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OS 12 SENTIDOS – RUMO À TERRA PROMETIDA PAG: 1

OS 12 SENTIDOS
O Caminho para a Terra Prometida

Ensinamentos de teoria e prática de Cabala

Professor: Ian Mecler www.portaldacabala.com.br


OS 12 SENTIDOS – RUMO À TERRA PROMETIDA PAG: 2

INTRODUÇÃO

Este curso, direcionado para os alunos já iniciados à Cabala, tem como


principal objetivo trazer ao aluno a possibilidade de entrar em contato com
aprendizados raros da Cabala, ligados aos chamados “12 sentidos”. Eles estão
diretamente relacionados às 12 tribos, aos 12 signos e fundamentados no livro
mais antigo da sabedoria da Cabala: o Sefer Ietsirá.

Temos também como objetivo:

1) Dar continuidade a existência e ao propósito de um grupo que trabalha


coletivamente pelo despertar da consciência.
2) Ampliar a capacidade de foco no sistema de meditação cabalística.
3) Auto-transformação através de importantes exercícios, que serão
experimentados entre cada uma das aulas.

Todas as aulas são compostas de uma parte teórica, onde são apresentados
ensinamentos fundamentais dos sentidos (dois a cada aula), e uma parte
prática, com relaxamento dirigido e prática profunda de meditação. Este
material se utilizou de textos de nossos livros. Por conter letras sagradas, deve
ser conservado com cuidado.

Neste material de apoio ao curso são relacionadas informações vitais


sobre os 12 sentidos, bem como exercícios e práticas. No mesmo também são
disponibilizados alguns textos com informações relevantes para o estudo em
questão.

O aprendizado e prática da cabala em nosso cotidiano possibilita


profundas transformações em todos os nossos níveis de alma. Um grande
crescimento de consciência, que nos impulsiona a querer levar adiante esses
ensinamentos e a construir, gradativamente, a era do Mashiach.

Ian Mecler, 10 de Julho de 2018.


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1º SENTIDO: FALA

. TRIBO: JUDÁ (YECHUDÁ) dc edi

. SIGNO: ÁRIES – FENDA: PESSACH

. MES CABALÍSTICO: NISSAN

. SOMBRA: LASHON HARÁ, FALAR DEMAIS, FALAR SEM


ACRESCENTAR , FALAR ALTO, NUNCA FALAR.

. LUZ: LASHON TOV, FALAR QUE SOMA, SILÊNCIO, MANTRA E


CANTO, RESPIRAÇÃO ORAÇÃO (ANA BECOACH), BRACHÁ.

2º SENTIDO: PENSAMENTO

. TRIBO: ISSACAR, ISSACHAR d kyyi

. SIGNO: TOURO - FENDA: LAG BA OMER

. MES CABALÍSTICO: IYAR

. SOMBRA: PENSAMENTO NEGATIVO, OBSESSIVO, QUE NÃO


ACRESCENTA, PÂNICO, PADRÕES REPTIDOS, VÍCIOS,
PRESSUPOSTOS.

. LUZ: ESTUDO, CRIATIVIDADE, MEDITAÇÃO, OLAM, REEI,


RESPIRAÇÃO .
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=> EXERCÍCIO P/ CASA: PRÁTICA DIÁRIA DE MEDITAÇÃO
Oração Pessoal, Ana Becoach, Troca Narinas, 72 Nomes, 4x4, Silêncio
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SEFER IETSIRÁ - O LIVRO DA FORMAÇÃO

O Sêfer Ietsirá é considerado o mais antigo e misterioso dos textos cabalísticos, trazendo
à luz implicações teóricas, meditativas e mágicas. O texto explora o domínio espiritual, os
mundos das Sefirot, das almas e dos anjos. Quando compreendido, revela instruções para
um tipo especial de meditação que tem o propósito de fortalecer a concentração e auxiliar
no desenvolvimento de poderes cinéticos e telepáticos. O texto propicia ainda um mergulho
nos 32 caminhos da sabedoria, exercícios elevados de meditação, transição entre Biná e
Chochmá, astrologia cabalística, a visão de Ezequiel e o mistério dos 231 portões.

