Pode representar para o homem situações maravilhosas, a solução
para todos nossos problemas.
Se a pessoa que nos consulta é uma mulher, podemos dizer que um homem vai
trazer tudo o que ela necessita.
PLANO DE SAÚDE - Segundo nos aparece à bola, pode representar a solução de
enfermidades.
PLANO MATERIAL - Possibilidade de vários negócios.
1b - ASTROS
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MENSAGEM - Representa diferentes situações relacionadas a vários aspectos
do plano afetivo.
O símbolo do escaravelho como o mais importante define o amor. Se estamos
frente a uma situação de uma mulher que nos consulta por dois homens.
Pergunta-se: "João ou Alberto? "Pensamos Alberto, e se atrás da concentração
aparece o escaravelho, é porque este é o mais importante. Se sair o
escaravelho com um, nos concentramos no outro e aí não pode aparecer de
novo o escaravelho, deve aparecer outra coisa.
Se aparece a vasilha, há um homem rico que vai lhe dar segurança econômica e
proteção.
Se percebermos na consulta a pirâmide, também é positivo, mas com a faca é
negativo.
Se percebermos a moeda, significa que não é duradouro.
Se aparece a parte de mercúrio, é equilíbrio, também é bom, (se toma como
dois astros e uma coluna, já que os egípcios interpretavam o mercúrio como
uma força que vem em dobro e traz equilíbrio).
2a – HERANÇA
2b – COLUNAS
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3a – ATRAÇÃO
SÍMBOLO - A figura é uma máscara de um filhote de lobo, que a sacerdotisa ou
o sacerdote colocavam, sobre o joelho existe o símbolo da cruz de
Osíris. Essa máscara era colocada na mulher junto com feitiços
para que ela fosse atrativa.
A loba encontra seu filhote a uma distância muito grande. Nunca
uma loba perdeu um filhote, por sua atração maternal e por sua
capacidade de encontrá-lo. O tigre e o leão podem perder um
filhote, uma loba não. A loba é a melhor mãe, por isso também a cruz de Osíris
no joelho.
MENSAGEM - Representa a atração no casal. A imagem da Sacerdotisa com a
cruz de Osíris se interpreta como o nascimento de um bebê, ou que a mulher
está grávida.
Para começar uma situação afetiva esta é uma boa carta, mas precisa de outras
para ampliar esta interpretação.
Se percebermos só a cruz é uma boa surpresa e pode resultar em admiração ou
algo a mais. Se não vemos a cruz, a relação dura o tempo que durar o desejo.
A atração também representa sentir-se procurado.
PLANO PSICOLÓGICO - Há pessoas que se deixam levar pela primeira atração e
isso pode trazer fracassos. "Eu o atraio? E ele o que sente? Posso ser
importante para ele?
Essa atração pode ser à base de algo maior.
3b – CASAL
4a – IMPERADOR
4b – BASTÃO
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5a – IGUALDADE
5b – POSITIVISMO
6b – APATIA
7a – INTERESSE
7b – OBSERVAR
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Também pode representar uma observação que nos será dada, atrás da qual
pode haver um castigo. Para o egípcio não existe observação sem castigo.
Como o falcão é um pássaro que voa muito alto, também pode representar
uma observação de muita altura, construtiva.
O símbolo do falcão inclui o desenho de uma gota de água, que representa
tempo, e o de uma lua, que representa períodos.
Se percebermos o falcão como no desenho, olhando para a direita, representa
uma observação construtiva.
Os egípcios interpretavam que algumas observações podem ser construtivas:
as do mestre para o discípulo, as observações do casal, quando não são críticas,
são construtivas.
O olho do falcão pode ser interpretado com duas cores.
Se o percebermos branco, como está, representa neutralidade. Significa que
uma discussão, disputa ou briga que aconteceu, não terá consequências, não
irá transcender.
Se o percebermos vermelho significa que pode ter grandes consequências.
Também esta cor pode indicar uma observação, até por rivalidade.
Se percebermos que o falcão abre o bico, anuncia que vem uma maldade. Um
falcão de bico aberto é agressivo em qualquer circunstância.
PLANO PSICOLÓGICO - Pessoa com altos e baixos, ciclotímico.
