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Eduarda Fontana1
Larissa Zimnoch1
Luísa Acauan Lorentz1
RESUMO
Este artigo tem como objetivo caracterizar a atual “crise” migratória, demonstrando
o caráter permanente das migrações, os conflitos geradores dos fluxos e a aborda-
gem parcial adotada pela mídia, que caracteriza a Europa como principal afetada.
Será abordada também a perspectiva dos países de terceiro mundo, principais ge-
radores e receptores de deslocados e o desafio que as migrações representam para a
lógica do Estado-Nação.
1 INTRODUÇÃO
O deslocamento humano sempre esteve presente na história da humanidade, por
razões naturais, na busca por melhores condições de vida ou até por sobrevivência.
O objetivo deste artigo é trazer uma análise da chamada “Crise Migratória do século
XXI”, explorando as novas dinâmicas dos fluxos populacionais forçados que se en-
quadram no conceito de refúgio. Este estudo problematiza a forma como tal crise
é exposta pelas grandes mídias, que passaram a abordar a questão apenas quando
os fluxos atingiram de forma direta países de economia mais desenvolvida (GRE-
ENSLADE, 2015). A crise migratória não pode ser considerada um evento isolado,
ou unicamente uma crise europeia. Ela se insere num longo processo histórico de
contradições e interesses, e deriva da organização do sistema internacional. Assim,
1
Estudantes de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
2 Relações Internacionais Para Educadores (RIPE)
serão analisados os motivos dos atuais deslocamentos forçados, as consequências no con-
texto global e como os atores reagem às novas demandas que estes fluxos impõem.
A segunda seção deste artigo fornece uma explicação sobre conceitos relacionados
à migração e, principalmente, a refugiados, a partir da revisão da construção de uma nor-
mativa legal para a temática. A terceira seção aborda os principais desafios apresentados
pela crise migratória no século XXI, expondo um panorama geral dos dias atuais, e será
complementada pela quarta seção, responsável por delinear aspectos históricos relevantes
para a compreensão do contexto da atual crise e de movimentos de migração forçada em
geral. A seção posterior reflete acerca dos impactos dos fluxos de refugiados que se dirigem
à Europa, questionando as respostas à crise e como estas se relacionam com a forma que
o continente se constitui. Por fim, a sexta seção faz uma breve análise teórica que busca
avaliar como a questão do refúgio está inserida no sistema mundial e de que formas se
relaciona com os Estados.
O deslocamento forçado teve um crescimento acelerado desde o início do século XXI, al-
cançando níveis recordes em 2016, que configuram a atual crise de refugiados. Até o fim de
2015, mais de 65 milhões de pessoas foram forçadas a deixarem suas regiões, em função de
perseguição, conflitos armados, violência generalizada ou violações de direitos humanos.
Em uma população mundial de pouco mais de 7 bilhões de pessoas, isso significa que uma
a cada 113 pessoas é hoje solicitante de refúgio, deslocado interno ou refugiado (ACNUR,
2016).
A grande maioria desses refugiados, provenientes do Oriente Médio e da África, é re-
sultado da série de conflitos armados e guerras civis que degradam a região. No Iraque e na
Líbia, conflitos armados acontecem diariamente, provocando a destruição de instituições
estatais e sociais que forçam milhares de pessoas a buscar refúgio em países vizinhos e em
outras regiões mais distantes, como o continente europeu6.
A Síria foi o país de origem da maior parte dos refugiados em 2015. Estima-se que
4,9 milhões de refugiados sírios estejam sob mandato do ACNUR, os quais buscam refúgio,
especialmente nos Estados fronteiriços, como Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito.
Isso acontece, pois, diferente do que se observa nas bases de comunicação ocidentais, ge-
ralmente, o primeiro destino dos deslocadas forçados são as regiões mais próximas de seu
4
Na prática, não há uma diferença tão grande entre migrações forçadas e voluntárias, já que o desrespeito aos
direitos humanos pode surgir de outras formas. Um cidadão sem amparo governamental para sustentar uma
condição digna de vida está igualmente em situação de risco (ELIE, 2014).
5
O caso dos migrantes ambientais é problemático, pois são pessoas que estão sendo obrigadas a deixar suas casas,
por problemas decorrentes de desastres naturais ou mudanças climática, mas, em tese, ainda estão dentro do
aparato governamental de seu país, além de não sofrerem fundado temor de perseguição, fator essencial para se
enquadrar como refugiados (BIERMANN & BOAS, 207, p 5-6).
6
O conflito no Iraque se iniciou em 1990, com a invasão dos EUA, cujas intervenções perduraram com a guerra
contra o “eixo do mal”. Os norte-americanos foram exitosos na derrubada de Saddam Hussein e, desde então, o ce-
nário político iraquiano esteve longe da estabilidade. Grupos políticos internos, sobretudo dominados por facções
xiitas e sunitas, se enfrentam em conflitos civis. O embate mais recente teve início com um grupo de insurgentes
que começou a tomar cidades do norte do país e avançar em direção a Bagdá. Tais conflitos geram refugiados da
região. Na Líbia, com a derrubada do ditador Muammar Gaddafi, o território foi dividido em dois governos rivais,
levando a um conflito armado. Além disso, há o domínio cada vez maior do Estado Islâmico, tornando a região
mais instável e propensa ao crescimento do número de refugiados (VISENTINI, 2012).