Com 32 caminhos místicos de Sabedoria


gravou Yah, o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, o Deus vivo
Rei do Universo, El Shadai, Clemente e Misericordioso, Elevado e Exaltado
que mora na Eternidade, cujo nome é Sagrado, Ele é sublime e sagrado
E criou Seu universo com três livros (Sefarim):
com texto (Sefer), com número (Sefar) e com comunicação (Sipur).

Dez Sefirot do nada e 22 letras Fundação:


Três Mães, Sete Duplas E doze Elementares

ORAÇÃO ANA BECOACH (obs: CH leia como -> RR)

1o - ANA BECOACH GUEDULAT YEMINCHÁ TATIR TSERURA


2o – KABEL RINAT AMECHA SAGVEINU TAHAREINU NORÁ
3o – NA GIBOR DORSHEI YICHUDECHÁ KEVAVAT SHOMREM
4o – BARCHEM TAHAREM RACHAMEI TSIDKATECHÁ TAMID GOMLEM
5o – CHASSIN KADOSH BEROV TUVCHA NAHEL ADATECHA
6o – YACHID GEE LEAMECHA PENEI ZOCHREI KEDUSHATECHÁ
7o – SHAVATEINU KABEL USHMÁ TSAKATEINU YODEA TA’ALUMOT
Em Silêncio – BARUCH SHEM KEVOD MALCHUTO LE OLAM VAED
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3º SENTIDO: MOVIMENTO
. TRIBO: ZEBULOM (ZEVULUM) o e l e a f

. SIGNO: GÊMEOS – FENDA: SHAVUOT

. MES CABALÍSTICO: SIVAN

. SOMBRA:ESTAGNAR, MUITO FAZER, MOV.CIRCULAR,EXAUSTÃO


. LUZ: CAMINHAR, ESTUDAR, DANÇAR, ABRAÇAR, PARAR

4º SENTIDO: VISÃO
. TRIBO: RUBEM (REUVEN) o a e ` x

. SIGNO: CÂNCER - FENDA: PINCHAS

. MES CABALÍSTICO: TAMUZ

. SOMBRA: NÃO ENXERGAR, CASCAS, ASSÉDIO


. LUZ: LER, CONTEMPLAR, LETRAS, A VISÃO DOS MESTRES
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=> EXERCÍCIO P/ CASA: MEDITAÇÃO AVANÇADA ABULAFIANA
1. MOVIMENTOS DE CONTATO COM O CORPO
2. ANA BECOACH
3. RESPIRACAO PAUSADA
4. MANTRA REE
5. 231 CAMINHOS (RESPIRACOES)
6. SILENCIO FINAL COM FOCO NO 3º OLHO <--
Res Tema For Letra Res Tema For Letra |
10 Alem Estrelas l Lamed 21 Vazio ` Alef V
09 Cura n Mem 20 Contração Criativa a Beit
08 Humildade/Perdão p Nun 19 Compartilhar b Guimel
07 Pacto q Samech 18 Receber c Dalet
06 Visão abençoada r Ayin 17 Semente d Hei
05 Poder t Pei 16 Verticalidade e Vav
04 Justos v Tsade 15 Discernimento f Zain
03 Transcendência w Kuf 14 Amor g Chet
02 Serenidade x Resh 13 Força Oculta h Teth
01 Fogo Entusiasmo y Shin 12 Levitacao i Iud
00 Renascimento z Tav 11 Aqui, Agora k Caf
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Cabala – O Caminho da Mística Judaica – Perle Epstein

O caminho da Cabala oferecido no Sefer Yetzirah, de acordo com sua interpretação,


naturalmente, revelava mais rapidamente os segredos da contemplação. Mais
singular ainda era o seu método tzeruf de trazer as letras de volta à sua causa
primeira.

O mestre das letras não podia ser dado à fantasia, pois era fácil demais sucumbir à
imaginação mórbida e à insanidade quando o homem abandonava a consciência
racional. Abulafia estimulava portanto apenas pessoas com mentes lúcidas, sem
ambições ou desejos de "milagres", a juntar-se a ele.