PLANO DE SAÚDE - A pessoa deve se cuidar em seus períodos. Se percebermos
a gota, significa que é necessário vigiar a saúde através do tempo, que a pessoa
deve se cuidar.
8a – EREMITA
8b – SOL
9a – DESTINO
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9b – CICLOS
10a – EQUILÍBRIO
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MENSAGEM - Assim como esta, indica equilíbrio entre
necessidades e salário. Atividade profissional que permite a
conquista de uma vida equilibrada.
O movimento dos braços nos mostra como ele se sente em
relação a seu salário e necessidades:
Se percebermos os dos braços se levantando ele esta se
sentindo muito bem recompensado.
Se percebermos o sal da mão direita para baixo, não ganha o suficiente para
sobreviver e pode representar um momento de renegociar salários ou
contratos.
Se percebermos o pão descendo não tem como alimentar sua família com o
que ganha e pode representar lutas para receber o justo. Assim como um
momento de procurar outros empregos ou atividades.
PLANO AFETIVO - Alguém que nos oferece algo em troca de alguma coisa.
10b – EVOLUÇÃO
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Se aparece a boca como símbolo, indicaria que esta pessoa precisa comunicar-
se, quer evoluir através da palavra, das comunicações, da educação, do
conhecimento. É alguém que procura um guia, ou alguém que procura
compartilhar seu saber e pode ser um grande mestre. Depende de seu grau de
evolução.
11a COMUNICAÇÃO
11b HARMONIA
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Primeira harmonia - É aquela do homem consigo mesmo. Indica uma pessoa
sem conflitos, em harmonia com sua consciência. Também é a harmonia do
homem com deus, com seus valores morais, com sua ética.
Segunda harmonia - É com o meio que se vive, representa também a harmonia
do homem com seu pai, ou com seu amor.
Terceira harmonia - É a convencional, como a que existe entre dois povos ou
entre aquelas pessoas que se dão bem, e se apoiam, mas sem carinho.
O egípcio entendia que a harmonia se encontrava na água e a mensagem
depende de como a vemos na concentração:
Se a água está turva, a harmonia não é boa, se é clara está bem.
Quando aparece azul indica que está cheia de mensagens e de amor.
PLANO DE SAÚDE - Aonde não há água não há vida.
PLANO MATERIAL - Indica harmonia na economia, as partes se dão bem.
12a – COLHEITA
12b – TEMPO
13a – ESQUECIMENTO
14a – PAIXÃO
14b - MOTIVAÇÕES
SÍMBOLO - Aqui vamos encontrar algo que representa o
pênis. Colocavam uma risca, para indicar que há uma moral
em cima do desejo. No outro lado uma cobra e a flor de Lis.
MENSAGEM –
Se percebemos o pênis (tubo), representa desejo do corpo.
Se olhamos e vemos a risca no meio desse tubo, é um desejo, com princípios,
com moral.
A cor do sexo é violeta, lilás, vermelho-lilás, tomaram essa cor como a cor da
ereção.
Se vemos a cobra unida a flor-de-lis, representa uma união satisfatória, desejo
normal.
Se percebemos só flor, estamos frente à homossexualidade.
Se vemos a cobra sem a flor temos situações de carências e satisfações
anormais. Muitas vezes, num casal, o homem propõe à mulher relações
anormais.
Se vemos a cor vermelho-violeta a situação é normal, mas se vemos verde
significa também situações anormais.
15a – FRAGILIDADE
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quando a pessoa não tem personalidade suficiente para enfrentar situações de
instabilidade.
Para a concentração, neste caso, devemos virar a carta. Se a sentimos como é,
na realidade o que ocorre 95% das vezes significa que a situação é desastrosa
por si mesma, pois é frágil.
Ela pode também ser reflexo de algo externo, pode ser mandada, imposta, ou
determinada por fatores "estranhos" ou paranormais.
O homem perde seu orgulho quando perde seu chapéu; essa fragilidade o leva
a perder tudo. A cor laranja, aparece em seu chapéu. Um egípcio enfrentava
seu Deus40 e todos os seus momentos mais importantes com chapéu, só o
tirava no amor.
PLANO PSICOLÓGICO – A fragilidade se manifesta no plano psicológico como
debilidade, é uma pessoa que dúvida constantemente de como está agindo.