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A CRISE MIGRATÓRIA NO SÉCULO XXI 5
país. Os deslocados internos da Síria já somam números alarmantes, próximos a 6,6 mi-
lhões de pessoas (ACNUR, 2015a)
Após a Síria, o Estado com a segunda maior saída de refugiados é o Afeganistão,
com números próximos a 2,7 milhões de pessoas. O país passa por conflitos armados des-
de 1978, o que ocasiona uma saída contínua de afegãos em busca de melhores condições.
O Paquistão e o Irã acolhem atualmente cerca de 95% de todo o povo afegão refugiado.
(UNHCR, 2015b).
O terceiro país em conflito gerador de refugiados é a Somália, que, ao final de 2014, já
tinha produzido mais de 1,1 milhão de pessoas à procura de refúgio. A Somália é, ainda, um
dos países mais pobres do mundo, em guerra civil desde 1991 (ACNUR, 2015c). Entre os
principais países para os quais os somalis se dirigem estão o Iêmen, o Quênia e a Etiópia. A
Somália, a Síria e o Afeganistão são a origem de cerca de 53% dos refugiados do planeta atu-
almente. Devido à proximidade com áreas de conflito, a Turquia, o Líbano e a Jordânia são
alguns dos países que recebem o maior número de refugiados (UNHCR, 2015). Estes países
já registram cerca de 4 milhões de refugiados em seus territórios, muito além dos cerca de
1 milhão de refugiados que se destinam aos países europeus (THE GUARDIAN, 2016).
Atualmente, guerras civis7, ocorrendo principalmente no Oriente Médio e na África
causam o acentuado número de deslocamentos que fogem de guerras e de perseguições ét-
nico-religiosas em busca de refúgio (COCKBURN, 2015a). Há focos de conflito entre fac-
ções tribais em muitos países da África, além dos embates reforçados a partir da Primavera
Árabe. O atual fluxo de refugiados tem uma de suas causas na instabilidade enfrentada por
várias regiões do Oriente Médio e da África desde a Primavera Árabe, iniciada em 2011,
da qual eclodiram várias guerras civis de grande intensidade e conflitos étnico-religiosos,
juntamente com o surgimento de vários grupos fundamentalistas islâmicos em consequ-
ência da queda dos regimes, da desestruturação e fragilidade do Estado e de seus exércitos,
incapazes de conter os novos grupos radicais (BANDEIRA, 2014; COCKBURN, 2015a).
Contudo, a Primavera Árabe consiste em um ponto de inflexão, que radicaliza os desloca-
mentos forçados inserindo-os como pauta central nas grandes mídias novamente, mas faz
parte de um processo mais amplo, que tem suas raízes no passado colonial e neocolonial
dessas regiões. De tal forma, para uma compreensão da crise migratória contemporânea,
é essencial entender em que contexto ela se insere e quais seus condicionantes históricos,
pois não se trata de um fenômeno novo, visto que, embora os números atuais sejam alar-
mantes, fluxos de refugiados igualmente preocupantes marcaram o século XX. Assim, a
seção seguinte busca expor os antecedentes que culminaram com a presente conjuntura.
locais não ocorreu de forma pacífica (LANGE, 2015). Desde a independência dos países
africanos, por exemplo, ocorreram mais de 70 golpes de Estado no continente, muitos
seguidos por guerras civis ou interestatais (MAZRUI, 2010). O sistema de dominação eu-
ropeu favoreceu a constituição de nações desiguais e subordinadas a outros Estados, que
aprofundaram os conflitos nas regiões (LANGE, 2015). As guerras civis e outros confron-
tos internos impedem a atuação do Estado na proteção de seus cidadãos, resultando no
deslocamento forçado pelas condições de vida e risco constante. As crises atuais não são
novidade para a comunidade internacional, tendo em vista os desafios enfrentados na se-
gunda metade do século XX.
As conflagrações nesses países ocorrem, em grande parte, como consequência das
sociedades desiguais estabelecidas pelo imperialismo e neocolonialismo em laços de de-
pendência política e econômica. Conflitos africanos, resultantes de séculos de colonização
e imposição de fronteiras artificiais e mecanismos de controle externos àquelas culturas,
entretanto, não costumam ser tão veiculados pela mídia de massas, uma vez que seus fluxos
migratórios afetam de forma muito mais significativa países vizinhos, também subdesen-
volvidos, do que potências europeias.
Mesmo com sociedades por muito tempo mais evoluídas tecnologicamente, países
árabes do Oriente Médio e Norte da África não foram poupados de tentativas de coloni-
zação e subordinação às potências europeias. Sua posição geopolítica privilegiada - entre
a África, a Ásia e a Europa - e abundantes jazidas de petróleo tornaram a região foco de
disputas, especialmente no século XX (VISENTINI, 2012). Assim, países ocidentais ten-
tam, aumentar sua influência através da veiculação de ideias, como “nação” e “liberdade”; da
introdução do pensamento econômico capitalista; e até da presença militar (VISENTINI,
2012)9.