Ele explanava de maneira clara os estágios de desorientação que dominavam o


"cabalista das letras", preparando-o para os estados durante os quais ele se sentia
"subindo" uma escada esférica e rotatória, enquanto seus pensamentos, imagens,
fantasias e visões giravam incessantemente em sua cabeça. Essa fase, chamada de
"localização de "Metatron com sua espada giratória", representava a passagem
controlada do místico do estado consciente de vigília para o estado inconsciente.
Aqui, no fogo purificador da imaginação, ele se punha à prova e transformava-se de
um indivíduo emocional e subjetivo num observador imparcial e objetivo de seus
pensamentos e fantasias mais interiores. Quanto "mais alto" ele ia, maiores as
barreiras. Do mesmo modo que os antigos místicos Merkabah, ele também
mergulhava na nuvem envolvente da escuridão que esconde a luz; mas o discípulo
de Abuláfia, psicologicamente mais sofisticado, via essa escuridão como uma
projeção de suas próprias "trevas", a proteção do ego contra a estilhaçante luz da
iluminação. E ele estava disposto, como o santo Rabini Simeon ben Azai, a morrer
enquanto olhava a luz.

O tzeruf de Abuláfia, ou sistema de permutação de letras da Cabala, é dividido em


dois "portões" principais, cada um dos quais é dividido em caminhos, que são depois
divididos em partes. O primeiro é chamado de "Portão do Céu"; o segundo, o
"Portão dos Santos" ou "Portão Interior". Ao entrar em cada um desses estados de
meditação, o discípulo de Abuláfia era instruído a se visualizar sucessivamente nas
formas dos anjos Uriel, Rafael. Gabriel, etc.

Esses terrificantes "Guardas dos Portões" vistos pelos místicos Merkabah, dizia
Abuláfia, eram simples nomes para as tendências humanas que o meditador podia
dominar e conquistar personificando-os como anjos e letras. Uma vez que os seres
humanos eram marcados pelas letras divinas com as quais Deus os criou, o cabalista
poderia restaurar sua divindade de direito reordenando-se, por assim dizer, ou seja,
orientando suas "letras" ( tendências) numa direção divina. Estimulando essas letras
dormantes em prolongada concentração, ele pode despertar a energia divina no seu
corpo.
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5º SENTIDO: AUDIÇÃO
. TRIBO: SIMÃO (SIMEON) o e rny

. SIGNO: LEÃO – FENDA: 9 E 15 DE AV

. MES CABALÍSTICO: AV

. LUZ: O OUTRO, BOM SOM, MUSICA, AMEN, DOM PROFETICO

. SOMBRA: NÃO ESCUTAR, BARULHO (TB MENTE), ESQUIZ.

6º SENTIDO: AÇÃO
. TRIBO: GADE (GAD) cb

. SIGNO: VIRGEM - FENDA: TODOS OS DIAS

. MES CABALÍSTICO: ELUL

. SOMBRA: CRITICAR DEMAIS, AGIR DEMAIS, NÃO AGIR

. LUZ: SERVIR, AUTO-CRITICA, TESHUVA


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=> EXERCÍCIO P/ CASA:


1. ATENÇÃO AOS 2 SENTIDOS (TAMBEM 4 ANTERIORES)
2. MEDITAÇÃO ABULAFIANA
3. TSEDAKÁ
3. P/ENTREGAR: ESCOLHA UM SENTIDO (O QUE APRENDEU, ACRESCENTAR)

dwcv
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Cabala – O Caminho da Mística Judaica – Perle Epstein (Parte 2)

Israel ben Eleazar, o Bal Shem Tov, ou Mestre do Nome Santo, tomou a cosmologia
e a prática da Cabala Luriânica e tornou-a acessível à capacidade do homem comum.
O coração do seu ensinamento é o devekuth, subordinação a Deus, mas uma versão
muito mais pessoal e emocional do devekuth do que as até então conhecidas.