Por sua fragilidade de caráter é possível grandes equívocos, depressão e
dependência.
PLANO AFETIVO - Este aspecto é complexo, sofre-se muito quando as situações
estão frágeis e sensíveis, na parte afetiva. O homem perde seu chapéu, ou seja,
seu orgulho, e a mulher sua decência.
PLANO DE SAÚDE - Fragilidade na saúde. Se a pessoa que nos consulta é uma
mulher, que se sente débil frente a uma situação de saúde. A cor laranja é a
realidade da situação, se a cor laranja rodeia sua vestimenta e ela está nua e
branca, o perigo é o sexo.
PLANO MATERIAL - Fragilidade também no plano econômico.
15b – PERIGO
40 O sol, Rá.
44
Pode simbolizar também uma influência negativa, ou um acidente, um drama,
uma morte; mas não falamos disso ao consulente, especialmente se a consulta
for relacionada ao futuro. Dizemos apenas que há um perigo que pode vir.
16a – ESPERANÇA
17a – MORTE
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17b – MORTE
18a – ALEGRIA
18b – DATAS
19b – ETERNIDADE
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PLANO AFETIVO - Quando saí esta carta no plano afetivo, indica que não há o
que eleger nem o que duvidar. Devemos dizer a nosso consulente: "é um
destino", porque o eterno é o destino de Deus.
Nos planos psicológicos, de saúde e material não há nada.
20a – PROXIMIDADE
20b – ISOLAMENTO
SÍMBOLO - É o Cubo.
MENSAGEM - Este foi herdado pela interpretação dos sonhos
do velho simbolismo egípcio. Sempre se entendeu que o cubo
representa a sensação de sentir-se entre quatro paredes. Indica
uma situação completamente fechada.
PLANO PSICOLÓGICO - Representa um sujeito introvertido, completamente
fechado em sua comunicação. Também representa o homem que não quer
entender razões, que se isola da realidade. Num plano psíquico representa a
esquizofrenia, delírio, isolamento.
PLANO DE SAÚDE - Antigamente o cubo representava a lepra, que hoje quase
não existe mais. Hoje poderíamos interpretá-lo como enfermidades, infecções,
hepatite, tuberculoses, aids etc.
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PLANO MATERIAL - Indica uma falta de proteção. Pode representar uma
mulher cujo marido deixou de mandar dinheiro, ou anuncia que o consulente
vai entrar em situações críticas.
21a – REGRESSO
21b - PACIÊNCIA
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É preciso prestar atenção como vemos os passos, se rápidos ou lentos, para
poder falar do quanto demoram as soluções.
Se vemos a figura sem bastão é necessário dar tempo, mas não há futuro. Sem
o bastão falta o mais importante, falta a mística. Para um caminho longo se
necessita um bastão.
É importante dar uma meta, uma orientação, se necessita de paciência, é
necessário dar um motivo.
PLANO PSICOLÓGICO - Indica uma pessoa de caráter equilibrado, que não é
curiosa.
22a – PRUDÊNCIA
22b – LENTIDÃO
51
Se percebermos em nossa mística a gota de água a situação é lenta, sem
perigo, mas exageradamente lenta. Temos de ter uma paciência muito grande
até que se consiga encher o cântaro. A cor é azul.
23a – ORGULHO
23b -EGOÍSMO
24b – PARTIDA
25a – NEGATIVISMO
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Existe também o negativismo que vem de fora e destrói o homem. Assim se
vemos o sol apenas como astro, sem seu reflexo, é um negativismo que vem de
fora e leva a pessoa a um plano onde não ganha nada, não avança e tudo lhe
sai mal. Há pessoas com má sorte que destroem o que mais querem, brigam
com o que amam. Existe também uma força que cria o estado de negativismo;
vem como uma corrente que destrói nossas ideias e nos coloca impossibilitados
de avançar.
A cor desta carta é amarela, ou dourada.
PLANO PSICOLÓGICO - Quando a polarização das cores está desequilibrada a
pessoa chega até a ser hipocondríaca, e no plano psicológico tudo lhe sai mal,
pois ela mesma atraí isso.