Alguns dos conflitos mais veiculados hoje pela mídia ocorrem nessa região e são,
em grande parte, decorrentes do processo conhecido como “Primavera Árabe”, que pode
ter suas raízes traçadas no período de influência europeia10. Este processo ficou conhecido
como um conjunto de manifestações populares contrárias aos anos de regimes autoritários,
nas quais cada país apresentou motivações e realidades específicas. Há evidências de que
a influência externa foi de grande importância para os movimentos, que, ao buscar mu-
danças, tiveram grande papel desestabilizador nesses países (VISENTINI, 2012). Levantes
aconteceram em todo o mundo árabe, a partir das primeiras manifestações na Tunísia, no
início de 2011.
9
Um exemplo da intervenção é a questão palestina, agravada a partir da criação do Estado de Israel, numa tenta-
tiva de resolver a crise de refugiados judeus. O conflito gerou a expulsão de palestinos de seu território, e iniciou,
uma crise humanitária que levou à criação de uma agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA
(Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) (UNRWA, 2016).
10
É importante ressaltar que os processos da Primavera Árabe são influenciados pelo passado colonial e atual
dependência econômica e política dos países da região. Responsável pelas maiores mudanças políticas na região
em 50 anos, os movimentos geraram uma onda de otimismo na mídia ocidental, que acreditava ser esse o caminho
para a “democracia” no Oriente Médio. A esperança de estabilidade foi extinta após alguns anos, com o legado de
guerras civis e conflitos internos deixado pelo processo.
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8 Relações Internacionais Para Educadores (RIPE)
Das revoltas emergiram cenários que têm grande impacto na crise migratória atual,
como os casos de Líbia, Iraque e Síria. A Líbia passou de destino final para migrantes eco-
nômicos e refugiados durante o governo de Muammar al-Gaddafi, para um país de passa-
gem de migrantes que se dirigem à Europa, além de gerar fluxos próprios de refugiados e
de deslocados internos, que fogem de combates entre milícias nas principais cidades líbias
(TOALDO, 2015). As dinâmicas migratórias atuais do país são causadas pela instabilidade e
caos generalizado causado pela Guerra Civil Líbia, após a derrubada do regime de Gaddafi.
Na Síria, Bashar al-Assad, presidente do país, perde grande parte de sua legitimidade
ao utilizar o exército para conter manifestações, que, unidas às relações hostis com potên-
cias ocidentais, reduzem consideravelmente seu poder (VISENTINI, 2012). A ascensão de
grupos terroristas, principalmente do Estado Islâmico (COCKBURN, 2015b), contribuí-
ram para aumentar a instabilidade do país, o que ocorreu também no Iraque, gerando um
dos maiores fluxos atuais de refugiados, além de milhões de deslocados internos.
Figura 1 - Distribuição da alocação de refugiados em seus países de destino, 2016.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo deste trabalho, buscou-se mostrar como a atual crise de refugiados está ligada
a processos históricos amplos, não sendo um evento isolado ou “espontâneo”. O passado
colonial e imperial europeu se relaciona à atual conjuntura - a divisão artificial de regiões
como África e Oriente Médio, estimulou conflitos locais e determinou a forma como esses
países se inseriram na economia mundial. A eclosão da Primavera Árabe e conflitos sub-
sequentes é, assim, também herança de tal passado, mas demonstra ainda novas formas de
influências externas, que igualmente interferem nos fluxos migratórios.
Dessa forma, antes de ser uma anomalia do atual Sistema Internacional, a questão
dos refugiados é engendrada por este, sendo resultado da Política Internacional, pautada
na lógica particularista dos Estados - separados por fronteiras e com interesses e aspirações
próprios. Essa problemática fica evidente nas atuações da União Europeia em relação a
crise dos refugiados, em que a falta de uma resposta coordenada está relacionada com a
dificuldade dos processos de integração em conciliarem a lógica do Estado-nação com os
interesses coletivos.
Tal lógica entra em conflito também com a lógica universalista dos direitos humanos,
impondo desafios na transformação da defesa desses direitos em realidade. Como processo
criado dentro do sistema, a questão dos refugiados só deixará de existir quando houver
uma mudança sistêmica. Até lá, há pouco efeito em pautar a defesa dos direitos humanos
baseando-se numa sociedade ideal, enquanto a realidade é outra. Antes, é preciso avançar
na formulação de políticas que permitam manejar dentro da atual estrutura, especialmente
em se tratando de situações de crise, para que haja uma defesa na prática de tais direitos.
ABSTRACT
This article aims to characterize the current migratory “crisis”, demonstrating the permanent cha-
racter of the migrations, the conflicts that generate the migratory flows, the partial approach adop-
ted by the media, which characterizes Europe as the main affected. It will also address the perspective
of Third World Countries, the main generators and receivers of displaced persons, and the challen-
ge that migrations pose to the logic of the Nation-State.
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