O Baal Shem Tov enfatizou o devekuth no “aqui e agora”, não através de jejuns e da
mortificação, mas através da alegre celebração do Divino na vida cotidiana. Para ele,
“meditação” era a encantadora consciência que o homem tem de si mesmo em meio
à vida. Os atos físicos, realizados como adoração a Deus e num estado de
“submissão” ao Absoluto, tornavam-se atos religiosos. Pensamentos estranhos ou
perturbadores eram produtos das camadas de matéria que se haviam interposto entre
as luzes divinas; assim, Baal Shem Tov aconselhava seus discípulos a purificarem as
centelhas divinas até mesmo desses pensamentos aparentemente “pecaminosos”,
examinando-os e, se necessário, “corrigindo-os” ou eliminando-os de uma vez.

A Kavanna (concentração) também foi reinterpretada para adequar-se ao


imediatismo do misticismo Hassídico; não mais reservada para a oração no templo e
para a meditação em isolamento, ela foi levada para a praça do mercado. Quando um
carroceiro confessou a seu mestre que não conseguia realizar os serviços no horário,
e que portanto temia não estar servindo a Deus de forma adequada, o mestre lhe
perguntou se ele aceitara viajantes pobres que viajassem sem pagar. “Sim”,
respondeu o hassid. “Bem, então você está servindo a Deus como se estivesse no
templo”, assegurou-lhe o mestre.

O entusiasmo hassídico era parte da alegria, e a alegria não era a felicidade de outro
mundo, mas humor terreno. Em muitos casos, o espírito cômico do hassidismo
lembra a “Sabedoria Louca” do Budismo. Entre os hassidim abundam os mestres
excêntricos, beliscando narizes, embaraçando ricos pomposos em público, e mesmo
arranjando casamentos felizes para os filhos de seus discípulos.

Para Baal Shem Tov e seus seguidores, o entusiasmo era a prova do contato com a
realidade divina. O êxtase ocorria, não como resultado da árdua contemplação de
mundos dentro de mundos, mas como um escoamento espontâneo de energia em
resposta a este mundo e ao Deus que habita em cada pedra, em cada inseto
rastejante, em cada criança.

A oração, dizia Baal Shem Tov, só é aceitável se fluir de um coração feliz. O


entusiasmo, e não o sofrimento, era o “grande caminho” para um homem unir-se
com as esferas superiores e “romper todos os céus num ato”.
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7º SENTIDO: TATO
. TRIBO: MENASSE dypn

. SIGNO: LIBRA – FENDA: ROSH HÁ SHANA, YOM KIPUR, SUCOT

. MES CABALÍSTICO: TISHREI

. LUZ: ABRAÇO, RODA, TOQUE, ENCONTRO, TATO ESPIRITUAL


. SOMBRA: TROCA ENERGIA NEGATIVA, NÃO TOCAR

8º SENTIDO: OLFATO
. TRIBO: EFRAIM m ix t`

. SIGNO: ESCORPIÃO – FENDA: LÃ DE RACHEL (11 DE CHESVAN)

. MES CABALÍSTICO: CHESVAN

. SOMBRA: ODORES FORTES, INSENSIBILIDADE

. LUZ: AROMAS/FRAGRÂNCIAS CURATIVAS, “QUÍMICA”


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=> EXERCÍCIO P/ CASA:


1. ABRAÇAR MAIS
2. TIKUN HÁ NEFESH / KODESH COACH
3. MEDITAÇÃO MERCAVÁ COM INCENSOS

MEDITAÇÃO MERCAVÁ:
ORAÇÃO PESSOAL
ANA BECOACH
RESPIRAÇÃO COM TROCA NARINAS
72 NOMES DE DEUS
RESPIRAÇÕES LONGAS, MÉDIAS E RÁPIDAS
RESPIRAÇÃO 4 X 4 COM MÚSICA
RESPIRAÇÃO 4 X 4 COM SILÊNCIO
SHEMA ISRAEL FINAL
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O Incenso de Kitoret

Em março de 1988 foi encontrado em uma caverna de Qumran, uma pequena jarra com um
óleo avermelhado. Acredita-se que é a única amostra sobrevivente de um óleo balsâmico,
descrito na Torá para ungir o Mishcan (Tabernáculo). O óleo, quando encontrado, tinha
uma consistência como o mel. A jarra em que o encontraram, estava embrulhada em folhas
de palmeiras, cuidadosamente dobradas e preservadas em um poço com profundidade
suficiente para evitar que se desperdiçasse devido às intempéries do tempo externo da zona.