25b – POSITIVISMO
26a – VAZIO
26b – INESPERADO
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27a – DÚVIDA
27b -DEFINIÇÃO
28a - MORAL
MENSAGEM - Há quatro símbolos na carta:
O pássaro que representa a melhor moral que podemos
encontrar; a moral equilibrada.
O círculo de baixo representa a moral convencional, de sociedade.
O símbolo que parece um "F" simboliza a moral de princípios.
Se percebemos a cruz invertida representa a moral religiosa.
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O símbolo de dentro, a estrela, representa uma moral para nós mesmos e mais
ninguém.
A moral nem sempre é positiva para se ter êxitos, mas também não podemos
viver sem ela. O melhor é conseguir o equilíbrio da moral.
Interpretamos esta carta, na consulta de um homem ou de uma mulher,
dizendo que estão numa conduta de moral.
A moral é de cor azul.
PLANO PSICOLÓGICO - Neste plano se pode interpretar como uma parte de
equilíbrio. Um moralista vai a extremos, e isso é doentio. Muitas vezes
perguntamos se um comportamento é princípio, ou inibição. O mesmo está nas
inibições de uma mulher, que usa sua moral como escudo. Nem toda moral é
sincera.
28b – CONSCIÊNCIA
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29a – ENTREGA
42 Se lê Hek de Ka reinar.
43 Escrevia-se Nejej.
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30a - DESORIENTAÇÃO
30b - CONFUSÃO
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Nossas confusões também podem matar-nos. Se percebemos o Xigur, o
pássaro que faz sua casa num ninho alheio, pode lhe custar a vida, pois outro
pássaro pode matá-lo.
Existem confusões que não são de ordem psicológica como quando nos
confundimos por uma estupidez. Isto se percebe no pássaro central.
A cor laranja deve aparecer em um dos símbolos, para sabermos qual é o tipo
de confusão.
PLANO PSICOLÓGICO - Interpretamos, nesse plano, que uma pessoa que vive
confusa pode chegar à loucura, à demência. Há pessoas que confundem a
realidade e há aquelas que tomam um sonho por realidade e entram em
grande confusão.
31b – ALVO
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MENSAGEM - Ideias que se concretizam, metas que se realizam. A
flecha que alcança o alvo representa a projeção correta do eu.
Sonhos que se concretizam no tempo programado.
O Arco representa a força necessária ou a quantidade de energia
para concretizar um ideal. Se aparece o arco, na concentração, a
pessoa tem capacidade, mas sem a flecha não dará certo. Pode ser necessário
contratar alguém e pedir apoio profissional.
A Flecha representa direção correta, capacidade de projeção e execução dessa
energia.
32a – ALIANÇA
33a – DESILUSÃO
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33b – PERCEPÇÃO
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MENSAGEM - A árvore, para o egípcio, era símbolo de um oásis no deserto,
representando a vida. Os hebreus o denominaram o "Etz ha haim46".
Posteriormente deu-se um significado ligado a mística.
No Egito significava vida, mas nas dinastias XXII e XXIII ela aparece unida a uma
elevação espiritual. Representa também a sabedoria, pois se não há
consciência não há vida.
PLANO AFETIVO: No Tarô a árvore representa afeto, compreensão, vida,
prolongamento de uma relação, de uma situação. A árvore da vida é uma
confirmação de vida.
Essa árvore não nos fala de tempo; fala-nos de vida. Para sabermos de seu
tempo precisamos de outras cartas, e então falamos da vitalidade da situação.
Na consulta pode aparecer a pergunta: "Esta situação vai para frente?
Podemos dizer que tem vida.
A cor desta carta é azul.
34b – INICIAÇÃO
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35a – DUPLICIDADE
35b – DEBILIDADE
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36a - GUIA
36b – PRESSENTIMENTO
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PLANO PSICOLÓGICO - É uma pessoa que sempre põe fim a situações e procura
outras. Também pessoas que tratam de sentir o que querem sentir, ou que são
fatalistas.
PLANO DE SAÚDE - É uma carta muito negativa.
Se vemos a mão esquerda, anuncia uma enfermidade muito grave. Pode ser
câncer ou leucemia. Mas, podem dizer, "vemos certas tormentas que se
aproximarão". Não se deve assustar desnecessariamente o consulente.