Quatro anos depois, descobriram 600 quilos de uma substância orgânica avermelhada
dentro de um silo, construído com rochas, em outra parte do complexo de Qumran. Uma
série de análises determinaram que a dita sustância avermelhada continha pelo menos oito
das onze espécies que eram utilizadas em Pitum haQetoret (mistura de incenso) e
oferecidas no Templo.

Alguns anos mais tarde, foi apresentado uma amostra perante dois rabinos que a deram aos
seus químicos para analisar a qualidade orgânica, e sugeriram que se queimasse uma porção
dessa mistura com propósitos científicos. Também foi sugerido que a queimasse junto com
outras duas espécies que se encontraram no outro lado da caverna.

Os resultados foram surpreendentes. As especiarias, mesmo tendo perdido algum traço da


sua potência ao longo dos milênios desde seu enterro, ainda eram poderosas. O resíduo da
fragrância permaneceu nos arredores por inúmeros dias depois da experiência. Muitas
pessoas informaram que seus cabelos e roupas conservaram o mesmo perfume. Ainda mais
surpreendente, as formigas, mosquitos e outros insetos da área, infestada há meses, logo
depois de Ketoret, desapareceram (nenhum inseto foi visto lá por um bom tempo).
Interessante notar Pirkei Avot (5:5) que diz “não havia moscas na área do Templo”.

Outra coisa que podemos destacar é o aspecto sagrado de Kitoret. Sagrado em Hebraico se
diz Kodesh, quando algo é Kodesh se deve afastar-se e ser mantido separado, adquirindo
por tanto o poder de santificar e elevar tudo ao redor.

A Cabala revela que o incenso consiste em dez perfumes ou especiarias com uma agradável
fragrância, e uma especiaria a mais, jelbená (gálbano), com um cheiro horrível. Essas
espécies eram misturadas para serem usadas no Templo. Como as onze especiarias
representavam as dez (mais uma) sefirot da Árvore da Vida, se diz que representam a
completa retificação do mal. Isto é indicado pela junção da 11ª especiaria, gálbano, que faz
menção a elevação do mal retornando ao reino sagrado.

Nos Midrashim relata-se que Moisés foi instruído sobre o mistério do incenso pelo Anjo da
Morte (o Anjo da Morte revelou a Moisés que o Ketoret tem poder de anular um decreto
maligno, ainda que fosse o da morte). A Torá menciona quatro especiarias fundamentais
para o Ketoret: Bálsamo, estacte, gálbano e frankincenso puro. É somente através da
transmissão oral que conhecemos as outras sete, somando um total de onze.
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REVISÃO DOS 8 PRIMEIROS SENTIDOS

1º SENTIDO: FALA

. TRIBO: YECHUDÁ

. SIGNO: ÁRIES – FENDA: PESSACH


. FERRAMENTA EM FOCO: ANA BECOACH

2º SENTIDO: PENSAMENTO

. TRIBO: ISSACHAR

. SIGNO: TOURO - FENDA: LAG BA OMER


. FERRAMENTA EM FOCO: MEDITAÇÃO

3º SENTIDO: MOVIMENTO
. TRIBO: ZEVULUM
. SIGNO: GÊMEOS – FENDA: SHAVUOT
. FERRAMENTA EM FOCO: 231 CAMINHOS

4º SENTIDO: VISÃO
. TRIBO: REUVEN
. SIGNO: CÂNCER - FENDA: PINCHAS
. FERRAMENTA EM FOCO: 3º OLHO

5º SENTIDO: AUDIÇÃO
. TRIBO: SIMEON
. SIGNO: LEÃO – FENDA: 9 E 15 DE AV
. FERRAMENTA EM FOCO: SHEMÁ ISRAEL

6º SENTIDO: AÇÃO
. TRIBO: GAD
. SIGNO: VIRGEM - FENDA: TODOS OS DIAS
. FERRAMENTA EM FOCO: TESHUVÁ
OS 12 SENTIDOS – RUMO À TERRA PROMETIDA PAG: 15