Se vemos as mãos e os pés é uma enfermidade grave, mas não fatal. Se vemos
só os pés, indica que a enfermidade que se aproxima não será grave.
37a – DESORDEM
37b – DISTÂNCIA
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O homem pode fugir de si mesmo, pois não está conforme. No casal pode ser
uma situação em que estão distantes.
No plano psicológico, o homem não consegue entender-se, não sabe o que
busca em seu caminho, há distância entre sua situação e seu objetivo.
Pode ser um fenômeno do destino, da má sorte, do negativismo que faz essa
distância; ou ele mesmo a cria.
A cor é amarela.
38a – CARRO
38b – ESCRIBA
39a – DESESPERO
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39b – DEMÊNCIA
40a – CEGUEIRA
40b – IGNORAR
SÍMBOLO - O burro.
MENSAGEM - Indica uma grande insegurança a respeito de
situações. Significa também ignorar uma verdade. Indica que o
consulente não entende, ou avalia incorretamente uma situação.
Também representa uma distância, uma situação que é distante
por não se ter um conhecimento adequado. Numa forma muito mística
interpreta-se como o homem que não tem fé. Muitas vezes uma pessoa ignora
por um mecanismo de defesa.
PLANO AFETIVO - Muitas vezes nós mesmos ignoramos o que queremos,
damo-nos conta tarde demais que queremos uma pessoa. Muitas vezes
ignoramos se a situação em que vivemos é boa ou má.
PLANO PSICOLÓGICO - Pode indicar que a pessoa é introvertida, muito
fechada, ou que não quer saber. Também pode indicar caprichos.
PLANO DE SAÚDE - Indica uma situação misteriosa, onde não há diagnóstico.
Anuncia algo que poderá vir, mas que não se vê.
41a – FÉ
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O crocodilo representa a fé mais perigosa, mais desastrosa. Se temos fé no
crocodilo, ele pode nos devorar. Por isso representa uma fé perigosa.
O homem interpretou que a fé deve ter a cor verde, mas não podemos trocar a
cor da pureza da água do Nilo, por isso a água deve ser vista em azul, e os
outros símbolos em verde.
41b – IDEAL
42a – ILUSÃO
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MENSAGEM - Esta carta é bastante negativa, pois nos fala de algo
que não é realidade. Com uma ilusão não se pode construir o futuro.
Às vezes é possível crer que se ama alguém, mas pode ser apenas
uma ilusão. Representa algo negativo, ainda que em parte fale de
nossos sonhos. Não se deve alimentar ilusões, não é ético.
PLANO PSICOLÓGICO - Pode indicar uma pessoa psicótica, um
delirante. Pode corresponder também aquele tipo de pessoa que
constantemente está sonhando em realizar muitos negócios.
42b – MARAVILHA
43a – BUSCA
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44a - AMOR E DESEJOS
44b – SEXO
45a – FALSIDADE
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Para estarmos convencidos que há falta de sinceridade na relação, devemos
ver a cor cinza.
O círculo desenhado no símbolo serve para delimitar melhor a cor cinza, não só
na vespa, mas em todo o círculo; ainda que desapareça a vespa e também o
círculo é real.
PLANO DE SAÚDE - Pode significar um falso diagnóstico, situações equivocadas
no caminho.
PLANO MATERIAL - Se interpreta na sociedade e na economia como situação
desleal e desonesta.
45b – PURIFICAÇÃO
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46a – CRITICA
46b – AFINIDADE
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47a – SAÚDE
47b - MEDICINA
48a – INVEJA
48b – MALDIÇÃO
49a – INIMIZADE
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49b – POLÍTICA
50a – ELECTRA
50b DOMINIO
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51a - ADORAÇÃO MATERNAL
51b – UNIÃO
52a – MALDADE
52b – OBJETIVO
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53a – SENTIMENTO
53b – AMIZADE
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54a – LUTA
54b – GUERRA
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55a – FORMAÇÃO
55b – DOMESTICIDADE
56a – PERPLEXIDADE
56b – TEMPO
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MENSAGEM - Às vezes as pessoas precisam de tempo para poder
definir-se, às vezes o tempo ajuda a superar seus medos ou
conflitos internos. Estes símbolos nos ajudam a definir épocas,
momentos e espaços de tempo. Sois, ou anos em amarelo, luas
ou meses em branco, quartos de lua ou semanas em prateado.