7º SENTIDO: TATO
. TRIBO: MENASSES
. SIGNO: LIBRA – FENDA: ROSH HÁ SHANA, YOM KIPUR, SUCOT
. FERRAMENTA EM FOCO: MEDITAÇÃO MERCAVÁ

8º SENTIDO: OLFATO
. TRIBO: EFRAIM
. SIGNO: ESCORPIÃO – FENDA: LÃ DE RACHEL (11 DE CHESVAN)
. FERRAMENTA EM FOCO: PITUM HÁ KITORET
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9º SENTIDO: SONO

. TRIBO: DAN pc

. SIGNO: SAGITÁRIO - FENDA: CHANUKÁ

. MES CABALÍSTICO: KISLEV

. SOMBRA: INSÔNIA, NÃO DESCANSAR, SONO PERPÉTUO

. LUZ: REVIGORAR, INSIGHTS, SONHOS REVELADORES

10º SENTIDO: REALIZAÇÃO

. TRIBO: BEIJAMIN oinipa


. SIGNO: CAPRICÓRNIO – CHANUKÁ (ULTIMOS 2 DIAS)

. MES CABALÍSTICO: TEVET

. SOMBRA: REALIZAÇÃO PERECÍVEL, IMPACIÊNCIA

. LUZ: CONTRIBUIÇÃO AO MUNDO, AUTO-REALIZAÇÃO


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=> EXERCÍCIO P/ CASA:
1. ORAÇÃO ANTES DORMIR
2. ORAÇÃO AO ACORDAR
3. KITORET AS 09HS OU 15HS

. KITORET
ORAÇÃO PESSOAL COM ANA BECOACH
ACENDE 3 INCENSOS
1º AUDIO COM INTENSA REFLEXÃO E ORAÇÃO
2º AUDIO COM DANÇA E LIBERAÇÃO DE ENERGIA
SILÊNCIO 5 MINUTOS
SHEMA ISRAEL FINAL
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Yogananda – A Eterna Busca do Homem

O universo é o sonho de Deus. Matéria e mente - o cosmos com suas


estrelas e planetas; as densas ondas da superfície e as sutis correntezas da
criação material; as faculdades humanas do sentimento, da vontade e da
consciência, e os estados de vida e morte, dia e noite, saúde e doença, sucesso
e fracasso – são realidades segundo a lei da relatividade que governa este
sonho de Deus.

Todas as dualidades percebidas através da lei da relatividade são reais para


o sonhador, o homem mortal que desempenha seu pequeno papel no grande
sonho cósmico. Para escapar de maya, ilusão, a lei da relatividade, é preciso
acordar do sonho para a eterna vigília de Deus.

Não é possível modificar o sonho legítimo pela imaginação ou pela


negação de sua existência, aceitando a “vida” e rejeitando a “morte”, ou
reconhecendo a saúde, mas ignorando a doença. Cada estado é parte do seu
estado oposto, como as duas faces de um tecido. As dualidades são, inerente e
essencialmente, uma coisa só. O buscador da verdade não tenta separá-las em
sua mente, mas elevar-se acima delas, pela sabedoria.

O homem que considera seu corpo diferente da mente, e que só quer aceitar
como “reais” os aspectos positivos, felizes e benéficos de um universo de
natureza inalteravelmente dual, é um homem profundamente adormecido nas
ilusões do mundo de sonho. Assim como uma pessoa tem sonhos que parecem
reais por algum tempo, mas que perdem a validade quando volta ao estado de
vigília, também é possível despertar do sonho da realidade material e viver no
reino imutável do Espírito.

Somente um super-homem, que aprendeu a expandir e transferir sua


consciência para o Infinito, pode perceber que a criação é um sonho de Deus;
só ele pode dizer, com verdadeiro conhecimento, que a matéria não tem
existência.

Por meio de uma série de passos autodisciplinares – seguindo o caminho


científico da Ioga ou qualquer outra senda de aperfeiçoamento espiritual,
como a do amor, da sabedoria, do serviço e da renúncia – o buscador de Deus
dissolve as dualidades e discerne a Unidade Eterna. “Quem, livre da ilusão,
Conhece-me como Espírito Supremo, alcança a onisciência. Ele Me ama de
todo o seu ser”.
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OS 12 SENTIDOS – RUMO À TERRA PROMETIDA PAG: 19

11º SENTIDO: PALADAR

. TRIBO: ASHER x y`
. SIGNO: AQUÁRIO – FENDA: LUA CHEIA, NASCIMENTO PORTAL

. MES CABALÍSTICO: SHEVAT

. SOMBRA: COMER DEMAIS, SEM QUALIDADE, DOMÍNIO MATRIX

. LUZ: SAÚDE, IMPULSO PARA O ESPIRITUAL, COMUNHÃO

12º SENTIDO: ALEGRIA

. TRIBO: NAFTALI il ztp


. SIGNO: PEIXES – FENDA: PURIM

. MES CABALÍSTICO: ADAR (I e II)

. SOMBRA: TOLICE, PRAZER EFÊMERO, DEPRESSÃO

. LUZ: SORRISO, RISO, ALEGRIA QUE TRANSCENDE

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=> EXERCÍCIO P/ CASA: MEDITAÇÃO 12 SENTIDOS
1. ORAÇÃO INICIAL COM ANA BECOACH
2. ESVAZIAR PENSAMENTOS COM RESPIRAÇÃO UNI
3. GROUNDING
4. 72 NOMES DE DEUS SEGUIDO 3º OLHO
5. MANTRAS DOS 72 NOMES DE DEUS – ESCUTA SHEMA
6. TSEDAKÁ AO FINAL
7. RESPIRAÇÃO EM 3 RITMOS
8. ACENDE INCENSOS E DANÇA
9. 4 X 4
10. 72 HIPERVENTILAÇÕES
11. SILÊNCIO 5 MINUTOS BEM RECEPTIVOS
OS 12 SENTIDOS – RUMO À TERRA PROMETIDA PAG: 20

12. CANTO FINAL


O Shabat – Abraham Joshua Heschel

A civilização técnica é a conquista do espaço pelo homem. É um triunfo


frequentemente alcançado pelo sacrifício de um ingrediente essencial da
existência, isto é, o tempo. Na civilização técnica nós gastamos tempo para
ganhar espaço. Intensificar nosso poder no mundo do espaço é o nosso maior
objetivo. No entanto, ter mais não significa ser mais. O poder que alcançamos
no mundo do espaço termina abruptamente na fronteira do tempo. Mas o
tempo é o coração da existência.

Ganhar o controle no mundo do espaço é certamente uma de nossas tarefas.


O perigo começa quando, para ganhar poder no reino do espaço, pagamos com
a perda de todas as aspirações no reino do tempo. Há um reino do tempo em
que a meta não é ter, mas ser; não possuir, mas dar; não controlar, mas
partilhar; não submeter, mas estar de acordo. A vida vai mal quando o controle
do espaço, a aquisição das coisas do espaço, torna-se nossa única preocupação.

Há felicidade no amor ao trabalho, há desgraça no amor ao ganho, Muitos


corações e cântaros quebram-se na fonte do lucro. Ao vender-se como escravo
às coisas, o homem se torna um utensílio que é quebrado na fonte.

A preocupação da mente com as coisas do espaço afeta, até hoje, todas as


atividades do homem. Mesmo religiões são, frequentemente, dominadas pela
noção de que a deidade reside no espaço, em locais especiais... Mas se a
santidade é uma qualidade associada as coisas do espaço, a questão primordial
é: onde está Deus?

A Torá preocupa-se mais com o tempo do que com o espaço. Ela vê o


mundo da dimensão do tempo. Presta mais atenção às gerações, aos eventos,
do que as coisas; preocupa-se mais com a história do que com a geografia.
Para entender o ensinamento da Torá, a pessoa precisa aceitar sua premissa de
que o tempo tem um significado para a vida que é, pelo menos, igual ao do
espaço; que o tempo tem uma significação e soberania próprias.

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