57a – SOLIDÃO
57b – RECONCILIAÇÃO
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MENSAGEM - A reconciliação se interpreta como um reencontro. A
palavra perdão não tem muito valor para o egípcio. Só os Deuses
perdoam, o homem é sempre culpado, não tem direito a perdoar.
Se entendia que o homem e a mulher têm que se entender.
Significa que haverá um encontro com a família ou entre pais e filhos, ou um
reencontro com a saúde física e psíquica.
Também se pode interpretar como o homem que se reencontra com sua fé ou
com seu amor.
As pernas representam o retorno. Se interpretam em duas cores, para saber
quem deve tomar a iniciativa.
Se as vemos azul é o consultante quem deve tomá-la, se a vemos verde é a
outra parte.
Se o homem se vê dourado indica que a reconciliação é fixa, segura, vem por si
mesma, não é necessário tomar uma iniciativa.
Se percebemos o amarelo sem intensidade, indica que é demorada, mas vem.
É uma carta do futuro, não existe na consulta de presente. O tempo é intuitivo,
devemos senti-lo.
58a – LIBERAÇÃO
58b – ORDEM
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59a – VIDA
59b – AMEAÇA
92
CAPÍTULO IV
O HOMEM E OS NETERS48:
48Neters são representações, ideias das forças arquetípicas que formaram a civilização. Como a justiça, a
saúde, a educação, o amor, representadas por deuses como Maat, Seckhmet, Toth e Ísis.
49Khnum (Chnum, Knum ou Khnemu) O Modelador, deus da mitologia egípcia, representado como um homem
com cabeça de carneiro, por vezes tendo uma jarra ou coroa dupla sobre os cornos.
93
INTERPRETAÇÃO DOS NETERS
61 - RÁ
SÍMBOLO – O Deus RÁ sentado com a cabeça de falcão e seu disco, 16/07 a
15/08. Corresponde na astrologia atual com o signo de Leão.
MENSAGEM - A carta deste Neter representa poder, força, criatividade,
pessoas extrovertidas, cheias de energia, ótimos líderes, que gostam de
enfrentar situações difíceis e superá-las. Pessoas com capacidade de
organização.
Se percebermos a Cobra junto com o disco, podemos dizer que se terá força e
energia para levar adiante os projetos e sonhos.
Se vemos a Cobra sem o disco, teremos força, mas faltará um objetivo
determinado e o apoio para o que queremos e isso nos pode levar a uma
frustração.
NO PLANO MÍSTICO - Representa poderes ocultos e mistérios que se
manifestam. O Disco representa ideias brilhantes que merecem ser estudadas e
aprofundadas pelas quais vale a pena lutar. Realização que parte de nosso
espírito.
PLANO AFETIVO - Se vemos a Cabeça do Falcão, nos convida a tomar cuidado,
pode ser com uma relação afetiva ou um sócio, pois é um envolvimento que
pode ser criativo ou destrutivo. Devemos manter uma distância racional.
Pode representar um líder que nos envolve com suas ideias e nos faz perder
nossa individualidade.
SAÚDE - Pessoas com energia e vitalidade para superarem seus obstáculos
físicos. Se sai invertida, problemas de pele, pigmentação e perigos de
sarcomas.
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62- NEITH.
63- MAAT
64 - OSÍRIS (OSAR)
65 – HATOR:
97
66 – ANÚBIS – ANPHU
98
67- BASTETH
99
68- TAUERET
69- SECKMETH
101
atividade criadora, que às vezes, se torna mais importante que sua própria
vida.
São pessoas que rompem sua rotina com atividades como jardinagem,
carpintaria, mecânica, etc.
Quando vemos seu cetro é porque seus projetos são realizáveis pois tem bases
materiais para projetar-se, sem o cetro, seu trabalho pode não ser reconhecido
ou ser explorado por outros.
71 - TOTH
72 – ÍSIS
103
A natureza proporcionou ao homem todos os meios de sobrevivência,
isso incluía uma capacidade que com o tempo e as repressões do processo
civilizatória foi se perdendo.
Estamos tentando com este estudo recuperar sua capacidade natural
de perceber o futuro.
104